Museu de Arte do Parlamento - Yuri Martins Fontes


12/08/2011 09:40

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Yuri Martins Fontes<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/08-2011/YURIMARTINS.JPG' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> "Poça das Monçoes" - Índia <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/08-2011/OBRAYURIMARTINS.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Yuri Martins Fontes pesquisa com a fotografia a relação entre o homem e a água



A água recobre 71% da superfície terrestre e se considerarmos todas as suas formas, líquida, sólida e gasosa, está presente em verdade por toda a parte sobre a terra. O próprio homem é constituído por 60% de água; e é possivelmente por este motivo que é por ela sempre atraído. Uma coisa é certa, a água permite a toda forma de vida, de nascer ou se desenvolver, o que a rende fundamental.



Yuri Martins Fontes realizou entre 2001 e 2007 uma pesquisa antropológica e fotojornalística antropográfica sobre "O Homem e a Água" que resultou num ensaio sobre o homem e a diversidade cultural no novo milênio. Durante 36 meses, percorreu quatro continentes através de estradas, rios, mares, capitais e vilarejos de 42 países, utilizando-se dos transportes locais disponíveis como o ônibus, trens, barcos, triciclos animais de carga entre outros.



Foi uma expedição solitária que pode ser considerada uma das maiores travessias contemporâneas do gênero, tendo sido percorridos cerca de 100 mil quilômetros durante os quais foram registrados povos de montanhas, planícies, desertos e constas dos territórios americano, europeu, africano e asiático " inclusive países em guerra " uma viagem executada de forma autônoma e cujo roteiro se construiu pelo caminho.



É de se destacar que todo o trabalho fotográfico de Yuri Martins Fontes foi feito em película o que permite " segundo os técnicos do assunto " uma resolução molecular sempre mais detalhada que um arquivo digital. Todo o processo de construção valorizou o naturalismo fotográfico, o magnífico realismo da imagem real, sem interferência dos efeitos especiais digitais, tão em moda em nossos dias.



Sua obra fotográfica de nos faz relembrar um poema de Mário Quintana sobre "O homem e a água" que diz: "Deixa-me ser o que eu sou, o que sempre fui, um rio que vai fluindo. E o meu destino é seguir... seguir para o mar. O mar onde tudo recomeça... Onde tudo se refaz..."



A obra "Poça das Monçoes" - Índia doada ao Museu de Arte do Parlamento de São Paulo, reflete bem a linguagem fotográfica desse artista que combina a valorização da diversidade de belezas autóctenes, com registro sócio-culturais e ambientais.



O artista



Yuri Martins Fontes nasceu em São Paulo em 1972. Formou-se em filosofia e engenharia pela Universidade de São Paulo. Trabalha como jornalista, fotógrafo, pesquisador e tradutor.



Ao longo da última década vem desenvolvendo uma linguagem fotográfica de caráter próprio, em ensaios que combinam valores de beleza autóctone, com registros antropológico-culturais.



Colaborou em fotojornalismo com publicações para meios nacionais e internacionais: revista, reportagem, retrato do Brasil, consciência-net, Brasil de fato, discutindo geografia, ADITAL, Resumen (Buenos Aires) entre outros meios.



Realizou as seguintes exposições: "Sertão Século XXI: ao longo do Rio São Francisco" (livros fotos e crônicas; "Brasis: cenas e cenários pelos cinco Cantos Brasileiros" no Museu da Cultura de São Paulo, (2005) " exposição individual promovida pela PUC; "Caminhos de Nossa América" Centro de Documentação Histórica Sérgio Buarque de Holanda (2003) " exposição individual promovida pela Universidade de São Paulo; "Retratos Brasileiros"" Espaço Cultural Raposo Tavares (2000) " exposição coletiva promovida pela Prefeitura Municipal de São Paulo e "O homem e a água", Espaço Cultural Candido Portinari, Museu de Arte do Parlamento de São Paulo (2011).

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