003ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: SEBASTIÃO BATISTA MACHADO e JORGE CARUSO
Secretário: DONISETE BRAGA
DIVISÃO TÉCNICA DE TAQUIGRAFIA
Data: 07/02/2006 - Sessão 3ª S. ORDINÁRIA Publ.
DOE:
Presidente: SEBASTIÃO BATISTA MACHADO/JORGE CARUSO
PEQUENO EXPEDIENTE
001 - SEBASTIÃO BATISTA MACHADO
Assume
a Presidência e abre a sessão. Cancela, a pedido do Deputado Zuza Abdul Massih,
a sessão solene marcada para 17/02.
002 - DONISETE BRAGA
Refuta
as acusações dos tucanos de que o Presidente Lula estaria fazendo campanha
antes da hora. Registra as realizações do governo federal e a aprovação, na
Câmara Federal, do Fundo de Manutenção da Educação Básica.
003 - MILTON FLÁVIO
Menciona
as reuniões regionais do PSDB no estado e destaca o ânimo da militância e das
lideranças para a campanha eleitoral. Cumprimenta o Prefeito de Mauá pelos investimentos no Hospital
Nardini, e o batalhão local da Polícia Militar, pelo 6º aniversário.
004 - FAUSTO FIGUEIRA
Comenta
matéria do jornal "A Tribuna", de Santos, sobre o Hospital Guilherme
Álvaro, daquela cidade. Conclama a Secretaria Estadual de Saúde a assumir a
coordenação do sistema de saúde de São Paulo.
005 - ANTONIO SALIM CURIATI
Queixa-se
de que os ofícios enviados à Secretaria de Saúde não são devidamente
respondidos. Fala de sua proposta para que as cidades que têm penitenciária
também tenham um centro comunitário voltado à população carente.
006 - PEDRO TOBIAS
Elogia
a polícia pela resolução de caso de seqüestro em Guarulhos. Lê ofício que enviou
sobre o assunto ao Secretário de Segurança. Critica o Governo federal, que
tenciona encerrar programas de saúde de sucesso porque são obra do governo
anterior.
007 - CARLINHOS ALMEIDA
Elogia
o Poupatempo, criado pelo Governador Mario Covas, e defende sua ampliação,
lembrando que apresentou emenda ao Orçamento 2006 pedindo a instalação de três
unidades no Vale do Paraíba. Informa que apresentou emenda ao PLC 28/05, do
Executivo, propondo forma de favorecer a ampliação do Poupatempo.
008 - SAID MOURAD
Repudia
charges publicadas em jornal dinamarquês que desrespeitariam os muçulmanos.
Discorre sobre os preceitos de tolerância do islamismo.
009 - CONTE LOPES
Cumprimenta
o trabalho da polícia no combate aos seqüestros. Critica o excesso de regalias
dadas aos detentos.
GRANDE EXPEDIENTE
010 - DONISETE BRAGA
Lamenta
tragédia ocorrida em apresentação de grupo musical mexicano em supermercado no
último dia 5. Lê matérias do jornal "Folha de S. Paulo" sobre o fato.
Pede a aprovação de Projeto de resolução que cria a Frente Parlamentar pelo
Desenvolvimento Sustentado das Bacias Hidrográficas do Alto Tietê.
011 - ENIO TATTO
Solidariza-se
com as famílias das três mortas em tumulto no último domingo. Divulga a
liberação pelo Governo Lula de R$ 18,7 bilhões em recursos para a Habitação,
bem como a adoção de série de medidas para o setor e na área social. Critica a
falta de democracia do PSDB no processo de escolha de seu candidato à
Presidência.
012 - DONISETE BRAGA
Critica
os altos preços cobrados pelas entidades particulares de ensino superior para a
entrega de diplomas aos seus alunos. Parabeniza seus pares pela aprovação de
projeto que diminui estes valores.
013 - MILTON FLÁVIO
Rebate
o pronunciamento do Deputado Enio Tatto quanto a política econômica voltada
para agropecuária. Lê e comenta artigo sobre os casos de corrupção que atingem
o governo federal.
014 - NIVALDO SANTANA
Critica
o discurso do Deputado Milton Flávio. Compara o governo de FHC com o de Lula.
Pede que o PSDB divulgue suas propostas de Governo, Informa que no próximo
sábado haverá a posse da nova diretoria Sintaema.
015 - VANDERLEI SIRAQUE
Pelo
art. 82, faz comparação entre o atual e anterior governo federal nas áreas
econômicas e social. Critica as acusações ao PT feitas pelo ex-presidente Fernando
Henrique, em entrevista.
016 - VANDERLEI SIRAQUE
Por
acordo de lideranças, solicita a suspensão por 30 minutos.
017 - Presidente SEBASTIÃO BATISTA MACHADO
Acolhe
o pedido e suspende a sessão às 16h39min.
018 - JORGE CARUSO
Assume
a Presidência e reabre a sessão às 17h12min.
019 - SEBASTIÃO ARCANJO
Por
acordo de líderes, solicita a suspensão da sessão até as 17h50min.
020 - Presidente JORGE CARUSO
Acolhe
o pedido e suspende a sessão às 17h12min, reabrindo-a às 17h55min.
021 - RENATO SIMÕES
Por
acordo de líderes, solicita a suspensão da sessão por 15 minutos.
022 - Presidente JORGE CARUSO
Acolhe
o pedido e suspende a sessão às 17h55min, reabrindo-a às 18h13min.
ORDEM DO DIA
023 - Presidente JORGE CARUSO
Põe
em votação e declara aprovado requerimento, do Deputado Sebastião Almeida, para
constituir comissão de representação a fim de participar da entrega de diploma
de destaque nacional em meio ambiente, responsabilidade social e
desenvolvimento sustentável, concedido pelo Instituto Ambiental Biosfera e
Instituto Brasileiro de Estudos Especializados, dia 10/02, no Rio de Janeiro.
024 - DONISETE BRAGA
Por
acordo de líderes, solicita o levantamento da sessão.
025 - Presidente JORGE CARUSO
Acolhe o pedido. Convoca os Srs. Deputados para uma sessão extraordinária, hoje às 20 horas, e para a sessão ordinária de 08/02, à hora regimental, com Ordem do Dia. Levanta a sessão.
O SR. PRESIDENTE - SEBASTIÃO BATISTA
MACHADO - PV - Havendo número legal,
declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.
Convido o Sr. Deputado Donisete Braga para, como 2º Secretário “ad hoc”,
proceder à leitura da Ata da sessão anterior.
O
SR. 2º SECRETÁRIO - DONISETE BRAGA - PT - Procede à leitura da Ata da sessão anterior, que é
considerada aprovada.
O SR. PRESIDENTE - SEBASTIÃO BATISTA
MACHADO - PV - Convido o Sr. Deputado
Donisete Braga para, como 1º Secretário “ad hoc”, proceder à leitura da matéria
do Expediente.
O SR. 1º SECRETÁRIO - DONISETE BRAGA -
PT - Procede à leitura da matéria do
Expediente, publicada separadamente da sessão.
* * *
Passa-se
ao
* * *
O SR. PRESIDENTE - SEBASTIÃO BATISTA
MACHADO - PV - Esta Presidência,
atendendo à solicitação do nobre Deputado Zuza Abdul Massih, cancela a Sessão
Solene convocada para o dia 17 de fevereiro, com a finalidade de homenagear o
ex-primeiro-ministro do Líbano, Sr. Hafik Hariri, pelo aniversário do seu
falecimento.
Tem
a palavra o nobre Deputado Romeu Tuma. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado
Milton Vieira. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Souza Santos. (Pausa.)
Tem a palavra o nobre Deputado Geraldo "Bispo Gê" Tenuta. (Pausa.)
Tem a palavra o nobre Deputado José Dílson. (Pausa.) Tem a palavra o nobre
Deputado Rogério Nogueira. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Vitor
Sapienza. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Analice Fernandes. (Pausa.)
Tem a palavra o nobre Deputado Conte Lopes. (Pausa.) Tem a palavra o nobre
Deputado Carlos Neder. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Nivaldo Santana.
(Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Ana Martins. (Pausa.) Tem a palavra o
nobre Deputado Edson Ferrarini. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado José
Zico Prado. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado José Bittencourt. (Pausa.)
Tem a palavra o nobre Deputado Geraldo Vinholi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre
Deputado José Carlos Stangarlini. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado
Ricardo Tripoli. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Donisete Braga.
O SR. DONISETE BRAGA - PT - Nobre colega Deputado Sebastião Batista Machado, que
preside esta sessão, Srs. Deputados, público que nos assiste da TV Assembléia,
funcionários, assomo a esta tribuna para falar dos noticiários dos últimos
dias. Os tucanos estabelecem uma guerra pelos meios de comunicação ao acusar que
o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva está fazendo campanha para a sua
reeleição.
Considero esta minha
intervenção importante para que o povo do Estado de São Paulo possa ver quem
está fazendo campanha antes do tempo estabelecido pela Justiça Eleitoral. Se
compararmos essas últimas semanas, percebemos uma aparição muito grande na
mídia do Prefeito José Serra e do Governador Geraldo Alckmin. Eles estão
freqüentemente nos programas de televisão, como o do Raul Gil e Luciana
Gimenez, falando dos seus governos e já tecendo comentários em relação às
perspectivas eleitorais deste ano. Os tucanos criticam o Presidente Lula,
questionando o que ele está realizando no nosso país.
Quero, portanto, estabelecer
o que o Governo do PSDB não fez, principalmente no Estado de São Paulo, em doze
anos de governo. É legítimo que o Governador do Estado queira ser candidato a
Presidente da República, mas o povo paulista precisa refletir que alguém que
está há 12 anos no governo não conseguiu cuidar da Febem. O Presidente Lula, quando
candidato, apresentou o seu projeto para governar o país. Mas podemos afirmar
categoricamente que é humanamente impossível que um governante, seja nas
esferas municipal, estadual ou federal, consiga concretizar 100% do projeto que
apresentou para a população. Não tenho dúvida de que o que Presidente Lula
conquistou até o presente momento, em termos de investimentos sociais, com
certeza, cumpriu mais de 70% do que prometera.
Na semana passada, demos um
grande passo em direção à educação. Isso, graças ao empenho do Presidente Lula
e da sua equipe. Com apenas dois votos contrários, duas abstenções, e com 399
votos a favor, a Câmara dos Deputados aprovou, em 2º turno, no dia 02 de
fevereiro, a PEC que cria o Fundo de Manutenção da Educação Básica para o nosso
país. Há três anos que discute essa proposta na Câmara dos Deputados, com o
objetivo de dar impulso à educação neste país que deseja crescer, produzir e
gerar emprego e renda para o seu povo. Foi uma proposta amplamente discutida e
hoje realizada pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O Brasil está criando com
isso um fundo de financiamento próprio para a educação básica, garantindo vagas
nas escolas públicas a todos os cidadãos brasileiros, desde a educação infantil
até o ensino médio, incluindo a educação de jovens e adultos, que é hoje, sem
dúvida, o grande entrave na questão da juventude que não tem oportunidade para
ingressar numa escola de qualidade, onde os professores tenham condições
técnicas e recebam um bom salário para educar os nossos filhos. O Fundeb vai
substituir o atual Fundo de Educação Fundamental - Fundef. A política de
inclusão social, é um programa que foi discutido durante a campanha eleitoral
do hoje Presidente Lula, que está cumprindo rigorosamente para todos os
cidadãos brasileiros.
O SR. PRESIDENTE - SEBASTIÃO BATISTA
MACHADO - PV - Tem a palavra o nobre
Deputado Milton Flávio.
O SR. MILTON FLÁVIO - PSDB - Sr. Presidente, nobres companheiros Deputados, público
que nos assiste, quero aproveitar este espaço da tribuna da Assembléia
Legislativa para elogiar a atividade que vem sendo programada pelo nosso
partido e pelo Presidente do nosso partido, Deputado Sidney Beraldo, nas
regionais do PSDB. Eu tenho acompanhado algumas delas e, particularmente,
acompanhei, neste fim de semana, à reunião que ocorreu em Araçatuba e, depois,
em Bauru.
Em
Araçatuba, nos reunimos com as coordenadorias das regiões de Andradina e de
Araçatuba. E na de Bauru, nos encontramos com as coordenadorias de Jaú, Lins e
Bauru. Há muito tempo que eu não vejo a nossa militância, os nossos Vereadores
e os nossos Prefeitos tão entusiasmados com o processo que se avizinha,
dispostos a trabalhar, a arregaçar as mangas e a fazer uma trajetória em defesa
da ética, da moral e das teses que o nosso partido vem defendendo nos últimos
anos.
Quero
registrar os meus cumprimentos por, através dessa oportunidade que o nosso
Presidente e o partido nos ofereceu, vislumbrar, conviver e sentir, na prática,
o que é a vontade, a tendência e a disposição do partido no próximo pleito nacional.
Uma segunda questão, que
eu quero abordar, elogiar, é sobre o nosso coordenador do partido na área da
Saúde, Dr. Paulo Brandão. Ontem participei de uma reunião, no diretório
estadual do nosso partido, com o núcleo de Saúde do PSDB e senti também uma
disposição ímpar de cumprir, nas próximas eleições, o mesmo papel destacado que
cumpriu nas últimas eleições, seja tendo uma posição crítica em relação aos
problemas que enfrentamos na área da Saúde, seja pela disposição que demonstra
em colaborar com a construção de um programa de saúde adequado e exeqüível para
o nosso país e para o nosso estado, mas, sobretudo, na disposição de trabalhar
intensamente para que essa oportunidade de resgate do nosso país não seja
perdida.
Fica, mais uma vez, o meu
orgulho de pertencer a esse núcleo tão combativo, que inclusive quer ter a
oportunidade de se expressar, de informar àqueles que vão, junto com os demais
membros do partido, opinar nas escolhas que deveremos ter daqui para a frente
enquanto partido sobre aquilo que pensam os nossos militantes nos vários
setores.
Quero deixar ainda os
meus cumprimentos ao Prefeito Leonel Damo, de Mauá. Participamos de maneira
intensa da sua campanha. Estivemos com o Leonel nesse período de um ano em que
ele postulou na Justiça o direito que lhe foi conferido de assumir a Prefeitura
de Mauá trabalhando, sobretudo, na área da Saúde. E hoje pudemos visitar o
Hospital Nardini, muito importante para aquela cidade e região, que sofrera
ainda recentemente um processo de grande deterioração. Visitamos o hospital. O
diretor clínico nos mostrava a situação de penúria em que viviam, a dificuldade
em que foram colocados por conta de uma gestão não apropriada no município. Mas
hoje estivemos comemorando a chegada de recursos que nos próximos dois meses
permitirão uma reforma muito ampla no centro cirúrgico.
Já agendamos com o
Prefeito e com o Governador um novo encontro para que tão logo seja definida ou
ultimada a reforma possamos levar para aquele hospital equipamentos que possam
recuperá-lo do ponto de vista de qualidade e de capacidade de atendimento.
Por fim, quero deixar o
meu agradecimento a Leonel Damo pela hospitalidade e registrado os meus
cumprimentos ao 30º BPM, de Mauá, que comemorou hoje o seu sexto aniversário.
Estivemos com a Corporação, participamos da cerimônia de comemoração e foi
muito bom perceber a enorme integração que existe entre a Polícia Militar
daquela cidade com as autoridades, mas, principalmente, com a população.
Nesta
oportunidade eu estendo também os meus cumprimentos ao nosso Secretário de
Saúde e ao nosso Governador pelo trabalho que vêm exercendo e pelos resultados
que alcançaram não apenas naquela região, mas em todo o Estado de São Paulo.
O SR. PRESIDENTE -
SEBASTIÃO BATISTA MACHADO - PV - Tem
a palavra o nobre Deputado Jonas Donizette. (Pausa.) Tem a palavra o nobre
Deputado Fausto Figueira.
O SR. FAUSTO FIGUEIRA
- PT - SEM REVISÃO DO ORADOR -
Sr. Presidente, Srs. Deputados, assomo à tribuna hoje para comentar uma matéria
importante que envolve um hospital da Secretaria da Saúde do Estado de São
Paulo, o Hospital Guilherme Álvaro, na cidade de Santos, do qual tive a honra
de ser diretor nomeado pelo saudoso Governador Franco Montoro e mesmo exercendo
o cargo de Deputado estadual de continuar militando como médico e atendendo
diariamente nesse hospital público, o único hospital público da Baixada
Santista, ambulatório e realizando cirurgia, exercendo o meu ofício de
cirurgião. Além das costuras políticas, faço as costuras cirúrgicas na minha
atividade médica nessa cidade.
Recentemente o jornal “A
Tribuna” publicou uma matéria mostrando o descontentamento de população em
relação ao atendimento do Hospital Guilherme Álvaro. A matéria, da maneira como
foi colocada, de alguma maneira trai o sentimento que eu particularmente vivo
dentro desse hospital em contato com os pacientes e acho que sobra para o
Hospital Guilherme Álvaro, a rigor, o ônus de como hospital público atender
pacientes do Sistema Único de Saúde da Baixada Santista.
É verdade que a Santa
Casa de Santos atende, que a Beneficência Portuguesa de Santos atende, mas
fundamentalmente toda assistência médica da Baixada Santista do Sistema Único
de Saúde hoje está concentrada nesse hospital. Ainda hoje tive oportunidade de
conversar com o diretor técnico do Hospital Guilherme Álvaro, Dr. Alberto
Bedulatti, que dizia que existem gargalos, do ponto de vista do atendimento
médico, que desembocam no Hospital Guilherme Álvaro criando essa falsa imagem
de um mau atendimento. Temos de ter um planejamento estratégico regional e acho
que o Governo do Estado de São Paulo falha ao não gerenciar de maneira correta
o atendimento público nos hospitais, que deve ser hierarquizado, regionalizado,
que deve ter um controle social, na medida em que praticamente nenhum hospital
de outras cidades atende patologias por mais básicas que sejam.
Freqüentemente atendo
patologias no ambulatório que poderiam ser atendidas em Peruíbe, Itanhaém,
Mongaguá, ou seja, pacientes são obrigados a percorrer longas distâncias para
fazer atendimentos básicos que poderiam ser feitos no local onde moram. É
preciso que a Secretaria de Estado de Saúde assuma definitivamente a
coordenação desse trabalho de atendimento médico.
Quando o sistema público
de Saúde não tem um bom atendimento primário, isso vai sobrar para os
pronto-socorros, vai sobrar para os hospitais. É bem verdade que nós temos uma
fila, mas é inconcebível que continuemos a ter uma fila de pacientes, por
exemplo, prostáticos, homens que perambulam com as suas sondas por meses na
busca da realização de uma cirurgia.É impossível termos uma fila de pessoas que
não conseguem operar das varizes.
Portanto, quero
publicamente assumir a defesa do Hospital Guilherme Álvaro, dos profissionais
de saúde - auxiliares de enfermagem, médicos, estudantes - que atendem no
Hospital Guilherme Álvaro. É preciso avançar na qualidade do atendimento
daquele hospital, mas sobra para o Hospital Guilherme Álvaro, a rigor, o ônus
de ser o único hospital público a atender o Sistema Único de Saúde da Baixada
Santista.
O SR. PRESIDENTE -
SEBASTIÃO BATISTA MACHADO - PV - Tem
a palavra a nobre Deputada Rosmary Corrêa. (Pausa.) Tem a palavra o nobre
Deputado Antonio Salim Curiati.
O SR. ANTONIO SALIM CURIATI
- PP - Sr. Presidente,
nobre Deputado Sebastião Machado, Srs. Deputados, telespectadores da TV
Assembléia. Ouvi atentamente o Deputado e professor de medicina de Botucatu,
Milton Flávio, e gostei do seu pronunciamento, mas discordo com relação ao dito
sobre à Secretaria da Saúde. Venho observando que as solicitações através de
ofícios que encaminhamos a Saúde, não são atendidas e as justificativas para
tal não me parecem fundamentadas. Tenho aqui a cópia de uma resposta, sobre
solicitação feita, que foi assinada pelo chefe de gabinete. Estranhei tal fato,
pois acredito que quem deve responder a um Deputado é o Secretário, não um
auxiliar e que ainda o fez de forma evasiva. O Poder Legislativo precisa ser
respeitado. Espero que a liderança do Governo analise o ocorrido.
Tenho o maior respeito pelo Governador Geraldo Alckmin, pois ele é
um batalhador; mas precisa tomar cuidado, pois seu trabalho vem sendo sabotado
por uma série de pessoas. Se V. Exa. desejar posso ir encontrá-lo e provar o
que estou falando!
Recentemente fui a Avaré - uma cidade que é rodeada por
penitenciárias e para a qual o Sr. Governador prometeu mandar uma corporação da
Polícia Militar, para tranqüilizar a população que está aflita e preocupada.
Até agora isso não aconteceu, mas acredito que S.Exa. vai honrar a palavra
dada, como sempre o fez.
Outro dia, um senhor que me conheceu como médico em Avaré, já que
ali cliniquei por mais de 20 anos me disse: “Dr. Curiati, não dá para o senhor
deixar eu passar umas férias na penitenciária, uns 10, 15 dias? Sou bóia-fria,
trabalhador rural, não chego a ganhar um salário-mínimo por mês, estou passando
todo tipo de dificuldade e vejo que a turma que está lá tem médico, dentista,
psicólogo, assistente social, nutricionista, é bem tratado”. É claro, que eu
acho que os prisioneiros devem ser bem tratados com dignidade, mas acredito que
a população, a comunidade, os trabalhadores, devam ter um tratamento melhor
ainda, pois vivem honestamente e nenhum delito cometeram.
Faço um apelo ao Sr. Governador, para que os problemas da
população sejam vistos com mais carinho; que algo seja feito para que ela tenha
mais recursos, melhor qualidade de vida e amparo das autoridades. Digo isso,
porque do modo como as coisas vão indo as situações vão acabar se invertendo!
Hoje o preso vive confortavelmente e o cidadão honesto mal tem do que viver.
Falta justiça social nesse Estado e nesse País.
Muito obrigado a todos!
O SR. PRESIDENTE - SEBASTIÃO BATISTA
MACHADO - PV - Tem a palavra o nobre
Deputado Renato Simões. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Cândido
Vaccarezza. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Sebastião Almeida. (Pausa.)
Tem a palavra o nobre Deputado Ubiratan Guimarães. (Pausa.) Tem a palavra o
nobre Deputado Valdomiro Lopes. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Aldo
Demarchi. (Pausa.)
Srs.
Deputados, esgotada a lista de oradores inscritos para falar no Pequeno
Expediente, vamos passar à Lista Suplementar. Tem a palavra o nobre Deputado
Valdomiro Lopes. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Enio Tatto. (Pausa.)
Tem a palavra o nobre Deputado Pedro Tobias.
O SR. PEDRO TOBIAS - PSDB - Sr. Presidente, Srs. Deputados, esta é a primeira vez
que assomo à tribuna depois do recesso mas vou contar uma história que
aconteceu durante o recesso.
Veio um aluno de Ciência Política da Unicamp para acompanhar um pouco a
minha rotina para saber como é a política na vida real. Começávamos às 7 horas
e terminávamos às 11 horas da noite. E ele estranhou o recesso porque muita
gente usa o termo recesso demagogicamente. Ele estranhou que somos mal julgados
devido ao recesso. Muitas vezes para mim é muito mais leve fazer discurso,
participar de uma comissão do que fazer trabalho de base. Falo com toda
honestidade. Durante o recesso trabalhei muito mais do que aqui.
Mas
a minha vinda aqui hoje é para homenagear a polícia. Um parente meu foi seqüestrado
recentemente e a família começou a negociar, não queria envolver a polícia.
Quando descobri pressionei a família e ela foi até a Polícia Anti-Seqüestro.
Não demorou mais do que dois dias e eles chegaram ao cativeiro e graças a Deus
salvaram a pessoa seqüestrada e mataram dois seqüestradores. Deviam matar
quatro. O único erro é que deveriam ter matado quatro porque tirariam quatro
bandidos dos assaltos, dos seqüestros. Fazia parte da quadrilha um prestador de
serviços do seqüestrado. Se tivessem pagado o resgate teriam, sem dúvida
nenhuma, matado o seqüestrado.
Por
isso faço um apelo à população para que procure a polícia se houver seqüestro.
A polícia tem problema? Tem, mas a equipe de anti-seqüestro tem que ser
elogiada. Fomos bem recebidos e em três, quatro dias salvaram um homem
inocente. Não vi ninguém dos Direitos Humanos para defender um senhor
seqüestrado de 70 anos. Daqui a pouco, eles reclamam, criticam, ou processam a
polícia por ter matado dois bandidos.
Por
isso, Sr. Presidente, encaminhei um ofício para o Secretário de Segurança
homenageando toda a equipe de anti-seqüestro, os delegados, escrivãs, até
investigadores, porque muitas vezes criticamos quando há falha, mas não
elogiamos quando fazem o serviço bem feito. E esse serviço, apesar de toda a
dificuldade por que passa a polícia, foi excelente. Parabéns à policia.
Cumprimento toda a Policia Militar, a Polícia Civil em nome do Secretário Saulo
de Castro, e, em especial, o pessoal do grupo anti-seqüestro.
Na
agenda dos próximos candidatos à Presidência da República, espero que a
segurança seja prioridade porque ela não é só competência do governo do estado,
do município, mas também do governo federal. Esses bandidos, conforme me
contaram, estavam munidos de metralhadoras. Metralhadoras não se fabricam aqui,
vieram de contrabando. São armas de fabricação estrangeira. O nosso candidato
vai dar prioridade à segurança, porque hoje é mais importante que o emprego,
até mesmo que uma casa popular.
Preocupo-me
muito também com a área da saúde. Dizem que o Governo Federal quer 60 programas
no lugar de três ou quatro que estavam funcionando bem, como do programa de
catarata, varizes, retinoplastia e próstata porque essa foi a marca registrada
do ex-ministro, atual Prefeito José Serra. O PT quer acabar. O meu medo é que
alguém diga: “Tiraram o que estava funcionando”. Esses programas que o PT quer
criar não funcionarão. Vale lembrar que muitos idosos vão cobrar caro dessa
administração federal, pois muitos deles foram operados de próstata e de
catarata na gestão de FHC. Espero que não destruam o que está funcionando.
Sr.
Presidente, passo a ler o referido ofício que encaminhei ao Secretário de
Segurança Pública: “Senhor Secretário
Através
do presente expediente, queremos parabenizar o trabalho desenvolvido pela
Secretaria da Segurança Pública, considerando a acentuada queda de homicídios
no nosso Estado.
Enfatizamos
que é com grande satisfação que temos presenciado a constante presença de
policiais nas ruas, a boa qualidade nos serviços de inteligência e o aumento
nos números de prisões.
Queremos
enfatizar ainda, as sucessivas soluções de seqüestros ocorridos no nosso
Estado, agradecendo especialmente pela bem sucedida operação ocorrida em 30 de
janeiro, com o resgate de um empresário libanês, pessoa de nosso relacionamento
e muito querido, que ficou 19 dias nas mãos dos seqüestradores. Foi espancado
no cárcere, mas felizmente saiu salvo.
Sem
a atuação impecável da polícia, esse caso não teria tido um feliz desfecho, uma
vez que foi sob a orientação dos policiais, que acompanharam o seqüestro, que a
família negociou e colaborou para o fim desse drama não só da família, mas de
toda a sociedade.
Assim
sendo, queremos reiterar nossos cumprimentos pelo incessante e árduo trabalho
dos nossos policiais, lembrando todo risco que esses profissionais e seus
familiares estão sujeitos em seu dia-a-dia e aproveitar para mais uma vez,
reconhecer os bons resultados na área de segurança do Governo Alckmin, na
pessoa do Senhor Secretário de Segurança Pública, Doutor Saulo de Castro Abreu
Filho, agradecer e assim estender nossos cumprimentos a todos os profissionais
que prestam serviços à Segurança Pública do Estado e em especial aos seguintes
colaboradores:
Doutor
Marco Antônio Desgualdo, Delegado Geral da Polícia Civil;
Doutor
Fábio Nelson Fernandes, Delegado de Polícia da 1ª Delegacia da DAS (Divisão
Anti-Seqüestro);
Doutor
Rafael Guimarães Correa Lodi, Delegado de Polícia Assistente da DAS;
Investigador
José Roberto de Abreu;
Investigador
João Paulo de Abreu;
Investigador
Roberto Rivelino Marinho;
Investigador
Nivaldo Martiniuk;
Investigador
Jesus Petrucci Peres;
Investigador
Luiz Cláudio dos Passos;
Investigador
Edgar Pereira Silva Neto e
Escrivão
de Polícia, Senhor Milton Costa.
Respeitosamente
Deputado
Pedro Tobias
Excelentíssimo
Senhor
Doutor
Saulo de Castro Abreu Filho
Secretário
de Estado da Segurança Pública”
O SR. PRESIDENTE -
SEBASTIÃO BATISTA MACHADO - PV - Tem
a palavra o nobre Deputado Carlinhos Almeida, pelo tempo regimental de cinco
minutos.
O SR. CARLINHOS ALMEIDA
- PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr.
Presidente, Srs. Deputados, um dos grandes anseios do cidadão incomum é ter
acesso ao serviço público de qualidade, mas muitas vezes ele se depara com
entraves burocráticos absolutamente desnecessários, que dificultam seu acesso
aos serviços mais elementares. Muitas vezes, um cidadão precisa tirar um
documento ou precisa entrar com um processo, e, para isso, precisa de uma
certidão, da comprovação de um determinado fato, mas aí sempre lhe é colocado
uma série de empecilhos burocráticos que dificultam a sua vida.
O ex-Governador Mário
Covas iniciou o chamado “Poupatempo”, que é um programa com sucesso. Mas,
evidentemente, são poucas as cidades que tiveram acesso ao “Poupatempo”, que
resolve uma série de problemas especialmente em relação à carteira de
habilitação, certidão de veículo, expedição de documentos importantes, como RG,
com uma rapidez bastante interessante.
O atual Governador
Geraldo Alckmin parou o “Poupatempo” iniciado pelo Governador Mário Covas.
Parou sem explicar o porquê, mas, durante a campanha passada, ele prometeu que
iria criar um padrão “Poupatempo” de atendimento e de prestação de serviços à
população. Esse chamado padrão “Poupatempo” não aconteceu. Recentemente, o
Governador tem dito que vai retomar o programa de instalação no Estado de São
Paulo. Evidentemente, seu mandato deve acabar agora em março, abril, porque o
Governador Geraldo Alckmin está se dedicando totalmente à campanha eleitoral,
praticamente abandonou a gestão do Estado de São Paulo. Esperamos que o
Vice-Governador Cláudio Lembo, assumindo o governo, retome o programa, discuta
e defina uma política de expansão de “Poupatempo” no Estado de São Paulo.
Temos reivindicações. Eu,
pessoalmente, apresentei, por várias vezes, emendas à Lei de Diretrizes
Orçamentárias, que vamos votar nesta Casa. Tem uma emenda minha que vai ser
avaliada, criando o “Poupatempo” em cidades importantes, como Guaratinguetá,
Taubaté e Caraguatatuba, três cidades pólo na região do Vale do Paraíba, região
norte, que tem apenas único “Poupatempo”, na cidade de São José dos Campos,
instalado dentro de um shopping center.
Essas reivindicações
precisam ser avaliadas pelo Governo. Temos tramitando aqui um projeto de
autoria do Governador, PLC 28/05, que faz uma série de alterações na estrutura
do “Poupatempo”, a maioria delas que não o ajuda a funcionar bem, mas
apresentamos uma emenda criando um programa, um plano de expansão do
“Poupatempo” no Estado de São Paulo, estabelecendo critérios bem objetivos. Por
exemplo, no inciso I - Implantação de “Poupatempo” em todos os municípios com
mais de 500 mil habitantes. Não tem sentido, por exemplo, municípios que têm
meio milhão de habitantes não ter o seu próprio “Poupatempo”.
Colocamos também, aqui,
como prioridade, a implantação nos municípios sedes de região de Governo, com
mais de cem mil habitantes. Por quê? Porque as regiões de Governo estão
distribuídas no Estado de São Paulo especialmente com critérios geográfico,
porque muitas vezes tem uma região com quatrocentos mil habitantes, mas muito
distante de um “Poupatempo”. Portanto, não é porque ali não tem um município
com 500 mil habitantes que não possa ter um “Poupatempo”. É o caso que citei
aqui de Guaratinguetá, Taubaté e Caraguatatuba, na região do Vale. Essas
cidades precisam de um “Poupatempo” porque estão distantes de São José dos
Campos, onde tem um único “Poupatempo”, que justifica que elas tenham esse
atendimento. Também colocamos como critério implantação em municípios pólo da
região metropolitana. É o caso do município de Santos. Não sei se já chegou à
população de quinhentos mil habitantes, mas é, evidentemente, um pólo da
Baixada Santista.
Apresentei essa emenda em
conjunto com a Deputada Maria Lúcia Prandi. Esperamos, independente do projeto
e da emenda, debater essa questão com o Governo do Estado, porque não é
razoável que o Estado não tenha um cronograma claro em que a sociedade possa
acompanhar, que os municípios possam fiscalizar e garantir o acesso a um
serviço mais ágil e mais rápido. Obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE -
SEBASTIÃO BATISTA MACHADO - PV - Tem
a palavra o nobre Deputado Romeu Tuma (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado
Mário Reali. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Said Mourad, pelo tempo
regimental de cinco minutos.
O SR. SAID MOURAD - PSC - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, telespectadores da TV Assembléia, não
poderia deixar de vir à tribuna para dizer da minha indignação em relação às
charges, em relação ao desrespeito a outras culturas, em relação ao desrespeito
ao ser humano.
Saúdo
a todos e desejo que este aro possa ser o ano da paz, da fraternidade. De amor
ao próximo e principalmente do respeito entre os seres humanos, independente de
raça, cor, sexo ou credo.
Lamentavelmente
este ano começou com uma infeliz publicação de charges de um jornal da
Dinamarca, denegrindo a imagem da fé islâmica e do profeta Mohamad (Que a paz
esteja com ele).
É sabido que O Islam é uma religião monoteísta, que
acredita em Deus único, Todo-Poderoso, que vela por nossos sentidos. Acredita
em todos os profetas e mensageiros de Deus, desde Adão, passando, entre outros,
por Noé, Abraão, Moisés, Jesus e finalmente Mohamad, a todos nossa reverência e
respeito. O Islam acredita nas escrituras sagradas reveladas a Moisés, Jesus e Mohamad,
não admite qualquer tipo de perjúrio ou agressão a nenhum mensageiro ou
escritura sagrada.
Os
fiéis, inclusive, deixam de ser muçulmanos se desrespeitarem qualquer outra fé
ou religião.
No
ano passado, neste mesmo plenário, tive a honra de presidir a Sessão Solene de
abertura do 19º Congresso Internacional dos Muçulmanos da América Latina e
Caribe, inclusive com o tema Jesus no Islam.
Na
ocasião, senhoras e senhores, os muçulmanos demonstraram claramente que
respeitam e reverenciam Jesus (que a paz esteja com ele) e aguardam o seu
retorno. Os muçulmanos nunca se referem a ele simplesmente como Jesus, mas
sempre acrescentam a frase "a paz esteja com ele". O Alcorão confirma
seu nascimento de uma virgem - um capítulo inteiro do Alcorão é denominado Maria.
Ela é considerada a mais pura de toda a criação. O Alcorão, na terceira surata
descreve a anunciação como segue: "Recorda-te de quando os anjos disseram:
Ó Maria, é certo que Deus te elegeu e te purificou, e te preferiu a todas as
mulheres da humanidade! Ó Maria, por certo que Deus te anuncia novas felizes
com Seu Verbo, cujo nome será Messias, Jesus, filho de Maria, nobre neste mundo
e no outro, e se contará entre os diletos de Deus. Falará aos homens ainda
infante, bem como na maturidade, e se contará entre os virtuosos. Ela
perguntou: Ó Senhor meu, como poderei ter um filho se mortal algum jamais me
tocou? Disse-lhe o anjo: Assim será. Deus cria o que deseja, posto que quando
decreta algo, diz: Seja e é".
Srs.
Deputados, poderia aqui falar por muitas e muitas horas sobre a tolerância e
respeito que a fé islâmica exige de seus adeptos. Mas acredito que não é o
caso.
Em
primeiro lugar, quero como muçulmano expressar a minha revolta, repulsa e
condenação a qualquer tipo de violência seja onde for, porque assim age o
verdadeiro muçulmano.
A
publicação de qualquer tipo de imagem é proibida pela fé islâmica e a adoração
deve ser feita única e exclusivamente a Deus. Os muçulmanos não adoram imagens,
fotografias, pedras, nem madeiras. Adoramos apenas a Deus.
A publicação
de charges por um jornal dinamarquês satirizando o profeta Mohammad (Que a paz
esteja com ele), representa duas agressões ao mesmo tempo. Primeiro, o fato de
criar uma imagem que não existe, porque a imagem do profeta Mohammad, ou de
qualquer outro profeta, nunca foi divulgada para que não fosse adorada.
Segundo, ofende o profeta do Islã, atribuindo a ele atos de violência e outras
mentiras.
Essa
agressão não é só contra o profeta do Islã. É uma agressão contra mais de um
bilhão e duzentos milhões de muçulmanos espalhados pelo mundo.
O
Islã defende a liberdade de expressão e, ao mesmo tempo, o respeito a outras
crenças. Agredir a imagem do Islã é um ato que só pode levar à discórdia.
Quero
concluir dizendo que o respeito dentro de casa, o respeito pelo seu
companheiro, pela sua companheira, pelos seus irmãos, seus familiares, seus
colegas de trabalho, por qualquer ser humano é primordial. É o respeito que a
fé islâmica, de fato, divulga.
O SR. PRESIDENTE - SEBASTIÃO BATISTA
MACHADO - PV - Tem a palavra o nobre
Deputado José Dílson. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Adriano Diogo.
(Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Antonio Mentor. (Pausa.) Tem a palavra
o nobre Deputado Luis Carlos Gondim. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado
José Bittencourt. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Conte Lopes.
O SR. CONTE LOPES - PTB - Sr. Presidente, Srs. Deputados, acompanhava
atentamente as colocações do nobre Deputado Pedro Tobias, que teve um parente
seqüestrado.
A
família, amedrontada, não procurou a polícia. Depois, por interferência do
Deputado Pedro Tobias, procurou a Delegacia Anti-Seqüestro. Os seqüestradores
foram localizados em Guarulhos, dois morreram em tiroteio com a polícia - de
acordo com o Deputado Pedro Tobias, deveriam ter morrido os quatro - e a vítima
foi salva. Morreram dois, dois foram presos e a vítima, parente do Deputado,
foi salva.
Quero
cumprimentar especialmente o Dr. Antonio Olin, da Delegacia Anti-Seqüestro, que
tem feito um grande trabalho no combate a esse tipo de crime em São Paulo.
Existe
seqüestro? Existe. Há pouco, conversava com uma funcionária da Casa que dizia
de parentes que estavam sendo ameaçados de seqüestro e tiveram de fugir de
casa. Em São Paulo e no Brasil, infelizmente, está assim: temos de fugir de
casa por causa dos bandidos. São bandidos que, de dentro da cadeia, mandam
matar. E tem nome: Marcola, do PCC, é um deles. Mandam mandar de dentro da
cadeia. E os bandidos aqui fora matam. Matam juiz de Direito, promotor público,
policiais. Vejam que inversão de valores: o bandido, de dentro da cadeia, manda
e os bandidos aqui fora executam. Realmente estamos vivendo uma incoerência
total.
A
polícia está trabalhando, pegando seqüestradores, colocando-os atrás das
grades. Pergunto: o seqüestrador fica preso? Infelizmente, não. Se fica, é por
pouco tempo, porque arruma uma forma de sair: ou pela porta da frente ou por
uma decisão judicial ou tem um grande advogado, como é o caso da Suzane, que
matou o pai, a mãe e está curtindo uma praia em Ubatuba. O único “crimezinho”
dela foi matar o pai e a mãe, e ainda contou com o apoio do namorado e seu
irmão, os Cravinhos, que voltaram para a cadeia porque deram uma entrevista na
“Jovem Pan” descrevendo a ação do crime. Como se isso não fosse nada.
Assim
como a Suzane e os Cravinhos, os bandidos também agem dessa maneira, porque não
sentem o peso da lei. É a impunidade. Foi preso por seqüestro? Ele sabe que
amanhã ou depois a quadrilha compra algum funcionário corrupto e ele estará
novamente nas ruas. Ele vai sair da cadeia e cometer seqüestros novamente.
O
grande problema, nobre Deputado Pedro Tobias, não é a polícia. A polícia é boa. A polícia prende bandidos
todos os dias, troca tiros com bandidos todos os dias, maiores e menores, enfia
na Febem, enfia na cadeia. Agora, se a Justiça é morosa, se os grupos de
direitos humanos acabam apoiando o bandido em detrimento do bom policial,
coitado do bom policial. Tive oportunidade de defender o delegado Dr. Antonio
Olin; houve manifesto aqui na Assembléia contra ele porque numa ação na Zona
Leste teve de invadir alguns locais, queriam tirá-lo da anti-seqüestro.
Tive oportunidade de ocupar este microfone por
várias vezes para elogiar o delegado Antônio Olin pelo seu trabalho. Precisamos
deixar a polícia trabalhar. A polícia tem de ter condição de trabalho. Bandido
na cadeia tem de sentir o peso da lei. Depois de seqüestrar, matar, ele não
pode ter direito a visita íntima no primeiro domingo. Não pode ter direito a
celular, a futebol, a televisão. Teve até concurso de miss. Até na “Belíssima”
há artista presa. Em vez de colocar o desgraçado para cumprir pena, trabalhar,
não, vira “miss cadeia”. E sai na Globo, sai na televisão. Não conseguimos
entender.
O bom policial precisa tomar cuidado. Esse tem que
tomar cuidado. Às vezes ele cumpre ordens do Governador, como o Coronel
Ubiratan, que cumpriu ordens do Governador e do secretário, que não foram ao
local. Se a ocorrência sair boa, todos vão à televisão no horário político.
“Eu, como Governador, mandei, fiz, aconteci.” Se a coisa complicar, você quem
fez. As coisas são difíceis para o policial. Temos de desejar boa sorte ao
Coronel Ubiratan, é um homem que cumpriu seu dever, cumpria ordem. É importante
colocar que nenhum coronel da Polícia Militar entra em presídio se não receber
ordem.
Desejamos ao coronel boa sorte, vamos acompanhar
atentamente. Infelizmente é isso. O nosso time pouco se movimenta, pouco fala.
O outro já está se mexendo, tem gente dos Estados Unidos, da Rússia, da China,
dos direitos humanos internacional, nacional, municipal. Vamos aguardar.
Enquanto isso os seqüestros, os assassinatos, os bandidos estão tomando conta.
Mas aí fazem como se todos os bandidos do Carandiru fossem inocentes. Muito
obrigado, Sr. Presidente, Srs. Deputados.
O SR. PRESIDENTE - SEBASTIÃO BATISTA MACHADO - PV - Srs. Deputados, esgotado o tempo destinado ao Pequeno
Expediente, vamos passar ao Grande Expediente.
* * *
-
Passa-se ao
* * *
O SR. PRESIDENTE - SEBASTIÃO BATISTA MACHADO - PV - Srs.
Deputados, tem a palavra o nobre Deputado Roberto Felício.
O SR. DONISETE BRAGA - PT - Sr. Presidente, peço para usar a palavra por cessão
de tempo do nobre Deputado Roberto Felício.
O SR. PRESIDENTE - SEBASTIÃO BATISTA MACHADO - PV - É regimental. Srs. Deputados, tem
a palavra, por cessão de tempo do nobre Deputado Roberto Felício, o nobre
Deputado Donisete Braga, pelo prazo regimental de 15 minutos.
O SR. DONISETE BRAGA - PT - Sr. Presidente, Srs. Deputados, telespectadores da TV
Assembléia, leitores do “Diário Oficial”, assomo à tribuna para abordar um fato
que ocorreu no último final de semana e que temos presenciado tanto no Estado
de São Paulo como em outros estados. Quando se iniciaram as vendas dos
ingressos da banda irlandesa U2, a falta de organização dos patrocinadores causou
um tumulto generalizado na cidade de São Paulo. Percebemos que as pessoas que
estão organizando essas atividades não têm se preocupado com maneiras de evitar
tragédias. As autoridades - Prefeitura ou Polícia Militar -, têm a
responsabilidade de zelar pela segurança das pessoas que participam de shows na
cidade.
No
último fim de semana três pessoas foram vitimadas. Foram colher autógrafos da
banda mexicana RBD e lamentavelmente a menina Jenifer Xavier Matos, de 11 anos;
Fernanda Silva, de 13 anos e a comerciante Cláudia Cristina Oliveira Souza, de
38 anos, morreram pisoteadas e pelo menos 42 pessoas ficaram feridas. As
autoridades precisam ter mais atenção com eventos realizados na nossa cidade.
Temos eventos futebolísticos nos finais de semana, clássicos paulistas, tivemos
o jogo Ponte Preta e Guarani e a televisão nos trouxe imagens terríveis de
brigas envolvendo torcedores. Tivemos também o clássico São Paulo e Palmeiras e
as imagens de televisão fazem com que a população se afaste dessas atividades.
Sr.
Presidente, gostaria de fazer esse alerta para que possamos nos antecipar.
Situações como essas são inaceitáveis. Muitas vezes há tentativa de transformar
as vítimas em culpados e tentar se livrar de responsabilidades que devem ser
estabelecidas pela Justiça. No final do meu discurso vou ler matérias do jornal
"Folha de S. Paulo" a esse respeito.
Sr. Presidente, gostaria
de abordar um outro tema. O objetivo é fazer uma grande mobilização na
Assembléia Legislativa. Trata-se do projeto de resolução que cria a Frente
Parlamentar pelo Desenvolvimento Sustentado das Bacias Hidrográficas do Alto
Tietê. Esse tema trata de boa parte do Estado de São Paulo, da região
metropolitana, dos municípios da Baixada Santista, do ABC Paulista, da Zona
Leste. Gostaríamos que houvesse um envolvimento dos Srs. Parlamentares. A
proposta busca alternativas para que os municípios do Alto Tietê superem travas
e amarras com relação ao desenvolvimento, como a falta de infra-estrutura para
o transporte de cargas, a ausência de saneamento básico entre outros e a
complexidade de fatores que envolvem a questão do desenvolvimento do Estado de
São Paulo, particularmente em sua região metropolitana, que requer do Poder
Legislativo uma atuação mais propositiva para o enfrentamento dos principais
problemas que se apresentam.
Já tivemos aqui a
aprovação, no ano passado, da Lei Específica do Guarapiranga. Não tenho dúvida
alguma que para os municípios do entorno da Guarapiranga, os seus Prefeitos e
os seus Vereadores já terão o norte muito bem claro do processo de recuperação
e de preservação dessa importante bacia.
Estamos na expectativa
aqui de receber a Lei Específica da Billings para que os entraves lá do ABC,
principalmente dos municípios de Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, que têm
100% do seu território em manancial, possam também ter uma alternativa de
compensação ambiental para que as cidades possam crescer e se desenvolverem.
Sabemos da importância do
trecho da Jacu-Pessêgo a ser ligado com a Avenida do Estado, ligando a Zona
Leste com o ABC paulista. Assim, estamos aqui cobrando do Governo do Estado de
São Paulo para estabelecer rapidamente um amplo debate sobre a questão
ambiental e o processo para viabilizar o traçado sul do rodoanel para fazer a
ligação com o Porto de Santos, o maior porto do país.
Dessa forma, acreditamos
que a Assembléia Legislativa tem que buscar alternativas para justamente tirar
as amarras que existem nessa questão ambiental para que possamos permitir, de
uma forma bem controlada, o desenvolvimento econômico e a geração de emprego e
renda. Assim, estaremos garantindo, principalmente para o Estado de São Paulo,
o Estado mais importante da nação, o desenvolvimento sustentável e a geração de
emprego e renda para a nossa região.
Sr. Presidente e Srs.
Deputados, passo a ler as matérias da “Folha de S.Paulo” a que me referi:
“Indignadas,
famílias querem indenização
Parentes
das mulheres mortas na apresentação do grupo RBD em estacionamento dizem que
houve falha na organização
Da
Reportagem local e do ‘Agora’
Famílias das mulheres mortas anteontem durante apresentação do grupo
musical mexicano RBD, no estacionamento do shopping Fiesta, na zona sul de São
Paulo, pretendem processar os organizadores do evento e estudam pedir de
indenização.
Hoje,
a Promotoria da Infância e da Juventude também deve ingressar com uma ação
civil pública e pedido de indenização às famílias das mortas e a todas as
crianças e adolescentes feridos.
Duas
meninas, Jennifer Xavier Mattos, 11, e Fernanda Silva Pessoa, 13, e a
comerciante Cláudia Cristina Oliveira Souza, 38, morreram pisoteadas, e ao
menos 42 pessoas ficaram feridas. A organização do evento foi do Hipermercado
Extra, do grupo Pão de Açúcar, e da gravadora EMI.
O
tumulto ocorreu quando as pessoas que estavam na frente foram empurradas por
outras que queriam se aproximar do palco. Fãs disseram que os que estavam atrás
não conseguiam ouvir as músicas. A prefeitura afirma que não havia alvará para
o evento.
Para
a costureira Maria de Lourdes da Silva, 45, mãe de Fernanda, os ‘organizadores
foram irresponsáveis’ ao montar uma estrutura que ‘não foi suficiente para
garantir a segurança’ dos fãs. ‘Vamos abrir um processo, sim. Alguém vai ter de
responder pela morte da minha filha.’
Márcia
Leonor Farias Xavier, tia da garota Jennifer, também disse que a família
pretende fazer o mesmo. ‘Isso não pode ficar impune.’ Antônio Carlos Albertini,
51, irmão de Cláudia Souza, diz que houve uma falha da organização e que a
família estuda uma ação judicial. Os corpos das três mulheres foram enterrados
ontem em cemitérios da capital.
Segundo
o promotor Montauri de Souza, da Vara da Infância e da Juventude, os
organizadores deveriam ter solicitado ao Juizado da Infância e da Juventude uma
permissão para um evento que reuniria crianças. O grupo Pão de Açúcar não soube
informar se o pedido foi feito. (Cláudia Collucci e Danilo Almeida)”
“Pisoteados
‘Era previsível que alguma desgraça iria
acontecer’. Não pode ser creditada apenas ao desespero essa frase de uma mãe
que presenciou a tragédia ocorrida no sábado, em um centro de compras da zona
sul de São Paulo. Na ocasião iria se apresentar o grupo musical mexicano RBD.
Três pessoas morreram pisoteadas (uma criança de
11, uma adolescente de 13 e uma mulher de 38) e mais de 40 ficaram feridas como
resultado do tumulto provocado e não controlado pela falta de preparo para
lidar com um evento de massa. O show -organizado pela gravadora EMI e pelo
hipermercado Extra- reuniu pelo menos 5.000 pessoas e era dedicado a um público
majoritariamente composto por crianças e adolescentes.
O espetáculo se realizava sem licença da
prefeitura e sem apoio logístico e equipe de segurança adequados. Relatos de
jovens e de pais presentes à sessão de autógrafos e à apresentação dão conta de
que, antes mesmo de começar o evento, parte do público reclamava da qualidade
do som. A queixa era de que seria inaudível no fundo do estacionamento do
shopping onde se deu a apresentação.
Pessoas que estavam mais atrás começaram a
empurrar quem estava à frente. ‘Quando o show começou, estourou’, narra um dos
presentes. Autoridades e organizadores atentos teriam mais condições para
conter o problema. Mas, além de pessoal técnico responsável e competente,
também faltavam ao local rotas de saída -segundo a Defesa Civil, os fãs
entravam e saíam pela mesma passagem, o que contraria princípios básicos de
segurança em locais que recebem grandes aglomerações.
Reincide no descaso a organização do evento,
consumado o desastre, ao atribuir o ocorrido à ‘euforia e a exaltação dos
milhares de fãs’, que teriam ‘promovido’ o corre-corre. Tão inaceitável quanto
as mortes é a tentativa de transformar vítimas em culpados e tentar se livrar
de responsabilidades que devem ser rigorosamente estabelecidas pela Justiça.”
Sr.
Presidente, era esta a nossa intervenção neste instante. Gostaria de ceder os
minutos finais ao meu colega Deputado Enio Tatto, para que São Paulo Exa. possa
fazer também a sua intervenção. Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE -
SEBASTIÃO BATISTA MACHADO - PV - Tem
a palavra o nobre Deputado Enio Tatto por cessão de tempo do nobre Deputado
Donisete Braga e pelo restante do tempo.
O SR. ENIO TATTO - PT
- SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr.
Presidente, nobre Deputado Tiãozinho da Farmácia, Srs. Deputados e Sras.
Deputadas, quero agradecer ao nobre Deputado Donisete Braga pela cessão desses
minutos.
Quero concordar e também
me solidarizar com as famílias desse mau episódio que aconteceu, no final de
semana, em um supermercado na zona sul de São Paulo na apresentação do grupo
RBD, como o Deputado Donisete Braga citou aqui.
Nobre Deputado Donisete
Braga, a imprensa e a Prefeitura hoje colocam que não havia autorização nem do
Corpo de Bombeiros e nem da Subprefeitura. Falo isso porque moro lá perto,
perto da represa do Guarapiranga. Coincidentemente, passei ao lado do evento e,
inclusive, naquele momento que os problemas estavam acontecendo. Uma coisa me
deixa em dúvida. Numa grande avenida como a Avenida Guarapiranga, em que passa
uma multidão de carros e ônibus, tenho a certeza que naquele local não deixa de
passar uma viatura de polícia em 10 minutos, ou uma ambulância em meia hora.
Com certeza, naquele dia havia mais de 10 mil pessoas concentradas naquele
local.
Minha dúvida é por quê,
havendo uma multidão como aquela, ninguém teve a preocupação de ir lá observar
mesmo que a autorização para realizar aquele evento não tenha sido pedida tanto
para a SubPrefeitura de Capela do Socorro como para o Corpo de Bombeiros e para
a CET. Ninguém se preocupou com aquela multidão antes de acontecer a tragédia.
Assim, infelizmente, o que aconteceu serve como exemplo para que as nossas
autoridades fiquem atentas para evitar um caso como aquele.
Sr. Presidente, utilizo
estes minutos para ressaltar um evento em que o Presidente Luiz Inácio Lula da
Silva liberou um pacote de 18,7 bilhões para a habitação e construção civil
neste ano, sendo que 8,7 bilhões virão da caderneta de poupança, dois bilhões
virão da Caixa Econômica Federal e 6,7 bilhões dos bancos privados. Nunca na
história da presidência nos governos brasileiros um pacote tão grande foi
anunciado numa área tão essencial e tão necessária neste país, que é a questão
da moradia.
O Governo Lula liberou
esse pacote hoje, pela manhã, e tenho certeza que isso irá aquecer a economia
do país e vai resolver o problema de moradia de muita gente, atendendo, na
questão da moradia popular, principalmente as camadas mais pobres e mais
necessitadas do nosso país.
Para se ter uma idéia,
desde a Constituição de 88/89 estava prevista a criação do Fundo Nacional de
Habitação Popular, que foi criado pelo Governo Lula em 2005, depois de mais de
15 anos. Só para esse fundo será investido em torno de um bilhão, dinheiro que
irá direto e principalmente para aquelas pessoas que mais necessitam, para
aquelas pessoas que têm a renda mais baixa e que têm mais dificuldades para
investir na construção. São famílias da região metropolitana das grandes
cidades deste país que estão investindo no seu puxadinho, construindo um quarto
a mais, uma cozinha, ou espaço um pouco maior para acomodar um filho que casou,
ou a família que cresceu.
Assim, para atender essa
demanda e essa reivindicação, que era uma das bandeiras da sua campanha, o
Governo Lula está cumprindo isso. Além disso, ele lançou uma cesta básica da
construção civil em que foram zerados os impostos de 13 itens. Imaginem o
alcance que isso terá! Mais: o imposto de mais 28 produtos foi reduzido para
apenas 5%. No momento oportuno, iremos colocar quais foram os produtos.
O governo também zerou o
imposto de importação do cimento. Vale lembrar que no início deste governo era
comum irmos a um depósito de material de construção e o saco de cimento na
cidade de São Paulo estava em torno de R$ 20,00 a R$ 25,00. Neste momento, com
essa redução de impostos, compra-se um saco de cimento por R$ 12,00 a 13,00. O
cimento era um grande problema para aqueles que queriam investir na construção
civil, na reforma da sua casa. Hoje, ele não é mais um problema tão grande como
era. A redução de imposto irá facilitar ainda mais para o trabalhador, para a
pessoa mais necessitada deste país.
Já que estamos num ano
eleitoral, precisamos fazer uma comparação, apesar de os tucanos não quererem.
Ontem, Fernando Henrique voltou a dizer que não gostaria que houvesse
comparação com o seu governo. Entretanto, nessa questão do cimento, quando o
Governo Lula assumiu, com um salário mínimo dava para comprar 11 sacos de
cimento. Hoje, no quarto ano de governo, dá para comprar 21 sacos de cimento.
Esse é apenas um item de comparação que fazemos e sobre o quanto melhorou a
vida da população brasileira. É pouco ainda, mas vai melhorar mais com o
Governo do Partido dos Trabalhadores, com o Governo Lula.
Um
exemplo mais claro sobre isso é que neste final de semana saiu mais uma
pesquisa do Datafolha. Sabemos que pesquisa é um retrato do momento, mas o
Governo Lula vem recuperando seu prestígio, depois daquele massacre de sete
meses em que todo final de semana era capa da revista “Veja” e os meios de
comunicação em sua grande maioria colocavam o PT como um partido já totalmente
destruído, aniquilado e o Governo Lula um governo não competitivo.
A recuperação está somente começando e a população brasileira, depois
de todos esses resultados, percebe que o Governo Lula é o melhor e será o
melhor governo de todos os tempos neste país.
O Sr. Presidente - Sebastião Batista Machado - PV - Tem a palavra, por permuta de tempo com o nobre
Deputado Rafael Silva, o nobre Deputado Enio Tatto.
O sr. Enio Tatto - PT - SEM
REVISÃO DO ORADOR
- Sr. Presidente, como dizia, o
Governo Lula nos enche de orgulho. Além de tudo o que vem fazendo em todas as
áreas, é um governo que vem recuperando a credibilidade internacional: o país
paga a sua dívida com o FMI; o país nunca alcançou índices de confiança tão
grandes fora do país. Nunca o real esteve tão valorizado em relação ao dólar.
Na área social, nunca houve tantos investimentos como neste governo. São 8,7
milhões de famílias atendidas pelo Bolsa Família. Isso significa distribuição
de renda, melhoria da qualidade de vida.
No
Brasil, sempre se pregou que o bolo tinha que crescer para depois ser dividido.
O Governo Lula está fazendo o inverso: está dividindo o bolo e fazendo com que
a economia cresça e tenha mais para dividir com a população, principalmente a
mais carente. Os resultados já estão sendo colhidos. É só verificar os índices do
IBGE e de outros institutos, que apontam que a pobreza no Brasil diminuiu em
torno de oito por cento. Esses são os resultados mais recentes que temos. Há
muito tempo não tínhamos um quadro desses no país.
Só
nos primeiros três anos deste governo, diferentemente do anterior, foram
criados mais de quatro milhões de empregos com carteira assinada. É sabido que
cada vez que se cria um emprego com carteira assinada, também se está criando
empregos na economia informal.
Isso
tudo é resultado da seriedade e da competência deste governo do Partido dos
Trabalhadores, do Governo Lula. Apesar de toda a oposição, de tudo aquilo em
que quiseram transformar este governo nos últimos oito meses do ano passado, a
população percebeu e não aceitou essa forma de acusar sem provas, tentando
fazer com que o Governo Lula não tivesse condições para a reeleição.
O
Presidente Lula ainda não colocou sua candidatura na ordem do dia, mas o
Partido dos Trabalhadores quer que ele seja candidato à reeleição. Eu, em
particular, quero que ele seja candidato e tenho certeza de que conseguirá a
reeleição para o bem do país, para o bem da população.
Ontem,
no Programa Roda Viva, o ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso - meio
perdido, não entrando em divididas, não sabendo o que falar a respeito das
candidaturas do PSDB - disse que o PT é um partido de uma corda só, que tem
apenas o Lula como candidato. Mas que bom termos um candidato à reeleição como
o Lula!
Tenho
certeza de que se houvesse uma prévia no Partido dos Trabalhadores - só na
eleição da nova direção participaram mais de 350 mil filiados - os filiados
participariam e decidiriam. Da mesma forma que vai haver, no Estado de São
Paulo, a prévia entre o Senador Aloízio Mercadante e a ex-Prefeita Marta
Suplicy. Com certeza, entre 70 e 80 mil filiados vão decidir quem vai ser o
nosso candidato - dois bons candidatos, por sinal.
O
que o ex-Presidente não disse é que no PSDB a democracia é diferente. Quem vai
decidir sobre a candidatura no PSDB - e não somos nós que falamos, mas os
próprios dirigentes do PSDB e alguns Deputados desta Casa - são três pessoas: o
Presidente do PSDB, Tasso Jereissati; o ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso
e o Governador de Minas Gerais, Aécio Neves. Essa é a democracia do PSDB.
Diferentemente do Partido dos Trabalhadores, que põe os filiados e a sua base
para tomar as decisões democráticas e avalizar as candidaturas.
Percebemos
também as reações internas no partido. Ontem mesmo pudemos ouvir o Governador
Geraldo Alckmin, que é um pré-candidato, pregando o que o Partido dos
Trabalhadores já faz há muito tempo: que os filiados decidam a respeito do
candidato do PSDB. Portanto, muito me estranha a colocação do ex-Presidente
Fernando Henrique Cardoso, um dos três que vão decidir. Aliás, já está decidido
o candidato do PSDB. O Governador Geraldo Alckmin governa o Estado de São Paulo
com a mesma falta de habilidade com que administra a sua candidatura à
Presidência da República. Parece que as contas já estão feitas, já está
definido quem será o candidato do PSDB. Tudo indica que o Prefeito José Serra
será o candidato e ele vai perder, mais uma vez, para o Presidente Lula, cujo
governo está melhorando a vida da população brasileira.
Gostaria
de comentar mais um pouco sobre o salário mínimo. Fiz uma comparação a respeito
do cimento, ao falar sobre o pacote que este governo está anunciando e gostaria
de fazer outra comparação, expondo outros índices que mexem com a vida da
população brasileira.
Falou-se
muito aqui e vimos muita propaganda do Governo do PSDB no Estado de São Paulo
quando aprovamos a redução do ICMS na farinha de trigo. Falava-se que o
pãozinho francês nas padarias iria diminuir de preço e que a população iria
sentir isso no seu dia-a-dia.
A
qualquer lugar que se vá, não percebemos isso, diferentemente do que vemos
quando o Governo Federal decide dar 13% de aumento real - isso é distribuição
de renda, isso é começar a fazer justiça social - no salário mínimo, passando o
salário mínimo de 300 para 350 reais. Vejamos alguns exemplos.
Quando
Lula assumiu, com o salário mínimo que vigorava no Governo Fernando Henrique
Cardoso comprava-se 63 quilos de feijão. Hoje, dá para se comprar 133 quilos de
feijão. Ao final do Governo Fernando Henrique, comprava-se com um salário
mínimo 26 quilos de carne. Hoje, pode-se comprar 38 quilos de carne. Quando
Lula assumiu a Presidência, um salário mínimo dava para comprar 131 quilos de
arroz. Hoje, depois de três anos de governo, pode-se comprar 257 quilos de
arroz. Quanto ao cimento, vou dizer mais uma vez, podia-se comprar 11 sacos de
cimento. Hoje, 21.
Se
pegarmos qualquer item de supermercado, perceberemos que com o salário mínimo
de hoje é possível comprar muito mais do que naquela época. A redução de
imposto da cesta básica faz diferença para a população, principalmente a mais
carente. Este é, portanto, um governo voltado aos mais pobres, aos que mais
necessitam, preocupado com a justiça social e com a distribuição da renda.
Ainda é pouco, queremos mais, mas este governo mostrou que tem opção. E essa
opção é para os trabalhadores e a população mais necessitada deste país.
Cedo
o restante do meu tempo para o nobre Deputado Donisete Braga e quero agradecer
pela cessão de tempo do nobre Deputado Rafael Silva.
O SR. PRESIDENTE - SEBASTIÃO BATISTA
MACHADO - PV - Srs. Deputados, tem a
palavra, por cessão do tempo restante do nobre Deputado Enio Tatto, o nobre
Deputado Donisete Braga.
O SR. DONISETE BRAGA - PT - Sr. Presidente nobre Deputado Sebastião Batista
Machado, Srs. Deputados, telespectadores que assistem pela TV Assembléia, volto
a esta tribuna para mais uma vez fazer uma reflexão em relação à juventude do
nosso Estado de São Paulo, que pena para ingressar nas nossas universidades.
Recebemos uma pesquisa do Sindicato das Entidades Mantenedoras de
Estabelecimentos de Ensino. Ela aponta que tivemos em 2005 uma inadimplência de
23% nas faculdades de todo o estado. Segundo o estudo, 187 mil alunos atrasaram
ou deixaram de pagar mensalidades por mais de três meses. É o maior índice
desde o ano de 2002.
A matéria chamou-me atenção
porque a Assembléia Legislativa derrubou um veto do Governador em dezembro. Foi
um grande presente para os alunos que chamo de consumidores do nosso estado. É
em defesa dos alunos que têm dificuldade em ingressar numa universidade pública
de São Paulo. Além da dificuldade para pagar as mensalidades nas faculdades
privadas, para conseguirem o seu diploma precisam pagar um absurdo, chegando a
quase R$ 500,00 conforme o nosso levantamento. Muitas faculdades cobram até R$
500,00 para emitir um diploma para o aluno que, durante quatro ou cinco anos,
se sacrificou para pagar as mensalidades. Alguns alunos não conseguem cumprir
com os seus compromissos.
A derrubada desse veto foi
importante porque a partir de agora estamos aguardando a promulgação desse veto
derrubado. São 100 mil alunos que se formam durante o ano nas faculdades.
Estamos equiparando a cobrança desses diplomas a R$ 66,50, que é o preço
cobrado hoje na USP para emitir esse certificado que os jovens tanto necessitam
para apresentar às empresas onde trabalham para comprovar a sua formação, ou
para tentar conquistar o seu primeiro emprego.
A Assembléia Legislativa, de
forma muito democrática, havia aprovado essa nossa iniciativa em 2001. Foram
necessários quatro anos para que pudéssemos estabelecer um amplo debate na
Assembléia Legislativa e em dezembro conquistamos a derrubada desse veto.
Esperamos que ainda nesta semana essa nova lei possa ser promulgada e seja
possível informar a todos os nossos jovens universitários que necessitam do
diploma e não têm condições de pagar.
Quero, portanto, comemorar
mais uma vez junto à classe estudantil. Na época em que apresentamos a matéria
envolvemos várias faculdades do Estado de São Paulo e ouvimos vários centros
acadêmicos. Tivemos um grande respaldo, seja pelos corpos docentes das
faculdades, seja pelos estudantes. Foi uma grande conquista que lamentavelmente
o Governador Geraldo Alckmin vetou e a Assembléia Legislativa não só derrubou o
veto, mas resgatou para os estudantes do Estado de São Paulo uma importante
conquista. Fizemos um estudo e vimos que as faculdades tinham um lucro, por
ano, de 44 milhões para emitir diplomas e certificados no Estado de São Paulo.
É uma defesa fundamental dos alunos do Estado de São Paulo que têm dificuldade
em ingressar numa universidade pública. Quando não conseguem, partem para as
faculdades privadas, sacrificando-se para pagar as mensalidades.
Parabéns à Assembléia
Legislativa, aos 94 Deputados estaduais que compreenderam a necessidade da
derrubada desse veto.
O SR. PRESIDENTE - SEBASTIÃO BATISTA
MACHADO - PV - Tem a palavra, por
permuta de tempo com o nobre Deputado Baleia Rossi, o nobre Deputado Milton
Flávio, pelo tempo regimental de 15 minutos.
O SR. MILTON FLÁVIO - PSDB - Sr. Presidente, nobres companheiros Deputados, público
que nos acompanha pela TV Assembléia, acompanhei atentamente As manifestações
dos Deputados que me antecederam. Fico impressionado com a capacidade que têm
de conseguir falar da tribuna e com a população como se vivêssemos num outro
planeta. A realidade que pintam não diz respeito ao mundo cotidiano que vivem
os brasileiros. Ainda há pouco ouvia o Deputado Enio Tatto comemorar e repetir
os mesmos itens que ele vem reproduzindo nos últimos dias, qual seja o preço do
cimento, do feijão ou do arroz, que é importante. Poderemos elencar um sem
número de itens cujos resultados não fossem talvez tão brilhantes. Porém,
podemos também perguntar ao nosso produtor de arroz, de feijão, de soja, de
amendoim, ou de algodão se ele consegue sobreviver com a política que vem sendo
implementada no campo.
Quem
faz essas críticas não é o Deputado Milton Flávio. Já disse desta tribuna,
várias vezes, que é o Ministro Roberto Rodrigues. Eu ouvi, poucos meses antes
dos surtos repetidos de febre aftosa no nosso país, o Ministro Roberto
Rodrigues dizer que os bons resultados que nós comemoramos, tanto nas
exportações como na agricultura, eram decorrentes da política adotada pelo
governo anterior. Mas que ele ficava preocupado e já acenava com as
dificuldades que enfrentaríamos, como aquelas que enfrentaremos no futuro. O
ministro da Agricultura dizia que o governo não tinha feito investimentos
necessários na infra-estrutura. Talvez ele, naquela ocasião, estivesse prevendo
- como de fato ocorreu - o surto de febre aftosa, pois sabia que as vacinações
não tinham ocorrido. Ou, talvez, ele estivesse dizendo das estradas.
Ontem, o Deputado Renato
Simões, num debate que fizemos na TV Assembléia, falou dos ‘buraquinhos’. Os
tucanos estão preocupados com os ‘buraquinhos’ das estradas. A menos que a
televisão do Deputado seja muito pequena, daquelas que levamos no bolso, pois
na minha televisão são ‘buracões’ que têm as estradas. E o que é grave, esses
buracos, se existiam, demoraram três anos para serem vistos pelo Presidente,
que se gabava, quando candidato, que tinha um irmão caminhoneiro e que,
portanto, era informado cotidianamente pelo seu irmão do estado em que as
estradas brasileiras estavam. E ele demorou três anos para tomar providências.
Aliás, alguém tinha que tirá-lo da cadeira. Mas, acho que o primeiro a tirá-lo
da cadeira deveria ter sido ele, que poderia ter resolvido, e acho que não
resolveu, para fazer como fez depois, emergencialmente, do jeitinho que a Marta
fazia aqui em São Paulo: faz de conta que não vê. Os buracos já existem há três
ou quatro anos, e aí, de repente, transformam o buraco na catástrofe. E, aí,
como sempre fazem e fazem com os amigos, sem licitação, a preços abusivos e,
sobretudo, com empresas que já foram condenadas pelo Tribunal de Contas.
Mas,
o que eles querem fazer agora é transformar resultados pífios da economia em
alguma coisa a ser comemorada. Mas, você, telespectador da TV Assembléia, que
me assiste com freqüência, fique tranqüilo é por mais dois meses só. Em março,
eu vou dar essa trégua para o PT. Vou ter que falar com os senhores por outras
vias que não a TV Assembléia.
Mas
fico me perguntando qual a razão da comemoração que o PT tem hoje, quando
sabemos que o desempenho da economia brasileira é o penúltimo da América
Latina. Só ganha do Haiti, que está sob intervenção militar, com a presença do
Brasil.
Vou
repetir, o desempenho econômico do Brasil só é melhor do que o Haiti, na
América Latina. São 20 países e somos o décimo nono. E o Haiti, que está atrás
de nós, está sob intervenção militar. Ainda há pouco, morreu o general
brasileiro, que estava lá com a Força de Paz do Brasil. É a única condição que
nós temos.
O
Brasil que, ainda recentemente, pretendia ser companheiro da China, da Índia,
como um país emergente, tem um crescimento de pouco mais de 2%, e esses países
têm 9% de crescimento. Significa que eles dão poeira para o Brasil a cada ano.
E o PT vem aqui e comemora. Por que comemora?
É
mais ou menos como se eu falasse: “Olhem, os carros brasileiros são muito bons,
sabem por quê? Porque, quando o Cabral chegou aqui, a caravela andava a não sei
quanto.”
Calma,
gente. Os tempos são outros. Não é assim que se compara a economia. E o que o
PT pretende fazer agora é ficar discutindo o preço do arroz, do cimento, mas
não quer discutir o preço ético que o Brasil está pagando por ter o PT no
Governo.
E
quando o Presidente Fernando Henrique Cardoso disse, à exceção da verdade, que
o mundo está dizendo que o Lula não roubou, é porque deixou roubar. E, para não
dizerem que eu fico repetindo coisas velhas, eu vou ler, está aqui, eu tirei
ontem da internet: “Fraude no primeiro emprego”. Todo dia tem uma coisinha nova
no PT. Uma novidade. Aliás, não é novidade, porque continua sendo roubo
escancarado do dinheiro público. E qual foi dessa vez?
“Escândalo
derruba o Secretário Executivo do Ministério do Trabalho e escancara as falhas
de mais um programa social de Lula”, que era o programa do primeiro emprego.
Não gerou nenhum emprego, mas engordou as contas dos companheiros petistas. São
9.2 milhões de reais, que foram pagos pelo Ministério do Trabalho à uma
subsidiária Cobra, do Banco do Brasil, das amigas, que trabalham com os
companheiros do PT, que não executou até agora nada do que foi combinado, e já
recebeu 8.8 milhões de reais.
Está
aqui. Ainda vou pedir a transcrição, Sr. Presidente, porque senão vai ficar
parecendo que fui eu que falei. Não. E o ministro está mandando embora porque
disse que também não sabia.
Eu
nunca vi um partido e um governo que não sabe de nada. Mas, incrível, o
luloduto só deságua, só aponta para os cofres do PT, para os amigos do PT.
Ora,
gente, nós não temos paciência para isso. O povo brasileiro vai, sim, discutir.
O Deputado Enio Tatto diz que Lula se recuperou nas pesquisas ou cresceu. Como
cresceu? Quando e onde?
O
que o Ibope mostrou recentemente é que 32% da população brasileira rejeita o PT
e rejeita o Lula. Poucas vezes na vida, tivemos um presidente e um partido tão
rejeitado na história do nosso país. Acho que só é comparável ao Maluf nos
piores momentos. Oitenta e dois por cento da população brasileira, pesquisa do
Ibope, está convencida de que o Governo Lula era corrupto. Não sou eu que digo
isso. Isso é pesquisa do Ibope.
E o
que vamos fazer nas eleições? Vamos discutir isso. Não é discutir o bom
resultado num determinado item que possamos comemorar. Vamos discutir o que
poderia ter sido alcançado, se não tivessem roubado tanto do nosso país.
Deputado,
será que eles vão processá-lo? Deviam. Deviam, porque assim, poderíamos, na
verdade, como disse o Presidente Fernando Henrique Cardoso, expor na Justiça as
nossas opiniões, as nossas provas. E, mais do que isso, nós não precisaríamos
apresentar nada. É só usar as provas que o próprio PT nos deu.
Na hora em que o Ministério do Trabalho
demite seus assessores, porque comprovaram a fraude, não precisa provar nada.
Só que todo dia tem uma nova. O único que não sabe de nada é o Lula. Nem sabe
se vai ser candidato. Claro que sabe, companheiros. Ele está tentando passar ao
largo, e, aí, diz o Deputado Enio Tatto: “Ah, eu sou favorável”. Claro que tem
que ser serviço público, não tem outro.
Aponto outro candidato, do PT. Em São Paulo, tem dois: a velha senhora
Dona Marta, que tem um passivo, que está inclusive condenada pela Justiça, e o
Mercadante. O senador, que, na República, volta para a ampliação da Zona Franca
para penalizar a indústria de São Paulo. Ele deveria ser candidato a governador
do Amazonas. É para lá que ele trabalha. Os beneficiários são seus amigos do
Amazonas, pelos quais ele luta.
Eu
gostaria de perguntar o que fizeram esses dois senhores por São Paulo. Tentem
se lembrar, ao longo dos últimos anos, qual foi a medida, qual foi a defesa que
os senhores se lembram, que o senador Aloísio Mercadante teve em defesa do
patrimônio do povo de São Paulo.
Agora,
ninguém vem aqui criticar o Mercadante porque ele defendeu a ampliação da Zona
Franca de Manaus. Quantos empregos roubariam de nós? Agora, por que fez isso?
Porque era um grande acordo com o Sarney calar a boca do Congresso. E, aí,
ferra a indústria de São Paulo, o trabalhador paulista.
Esse
é o PT dos grandes acordos, e que, quando pressionado, ameaça. Talvez, eles nos
ameacem porque tem segurança. Quando eles são os processados, têm os ministros,
os amigos que não deixam abrir conta bancária, não deixam quebrar sigilo
telefônico. Garantem para o réu o direito de não falar, de não sair preso da
CPI. As conclusões, não são minhas. São da imprensa.
Quando
os senhores se lembram de um governo cuja população brasileira avaliou que 82%
da população entendem que é corrupto? Qual foi a mudança de comportamento? Todo
mundo é igual. Não somos iguais, não. Não me misture com essa corja. Tem muita
gente boa. Mas, não é todo mundo que é igual, não. Tem gente séria na política.
Eu me recuso a estar misturado com essa banda podre. E não estou dizendo que no
PT todos sejam podres. Não. Tem muita gente boa. Gente que também, como eu,
ficou indignado.
Alguns
dizem que não sabia. Eu fui apunhalado. Por quem, onde e quando, camarada? Dê
nome aos bois. Quem foi os seus amigos que lhe apunhalaram? Quando? Em que
condições?
Afinal
de contas, eu gostaria de lembrar que, ao tempo em que o Delúbio era
tesoureiro, o PT tinha um comitê que fiscalizava as contas do partido.
Portanto, seria impossível que alguma coisa tivesse sido feita, sem que esse
comitê tivesse tido conhecimento.
O
que fez esse comitê que não avisou o Presidente Lula? Ou o que fez o Presidente
Lula quando ele foi avisado e não se lembrou? Aliás, sou médico. Aqui na Casa
há vários companheiros médicos e sabemos de uma série de drogas amnésicas que
tiram do cidadão a capacidade de reproduzir as informações recebidas quando
exagerou no uso de certas drogas, algumas ilícitas, outras lícitas. Mas uma das
drogas amnésicas que tiram do cidadão a capacidade de raciocinar no momento e
de se lembrar depois, é o álcool. E fico preocupado porque de repente nessas
reuniões sociais, regadas a não sei o quê, talvez tenham existido razões
farmacológicas para que as pessoas informadas tivessem esquecido as informações
que receberam.
Mas
de qualquer maneira queria dizer que o nosso partido vai discutir à exaustão a
escolha dos nossos candidatos. A nossa militância será chamada a opinar, claro,
com certeza. Os nosso parlamentares serão chamados a opinar, sim, com toda
certeza. Como têm feito. Eu mesmo tenho me manifestado de forma exaustiva dando
a minha opinião. Sou um Deputado, tenho tido a oportunidade de falar. Ainda
ontem estive no Núcleo de Saúde que se manifestou. O nosso partido está
recolhendo, sim, e vai continuar recolhendo as informações. Já sabe de muita
coisa, do que pensa a nossa militância, do que pensam os nossos representantes
nas Câmaras de Vereadores, Prefeitos, Deputados estaduais e no momento oportuno
escolheremos o nosso candidato, eventualmente sob a coordenação de uma tríade.
E não acho ruim, não. É melhor que nós tucanos saibamos que há três ou quatro
tucanos ilustres coordenando esse processo do que tenhamos de dizer amanhã,
como diz o Presidente Lula, “Eu não sabia, ninguém me contou, ninguém me
avisou.” Agora queria perguntar para você, meu companheiro de São Paulo,
cidadão do nosso Estado, quem foi o beneficiário do caixa 2? Quem se elegeu com
o caixa 2 assumido? Quem se beneficiou dos recursos que foram distribuídos?
Ouvi aqui ao longe uma vozinha dizendo Eduardo Azeredo. Ele só tem um para
citar. Mas nós temos centenas de Deputados que estão protelando e alguns que já
se demitiram por antecipação, reconhecendo. Aliás, quem diz que pegou dinheiro
é o próprio Deputado “Fui lá, sim, peguei.” Só que uns dizem que pegou mais,
outros que pegaram menos.
Agora
quero fazer aqui uma cobrança pública, como peessedebista que sou. Gostaria
muito que o Governo do PT cumprisse com a sua função.
Ministro
da Justiça, o senhor que enriqueceu defendendo brasileiros não tão decentes quanto
nós deveria cumprir com a sua função e definir de uma vez por todas se esse
dossiê de Furnas é verdadeiro ou não. Vocês têm competência e obrigação de
dizer se ele existe ou não e se é verdadeiro ou não. Estamos cobrando isso. Se
for verdadeiro, processe as pessoas envolvidas. Agora se não for, descubra
quais foram os Deputados de um determinado partido que mais uma vez se valeram
de dossiês falsos como o Dossiê Cayman para tentar embaralhar o jogo e mais uma
vez enganar a população brasileira. Já não basta ter enganado nas últimas
eleições, já não basta ter enganado durante três anos, agora querem produzir
documentos falsos para confundir e colocar todos no mesmo balaio como se todos
fôssemos gatos pardos ou gatos petistas.
O SR. PRESIDENTE - SEBASTIÃO BATISTA
MACHADO - PV - Tem a palavra o nobre
Deputado Ricardo Castilho.
Há
sobre a mesa requerimento de permuta de tempo do nobre Deputado Ricardo
Castilho com o nobre Deputado Nivaldo Santana.
Tem
a palavra o nobre Deputado Nivaldo Santana, pelo tempo de cinco minutos.
O SR. NIVALDO SANTANA - PCdoB - Sr.
Presidente, Srs. Deputados, o Deputado Milton Flávio com a sua costumeira
virulência retórica não consegue elevar o nível do debate e discutir de forma
madura e tranqüila com a população quais as perspectivas que o povo brasileiro
deseja para o Brasil e sua economia.
Em
vez de ficar aqui destilando veneno, com ataques grosseiros infundados, seria
importante que o Deputado Milton Flávio refletisse sobre o que foram os oito
anos do Governo Fernando Henrique Cardoso e as razões pelas quais leva o PSDB a
ingressar numa luta fratricida para retomar a tragédia neoliberal que
infernizou o nosso país nesse período. Qualquer analista equilibrado, isento,
sabe que os oito anos do Governo do Fernando Henrique Cardoso foram
caracterizados pelo retrocesso econômico e social em todas as áreas. O
endividamento do país explodiu, o desemprego aumentou de forma exagerada, seu
governo promoveu uma privatização desastrada que provocou prejuízos
incalculáveis para o patrimônio público.
Hoje mesmo, aqui na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo,
constituímos uma frente parlamentar em defesa do patrimônio público, em
particular da Companhia Vale do Rio Doce, por ser uma empresa estatal
estratégica responsável pela exploração dos minérios do subsolo brasileiro que
foi alienada a preço vil para grupos privados numa das séries de medidas
antinacionais promovidas pelo governo.
O
que o povo brasileiro quer é discutir um projeto de desenvolvimento, é ver a
economia estabilizada, é ver um período de crescimento com valorização do
trabalho e distribuição de renda. E quando perguntamos qual a proposta do PSDB
para o país não ouvimos uma única resposta. A única tecla em que batem é na da
calúnia, da crítica exacerbada sem procurar debater as questões de fundo, as
questões essenciais que interessam ao povo brasileiro.
Penso
que deveríamos elevar o debate para discutir efetivamente quais as propostas
que cada força política apresenta para o nosso país. Nós, do PCdoB,
consideramos que forças políticas progressistas, as forças sociais democráticas
efetivamente preocupadas com o desenvolvimento do nosso país precisam de fato
estabelecer um novo pacto, construir uma nova perspectiva que faça o país
avançar ainda mais. Já há avanços dignos de serem registrados, mas o debate
estará aberto e o debate tem de ser, no nosso ponto de vista, programático, de
idéias e de propostas. Tentar manter o debate no nível apenas de ataques e de
críticas exacerbadas não contribui para o esclarecimento da população e do
eleitorado. Mas vamos explorar esse tema numa outra oportunidade com mais
vagar.
Gostaríamos
de comunicar, neste minuto restante, que no próximo sábado, dia 11 de
fevereiro, a partir das 10 horas da manhã, no CMTC Clube, no Bairro da Ponte
Pequena, Capital, tomará posse a nova diretoria do Sintaema, Sindicato dos
Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo, que
representa os trabalhadores da Sabesp, Cetesb, Fundação Florestal, Saned e
Siagua, encabeçada pelo Presidente reeleito Helifax Pinto de Souza, uma
entidade sindical filiada à CUT que tem dado uma grande contribuição não só na
defesa dos direitos legítimos dos trabalhadores como na luta pela construção de
uma política mais avançada pela gestão pública do saneamento, com mais
investimento no setor de meio ambiente, um sindicato que tem participado de
todas as lutas importantes dos trabalhadores brasileiros.
Fazemos
esse registro até porque já fomos Presidente desta importante entidade e
gostaríamos de deixar registrados nossos cumprimentos à diretoria do Sintaema,
que toma posse no próximo sábado.
O SR. PRESIDENTE -
SEBASTIÃO BATISTA MACHADO - PV - Srs.
Deputados, está esgotado o tempo do Grande Expediente. O nobre Deputado Nivaldo
Santana tem restantes 9 minutos e 30 segundos para falar no Grande Expediente
da próxima Sessão Ordinária.
O SR. VANDERLEI
SIRAQUE - PT - PELO ART. 82 - Sr.
Presidente, Srs. Deputados. Estava ouvindo aqui alguns Srs. Deputados do PSDB
defendendo os doze anos do Governo do Sr. Fernando Henrique Cardoso e atacando
o Governo Lula. Eles não gostam de fazer comparação. Por exemplo, eles acham
ruim quando falamos que um pacote de arroz de cinco quilos custava 13 reais e
agora custa entre cinco e seis. Não se interessam, porque almoçam e jantam em
restaurantes finos aqui de São Paulo. Isto é uma realidade. Realidade para quem
vai ao supermercado, não para a elite que mora nos Jardins, como o Sr. Fernando
Henrique Cardoso e a maioria dos integrantes do PSDB.
Um saco de cimento no
Governo do Sr. Fernando Henrique Cardoso custava entre vinte e vente e três
reais e, hoje, custa de nove a onze reais. Para aquele trabalhador, que faz o
seu puxadinho na periferia de São Paulo, aquele que não tem dinheiro, significa
que está pagando menos da metade do que pagava no Governo PSDB, que era formado
pelo Sr. José Serra, que tem o Sr. Governador Geraldo Alckmin aqui em São
Paulo. Eles não se conformam com os dados da balança comercial.
O Sr.Fernando Henrique
Cardoso queria falar inglês e ia lá fora se subordinar ao governo americano;
queria falar francês, quando ia à França e o Lula fala português, fala a língua
do povo brasileiro quando vai lá fora e consegue vender os interesses do Brasil
lá fora.
O que o Sr.Fernando
Henrique Cardoso fez não foi vender os interesses do Brasil lá fora. O que ele
conseguiu foi vender o Brasil lá fora. Vendeu as empresas telefônicas, vendeu a
Vale do Rio Doce. E mais do que isso, pegou uma dívida pública de sessenta e
três bilhões de reais o tucano, o sociólogo Fernando Henrique Cardoso que
mandou esquecer o que ele escreveu e deixou o Brasil com uma dívida de mais de
oitocentos bilhões de reais. Fez acordos lá com o FMI e o Lula pagou a dívida
que eles deixaram.
Eles não se conformam.
Não se conformam que o Sr. Fernando Henrique Cardoso, nos oito anos de mandato,
deixou dez milhões de brasileiros desempregados e o Lula não gerou os dez
milhões de empregos, como desejávamos, mas já gerou em três anos de mandato
quatro milhões de empregos no Brasil. Então eles não se conformam com as comparações.
Lembro-me dos cinco dedos
do Fernando Henrique Cardoso. O Lula com quatro dedos, até porque perdeu um no
chão de fábrica enquanto que ele estudava nas universidades, fez muito mais em
três anos de mandato do que em oito anos do governo tucano. Então queremos
comparar três anos do Governo Lula do PT com oito anos do governo tucano; eles
não se conformam. Agora vem o FHC falar em corrupção. Olha, o FHC ligou, fez
acordos para vender empresas estatais; ele próprio; ele tem que falar do Sr.
Pedro Malan, tem que falar do Sr. Mendonça de Barros, tem que falar do Sr.
Geraldo Alckmin, que foi financiado pela Daslu, que compra uma roupa feminina,
declara quinze reais na hora de pagar tributos e vende por seis mil reais para
financiar campanha do tucano em São Paulo, Sr. Geraldo Alckmin. Se alguém tiver
dúvida basta entrar no TER e ver quem financiou a campanha do Sr. Geraldo
Alckmin em São Paulo.
O Sr. Fernando Henrique
para falar de corrupção tem que falar dos pedágios que tem no Estado de São
Paulo, dos valores dos pedágios. Ele tem que falar na Tejofram, ele deveria
falar da área da segurança pública em São Paulo, onde os seqüestro-relâmpago
não são registrados pela Secretaria de Segurança Pública. São registrados como
roubo para maquiar as estatísticas criminais do Estado de São Paulo. É com isso
que ele deveria estar preocupado. É isso que deveria estar preocupando a
tucanada. O Sr. Fernando Henrique Cardoso, Geraldo Alckmin, José Serra, que são
todos farinha do mesmo saco, deveriam estar preocupados porque governam o
Estado de São Paulo há doze anos.
A pobreza no Brasil está
diminuindo mas a pobreza no Estado de São Paulo tem aumentado. Porque Fernando
Henrique Cardoso, Geraldo Alckmin, José Serra, que é tudo farinha do mesmo
saco, não lembram do salário da Polícia Civil, da Policia Militar do Estado de
São Paulo onde o salário do delegado de polícia é o 25º pior salário do Brasil?
Eles não têm moral para vir falar do Governo Lula. Ele deveria se preocupar com
os seus oito anos de Governo no Brasil e com mais de doze anos de Governo do
PSDB de São Paulo, que aliás pegaram com uma dívida de 30 bilhões,venderam todo
o patrimônio do Estado de São Paulo e deixaram uma dívida que hoje está em de
mais de cento e trinta bilhões de reais. Eles deveriam se preocupar com a Saúde
do Estado de São Paulo, com a violência nas escolas públicas do Estado de São
Paulo que atinge mais de oitenta por cento delas.
Portanto, o Sr. FHC tem
que responder a processo sim, não só pelo que falou, mas pelo Governo, pela
herança maldita que ele deixou para o nosso país, para o povo brasileiro.
Lamentavelmente
esse cidadão conseguiu falar muitas línguas mas jamais conseguiu falar a língua
do povo brasileiro e na verdade ele morre de inveja do Governo Lula, do governo
de um metalúrgico que veio para mudar o Brasil e vai ser reeleito para mudar o
Brasil, vai ser reeleito Presidente da República . E o PSDB que se cuide,
porque, se botaram o Serra de Prefeito vão deixar a Prefeitura para o PFL, o PT
vai ganhar o Governo do Estado, vai ganhar o senado e vai reeleger o Presidente
da República, que é o Lula e vão ficar sem nada, vão ficar na oposição que é o
lugar que eles merecem.
O SR. VANDERLEI
SIRAQUE - PT - Sr. Presidente,
solicito a suspensão dos trabalhos por 30 minutos.
O SR. PRESIDENTE - SEBASTIÃO
BATISTA MACHADO - PV - É regimental o
pedido de Vossa Excelência. Havendo acordo entre as lideranças presentes em
plenário esta Presidência suspende a sessão por trinta minutos.
Está suspensa a sessão.
* * *
- Suspensa às 16 horas e 39 minutos, a sessão
é reaberta às 17 horas e 12 minutos, sob a Presidência do Sr. Jorge Caruso.
* * *
O SR. Sebastião Arcanjo - PT - Sr. Presidente, havendo acordo entre as lideranças
partidárias com assento nesta Casa, solicito a suspensão dos trabalhos até as
17 horas e 50 minutos.
O Sr. Presidente - Jorge Caruso - PMDB - Srs.
Deputados, tendo havido acordo entre as lideranças, a Presidência acolhe o
solicitado pelo nobre Deputado Sebastião Arcanjo e suspende a sessão até as 17
horas e 50 minutos.
Está
suspensa a sessão.
* * *
Suspensa às 17 horas e 12 minutos, a sessão é
reaberta às 17 horas e 55 minutos, sob a Presidência do Sr. Jorge Caruso.
* * *
O SR. RENATO SIMÕES - PT - Sr. Presidente, havendo acordo entre as lideranças
partidárias com assento nesta Casa, solicito a suspensão dos trabalhos por mais
15 minutos.
O SR. PRESIDENTE - JORGE CARUSO - PMDB -
O pedido de V.Exa. é regimental. Srs.
Deputados, havendo acordo entre as lideranças a Presidência acolhe o solicitado
pelo nobre Deputado Renato Simões e suspende a sessão até as 18 horas e 12
minutos.
Está
suspensa a sessão.
* * *
-
Suspensa às 17 horas e 55 minutos, a sessão é reaberta às 18 horas e 13
minutos, sob a Presidência do Sr. Jorge Caruso.
* * *
O SR. JORGE CARUSO -
PMDB - Vamos passar à Ordem do Dia.
* * *
- Passa-se à
ORDEM DO DIA
* * *
O SR. PRESIDENTE -
JORGE CARUSO - PMDB - Há sobre a mesa
requerimento de autoria do nobre Deputado Sebastião Almeida, com número
regimental de assinaturas, com o seguinte teor: “Requeiro, nos termos do Art.
35, da XII Consolidação do Regimento Interno, constituição de uma comissão de
representação com a finalidade de participar da solenidade de entrega do
diploma de destaque nacional em meio ambiente, responsabilidade social e
desenvolvimento sustentável, organizado pelo Instituto Ambiental Biosfera e
Instituto Brasileiro de Estudos Especializados - Ibrae - a ser realizado no dia
10 de fevereiro na cidade do Rio de Janeiro.”
Em votação. Os Srs.
Deputados que forem favoráveis permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.
O SR. DONISETE BRAGA -
PT - Sr. Presidente, havendo
acordo entre lideranças presentes em plenário, requeiro o levantamento da
presente sessão.
O SR. PRESIDENTE -
JORGE CARUSO - PMDB - O pedido de V.
Exa. é regimental, antes, porém, a Presidência faz a seguinte convocação em
nome da Presidência efetiva da Casa: “Srs. Deputados, nos termos do Art.100,
inciso I, da XII Consolidação do Regimento Interno, convoco V. Exas. para uma
sessão extraordinária a realizar hoje, às 20 horas, com a finalidade de ser
apreciada a seguinte Ordem do Dia - Discussão e votação do Projeto de Lei nº
700/05, que orça a receita e fixa a despesa do Estado para o exercício de
2006.”
Em face do acordo entre
as lideranças a Presidência, antes de levantar a sessão, convoca V. Exas. para
a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, com a mesma Ordem do Dia de
hoje, lembrando-os da sessão extraordinária a realizar-se hoje, às 20 horas.
Está levantada a sessão.
* * *
- Levanta-se a sessão às
18 horas e 14 minutos.
* * *