CPI sobre precarização do ensino superior privado


10/07/2017 14:18 | Da assessoria do deputado Carlos Giannazi
Carlos Giannazi (centro) com professores e alunos da FMU


O deputado Carlos Giannazi comunicou ao Plenário da Assembleia denúncia apresentada pelo Sindicato dos Professores (Sinpro-SP) referente à precarização dos cursos oferecidos pela Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU). O complexo educacional foi incorporado em 2014 pelo fundo de investimentos norte-americanos Laureate, que já havia comprado a Universidade Anhembi Morumbi.

Impondo há três anos um processo de redução de custos " com sucateamento de instalações, superlotação de salas e substituição de mestres e doutores por professores sem formação ", a FMU já vinha deixando de lado a qualidade do ensino. Agora anuncia a demissão de 327 professores e a redução da carga horária dos cursos em 25%. Algumas disciplinas serão oferecidas somente a distância.

"Tudo em nome do lucro rápido e nenhuma importância para a educação", resumiu Giannazi, apontando que a educação é concessão do Poder Público e está sujeita a sua supervisão. Apesar disso, "os lobbies dos fundos de investimentos controlam não só o MEC, a Secretaria e os Conselhos de Educação, mas até setores do Congresso Nacional".

O deputado já apresentou requerimento à Comissão de Educação da Alesp solicitando a convocação de representante da FMU e oferecerá representação ao Ministério Público. Também sugeriu a recriação da CPI do Ensino Superior Privado, que atuou em 2011.

alesp