15 DE FEVEREIRO DE 2011

011ª SESSÃO ORDINÁRIA DO PERÍODO ADICIONAL

 

Presidentes: OLÍMPIO GOMES, DONISETE BRAGA, DINIZ LOPES e BARROS MUNHOZ

 

Secretário: CARLOS GIANNAZI

 

RESUMO

PEQUENO EXPEDIENTE

001 - OLÍMPIO GOMES

Assume a Presidência e abre a sessão.

 

002 - CARLOS GIANNAZI

Dá conhecimento de agenda de manifestações em defesa de salário mínimo de 700 reais. Relembra histórico de evolução do piso. Repudia a atual proposta de reajuste apresentada pelo Governo Federal. Compara os índices concedidos aos parlamentares, em detrimento ao que será acrescido ao mínimo. Convida os paulistas a participarem do ato público na Capital.

 

003 - DONISETE BRAGA

Assume a Presidência.

 

004 - OLÍMPIO GOMES

Reitera resposta a requerimento de informações sobre os contratos para transmissão da TV Assembleia. Relata dados do contrato anterior. Menciona aditivos ao contrato. Censura último acréscimo contratual, em novembro passado. Comenta tentativa frustrada de agendar audiência com o presidente da Fundac.

 

005 - EDSON FERRARINI

Cobra da Secretaria de Educação a regulamentação da Lei 11264/02. Explica características da propositura. Exige a imediata aplicação da Lei. Dá conhecimento de ofício enviado ao secretário de Educação para esclarecer desprezo à norma.

 

006 - ENIO TATTO

Ressalta problemas de transporte público ocorridos na Zona Sul. Pede providências quanto aos congestionamentos na Estrada do M'Boi Mirim e na região do Largo do Socorro. Tece críticas quanto ao atraso nas obras da linha Lilás do Metrô. Contesta decisão do Executivo de paralisar a licitação para concluir trecho que liga Largo 13 à Chácara Klabin.

 

007 - OLÍMPIO GOMES

Assume a Presidência.

 

008 - DONISETE BRAGA

Comenta projeto de lei de sua autoria, que proíbe a exposição de embalagens de cigarros nos postos de vendas. Informa dados referentes ao uso do tabagismo. Solicita à CCJ que analise o mérito da iniciativa. Comenta despedida do jogador Ronaldo Nazário, do futebol.

 

009 - CARLOS GIANNAZI

Combate o aumento das passagens de trem, metrô e ônibus intermunicipais. Indigna-se com os percentuais de reajuste das tarifas, acima da inflação. Incentiva os paulistanos a manifestarem-se contra aos aumentos. Critica o corte nos orçamentos Estadual e Federal. Afirma que as contenções vão prejudicar a população. Reitera apoio a salário mínimo de 700 reais.

 

010 - DINIZ LOPES

Assume a Presidência.

 

011 - OLÍMPIO GOMES

Manifesta preocupação sobre a correção salarial dos servidores públicos. Afirma que a minoria desta Casa tem sido derrotada na tentativa de adequar o orçamento às necessidades sociais. Critica arrocho do Governo e considera os salários de São Paulo os mais baixos do país. Cita partidos políticos que apoiarão os servidores na reivindicação por melhores salários.

 

GRANDE EXPEDIENTE

012 - MARCOS MARTINS

Pelo art. 82, enaltece as políticas sociais em defesa dos deficientes realizadas em Osasco. Lê manifesto contrário ao modo como o atual Governador administra o Metrô e a CPTM. Fala da necessidade de expansão do sistema. Pede por maiores investimentos no transporte público.

 

013 - JOSÉ CÂNDIDO

Comenta a aposentadoria do jogador Ronaldo. Atribui tal decisão à truculência de parte da torcida corintiana. Condena a violência atualmente presente nos estádios de futebol. Lê matéria do "Jornal da Tarde" segundo a qual, mesmo com a possibilidade de sediar jogos da próxima Copa do Mundo, a região de Itaquera não deve receber investimentos em Metrô. Dá conhecimento de obras realizadas na África do Sul por ocasião da última Copa do Mundo.

 

014 - MARCOS MARTINS

Para comunicação, culpa a Sabesp pela falta de água que aflige a região de Osasco há 20 dias. Lamenta a demora da empresa em corrigir vazamentos e tapar buracos. Questiona a qualidade do tratamento dos esgotos no Estado de São Paulo.

 

015 - MARCOS MARTINS

Solicita a suspensão dos trabalhos, por acordo de lideranças, até as 16 horas e 30 minutos.

 

016 - Presidente DINIZ LOPES

Defere o pedido e suspende a sessão às 15h47min.

 

017 - Presidente BARROS MUNHOZ

Assume a Presidência e reabre a sessão às 16h32min.

 

ORDEM DO DIA

018 - Presidente BARROS MUNHOZ

Coloca em votação e declara sem debate aprovados os seguintes requerimentos de urgência: do Deputado Samuel Moreira, ao PLC 24/10; do Deputado Celso Giglio, ao PL 455/10; e do Deputado Antonio Mentor, ao PL 1236/09.

 

019 - JOÃO BARBOSA

Solicita a suspensão dos trabalhos até as 17 horas, com anuência das lideranças.

 

020 - Presidente BARROS MUNHOZ

Registra o pedido. Convoca, para hoje, as seguintes Comissões para reuniões conjuntas: de Educação e de Finanças e Orçamento, às 16 horas e 45 minutos; e de Promoção Social e de Finanças e Orçamento, às 16 horas e 50 minutos; e a Comissão de Segurança Pública, para uma reunião extraordinária, às 16 horas e 55 minutos.

 

021 - OLÍMPIO GOMES

Para reclamação, cobra resposta a requerimento de informações, de sua autoria, sobre o contrato desta Casa com a Fundac, relativo às transmissões da TV Assembléia. Reitera seu propósito de conhecer a sede e as instalações da instituição.

 

022 - Presidente BARROS MUNHOZ

Registra a manifestação. Defere o pedido e suspende a sessão às 16h37min; reabrindo-a às 17h06min. Coloca em votação e declara aprovado requerimento do Deputado Samuel Moreira, de alteração da ordem do dia.

 

023 - CARLOS GIANNAZI

Requer verificação de votação.

 

024 - Presidente BARROS MUNHOZ

Defere o pedido e determina que seja feita a verificação de votação pelo sistema eletrônico.

 

025 - JOSÉ ZICO PRADO

Declara obstrução ao processo, em nome do PT.

 

026 - CARLOS GIANNAZI

Declara obstrução ao processo, pelo PSOL.

 

027 - Presidente BARROS MUNHOZ

Registra as manifestações. Informa o resultado da verificação de votação, que constata quorum insuficiente para deliberar. Coloca em discussão o PLC 09/00. Convoca sessão extraordinária, a realizar-se hoje, com início dez minutos após o término da presente sessão.

 

028 - ORLANDO MORANDO

Discute o PLC 09/00.

 

029 - ROBERTO MORAIS

Requer o levantamento da sessão, com assentimento das lideranças.

 

030 - Presidente BARROS MUNHOZ

Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária de 16/02, à hora regimental, com ordem do dia. Lembra-os da realização de sessão extraordinária, hoje, com início às 19 horas. Levanta a sessão.

 

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- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Olímpio Gomes.

 

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O SR. PRESIDENTE - OLÍMPIO GOMES - PDT - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Com base nos termos da XIII Consolidação do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.

Convido o Sr. Deputado Carlos Giannazi para, como 1º Secretário “ad hoc”, proceder à leitura da matéria do Expediente.

 

O SR. 1º SECRETÁRIO - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Procede à leitura da matéria do Expediente, publicada separadamente da sessão.

 

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- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - OLÍMPIO GOMES - PDT - Sras. e Srs. Deputados, tem a palavra o primeiro orador inscrito, nobre Deputado Pedro Tobias. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Geraldo Vinholi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlinhos Almeida. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Simão Pedro. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Rui Falcão. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Vitor Sapienza. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado José Bittencourt. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado José Augusto. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Vanderlei Siraque. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Enio Tatto. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado José Zico Prado. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Neder. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Giannazi.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, telespectadores da TV Assembleia, amanhã realizaremos, em vários estados, manifestações em defesa da aprovação de um salário mínimo decente, que atenda às necessidades básicas dos trabalhadores do Brasil - educação, saúde, alimentação, cultura, lazer - como prevê o Art. 7º da Constituição Federal e como foi concebido historicamente o cálculo do salário mínimo no Brasil.

O salário mínimo foi criado na década de 30 e instituído em 1940 ainda no Governo Getúlio Vargas. De lá para cá, a economia do Brasil cresceu muito. O Brasil chegou a ser praticamente a oitava economia do mundo. No entanto, não houve o acompanhamento do salário mínimo, pois aqui não há distribuição de renda. Toda a riqueza produzida no Brasil é concentrada na mão de uma elite econômica. Com isso, o salário mínimo vai sendo desvalorizado ao longo dos anos. Mas já tivemos momentos históricos em que o salário mínimo alcançou o equivalente, hoje, a R$ 1.600, em 1959, no Governo de Juscelino Kubitschek. Então, é possível aumentar o salário mínimo com dignidade. No entanto, a proposta apresentada pelo Governo Federal é execrável, de apenas 545 reais. É o que vai ser votado amanhã no Congresso Nacional.

Nós, do PSOL, defendemos o piso salarial proposto pelo Dieese, de R$ 2.134. Porém, para a votação que ocorrerá amanhã, a Bancada do PSOL no Senado e na Câmara dos Deputados apresentou uma proposta de um salário mínimo de 700 reais. O governo apresentou uma proposta de 545 reais, a oposição de direita, a oposição conservadora, a falsa oposição, representada pelo PSDB e pelos democratas, apresentou uma proposta de 580 reais. Nós, do PSOL, apresentamos uma proposta de 700 reais.

Temos de pressionar o Congresso Nacional. O Governo tem nos seus quadros uma direita conservadora, representando os interesses do poder econômico. A oposição de direita tem seus representantes defendendo os mesmos interesses. Então, se a população não pressionar o Congresso Nacional e o Poder Executivo, vamos ter um salário mínimo de 545 reais, que não vai atender às necessidades básicas da população brasileira.

Amanhã teremos várias manifestações. Em São Paulo, faremos um ato público na Praça do Patriarca, no centro da cidade, ao meio dia. Estarão presentes várias entidades, militantes do PSOL, de movimentos sociais. Toda a população está convidada a participar. Convidamos também todos os deputados. Temos de denunciar esse fato. O Brasil paga 36% de seu PIB para a dívida pública, para a amortização dos juros, que apenas beneficia os rentistas e especuladores da dívida pública. No entanto, deixa de pagar um salário mínimo decente para a população. O mesmo Congresso Nacional que vai votar esse projeto foi o que aprovou o aumento de 62% para os deputados e senadores e de 184% para o Presidente da República. Queremos coerência. Queremos que o princípio da isonomia salarial seja levado em conta pelo Congresso Nacional, que dê o mesmo reajuste aos trabalhadores, que estão produzindo a riqueza deste País.

Em Brasília, a nossa bancada apresentou a proposta de um salário mínimo de 700 reais, mas o nosso objetivo é o piso do Dieese de R$ 2.174. Vamos continuar pressionando. Queremos também desmascarar a oposição de direita, conservadora, representada pelo DEM e pelo PSDB, que pensam da mesma forma e defendem o mesmo modelo de política econômica do PT e do PMDB. Em Brasília, temos duas alas da direita. Há uma disputa para ver quem agrada mais as multinacionais, o capital nacional e internacional e as elites econômicas. De um lado, PT e PMDB, e de outro, a oposição de direita, representada pelo PSDB e pelo DEM.

Amanhã, às 12 horas, na Praça do Patriarca: todos estão convidados a participar dessa grande manifestação em defesa de um salário mínimo justo para os trabalhadores. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Donisete Braga.

 

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O SR. PRESIDENTE - DONISETE BRAGA - PT - Tem a palavra o nobre Deputado André Soares. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Olímpio Gomes.

 

O SR. OLÍMPIO GOMES - PDT - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, funcionários desta Casa, cidadãos que nos acompanham pela TV Assembleia, apresentei um novo requerimento à Mesa Diretora pedindo novamente informações que já havia solicitado no princípio do mês, sobre os contratos para retransmissão e operação da TV Assembleia. Recebi, da Chefia de Gabinete da Presidência, simplesmente a cópia dos contratos e dos aditivos de contratos. Mas havia solicitado também outras informações, que não foram apresentadas, bem como as planilhas que devem ser anexadas aos contratos, como a planilha de vistoria técnica, de custo de pessoal. Esses pedidos foram simplesmente ignorados.

Reitero que estou pedindo não para ser fogo amigo, mas sim para ter subsídios até para responder adequadamente acusações que pudessem sofrer esse contrato ou contratante de contratada. Recebendo os contratos, algumas coisas fizeram com que eu ficasse preocupado. O aditivo aumentou o valor do contrato. O contrato anterior, no primeiro ano, foi no valor de R$ 18.032.074,28, tendo sido reajustado para R$ 40.253.534,60. Em novembro, sofreu um último aditivo, com vigência por mais três meses e aumentando o valor para R$ 45.808.899,68. Esse contrato foi o que a Fundação Padre Anchieta não quis prosseguir. Agora, emergencialmente, foi contratada a Fundac.

Estou tentando contatos para conhecer a Fundac. Pedi no Requerimento de Informações o perfil técnico-profissional dessa fundação, os trabalhos similares realizados no mercado. Entrei em contato pedindo uma audiência com o presidente da fundação, Sr. Manoel Veiga Filho, de preferência na sede da fundação, na Rua Bernardino de Campos, nº 327, conjunto 73, 7º andar, no bairro do Paraíso.

No entanto, não é só nesta Casa que, muitas vezes, sou desconsiderado como deputado. Já percebi isso também com as contratadas da Assembleia Legislativa. Só me atendeu uma secretária de nome Carol, que passou a ligação para o Sr. Valdir, que disse que não era possível até então o acesso ao Sr. Manoel Veiga Filho, presidente da Fundac, prestadora da Assembleia Legislativa desde o dia 9, num contrato de R$ 15.210.000,00. Disseram que Letícia, assessora de imprensa da fundação, faria um contato comigo.

Muito embora eu tenha pós-graduação, feita recentemente na Fundação Cásper Líbero, e tenha um grande prazer em me somar aos companheiros da imprensa, não estou fazendo contato com a fundação como um representante da imprensa. Não quero falar com a assessora de imprensa. Estou pedindo uma audiência para que eu possa conhecer a fundação, que passou a ter contrato com a Assembleia Legislativa.

Ainda me preocupa o fato de que o contrato original com a Fundação Padre Anchieta previa recursos que a Assembleia Legislativa pagou para ter um estúdio de jornalismo e cinco cenários chroma-key. Desafio qualquer um, em qualquer tempo, de ter ido à TV Assembleia e ter visto esses cenários. Já se pagou uma barbaridade, mas devo alertá-los de que no novo contrato com a Fundac também existe a previsão de pagamento do estúdio de jornalismo e de cinco cenários chroma-key. Vamos ver se serão feitos.

 

O Sr. Presidente - Donisete Braga - PT - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, tem a palavra o nobre Deputado Celso Giglio. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Maria Lúcia Amary. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Edson Ferrarini.

 

O SR. Edson Ferrarini - PTB - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, amigos da TV Assembleia, quero fazer uma cobrança à Secretaria da Educação.

Vejam os senhores. Para que um deputado proponha uma lei, ele estuda, ouve as pessoas, tem trabalho. Nesta Casa, foi aprovado um projeto de minha autoria, que passou a ser lei em 14 de novembro de 2002. Essa lei traz a participação dos alunos e da família para dentro da escola.

Temos visto que as escolas estão abandonadas. Muitas vezes, os alunos reivindicam por não terem uma cortina na sala de aula ou pelo desconforto. Para resolver esses problemas, propus que fosse criada a Comissão Interna de Vivência Escolar (Cive), parecida com a Cipa das empresas. A Cive seria organizada da seguinte forma: como presidente, o diretor da escola; como vice-presidente, outro diretor ou professor indicado. E haveria a participação de 2/3 de alunos, dois de cada sala de aula. Uma vez por mês, eles deveriam reunir-se para discutir esses assuntos, com a participação das famílias dos alunos.

Na medida em que as famílias são levadas para dentro da escola, o aluno sente-se responsável por combater a pichação, por exemplo. Uma vez por ano, haveria uma semana interna, como existe nas empresas a Semana de Prevenção de Acidentes. Nessa semana, seriam levados à escola palestrantes sobre o tema da Aids, das drogas, enfim, coisas que interessem para a região do Estado.

No entanto, a Secretaria da Educação foi deixando de lado e acabou esquecendo a lei. A Secretaria da Educação não quer a participação do aluno, reclamando das coisas que faltam na escola? A Secretaria da Educação é omissa no que diz respeito à prevenção às drogas. Nos últimos anos, nada foi feito nesse segmento; as drogas são vendidas nas portas das escolas.

A Lei nº 11.264, de 14 de novembro de 2002, é importantíssima, e a Secretaria da Educação não está aplicando essa lei. Sr. Secretário da Educação, o senhor receberá um ofício meu pedindo explicações, com vistas a saber por que a lei não está sendo posta em prática. As reuniões mensais são lavradas numa ata. Ao participarem delas, alunos e pais de alunos sentem que a escola é deles.

Esse projeto que cria a Comissão Interna de Vivência Escolar é o que trago da empresa para dentro da escola. É muito importante que isso aconteça e estou cobrando do Secretário de Educação e dos órgãos do Estado a sua regulamentação. Eles precisam aplicar esse projeto.

Vamos continuar lutando, pois é aqui que eles vão continuar falando sobre as dificuldades da escola, como o que está faltando. Às vezes é um simples bebedouro, mas que é necessário. Nesta reunião será discutida toda dificuldade sentida pelo aluno.

Voltaremos a falar de outros projetos interessantes. Essa é mais uma forma encontrada pelo Estado para desvalorizar aquilo que é aprovado nesta Casa.

O SR. PRESIDENTE - DONISETE BRAGA - PT - Tem a palavra o nobre Deputado Milton Leite Filho. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Rafael Silva. (Pausa.)

Sras. Deputadas, Srs. Deputados, esgotada a lista de oradores inscritos para falar no Pequeno Expediente, vamos passar à Lista Suplementar.

Tem a palavra o nobre Deputado Rui Falcão. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado José Augusto. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Enio Tatto.

 

O SR. ENIO TATTO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, funcionários, público que nos assiste, assomo esta tribuna para falar sobre o transporte público, principalmente da minha querida zona Sul de São Paulo. Ontem aconteceu mais um acidente na estrada do M’Boi Mirim, revelando ser um caos o transporte público na Região Metropolitana, especialmente na zona Sul em que há duas vertentes que precisam ser resolvidas. E o Governo do Estado e a Prefeitura de São Paulo não conseguem resolver, nem tem a vontade política para começar a resolver. A estrada do M’Boi Mirim é um caos todos os dias; e quando acontece um acidente como o de ontem piora, fazendo a população local sofrer muito. A mesma coisa ocorre com a região da Capela do Socorro: a Avenida Belmira Marin, que tem um projeto antigo para a sua duplicação e a construção de uma ponte ligando a região do Grajaú com a Castro Alves, dando acesso à Ponte Jurubatuba. Mas o projeto não sai do papel.

A zona Sul sempre foi esquecida pelos governos tucanos no Estado de São Paulo. O Metrô naquela região também tem suas obras atrasadíssimas. Quando foi construída a primeira linha do Metrô, Jabaquara a Santana, já se dizia que as prioridades eram as zonas Leste e Sul. A zona Sul ficou de fora. Passaram-se tantos anos e não temos ainda metrô naquela região. Pior: ninguém entendeu a obra do trecho que liga o Capão Redondo ao Largo 13, no Governo Mário Covas, pois ele não faz integração com nada, nem com o trem da CPTM. No entanto, ele foi construído naquele período. Hoje há uma integração e a população até utiliza, mas o primordial é a construção da Linha 5, Lilás, que está sub judice. Um jornal de grande circulação descobriu, seis meses antes, que se tratava de um processo de licitação viciada. Era publicado no jornal e iria ganhar justamente quem fosse publicado. Hoje a licitação está parada. Este mesmo Governo que aí está construiu, no governo passado, apenas a média de 500 metros de Metrô por ano. Hoje não há nenhuma informação e a população não sabe o que será feito da Linha 5, que ligaria o Largo 13 com a Chácara Klabin.

A construção dessa linha é importante porque ela será ligada à CPTM, que vem de Osasco. Há uma luta da população, inclusive deste Deputado e outros daquela região, para estender até a Estação Varginha, que ligaria com o terminal de ônibus construído na época da Prefeita Marta Suplicy. Os Terminais Grajaú e Varginha já foram construídos justamente para fazer a ligação dos ônibus com a CPTM.

Esse trecho entre o Capão Redondo e o Largo 13 foi construído em 98, e já estamos em 2011. Infelizmente, a obra da Linha 5, Lilás, foi interrompida por questões de maracutaia que ninguém consegue explicar. Não se avista nenhuma luz no fim do túnel, nem se sabe quando a obra será retomada.

Mais uma vez, a grande zona Sul de São Paulo, com uma enorme população de mais de três milhões de habitantes, sem contar os municípios que serão beneficiados na região - Taboão da Serra, Itapecerica da Serra, Embu, São Lourenço -, é esquecida. O Metrô é a única maneira de resolvermos o problema de transporte público na Região Metropolitana de São Paulo, sem contar ainda o atraso na construção do Corredor Metropolitano EMTU, que ficou parado por mais de 20 anos. O corredor ligará Diadema ao Shopping Morumbi.

É um problema do poder público, principalmente das gestões dos tucanos e do DEM, que foi simplesmente esquecido. Eles fazem corpo mole, não se preocupam com a população que tanto necessita de transporte público de qualidade naquela região.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Olímpio Gomes.

 

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O SR. PRESIDENTE - OLÍMPIO GOMES - PDT - Tem a palavra o nobre Deputado Camilo Gava. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Widerson Anzeloti. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Maria Lúcia Amary. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Analice Fernandes. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Pedro Tobias. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Neder. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Antonio Salim Curiati. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Marcos Martins. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Gilmaci Santos. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Rogério Nogueira. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Luis Carlos Gondim. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Donisete Braga.

 

O SR. DONISETE BRAGA - PT - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, quero registrar que protocolizei um projeto de lei que proíbe a exposição de embalagens de cigarros e de assemelhados nos pontos de venda. Sabemos que a questão do tabagismo é muito grave no País. Pesquisas realizadas na Cidade de São Paulo pelo Datafolha, em maio de 2010 e em agosto do mesmo ano, apontam que em 160 municípios brasileiros o tabagismo tem influenciado muito, especialmente os nossos adolescentes. Os resultados dessas pesquisas apontam que, apesar de leis existentes, ainda temos espaços para medidas inibidoras para iniciação e manutenção do consumo de cigarro.

Sr. Presidente, estamos apresentando o nosso projeto porque presenciamos muitas bancas de jornais colocando os cigarros em locais de grande visibilidade. Queremos, através desse nosso projeto, eliminar essa praga hoje do nosso País. Sei que essa iniciativa pode ter questionamento.

Fiz aqui estudo da nossa Constituição Federal e ela estabelece que a Assembleia Legislativa pode legislar sobre a produção e consumo de cigarros no Estado de São Paulo. Então, estamos apresentando esse projeto de lei para que a Comissão de Constituição e Justiça - a CCJ - analise o mérito da nossa iniciativa para que possamos combater o vício especialmente no Estado de São Paulo.

Estou apresentando esse projeto de lei depois de ter ouvido muitos pais, muitos  que já foram fumantes e que me apresentaram seus problemas. Eu não tenho dúvida de que esse projeto tem como conceito básico a preservação da saúde do povo do Estado de São Paulo. É necessário termos uma legislação para a exposição de cigarros e de produtos derivados do tabaco nos pontos de venda para inibir a sua venda no Estado de São Paulo.

Pode aqui ter uma avaliação por ser um projeto de lei polêmico, mas quero a polêmica para que os nobres Pares possam debater porque, não tenho dúvida, é importante reduzir o uso do cigarro no Estado de São Paulo.

Sr. Presidente, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, também não poderia deixar de fazer aqui um registro sobre o esporte brasileiro. O esporte é importante para o nosso País e para o mundo. Então, não poderia deixar de fazer o registro, Deputado Major Olímpio - sei que V. Exa. é um torcedor do Corinthians como eu -, com relação à aposentadoria do nosso Ronaldo. Sei que o meu amigo, Deputado Enio Tatto, é gremista fanático, mas também reconhece a competência e o talento do futebol brasileiro. O Ronaldo, por toda experiência de vida e muitas delas negativas que podem ter ocorrido na sua vida, não deixou de ter a sua superação. Ele é o exemplo hoje para o futebol brasileiro. Então eu, como corintiano, não poderia deixar de falar aqui da importância e do quanto representou o Ronaldo para o futebol brasileiro. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - OLÍMPIO GOMES - PDT - Sou solidário na dor, nobre Parlamentar.

Tem a palavra, ainda na Lista Suplementar, o nobre Deputado Carlos Giannazi.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Diniz Lopes.

 

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O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, público aqui presente, telespectadores da TV Assembleia, nessa semana tivemos a efetivação do aumento das passagens de metrô, trem e ônibus intermunicipais no Estado de São Paulo.

Algumas semanas atrás, tivemos também aumento nas passagens de ônibus na Cidade de São Paulo. Todos esses aumentos, tanto relacionados ao Estado como aos municípios de São Paulo, foram feitos com percentuais acima da inflação. Então, queremos aqui manifestar a nossa indignação, o nosso repúdio a esses aumentos e, ao mesmo tempo, enaltecer, elogiar o amplo movimento que vem ocorrendo na Cidade de São Paulo. É um movimento do passe livre de estudantes, de toda uma juventude que está amplamente mobilizada fazendo manifestações, audiências públicas, encontros, pressionando o Prefeito Gilberto Kassab a reduzir o valor da passagem.

Sr. Presidente, precisamos que haja mais manifestações nesse sentido não só na Cidade de São Paulo, mas em todo Estado. Temos que pressionar o Executivo Estadual, o Executivo Municipal a rever esses aumentos que, como eu disse, foram feitos acima da inflação. Estamos vivendo momento já extremamente difícil de ajuste fiscal do ponto de vista do Governo Federal, que já cortou 50 bilhões de reais do Orçamento e que, com certeza, vai ter efeito nas áreas da educação, saúde, saneamento, geração de emprego.

Também estamos tendo cortes em São Paulo. O Governador Geraldo Alckmin já congelou parte do Orçamento Estadual, suspendeu a continuidade de várias obras do metrô, inclusive da própria ponte que liga Santos ao Guarujá. Enfim, estamos acompanhando vários cortes no Orçamento e, sobretudo, nas obras do próprio Governo Estadual. Mas esse Governo Estadual que corta obras, que faz o congelamento do Orçamento aumenta o preço das passagens de ônibus interurbanos, trens e metrô com percentuais acima da inflação, prejudicando toda população do nosso Estado.

Nesse sentido, chamamos a população a se mobilizar, a protestar, a seguir o exemplo da Tunísia, do Egito e de outros movimentos do próprio Brasil que vem se organizando e denunciando essa afronta à população do nosso Estado e do nosso País.

Não podemos aceitar que esses aumentos sejam feitos acima da inflação, até porque o salário mínimo não vai subir acima da inflação. No meu primeiro pronunciamento, abordei essa questão. Inclusive o Executivo Federal estabeleceu agora um novo critério para o aumento do salário mínimo, critério que é contra os trabalhadores no Brasil e que leva em conta também a avaliação do PIB. Esse critério é extremamente perigoso para a maioria da população brasileira. Temos movimento extremamente contraditório hoje no País como o congelamento do Orçamento do Governo Federal, do Governo Estadual, Governo Geraldo Alckmin, aumento insignificante para o salário mínimo que será votado amanhã. Porém, estamos mobilizados e vamos pressionar para que o salário mínimo seja de no mínimo 700 reais, com a perspectiva de que ele reflita o piso do Dieese de dois mil e 174 reais, que seria o correto.

Eu já disse e repito que em 1959, quando a economia brasileira ainda estava crescendo, o salário mínimo chegou a um valor equivalente hoje a 1.650 reais. Então isso é possível. Se o Brasil diminuir o pagamento de juros da dívida, consegue hoje pagar o salário mínimo minimamente justo para que a população tenha suas necessidades básicas respeitadas, como a necessidade da educação, da saúde, de alimentação e moradia. Então, além dessa afronta do aumento do salário-mínimo abaixo da inflação, temos o aumento também das passagens de ônibus, do metrô, da CPTM acima da inflação prejudicando toda a população.

Nós, do PSOL, estamos fazendo manifestações e apresentando propostas na Assembleia Legislativa e no Congresso Nacional para que toda essa situação seja alterada.

 

O SR. PRESIDENTE - DINIZ LOPES - PR - Tem a palavra o nobre Deputado Olímpio Gomes.

 

O SR. OLÍMPIO GOMES - PDT - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, funcionários desta Casa, cidadãos que nos acompanham pela TV Assembleia, quero manifestar mais uma vez minha preocupação pois estamos no dia 15 de fevereiro e aguardamos para os próximos 15 dias, Deputado Enio Tatto - o homem que mais briga no Orçamento - o envio para a Assembleia Legislativa do projeto de autoria do Sr. Governador versando sobre a correção salarial dos servidores públicos do Estado de São Paulo, haja vista que 1º de março é a data-base para revisão salarial dos servidores e toda luta empreendida para que haja previsão de recursos para a revisão de salários tem sido derrotada ou neste plenário ou na Comissão de Finanças e Orçamento pela minoria desta Casa.

Citei o Deputado Enio Tatto porque, acompanhando o trabalho na Comissão de Finanças e Orçamento, posso dizer que é o parlamentar que tem se destacado para tentar adequar o Orçamento à realidade e necessidades do Estado. E não dá para falar que há preocupação em prestar melhor qualidade no serviço à população se não houver um investimento mínimo nos recursos humanos e as manifestações que tenho ouvido do Governador não tem sido nada promissoras na questão da revisão salarial. Não podemos ter o estado carro-chefe da Nação com os servidores piores pagos do País: os profissionais piores pagos da Educação, da Saúde, da Segurança Pública. Não pode o Governo do Estado se esconder atrás de um contrato com a Prefeitura de São Paulo, por exemplo, na utilização de policial militar no horário de folga para a operação delegada para dizer que está resolvendo a questão salarial da Polícia porque não é verdadeiro.

Como é que se vai fazer a operação delegada nos outros 644 municípios do Estado se estes não têm condição sequer de se autossustentar com suas próprias receitas? Como vamos fazer em relação à complementação salarial dos policiais civis, da Polícia Técnico-Científica? Nenhum desses, contratualmente, nessa parceria Estado-Município, pode participar dessa operação delegada, desse “bico” oficial pago pela Prefeitura. E isso ainda está dando argumentos ao Governador para dizer que a Polícia não carece de reajuste salarial porque já existe a parceria com a Prefeitura de São Paulo na operação delegada. Isso é um absurdo. Aliás, a própria operação delegada já nega o descanso mínimo para o profissional como se o policial pudesse trabalhar feito uma máquina todos os dias caindo por terra até o posicionamento regulamentar e institucional do comando da polícia de não admitir o “bico” e até puni-lo com a falta grave. Pune-se o “bico” com a falta grave, agora se for o “bico” feito para a Prefeitura de São Paulo é operação delegada, vira até argumentação para o Governador para não conceder qualquer espécie de revisão ou reajuste salarial. Estou dizendo isso porque principalmente os profissionais da Segurança Pública não vão se calar não.

Antes de tomar posse juntamente com deputados do meu partido, estive com o Governador de São Paulo e o alertei sobre isso. Nós vamos à luta, nós vamos às ruas. Não queremos tristes momentos de uma guerra fratricida entre policiais como os que tivemos em 16 de outubro de 2008 próximo do Palácio dos Bandeirantes, mas não vamos nos calar de forma alguma. As associações e sindicatos já estão se preparando para uma grande mobilização da Polícia de São Paulo. Queremos o mínimo de dignidade. Nove unidades da Federação, o Distrito Federal e mais oito estados já estão aplicando a PEC 300, que cria um piso nacional para os policiais civis, militares e bombeiros militares. Faltam 19 estados. Será que São Paulo vai ser o último a querer tratar os seus profissionais com o mínimo de dignidade? Fica aqui o meu alerta.

A minoria que se constitui a oposição nesta Casa - PT, PSOL, PCdoB - já está mobilizada e ao lado dos servidores públicos do Estado de São Paulo, em especial dos policiais. Agora também a bancada majoritária, a bancada de apoio ao Governo tem de acordar para a realidade e fazer valer o apoiamento aos servidores públicos. Fica aqui o meu alerta.

Teremos uma mobilização muito grande da Polícia de São Paulo se ela não for tratada minimamente com dignidade a partir do 1º de março. Tenho certeza de que junto virão os profissionais da Saúde, da Educação, do sistema prisional, do DER e outras categorias do Estado.

 

O SR. PRESIDENTE - DINIZ LOPES - PR - Sras. Deputadas e Srs. Deputados, está esgotado o tempo destinado ao Pequeno Expediente, vamos passar ao Grande Expediente.

 

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- Passa-se ao

 

GRANDE EXPEDIENTE

 

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O SR. MARCOS MARTINS - PT - PELO ART. 82 - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, telespectador da TV Assembleia, aqueles que nos acompanham das galerias, hoje estivemos numa atividade do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco, ocasião em que se comemorou 10 anos da luta pela inclusão de deficientes. A região sozinha conseguiu fazer mais inclusão do que mais de 15 estados juntos. Sem dúvida é um avanço.

No dia 19, a cidade de Osasco comemorará 49 anos. Haverá atividades, entrega de obras e diversas ações relacionadas aos avanços, mas há desafios pela frente. Um deles é uma preparação com toda a cidade, a sociedade toda, as entidades, os movimentos para quando Osasco completar 50 anos.

Aproveito a oportunidade da presença do prefeito Emidio de Souza, ex-deputado desta Casa, e do presidente da Câmara Municipal, Aloísio Pinheiro, para em seus nomes cumprimentar a população daquela hospitaleira cidade onde tenho a satisfação de residir.

Sobre aquela atividade no Sindicato dos Metalúrgicos recebemos uma carta de uma entidade sindical que acho que interessa a todos os deputados, uma Carta aberta à população. “Alckmin quer privatizar o Metro e a CPTM”. Nós, da bancada do PT, temos falado diversas vezes e agora volta a preocupação com o transporte coletivo que está superado, lotado. No centro chega ao limite insuportável de 6 pessoas/m². Diz da matéria: “O governo do estado anunciou que quer privatizar, por meio de PPP, a Linha 5, Lilás, do Metro, e as futuras Linhas 6, Laranja; 15, Branca. E também quer privatizar a Linha 9 da CPTM, Osasco-Grajaú, e os trens de Guarulhos. Avançam também as terceirizações na manutenção da Linha 8, Julio Prestes - Itapevi. A PPP da Linha 4, Amarela, a primeira a ser assinada no país, tem a triste história de 9 mortes, 4 feridos e 14 acidentes repetidos, atrasados. Investigações da Polícia Federal e gastos que passam 2,4 bilhões. A PPP é uma entrega do dinheiro do Estado para alegria dos grandes empresários amigos do governo.”

Registro essa matéria porque há uma grande preocupação com o transporte coletivo. Com o Metrô, que precisa sair do centro da capital e ir para regiões metropolitanas, o que é propalado com tantas propagandas em rádio, jornal e televisão. Num determinado momento parecia até que estávamos na Europa, num daqueles trens rápidos, bonitos e conhecemos o sucateamento das ferrovias paulistas. Houve até uma CPI do Sucateamento das Ferrovias. Não sei o que ela apurou.

O trânsito em São Paulo continua caótico, e agora não é só na hora do rush. Dias atrás passava de 200 quilômetros de congestionamento. Então há uma preocupação grande no sentido de que o transporte coletivo atenda bem a população, haja vista a quantidade de pedágios para a população que foge do transporte coletivo e é taxada com os pedágios mais caros do país. Precisamos ficar atentos para que o transporte coletivo seja respeitado, principalmente o ferroviário.

 

O SR. PRESIDENTE - DINIZ LOPES - PR - Tem a palavra o nobre Deputado Milton Leite Filho. (Pausa.) Por permuta com o nobre Deputado Rui Falcão, tem a palavra o nobre Deputado José Cândido.

 

O SR. JOSÉ CÂNDIDO - PT - Sr. Presidente Diniz Lopes, seja bem-vindo a esta Casa, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, assumo esta tribuna para comentar um assunto que à primeira vista não tem lógica, mas que muito tem a ver com a situação do momento. Os jornais e a televisão anunciaram a despedida de Ronaldo Fenômeno, e percebemos que ele deu algumas desculpas, mas, no fundo, sabemos que teve influência a grande violência dos torcedores do Corinthians nos últimos jogos. O ânimo da torcida chega a ser tão fanático que invade a privacidade dos profissionais. Não sou corintiano; torço para o Santos e não tenho nada contra os outros times. Admiro a torcida corintiana quando empolga, quando empurra os jogadores para frente, mas preocupo-me e até mesmo repudio os atos violentos de alguns torcedores.

A imprensa mostrou o que aconteceu com os veículos em que os atletas viajavam. Foi preciso escolta policial para não serem agredidos, atacados. Isso mostra o grau de violência que está comandando o nosso mundo. O Brasil é um país que dá uma ênfase muito grande ao futebol, mas muitas vezes alguns exageros acontecem.

Uma manchete do Jornal da Tarde dá a dimensão do fanatismo no Brasil no que diz respeito a esse esporte. O Jornal da Tarde diz o seguinte: “Nem com a Copa Itaquera terá mais metrôs e trens.” “Fazer a Copa do Mundo em Itaquera, zona leste da capital, não trará melhorias para a infraestrutura do transporte público da região. Nenhuma grande obra viária além do já inaugurado prolongamento da Linha Jacu-Pêssego, entregue em outubro do ano passado, está prevista, mesmo antes de o Brasil ser candidato à sede do Mundial. Estado e Prefeitura falam em investir apenas nas linhas de trem e metrô já existentes e nada mais. O projeto da Linha 10-Branca, que ligará as estações Vila Prudente e Linha 2-Verde, Penha Linha 3, e assim por diante.

Ora, Sr. Presidente e Srs. Deputados, não serão paralisadas as obras programadas para 2014 e 2016.

Vimos o que aconteceu recentemente na África do Sul e sabemos que tudo irá girar em torno da Copa do Mundo e das Olimpíadas. Lá foi construída uma linha de metrô especialmente para chegar ao estádio. Hoje, pasmem, aquele metrô está parado porque lá existem duas classes sociais: a rica, que tem seus carros e não depende de metrô; e a pobre, que não tem dinheiro para andar de metrô. Foi construída essa linha exclusiva de metrô, sem contar as obras de estádios e outras infraestruturas faraônicas.

No Brasil não será diferente. Serão construídas obras faraônicas em quase todos os estádios. Algumas continuarão sendo usadas, outras só naquela oportunidade. E o Brasil pára com as infraestruturas mais necessárias para a população.

Mais uma vez, repito, sou fã do futebol. Como brasileiro, vejo a necessidade de o Brasil sediar a Copa do Mundo e as Olimpíadas. Foi um grande momento de alegria para todo o Brasil e quase toda a América Latina quando o presidente Lula conseguiu trazer para o Brasil essas competições. Mas dá para perceber que em função de tudo isso muitas pessoas vão continuar com baixos salários, muitas obras de infraestrutura serão paralisadas. O evento será passageiro e restarão alguns elefantes brancos construídos e completamente desperdiçados.

É uma reflexão necessária. Às vezes posso ser mal interpretado, posso ser tachado de antidesportista. Não sou anticorintiano nem anticopa do mundo, mas é o momento de fazer uma reflexão e ao mesmo tempo, como legislador e fiscal do povo, também observar se não haverá superfaturamentos, porque os orçamentos também serão faraônicos.

Deixo essa preocupação, essa reflexão. Tomara que o governador coloque no orçamento melhorias de infraestrutura no metrô que vai até a Itaquera e para os trens de subúrbio, que levam e trazem aquele povo tão sofrido que viaja como sardinha em lata e não pode mais esperar por uma boa infraestrutura no transporte.

 

O SR. MARCOS MARTINS - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Acabamos de receber um telefonema da cidade de Osasco, onde um grupo de moradores dos portais encontra-se na Câmara Municipal reclamando de falta de água que dura 20 dias. A Sabesp tem obrigação de fornecer água na região. Quero deixar esse registro porque a Sabesp tem falhado em vários lugares no Estado de São Paulo com os seus serviços, não só fornecimento de água. Eles demoram a consertar os vazamentos e depois para tapar os buracos. Além disso, há problemas com a coleta e o tratamento de esgoto, que deixam muito a desejar.

Pretendemos chamar na Comissão de Saúde a presidente da Sabesp para que ela dê informações sobre a qualidade da água no Estado de São Paulo e diga por que no litoral há uma grande preocupação com relação à qualidade e ao fornecimento de água. É o mínimo que a Sabesp deve fazer já que tem um contrato de 30 anos para prestar esse serviço.

 

O SR. PRESIDENTE - DINIZ LOPES - PR - A Presidência registra a manifestação de V. Excelência.

 

O SR. MARCOS MARTINS - PT - Sr. Presidente, havendo acordo entre os líderes, solicito a suspensão da sessão até as 16 horas e 30 minutos.

 

O SR. PRESIDENE - DINIZ LOPES - PR - Havendo acordo entre as lideranças, a presidência suspende os nossos trabalhos até as 16 horas e 30 minutos.

 

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- Suspensa às 15 horas e 47 minutos, a sessão é reaberta às 16 horas e 32 minutos, sob a Presidência do Sr. Barros Munhoz.

 

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O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Srs. Deputados, Sras. Deputadas, vamos passar à Ordem do Dia.

 

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- Passa-se à

 

ORDEM DO DIA

 

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O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Srs. Deputados, Sras. Deputadas, há sobre a mesa um requerimento nos seguintes termos:

“Requeiro nos termos regimentais tramitação em regime de urgência para o Projeto de lei Complementar nº 24/2010, de autoria do Sr. Governador do Estado.” Assina o Deputado Samuel Moreira, com número regimental de assinaturas.

Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

Nos mesmos termos, requerimento de urgência, assinado pelo nobre Deputado Celso Giglio, para o Projeto de lei nº 455/2010, de autoria do nobre Deputado Ricardo Montoro.

Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

Nos mesmos termos, requerimento assinado pelo nobre Deputado Antonio Mentor pedindo urgência para o Projeto de lei nº 1236/2009, de autoria do Deputado Vanderlei Siraque.

Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

 

O SR. JOÃO BARBOSA - DEM - Sr. Presidente, havendo acordo entre as lideranças partidárias com assento nesta Casa, solicito a suspensão dos trabalhos até as 17 horas.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - É regimental o pedido de Vossa Excelência, mas antes esta Presidência, nos termos do Art. 18, inciso III, alínea “d”, combinado com o Art. 68, ambos da XIII Consolidação do Regimento Interno, convoca reunião conjunta das Comissões de Educação e Finanças e Orçamento para hoje, às 16 horas e 45 minutos, no Salão Nobre da Presidência, para a apreciação do PLC nº 24 de 2010.

Nos mesmos termos, convoca reunião conjunta das Comissões de Promoção Social e Finanças e Orçamento, para as 16 horas e 50 minutos, no mesmo local, para a apreciação do Projeto de lei nº 455/2010.

E, nos mesmos termos, convoca reunião extraordinária das Comissões de Segurança Pública e Finanças e Orçamento para as 16 horas e 55 minutos, no mesmo local, para apreciação do Projeto de lei nº 1236/2009, de autoria do nobre Deputado Vanderlei Siraque.

 

O SR. OLÍMPIO GOMES - PDT - Sr. Presidente, fiz um requerimento de informação a respeito dos contratos, o perfil, quadro funcional da Fundac e da nova operação e retransmissão da TV Assembleia. O seu chefe de gabinete mandou os contratos e aditivos, mas não foram encaminhadas as planilhas, os anexos e o perfil da Fundac. Também encareceria a V. Exa. e à Mesa pois, como Deputado, senti-me no dever de conhecer a Fundac e as instalações. Estou tentando contato com o presidente, o Sr. Manoel Veiga Filho, e somente a secretária Carol e Sr. Valdir me disseram que a assessora de imprensa, Sra. Letícia, entrará em contato comigo. Não sou profissional de imprensa. Sou deputado desta Casa. Então, solicitaria a V. Exa., à Mesa ou a quem tenha gestão sobre esse contrato que pudesse o novo parceiro da Casa ter a respeitabilidade com este Parlamentar e eu pudesse visitar as instalações e conhecer a fundação.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Pois não. Registrada a manifestação de Vossa Excelência.

Srs. Deputados, Sras. Deputadas, tendo havido acordo entre as lideranças, a Presidência acolhe o solicitado pelo nobre Deputado João Barbosa e suspende a sessão até as 17 horas.

Está suspensa a sessão.

 

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- Suspensa às 16 horas e 37 minutos, a sessão é reaberta às 17 horas e 06 minutos, sob a Presidência do Sr. Barros Munhoz.

 

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O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Srs. Deputados, Sras. Deputadas, há sobre a mesa requerimento com o seguinte teor:

“Requeiro, nos termos regimentais, que a Ordem do Dia da presente sessão se processe na seguinte conformidade:

1 - Que o item 530, Projeto de lei nº 271, de 2010, passe a figurar como item 1.

2 - Renumerem-se os demais itens.”

O requerimento é assinado pelo nobre líder Samuel Moreira e subscrito pelos demais membros do Colégio de Líderes.

Em votação. Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que estiverem de acordo queiram permanecer como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Sr. Presidente, regimentalmente solicito uma verificação de votação.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - O pedido de V. Exa. é regimental. Esta Presidência vai proceder à verificação de votação pelo sistema eletrônico. Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que forem favoráveis deverão registrar o seu voto como “sim”, os que forem contrários deverão registrar o seu voto como “não”, ou registrarem abstenção nos terminais.

 

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- É feita a verificação de votação pelo sistema eletrônico.

 

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O SR. JOSÉ ZICO PRADO - PT - Sr. Presidente, declaro que a Bancada do PT está em obstrução.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Está registrada a manifestação de Vossa Excelência.

 

O SR. Carlos Giannazi - PSOL - Sr. Presidente, declaro que a Bancada do PSOL encontra-se em obstrução a esse projeto.

 

O Sr. Presidente - Barros Munhoz - PSDB - Registrada a manifestação de V. Exa., em nome da Bancada do PSOL.

 

O Sr. Presidente - Barros Munhoz - PSDB - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, participaram do processo de votação 35 Sras. Deputadas e Srs. Deputados; este Deputado, na Presidência: 32 votaram “sim”, um votou “não”, um se absteve, quorum insuficiente para aprovar a inversão da Ordem do Dia.

Item 1 - Veto - Discussão e votação - Projeto de lei Complementar nº 9, de 2000, (Autógrafo nº 27913), vetado totalmente, de autoria do Deputado José Zico Prado. Dispõe sobre o direito à promoção ao posto de graduação imediatamente superior de policiais femininos militares. Parecer nº 3457, de 2008, de relator especial pela Comissão de Justiça, favorável ao projeto. (Artigo 28, § 6º da Constituição do Estado).

Para falar a favor do projeto, tem a palavra o nobre Deputado Orlando Morando, pelo prazo regimental de 15 minutos.

Sras. Deputadas, Srs. Deputados, nos termos do Art. 100, inciso I, da XIII Consolidação do Regimento Interno, convoco V. Exas. para uma sessão extraordinária a realizar-se hoje, dez minutos após o término desta sessão, com a finalidade de ser apreciada a seguinte Ordem do Dia:

Item 1 - Projeto de lei nº 271, de 2010, que altera a lei que dispõe sobre a criação do Fundo Estadual de Prevenção e Controle da Poluição (Fecop).

Item 2 - Projeto de lei nº 1.236, de 2009, de autoria do nobre Deputado Vanderlei Siraque.

Item 3 - Projeto de lei nº 455, de 2010, de autoria dos Deputados Bruno Covas e Ricardo Montoro.

 

O SR. Orlando Morando - PSDB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Deputado Barros Munhoz, demais deputados presentes no plenário desta Casa, este é um momento bastante importante para esclarecermos algumas coisas à população de São Paulo.

Inicio por uma cobrança pela qual, acredito, os demais parlamentares também sejam surpreendidos. Sr. Presidente, V. Exa. acaba de fazer a convocação de uma sessão extraordinária. É importante resgatar que na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, de maneira acertada, desde 2004/2005 não se paga mais absolutamente nada pelas sessões extraordinárias.

Certo dia, uma senhora me disse: “Deputado, que beleza, vocês, além de trabalharem normalmente, convocam extraordinária e ganham ainda por isso.” Penso ser oportuno neste momento, de maneira responsável, afirmar que a Assembleia Legislativa de São Paulo votou um projeto da Mesa Diretora que extinguiu essas remunerações. Indiferente do horário em que se estenderem as sessões, e muitas vezes passamos aqui madrugadas em votações importantes, os parlamentares paulistas não são remunerados. Faço aqui uma sustentação não no sentido que gostaríamos que fosse, mas pelo contrário: desoneramos o contribuinte de São Paulo, reparando o erro.

Em relação à aposentadoria de ex-governadores e critérios que a sociedade não mais suporta, quero dizer que no passado havia um vício nesta Casa: o parlamentar, cumprido dois mandatos, podia requerer a sua aposentadoria com salário integral - benefício esse que quando cheguei a esta Casa em 2002 já não mais existia. A Assembleia Legislativa já havia extinguido esse privilégio, que pode ser intitulado como uma vergonha.

Entrarei para o meu terceiro mandato como deputado estadual a partir do dia 15 de março. Se este erro não tivesse sido revogado, este Deputado, com 36 anos, poderia se aposentar. Naturalmente, se esse benefício tivesse perdurado, iria abrir mão e repudiaria essa atitude. E acho oportuno esclarecermos sobre essas sessões extraordinárias e benefícios que eram concedidos erradamente. Por estigma natural, a população, muitas vezes, repudia algumas atitudes do Parlamento, do Congresso Nacional ou do Senado, causando indignação à sociedade. Nós temos a obrigação de transparecer as nossas atitudes. É importante deixar claro que a população não está sendo onerada com essas sessões. Pelo contrário, votam-se projetos dados como de prioridade, muitas vezes, pelo Colégio de Líderes, e de forma mais célere. São projetos de governador e de deputados estaduais.

Destaco que na manhã de hoje, acompanhado de vereadores da Cidade de São Bernardo do Campo - como Ari de Oliveira e Cabreira, moradores do bairro de Paulicéia -, do Presidente do Conseg, Peixoto e também do líder comunitário, Oduvaldo, estivemos no Comando Geral da Polícia Militar. Fomos recebidos pelo Comandante Geral, Coronel Camilo, que é de uma presteza que nos comove tal a exatidão com que tenta buscar celeridade e minimizar os problemas. Primeiro, considero fundamental a área da Segurança, que é criticada todo dia. A violência, maior ou menor, está nas ruas infelizmente. A Polícia de São Paulo tem trabalhado firmemente, e a prova não são as minhas palavras, nem as de outros deputados. Basta ver as estatísticas: estamos chegando aos menores índices de violência do Estado de São Paulo em todos os tipos de crime - latrocínio, homicídio, roubo e outros. Todos os crimes têm sido combatidos pelos brilhantes policiais militares, aqui representados pelo Coronel Ferrarini e pelo Major Olímpio.

Quando há desvio de conduta de um policial, a grande imprensa, muitas vezes, coloca todos sub judice. A grande maioria dos nossos policiais militares e civis são homens comprometidos com a causa pública. A prova são esses brilhantes números. Eles mostram que São Paulo está no caminho certo, que o Governador Geraldo Alckmin acertou em manter no comando o Coronel Camilo, que passa mais segurança para a população.

Na semana passada, gerou-se um desconforto à população de São Bernardo do Campo. Registro a importância de todos os Consegs, Conselhos de Segurança, pela Polícia Comunitária e pelo envolvimento da população. Em uma reunião do Conseg, surgiu um dilema: as Bases Comunitárias dos bairros de Paulicéia, de Rudge Ramos, bem como a de Jordanópolis, poderiam ser fechadas por uma nova conduta - que respeitamos, mas não concordamos - do comandante do 6º Batalhão. Obviamente, fomos buscar solução, até pelo que foi pregado pelo Governador Geraldo Alckmin, de dar continuidade às Polícias Comunitárias e aumentar as Bases Comunitárias que cumprem o papel de aproximar a polícia da população.

Quando estamos pensando em ampliar a Polícia Comunitária e as Bases Comunitárias, surge a notícia de que elas poderiam ser fechadas. Trago um grande conforto a todos os moradores dessa região, a todos que estão envolvidos diretamente ou não. O nosso comandante geral da PM, de pronto, acompanhado do seu Subcomandante, Coronel Antão, informou que essas Bases Comunitárias estão plenamente asseguradas. Elas estarão abertas, em atendimento à população de São Bernardo do Campo. São as Bases Comunitárias de Paulicéia - próximo a uma das maiores montadoras do País, a Mercedes Benz -, de Jordanópolis e de Rudge Ramos - uma das melhores e maiores Bases Comunitárias da Polícia Militar. Ao longo de seis anos conquistamos uma Companhia da Polícia Militar exemplar, no Bairro do Taboão, com suor de comerciantes, empresários e pelo grande apelo do Conseg.

Ressalto aqui a importância desse grande amigo, Presidente do Conseg Peixoto, que conseguiu instalar essa Companhia nos padrões exigidos pela Polícia Militar. Por alguma razão, ventilou-se que ela poderia ser destacada para outro lugar. Mas, de pronto, o nosso comandante nos tranquilizou. Recebemos boas notícias do plano de aumentar em mais seis mil novos policiais militares. Concursos estão sendo abertos simultaneamente e iremos preencher essa lacuna do efetivo que existe em todo o Grande ABC.

Tivemos esse compromisso do nosso comandante. Enfatizamos a importância de uma nova base comunitária próximo ao Parque São Bernardo, Vila São Pedro, bem como nas regiões do Grande Alvarenga, Alves Dias, Vila Ferreira e Bairro Cooperativa, um conglomerado que cresce muito. Com o seu crescimento, automaticamente faz-se necessário aumentar a segurança pública nessa região.

Deputado Zico Prado, eu faço questão de falar da polícia nesta tribuna porque o veto que estamos discutindo trata exatamente da promoção de policiais militares femininas. Mesmo divergindo muitas vezes do ponto de vista ideológico por questões partidárias, aqui reafirmo que sou favorável ao seu projeto.

Muitas vezes o veto do Governo é por critérios constitucionais, e isso impede que a vontade do parlamentar chegue às ruas, à classe que está defendendo e àqueles que veem no Deputado Estadual os anseios de ver sua vontade representada.

Temos uma Constituição, a nossa Carta Magna, que tem que ser seguida. Tenho certeza que este veto do Governador Serra não teve nenhuma motivação política, apenas seu papel constitucional. Isso é muito importante. Entendo que foi uma iniciativa louvável pela qual nos rendemos aqui, inclusive em fazer a sua defesa.

Estive ainda hoje, nessa manhã, na Cidade de São Bernardo tratando da questão da segurança pública. Estamos sempre atentos à questão da segurança pública de todo Grande ABC. Não faço isso sozinho, mas com o Colégio de Deputados Estaduais do Grande ABC, como o Deputado, que vejo aqui, agora, Donisete Braga, Deputado José Augusto, que também vejo aqui atrás do Deputado Cássio Navarro, que também faz parte da nossa bancada do Grande ABC, sempre irmanados com os mesmos objetivos. Cada qual lutando pela sua cidade, mas com o propósito integralizado, que é o Grande ABC.

Trago aqui boas novas. Há anos que venho lutando, outros deputados também, para levarmos um helicóptero para fazer patrulhamento no Grande ABC. O Grande ABC está chegando a três milhões de habitantes. É maior que 12 estados da Federação. É mais do que justificável ter essa aeronave.

Entendemos claramente, depois de muitas sustentações feitas pelo Grupamento Aéreo, que não dá para deixar exclusivamente um helicóptero na região. Se não dá para essa aeronave cumprir tecnicamente o papel de policiamento e temos uma das maiores áreas preservadas e a Represa Billings, que podemos chamar de caixa d’água do Estado de São Paulo, vamos destacá-la para o patrulhamento ambiental e cuidar de todo banhado da Billings, da Guarapiranga e da Serra do Mar, que é o patrimônio ambiental de todos os paulistanos e paulistas.

Para a nossa alegria, o Coronel Camilo, Comandante Geral da Polícia Militar, nos deus uma boa notícia de que estão sendo compradas mais duas aeronaves exclusivamente para o patrulhamento ambiental. Estamos buscando encaminhamento para que essa aeronave possa passar o seu dia baseada numa companhia já existente que dispões de um heliponto, no Parque dos Pássaros, e cumpra esse papel de fazer o patrulhamento ambiental.

De que maneira buscamos aqui forças? Ao mesmo tempo em que estaremos dando garantia de preservação, de fiscalização do controle da Serra do Mar, da Billings e da Guarapiranga, também faremos patrulhamento para levar mais segurança a essa região.

Quero agradecer profundamente o atendimento, a presteza do nosso Comandante Geral, de toda sua equipe, e agradecer a esses bravos homens da Polícia Militar que estão lutando e trabalhando.

Vejo aqui o Deputado Conte Lopes, que representa muito bem a Polícia Militar do nosso Estado, de forma que também o agradeço.

Tenho certeza que, se não vencermos todos os desafios da segurança, não faltarão esforços para que cada vez mais a população de São Paulo se sinta mais tranquila e segura. Muito obrigado a todos. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. ROBERTO MORAIS - PPS - Sr. Presidente, havendo acordo entre os líderes presentes, solicitamos o levantamento da presente sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Sras. Deputadas e Srs. Deputados, esta Presidência adita a Ordem do Dia da Sessão Ordinária de amanhã com o PLC nº 24/10, que tramita em regime de urgência.

Havendo acordo de líderes, antes de dar por levantados os trabalhos, convoco V. Exas. para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental, com a mesma Ordem do Dia de hoje e o aditamento anunciado, lembrando-os ainda da Sessão Extraordinária a realizar-se hoje às 19 horas.

Está levantada a presente sessão.

 

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- Levanta-se a sessão às 17 horas e 37 minutos.

 

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