25 DE ABRIL DE 2003

8ª SESSÃO SOLENE EM HOMENAGEM AO "DIA DO CONTABILISTA"

 

Presidência: LUIZ GONZAGA VIEIRA

 

DIVISÃO TÉCNICA DE TAQUIGRAFIA

Data: 25/04/2003 - Sessão 8ª S. SOLENE  Publ. DOE:

Presidente: LUIZ GONZAGA VIEIRA

 

HOMENAGEM AO "DIA DO CONTABILISTA"

001 - LUIZ GONZAGA VIEIRA

Assume a Presidência e abre a sessão. Nomeia as autoridades. Anuncia que a sessão foi convocada pela Presidência por solicitação do Deputado, ora na direção dos trabalhos, com a finalidade de comemorar o "Dia do Contabilista". Convida todos a ouvirem a execução do Hino Nacional Brasileiro.

 

002 - ARNALDO FARIA DE SÁ

Deputado Federal, elogia o trabalho dos contabilistas. Refere-se a legislações que favoreceriam a população e a classe.

 

003 - SÉRGIO PRADO DE MELLO

Em nome de ex-presidentes do Sindicato dos Contabilistas de São Paulo, lembra que esta efeméride começou a ser comemorada há 77 anos.

 

004 - JOSÉ ANTONIO DE GODOY

Contabilista, refere-se ao importante trabalho desenvolvido pelo Conselho Regional de Contabilidade e pelos profissionais que a congregam.

 

005 - Presidente LUIZ GONZAGA VIEIRA

 Conduz a entrega de homenagens a Denise Durães e Elionor Farah Greige Welfort. Anuncia a entrega da medalha "Joaquim Monteiro de Carvalho" a Durval Alves, Ippo Watanabe, Mauro Manuel Nóbrega, Victório Micheletti e Walter Arnaldo Andreoli.

 

006 - DURVAL ALVES

Contador, agradece em nome dos homenageados a medalha recebida.

 

007 - WALDEMAR GARCIA DE SANTANA

Fala do orgulho em comemorar, pelo segundo ano consecutivo, o "Dia do Contabilista".

 

008 - PEDRO ERNESTO FABRI

Presta tributo aos companheiros contabilistas e congratula-se com eles por se terem tornado uma categoria mais unida e solidária.

 

009 - Presidente LUIZ GONZAGA VIEIRA

Agradece a todos que colaboraram para o êxito da solenidade. Encerra a sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - LUIZ GONZAGA VIEIRA - PSDB - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

 

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            - É dada como lida a Ata da sessão anterior.

 

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O SR. PRESIDENTE - LUIZ GONZAGA VIEIRA - PSDB - A Presidência dá por aprovada a Ata da sessão anterior.

Passaremos agora a declinar as autoridades aqui presentes: Sr. Pedro Ernesto Fabri, Presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo; Sr. Waldemar Garcia de Santana, Presidente do Sindcont - Sindicato dos Contabilistas de São Paulo; Sr. Deputado Federal Arnaldo Faria de Sá; Sr. João Bacci, Presidente da Fecontesp - Federação dos Contabilistas do Estado de São Paulo; Sr. Carlos José de Lima Castro, Presidente do Sescon - Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis, de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas no Estado de São Paulo e da Aescon - Associação das Empresas de Serviços Contábeis no Estado de São Paulo: José Serafim Abrantes, ex-Presidente do Conselho Federal de Contabilidade e Conselho Regional de São Paulo; Sr. Sebastião Edison Cinelli, Presidente da Apejesp - Associação dos Peritos Judiciais do Estado de São Paulo; Sr. Ruben Serber, representando o Presidente do Simpi, Joseph Couri; Sr. Enzo Luiz Bertolini, representando Guilherme Afif Domingos, Presidente da Associação Comercial de São Paulo; Sr. Luiz Carlos de Araújo, Presidente da Audibra - Instituto dos Auditores Internos do Brasil; Sra. Ana Maria Elorrieta, Diretora Técnica, representando neste ato o Sr. Guy Almeida Andrade - Presidente da Ibracon - Instituto dos Auditores Independentes do Brasil - Diretoria Nacional; Sra. Angela Zechinelli Alonso, Presidente do Ibracon - Instituto dos Auditores Independentes do Brasil - 5ª Seção Regional; Sr. Antonio Marangon, vice-Presidente para a região sul, representando neste ato o Sr. Pedro Coelho Neto, Presidente da Fenacon - Federação Nacional das Empresas de Serviços Contábeis de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas; Sr. Marco Antonio Santiago, representando o Vereador Celso Jatene, Líder do PTB à Câmara Municipal de São Paulo; Paulo A. B. Duarte, Diretor da Sociedade Brasileira de Artes, Cultura e Ensino; Sr. Colono de Couto, Diretor Cultural da Sociedade Brasileira de Artes, Cultura e Ensino.

Srs. Deputados, minhas senhoras e meus senhores, esta Sessão Solene foi convocada pelo Presidente desta Casa, Deputado Sidney Beraldo, atendendo solicitação deste deputado, com a finalidade de comemorar o “Dia do Contabilista”.

Convido a todos os presentes para, em pé, ouvirmos o Hino Nacional Brasileiro, executado pela banda da Polícia Militar.

 

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- É executado o Hino Nacional Brasileiro pela Banda da Polícia Militar do Estado de São Paulo. (Palmas.)

 

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O SR. PRESIDENTE - LUIZ GONZAGA VIEIRA - PSDB - Esta Presidência agradece à banda da Polícia Militar do Estado de São Paulo, na pessoa do 2º Tenente-Músico PM Jassen Feliciano, Maestro do Corpo Musical da Polícia Militar do Estado de São Paulo.

Esta Presidência concede a palavra ao nobre Deputado Arnaldo Faria de Sá.

 

O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ - Sr. Presidente, nobre Deputado Luiz Gonzaga Vieira, Sr. Presidente do Conselho Regional de Contabilidade, Pedro Ernesto Fabri; Sr. Presidente do Sindicato dos Contabilistas, Waldemar Santana; João Bacci, Presidente da Fecontesp; Sr. Carlos José de Lima Castro, senhores contabilistas, a Assembléia Legislativa de São Paulo se abre para, neste momento, prestar uma justa homenagem aos contabilistas, àqueles que, no dia-a-dia da economia, são pessoas fundamentais, para que o Estado possa arrecadar os seus tributos e, a partir daí, servir à sociedade. Não fossem os contabilistas, certamente muitas das obrigações fiscais jamais seriam possíveis de ser cumpridas, tão burocráticas, tão complicadas que são, tão emaranhadas que são.

Ainda recentemente, todos os valorosos contabilistas de São Paulo estavam em Brasília brigando para conseguir alterações na legislação tributária que não interessa só para nós, contabilistas, mas interessa aos contribuintes. Por que os contabilistas vão brigar pelos contribuintes? Porque sabem que é na manutenção da atividade dos contribuintes da indústria, do comércio e do serviço, de uma maneira geral, que podemos minimizar parte dos problemas sociais porque passa o nosso País nos dias de hoje: o emprego. Só a manutenção das empresas não garante mais empregos, mas pelo menos a não perda de outros empregos.

Na semana passada, vi Pedro, Waldemar, o Carlos, o outro colega Pedro, que não está aqui presente, o Sérgio, enfim todos lá em Brasília buscando não os interesses dos contabilistas, mas sim buscando interesse da derrubada dos vetos, da Medida Provisória nº 66, na tentativa de aprovação da Medida Provisória nº 107, mas o que nós buscamos foi o refinanciamento das dívidas tributárias que, sem dúvida nenhuma, são incobráveis de um lado e impagáveis de outro. Precisamos encontrar essa alternativa e a inclusão do Simples na atividade dos escritórios de contabilidade que era uma coisa já conquistada, já definitiva, de repente por um desacerto entre o governo que saía e o governo que entrava, acabou-se vetando aquilo que era expectativa de toda classe contábil.

Tenho certeza que nós, contabilistas, jamais deixaremos de continuar lutando, e sempre dentro desse mesmo diapasão, buscando fazer a ligação, o elo entre o Estado e o contribuinte, porque sem nós o Estado certamente não teria condições de arrecadar tudo aquilo que arrecada; a carga tributária já se torna, quase insuportável, nos dias de hoje e nós é que acabamos ponderando para este ou aquele contribuinte que deve cumprir a sua obrigação, que não deve deixar de atender àquela obrigação, pois poderá gerar algum problema. Sabemos nós com que dificuldade isso é feito. Falo com tranqüilidade da categoria porque sou contabilista, minha atividade profissional é a contabilidade, foi onde tive a oportunidade de ascender à vida pública e agora, já no exercício do meu quinto mandato como deputado, sempre estive à disposição do sindicato, do conselho, do Sescol e de todas as entidades que militam e que atuam na área contábil.

Sr. Presidente, Luiz Gonzaga Vieira, homenagear esta categoria é mais do que uma obrigação para a Assembléia Legislativa, para a Câmara Federal e de todos os poderes constituídos, porque, na verdade, são os contabilistas, os agentes gratuitos do Estado para poder prescindir aquilo que é necessário dentro da legislação tributária.

Portanto, no dia de hoje, estas paredes da Assembléia ficarão impregnadas de um espírito de luta e de determinação de pessoas anônimas, que fazem o serviço que serve ao Estado e que nem sempre é bem compreendido pelos contribuintes, mas continuamos fazendo aquela contabilidade, que para nós contabilistas “dois mais dois sempre será quatro”. Nunca chegaremos a um resultado diferente disso, porque para nós é o número exato, é a soma do passivo e do ativo, que gera o resultado que todos nós queremos. Parabéns a todos os contabilistas de São Paulo e do Brasil! (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - LUIZ GONZAGA VIEIRA - PSDB - Esta Presidência quer registrar também o recebimento de mensagens de congratulações pela data dos contabilistas enviados pelo Exmo. Sr. Governador Geraldo Alckmin e também pelo deputado e companheiro desta Casa, Vitor Sapienza.

Esta Presidência concede a palavra ao Sr. Sérgio Prado de Mello.

 

O SR. SÉRGIO PRADO DE MELLO - Excelentíssimo Sr. contabilista e Deputado Estadual Luiz Gonzaga Vieira, Presidente desta solenidade; Exmo. Sr. contabilista e Deputado Arnaldo Faria de Sá; Ilmo. Sr. Waldemar Garcia de Santana, Presidente do Sindicato dos Contabilistas de São Paulo; Ilmo. Sr. Pedro Ernesto Fabri, Presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo, presidentes das diversas entidades contábeis aqui presentes, contabilistas, senhoras e senhores, coube-me assumir a honra de, nesta solenidade, falar em nome dos ex-presidentes do Sindicato dos Contabilistas de São Paulo, o que fazemos com muito respeito cônscio da responsabilidade de representar colegas que nos antecederam como Francisco Dáurea, Frederico Hermann Junior, Pedro Pedreschi e Hilário Franco apenas para citar alguns já falecidos e que deixaram na nossa classe uma indelével marca pela enorme contribuição intelectual legada aos seus pósteros.

Hoje, temos a satisfação de comemorar o “Dia do Contabilista”, instituído há 77 anos em memorável almoço realizado em São Paulo. Naquela oportunidade, um membro do legislativo, o saudoso Senador João Lira, instituía o dia destinado a homenagear esse profissional que tem contribuído para o engrandecimento da nação, mercê de seu trabalho em benefício das empresas públicas e privadas e do fisco, em particular. Por agradável coincidência, estamos nesta noite no Poder Legislativo Estadual, com quem a classe contábil tem mantido estreito relacionamento de cooperação.

O Sindicato dos Contabilistas de São Paulo e o Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo, irmanados com a Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo na realização dessa solenidade, sempre com o prestígio inestimável das demais entidades congraçadas da classe contábil paulista, estão de parabéns por renderem homenagem ao contabilista brasileiro.

O saudoso colega Nelson Rodrigues disse alhures, que o contabilista é o profissional que madruga no tempo, por ser o primeiro a interpretar e aplicar a legislação fiscal, mas podemos afirmar hoje que o contabilista é o profissional que construiu o passado, que vive intensamente o presente e que tem a visão do futuro, pois está sempre voltado a melhor assessorar as empresas que confiam no seu trabalho.

Desejamos também cumprimentar os colegas Durval Alves, Ippo Watanabe, Mauro Manuel Nóbrega, Victório Micheletti e Walter Arnaldo Andreoli, que merecidamente recebem hoje do CRC de São Paulo a láurea representada pela “Medalha Profº Joaquim Monteiro de Carvalho”. Da mesma forma, cumprimentamos a colega Denise Durães, autora da melhor monografia, que recebe do Sindicato dos Contabilistas de São Paulo o “Prêmio Profº Hilário Franco”, instituído em nossa gestão, como uma forma de homenagear o saudoso mestre da contabilidade brasileira.

Reafirmando a nossa confiança e a nossa fé, no destino da classe contábil, rogamos a Deus, que ampare e proteja os contabilistas na sua luta de cada dia. Parabéns, contabilistas! (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - LUIZ GONZAGA VIEIRA - PSDB - Dando prosseguimento a esta Sessão Solene, esta Presidência concede a palavra ao contador Sr. José Antonio de Godoy.

 

O SR. JOSÉ ANTONIO DE GODOY - Exmo. Sr. Deputado que preside esta sessão, Luiz Gonzaga Vieira, a quem cumprimento a todas autoridades presentes nesta solenidade, e ao qual tenho a grande honra de tê-lo como amigo, pois faz parte da grande cidade de Tatuí, próxima à minha cidade de Piracicaba. Quero cumprimentar também o meu colega contador, Pedro Ernesto Fabri, DD. Presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo, em nome do qual também cumprimento a todos os demais presidentes de entidades presentes a esta solenidade, aos nossos companheiros e companheiras contabilistas, que aqui estão presentes, e a todos os contabilistas do Estado de São Paulo.

É de grande responsabilidade, quando um ex-presidente do Conselho Regional de Contabilidade é convocado a falar em nome dos demais ex-presidentes desta grande classe dos contabilistas do Estado de São Paulo e do Brasil, pois com certeza, tudo o que se faz, o que se fez, o que vem se fazendo, em termos de contabilidade ligado ao Conselho Regional de Contabilidade, se deve a esses companheiros que presidiram essa entidade nos seus anos, desde a sua fundação, e que hoje está sendo conduzida pelo nosso colega Pedro Ernesto Fabri, muito bem conduzida, dando aos profissionais da contabilidade do Estado de São Paulo, aos usuários dos serviços da contabilidade de São Paulo, aos contabilistas do Brasil, e toda classe empresarial brasileira sempre exemplos de boa prestação de trabalho e boa prestação de serviço.

Como sempre, o Conselho Regional do Estado de São Paulo vem se destacando, dentre os demais, pela sua atividade, pelos trabalhos desenvolvidos, pelo serviço desenvolvido, não só para a classe contábil, mas em especial, o seu relacionamento junto à comunidade, junto aos poderes públicos constituídos, de maneira que, o Conselho, em vez de ficar voltado exclusivamente para sua profissão, procura se abrir às demais entidades, dando a contribuição que ele pode dar, com todo o conhecimento que a nossa profissão tem.

Agora então, em nome dos ex-presidentes do Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo, parabenizar toda a classe contábil, não só de São Paulo, como do Brasil, por esse dia, classe esta que vem, nos últimos anos, mostrando à população, de maneira geral, de que somos uma classe trabalhadora, prestadora de serviços, estamos sempre na vanguarda das atividades dos trabalhos que estão sendo desenvolvidos, somos - como muito bem foi colocado pelo nobre Deputado Arnaldo Faria de Sá - aqueles que, em primeiro lugar, chegamos para fazer a aplicação da lei. Fazendo uma comparação de atividades empresariais, temos no dia seguinte à lei temos que aplica-la aos negócios dos nossos clientes, ou seja, antes da sua aprovação temos que estudar as repercussões que ela vai ter.

Isso por muitas vezes não é reconhecido, não é entendido; não fica claro esse esforço, esse sacrifício, essa disposição que a nossa profissão tem e que os nossos profissionais fazem para os nossos clientes, para os empresários e para o Brasil, como um todo. Muitas vezes, somos entendidos de forma diferente de que buscamos benefícios próprios, benefícios pessoais, que vamos discutir junto aos poderes constituídos para benefícios próprios quando, na realidade, deveria ser o inverso. Os poderes constituídos deveriam analisar quais as contribuições que podem dar em contrapartida a tudo aquilo que nós contribuímos para o Município, para o Estado e para o Governo Federal.

Em nenhum momento, desde que eu me conheço como participante dessa profissão - e eu tenho plena certeza que todos aqueles que aqui estão presentes - buscamos junto aos poderes constituídos benefícios próprios ou mesmo um benefício para a própria profissão. Sempre estamos discutindo coisas que vão trazer benefícios para a comunidade, para os nossos clientes e para as empresas, de maneira geral. Talvez sejamos aquela classe que mais busca a defesa dos pequenos e dos microempresários; talvez sejamos aqueles que sempre estão correndo para fazer com que a burocracia que esses pequenos e microempresários têm de suportar para manterem suas atividades uma melhor forma de desenvolvimento.

Quero aproveitar a oportunidade para, em nome dos ex-presidentes do Conselho Regional de Contabilidade, agradecer por estarmos aqui e podermos neste dia, nesta Casa tão gloriosa do nosso Estado de São Paulo, do nosso País, falar e representar os nossos companheiros do Conselho Regional de Contabilidade. Muito obrigado. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - LUIZ GONZAGA VIEIRA - PSDB - A Presidência solicita ao Mestre de Cerimônias, Sr. Wellington de Oliveira, que conduza a entrega das homenagens.

 

O SR. WELLINGTON DE OLIVEIRA - Muito obrigado, Sr. Presidente desta Sessão Solene, nobre Deputado Luiz Gonzaga Vieira, boa noite minhas senhoras e meus senhores, como forma de perpetuar a memória do ilustre contabilista, Profº Hilário Franco agraciado com a Medalha João Lira e com o título de contador benemérito das Américas, ex-Presidente, sócio benemérito e contabilista emérito do Sindcont de São Paulo e um dos maiores ícones da contabilidade brasileira, o Sindicato dos Contabilista de São Paulo em parceria com a Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado - a Fecap. Instituiu o “Prêmio Profº Hilário Franco” destinado à melhor monografia do estudante do curso médio e superior de contabilidade.

Nesse momento, a Diretoria do Sindcont/SP, representada por seu vice-Presidente, o contador Sebastião Luiz Gonçalves dos Santos e Fecap, representada pelo Profº José Joaquim Boarim, Superintendente adjunto premiarão a vencedora do “Prêmio Profº Hilário Franco”, em sua segunda edição, a contabilista Denise Durães, autora da monografia “A gestão ambiental como ferramenta de controle do passivo ambiental” com uma bolsa de estudos para o curso de pós-graduação na Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado - Fecap e um pergaminho alusivo ao prêmio.

 

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-         É feita a entrega da homenagem. (Palmas.)

 

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O SR. WELLINGTON DE OLIVEIRA - A Profa. Elionor Farah Jreige Weffort tem seu trabalho que também será homenageado com um pergaminho. Infelizmente ela não pode comparecer, mas está aqui representada pelo Profº Alexandre Garcia.

 

                                                           * * *

 

-         É feita a entrega da homenagem. (Palmas.)

 

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O SR. WELLINGTON DE OLIVEIRA - Gostaríamos de convidar agora a contabilista Denise Durães, homenageada desta noite, para seus agradecimentos.

 

A SRA. DENISE DURÃES - Boa noite, senhoras e senhores, gostaria de agradecer e também parabenizar o Sindicato dos Contabilistas de São Paulo, em parceria com a Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado, pela iniciativa e instituição do “Prêmio Profº Hilário Franco” sob forma de concessão de bolsa de estudos, para que as pesquisas em contabilidade continuem evoluindo.

Essa é uma forma muito digna de perpetuarmos a memória do nobre professor que dedicou a sua vida ao desenvolvimento da contabilidade em nosso País. Muito obrigada. (Palmas.)

 

O SR. WELLINGTON DE OLIVEIRA - A “Medalha Joaquim Monteiro de Carvalho” foi criada para agraciar o contabilista que, por seu trabalho e dedicação, tenha se distinguido, obtido projeção, na militância da profissão contábil, quer na liderança da classe em associações profissionais, em sindicatos, em entidades contábeis, quer em atividades dos setores públicos, políticos ou privados.

Convidamos para receber a referida láurea, das mãos do Sr. Domingos Orestes Chiomento, o contabilista Durval Alves.

 

                                                           * * *

 

-         É feita a entrega da homenagem. (Palmas.)

 

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O SR. WELLINGTON DE OLIVEIRA - Da mesma forma, convidamos o contabilista Ippo Watanabe para receber das mãos do contador Hajimi Issayama, a “Medalha Joaquim Monteiro de Carvalho”.

 

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-         É feita a entrega da homenagem. (Palmas.)

 

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O SR. WELLINGTON DE OLIVEIRA - Temos a honra de convidar o contabilista Mauro Manuel Nóbrega, para receber a “Medalha Joaquim Monteiro de Carvalho”, das mãos do contador Cloriovaldo Garcia Batista.

 

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-         É feita a entrega da homenagem. (Palmas.)

 

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O SR. WELLINGTON DE OLIVEIRA - Convidamos para receber a homenagem agora, as mãos do Sr. Sérgio Prado de Mello, o contador Victório Micheletti.

 

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-         É feita a entrega da homenagem. (Palmas.)

 

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O SR. WELLINGTON DE OLIVEIRA - Convidamos agora para receber a “Medalha Joaquim Monteiro de Carvalho”, das mãos do Sr. Luiz Carlos Veini, o contador Walter Arnaldo Andreoli. (Palmas.)

 

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-         É feita a entrega da homenagem. (Palmas.)

 

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O SR. PRESIDENTE - LUIZ GONZAGA VIEIRA - PSDB - Esta Presidência concede a palavra ao Sr. Durval Alves.

 

O SR. DURVAL ALVES - Ilmo. Sr. Presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo, Sr. Pedro Ernesto Fabri; Ilmo. Sr. Waldemar Garcia de Santana, igualmente digníssimo Presidente do Sindicato dos Contabilistas de São Paulo, ilustre Deputado e contabilista Luiz Gonzaga Vieira, da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, que preside esta Sessão Solene e nos abriga a todos nesta nobre Casa Legislativa, presidentes e representantes de entidades de classe congraçadas, demais autoridades já nominadas, senhoras, senhores, caros colegas contabilistas, falo em meu nome e em nome dos demais homenageados nesta Sessão Solene em comemoração ao “Dia do Contabilista”, neste 25 de abril de 2003, os conceituados colegas Ippo Watanabe, Mauro Manuel Nóbrega, Victório Micheletti e Walter Arnaldo Andreoli.

Por melhores e mais felizes palavras e adjetivos que possam conter essa minha manifestação, não poderiam elas consignar e exprimir com acerto proporcional a inaudita felicidade e emoção que de todos nós se apossa em razão desta solenidade, que decorre da lembrança e reconhecimento da classe pelos serviços prestados tão bem e generosamente exaltados através desta homenagem. E para a maior satisfação, diante de tamanha distinção, dentre os homenageados desta noite memorável, coube-me o enorme privilégio de me manifestar em nome deles, o que faço em estado de emoção e orgulho, embora tal incumbência e responsabilidade pudesse ser igualmente atribuída a qualquer um dos demais homenageados, todos detentores de reconhecida capacidade e merecimento.

No entanto, distinguido para responder e cumprir essa honrosa indicação, afirmo a todos com a mais absoluta certeza de que dedicaram eles, significativos serviços à comunidade contábil, sempre com extrema lealdade e com grande competência, dentro das máximas possibilidades permitidas para os seus respectivos momentos, o que torna plenamente justo que sejam lembrados e agraciados nesta data máxima da classe contábil, no “Dia do Contabilista” e esse agraciamento com a ordem de mérito contábil, com a outorga da “Medalha Joaquim Monteiro de Carvalho”, emociona-nos e nos distingue com inteira justiça, a mim pessoalmente mais ainda se vê acrescida essa emoção, por quanto tal honraria leva o nome do saudoso Professor Joaquim Monteiro de Carvalho, meu paradigma na política da classe contábil, expoente com o qual em dias e horas memoráveis, juntamente com uma plêiade de outros brilhantes contabilistas, permitiu-me o destino de com eles compartilhar, quando do meu iniciamento na política de classe.

Sob esse privilégio, quando dos meus primeiros passos junto às entidades de classe contábil, a sombra da sua expressiva liderança, registra nesse momento tais episódios, destacando que o destino desta feita, reservando-me agora por obra e graça dos meus colegas e pela entidade máxima da classe contábil deste Estado, o Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo e me contemplar na companhia de tão destacados colegas igualmente homenageados com o galardão, representado pela medalha de mérito contábil, justamente aquela que leva o nome do eminente contabilista, o Professor Joaquim Monteiro de Carvalho.

As atividades prestadas à classe contábil e às nossas entidades que ensejaram o reconhecimento do Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo e o Sindicato dos Contabilistas de São Paulo, nossos anfitriões materializados nesta solenidade, culmina por lhes conferir o grau de importância e de gratidão, compensando-nos plenamente pelo grande esforço e abnegação sempre honrosa, empreendidos nessa árdua tarefa que só o ideal e o amor à classe permitem inspirar e ensejam justificar tal dedicação e conduta, hoje premiada com este acontecimento histórico de nossas vidas, de maneira que nesta egrégia Casa Legislativa do Estado de São Paulo, palco altamente honroso e dignificante desta sessão solene, oportunidade e acontecimento inesquecível, em que nos coloca sob impacto de grande emoção por termos sido lembrados e reconhecidos pelo nosso modesto trabalho dedicado à classe contábil, reiteramos o nosso comovido agradecimento, comemoração certamente inspirada pela camaradagem e pela amabilidade de nossos colegas que se encontram à testa dos destinos de nossas entidades, com isso permitindo que nos sintamos extremamente gratificados e regiamente pagos pelo pouco que fizemos, mas que terminou louvado pela grandeza do reconhecimento, sufragado pelos nossos colegas de profissão, em especial do Presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo, Sindicato dos Contabilistas de São Paulo, entidades congraçadas, os ilustres contabilistas Pedro Ernesto Fabri, Waldemar Garcia de Santana, bem assim pelos insignes e dignos colegas integrantes da excelsa comissão de seleção, que acolheram e indicaram nossos nomes, para o recebimento deste “novidável” agraciamento. Durval Alves, por si e pelos contabilistas Ippo Watanabe, Mauro Manuel Nóbrega, Victório Micheletti e Walter Arnaldo Andreoli, finalizando, parabenizam a todos os contabilistas e apresentam seus melhores e sensibilizados agradecimentos. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - LUIZ GONZAGA VIEIRA - PSDB - Esta Presidência concede a palavra ao Sr. Waldemar Garcia de Santana.

 

O SR. WALDEMAR GARCIA DE SANTANA - Exmo. Sr. Deputado Luiz Gonzaga Vieira, neste ato presidindo a Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo; Ilmo. Sr. Pedro Ernesto Fabri, Presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo, em nome de quem cumprimento todos os presidentes das entidades contábeis congraçadas; Exmo. Sr. Deputado Federal e contabilista Arnaldo Faria de Sá; ilustres companheiros contabilistas, senhoras e senhores, é com imenso orgulho que comemoramos nesta data o “Dia do Contabilista”, pelo segundo ano consecutivo nesta Casa. Adentrar no espaço ocupado pelos legítimos representantes do povo paulista, demostra a responsabilidade e a confiança que a contabilidade tem conquistado na sociedade nos últimos anos. Quero expressar os meus agradecimentos ao nobre Deputado Sidney Beraldo, Presidente da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, pela concessão deste magnífico espaço para comemorarmos mais esse inesquecível momento da contabilidade brasileira, agradecer ao eminente Deputado Luiz Gonzaga Vieira, Presidente desta Sessão e finalmente ao ilustre companheiro Pedro Ernesto Fabri, digno Presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo, pela parceria que está possibilitando esta realização, bem como os presidentes das entidades contábeis, que nos apoiam neste evento.

Se pudéssemos resumir numa só palavra a história da classe contábil no Brasil, esta palavra seria dedicação. Em mais essa passagem, podemos olhar para trás e perceber quão grandioso caminho já foi percorrido pela contabilidade em nosso País, com inúmeras conquistas e transformações ocorridas, graças aos esforços dos valorosos colegas do passado. Nossas homenagens mais uma vez ao patrono da nossa profissão, Senador João Lira, que há exatos 77 anos, presenteou-nos com esta data e ao saudoso contabilista Hilário Franco, a quem tivemos o privilégio de conhecer e participar dos seus grandes feitos pela classe e pela ciência contábil.

Maturidade e união têm sido as características mais marcantes nas entidades contábeis de São Paulo nos últimos anos. A maturidade veio com as experiências e acertos dos profissionais que marcaram o último século à frente das entidades. A união pode ser percebida no dia de hoje em inúmeros eventos, parcerias e ações que estão sendo promovidas perante as entidades congraçadas. E é nessa união que nascem os bons frutos que a contabilidade e os profissionais contábeis têm angariado constantemente. Lideranças da classe contábil do passado, somando experiência com os ilustres atuais, muitos aqui presentes, são os responsáveis pela posição de grande relevância que a contabilidade vem assumindo no cenário econômico e social do País. Parabéns contabilistas brasileiros, por mais esse 25 de abril. Esperamos que a consciência das responsabilidades com a profissão e com a Pátria seja constante em todas as suas ações. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - LUIZ GONZAGA VIEIRA - PSDB - Esta Presidência concede a palavra ao Sr. Pedro Ernesto Fabri.

 

O SR. PEDRO ERNESTO FABRI - Boa noite a todos. Ilmo. Sr. Deputado Luiz Gonzaga Vieira, Presidente desta Sessão Solene, Ilmo. Sr. Deputado Federal Arnaldo Faria de Sá, nosso amigo e contabilista, Ilmo. Sr. Waldemar Garcia de Santana, Presidente do Sindicato dos Contabilistas de São Paulo, parceiro de vários eventos, Ilmo. Sr. João Bacci, Presidente da Federação dos Contabilistas do Estado de São Paulo, Ilmo. Sr. Carlos José de Lima Castro, nosso também grande parceiro de vários eventos, em nome de quem cumprimento todos os presidentes das entidades contábeis do Estado de São Paulo e do Brasil, senhores conselheiros, diretores, delegados das entidades contábeis, caros amigos contabilistas, senhoras e senhores, nossa homenagem ao profissional da contabilidade neste 25 de abril, “Dia do Contabilista”, reveste-se da mais alta grandiosidade pela união das entidades contábeis paulistas e pela escolha, mais uma vez, deste local, a Assembléia Legislativa, digna representante dos cidadãos do Estado de São Paulo.

Queremos hoje prestar um tributo aos companheiros contabilistas, não apenas porque somos uma classe que é um dos alicerces da gestão de negócios na economia globalizada, mas porque nos tornamos uma categoria mais unida, mais solidária e voltada a ações sociais.

Confesso que este é um ano difícil, por todos os incidentes infelizes que aconteceram e estão acontecendo no mundo, a guerra que entra ao vivo em nossas casas todos os dias, a violência que tomou conta do nosso País; enfim, tudo de ruim que em nossos mais caros sonhos não teria lugar neste terceiro milênio.

Essa é a realidade dura que estamos vivendo e a ela temos que contrapor nosso trabalho e nossa criatividade para mudar esse cenário, que não durará para sempre se a ele nos opusermos com força, talento e esperança.

Contrariando a cena pessimista que varre o mundo, no Brasil os ventos da mudança impulsionam a vontade da sociedade, que clama por transformações, quer ver as reformas realizadas e respeitados os direitos básicos da população.

O Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo, o qual temos a honra de presidir, tem buscado parcerias com outras entidades e com órgãos do governo, oferecendo o que de melhor sabemos fazer a serviço da comunidade, a prestação de contas que deve estar embutida na relação transparente das empresas e do governo com a sociedade, a ética que deve permear todas as relações sociais, a disponibilidade da classe dos contabilistas em ser o elo das relações sem traumas entre contribuintes e o governo.

Nós, os contabilistas, mais de 90 mil no Estado de São Paulo; mais de 350 mil no Brasil, queremos participar, ser autores, junto com a população brasileira, das transformações que impulsionarão o crescimento econômico e, principalmente, o desenvolvimento social deste grande País, com a extinção da miséria e da fome e distribuição igualitária de saúde, educação e segurança para todos.

Todos os assuntos sociais mais graves que afetam o nosso povo, a alfabetização de 20 milhões de brasileiros, a questão alimentar, a distribuição de renda e os problemas no setor agrícola, só serão resolvidos com a transparência da prestação de contas, com o acompanhamento da aplicação do dinheiro público, com a abundância das informações contábeis, pois o Brasil tem fome de informação, precisa conhecer seu orçamento, seus números, suas prioridades, que devem estar embasadas na vontade e necessidade popular.

Vivemos uma fase histórica e os contabilistas têm à frente muitas tarefas, como ajudar no debate e na popularização do orçamento participativo da União, assim que este for implantado pelo governo, contribuindo na melhoria de sua qualidade.

Precisamos colocar todo o nosso empenho para que no Brasil as auditorias das contas se tornem mais numerosas, mais comuns e mais freqüentes.

Devemos divulgar aos usuários da contabilidade e aos contribuintes a possibilidade de aplicação em incentivos que podem ajudar causas sociais, culturais e educacionais no nosso País, como já fizemos na campanha “Uma Ação que Vale um Milhão”.

Mais do que isso, devemos nos engajar como profissionais habilitados que somos, e ajudar nas transformações que as reformas da Previdência e Tributária trarão para as empresas, para os trabalhadores; enfim, para a sociedade em geral.

Tornemos este 25 de abril diferente. No lugar de grandes comemorações, uma agenda de trabalho, uma proposta de ação e de movimento à base contábil, que nos desperte para o debate e nos impulsione para outras ações de reivindicação, como os movimentos em prol da classe que nossas entidades têm promovido, sempre na busca de um bem maior, a justiça social que advém do rigor na distribuição de renda, do respeito aos direitos e à educação, à saúde, à cultura e ao lazer, o direito à felicidade.

Contabilistas, parabéns pelo seu dia, felicidades, sucesso e muita paz!

Muito obrigado. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - LUIZ GONZAGA VIEIRA - PSDB - Muito boa noite, senhoras e senhores presentes a esse importante evento realizado em homenagem ao “Dia do Contabilista”, na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo. Nesta Casa, que nada mais é que o templo paulista da democracia, no lugar onde brotam e florescem as leis que regem o dinamismo e a força econômica da mais importante unidade da nossa Federação.

Hoje, estou verdadeiramente entre amigos. Entre companheiros de plenário e também de profissão. Tenho orgulho e a grande honra de ter começado minha vida profissional entre números. Somas, divisões, multiplicações e às vezes algumas subtrações abriram meus caminhos ao que identifica, forja e dá esteio ao homem; ou seja, o trabalho.

Comecei, na verdade, como garoto de recado do escritório de contabilidade Santa Cruz, em minha cidade natal, Tatuí. Ainda menino já ouvia falar do débito e do crédito, das famosas diferenças na conciliação dos balancetes, naquela época romântica dos velhos contadores. Peguei gosto por notas, cálculos e balancetes. Resolvi me dedicar, estudar. Não sem dificuldades me formei contabilista e num lance de ousadia, peculiar aos mais jovens, resolvi me tornar proprietário desse escritório.

Facilidades: poucas. Muito o que caminhar por entre a magia pitagórica dos números. Hoje, esse escritório completa 30 anos de vida, graças à contabilização de sonhos e esforços destinados a esse empreendimento. A matemática empresarial me escancarou portas e me deu horizontes, dando-me dois mandatos para representar o povo de São Paulo nesta Casa de leis.

Na verdade, meu interesse pela matéria veio bem antes do oficio. A história da ciência e em particular a história da matemática constituem um dos capítulos mais interessantes do conhecimento humano. Permitem compreender a origem das idéias que deram forma à nossa cultura. Possibilita observar também os aspectos humanos do seu desenvolvimento. Enxergar os homens que criaram idéias e estudar as circunstâncias em que elas se desenvolveram.

A numeração escrita nasceu nas épocas mais primitivas, do desejo de manter registros de gado ou outros bens, com marcas ou traços em paus ou pedras. O sistema de escrita numérica mais antigo que se conhece é o dos egípcios e babilônios, que datam aproximadamente do ano 3500 A.C.

 Sistemas impares porém práticos e funcionais. Para os egípcios, por exemplo, o traço vertical valia um, o número 10 era representado por um osso de calcanhar ao contrário, e o mil tinha a inscrição de uma flor de lótus.

Muito antes de Lucca Pacciolo, na Mesopotâmia, entre os hoje bombardeados Tigre e Eufrates, o sistema de numeração utilizado era o agrupamento simples. Muitos processos aritméticos eram efetuados com a simples ajuda de tábuas: de multiplicação, de inversos multiplicativos, de quadrados e cubos e até de exponenciais.

 Marcar gado, contar laranjas, aferir quantidade a determinado produto. O sábio Mileto necessitava medir pirâmides. A matemática nasceu contábil atrelada à sobrevivência do homem, por meio da força de seu trabalho. As trocas, moedas, impostos e empresas surgiram depois. Mas tudo começou com a necessidade em se quantificar o que ao ser humano era precioso, vital, cotidiano. Enfim, somos matemáticos por natureza.

 Como homem público, quero me colocar à disposição dessa classe. Como deputado e profissional da área, quero reafirmar meu compromisso em lutar pelas bandeiras empunhadas pelos sindicatos, associações e federações contábeis. Quero e tenho como função ser o representante dos contabilistas não só nessa Assembléia, mas também junto ao Governador Geraldo Alckmin.

 Encerro minhas palavras parabenizando a cada um de nós, a cada um dos contabilistas presentes. Em tempos de expectativa perante a reforma tributária, constituímo-nos em importantes elementos para o crescimento do País. Auxiliando multinacionais ou pequenas empresas, prestamos assessoria e expansão ao emprego, renda e receita: molas propulsoras do Brasil com o qual sonhamos, calculamos e fazemos a cada novo dia, a cada nova jornada. Muito obrigado por esta oportunidade e mais uma vez recebam os parabéns.

Esgotado o tempo da presente sessão e o seu objeto, antes de encerrá-la, esta Presidência agradece às autoridades e àqueles que com suas presenças colaboraram para o êxito desta solenidade e convida a todos para um coquetel no Hall Monumental desta Casa.

Está encerrada esta sessão.

 

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- Encerra-se a sessão às 21 horas e 28 minutos.

 

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