A Frente Parlamentar em prol do sistema metroferroviário reuniu-se na Assembleia Legislativa para discutir o futuro do Metrô da região metropolitana de São Paulo. A reunião aconteceu nesta quinta-feira (22/06) e foi coordenada pelo deputado João Caramez (PSDB). O conselheiro da Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Metrô e diretor do Sindicato dos Engenheiros no Estado, Emiliano Affonso, apresentou material sobre a atual rede metroferroviária, as propostas de expansão e sugestões para que o desenvolvimento do Metrô atenda às demandas da população. O Metrô de São Paulo tem 77 quilômetros e atende a 4,5 milhões milhões de passageiros por dia. Com a expansão das linhas nas áreas periféricas para atender ao crescimento da população em áreas mais distantes do centro, o plano de expansão deverá chegar a 130 quilômetros de rede (metrô e trens), 104 estações e poderá atender mais 4 milhões de usuários. As linhas 4, 5, 6, 13 e 15 continuam em obras. "Porém, há muitas linhas que estão com as obras paralisadas, como a 17, onde os imóveis que foram desapropriados estão abandonados", declarou Emiliano. Outro aspecto abordado por ele é que muitos projetos foram modificados do original, o que quer dizer que algumas linhas poderão não chegar ao local onde há maior concentração de usuários. "Temos a necessidade de equilibrar a rede metroferroviária da região metropolitana. Serão entregues linhas desequilibradas e o mínimo que deveria ser feito são conexões para colaborar com os usuários. A integração é importante, pois dá acesso à população ao emprego e ao lazer mas deve ser feita com responsabilidade", disse. O deputado João Caramez ressaltou a importância do Metrô para a cidade de São Paulo, pois metade da população do Estado vive na cidade e região metropolitana, e representa a metade do PIB do Estado. "Apesar do esforço do governo em investir no sistema metroferroviário, existe um desequilíbrio. É preciso conciliar o que já foi planejado. De todo modo, é importante dizer que o Metrô possui técnicos extremamente competentes", disse. Estiveram presentes representantes da CPTM, sindicatos, institutos, associações de transporte metroviário, ferroviário e rodoviário, além de construtoras.