Assembléia Popular


06/10/2005 16:11

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Cremilda Estella Teixeira<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/CremildaEstelaTexeira21.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> José Roberto Alves da Silva<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/JoseRobertoAlvesSilva2.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Silvio Luiz del Giudice<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/SilvioLuisDelGiudice28.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Anderson Cruz<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/AndersonCruz11.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Merice Andrade de Quadros<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/03-2008/MeiriceAndradedeQuadros41.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Tripé

Representante do movimento Comunidade de Olho na Escola Pública, José Roberto Alves da Silva fez críticas à não implantação de projetos nas áreas de saúde, educação e justiça, "tripé que o poder público deve garantir para o pleno exercício da cidadania".

Ele se posicionou contra o veto do governador Geraldo Alckmin ao projeto do deputado Enio Tatto que trata da venda fracionada de remédios. "O governador alegou vício de iniciativa, mas a autonomia dada às farmácias para esse tipo de venda não onera o Estado", argumentou. José Roberto também protestou contra a morosidade da tramitação, na Assembléia Legislativa, dos projetos que criam o Plano Estadual de Educação e a Defensoria Pública. Ele propôs ainda aprofundar a discussão sobre a proibição da venda de armas e munição. Para ele, o referendo do dia 23 de outubro na verdade mascara o real objetivo do recadastramento eleitoral.

Ouvidoria paralela

Para Anderson Cruz, do Instituto Pau Brasil, a inoperância do Ouvidoria da Secretaria Estadual da Educação tem levado o instituto a funcionar como uma ouvidoria paralela nos casos de denúncias contra professores e diretores das escolas públicas. Anderson informou que entrará com uma ação civil pública para apurar quais os procedimentos adotados e os eventuais punidos com referência às mais de 600 denúncias contra professores e diretores de escolas estaduais. Ele quer também que os professores sejam avaliados pela sua competência. "Quem dá nota aos professores?", pergunta. Ele recomendou a leitura do livro Escola, uma instituição de tortura para a reflexão sobre o que acontece atrás dos portões de nossas instituições de ensino.

Quem matou?

Para Cremilda Estella Teixeira, do Núcleo de Apoio a Pais e Alunos, quem atirou recentemente em um aluno foi seu colega de escola, mas quem matou foi o governador do Estado, com sua desatenção com relação à questão da educação. "Estamos a 535 dias esperando uma punição para o professor que agrediu um aluno na escola Otacílio de Carvalho Lopes e, até o momento, nada ocorreu", afirmou. Para a presidente do Núcleo, cada violência não apurada e cada ato violento sem punição contamina toda a rede escolar. "Não queremos polícia nas escolas, queremos professores, queremos atividades para os alunos e educadores comprometidos."



Egressos da escola pública

Representando o Grêmio Social Esportivo e Recreativo do Sudeste, Mauro Alves da Silva disse que a associação, criada em 1995, defende direitos do consumidor e da cidadania. Sobre a política educacional do Estado, Mauro afirma que "10% dos professores maltratam os alunos, e os outros 90% são omissos". Ele ressalta que os adolescentes, antes de serem egressos da Febem, são egressos de escolas públicas. Mauro criticou, ainda, a reforma política que vem sendo defendida pelos políticos. Para ele, a reforma ideal seria aquela em que o eleitor tem liberdade para votar e cobrar a atuação dos eleitos. A interferência de políticos nas eleições de membros dos conselhos tutelares também foi alvo de críticas, pois, segundo ele, prefeitos e parlamentares atuam para eleger pessoas de sua confiança.

Felicidade do homem

Silvio Luiz del Giudice, do setor terceirizado da construção civil, elogiou os deputados do PT e do PCdoB pelo fato de estes, segundo ele, serem favoráveis a audiências públicas que discutem problemas da sociedade. Elogiou, ainda, a biografia de Lula, afirmando que na época do regime Militar, o atual presidente enfrentou a ditadura em defesa dos operários. Citando Chaplin, Sílvio disse que o homem deveria "viver para a felicidade do próximo", mas "a cobiça envenenou a alma do homem". Quanto ao referendo sobre a Lei do Desarmamento, se disse contrário à liberação do comércio de armas.

Transporte difícil

A presidente da sociedade Embu Guaçu em Ação, Merice Andrade de Quadros, disse que aquela cidade não tem "nada". Ela afirma que os jovens não têm perspectivas, os meios de transporte são muito ruins, que só uma empresa atua no município, que as tarifas são caras e a EMTU é omissa. Merice disse que, embora tenha saído às 9 horas de Embu, chegou atrasada para participar do programa. Ela diz que as empresas da capital não contratam pessoas que moram naquela região pela dificuldade de acesso. Toda a região é carente de políticas públicas, "indústrias não se instalam na cidade porque é manancial, mas também não se investe na educação do povo", protesta Merice.

alesp