Mesmo antes do início do ato solene que homenageou nesta quarta-feira, 27/4, o Dia de Ogum, o auditorio Paulo Kobayashi já apresentava um clima de festa. Cânticos e atabaques uniam o público que vestia branco para homenagear o primeiro orixá a vir para a terra, segundo a mitologia iorubá. A deputada Leci Brandão (PCdoB), promotora da homenagem, fez questão de lembrar que seu primeiro projeto apresentado na Casa foi exatamente o que criou o Dia de Ogum, o PL 1.153/2011, que virou lei em 2012. "Na Constituição brasileira está escrito que o Estado é laico. Por isso nós temos que trazer para esta Casa todas as manifestações religiosas, e é importante que o Estado reserve esse espaço. Nós sabemos que São Jorge é um santo muito querido no Brasil: é padroeiro de escolas de samba, é padroeiro de times de futebol. Já no candomblé, Ogum é comemorado, na Bahia, no dia 13 de junho, dia de Santo Antônio. Mas hoje estamos festejando o Ogum da Umbanda, são as federações de Umbanda que estão reunidas aqui para homenagear pessoas, escolhidos pelos integrantes dessas federações, que prestaram serviços sociais e que têm uma história antiga na Umbanda". A deputada ainda lembrou que a Assembleia Legislativa de São Paulo talvez seja a única no Brasil que respeita as religiões de matriz africana. E terminou fazendo a saudação Saravá Ogum e Salve Jorge.