15 DE FEVEREIRO DE 2013

007ª SESSÃO ORDINÁRIA

 

Presidentes: JOOJI HATO e CARLOS GIANNAZI

 

Secretário: OLÍMPIO GOMES

 

 

RESUMO

PEQUENO EXPEDIENTE

001 - JOOJI HATO

Assume a Presidência e abre a sessão.

 

002 - CARLOS NEDER

Explica o funcionamento dos projetos de resolução, que tratam de questões relativas ao Legislativo Estadual. Dá conhecimento de matérias, de sua autoria, ainda não apreciadas por esta Casa. Ressalta a importância dos projetos.

 

003 - Presidente JOOJI HATO

Convoca sessão solene, a realizar-se dia 01/03, às 19 horas, para "Comemorar os 50 anos da Imigração Coreana no Brasil", por solicitação do Deputado Beto Trícoli.

 

004 - CARLOS GIANNAZI

Dá conhecimento de escândalos de corrupção encontrados dentro da Secretaria da Fazenda. Considera necessária a investigação do fato. Combate a possibilidade de que projeto de lei complementar, de autoria do Governo Estadual, permita a contratação de servidores sem a necessidade de concurso público.

 

005 - Presidente JOOJI HATO

Registra o falecimento do ex-Ministro Fernando Lyra.

 

006 - OLÍMPIO GOMES

Comenta que esteve presente, hoje, em velório de policial militar ocorrido no município de Taboão da Serra. Informa que esta foi a 11ª execução de policial no Estado em 2013. Critica a gestão do Governo Estadual na área de segurança pública. Lamenta a demora em viabilizar a concessão de seguro de vida a policiais mortos fora do horário de trabalho.

 

007 - OSVALDO VERGINIO

Parabeniza as cidades paulistas cujos aniversários serão comemorados nos próximos dias. Destaca o desenvolvimento dos municípios da região de Osasco. Fala sobre medidas a serem adotadas a fim de se evitar enchentes.

 

008 - CARLOS GIANNAZI

Assume a Presidência.

 

009 - JOOJI HATO

Recorda o período em que atuou como médico na cidade de Osasco. Lamenta a ocorrência de enchentes no município. Defende a instalação de pisos drenantes no Estado de São Paulo.

 

010 - SEBASTIÃO SANTOS

Destaca o trabalho realizado pelo Ministro da Pesca e da Aquicultura, Marcelo Crivella. Comenta a escolha de Marcos Cintra como novo presidente estadual do PRB. Defende o investimento em políticas de turismo, sobretudo para as cidades do interior de São Paulo.

 

011 - JOOJI HATO

Assume a Presidência.

 

012 - CARLOS GIANNAZI

Dá conhecimento de dificuldades enfrentadas pelo Iamspe. Informa que o Governo não investe a quantia necessária no hospital. Lamenta que a população das cidades de Santa Cruz do Rio Pardo e de Lorena sofra com a falta de hospitais.

 

013 - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO

Destaca a aprovação de lei que exige o pagamento de adicional de periculosidade a seguranças particulares. Lamenta que algumas empresas não estejam pagando o benefício a seus funcionários. Recorda que a mencionada lei tem abrangência nacional. Defende manifestações da categoria.

 

GRANDE EXPEDIENTE

014 - CARLOS GIANNAZI

Pelo art. 82, solicita apoio dos Deputados desta Casa a projeto que visa ao reconhecimento de aposentadoria especial a professores readaptados e diretores da rede Estadual de ensino. Tece críticas à gestão do Governo do Estado no setor. Defende a "jornada do piso" do magistério.

 

015 - CARLOS GIANNAZI

Solicita o levantamento da sessão, com anuência das lideranças.

 

016 - Presidente JOOJI HATO

Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária do dia 18/02, à hora regimental, sem ordem do dia. Lembra a realização de sessão solene, hoje, às 20 horas, para "Comemorar o Dia das Filhas de Jó". Levanta a sessão.

 

* * *

 

- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Jooji Hato.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Com base nos termos da XIV Consolidação do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.

Convido o Sr. Deputado Olímpio Gomes para, como 1º Secretário “ad hoc”, proceder à leitura da matéria do Expediente.

 

O SR. 1º SECRETÁRIO - OLÍMPIO GOMES - PDT - Procede à leitura da matéria do Expediente, publicada separadamente da sessão.

 

* * *

 

- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Tem a palavra o primeiro orador inscrito para falar no Pequeno Expediente nobre Deputado Rui Falcão. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Enio Tatto. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Marcos Martins. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Vanessa Damo. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Hamilton Pereira. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Luiz Cláudio Marcolino. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Adriano Diogo. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Neder.

 

O SR. CARLOS NEDER - PT - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, telespectador da TV Alesp, uma das atribuições dos parlamentares é apresentar projetos de resolução. O projeto de resolução, diferentemente do projeto de lei, trata do funcionamento do próprio Parlamento, no nosso caso a Assembleia Legislativa de São Paulo. É o mecanismo que os deputados têm para sugerir modificações na estrutura da Assembleia, no funcionamento dos seus gabinetes, na instalação de Comissões Parlamentares de Inquérito, de comissões permanentes, de frentes parlamentares ou de fóruns suprapartidários.

Nos diferentes períodos em que exerci mandato de deputado estadual apresentei inúmeros projetos de resolução e quero fazer referência a alguns deles. Por quê?

Estes projetos passaram pela Comissão de Constituição e Justiça, tiveram parecer favorável e durante sua tramitação foram levados à Mesa Diretora da Assembleia Legislativa. Desde então - já são vários anos - não sabemos por que os projetos não foram transformados em atos efetivos como era o objetivo inicial quando da sua apresentação.

Quero citar, como exemplo, o Projeto de Resolução nº 30/05 - vejam, de 2005 - que dispõe sobre a criação da Frente Parlamentar em Defesa dos Institutos Públicos de Pesquisa.

Sabemos que são vários os institutos públicos de pesquisa vinculados ao Governo do Estado de São Paulo e, portanto, seria importante termos esta Frente Parlamentar funcionando na Assembleia Legislativa para conhecermos a realidade de cada um desses institutos. Mas o fato é que esse projeto de resolução está na Mesa Diretora da Assembleia Legislativa desde o ano de 2005.

Em outra situação semelhante a essa está o Projeto de Resolução nº 25/2006. Por meio desse projeto de resolução, propus mecanismos para garantir a participação dos cidadãos no processo legislativo orçamentário. A bancada do Partido dos Trabalhadores reiteradamente, a cada novo ano, tem apresentado a proposta de termos reuniões descentralizadas, regionalizadas, audiências públicas para viabilizar a participação dos cidadãos na discussão do Orçamento do Estado de São Paulo. No projeto de resolução citado propus que esse mecanismo de participação se tornasse permanente na Assembleia Legislativa e não apenas colocado na Lei Orçamentária a cada ano. Esse projeto também se encontra na Mesa Diretora da Assembleia Legislativa desde 2006.

Cito mais um exemplo, o Projeto de Resolução nº 02/2009, que apresentei para instituir audiência pública trimestral de prestação de contas da execução orçamentária da Assembleia Legislativa de São Paulo. Se defendemos transparência na gestão pública e se uma das atribuições da Assembleia Legislativa e, portanto, dos Deputados é fiscalizar a execução orçamentária do Poder Executivo - e há inclusive alguns Secretários de Estado que são obrigados a comparecer periodicamente à Assembleia Legislativa, como é o caso do Secretário da Saúde, para prestar contas da execução orçamentária da área correspondente -, nada mais justo do que instituirmos na própria Assembleia Legislativa, que tem  seu orçamento, um mecanismo de prestação de contas trimestral, por meio do qual o Presidente da Assembleia Legislativa ou um membro da Mesa Diretora por ele designado teria a incumbência informar a todos os Deputados, à imprensa e aos cidadãos interessados como foram gastos os recursos orçamentários da Assembleia Legislativa e de que maneira a população está se beneficiando com esses gastos. Como os demais, esse projeto foi encaminhado à Mesa Diretora da Assembleia.

Por fim, gostaria de citar o Projeto de Resolução nº 08/2010, que também se encontra na Mesa Diretora, que propõe a criação de um Fórum Suprapartidário em Defesa do Programa de Saúde da Família e dos Direitos dos Agentes Comunitários de Saúde e de Controle de Endemias.

Dessa forma, Sr. Presidente, solicito que cópias deste pronunciamento sejam encaminhadas ao Presidente da Assembleia Legislativa, Deputado Barros Munhoz, bem como a todos os demais membros da atual Mesa Diretora para que informem a este Deputado a razão pela qual esses projetos se encontram na Mesa Diretora e o que poderíamos fazer para que efetivamente surtam os efeitos esperados. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Esta Presidência atendendo a solicitação do nobre Deputado Beto Trícoli, convoca Vossas Excelências nos termos do Art. 18, inciso I, letra r, da XIV Consolidação do Regimento Interno, para uma Sessão Solene a realizar-se no dia 1º de março de 2013, às 19 horas, com a finalidade de comemorar os 50 anos da imigração coreana no Brasil.

Srs. Deputados e Sras. Deputadas, tem a palavra o nobre Deputado Gerson Bittencourt. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Rodrigo Moraes. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Antonio Salim Curiati. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Vitor Sapienza. .(Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Alex Manente. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Roberto Massafera. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Giannazi.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, funcionários desta Casa e telespectadores da TV Alesp, estamos protocolando hoje na Assembleia Legislativa um requerimento exigindo a convocação do Secretário da Fazenda, ele tem que explicar aqui na Assembleia Legislativa essa grave denúncia que foi apresentada pela Polícia Federal, a Operação Lava - Rápido que desmantelou uma quadrilha dentro da Secretaria da Fazenda de funcionários, juízes e empresários que se beneficiavam e pagavam propinas para funcionários - e talvez até juízes - das câmaras que existem dentro da Secretaria da Fazenda.

É um verdadeiro escândalo essa denúncia, que tem que ser apurada pela Assembleia Legislativa. A investigação da Polícia Federal nos mostra que funcionários recebiam dinheiro para dar fim aos processos de várias empresas, beneficiando então empresas que devem ao erário. Há o caso de uma funcionária que tem um salário de R$ 2.200,00 por mês e recebe uma propina de 40 mil reais para dar sumiço num processo de mais de 72 volumes.

Nós, da Assembleia Legislativa, temos que fiscalizar isso; o Governo deve explicações à sociedade. É muito importante que os deputados se mobilizem para cobrar, façam gestões no sentido de cobrar esclarecimentos. Temos que saber até onde essa quadrilha tem atuado na Secretaria da Fazenda beneficiando empresas e, sobretudo, recebendo propinas. É um fato gravíssimo de corrupção, de improbidade administrativa que acontece dentro de uma Secretaria estratégica, que cuida do Orçamento do Estado de São Paulo e só veio à tona por conta de uma investigação da Polícia Federal.

Hoje, estamos protocolando um requerimento para que o Secretário da Fazenda seja convocado e venha aqui explicar essas denúncias e o que está sendo feito para que isso não ocorra mais. Aproveitando a oportunidade da presença do Secretário nesta Casa, vamos também cobrar o envio de um projeto de lei, o PLC nº 50, que é do Governo Estadual, da Secretaria da Fazenda. Trata-se de um projeto extremamente polêmico, que abre uma lacuna imensa para que servidores sejam contratados sem concurso público na Secretaria da Fazenda.

Apresentamos várias emendas para aperfeiçoá-lo, já que, do jeito que foi apresentado, é muito ruim. Sobretudo no ponto em que abre espaço para um retrocesso no Estado de São Paulo do ponto de vista da contratação dos servidores públicos. Lutamos tanto neste País, sobretudo na aprovação da Constituição de 1988, para que os servidores públicos fossem contratados por meio de concurso público de provas e títulos. No entanto, no Estado de São Paulo, a Secretaria da Fazenda - a mesma Secretaria que permite a instalação de quadrilhas e máfias no seu interior, beneficiando grandes empresas - apresenta um projeto que autoriza a contratação de técnicos da Fazenda sem concurso público. Se com concurso temos todas essas denúncias, vamos imaginar funcionários sendo contratados sem concurso público, indicados por deputados, por partidos políticos, por pessoas ligadas ao Governo, à Secretaria da Fazenda, às empresas. Aí, vai ter muito mais quadrilhas e máfias instaladas na Secretaria da Fazenda.

Fica o nosso repúdio ao Projeto nº50. Ele precisa ser alterado incorporando as emendas apresentadas não só por nós, mas também por outros deputados. Queremos uma rigorosa investigação nessa denúncia da Polícia Federal, que se chama Operação Lava Rápido e denunciou uma quadrilha instalada dentro da Secretaria da Fazenda.

Peço o apoio de todos os Srs. Deputados e Sras. Deputadas para que possamos aprovar o nosso requerimento que estou protocolando hoje, exigindo a presença do Secretário da Fazenda. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Esta Presidência traz a nota de falecimento do ex-Ministro Fernando Lyra, ocorrido na Capital de São Paulo. Advogado pernambucano, ele dedicou a maior parte de sua vida à atividade política e pertencia ao grupo dos autênticos do MDB. Foi ferrenho combatente da Ditadura Militar e um dos principais articuladores da candidatura de Tancredo Neves à Presidência. Antes de falecer, exerceu mandato de Deputado Estadual de 1966 a 1970; sete mandatos de Deputado Federal de 1970 a 1998; Ministro da Justiça do Governo Sarney em 1985. O último cargo público ocupado por ele foi de Presidente da Fundação Joaquim Nabuco, de 2003 a 2011. Estava internado no Instituto do Coração, Incor, do Hospital das Clínicas em São Paulo, com quadro de Insuficiência Cardíaca Congestiva grave. Foram 20 anos de luta contra cardiopatia. Deixou esposa e três filhas.

Esta Presidência, em nome de todos os Deputados, traz os nossos profundos sentimentos à esposa, às três filhas, aos familiares, aos amigos e também aos companheiros do PMDB.

Tem a palavra o nobre Deputado Ramalho da Construção. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Antonio Mentor. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado José Bittencourt. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Alencar Santana Braga. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Edson Ferrarini. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado João Paulo Rillo. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Olímpio Gomes.

 

O SR. OLÍMPIO GOMES - PDT - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, funcionários, cidadãos que nos acompanham pela TV Assembleia, estive há pouco no velório - mais alguns instantes deverá ocorrer o sepultamento - do perito criminal, o policial civil José de Alencar Lacerda da Silva, em Taboão da Serra. Pertencia ao grupo de perícias eletrônicas da Superintendência de Polícia Técnico- Científica. Ontem pela manhã, após deixar seus dois filhos, uma menina de 14 e um menino de quatro anos, inclusive a esposa, ele se dirigia ao Instituto de Criminalística. Foi abordado por marginais que verificaram na sua pasta a carteira funcional. Foi o suficiente para ser baleado na nuca e na cabeça. Mais um policial e mais um pai de família que é executado por ser policial. E, com toda mentira que o Governo tenta colocar para a opinião pública, Alencar é o 11º policial executado no Estado de São Paulo este ano. Na semana passada, no centro de Osasco, foi enterrado Luizinho, policial militar extremamente querido. Ele foi executado com mais de uma dezena de tiros.

Fica parecendo que não aconteceu nada. Aliás, amanhã vai completar 120 dias que o Governador anunciou que os familiares de policiais que morrem fora de serviço receberiam seguro de vida. E a incompetência da Secretaria de Segurança Pública não consegue licitar isso.

Parece que está tudo bem com o Delegado-Geral e com o Comandante-Geral da Polícia Militar. Não está doendo em ninguém da sua casa. Isso é uma vergonha!

Parece-me que o governo cumpriu o acordo com o PCC. Tirou a monitoração telefônica de Presidente Prudente, escondeu a Rota, está transferindo todo mundo que tem envolvimento e ocorrências mais graves. Parece que os bandidos não estão cumprindo, não. Eles já mataram onze este ano e tantas outras tentativas. Isso é uma vergonha. Sinto-me envergonhado em ver o meu Estado fazer isso com seus profissionais da Segurança Pública.

Os policiais militares que fazem essa maldita Operação Delegada - e que nós até aprovamos aqui para seu “bico” oficial - recebem todo dia 10 e a prefeitura resolveu não pagar nesse dia. A prefeitura de São Paulo, diz: “Ah, porque estamos fazendo revisão dos contratos.” Seis mil PMs estão desesperados. “Simplesmente um desajuste. Não deu para pagar no dia 10, a gente paga no outro dia 10”. Precisa contar isso para o farmacêutico que o policial deve, para a padaria, para quem empresta dinheiro ao policial para ele poder terminar o mês.

Não vejo manifestação do Governo do Estado, da secretaria, do Comando da Polícia Militar para dizerem que a prefeitura vai ou não cumprir o contrato. O policial que não aparecer para trabalhar é punido como se faltasse ao serviço. Se inscrever, está preso. Se não receber, como não receberam? Muitas vezes fica parecendo: “Olha, o sujeito é do contra”. Mas não é. Não dá para ter complacência com essas irresponsabilidades porque está doendo demais para pessoas que têm devoção à sua profissão, dedicaram-se a essa profissão e até morrem por essa profissão.

No dia 19 de outubro, exatos 120 dias amanhã, quatro meses, o governador anunciou também que o seguro de vida dos policiais passaria de 100 para 200 mil reais. Anunciou em uma coletiva e não foi nada licitado. Os que morreram por serem policiais que as famílias serão contempladas. Aí é um projeto indenizatório que ainda não entrou nesta Casa. Acabei de perguntar se entrou algum projeto do Executivo aqui. Não. Só publicação de vetos. Nada! É lamentável. Tentar reclamar com as comissões desta Casa, se ainda nós não tivemos reunião da Comissão de Segurança Pública depois do recesso?

O secretário não veio prestar contas constitucionais. Ele deveria ter vindo. “Ah, mas trocou o secretário.” Então é profundamente lamentável.

O cidadão tem que saber que o governo fez acordo unilateral com PCC e botou a focinheira na polícia. Agora, para quem tem uma ocorrência de alto risco, está sendo anunciado que o policial não vai ficar afastado mais por um período pequeno, não. Serão seis meses. Estamos já sem efetivo. Quem está na linha de frente vai ficar seis meses na geladeira. Vai piorar muito, por isso que estou dizendo à opinião pública: pressione, exija o que tem de direito. Essa pressão na vai doer para o policial não, aliás, já está doendo há muito tempo.

Quanto mais se pressionar este Governo irresponsável, quanto mais se pressionar esta Secretaria de Segurança Pública irresponsável, é a população e por consequência o policial quem vai ganhar.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Tem a palavra o nobre Deputado José Zico Prado. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Osvaldo Verginio.

 

O SR. OSVALDO VERGINIO - PSD - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, telespectador da TV Alesp, é uma alegria estar neste plenário mais uma vez para falarmos um pouquinho do nosso trabalho e do mandato como deputado estadual. Antes de mais nada quero cumprimentar as cidades que vão aniversariar esta semana.

No dia 19 a cidade de Osasco vai fazer 51 anos, uma cidade jovem, uma cidade pujante, uma cidade que tem crescido muito. Itapevi é outra cidade que tem crescido muito na região oeste. Cajamar da mesma forma, é uma cidade maravilhosa e que também tem crescido muito - os prefeitos têm feito um bom trabalho - e a cidade de Taboão da Serra. O Governo do Estado precisa enxergar a cidade de Taboão da Serra na questão das enchentes. Piscinões devem ser feitos na margem dos córregos, os córregos precisam ser canalizados. Se o Governo do Estado ajudar a prefeitura, com certeza esses córregos serão canalizados, amenizando assim os efeitos das enchentes.

Quero falar um pouco da cidade de Osasco, que tem 66 km², uma cidade que está se aproximando de 800 mil habitantes, mas que tem o metro quadrado mais caro da região oeste. Empresários que não tinham interesse antigamente pela cidade de Osasco, hoje buscam negócios na região. Hoje o nosso Ciretran tem fila para emplacamento dos carros. É uma alegria vermos a cidade se desenvolvendo mais e mais.

Sabemos que toda cidade grande tem problemas e em Osasco não é diferente. Ontem mesmo, com a chuva que deu - levei três horas e meia para chegar à cidade, ficamos presos na marginal quase uma hora - a situação ficou muito complicada. Isso significa que a cidade está despreparada. As pessoas pensam que não vai chover. Claro que chove. Todo mundo sabe que no verão vai chover e quando a chuva cai, muitos são os estragos. Nesse sentido, é muito importante que campanhas sejam feitas pedindo que as pessoas não joguem entulho nas ruas ou à beira de rios e córregos. Ontem vi uma geladeira boiando no rio Pinheiros. E ontem ouvi um vereador da cidade de Osasco em seu discurso falar justamente disso: e aqueles que vendem colchão, cama, guarda-roupa? O pessoal quer saber de vender, mas não quer saber do seu destino depois de usado. Então é importante que o Governo repense essa questão. Claro, eles pagam tributo, mas temos também de pensar no meio ambiente. Se cada pessoa pegar o sofá e jogar num córrego ou num terreno baldio, com certeza qualquer chuva que der será suficiente para complicar a vida do nosso paulistano, do nosso paulista porque o mesmo acontece nas cidades do interior. Temos de começar a preparar o Estado para daqui a 30, 40 anos, do contrário teremos problemas sérios no futuro. Não digo nós, mas nossos netos poderão vivenciar grandes problemas no futuro.

Portanto, peço ao Governo do Estado de São Paulo para que faça o piscinão na beira do Pirituba, que tire aquele braço seco do Tietê porque está prejudicando o Rochdale, é o braço que está matando, acabando com o bairro mais antigo da cidade de Osasco.

Todos sabem que diante de qualquer chuvinha, Deputado Carlos Giannazi, o Datena está no helicóptero criticando, mas o Prefeito Jorge Lapas tem se esforçado, uma pessoa jovem, que tem visão e estamos ao seu lado para contribuir com a cidade de Osasco.

Também quero falar sobre a satisfação do anúncio feito pelo nosso Secretário da Habitação Silvio Torres, em uma reunião pequena juntamente com o prefeito de Osasco e outros deputados, de que em breve haverá o lançamento da construção de mais de mil apartamentos na cidade de Osasco para as pessoas mais carentes, tirando-as da beirada dos córregos, retirando aquelas crianças do convívio com os ratos e que precocemente contraem doenças e acabam falecendo.

Queremos realmente que o Governo do Estado, os deputados e os prefeitos olhem para aquelas pessoas que mais precisam, que não tiveram condições de ter uma moradia e que felizmente a terão nesse momento.

Eu fico muito feliz em saber que o Silvio Torres, esse grande Secretário e Deputado Federal, está olhando para a cidade de Osasco e não para o partido. Não devemos olhar para os partidos precisamos olhar para as pessoas porque são elas que pagam seus tributos e acreditam nos políticos independentemente da sigla partidária.

Sr. Presidente, muito obrigado. Bom fim de semana a todos os senhores. E se Deus quiser terça-feira comemoraremos o aniversário da cidade de Osasco na parte da manhã.

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Carlos Giannazi.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Srs. Deputados e Sras. Deputadas, tem a palavra o nobre Deputado Jooji Hato.

 

O SR. JOOJI HATO - PMDB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, funcionários desta Casa e telespectadores da TV Alesp, estávamos ouvindo atentamente o nobre Deputado Osvaldo Verginio que é da cidade de Osasco, e relembrávamos o tempo em que exercíamos nessa cidade a nossa função de médico socorrista, médico cirurgião no Pronto-Socorro Central e posteriormente quando fomos para o Rochdale, esse bairro vive um grande drama com as enchentes como todo o leito do Rio Tietê.

A Grande São Paulo presencia em todas as épocas de chuvas cenas dramáticas na mídia, pessoa que perdem bens materiais como eletrodomésticos, móveis e carros. Já presenciei vários carros boiando e quando a água abaixa podemos ver o prejuízo enorme causado pela chuva. Ontem por exemplo, eu vi na mídia a inundação de subsolos onde ficavam documentos, escritórios, enfim, uma perda incalculável.

E isso acontece todos os anos quando Deus manda as chuvas, essa água que é bem vinda, que traz à agricultura e ao agronegócio o desenvolvimento. Deputado Sebastião Santos que é de Rio Preto e eu que nasci no interior sabemos da importância que tem a chuva, pois ela ajuda a agricultura a desenvolver a produção dos nossos alimentos.

Infelizmente aqui na Grande São Paulo convivemos com essa enchente inaceitável. Precisamos fazer piscinões, mas eles custam caro, porém aliada a essa medida precisamos fazer a aplicação dos pisos drenantes. Na minha casa, por exemplo, tem um gramado, mais de 600 metros sem concreto, o único lugar que está impermeabilizado é onde está localizada a casa, com essa atitude me responsabilizo pela água que cai no meu quintal não deixando que ela vá para os bueiros e provoque enchentes prejudicando pessoas carentes que adquirem os seus bens com muita dificuldade e perdem, todos os anos, esses materiais tão importantes para o conforto e a convivência familiar.

Em regiões de pântanos, baixadas, os pisos drenantes são fundamentais. Como Vereador, fiz uma lei - inclusive com o apoio do então Vereador Carlos Giannazi - para trazer em ruas de pouco movimento pisos que absorvam a água de chuva, ou seja, a água pluvial. Existem vários e vários quilômetros quadrados de estacionamentos e ruas de pouco movimento que poderiam ter pisos drenantes para absorver a água pluvial.

Deus manda a água para cá. O natural seria que a terra a absorvesse para que ela não entrasse principalmente nas casas dos menos favorecidos. É um ciclo biológico natural, mas, infelizmente, o homem concreta, asfalta, impermeabiliza e não deixa a água seguir o seu curso. Na época das chuvas, essa água vai para as residências dos mais pobres.

Esse projeto está tramitando na Assembleia Legislativa para que cidades possam adotar essa lei, que fiz na Cidade de São Paulo. Infelizmente, temos tido muitas enchentes, muitos prejuízos. As enchentes, além de trazerem prejuízos materiais, trazem o mais grave, a agressão à vida: leptospirose, insuficiência renal, insuficiência hepática, tifo, hepatite, tantas doenças. Geralmente, os menos favorecidos pela sorte é que não têm dinheiro para comprar saúde, para pagar um médico; ficam nas filas dos hospitais, ambulatórios, pronto-socorros e não são atendidos adequadamente.

Nós, legisladores, temos a obrigação de aprovar essa lei e outras leis, para fazer com que o nosso Estado e o nosso País tenham boas leis para ajudar a melhorar a qualidade de vida, para proteger os cidadãos, principalmente os que vivem com grande sacrifício. Muito obrigado.

 

O Sr. Presidente - Carlos Giannazi - PSOL - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, tem a palavra o nobre Deputado Rafael Silva. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlão Pignatari. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Adilson Rossi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Celso Giglio. (Pausa.)

Esgotada a lista de oradores inscritos para falar no Pequeno Expediente, vamos passar à Lista Suplementar.

Tem a palavra o nobre Deputado Rui Falcão. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Sebastião Santos.

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Jooji Hato.

 

* * *

 

O SR. SEBASTIÃO SANTOS - PRB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, funcionários desta Casa, o que me traz à tribuna é a grata satisfação de ver o trabalho executado pelo Partido Republicano Brasileiro no Estado de São Paulo e em nosso País.

Todos falam das ações do Ministro da Pesca e Aquicultura, Marcelo Crivella. É incontestável, em cada canto que esse homem fala, difunde a inovação de atitudes que nunca foram tomadas em nosso País para que tenhamos o peixe na nossa mesa, utilizando-se de mão de obra de pescadores profissionais, de associações, dando condição, no mínimo, para o pescador artesanal ter o gelo, essencial para o transporte de peixes.

Queremos cumprimentar a posse do novo Presidente Estadual, Marcos Cintra. Quantas vezes ele não debateu sobre Imposto Único neste país? Foi uma inovação que, certamente, todos os vereadores, deputados - federais ou estaduais - e senadores irão divulgar. Desejamos êxito no seu comando no Estado de São Paulo.

Quero agradecer a dedicação da Vereadora Karina Caroline. Ela foi também chefe de Gabinete na Assembleia Legislativa de São Paulo, inclusive do meu gabinete. Ela continuará realizando um trabalho essencial agora para o Município de São José do Rio Preto. Ontem tivemos a grata satisfação de, na 2ª Sessão Ordinária, estarmos presentes no debate da emenda do Deputado Antonio Bulhões, que enviou 1,95 milhão de reais para a construção de uma PEC. É uma Praça de Esportes e Cultura para o Distrito de Engenheiro Schimidt. Trabalhamos durante quase oito anos naquele distrito e as pessoas nos pediam pista de caminhada. É algo muito simples, mas que sem o orçamento não era possível. Pediam também a cobertura da para a quadra poli-esportiva Judite que, desde 1976, crianças e adultos utilizavam a quadra ao relento - sob chuva, sob sol - porque não tinha cobertura. Com esta PEC, teremos não apenas uma quadra coberta, mas também três salas multiuso, uma pista de skate muito esperada por jovens, uma pista de caminhada com três mil metros e um minicinema com 60 lugares.

O PRB caminha trabalhando por este Estado, pelos municípios pequenos com interesse turístico. São mais de 400 municípios que batalham porque querem participar do Turismo do Estado de São Paulo. Apenas 67 municípios têm o título de estância turística. Há uma lei nesta Casa que está tramitando, com o apoio do Governador e de todos líderes desta Casa, pronta para regulamentar os municípios de interesse turístico. Muito se debate sobre o assunto e hoje, por exemplo, o Clipping traz “Municípios disputam fundo milionário de estímulo ao turismo.” Temos de disputar mesmo. É isso que faz o nosso Estado crescer.

Quero agradecer a todos os vereadores do Estado de São Paulo que me receberam neste um mês de recesso. Conseguimos visitar 30 cidades. Muitos estão numa situação de caos, outras já caminham para uma solução. Vamos debater forte no interior paulista, indo de Secretaria em Secretaria, inclusive à porta do Governador do Estado de São Paulo e a Brasília. Onde houver discussão para que haja uma ação regional no interior paulista, estaremos juntos. Este é o nosso trabalho este ano. Só debatendo mesmo para melhorarmos este Estado. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Tem a palavra o nobre Deputado Edson Ferrarini. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Ramalho da Construção. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Adriano Diogo. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Luiz Cláudio Marcolino. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Giannazi.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, público aqui presente, telespectadores da TV Assembleia, de volta a esta tribuna na data de hoje, vou continuar cobrando do governo estadual mais investimento no Iamspe, sobretudo no Hospital do Servidor Público Estadual e que haja, de fato, uma descentralização do atendimento porque os nossos servidores da Educação, Segurança Pública, Sistema Prisional e de todas as secretarias, principalmente os que estão no Interior paulista, na Baixada Santista e na Grande São Paulo têm muita dificuldade de acessar o Hospital do Servidor Público, que fica aqui a alguns metros da Assembleia Legislativa.

Estamos numa luta já histórica aqui no sentido de pressionar o governo a descentralizar, a intensificar os convênios com os hospitais e clínicas em todo o Estado de São Paulo. Não tem cabimento que um servidor, por exemplo, como professor, o servidor da Educação que esteja em Ribeirão Preto, Apiaí ou na Baixada Santista tenha que vir até São Paulo para ter uma consulta médica. O Iamspe tem que realizar mais convênios, descentralizar para dar conta do atendimento de todas as regiões, todas as cidades para que haja pólos de atendimento aos servidores de todas as secretarias.

Este o ponto que estamos levantando e pressionando o Governo do Estado. Já levamos essa reivindicação para a Secretaria de Gestão Pública e para o próprio Iamspe. Mas, até agora, nada foi feito. O governo não investe nessa área e, sobretudo, não cumpre a sua obrigação com os 2% da sua cota patronal do Iamspe porque quem sustenta o Iamspe hoje é o servidor público, que tem automaticamente desconto de 2% no seu salário.

O Estado deveria também dar a sua contrapartida apresentando também investimento de 2%, por servidor. Mas ele se ausenta desse investimento. Ou seja, não investe no Iamspe que hoje está quebrado e funciona precariamente. É muito difícil conseguir marcar uma consulta e há fila de espera. Enfim, tem precariedade no sistema de atendimento.

Vamos continuar aqui denunciando, lutando e exigindo que o Governo Alckmin, o Governador Alckmin, que é médico, invista nessa área da Saúde. Se o servidor público estadual não tem acesso à saúde, fico imaginando os outros hospitais públicos. A população, então, está mais abandonada ainda.

Reivindicamos a contrapartida do governo. Queremos que ele invista, no mínimo, 2% no Iamspe, por servidor, a descentralização, a intensificação dos convênios no Interior Paulista, na Baixada Santista, na Grande São Paulo e também na Capital porque temos regiões distantes como o bairro da zona Sul, zona Leste, zona Oeste e da zona Norte, onde também os servidores têm dificuldades de chegar ao Centro da Cidade. Então, quanto mais descentralização e quanto mais convênios melhor para a saúde dos nossos servidores que hoje também têm muita dificuldade de ter acesso à saúde, primeiro, porque não têm condições de pagar os convênios médicos; segundo, porque o Estado não oferece esse tipo de atendimento para seus próprios servidores.

Estamos acompanhando dois casos aqui. Por exemplo, foi cancelado, suspenso o convênio do Iamspse com a Santa Casa de Misericórdia de Santa Cruz do Rio Pardo e nessa região os servidores estão desde o ano passado sem atendimento médico.

Os professores, os servidores da Segurança, do Sistema Prisional, os próprios servidores da Saúde não têm atendimento médico não só em Santa Cruz do Rio Pardo, mas em todos os municípios da região. Os servidores são obrigados a virem para São Paulo. Um absurdo. É desumano o que vem acontecendo. O mesmo ocorre em Lorena. Na cidade de Lorena também o convênio foi rompido. Esta é a situação de muitas cidades, de muitas regiões no Estado de São Paulo.

Nós vamos continuar exigindo que o Governo Alckmin invista no Iamspe, invista no Hospital do Servidor Público e na saúde dos servidores públicos; que invista pelo menos dois por cento por servidor do Estado, sobretudo descentralizando, fortalecendo e ampliando cada vez mais os convênios com as clínicas e hospitais de cada região.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Tem a palavra o nobre Deputado Luiz Cláudio Marcolino.

 

O SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, funcionários da Assembleia Legislativa, nestas duas últimas semanas a população tem acompanhado - em alguns estados de forma mais intensa - a mobilização dos trabalhadores de vigilância privada que têm seu vínculo diretamente com as instituições financeiras do País.

Esta paralisação que tem acontecido não só no Estado de São Paulo, mas no País, é uma manifestação justa por parte dos trabalhadores. Nós já tínhamos encaminhado pela Comissão de Administração Pública e Trabalho solicitação para que o projeto de lei que já estava no Congresso Nacional há muitos anos fosse votado o mais breve possível - houve muitas manifestações dos trabalhadores ao longo dos últimos anos. E no final do ano passado tivemos a aprovação desse projeto tratando do adicional de periculosidade. Esse adicional de periculosidade garante ao trabalhador vigilante bancário 30% de acréscimo ao seu salário. O projeto foi aprovado tanto pelo Senado, quanto pela Câmara dos Deputados. Encaminhado à Presidência da República, o projeto foi sancionado. Contudo, as empresas não estão querendo aplicar a lei por entenderem que falta regulamentação. Só que esta lei, do jeito que foi estruturada, não carece de regulamentação. A lei passa a valer no momento da sua publicação.

Então, os trabalhadores vigilantes bancários iniciaram paralisações em alguns estados e mobilização em outros. Aqui no Estado de São Paulo ocorreu na sexta-feira passada e outras estão previstas. Portanto, uma greve que está se espalhando por todo o País. Trata-se de uma greve legítima. E uma lei sancionada pela Presidência da República tem de ser executada. Ela pode eventualmente ter problemas de caixa numa ou outra empresa, além do que não surgiu de uma hora para outra. Esta lei já vem sendo debatida ao longo dos últimos anos. Passou pela Câmara dos Deputados, passou pelo Senado, houve uma série de alterações ao longo da sua tramitação, mas uma vez sancionada pela Presidenta Dilma tem de ser executada.

É importante frisar que várias empresas no País já estão executando e pagando o Adicional de Periculosidade no valor de 30% sobre o salário do trabalhador.

São trabalhadores que já têm um salário rebaixado, pessoas que ficam expostas ao risco iminente, de forma permanente nas agências bancárias correndo o risco de serem assaltados, sequestrados, inclusive já tivemos muitos trabalhadores vigilantes assassinados ao longo dessas últimas décadas. Então, essa lei que foi aprovada em relação ao pagamento dos 30% de Adicional de Periculosidade, uma luta antiga do movimento e dos trabalhadores, foi aprovada e precisa ser cumprida.

Os trabalhadores estão de parabéns pela movimentação que estão fazendo. E do mesmo jeito que cobramos ao Senado e à Câmara que agilizassem o procedimento para colocar em votação a partir de requerimentos e moções, e agora também junto com o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região que já têm feito essa cobrança, acompanharemos para garantir que essas empresas no Estado de São Paulo que têm prestadores de serviço no sistema financeiro paguem os 30% de Adicional de Periculosidade, pois hoje isso é um direito do trabalhador.

Essa é uma greve injusta porque efetivamente brigaram muito por essa lei que hoje é uma realidade e tem que ser cumprida pelo setor empresarial privado de vigilância. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Srs. Deputados, esgotado o tempo destinado ao Pequeno Expediente, vamos passar ao Grande Expediente.

 

* * *

 

- Passa-se ao

 

GRANDE EXPEDIENTE

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Srs. Deputados, tem a palavra o nobre Deputado Carlos Giannazi.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - PELO ART. 82 - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, funcionários desta Casa e telespectadores da TV Alesp, gostaria de pedir o apoio aos Senhores Deputados da Assembleia Legislativa para dois projeto de autoria do nosso mandato que apresentamos para fazer justiça e corrigir um grave erro do Governo Estadual que não reconhece a aposentadoria especial tanto para os professores readaptados como também para os diretores, para os especialistas da Educação da rede estadual de ensino. A aposentadoria especial para o magistério é uma conquista histórica, eu diria que do magistério nacional, e não só para os professores das escolas públicas, mas também para os docentes das escolas particulares. Uma conquista do magistério nacional que passou por muitas lutas e resistências.

Entendemos que os professores readaptados são integrantes da carreira do magistério, são professores que adoeceram no exercício da profissão e foram readaptados e exercem funções dentro do aparelho escolar não mais diretamente com os alunos, mas continuam integrantes da carreira do magistério. No entanto, de uma maneira extremamente equivocada e danosa a esses servidores o Estado tem uma interpretação de que eles não têm direito à aposentadoria especial e a mesma interpretação é estendida aos diretores das escolas da rede estadual de ensino.

Diferentemente de outras interpretações como, por exemplo, da rede municipal de São Paulo que reconhece e estende o direito da aposentadoria especial aos professores readaptados e também a todos os outros especialistas da Educação, entre outros estados e municípios também. Mas, me parece, Sr. Presidente, que o Estado de São Paulo é mais realista do que o rei, o Governo do PSDB só confirma o ódio que tem contra os servidores públicos do Estado, principalmente os servidores da Educação, tudo o que ele pode fazer para prejudicar e dificultar o acesso a um direito e à dignidade para o servidor público, principalmente na área da Educação, ele faz. Como essa interpretação do Estado em não conceder aposentadoria especial tanto para os professores readaptados como para os diretores das escolas estaduais.

É nesse sentido que apresentamos dois projetos de lei que tramitam nesta Casa. Ao mesmo tempo, estamos pressionando o Governo Estadual, a Secretaria da Educação, a Secretaria de Gestão Pública e a Procuradoria Geral do Estado para que respeitem essa interpretação. Tanto é que já foi julgada uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) garantindo o direito, por exemplo, de aposentadoria especial para os gestores da Educação, para os especialistas em Educação em todo território nacional.

Repito, o Estado de São Paulo não respeita a decisão do Supremo Tribunal Federal, como não respeita a Lei Federal nº 11.738/2008, que estabelece o piso nacional salarial, sobretudo a jornada do piso salarial. Trata-se de uma legislação federal aprovada em 2008, sancionada pela Presidência da República e confirmada pelo Supremo Tribunal Federal, que obriga o sistema de ensino a investir pelo menos um terço da jornada de trabalho do professor em trabalho extraclasse. Ou seja, o professor tem que ser remunerado também pelo trabalho que realiza fora da sala de aula.

Mas o Estado de São Paulo não respeita a legislação, a Lei nº 11.738, como não respeita a data-base salarial dos servidores. É uma lei aprovada nesta Casa no primeiro governo de Geraldo Alckmin; uma lei que o próprio Governo Estadual não cumpre. É inconcebível que isso esteja acontecendo. Vamos continuar lutando. O Governo tem que respeitar a data-base salarial dos servidores, a jornada do piso e a decisão do Supremo Tribunal Federal, que estende o direito à aposentadoria especial para os gestores. Queremos que o Governo estenda esse direito para os professores readaptados, que são também integrantes da carreira do Magistério Público do Estado de São Paulo. Muito obrigado.

 

O SR. Carlos Giannazi - PSOL - Sr. Presidente, havendo acordo entre as lideranças presentes em plenário, solicito o levantamento da presente sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - Jooji Hato - PMDB - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, havendo acordo entre as lideranças presentes em plenário, esta Presidência vai levantar a sessão. Antes, porém, convoca V. Exas. para a Sessão Ordinária de segunda-feira, à hora regimental, sem Ordem do Dia, lembrando-os da Sessão Solene a realizar-se hoje, às 20 horas, com a finalidade de comemorar o Dia das Filhas de , solicitada pelo Deputado Fernando Capez.

Está levantada a sessão.

 

* * *

 

- Levanta-se a sessão às 15 horas e 34 minutos.

 

* * *