Aumenta número de ingressantes de escolas públicas na USP


09/08/2017 20:17 | Da Redação - Foto: Maurício G. de Souza

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Marco Antonio Zago e Orlando Bolçone<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-08-2017/fg206383.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Marco Antonio Zago e Orlando Bolçone<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-08-2017/fg206384.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

O número de estudantes vindos de escolas públicas nos cursos de graduação da Universidade de São Paulo (USP) cresceu 37% neste ano. O dado foi exposto pelo reitor da universidade, Marco Antonio Zago, aos membros da Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação e Informação da Alesp na última terça (8/8).

Zago, que cumpre o último ano de sua gestão, também indicou que cresceu o número de ingressantes que se autodeclararam pretos, pardos ou indígenas em 2017. Dos 10.944 estudantes matriculados, 2.114 (19,3%) enquadram-se no perfil. Em 2016, a porcentagem foi de 17,1%.

O reitor informou que, por meio de políticas de inclusão, a meta da universidade até 2021 será reservar 50% das vagas para alunos de escolas públicas em cada curso e turno.

O aumento do número desses estudantes, entretanto, incrementou os gastos com políticas de permanência e formação estudantil em cerca de R$ 200 milhões. Para Zago, este dinheiro deveria ser utilizado em outras áreas da universidade, cabendo ao executivo amparar esses estudantes".

Indagações

O deputado Reinaldo Alguz (PV) elogiou a iniciativa do reitor de buscar participação financeira de ex-alunos na universidade, "algo comum em outros países". Alguz ressaltou que a credibilidade da instituição é essencial para possíveis investimentos de empresários. O parlamentar alegou preocupação em relação ao sistema atual de cotas da universidade. Para ele, "não é função da USP cuidar dessas capacidades" e, sim, dos Estados, que devem investir em melhorias no ensino fundamental e médio.

Já o deputado Carlos Neder (PT) defendeu a instalação de políticas de inclusão social em todas as universidades paulistas e cobrou maior fiscalização das fundações de apoio. O reitor destacou que os convênios com entidades privadas serão regulamentados e novos mecanismos de controle serão adotados.

Para o deputado Carlos Giannazi (PSOL), o atual reitor da USP exerceu uma gestão autoritária. Giannazi também criticou a proposta de demissão voluntária dos funcionários da universidade. "É uma perda de patrimônio acadêmico e científico", disse.

Estiveram presentes os deputados Orlando Bolçone (PSB), presidente da comissão, Welson Gasparini (PSDB), Doutor Ulysses (PV), Davi Zaia (PPS), Pedro Tobias (PSDB) e Caio França (PSB).

alesp