17 DE MARÇO DE 2006

004ª SESSÃO SOLENE PARA COMEMORAR OS “50 ANOS DO HOSPITAL IPIRANGA”

 

Presidência: MILTON FLÁVIO


DIVISÃO TÉCNICA DE TAQUIGRAFIA

Data: 17/03/2006 - Sessão 4ª S. SOLENE  Publ. DOE:

Presidente: MILTON FLÁVIO

 

COMEMORAÇÃO DOS 50 ANOS DO HOSPITAL IPIRANGA

001 - MILTON FLÁVIO

Assume a Presidência e abre a sessão. Nomeia as autoridades. Informa que esta sessão solene foi convocada pela Presidência efetiva, a pedido do Deputado Alberto Turco Loco Hiar, com a finalidade de comemorar os 50 anos do Hospital Ipiranga. Convida todos para, de pé, ouvirem a execução do Hino Nacional.

 

002 - VALDIR ABDALLAH

Diretor da Associação Comercial de São Paulo, em nome da comunidade do Ipiranga agradece o empenho e a dedicação dos profissionais do hospital, destacando a atual direção.

 

003 - Presidente MILTON FLÁVIO

Anuncia a apresentação de vídeo institucional sobre o Hospital Ipiranga.

 

004 - VERA REGINA BOENDIA MACHADO SALIM

Diretora Técnica do Departamento de Saúde do Hospital Ipiranga, historia a trajetória da instituição e destaca o papel do governo estadual e de alguns hospitais particulares que a apóiam.

 

005 - JOSÉ OCTÁVIO GONÇALVES DE FREITAS

Diretor do Departamento de Cirurgia e Chefe do Setor de Cirurgia Plástica, conduz a entrega de medalhas a homenageados pelo Hospital Ipiranga.

 

006 - Presidente MILTON FLÁVIO

Anuncia a apresentação de vídeo.

 

007 - JOSÉ OCTÁVIO GONÇALVES DE FREITAS

Conduz a entrega de homenagem dos funcionários do Hospital Ipiranga à Dra. Vera Regina Boendia Machado Salim, bem como de homenagem do hospital ao Dr. Benedito Rodrigues Rosa Neto, Ex-Diretor Técnico do seu Departamento de Saúde.

 

008 - Presidente MILTON FLÁVIO

Expressa sua alegria por presidir esta sessão e perceber o carinho com que as pessoas do Ipiranga tratam o seu hospital. Aponta que os profissionais da saúde são os mais respeitados pela comunidade brasileira. Menciona as denúncias recentes de corrupção em Brasília. Agradece a todos que colaboraram para o êxito da solenidade. Encerra a sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - MILTON FLÁVIO - PSDB - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

 

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- É dada como lida a Ata da sessão anterior.

 

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O SR. PRESIDENTE - MILTON FLÁVIO - PSDB - Na verdade temos a honra de presidir esta sessão solene em nome da Presidência efetiva da Casa, sobretudo em substituição ao nobre Deputado Alberto Turco Loco Hiar, que foi o Deputado proponente desta homenagem. Como os senhores já sabem, o Deputado está ausente do nosso país, está no Japão, e infelizmente a viagem não poderia ser adiada. Ele me delegou a honra de poder representá-lo e de participar desta homenagem.

Nós temos, compondo a Mesa principal, a Dra. Maria Ângela de Souza Ferreira, Diretora do Hospital do Servidor Público Estadual, que neste ato representa o Sr. Secretário do Estado da Saúde, o Dr. Luiz Roberto Barradas Barata; nossa amiga Dra. Vera Regina Boendia Machado Salim, Diretora Técnica do Departamento de Saúde do Hospital Ipiranga; Doutor e nosso grande amigo José da Silva Guedes, ex-Secretário de Estado da Saúde, mas eu acho que é pouco para o Guedes. Na verdade, aqueles que militam na saúde sabem que o Dr. Guedes é mais do que um ex-secretário. É o homem que implementou a grande revolução na saúde pública no Estado de São Paulo. Se o Estado de São Paulo de São Paulo tem a condição que tem hoje, se ostenta a qualidade que tem hoje, nós devemos ao espírito empreendedor, à coragem, à persistência e à teimosia do Guedes. Portanto, prefiro dizer que o Guedes é um ícone da nossa saúde pública e que sem ele o SUS não seria o SUS que nós tanto sonhamos e que a Constituição preconizou.

E, por fim, o Dr. Dário, Diretor do Hospital Sírio-Libanês e professor titular do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da USP. Eu já quebrei o protocolo, não é assim que apresentamos, mas o Dário não se lembra e não tem obrigação. Mas o Dário foi meu professor na Faculdade de Medicina de Botucatu. Eu não tinha cabelos brancos e o Dário tinha mais cabelo do que tem hoje.

Quero citar outras autoridades: Dra. Maria Helena Pires Alberici, diretora da Divisão Médica do Hospital Ipiranga; Dra. Tânia Maris de Paiva, diretora da Divisão de Apoio Técnico do Hospital Ipiranga; Dr. José Octávio Gonçalves de Freitas, diretor do Departamento de Cirurgia e chefe do Setor de Cirurgia Plástica; Dr. Benedito Rodrigues Rosa Neto, ex-diretor técnico do Departamento de Saúde do Hospital Ipiranga; Dr. Dalvir Giraldi, ex-diretor técnico do Departamento de Saúde do Hospital Ipiranga; Dr. Aloísio Punhagui Cuginotti, ex-diretor técnico do Departamento de Saúde do Hospital Ipiranga; Ricardo de Moraes Bastos, filho do ex-diretor técnico do Departamento de Saúde do Hospital Ipiranga, Dr. José Túlio Boccato Villela Bastos, já falecido; Sr. Amândio Martins, representando o Sr. Secretário Municipal de Coordenação das Subprefeituras, o Deputado e Doutor Walter Feldman; Sra. Carmine Sposato, representando o engenheiro Plínio Xavier de Mendonça Júnior, Subprefeito do Ipiranga; Sr. Valdir Abdallah, diretor da Associação Comercial de São Paulo; Dr. João Carlos Vicente de Carvalho, ex-diretor técnico do Departamento de Saúde do Hospital Ipiranga; Sr. Reinaldo Bittar, representando o Sr. Antônio Jorge Mansur, superintendente da Distrital Ipiranga da Associação Comercial de São Paulo; Sr. Waldemar Hette Fernandes de Araújo, representando o Deputado Estadual de Avaré, Ex-Prefeito de São Paulo, Antonio Salim Curiati; Dr. Antonio Amaro, diretor do Hospital Santa Joana; enfermeira Josiane Marques Coussirat, do Grupo Técnico de Administração Hospitalar do Hospital Ipiranga; enfermeira Sandra Cristina Perez Tavares, diretora de Divisão da Enfermagem do Hospital Ipiranga; Sr. Luis Claudio Marchesi, representando o Vereador da Câmara Municipal de São Paulo Dalton Silvano; Sra. Cristina da Graça Adanalian Montoni, diretora do Serviço de Recursos Humanos.

Senhores e senhoras, esta sessão solene foi convocada pelo Sr. Presidente desta Casa, nobre Deputado Rodrigo Garcia, atendendo solicitação do nobre Deputado Alberto Turco Loco Hiar, com a finalidade de homenagear os 50 anos do Hospital Ipiranga.

Convido todos os presentes para, em pé, ouvirmos o Hino Nacional Brasileiro.

 

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- É executado o Hino Nacional Brasileiro.

 

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O SR. PRESIDENTE - MILTON FLÁVIO - PSDB - Dando prosseguimento à sessão solene, esta Presidência concede a palavra ao Sr. Valdir Abdallah, diretor da Associação Comercial de São Paulo, falando em nome da comunidade do Ipiranga.

 

O SR. VALDIR ABDALLAH - Quero cumprimentar todas as autoridades já mencionadas pelo protocolo; falo em nome da comunidade do Ipiranga, pois, para uma festividade de 50 anos a comunidade foi convidada.

Lembro-me hoje do Hospital Ipiranga, quando ele nasceu com a nomenclatura de IAPETEC, o famoso Hospital do IAPETEC, lá na colina do Ipiranga.

Hoje sentimo-nos honrados por comemorar esses 50 anos nesta Casa Legislativa do Estado de São Paulo, por iniciativa do Deputado Alberto Turco Loco Hiar e cedida pelo Sr. Presidente desta Casa, o nobre Deputado Rodrigo Garcia.

Acompanhamos a desenvoltura do Hospital Ipiranga, as várias facetas pelas quais ele passou e relembramos de uma década para cá dos grandes acontecimentos. O Dr. Aloísio, o Sr. Secretário da Saúde, Dr. Guedes, Dr. João Carlos, Dra. Vera e certamente iríamos enumerar uma série de autoridades que têm um comprometimento com a saúde neste estado.

E nesta noite a comunidade vem para esta Casa Legislativa para testemunhar a atividade das mulheres e dos homens que administraram e administram aquele hospital. Estamos aqui justamente para comemorar os 50 anos. Tivemos grandes lutas, mas tivemos grandes vitórias: o Governador Mário Covas, o Governador Geraldo Alckmin.

Enfim, se fizermos uma analogia de todos os acontecimentos, vamos contar uma partícula da história daquela instituição pública que defende a nossa saúde. Talvez criticar fosse a maneira mais confortável para quem não está diante de um problema. As nossas campanhas são calcadas justamente na saúde, no transporte e na educação, mas o importante, meus amigos, é que nós estamos justamente nesta festividade para testificar o compromisso desses companheiros que administraram e continuam administrando aquele hospital. Talvez sem a comunidade dando esse testemunho os 50 anos comemorados não fossem tão significativos, porque um testemunho da comunidade traduz realmente aquilo que ela recebe desses homens e destas mulheres.

Eu sou testemunha disso. Não é simplesmente fazer crítica porque é uma entidade pública e as coisas não andam. Estamos aqui para nos somar à administração, para comungar aquilo que uma administração pública tem para a comunidade: o empenho, o compromisso.

E hoje estamos em festa para parabenizar essa administração pública, a Dra. Vera hoje na direção do hospital com o seu corpo de apoio e todos aqueles que foram e são os responsáveis por dignificar o Hospital Ipiranga.

Falo isso porque eu fui convidado para falar em nome da comunidade. Quero crer que, a partir do momento em que a comunidade se integra ao poder público, vamos caminhar perfeitamente bem. Vamos verificar os problemas, mas também vamos participar das alegrias. O Dr. Milton Flávio, que está aqui conosco, é um grande entusiasta e comprometido também com a parte da saúde.

Gostaria de escrever uma lauda e transmitir, mas os meus companheiros da Associação Comercial do Ipiranga já me recomendaram, desde o Ipiranga, que eu deveria falar pouco porque 50 anos se passaram e, certamente, devemos aguardar para comemorar esta festa em outras oportunidades, não esperando 50 anos, mas diariamente agradecendo o apoio que temos recebido por parte dessa equipe fantástica que comanda, bem como do Senhor Governador, que tem realmente dado grande atenção para a saúde, não só no Ipiranga como no Estado de São Paulo.

Mais uma vez, quero cumprimentar todas as pessoas, homens e mulheres, que passaram pelo Hospital Ipiranga, que se comprometeram e realizaram. Tivemos também grandes decepções, mas o importante é que estamos falando da equipe que veio para restaurar o Hospital Ipiranga, trazendo apoio para toda a comunidade não só do Ipiranga mas também para todo o Estado de São Paulo.

Cumprimento o Hospital Ipiranga na pessoa da sua diretora, Dra.Vera Salim, que não tem medido esforços juntamente com a sua equipe, colocando aquela entidade no caminho certo, enfrentando e vencendo grandes desafios. Ela é uma grande vitoriosa. Tem muita coisa para fazer e ela vai fazer porque tem o timbre, aquele compromisso com a saúde. Muito obrigado por essa direção. A comunidade do Ipiranga agradece o apoio e o carinho com que somos tratados naquele hospital.

Aliás, o Governador, certa feita, mencionou o hospital: ele deve ser recomendado a partir da sua entrada. E nesta noite somos testemunhas do trabalho, da atividade e do empenho desse corpo de apoio que conduz o Hospital Ipiranga.

Parabéns, mais uma vez, pelos 50 anos de vida de um hospital que só teve vida abundante porque tem esses homens e mulheres na sua direção. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - MILTON FLÁVIO - PSDB - Nós agradecemos ao Sr. Valdir Abdallah pelas palavras. Anunciamos a presença da Dra. Celita Maria Silveira Rovella, ex-diretora técnica do Departamento de Saúde do Hospital Ipiranga, e da Dra. Célia Mariza Figueiredo Nakano, diretora do Serviço Especializado de Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho.

Teremos agora apresentação de um vídeo institucional sobre o nosso Hospital Ipiranga.

 

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-              É feita exibição de vídeo.

 

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O SR. PRESIDENTE - MILTON FLÁVIO - PSDB - Tenho certeza de que os aplausos não são apenas para o vídeo, mas na realidade é o aplauso da comunidade ao excelente trabalho e a essa história tão maravilhosa que o vídeo retrata com tanto carinho. (Palmas.)

Tem a palavra a Sra. Vera Regina Boendia Machado Salim.

 

A SRA. VERA REGINA BOENDIA MACHADO SALIM - Exmo. Sr. Deputado Estadual Milton Flávio, neste ato representando o Presidente da Assembléia; Dra. Maria Ângela, representando o Dr. Barradas, Secretário da Saúde; Dr. Guedes, que, como todos falaram, participou sempre da saúde em São Paulo; Prof. Dr. Dário Birulini; senhores e senhoras, comunidade do Ipiranga, a quem agradeço a presença, acho que comemorar os 50 anos de um hospital é uma obrigação. Dentro dessa história temos a esperança, o trabalho, a própria história de Medicina em São Paulo.

Com o surgimento dos primeiros hospitais no Brasil através de duas entidades, a Igreja, com as Santas Casas e o Exército, com os hospitais para atendimento dos seus doentes e de pessoas após as batalhas, tivemos em 1727 o primeiro serviço hospitalar militar no Rio de Janeiro. Os hospitais ligados à Igreja atendiam uma ampla variedade de excluídos, enquanto os hospitais militares atendiam os feridos e doentes.

O início das grandes campanhas sanitárias promovidas pelo Estado levou à criação de hospitais públicos de grande porte, alguns desses incorporados após a Faculdade de Medicina.

Nessa evolução permanente que citamos rapidamente, não podemos deixar de falar sobre as grandes contribuições legadas pelos hospitais associados a comunidades estrangeiras como, por exemplo, o Hospital Humberto Primo em 1904, o Hospital Alemão em 1923 e o Hospital Sírio-Libanês em 1965.

A história do Hospital Ipiranga não é diferente da de muitos hospitais brasileiros que o antecederam. Inaugurado em janeiro de 1956, vivenciou várias transformações administrativas que vieram: INAMPS; INPS, que começou como IAPETEC; SUDS. Nesse período todo ele jamais deixou de prestar bons serviços e desenvolver a grande arte médica, passando ainda pela heróica jornada de 1974, quando disponibilizou 350 leitos para o atendimento da população de São Paulo naquela terrível epidemia de meningite.

No decorrer dos anos 80, o hospital ampliou o atendimento a toda a população do Ipiranga e circunvizinhos e iniciou sua residência médica, mudando assim um pouco o seu perfil assistencial. Em janeiro de 1991, passou para a gerência da Secretaria de Estado da Saúde.

Como diretora do Hospital Ipiranga, vejo que além de ser uma instituição complexa e completa, cuja função consiste em proporcionar à população assistência médica integral curativa e preventiva, constitui-se também em centro de educação, capacitação de recursos humanos e pesquisa em saúde. Estamos conseguindo a excelência.

Quero ressaltar que os grandes avanços conseguidos graças ao esforço de todos - diretores, funcionários, médicos - tiveram na atuação firme e decidida do Governo Geraldo Alckmin e do Secretário Barradas a consolidação do que era sonho e virou realidade: o complexo desse hospital terciário.

Lembro também que fomos pedir ajuda a alguns hospitais particulares, grandes hospitais em São Paulo, que estiveram presentes na transferência de tecnologia, conhecimento e, principalmente, orientações e atalhos na difícil arte de bem administrar.

Nesta noite, homenageio os hospitais Sírio-Libanês, Complexo Hospitalar Santa Joana e Pró-Matre, na pessoa do diretor do Hospital Sírio-Libanês, Professor Dr. Dário Birulini, que inclusive tinha dúvidas sobre o motivo da sua presença. Gostaria de lembrar que ele é um dos grandes responsáveis por eu ter feito cirurgia. Agradeço também ao Dr. Antônio Amaro, Diretor do Complexo Hospitalar Santa Joana. Finalmente, e humildemente, rendo uma homenagem aos ex-diretores e ex-secretários que, com seu brilho e saber, fizeram a história do nosso hospital, pessoas que com ética, conhecimento e cultura formal, forjaram a sobrevivência e o brilho de hoje do Hospital Ipiranga.

Muito obrigada. (Palmas.)

 

O Sr. Presidente - Milton Flávio - PSDB - Vamos passar a palavra ao Dr. José Octávio Gonçalves de Freitas, que passará a anunciar os homenageados que serão agraciados com a entrega de uma medalha pela Diretora Vera Regina Salim.

 

O SR. José OCtávio Gonçalves de Freitas - Boa-noite. Pedindo licença ao Deputado, convido a Dra. Vera para proceder à homenagem ao Dr. José da Silva Guedes, Ex-Secretário de Estado da Saúde, um homenageado do Hospital Ipiranga. (Palmas.)

 

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- é feita a homenagem.

 

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O SR. José OCtávio Gonçalves de Freitas - Dando continuidade, gostaria de chamar a Dra. Maria Ângela de Souza Ferreira, que receberá a homenagem em nome do Dr. Roberto Barradas Barata, atual Secretário de Saúde do Estado de São Paulo. (Palmas.)

 

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- é feita a homenagem.

 

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O SR. José OCtávio Gonçalves de Freitas - Gostaria de chamar a atenção dos senhores para o fato de que a homenagem a seguir será feita aos ex-diretores técnicos do Departamento de Saúde do Hospital Ipiranga.

Convido o Dr. Dalvir Giraldi, que receberá a homenagem das mãos da Dra. Vera, a atual Diretora. (Palmas.)

 

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- é feita a homenagem.

 

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O SR. José OCtávio Gonçalves de Freitas - Convido o Dr. Aloísio Punhagui Cuginotti. (Palmas.)

 

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- é feita a homenagem.

 

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O SR. José OCtávio Gonçalves de Freitas - Convido o Dr. João Carlos Vicente de Carvalho. (Palmas.)

 

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- é feita a homenagem.

 

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O SR. José OCtávio Gonçalves de Freitas - Convido a Dra. Celita Maria Silveira Rovella. (Palmas.)

 

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- é feita a homenagem.

 

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O SR. José OCtávio Gonçalves de Freitas - Outro antigo diretor, infelizmente já falecido, Dr. Júlio Túlio Bocatto Villela de Bastos, será representado por seu filho, Sr. Ricardo de Morais Bastos. (Palmas.)

 

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- é feita a homenagem.

 

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O SR. José OCtávio Gonçalves de Freitas - Faremos agora uma homenagem às pessoas dos hospitais particulares por darem o suporte técnico tão importante ao Hospital Ipiranga.

Convido o Dr. Dário Birulini, do Hospital Sírio-Libanês, para receber a sua homenagem. (Palmas.)

 

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- é feita a homenagem.

 

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O SR. José OCtávio Gonçalves de Freitas - Por favor, Dr. Antônio Amaro, pelo Hospital Santa Joana. (Palmas.)

 

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- é feita a homenagem.

 

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O SR. José OCtávio Gonçalves de Freitas - Agradecendo a oportunidade, devolvo a palavra ao nobre Deputado Milton Flávio.

 

O Sr. Presidente - Milton Flávio - PSDB - Teremos agora uma homenagem de todos os funcionários do Hospital Ipiranga à Dra. Vera Regina Boendia Machado Salim, com a apresentação de um vídeo e, depois, a entrega de uma lembrança pela funcionária Isabel Santos.

 

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- é feita a apresentação de um vídeo.

 

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O SR. PRESIDENTE - MILTON FLÁVIO - PSDB - Vou devolver a palavra ao Dr. José Octávio, para que possa fazer uma correção do protocolo.

 

O SR. JOSÉ OCTÁVIO GONÇALVES DE FREITAS - Agradeço ao Deputado Milton Flávio e gostaria de chamar a Dra. Vera para receber a homenagem dos funcionários do Hospital Ipiranga pela sua dedicação como diretora. A Sra. Isabel Santos fará entregue a entrega de uma medalha com o símbolo do hospital - HI - confeccionada em ouro branco. (Palmas.)

 

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- É feita a entrega da medalha.

 

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O SR. JOSÉ OCTÁVIO GONÇALVES DE FREITAS - Como uma homenagem pede outra, solicito ao Deputado um pouco mais de tempo.

Temos aqui presente um dos diretores mais antigos da nossa instituição. Ficou a ele a última homenagem, não pelo fato de ser o mais antigo, mas por representar o início da nossa instituição e tudo o que ela significa hoje, não só para população do Hospital Ipiranga, como para a população do bairro do Ipiranga.

Convido o Dr. Benedito Rodrigues Rosa Neto para receber das mãos da Dra. Vera esta homenagem do hospital. (Palmas.)

 

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- é feita a homenagem.

 

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O SR. PRESIDENTE - MILTON FLÁVIO - PSDB - Como o protocolo estabelece, usarei a palavra para deixar aqui um breve registro. Nosso Governador Geraldo Alckmin tem insistido que, em cerimônias, é sempre importante não atrasar o coquetel, porque as pessoas podem se irritar conosco.

Quero dizer a todos os senhores da minha alegria por estar aqui hoje. Confesso que quando o Deputado Turco Loco me pediu para presidir a cerimônia fiquei um pouco incomodado, porque, quando há 12 anos ingressei na vida política - não digo interrompendo, mas criando um espaço novo na minha vida de professor de Medicina, na Unesp de Botucatu e em meu consultório, assumi um compromisso com os meus clientes, sob pena de não me eleger, de que eu não abandonaria a minha clínica. Desde então, toda sexta-feira é o dia que vou a Botucatu. Volto à minha condição de médico e, como eu sempre brinco, esqueço o tapete vermelho e o tratamento de “Excelência” e passo a ser empregado dos meus pacientes.

Fico muito feliz lá porque de quando em quando eu recebo uma bronca de um peão de fábrica que marcou uma consulta, me deu uma guia de um médico que paga menos de 30 reais, mas fica incomodado porque acabei me atrasando na consulta. Entre não ir a Botucatu ou fazer um consultório mais curto hoje, optei por fazer um consultório mais curto, mas voltar. Mas confesso que na volta, enfrentando a Marginal, a chegada da Castelo Branco, pensei: ‘O Turco Loco podia não ter aprontado comigo essa. É bem do Turco Loco.’

Mas a vida é assim. Cheguei aqui e tive a oportunidade de reencontrar amigos como o Guedes, que é um exemplo para cada um de nós. Quem conviveu com Mário Covas e com o Geraldo sabe das dificuldades que o Guedes enfrentou para, num momento de tanta dificuldade econômica que nós vivíamos, implementar essa grande revolução que foi feita na Saúde de São Paulo, do ponto de vista conceitual, do ponto de vista técnico, do ponto de vista ideológico, e que não fosse - e eu disse no começo - a persistência do Guedes, seguramente não teríamos conseguido.

Como é bom encontrar um ex-professor que não se lembra da gente. E aí é interessante porque fico um pouco confortado. Como Deputado faço muitas visitas, e é difícil. Dou aulas há quase 31 anos e é difícil uma cidade do Estado de São Paulo que não tenha um ex-aluno meu. A gente, que já não era moço, não muda muito. Mas os jovens mudam bastante, e eles nos reconhecem e nós ficamos devendo essa retribuição do afeto.

Eu me lembro como eram importantes para mim os momentos em que o Dário ia de São Paulo para Botucatu ensinar choque para nós. Era uma patologia pouco conhecida, assustadora para os cirurgiões, e tínhamos avidez para nos reencontrarmos com o Dário, que é irmão de um ex-aluno da Faculdade também, o Renzo, e aprender com ele o muito que ele tinha para nos ensinar.

Mas confesso que o melhor presente que recebi hoje foi a platéia, foi perceber o carinho com que as pessoas do Ipiranga tratam o seu hospital. A Vera me confidenciava, ao pé da orelha, que o pessoal do Ipiranga é muito bairrista, eles gostam das suas coisas, enquanto víamos o vídeo.

Mas para quem é diretor de unidade hospitalar, para quem trabalha como médico na comunidade não há nada mais adequado, nada mais apropriado, nada mais esperado do que a satisfação do nosso usuário. E no caso do Ipiranga a satisfação do usuário é a satisfação do bairro. Ela é expressa pelo carinho das pessoas com o seu hospital, com orgulho.

No vídeo que o homenageia, embora tenhamos ouvido, não foi tão espontâneo, estou provocando, porque não é fácil falar para uma câmera, mas você recolhe expressões e emoções que só as pessoas que vivem essa emoção são capazes de transmitir. E você percebe o grande carinho, o grande orgulho que as pessoas têm por participarem desse hospital e dessa administração. E isso - e ainda há pouco eu falava na TV Assembléia - restitui um pouco o respeito que a comunidade tem pelo serviço público.

Há alguns dias cheguei em casa e fiquei muito chateado porque minha mulher me recebeu dizendo: ‘Tenho uma notícia boa para te dar e uma notícia ruim; qual eu te dou primeiro?’ Eu disse: ‘Foi um dia cansativo, briguei muito com o PT na Assembléia, então me dê a notícia boa primeiro.’ Ela disse: ‘A Globo passou agora uma pesquisa que diz que os médicos são hoje os profissionais mais respeitados.’ Não digo os médicos, mas os profissionais da saúde são os mais respeitados pela comunidade brasileira. ‘E a notícia ruim?’ ‘É que os políticos são os últimos.’

E é verdade. Eu devo muito ao Geraldo e ao Barradas o fato de eu ter tido, durante dois anos, a oportunidade de ser Superintendente do Iamspe, o que me devolveu um pouco da credibilidade. Incrível! A Maria Ângela dividiu comigo a responsabilidade daqueles dois anos. O fato de eu ter vestido avental mudou a estima das pessoas em relação a mim. E elas passaram a me ver de novo como Dr. Milton. E depois do Servidor, mesmo aqui na Assembléia, estou dizendo para a Yeda, para aqueles que nos acompanham, é difícil o Deputado que não me chama de Doutor. Eu não sou mais Deputado. Consegui, em dois anos, recuperar essa estima e esse respeito que as pessoas têm por mim, mesmo sendo Deputado. Os Deputados me chamam de Doutor. Por quê? Porque essa aura, esse envolvimento com a Medicina nos reconstitui e nos faz reencontrar esse afeto da sociedade.

Neste momento não estou mais bravo com o Turco. Estou muito grato a ele pela oportunidade de me permitir, em seu nome, fazer esta homenagem. Mas não posso me esquecer disso, que foi o Turco Loco, um Deputado envolvido com o bairro, que quis prestar esta homenagem e quis prestar esta homenagem na Assembléia Legislativa, no plenário mais importante da nossa Casa.

Agradeço a presença dos senhores, a colaboração que o hospital seguramente tem da sua comunidade. O Geraldo fala sempre que não há bom hospital se não houver o respeito e a integração da comunidade. Uma segunda coisa é um corpo de voluntariado, que a Vera me disse que lá no Ipiranga ainda não é tão grande. Precisamos corrigir isso. É muito importante que tenhamos um voluntariado cada vez maior, porque é fundamental o trabalho que o voluntariado pode fazer dentro do hospital.

Infelizmente não consigo deixar de usar cerimônias como esta para falar um pouco de política. E vou falar muito pouco. Sei que os brasileiros, hoje, têm muita vergonha dos políticos que nos representam, sobretudo no Congresso brasileiro. Mas, como político, vou falar uma coisa muito dura. Começo a ficar com vergonha do povo brasileiro quando continua nas pesquisas dizendo que tudo isso que aconteceu no nosso país não tem nenhuma importância.

Espero que possamos nos reencontrar,os políticos tendo vergonha daqueles políticos que fizeram aquilo que fizeram em Brasília, em nome de cada um de nós, e o povo brasileiro precisa também ter consciência, acordar, e não permitir que fatos graves como aqueles que vimos ontem na televisão do Congresso, onde um simples porteiro diz que um ministro ia numa determinada casa se encontrar com meninas, tomar Viagra, tomar vinho, comer castanha e dividir dinheiro. Não podemos fazer de conta que isso não aconteceu no nosso país. Se não esforços como esses que foram desenvolvidos em 50 anos do Hospital Ipiranga não terão nenhum valor e não produzirão nenhum efeito, porque esta nação perderá o respeito de si própria. E sem esse respeito nada adianta ser plantado neste país porque, se crescer, crescerá uma erva daninha.

Um grande abraço a vocês, muito obrigado pela presença.

Esgotado o objeto da presente sessão, antes de encerrá-la, esta Presidência agradece às autoridades, aos funcionários desta Casa e àqueles que com suas presenças colaboraram para o êxito desta solenidade, e convida todos para participarem de um coquetel no Hall Monumental. Este Presidente não poderá permanecer porque tem um outro compromisso, mas quer dizer que esta homenagem é justa e merecida, e é sobretudo para vocês. Está encerrada a sessão.

 

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-              Encerra-se a sessão às 21 horas e 48 minutos.

 

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