Assembleia sedia encontro para discutir mecanismos de combate à corrupção

Brasil desperdiça entre 50 e 85 bilhões de reais que são desviados dos cofres públicos
28/08/2014 14:12 | Da Redação: Keiko Bailone fotos Márcia Yamamoto

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Roberto Troncon Filho, Fernando Capez e José Carlos Blat <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-08-2014/fg164858.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Público presente <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-08-2014/fg164859.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>  Combate à corrupção em debate <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-08-2014/fg164860.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Assembleia Legislativa sediou nesta quinta-feira, 28/8, o seminário Combate à Corrupção. Foram discutidas formas eficientes de combater essa mazela mundial.

O evento foi organizado pelo deputado federal Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB/SP) e o deputado estadual Fernando Capez (PSDB), com o apoio do Capítulo Brasileiro da Organização Global de Parlamentares Contra a Corrupção (Gopac) e da Fundação Konrad Adenauer no Brasil.

Em todo o mundo, 1 trilhão de dólares por ano são gastos com o suborno de agentes públicos. Além disso, as verbas estatais desviadas pela corrupção somam 2,6 trilhões de dólares. Somados, esses valores equivalem a 5% do PIB mundial. No Brasil, estima-se que entre 50 e 85 bilhões de reais por ano vão para o ralo da corrupção.

O Capítulo Brasileiro da Gopac foi instalado em junho do ano passado no Congresso Nacional, sob a direção de Antonio Carlos Mendes Thame. Fernando Capez deverá coordenar a organização no Estado de São Paulo. O grupo é multipartidário e composto por deputados e senadores.

Entidades internacionais

A Gopac está presente em 54 países, nos cinco continentes. Essa organização mundial prepara manuais, oferece treinamento jurídico e realiza workshops, habilitando parlamentares ao redor do mundo no combate à corrupção, além de auxiliar a introdução de propostas legislativas que promovam boa governança.

Felix Dane, representante da Fundação Konrad Adenauer no Brasil, discorreu sobre o trabalho desenvolvido pela instituição. O foco está no diálogo político, com o propósito de reforçar continuamente a democracia. A fundação tem 80 escritórios em mais de 120 países. De acordo com Dane, há corrupção em todo o mundo, ainda que em proporções diferentes. O maior problema do Brasil, explicou, está na corrupção do dia a dia, aquela do "jeitinho brasileiro", presente em todas as esferas da sociedade. Por isso, a atuação prioritária da Fundação Konrad Adenauer é a educação política e de cidadania dos jovens, como instrumento de prevenção à corrupção.

Corrupção e pobreza

O seminário abordou, também, o combate à corrupção empreendido pela Polícia Federal - assunto tratado por Roberto Troncon Filho, superintendente regional da Polícia Federal do Estado de São Paulo -, e pelo Ministério Público - sobre o que falou José Carlos Blat, promotor do Ministério Público do Estado de São Paulo.

O papel da sociedade civil no combate à corrupção foi tratado por Rosalvo Salgueiro, coordenador nacional do Serviço Paz e Justiça (Serpaj-Brasil) e José Chizzotti, vice-presidente da Amarribo Brasil. O papel da imprensa e da academia no combate à corrupção foi discutido por Humberto Dantas, da Instituição de Ensino e Pesquisa Insper, e Diogo Schelp, chefe de redação da Revista Veja.

alesp