Todas as previsões indicam que 2015 não será um ano fácil para os brasileiros, com ajustes e apertos em praticamente todas as áreas. Apesar de todos os erros cometidos pelo governo federal, especialmente na área econômica, ficamos na torcida de que estas previsões estejam erradas e que este ano seja de muitas e importantes conquistas para o país. Afinal, a população é a maior prejudicada com a crise instalada pelo PT. Mas para que 2015 consiga desmentir todas as previsões pessimistas será preciso, acima de tudo, humildade e medidas acertadas para colocar o país novamente no caminho do desenvolvimento. Se a economia do país vai bem, a vida da população segue o mesmo caminho. E é isso o que todos nós queremos. A presidente Dilma tem um grande desafio pela frente. Ela terá de vencer a insatisfação de 51 milhões de brasileiros que reprovaram seu governo na eleição de outubro passado e, ao mesmo tempo, terá de atender às expectativas de outros 54 milhões que votaram nela. Especialmente entre estes, a apreensão e a desconfiança são imensas, pois foram vítimas de uma propaganda enganosa. Compraram uma coisa e receberam outra completamente diferente. Tudo o que a candidata Dilma criticou durante a campanha, está sendo colocado em prática pela presidente reeleita. A alta dos juros, decretada pelo Banco Central apenas três dias após a eleição, foi a primeira demonstração de que a campanha eleitoral do PT não passou de uma grande farsa. Na sequência, vieram o aumento da gasolina e do diesel, um ministro da Fazenda ligado aos bancos, a faxina não realizada na Petrobras, cortes de gastos em todas as áreas, inclusive na Educação, eleita pela presidente como prioridade deste mandato, alteração nas regras de direitos trabalhistas como seguro desemprego, auxílio doença e abono salarial, aumento nos juros da prestação da casa própria. E para completar o pacote de "maldades", o governo decreta aumento de impostos. E não vai parar por aí. E nada disso estava no programa eleitoral do PT. É natural que a população se sinta traída, afrontada, enganada, particularmente a parte que votou neste governo que começa enfraquecido, desacreditado e debaixo de grande desconfiança quanto à sua capacidade de fazer este País andar novamente para frente. É uma enxurrada de notícias ruins, consequência direta de um governo que ao invés de servir o país, se serviu do país para se manter no poder. O setor produtivo, que é o que mais emprega e gera renda, não acredita no atual governo. E isso é muito ruim porque a insegurança inibe investimentos. Dilma não passa segurança e isso reflete diretamente no baixo crescimento do país. O povo brasileiro precisa manter viva a disposição de cobrar mudanças como fez nas manifestações de junho de 2013. Só com uma mobilização popular constante será possível sonhar com um 2015 melhor. *Pedro Tobias é médico e deputado estadual pelo PSDB.