26  DE  MAIO  DE 2000

13ª SESSÃO SOLENE DE COMEMORAÇÃO DO 20º ANIVERSÁRIO DA ASSOCIAÇÃO DOS JORNAIS DO INTERIOR DO ESTADO DE SÃO PAULO

 

Presidência: EDSON APARECIDO

 

Secretária: EDNA MACEDO

 

DIVISÃO TÉCNICA DE TAQUIGRAFIA

Data: 26/05/2000 - Sessão 13ª S. Solene  Publ. DOE:

Presidente: EDSON APARECIDO

 

COMEMORAÇÃO DO 20º ANIVERSÁRIO DA ASSOCIAÇÃO DOS JORNAIS DO INTERIOR DO ESTADO DE SÃO PAULO

001 - EDSON APARECIDO

Assume a Presidência e abre a sessão. Nomeia as autoridades. Anuncia que a sessão foi convocada pela Presidência da Casa, atendendo solicitação do Deputado ora na Presidência, com a finalidade de comemorar o 20º Aniversário da Associação dos Jornais do Interior do Estado, a Adjori, São Paulo. Convida todos a ouvirem a execução do Hino Nacional Brasileiro.

 

002 - EDIR SALES

Cumprimenta as autoridades e, em especial, ao Presidente Edson Aparecido pela idéia da solenidade. Discorre sobre o papel da Adjori junto aos jornais da Capital.

 

003 - JOÃO CARLOS RABELLO

Na condição de vice-presidente da Adjori Rio de Janeiro e diretor comercial da Febrajor, cumprimenta as autoridades e apresenta-se falando também em nome da Adjori Rio Grande do Sul. Disserta sobre sua carreira profissional de jornalista.

 

004 - RICARDO MONTORO

Na qualidade de suplente Deputado Estadual representante da Secretaria de Esportes e Turismo, cumprimenta a todos em especial ao Sr. Válter Estevan, presidente da Adjori, pelos 20 anos da instituição. Lembra a figura de seu pai, o ex-governador Franco Montoro.

 

005 - GENILSON SENCHE

Como Diretor do jornal Folha Regional de Araçatuba, cumprimenta o Presidente da sessão e aos demais Deputados. Saúda as autoridades. Apresenta-se como orador oficial nesta solenidade dos 20 anos da Adjori. Estabelece um paralelo entre o passado, o presente e o futuro e lembra os companheiros fundadores da associação.

 

006 - Presidente EDSON APARECIDO

Convoca o professor Valter Estevan Júnior, Presidente da Adjori para entrega de placas comemorativas do evento aos senhores Alberto Talauskas, Pedro Torre e Genilson Senche.

 

007 - VÁLTER ESTEVAN JÚNIOR

Enaltece a figura de Alberto Talauskas como seu braço direito nos trabalhos com a Adjori. Elogia a disponibilidade de Genilson Senche e a atenção do amigo Pedro Torres. Homenageia o Presidente Edson Aparecido.

 

008 - Presidente EDSON APARECIDO

Agradece a todos que colaboraram para o êxito da solenidade. Encerra a sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - EDSON APARECIDO - PSDB - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Convido a Sra. Deputada Edna Macedo para, como  2º Secretária “ad hoc”, proceder à leitura da Ata da sessão anterior. 

                                              

A  SRA. 2º SECRETÁRIA - EDNA MACEDO - PTB  -  Procede à leitura da Ata da sessão anterior, que é considerada aprovada.

 

*    *    *

 

            O SR. PRESIDENTE - EDSON APARECIDO - PSDB - Esta Presidência agradece à nobre Deputada Edna Macedo. Registramos a presença em plenário da nobre Deputada Edir Sales.

Gostaríamos de nomear as pessoas presentes à Mesa: Sr. Professor Valter Estevan Júnior, da Adjori e Diretor do “Jornal Diário das Cidades”, de São Bernardo do Campo; Sr. Carlos Alberto Zancan, Vice-Presidente da Adjori, Diretor do Jornal Popular Nova Prata; Sr. João Carlos Rabello, vice-Presidente da Adjori, Rio de Janeiro, e Diretor Comercial da Febrajor; o Sr. Genilson Senche, Diretor do “Jornal Folha Regional-Araçatuba”.

            Gostaria de convidar para fazer parte da Mesa o Sr. Ricardo Montoro, representando o Secretário de Turismo e Esportes de São Paulo, Marcos Arbaitman, que nos faz lembrar a doce figura do grande estadista Governador André Franco Montoro.

            Gostaríamos de registrar a presença do Sr. José Ronaldo Curi, representando o Exmo. Sr. João Carlos de Souza Meirelles, Secretário de Estado da Agricultura e Abastecimento;  Sr. Paulo Mendonza Negrão, representando o Exmo. Sr. José Aníbal, Secretário de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo;  Sra. Vera Martins, Presidente da Febracos; Sr. Evaldo Vicente, sócio honorário da Adjori e Diretor de “A Tribuna Piracicabana”; Sr. Raimundo Sales Santos, do “Diário das Cidades”.

            Srs. Deputados, minhas senhoras, meus senhores, esta sessão solene foi convocada pelo Presidente desta Casa, Deputado Vanderlei Macris, atendendo solicitação do Deputado Edson Aparecido, com a finalidade de comemorar o 20º Aniversário da Associação dos Jornais do Interior do Estado de São Paulo, a Adjori, São Paulo.

Convido a todos os presentes para, de pé, ouvirmos o Hino Nacional Brasileiro, executado pela Banda da Polícia Militar.

 

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-         É executado o Hino Nacional.

 

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            O SR. PRESIDENTE - EDSON APARECIDO - PSDB - Esta Presidência agradece os componentes da Banda da Polícia Militar do Estado de São Paulo.

            Concedo a palavra  à nobre Deputada Edir Sales, da Bancada do Partido Liberal.

 

             A SRA. EDIR SALES - PL - Sr. Presidente, Deputado Edson Aparecido, Deputada Edna Macedo e amigos que hoje enchem esta Casa  de alegria, é muito bom estar mais uma vez entre amigos, como a Vera Martins, presidente da Federação Brasileira de Colunistas Sociais, que percorre todo o Estado de São Paulo e o Brasil, representando a nós, colunistas; meus amigos jornalistas do “Diário de Osasco”,  Evaldo, da “Tribuna de Piracicaba”, em nome de quem cumprimento todos os outros jornalistas que aqui estão; meu amigo presidente da ADJORI, Valter Estevan Júnior, tão bem conceituado e que já há algum tempo faz a ADJORI ir cada vez mais adiante, gostaria de cumprimentar a brilhante idéia do nosso querido Deputado Edson Aparecido de reunir pessoas tão importantes, brilhantes e insubstituíveis para que continuemos a divulgar o que é bom.

São jornais sérios, diários, semanais, mensais e quinzenais que levam a todos de cada região a notícia necessária.

            Sabemos que é a ADJORI, Associação dos Jornais do Interior do Estado de São Paulo, que fornece os furos de reportagem para os grandes jornais como “Folha de S.Paulo”, “O Estado de S.Paulo” e o “Diário Popular”. Sabemos que eles vão buscar na Internet as muitas notícias das cidades, porque os jornais da capital se informam através dos jornais do interior. A ADJORI tem crescido a cada dia, e reconhecido e enaltecido o trabalho de cada jornal.  Nós, deputados desta Casa, temos recebido quase todos os jornais que nos enviam. Temos o  “Clipping” aqui e quero cumprimentar o presidente por essa iniciativa. É muito bom que vocês saibam disso, para que continuem enviando para a Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo todos os seus jornais para que sejam “clipados”.

            Sinto-me feliz, porque todos sabem que antes de ser deputada sempre escrevi para vários jornais, inclusive para os jornais desses amigos que citei e de outros também, e mantenho uma coluna. Quando soube que o meu amigo Deputado Edson Aparecido havia proposto essa sessão solene de hoje, não poderia deixar de estar aqui e agradecer a grande divulgação que todos têm feito a respeito dos meus projetos de leis. Todos sabem que a minha principal preocupação na Assembléia Legislativa de São Paulo é o combate ao alcoolismo, que é a maior droga liberada do século. Todos sabem também que 90% dos viciados em drogas ilícitas iniciam no álcool, e que 80% dos acidentes de carro são provocados pelo uso do álcool. Vocês não podem imaginar o quanto vocês estão fortalecendo esse alerta. O Ministério da Saúde e o Conselho Federal  estão participando conosco nas campanhas graças às divulgações da maioria dos jornais que fazem parte da Associação dos Jornais do Interior.

            Parabéns, meu nobre presidente e colega, Valter Estevan, presidente da ADJORI. Parabéns, ao meu amigo presidente desta sessão solene pela idéia,  e ao meu amigo Pedro Torres, de Brasília, que vem nos prestigiar nessa noite inesquecível. Não citei outros nomes porque já foram mencionados pelo presidente Edson Aparecido.

            Muito obrigada, sejam bem-vindos, e contem com esta Assembléia Legislativa, que tem levado muito a sério o trabalho de vocês. Boa noite! (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - EDSON APARECIDO - PSDB - Agradeço as palavras da nobre Deputada Edir Sales e registramos a presença do Exmo. Sr. Manoel Lopes, vereador da Câmara Municipal de Mauá, que acompanha esta sessão, e de José Carlos Pilão e Sandra Alba Ferro.

            Concedo a palavra ao Sr. João Carlos Rabello, vice-presidente da Adjori, Rio de Janeiro, e diretor comercial da Febrajor.

 

            O SR. JOÃO CARLOS RABELLO - Sr. Presidente, Deputado Edson Aparecido; Deputada Edir Sales; Deputada Edna Macedo, jornalista Carlos Alberto Zarcan, meu companheiro da Adjori do Rio Grande do Sul, que me delegou também a tarefa de falar em nome dos companheiros das outras Adjoris,  meu presidente predileto e grande guerreiro, Valter Estevan Júnior, falar em nome do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul é uma grande satisfação, especialmente porque sou paulista. Estou falando em nome do Rio de Janeiro, mas nasci em Aparecida do Norte, onde tive o grande sonho de fazer um jornal, que não consegui fazer até hoje.

            Levaram-me para o Rio de Janeiro, onde acabei trabalhando no “O Globo”, “Jornal do Brasil” e na TV Globo. Acabei trabalhando com alguns jornalistas que ficaram bastante conhecidos e que com certeza transformaram a linguagem da imprensa no Brasil, no jornal chamado “O Pasquim”, de que mais tarde acabei sendo o presidente. Trabalhei junto com Paulo Francis, Ziraldo, Jaguar, Millôr Fernandes, César Augusto e tantos outros que ajudaram a resistir na ditadura militar. Acabamos presos algumas vezes por conta disso, e hoje rimos dessa história, mas naquela época tivemos muito medo.

            Quando fui para o Estado do Rio de Janeiro, foi em Angra dos Reis que comecei minha carreira de jornalista, aos 17 anos de idade, sendo correspondente do “ O Globo”. Logo depois, fui para o Rio de Janeiro mas fiquei ligado afetivamente a Angra dos Reis. Antes de fazer o meu Jornal de Aparecida, acabei fazendo o meu jornal em Angra dos Reis. Depois, por conta disso, acabei virando membro da Associação dos Jornais do Interior do Estado do Rio de Janeiro, sou Presidente da Associação e abracei uma causa muito mais importante do que as pessoas pensam: a imprensa do interior do Brasil. Os grandes jornalistas já descobriram a importância desses jornais, mas existe ainda uma parcela do mercado que não descobriu a importância desses jornais.

O pessoal das agências de publicidade muitas vezes torcem o nariz para os jornais do interior. Mas como estou falando em nome do Rio Grande do Sul e em nome do Rio de Janeiro, quero dar alguns números. São Paulo é outra história. Na Capital temos o primeiro mercado do país e no Interior de São Paulo o segundo mercado do país. Não dá nem para comparar com o restante dos outros Estados. Mas vou dar só os números do Estado do Rio de Janeiro para vocês pensarem. Não há mais que 1.500 jornalistas - dentre outros profissionais - trabalhando nos jornais da capital do Rio de Janeiro. No interior do Rio de Janeiro são mais de 6.200 pessoas, de acordo com o levantamento feito no início deste ano. O interior do Rio de Janeiro tem 91 municípios,  São Paulo tem pouco mais de 640 municípios. Imaginem o que representa a imprensa do interior nessa relação de geração de empregos para esse mercado de trabalho de comunicação tão importante! Agora vou dar o exemplo do Rio Grande do Sul, que conheço bem também. É uma relação grande que tenho com o Rio Grande do Sul, porque o Estado faz um dos melhores jornais profissionais do interior do Brasil. É um exemplo para todos nós, inclusive para o Estado de São Paulo. O Evaldo, que nos acompanha desde o início da Adjori, sabe disso.

Em Novo Hamburgo, uma cidade de 200 mil habitantes, o jornal da região tem 43 mil assinantes. É o décimo primeiro jornal em assinantes no Brasil. Está na frente de um grande número de jornais de capital.

Em Pelotas, o “Diário Popular de Pelotas” tem 22 mil assinantes. Em Santa Cruz do Sul, a “Gazeta do Sul” tem 19 mil assinantes, uma cidade de 100 mil habitantes. Isso mostra a capacidade que o jornal do interior tem de se comunicar com a sua cidade. Não tenho nada contra a “Folha de S. Paulo”, por exemplo, que tem um trabalho belíssimo, fantástico, uma prestação de serviço histórica, nem contra “O Estado de S. Paulo”, que foi tão vilipendiado pela censura, como foi o nosso Pasquim no Rio de Janeiro, que tem um grande serviço prestado. Não tenho nada contra os grandes jornais. Pelo contrário. Queremos que eles sejam cada vez mais fortes e independentes. Mas um jornal como a “Folha de S. Paulo” ou “O Estado de S. Paulo”, se comparados com a circulação, por exemplo, do NH de Novo Hamburgo ou da  “Gazeta do Sul”, de Santa Cruz do Sul, deveria ter três, quatro, cinco milhões de exemplares vendidos diariamente. Eles têm 450 mil, de acordo com o instituto verificador de circulação. Esta a relação da cidade de São Paulo comparada à população do município.

O poder de fogo do jornal do interior é muito grande. No entanto, nem o Poder Público, nem o Estado investem nos jornais do interior. Não é para distribuir dinheiro para os jornais do interior. Ninguém está aqui pedindo esmola. Nós queremos que o mesmo investimento que se faz nos grandes veículos de comunicação da capital se faça nos veículos de comunicação do interior de todo o Brasil. É esta a reivindicação, é esse respeito, é essa relação profissional que queremos. Não queremos que se dê uma “graninha para o cala boca”. Já passou esse tempo.

Somos e queremos ser respeitados como profissionais sérios e honestos da informação, o Poder Público tem de usar esse canal para prestar contas da sua atividade à população.

Quem fundou a Adjori aqui em São Paulo - isso há 20 anos - foi uma pessoa chamada Roberto Santos junto, no Rio Grande do Sul, com Mário Gusmão, lá a Adjori já existia há mais tempo, mas houve um movimento nessa época para fundar vários Adjori’s no Brasil. Depois do Rio Grande do Sul, São Paulo foi quem fez a primeira Adjori e o Roberto Santos foi quem ajudou a fundar, foi o primeiro presidente. Depois veio o Rio de Janeiro em 1981 - no ano que vem vamos completar 20 anos no Rio de Janeiro. Na época, Evaldo e eu éramos oposição a esse pessoal que estava aí e conseguimos ganhar, chegamos ao poder, sem desrespeitar os nossos antecessores. Queremos renovar esse trabalho na relação profissional com os jornais, com os clientes, com o leitor, com o consumidor e, principalmente, com a classe política.

Sr. Presidente, agradecemos muito a V. Exa. e às duas Deputadas por prestigiarem esta sessão. Para nós, jornalistas do Interior, é muito importante esse reconhecimento e essa parceria com o Poder Público.

Tenho 47 anos. Dizem, com o estudo dos corpos genéticos, que poderemos chegar aos 150 anos. Espero que antes disso, eu consiga fazer meu jornal em Aparecida. Até lá serei sócio da Adjori aqui de São Paulo. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - EDSON APARECIDO - PSDB - A Presidência agradece as palavras do Sr. João Carlos Rabello.

Vamos passar a palavra, neste instante, ao Sr. Ricardo Montoro, representando a Secretaria de Esportes e Turismo do Estado de São Paulo. Ricardo Montoro é filho do grande estadista sócio emérito da Adjori o ex-Governador André Franco Montoro. Todos sabem que a história recente do país guarda um lugar de destaque na galeria dos seus estadistas, daqueles que defenderam a democracia de maneira intransigente, com idéias, com dedicação absoluta à causa pública e o ex-Governador Franco Montoro, sem dúvida nenhuma, tem um lugar de destaque nesta galeria.

            Portanto, não poderíamos deixar de ouvir o nosso suplente de Deputado Estadual, companheiro e amigo Ricardo Montoro.  

 

O SR. RICARDO MONTORO - Meus amigos, boa-noite. Muito obrigado pelo convite, meu amigo Deputado Edson Aparecido. Quero cumprimentar Valter Estevan, Digníssimo Presidente da Adjori,  e ao fazê-lo não poderia deixar de lembrar a figura do meu pai, o ex-Governador Franco Montoro, que dentre outras qualidades tinha a de ser um governante moderno. E moderno, porque ele defendia, na sua filosofia de governo, a descentralização e a participação da população nas decisões de governo. Ele sempre dizia - muitos de vocês por certo ouviram-no falar - que ninguém mora na União, ninguém mora no Estado, todos moram no Município. Nesse sentido ele, como Governador, fez questão de prestigiar os jornais do interior não como uma dádiva, mas como uma obrigação, como uma filosofia de governo.

Os jornais do interior também significam a possibilidade da participação da população local nos eventos,  em decisões de governo, escrevendo artigos locais, enfim.

Dentro deste binômio descentralização-participação é que saúdo a diretoria da Adjori e espero poder estar aqui para comemorar mais 20 anos de Adjori. (Palmas.)

 

            O SR. PRESIDENTE - EDSON APARECIDO - PSDB -  Tem a palavra o Sr. Genilson Senche, Diretor do jornal Folha Regional de Araçatuba.

           

  O SR. GENILSON SENCHE - Exmo. Sr. Presidente desta sessão, que tem engrandecido o nome da imprensa do interior nesta Casa e demais deputados presentes que têm nos honrado com o apoio da Assembléia Legislativa de São Paulo, a mais legítima representante do povo paulista na tarefa de dividir as forças com a imprensa do interior e fortalecê-la, para que ela possa escrever com grandeza a história do nosso Estado, da nossa gente e principalmente daquelas comunidades mais afastadas; Exmo. Sr. Dr. Ricardo Montoro, Digníssimo Secretário de Esporte e Turismo, filho do grande ex-Deputado, do grande ex-Governador, do grande líder democrata Franco Montoro, a quem aprendemos a respeitar desde os tempos do pequeno PDC, Partido Democrata Cristão, onde ele iniciou sua luta, Exmo. Sr. Carlos Alberto Zancan, vice-Presidente da Adjori do Rio Grande do Sul e Diretor do Jornal Popular Nova Prata, Exmo. Sr. Valter Estevan Júnior, Presidente da Adjori  e Diretor do jornal “Diário da Cidade”, que tem sido um baluarte na condução da nossa Associação de Jornais do Interior, procurando sempre unir os jornais nas grandes causas; Sr. João Carlos Rabello, vice-Presidente da Adjori do Rio de Janeiro e Diretor Comercial da Febrajor, que também já de longa data conhecemos pela sua atividade na Adjori do Rio de Janeiro, onde participamos de congressos nacionais de jornais do interior promovido pela Associação Brasileira de Jornais, Exmo. Sr.  Manoel Lopes, Vereador à Câmara Municipal de Mauá, que nos prestigia nesta sessão, Sr. José Ronaldo Curi, representado o Exmo. Sr.  João Carlos de Souza Meirelles, Secretário do Estado da Agricultura e do Abastecimento; Exmo. Sr.  Paulo Mendonza Negrão, representando o Exmo. Sr.  José Anibal, Secretário de Ciência,  Tecnologia e Desenvolvimento Econômico; Exmo. Sr.   Raimundo Sales dos Santos, do “Diário das Cidades”; Exma. Sra. Edna Macedo e Exma. Sra. Edir Sales, às quais já tivemos a oportunidade de nos referir, cara colega jornalista e colunista social Vera Martins, Presidente da Febracos, Federação dos Colunistas Sociais do Brasil, caro companheiro Evaldo Vicente, ex-Presidente , sócio honorário da Adjori e Diretor do jornal “A Tribuna Piracicabana”, Sr. José Carlos Pilão, Digníssimo representante,  nesta oportunidade, da Pisa, Papéis, Imprensa AS, juntamente com a Sra. Sandra Alba Ferro, gerente de negócios da Pisa; senhoras, senhores e colegas editores dos jornais do interior do Estado de São Paulo, mais pela grandeza de coração e pela bondade do Sr. Estevan e dos demais membros da Adjori, estou aqui nesta noite memorável dos 20 anos da nossa associação, como orador oficial, falando em nome da Adjori para esta plêiade de pessoas importantes que vieram prestigiar esse acontecimento, que posso também dizer que é dos mais importantes pela representatividade.

Quero estabelecer um paralelo entre o passado, o presente e o futuro, lembrar neste momento de grandes companheiros fundadores da nossa associação, como foram Roberto Santos, Presidente da CBI, um dos nomes que se preocuparam, em 1980, em reunir os jornais do interior numa única força e num único corpo, foi presidente por muitos anos assim como o nosso companheiro falecido Víctor Sioque, Diretor do “Diário de Sorocaba”, grande companheiro e também ex-Presidente da nossa associação; não poderíamos esquecer de forma alguma do nome de outro companheiro batalhador, Paulo Silva, do jornal “O Imparcial” de Araraquara e tantos outros homens que homenageio na memória desses companheiros que se foram e que aqui deixaram o seu ideal, o seu amor à causa, o seu companheirismo para que os jornais do interior pudessem encontrar um rumo, caminhar no sentido do crescimento do profissionalismo, gritar a sua independência, crescer no sentido profissional do jornalismo maior, técnico científico, na qualificação dos seus produtos, naquilo que sem dúvida nenhuma têm de mais sagrado, que é a sua própria independência em defesa da sua comunidade em  cujo contexto ele se insere.

São importantes os jornais da capital, os jornais de grande circulação nacional, mas com certeza ninguém do nosso interior do Estado jamais viu em um jornal desses o registro de algum fato social de importância da sua comunidade, jamais viu num jornal desses o nascimento de um filho, o batismo, o casamento, o namoro e, por que não dizer, até mesmo os problemas da família, que são registrados sempre  pelos  pequenos jornais do interior. Não há espaço nos grandes jornais para se analisar  com profundidade os problemas das pequenas comunidades. Infelizmente, na maioria das vezes que os grandes jornais chegam à cidade do interior em busca de matéria, estas têm o cerne catastrófico, sempre são grandes acontecimentos e grandes ruínas que infernizam ou infelicitam a vida do povo.

Quem lutou pela Rodovia de Vicinal por um jornal local, ou pela escola de um bairro afastado? Foi o jornal local. Quem lutou pela instalação de um posto de saúde, de uma unidade médica ou por uma verba que o Governo se negava há muito tempo ceder àquele município onde se contextualiza a ação do jornal? O jornal local.

As grandes, pequenas e médias conquistas das pequenas, grandes e médias comunidades sempre passaram pela redação do jornal local, sempre tiveram ali a pena do escriba, ainda com o jornalzinho daquela primeira etapa, com a composição de letra por letra, com a máquina vertical, fazendo a impressão do pequeno folheto, do pequeno jornal, depois de um jornal maior, com a máquina plana, depois conquistando o seu linotipo, que era uma grande conquista naquela época, depois, com o passar do tempo, conseguindo sua impressora off-set plana, depois, ainda com muita luta, sofrimento, trabalho e endividamento, conseguindo também a impressora rotativa e, a partir daí, a liberdade para o aumento das tiragens, para o aumento da força do empreendimento jornalístico e sua libertação em termos de transformação e empresa bem-sucedida e bem-organizada. Enganam-se aqueles que acham que o jornal do interior é um jornal sem estrutura, sem organização e sem preparo de seu pessoal de redação. Já vai longe o tempo em que o dono do jornal era o redator, o editor, o repórter, o fotógrafo. Ainda existem casos assim, mas na grande maioria os jornais do interior, hoje, têm uma estrutura profissional invejável. E são os jornais do interior que normalmente formam e treinam a mão-de-obra dos correspondentes dos grandes jornais de São Paulo para a correspondência desses jornais e até mesmo para suas redações.

São os jornalistas do interior os profissionais formados na escola da vida, na luta do dia-a-dia. É muito raro ver-se entre os proprietários e diretores de jornais tanto do interior de São Paulo como do Brasil jornalistas formados em faculdades. Eles são formados na escola da vida, no quebra-cabeça do dia-a-dia, e acima de tudo são formados pelo seu ideal, pela sua vocação, pela sua vontade de fazer e de construir permanentemente uma cidade cada vez maior e as condições para que ela tenha cada vez mais justiça nas condições de vida de sua comunidade. Hoje, meus amigos, traçando o paralelo do passado, como já fizemos, chegando ao jornal dos dias atuais, vemos que os jornais do interior são a grande força de comunicação. Somadas, suas tiragens superam a tiragem dos grandes jornais das capitais em duas a três vezes, dependendo do estado em que se localizem. No interior de São Paulo temos inúmeros jornais com tiragens superiores aos jornais de muitas capitais de Estados brasileiros. No interior de São Paulo temos empresas organizadas, empresas que realmente prestam serviço inclusive a jornais de outros Estados, permitindo estágios e treinamentos, trazendo o pessoal para o aprendizado, que será levado também a outros Estados da federação brasileira, para levantar o nível de suas publicações. O interior de São Paulo, hoje, é realmente um exemplo, é a segunda economia do país, onde fervilha o investimento novo. Todas as pesquisas e levantamentos mostram que, no interior de São Paulo, cresce o volume de empregos, diminui o volume de desemprego, cresce o número de empresas. As matérias-primas ali geradas e que vinham para ser industrializadas na Marginal de nossa Capital, o milho que vinha do interior, muitas vezes  para a fábrica Maizena, na Grande São Paulo, hoje está encontrando no interior sua destinação própria, seja para a criação de frangos, seja para o fortalecimento da avicultura, seja para o refino de óleo. Uma série de produtos da agroindústria hoje enriquece o interior, inclusive o Proálcool, que tem o interior de São Paulo como o maior produtor da nação, representando, sem dúvida, a economia de muitos barris de petróleo que deixam de ser importados, deixando de mandar divisas do Brasil para outros países. Nisso tudo está o dedo da imprensa, nisso tudo está a mão do jornal do interior, que sempre caminhou muito próximo à administração pública, o jornal do interior que sempre soube entender que é possível, na sua cidade, construir sem destruir, o jornal do interior que sempre teve sinceridade de propósito em suas críticas à administração municipal, estadual ou federal. Jornal do interior que, acima de querer formar uma oposição cega e idiota, uma oposição destrutiva, preocupa-se em formar uma consciência coletiva no caminho do bem e da verdade, que haverão de construir essa grande nação chamada Brasil, tão logo consigam, através da sua força e da repercussão das boas administrações, combater a corrupção que assola este País. É comum dizer-se, dentro das nossas entidades, que o Brasil, para ser a maior nação do mundo, não precisa nem tanto de grande competência. Precisa, sim, de muita honestidade. Se aplicarmos com honestidade os recursos dos impostos pagos por esta nação, que é a mais tributada do mundo, com certeza construiremos também a maior nação do mundo, e faremos justiça a esses milhões de brasileiros que vivem marginalizados, na amargura do desemprego, na amargura e escuridão do analfabetismo, muitos deles não passando do primeiro grau e uma grande maioria não conseguindo chegar aos bancos das universidades.

Por isso, Valter Estevan Júnior, agradeço a oportunidade que me deu, repito, mais pela sua grandeza de coração e pela bondade da diretoria da Adjori, de poder estar falando aqui, nesta noite, aos nossos companheiros, lembrando inclusive a existência de centenários no interior. Temos jornais com mais de cem anos no interior do Estado de São Paulo, jornais como o ‘Jornal de Piracicaba’, ‘A Tribuna’, de Moji, ‘A Tribuna do Norte’, de Pinda, e ‘A Comarca’, de Moji. Temos também ‘A Tribuna’, de Santos, embora hoje não se considere Santos como interior. Mas ‘A Tribuna’, de Santos, também tem mais de cem anos. Vê-se por aí que a imprensa do interior nasceu muito cedo. Temos um ‘Estadão’ centenário aqui, mas temos vários jornais do interior com mais de cem anos de luta e de serviços prestados às suas comunidades e regiões.

Queremos, nesta oportunidade, mais uma vez agradecer à Assembléia Legislativa, na pessoa do Presidente desta sessão e dos Srs. Deputados que aqui se encontram, pela oportunidade que nos dá de comemorar aqui dentro, na ‘Casa do Povo’, esta Casa que é símbolo da democracia, esta Casa que, pelas eleições proporcionais, traz ao seu interior a representação de todas as categorias, de todas as classes sociais, de 100% da população paulista. É evidente que a liberdade e a imprensa caminham juntas, é evidente que a democracia fortalece a liberdade e é evidente que a imprensa fortalece a democracia. Uma fortalece a outra, ambas fortalecem o bem-estar da comunidade e da nação.

Sr. Presidente, nobres Srs. Deputados, Presidente da Adjori, caros colegas da imprensa interiorana, muito obrigado por terem vindo, muito obrigado pela participação. Começa hoje, começa agora uma nova era. Nós, que passamos pelo tipo móvel de Gutemberg, nós que passamos pela impressão a quente e pelo linotipo, nós que passamos pela impressão plana das máquinas off-set, e que hoje, em uma grande maioria, estamos crescendo para as rotativas e ganhando velocidade para as grandes tiragens temos hoje um olho no futuro. Nós que sofremos tanto, que gastamos tanto com papel, com tinta, nós que gastamos tanto com distribuição, nós que gastamos tanto com material para impressão hoje temos a oportunidade de rodar o nosso jornal, de imprimir o nosso jornal, de distribuir o nosso jornal sem gastar praticamente nada, através da Internet.

Quero, ao dizer e fazer um paralelo entre o passado, o presente e o futuro, alertar nossos companheiros para que não entreguem de mão beijada o seu trabalho a alguns provedores que estão surgindo, os provedores de acesso, que querem nossas informações gratuitamente como se estivessem fazendo um favor para os jornais do interior, inclusive algumas multinacionais querem dominar a comunicação no mundo, especialmente no Brasil; querem as nossas informações para enriquecer seus provedores para futuramente, sem dúvida nenhuma, empurrarem para fora da comunicação aqueles que não estão com o pé dentro da comunicação eletrônica. É hora de pensar nisto, meu caro Valter Estevan; é  hora de pensar nisto, caros colegas jornalistas; é hora de pensar nisso senhores proprietários de veículos de imprensa do interior. Temos de formar o nosso provedor, o provedor dos jornais do interior. É a chance que temos de entregar  o nosso jornal sem papel, sem tinta, no mundo inteiro; onde tiver alguém do Interior de São Paulo; no Brasil inteiro onde alguém queira ler um desses jornais. Como mandamos jornal pelo correio, às vezes leva uma semana, um mês para chegar nos demais Estados da Federação. É hora de termos o nosso arquivo, de cobrarmos por isto. É hora de vendermos o nosso produto, depois de vencida a circulação do nosso jornal. Não é justo que se trabalhe feito maluco, que se tenha 40, 50 pessoas numa redação produzindo para no dia seguinte, 8 horas da manhã, tudo ser jogado fora ou ser entregue de mão beijada a uma multinacional, dona de um grande provedor, para que ela faça dinheiro às custas do nosso sacrifício.

            Quando era difícil fazer jornal, esse pessoal não aparecia. Hoje, que podemos distribuir o jornal com uma tranqüilidade muito maior, eles querem se apropriar gratuitamente do nosso trabalho para vender para os seus internautas e nós ficamos chupando o dedo sem receber nenhum centavo por isso. Eu lanço a idéia, jogo a semente, espero que ela caia em terra fértil para que possamos, a partir deste 20º aniversário da Adjori, começar a pensar na importância de formarmos um grande portal, o portal dos jornais do interior, onde qualquer pessoa do mundo que queira saber alguma coisa sobre o interior de São Paulo, a segunda maior economia do Brasil, possa acessá-lo e ali ter informações do dia, informações do arquivo do jornal daqui há 20 anos ou ainda fazer pesquisas sobre as regiões ou sobre as cidades desses jornais.

            Meus amigos, antes de encerrar, quero deixar outra mensagem. Estou na imprensa há praticamente 37 anos e não requeri a aposentadoria até hoje porque entendi uma coisa muito importante: quando se trata de jornal do interior, o preço da liberdade é a pulverização do  custo. É muito importante que entendamos isto: o lema do jornal deve ser: muita gente pagando pouco através da assinatura, através dos classificados e não pouca gente pagando muito, porque quando pouca gente  paga muito, a liberdade do jornal está comprometida e permanentemente ameaçada, como se tivesse sobre a cabeça do jornal a espada de Dâmocles. Trata-se de um trabalho organizacional. Vamos nos organizar mais ainda. Vamos continuar treinando o nosso pessoal. Vamos continuar aplicando os programas de qualidade total, vamos ampliar a condição técnica das nossas gráficas, vamos diversificar o nosso trabalho, editar livros, revistas, enfim, prestar outros serviços relacionados à atividade de imprensa, vamos buscar outras fontes de ganho, vamos colocar o nosso portal na “Internet”. Vocês podem inclusive oferecer para seu assinante, como já fazemos em Araçatuba - há três anos temos um provedor próprio - um preço muito melhor do que aquele cobrado pelos provedores que aí estão e com isto estarão amarrando assinantes nas duas pontas, na leitura do papel e na leitura da “Internet”. Isto quer dizer que as duas mídias se complementam. A “Internet” não vai acabar com o jornal. Ela vai complementar o jornal. A vantagem da “Internet” é que não tem limite. Todos vocês podem fazer um jornal a cores, todas as fotografias podem ser passadas a cores pela “Internet”, não há limite de papel, de página, podem escrever à vontade e tenham a certeza de que quem tiver a chance de ter um jornal de papel na mão, não vai ficar lendo jornal em computador.

            Quem iria ler no computador? Quem está longe, onde o acesso de entrega é difícil.  Já temos leitores em Miami, Nova Iorque, China, Índia, Japão, os dekasseguis da região de Araçatuba lêem o nosso jornal. Temos uma tiragem na região de 14.200 exemplares nos dias de semana; aos domingos estamos passando de 15 mil. Quer dizer, é uma tiragem “case” dentro da PJ e dentro da NJ, em se considerando a área demográfica de circulação que temos. Então é possível crescer, gente, e se cresce fazendo tiragem, se cresce filiando-se ao IVC, se cresce profissionalizando-se, cresce-se visitando as agências, mostrando o alcance da propaganda feita em nossos veículos, cresce-se defendendo os interesses do povo com independência, com garra, com liberdade. À medida que se defende os interesses da população, a população prestigia o jornal, a população assina, a população, sem dúvida nenhuma, vê no jornal um instrumento de defesa permanente dos seus ideais.

Companheiros, parabéns pelos 20 anos da Adjori. Parabéns pela presença dos que aqui estão. A união também é fundamental. É importante que as entidades sejam fortalecidas pelos que delas participam. É importante que ao comemorar os 21 anos tenhamos o dobro, o triplo da presença dos nossos filiados. Vocês estão de parabéns por estarem aqui, por terem conduzido a Adjori nesses 20 anos através de presidentes  competentes, independentes, que tiveram a firmeza de conduzir a Adjori pelos melhores caminhos.

Parabéns a todos vocês. Que Deus ilumine o pensamento de cada um, o ideal de cada um, a vocação de cada um, o trabalho de cada um. Que vocês continuem trabalhando com isenção de ânimo, com liberdade e com imenso amor ao Brasil. (Palmas)

 

O SR. PRESIDENTE - EDSON APARECIDO - PSDB - A Presidência deseja registrar a presença do Dr. Nascimento, representando o Deputado Gilberto Nascimento, e da Deputada Maria do Carmo Piunti, que nos enviou felicitações pela realização desta sessão. Em razão de compromisso na cidade de Itu, não pôde estar presente, mas registrou a sua eterna ligação com os jornais do interior, com a Adjori. Esta Presidência convoca agora o Professor Valter Estevan Júnior, Presidente da Adjori, para a entrega de placas aos Srs. Alberto Talauskas, Pedro Torre e Genilson Senche.

 

O SR. VALTER ESTEVAN JÚNIOR - Eu sempre digo que temos de prestigiar as pessoas que nos ajudam.

O Alberto tem sido o meu braço direito, esquerdo, cabeça e nunca negou seus trabalhos para ajudar a Adjori.

Sempre que homenageamos nossos associados digo que não podemos esquecer os nossos líderes, os nossos amigos e o Talauskas merece a nossa homenagem.

O Genilson falou que foi de coração. Foi de coração  porque toda vez que ligamos para ele querendo saber como se faz isso, Genilson que vamos fazer, ele prontamente dá retorno, explica, fala e atende, a mesma coisa com o Evaldo, nosso amigo,  e essa parte associativa é muito importante para nossa associação. Essa integração de um a um é o que vale  ainda mais dentro da Adjori.  O companheirismo é primordial. A nossa primeira homenagem ao nosso orador, grande orador, tenho certeza de que acertei em cheio em te convidar . Nossos parabéns, nossas homenagens. (Palmas.) Meu irmãozão que não é só no tamanho que é grande, é na inteligência, Alberto Talauscas. (Palmas)

            O terceiro é um jornalista, que não é associado da Adjori mas está sempre nos enviando matéria, atendendo-nos. A coisa mais difícil é ir de um lugar para o outro, é atencioso, sim, sim , não, não  e a coisa mais importante em uma pessoa é a sinceridade e assim é  o nosso amigo Pedro Torres, assessor de imprensa do Dr. Wagner Canhedo, da Vasp. (Palmas.)

            Tenho ainda um mimo para o nobre Deputado que preside esta sessão solene, Deputado Edson Aparecido. Quando o conheci o atual Deputado era ainda secretário do Serjão e eu, sempre entrão - tenho de ver os interesses da entidade -, fui procurar o Serjão lá no hotel Transamérica. Ele, então, falou assim para mim: “É com o Edson, fala com ele.” Foi amizade à primeira vista. A partir daquele dia também a mesma coisa, vamos fazer, procura-me, vem, e  atendeu  em primeiro lugar para fazer esta sessão solene; está fazendo um trabalho para nós que preferimos não falar, para não colocar a carroça na frente dos bois, mas vamos trabalhar. Ele sempre atende e vai receber um mimo da Adjori como recordação desses 20 anos.(Palmas.)

            Quando o Genilson falava eu vi o Cassebe todo contente, na hora que falou do provedor, eu já falei, já temos trabalho não é Cassebe, e a Pisa não precisa se preocupar  porque todo dia  aumenta  a produção de papel. Então, esse não é o problema também.

            Só queria completar na questão dos amigos e o que a gente vive no dia- a- dia  nosso de sair na rua e ouvir as pessoas falar contra ou a favor de uma matéria que é a coisa mais deliciosa da vida. E não precisa estar falando favoravelmente, pode até ser contra. O importante é que a gente sabe que o jornal está cumprindo o seu papel de fazer o trabalho de divulgação, de prestador de serviço. E os jornais do interior, hoje, têm essa facilidade porque está fugindo da globalização. Se vocês pegarem  os jornais da capital, hoje, verão que todos estão falando a mesma coisa, embora mudando o texto, mas podem ter certeza de que todos estão falando a mesma coisa. Se porventura este evento fosse ou na minha cidade ou na de qualquer um de vocês  com certeza seria manchete. Então, a história de qualquer cidade do Estado de todo o país está dentro do jornal do interior, porque, como falaram os colegas, tanto o João quanto o Genilson, fala o que acontece no seu meio, no seu dia- a - dia, e é isso  que as pessoas querem ouvir. E elas têm a facilidade de chegar com o jornal também pela questão que a gente fala sempre , da tiragem. O João estava falando  da “Folha de S. Paulo ”  e dizia ele que tem 450 mil exemplares. Vamos dizer que seja verdade, que não tenha nada de encalhe, que não fique nada em outro Estado, tem de  ficar 50% na capital. Sobraram 250 ainda. Duzentos e cinqüenta mil dividido por     seiscentos municípios, nobre Deputado, não vai sobrar 200 jornais para cada cidade. Mas você vai falar: “mas Campinas não pode ter 200 jornais!” Então vai se tirar de onde? De outra cidade. Em questão de qualidade esse jornal não fica nada a dever para o jornal da Capital, como os outros jornais que conhecemos, em questão de texto, em questão de qualidade, de foto, e principalmente na questão de honestidade, de falar o que deve ser dito e da sinceridade. Quero agradecer a todos. A coisa mais gostosa além  de ouvir as pessoas falarem do nosso jornal é falar da nossa entidade. A nossa entidade nesses vinte anos está cumprindo seu papel, como já disseram aqui. Cada um que passa ajuda de uma forma ou de outra. Numa sexta-feira - a maioria dos jornais é semanário  e fecham suas edições às sextas-feiras - mesmo assim muitos saíram de suas cidades, vieram aqui nos prestigiar e recebem a nossa consideração, nosso carinho e vamos estar como já disseram nossos colegas, mais  dez, vinte , cinqüenta anos podendo atendê-los e retribuir a toda essa prestação. Muito obrigado a todos. (Palmas.)

                       

O SR. PRESIDENTE - EDSON APARECIDO - PSDB - Eu confesso a todos que fiquei muito honrado quando o Valter me procurou para que nós pudéssemos solicitar à Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo a realização desta sessão solene que comemora os vinte anos da Adjori. Ele sabe disso, este é o meu primeiro mandato,  esta é a minha primeira sessão solene e fico muito honrado em poder, em nome da Assembléia Legislativa, em nome de alguns colegas que aqui estiveram presentes, como é o caso da nobre Deputada Edir Sales, que tem uma profunda ligação com o setor, como a nobre Deputada Edna Macedo, de registrar o papel que a imprensa do interior do Estado de São Paulo tem não só nessa confirmação, na sua luta, na sua trajetória pela democracia em São Paulo e no país, mas porque ela retrata aquilo que o Sr. Genilson nos disse, que é o dia- a- dia, é o cotidiano das comunidades do interior do nosso Estado, comunidades essas que têm, sem dúvida nenhuma, um  papel muito importante hoje. Aqui foi dito que a economia do interior do Estado já é a segunda economia do país. Eu acabo de chegar da cidade de Pederneiras, e hoje todos nós sabemos que  o Governo federal tem um plano que visa exatamente dar condições ao país, nesse momento de desenvolvimento, nesse momento de virada do século, quando nós disputamos com alguns mercados do mundo, como a China por exemplo, a necessidade de uma estrutura básica absolutamente fundamental para o desenvolvimento do país  e a questão da energia é essencial. Acabamos de lançar nesta tarde com o Deputado e Secretário da Ciência e Tecnologia José Anibal, em nome do Governador Mário Covas, a primeira planta de uma termoelétrica no interior do Estado, que foi na cidade de Pederneiras. São 39 plantas  em todo o país e a primeira que está sendo lançada em todo o país com uma parceria com uma empresa norte-americana na cidade de Pederneiras. E o que nós tínhamos lá: tínhamos a Rede Globo regional e quatro jornais  de interior. Um da cidade de Bauru, dois da cidade de Pederneiras e um da cidade de Agudos. Cobriu exatamente um acontecimento que nós retratamos nessa tarde, importante e histórico não só para o desenvolvimento do Estado, mas que marca uma nova era do país nessa questão energética. Então, só para se ter uma idéia,    foi dito por nossos oradores anteriores da importância da imprensa do interior que pode não só ser uma trincheira da luta democrática, mas pode também retratar como muito bem foi dito aqui, a luta cotidiana, a luta pela qualidade de vida das nossas comunidades do interior do Estado de São Paulo. Podemos ver não só pelo exemplo que o Valter aqui deu, da Folha da região de Araçatuba, que se vincula hoje a uma das regiões que mais cresce no interior do Estado de São Paulo, ao lado de Presidente Prudente, ao lado de Marília,  de Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, que podemos perceber exatamente isso: a imprensa cresce, a imprensa se estabelece, a imprensa se torna um formador de opinião absolutamente importante nessas regiões que hoje alcançam índices de desenvolvimento próximos do da Europa e dos Estado Unidos. Então, a nós o jornal do interior, cumpre exatamente este papel e não poderíamos deixar passar em branco essa data tão importante para a Adjori e para o seu Presidente, Sr. Valter Estevan Junior que, volto a dizer aqui, é um lutador,  e tive a oportunidade de conhecê-lo em Brasília ao lado do ex-Ministro Sérgio Motta, e todas as vezes que ele esteve conosco, não só lá, mas aqui em São Paulo também, lutando e apresentando as dificuldades, as lutas, as reivindicações da associação que hoje acaba por aglutinar 426 filiados à Adjori. É esse tipo de liderança que a sociedade cada vez mais precisa. Não basta hoje apenas elegermos pessoas sérias para conduzir o País, o Executivo, o Legislativo, mas é preciso que cada vez mais tenhamos uma sociedade civil organizada. E a Adjori cumpre exatamente esse papel, representa um setor fundamental, um setor fundador de opinião e, sobretudo - não só no Interior do Estado - acaba por cumprir o papel importantíssimo de representar não só as grandes, as médias cidades do Interior, mas também aquelas pequenas comunidades. Não há uma única cidade do Interior hoje onde você não tenha um jornal de circulação local. Isso é importantíssimo para a democracia; é importantíssimo para essas comunidades. Como foi dito aqui pelo Genilson, às vezes são esses  órgãos de imprensa do interior que acabam retratando a luta local pela melhoria da qualidade de vida da população. Vocês estão de parabéns! Sempre que a Assembléia Legislativa puder somar-se a essa iniciativa o fará. E, creiam, qualquer ataque que venha a ser feito à imprensa do interior, vai afetar também esta Casa; a Assembléia Legislativa se  sentirá atingida. Acho que essa trincheira pela democracia, o papel que vocês cumprem, teria que ter, cada vez mais, sem dúvida alguma, o fortalecimento, a presença desta Casa que representa a sociedade.

            Comecei minha vida política no Movimento Estudantil Secundarista, na UNE, e naquele momento também participei de um jornal alternativo aqui em São Paulo, “Jornal Movimento”, que por várias vezes foi fechado pelo regime militar e teve seus jornalistas perseguidos. E eu participava na época daquele jornal, junto com o ex-Ministro Sérgio Mota, que também ajudava o “Jornal Movimento”.

            Pude ter essa experiência que me foi extremamente rica. Essa que chamamos de pequena imprensa, e que não é mais uma pequena imprensa, teve um papel absolutamente importante na nossa história recente. Sinto-me, particularmente, muito honrado porque no meu primeiro mandato a minha primeira sessão solene está sendo exatamente em homenagem aos jornais do interior e à Adjori.

            Gostaria de dizer que o objeto desta sessão, Sr. Presidente  Valter Estevan Júnior, meu amigo pessoal, está esgotado. Antes de encerrá-la esta Presidência agradece a todas as autoridades e àqueles que, com suas presenças, colaboraram para o êxito desta solenidade.

            Lembramos a todos que estão convidados para um jantar na Cantina Dois Amigos, Av. Bandeirantes, 3001. Sairemos daqui e vamos continuar nossa comemoração naquela cantina.

            Está encerrada a sessão. (Palmas.)

 

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-         Encerra-se a sessão às 21 horas e 43 minutos.

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