O Exército Brasileiro foi homenageado pela Assembleia Legislativa em sessão solene realizada nesta sexta-feira, 22/8. A cerimônia foi alusiva à comemoração do Dia do Soldado, celebrado oficialmente no dia 25 de agosto, data de nascimento do patrono do Exército nacional, marechal Luiz Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias. O comandante militar da região Sudeste, general João Camilo Pires de Campos, lembrou que Caxias, nascido em 1803, prestou juramento à Bandeira nacional com apenas 14 anos de idade. O militar, embora tenha apontado várias batalhas vitoriosas enfrentadas por Caxias, ressaltou que, pelas estratégias usadas nesses conflitos, ele é alcunhado de pacificador. O general João Camilo explanou que o patrono do Exército legou aos militares o exemplo da "honra, coragem, ética, disciplina, amor à pátria e camaradagem aos colegas de farda". Ele finalizou afirmando que Luiz Alves de Lima e Silva foi o único brasileiro condecorado com o título de duque, conferido em 1865, pelo imperador D. Pedro 2º. Fernando Capez (PSDB), deputado proponente da solenidade - que contou com centenas de militares do Exército -, declarou que o fato de o integrante das Forças Armadas jurar sacrifício da própria vida em prol da nação o coloca num patamar diferenciado em comparação às outras profissões. O parlamentar leu texto de Moniz Barreto, que relata a rotina sacrificial dos militares: "Senhor, umas casas existem no vosso reino, onde homens vivem em comum, comendo do mesmo alimento, dormindo em leitos iguais. De manhã, a um toque de corneta se levantam para obedecer. De noite, a outro toque de corneta se deitam, obedecendo. Da vontade fizeram renúncia como da vida. Seu nome é sacrifício". (trecho de Carta ao rei de Portugal, 1893) O presidente do Tribunal de Justiça Militar do Estado, juiz Paulo Adib Casseb, também enalteceu as qualidades de Duque de Caxias e destacou várias ações do Exército nacional, que atua em regiões de fronteira e outros locais longínquos e inóspitos, realizando não só a segurança do território brasileiro, mas também levando socorro médico e assistência social a comunidades situadas nesses locais de difícil acesso. "A sociedade brasileira precisa conhecer mais a atuação do Exército Brasileiro para que possa reverenciar ainda mais essa instituição", declarou o magistrado.