30
DE MAIO DE 2011
016ª SESSÃO SOLENE EM COMEMORAÇÃO AO “DIA DA
COMUNIDADE ITALIANA”
RESUMO
001 - VITOR SAPIENZA
Assume a Presidência e abre a
sessão. Nomeia as autoridades presentes. Informa que esta solene fora convocada
pelo Presidente Barros Munhoz, para Comemorar o Dia da Comunidade Italiana.
Convida o público a ouvir, de pé, o "Hino Nacional Italiano" e o
"Hino Nacional Brasileiro".
002 - LUIZ CARLOS LADEIA
Mestre de Cerimônias, faz a leitura
de breve currículo, chamando os 16
homenageados para receber o Troféu "Loba Romana".
003 - SÉRGIO SAPIENZA
Faz homenagem ao pai, Deputado
Vitor Sapienza, por sua vida pública. Informa que a lei estadual que cria o Dia
da Comunidade Italiana é de autoria do Deputado. Recorda sua infância ao lado
do pai.
004 - FRANCISCO OCCHIUTO JUNIOR
Fala da criação do Dia da
Comunidade Italiana e do troféu "Loba Romana", ambos de autoria do
Deputado Vitor Sapienza. Destaca o estreitamento das relações entre o Brasil e
a Itália. Tece comentários acerca da mitologia italiana. Destaca a influência
exercida pela cultura deste país no Brasil. Faz histórico de sua vida
profissional. Reflete sobre o valor da amizade. Agradece a homenagem recebida.
005 - VITOR SAPIENZA
Lê texto literário em louvor ao
imigrante italiano. Agradece a homenagem do filho. Faz agradecimentos gerais.
Encerra a sessão.
* * *
- Assume a
Presidência e abre a sessão o Sr. Vitor Sapienza.
* * *
O
SR. PRESIDENTE – VITOR SAPIENZA – PPS – Havendo número legal, declaro
aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.
Com base nos termos
da XIII Consolidação do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de
bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.
* * *
- É dada como lida a Ata da sessão
anterior.
* * *
O
SR. PRESIDENTE – VITOR SAPIENZA – PPS – Compõe a Mesa Major-Brigadeiro-do-Ar
Paulo Roberto Pertusi; o Cônsul Gera da Itália, senhor
Mauro Marsili; Doutor Álvaro Lazzarini, Desembargador
do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo; senhor José Maria Marin, ex-Governador de São Paulo e também ex-Deputado Estadual.
Posteriormente
faremos o registro das pessoas que nos honram com a presença.
Minhas senhoras e
meus senhores, essa sessão solene foi convocada pelo Presidente efetivo da Casa,
Deputado Barros Munhoz, atendendo solicitação deste deputado, com a finalidade
de comemorar o Dia da Comunidade Italiana.
Convido todos os
presentes para, de pé, ouvirmos os Hinos Nacionais Italiano
e Brasileiro, executados pela Banda da Polícia Militar, regida pelo Maestro
Subtenente, PM Aguiar.
* * *
·
São
executados os Hinos Nacionais da Itália e do Brasil.
* * *
O
SR. PRESIDENTE – VITOR SAPIENZA – PPS – Esta Presidência agradece a
magnífica execução da Banda da nossa Polícia Militar.
Solicito ao mestre de
cerimônias que leia, por obséquio, os nomes das pessoas que nos honram com a
presença.
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS – LUIZ CARLOS LADEIA – Registramos a presença do
Deputado Federal Getúlio Hanashiro; senhor Milton Roberto Persoli,
representando a vice-Prefeita de São Paulo, Doutora
Alda Marco Antonio; senhor Giuseppe Giovanni Pagano, Presidente da Associação
dos Sicilianos do Brasil; senhora Rita Blasioli Costa, Presidente do Comitê dos
Italianos no Exterior; senhor Cláudio Pieroni, membro do Conselho Geral dos
Italianos no Exterior e Presidente do CONSCRE; Doutor Affonso Della Monica
Netto, ex-Presidente da Sociedade Esportiva Palmeiras; senhor Vezio Nardini, conselheiro do
COMITES e editor do Jornal Oriundi; senhor Manuel
Rodrigues Almeida, Presidente da Associação de São Martinho de São Bernardo do
Campo; senhor Perricone Michele, Presidente da Sociedade Cultural Brasilitália
de São Bernardo do Campo; senhor Sérgio Serber, vice-Presidente do CONSCRE; senhor Marcelo Rocco,
representando o Deputado Alex Manente líder do PPS nesta Casa; senhor Alexandre
Curiati, representando o Deputado Antonio Salim Curiati; senhor Adelmo Meira,
representando o Deputado Orlando Morando; senhor Cezar Roberto Leão Granieri,
Presidente do Sindi-Clube; senhor Flávio Giannini, vice-Presidente
da Associação dos Auditores Fiscais Tributários do Município de São Paulo;
senhor Pedro Polimeni Filho, representando o Conselho da Associação Paulista
dos Cirurgiões-Dentistas; senhor Paulo Brasil Correa de Mello, vice-Presidente para Assuntos Institucionais do SINDECON –
São Paulo; senhor Fábio Porta, da Câmara de Deputados da Itália; senhor Paulo
Rios, delegado-chefe da Assistência da Polícia Civil da ALESP, representando o
Doutor Marcos Carneiro de Lima, delegado-geral de polícia; deputado Davi Zaia
aqui presente; senhor Brás Antunes Mattos Neto, vereador da Câmara Municipal de
Santos, líder do PPS naquela Casa.
O
SR. PRESIDENTE – VITOR SAPIENZA – PPS – Eu solicito ao mestre de cerimônias
que faça a leitura de um breve currículo dos agraciados para receberem o
troféu. Deverá ser feito em ordem alfabética.
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS – LUIZ CARLOS LADEIA – Antes de iniciarmos, nós queremos
abrir um parênteses, quebrar o protocolo, para uma surpresa ao deputado: chamar
o senhor Sérgio Sapienza. O senhor Sérgio Sapienza está na sala ao lado e enquanto isso, vamos chamar os primeiros homenageados.
Nosso primeiro
homenageado é neto de italianos, advogado formado pela PUC, procurador
aposentado pelo Município de São Paulo. Atua como advogado na capital. Na
administração pública exerceu diversos cargos, entre eles, o de assessor
jurídico da Secretaria Municipal de Transportes, da Subprefeitura de Santo
Amaro, e do Governo Municipal. Foi chefe da consultoria jurídica, e membro do
conselho de administração da Companhia de Engenharia de Tráfego; assessor
parlamentar da Secretaria de Segurança Pública; e chefe de gabinete da
Secretaria Municipal de Abastecimento. Presidiu o Conselho Deliberativo
do Esporte Clube Pinheiros e é vice-Presidente
do Sindi-Clube, nosso homenageado é o doutor Alberto Antonio Pascarelli
Fasanaro. (Palmas.)
* * *
- É feita a entrega
do troféu.
* * *
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS – LUIZ CARLOS LADEIA – Neto de imigrantes provenientes
do Venuto, ele é nascido na cidade paulista de Mococa. O nosso homenageado veio
à capital em 1946, no ano seguinte matriculou-se na Escola Técnica Getúlio
Vargas e em 1954 formou-se técnico em mecânica. Posteriormente cursou a Escola
Paulista de Agrimensura, a Escola Superior de Agrimensura em Araraquara,
formou-se em Engenharia Civil na Universidade São Francisco de Itatiba. Desde
1962 reside em São Bernardo do Campo. Muito ligado à cultura italiana, o nosso
homenageado é sócio fundador da Associação Bela Itália Língua e Cultura, sócio
da Sociedade Cultural Brasilitália, e sócio fundador
do Circulo Vicentino Del Mundo, subordinado a mesma instituição na Europa. Ele
é integrante da UVA – União dos Vinicultores Artesanais, entidade que resgatou
e conserva o costume do fabrico do vinho caseiro, costume trazido pelos
imigrantes que se instalaram no Brasil. Chamamos o senhor Antonio Ângelo
Peretto. (Palmas.)
* * *
- É feita a entrega
do troféu.
* * *
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS – LUIZ CARLOS LADEIA – Nascido em Carrara,
na Toscana, estudava o idioma na Alemanha quando conheceu a esposa que fazia
curso de mestrado em Engenharia. Casaram-se e vieram para o Brasil. Ele é
formado
* * *
- É feita a entrega
do troféu.
* * *
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS – LUIZ CARLOS LADEIA – Neto de imigrantes italianos,
nascido na cidade paulista de Jundiaí, filho de agricultores, ele seguiu o
caminho dos pais e também dedicou-se a agricultura. Disposto a ajudar o
semelhante sempre esteve atento às dificuldades enfrentadas pelos vizinhos e
amigos, e sempre deu a sua contribuição, e ela se fez presente desde o
transporte de pessoas enfermas a hospitais como na luta por benfeitorias
naquela região. E essa luta ultrapassou os limites do bairro e da cidade e se
estendeu à construção de escolas, doação de áreas particulares para construção
de estradas, instalação de rede para saneamento básico, energia elétrica entre
outros. Produtor de legumes e vegetais, e de uva de excelente qualidade, ele
integra a seleta classe dos produtores de vinho a UVA. Aos 83 anos de vida ele
tem orgulho de ser agricultor e tem mais orgulho ainda pela famosa adega que
leva o nome da família. Chamamos o senhor Aquilino Marquesin. (Palmas.)
* * *
- É feita a entrega
do troféu.
* * *
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS – LUIZ CARLOS LADEIA – Nascida em Pirassununga, desde
1957 vive na cidade paulista de Descalvado. Sempre preocupada com a comunidade,
ela atua em defesa dos menores, da família e dos idosos. Participou da Pastoral
da Saúde, integrou o Comissariado de Menores – Juizado da Infância e Juventude
–, foi integrante do Conselho Tutelar Municipal. É fundadora e diretora do
primeiro clube de terceira idade local, o Clube Acalanto. Participa de
atividades filantrópicas junto à grupo de senhoras que
tentam levantar fundos para auxiliar entidades assistenciais e religiosas. É
participante da Comissão da Construção da nova sede social do Clube da Melhor
Idade no bairro Santa Cruz em Descalvado. Chamamos a
senhora Carolina Vick Francisco. (Palmas.)
* * *
- É feita a entrega
do troféu.
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O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS – LUIZ CARLOS LADEIA – A nossa próxima homenageada é
formada em Psicologia, com mestrado e doutorado em Psicologia Social pela
Universidade de São Paulo. Em 2008 ela recebeu o título de Professor Emérito da
USP. Tem ampla experiência e intensa atuação na área de psicologia com ênfase
em psicologia social, memória e cultura. Professora, pesquisadora, consultora,
autora literária, ela é coordenadora da Universidade aberta à Terceira Idade.
Autora de dezena de trabalhos científicos, são de sua
autoria os livros Memória e Sociedade, Cultura de Massa e Popular: Leitura de
Operários, Velhos Amigos, Do Tempo Vivo da Memória, entre outros. Em 2009,
recebeu o Prêmio Internacional ARS Latina pelo seu trabalho: Memória e
Sociedade. Chamamos a professora e pesquisadora Ecléa Bosi. (Palmas.)
* * *
- É feita a entrega
do troféu.
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O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS – LUIZ CARLOS LADEIA – Cirurgião-dentista
e professor universitário, mestre doutor pela USP em estomatologia, lecionou
odontologia como professor titular da Unicastelo, Unimes, Universidade de Guarulhos, Universidade Metodista e
Universidade de Mogi das Cruzes. É professor Emérito na Unicastelo.
Pesquisador chefe do Instituto de Odontologia da Unisa
na área de infecções bucais, orientador de dezenas de alunos em iniciação
científica. Foi diretor e vice-diretor da Faculdade de
Odontologia da Unicastelo e da Unisa.
Foi orientador de dezenas de trabalhos de especialização, mestrados e doutorados
e também Presidente da Sociedade Paulista de Estomatologia
e Câncer Bucal. Tem mais de 120 trabalhos publicados no Brasil e no exterior.
Chamamos o doutor Artur Cerri. (Palmas.)
* * *
- É feita a entrega
do troféu.
* * *
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS – LUIZ CARLOS LADEIA – Diretor da ABCOM - Assessoria
Brasileira de Comunicação, ele iniciou a carreira jornalística aos 18 anos como
editor e colunista da Gazeta de Santo Amaro. Está completando 50 anos de
jornalismo. Em 1966 ingressou na Rádio Bandeirantes, na
equipe dos Titulares da Notícia dirigida por Alexandre Kadunk, lá foi
responsável pelos principais rádios-jornais da emissora. Em 1969 foi para
Assessoria de Imprensa da Prefeitura de São Paulo. Depois foi contratado como
redator de notícias na Rádio Nacional, atual Rádio Globo. Passou pela Rádio
Excelsior, foi editor do Telejornal Hoje, e depois editor-chefe do Jornal
Nacional em São Paulo. Respondeu pela Assessoria de Imprensa da Prefeitura
durante a gestão Olavo Setúbal. Coordenou setores de imprensa da Congas, do vice-Governador José
Maria Marin e da Federação Paulista de Futebol. Foi secretário adjunto da
Secretaria de Esportes durante a gestão Fleury. Em 2001 iniciou o programa
Gente que Fala, na Rádio Trianon onde permanece até hoje. Se citarmos o
sobrenome Eduardo Pinho ninguém vai saber quem é, por isso chamamos o
jornalista Fausto Eduardo Pinho Camunha. (Palmas.)
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- É feita a entrega
do troféu.
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O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS – LUIZ CARLOS LADEIA – Formado em Direito pela
Universidade de São Paulo, o nosso próximo homenageado exerceu a profissão até
1982 quando por concurso público ingressou na Magistratura. Foi juiz na Comarca
de Santos, Conchas, Piedade, e posteriormente na Capital como titular da Vara
da Infância e Juventude no Fórum Regional de São Miguel Paulista. Em 1996 foi
removido para o Fórum Central. Atuou junto a Corregedoria Geral da Justiça, vice-Presidente do Tribunal de
Justiça, foi titular da 6ª Vara da Família e Sucessões do Fórum Central. Foi
juiz da 5ª Zona Eleitoral Jardim Paulista, e depois de extensa folha de
serviços, chegou a desembargador com assento na 17ª Câmara, 27ª e 32ª Câmara
onde permanece até hoje. O nosso homenageado lecionou nas Faculdades
Metropolitanas Unidas, e na Escola Paulista de Magistratura. Chamamos o doutor
Francisco Occhiuto Júnior. (Palmas.)
* * *
- É feita a entrega
do troféu.
* * *
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS – LUIZ CARLOS LADEIA – Neto de imigrantes oriundo de
Tito, o nosso homenageado é médico com atuação nas áreas de clínica médica,
cardiologia e terapia intensiva. Fez residência médica na Santa Casa de
Misericórdia de São Paulo na área de clínica médica, depois terapia intensiva
na Associação de Medicina Intensiva Brasileira, e cardiologia clínica no
Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia. É médico da Santa Casa de
Misericórdia, da Secretaria de Saúde de São Paulo. Foi diretor da Associação
Paulista de Medicina, membro suplente do Conselho Curador da Fundação Pró-Sangue,
coordenador das campanhas de doação de sangue da Secretaria Estadual de Saúde.
Colaborador no projeto que institui o Dia Estadual de Doação Voluntária de
Sangue. Foi diretor-médico da Sociedade Esportiva Palmeiras. Atualmente é
diretor do Departamento de Cultura e Arte do Clube, e também diretor-médico do
Hospital Santa Isabel da Santa Casa de Misericórdia. Chamamos o doutor
Frederico Carbone Filho. (Palmas.)
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- É feita a entrega
do troféu.
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O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS – LUIZ CARLOS LADEIA – Ele é dono de um dos currículos
mais ricos desse país, possui quatro graduações – Música, Educação, Direito e
Letras. São três mestrados, Ciência, Políticas Econômicas pela Universidade de
Coimbra em Portugal, Direito pela Harward Law School, e Diplomacia pela
Fletcher School. Possui ainda três títulos acadêmicos: doutor em Direito pela
USP, livre docência em Direito Internacional pela USP; titularidade em Direito
Internacional pela Faculdade de Direito da Unesp; e
titularidade em Direito Internacional Privado pela Faculdade de Direito da USP.
Desde 1971 vem desenvolvendo intensa carreira docente: lecionou Didática,
História da Educação, Educação Internacional na USP. Foi professor de Direito
Internacional na Unesp. Na Faculdade de Direito da USP
ele percorreu todos os degraus, todos os graus da carreira, lecionando na
graduação e na pós-graduação. Foi chefe do Departamento de Direito
Internacional e diretor da faculdade. Tem o nome gravado em instituições de
ensino em Nice – na França –, Nova York, Hamburgo – na Alemanha–, Coimbra – em
Portugal – e Trento – na Itália. No campo jurídico, desembargador do Tribunal
Regional Federal da 3ª Região, foi chefe de várias delegações brasileiras no
exterior junto a ONU e a OEA; foi Presidente do Conselho Administrativo de
Defesa Econômica CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica); por
indicação da Presidência da República, foi membro da Comissão Especial de
Mortos e Desaparecidos Políticos do Ministério da Justiça. Chamamos o doutor
João Grandino Rodas. (Palmas.)
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- É feita a entrega
do troféu.
* * *
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS – LUIZ CARLOS LADEIA – Professora pesquisadora e
ensaísta. Licenciada em Letras pelo Instituto de Biociências, Letras e Ciências
Exatas da UNESP. A nossa próxima homenageada é pós-graduada em comunicação e
semiótica pela PUC São Paulo. Tem mestrado e doutorado
* * *
- É feita a entrega
do troféu.
* * *
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS – LUIZ CARLOS LADEIA – Paulistano, o nosso próximo
homenageado é formado em Medicina pela Universidade de São Paulo. Foi médico
cardiologista do Instituto Iguatemi e da Beneficência Portuguesa. Médico
responsável pela Unidade Cardiológica do Hospital Iguatemi, responsável pelo
Setor de Eletrocardiograma do Hospital Emilio Ribas. Diretor clínico do
Instituto Iguatemi e pronto-socorro. É especialista em cardiologia e medicina
interna junto ao Conselho Federal de Medicina. Foi membro da Comissão Médica do
Comitê Olímpico Brasileiro. No Comitê Olímpico foi médico da Delegação
Brasileira nos Jogos Olímpicos de Los Angeles, Seul,
Barcelona e Atlanta. Foi médico brasileiro nos Jogos Pan-Americanos de Caracas,
Indianópolis, Havana, Mar del
Plata e médico da Delegação Brasileira nos Jogos da
Juventude em Moscou. O nosso homenageado é o doutor João Paulo Rossi. (Palmas.)
* * *
- É feita a entrega
do troféu.
* * *
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS – LUIZ CARLOS LADEIA – Paulistano, do Bom Retiro, ele é
formado em Economia e Administração pela PUC e pela Fundação Getúlio Vargas, no
entanto, o seu nome é intimamente ligado ao esporte. Como atleta profissional
ele jogou no Clube Atlético Ipiranga, no Palmeiras, Nacional e na Seleção Paulista.
Como treinador dirigiu o Palmeiras, Fluminense, Vasco da Gama do Rio de
Janeiro, Esporte Clube do Recife, Corinthians, São Paulo, Ferroviária de
Araraquara, Portuguesa de Desportos, XV de Novembro de Piracicaba, Botafogo de
Ribeirão Preto, São Bento de Sorocaba, Seleção Paulista e a Seleção Brasileira.
No Palmeiras foi Campeão Paulista em 1966, e Campeão Brasileiro em 1967; pelo
Vasco da Gama foi Campeão Carioca de 1974; pelo Fluminense foi Bicampeão
Carioca, em 1976;
pelo Esporte Clube do Recife foi Campeão da Taça Recife, em 1976; pela
Portuguesa venceu o Primeiro Turno, em 1980; pelo Corinthians conquistou a Taça
de Prata em 1981 e Campeão Paulista em 1982.
Como gerente de
futebol ele foi Campeão da Copa Bandeirantes, Campeão
Paulista em 1995, Campeão da Copa Brasil em 1995, Campeão do Troféu Ramón de Carranza em Cádiz na Espanha em 1996 e Campeão
Paulista em 1997.
Na Seleção Brasileira
Juvenil ele foi Vice-Campeão do Sul-Americano no Uruguai em 1977 e Campeão dos
Jogos Pan-Americanos de Porto Rico em 1979. Foi também coordenador da Seleção
Brasileira de Futebol Profissional que ficou em terceiro lugar na Copa da
Argentina de 1978.
Chamamos o técnico
Mário Travaglini. (Palmas.)
* * *
- É feita a entrega
do troféu.
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O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS - LUIZ CARLOS LADEIA – Formada em Pedagogia pela
Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto e em Administração
Escolar. Ela é professora, aposentada, e empresária. Nasceu em Guariba e reside
* * *
- É feita a entrega
do troféu.
* * *
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS – LUIZ CARLOS LADEIA – Seus avós vieram de Veneza, Treviso e Tito, enfrentaram todas as dificuldades e
venceram todos os desafios. A família se instalou, inicialmente,
* * *
- É feita a entrega
do troféu.
* * *
O
SR. MESTRE DE CERIMÔNIAS – LUIZ CARLOS LADEIA – Como foi anunciado antes
quebramos o protocolo e chamamos o Sr. Sérgio Sapienza.
O
SR. SÉRGIO SAPIENZA – Boa
noite a todos. Desculpem-me a minha ausência, a cerca de meia hora atrás.
Estava ausente porque estava fazendo um pequeno discurso em uma quebra de
protocolo. Quero fazer uma homenagem a todos, aqui presentes, inclusive, a uma
pessoa que é muito especial para mim. Então, como eu havia me preparado com um
texto mais formal, mas, neste instante, opto por um texto que fiz aqui, de improviso,
na última hora.
Buona sera a
tutti, autoridades aqui presentes e caros amigos.
Novamente, hoje,
ocupo este microfone para agradecer e homenagear a cada um de vocês, pois, a
vossa presença enobrece esta sessão e possibilita, ao Presidente desta sessão,
exercer seu ofício, a política nata.
É feliz o homem que
ama o que faz. Posso afirmar que o idealizador desta grande festa da Comunidade
Italiana o faz por amor e com competência. É agraciado por Deus por este
privilégio.
Talvez alguns, que
estão presentes, estranhem e pensem que aqui não é o local ideal para um filho
dizer coisas a um pai, mas o que tenho a dizer é de ordem pública, por isso
estou à vontade para fazê-lo.
Aqueles que não me
conhecem, sou Sérgio Sapienza, filho deste Senhor
Presidente, Vitor Sapienza.
Vejo em seus olhos,
felicidade, realização de uma vida política digna, ética e de valores que primo passar
também aos meus familiares descendentes.
Estamos, aqui, entre
amigos, e amigos são irmãos que escolhemos ao longo de nossas vidas. Como ele
disse, pessoas como vocês tornam real a condição de fazer o que ele mais gosta,
pois possibilitaram com o pleito de 2010 que ele alcançasse a
representatividade de quase 69 mil votos, juntamente com o empenho do
Governador Geraldo Alckmin. Por isso, mais uma vez, ele ocupa uma cadeira de
deputado na Assembleia Legislativa do Estado de São
Paulo. Sua ausência, aqui, seria tida como uma lacuna, não somente para si, mas
para os trabalhos do cotidiano desta Casa que deixaria de contar com sua
dedicação e experiência.
Bem, mais uma vez
temos a oportunidade oficial de prestigiar o Dia da comunidade Italiana
instituída por usa iniciativa há 23 anos pela Lei Estadual nº. 6.133 de
primeiro de junho de 1988.
Posso dizer que
cresci nestes corredores. Aqui, ao seu lado, aprendi muito, pois em 1986 ao
iniciar sua carreira política, este é o seu sétimo mandato consecutivo, eu era
apenas um menino de 18 anos. Das inúmeras coisas que me ensinou: “Non lasciare per domani cosa si puó fare oggi”, ou seja, “Não deixe
para amanhã o que pode fazer hoje”, eis porque estou aqui.
Brinco às vezes com o
meu pai dizendo que antes de eu nascer devo ter entrado
em fila errada. Digo que deveria ter entrado na mesma fila das minhas irmãs,
que são quatro. Não que gostaria de ter nascido mulher também, mas que elas são
sempre as protegidas, as que são poupadas disso ou daquilo. Brincadeiras à
parte, sou pai também de Carolina e Gabriela, minhas “principezas”, por isso o entendo. Mas, agora, falando
sério, do quanto me orgulho de ter um pai como você. Agradeço a Deus por ter me
colocado na sua fila, na fila certa, fila de ser seu filho.
Desta forma, após
tanta dedicação, quantos desafios vencidos, faz com
que possamos dizer em momentos como este que valeu a pena.
Parabéns por mais um
dia da Comunidade Italiana. Grazie. (Palmas.)
O
SR. PRESIDENTE – VITOR SAPIENZA – PPS – Agora esta Presidência concede a
palavra ao desembargador Francisco Occhiuto Júnior
que falará em nome dos homenageados.
O
SR. FRANCISCO OCCHIUTO JÚNIOR –
Nobre Deputado Vitor Sapienza; Cônsul Geral da Itália, Senhor Mauro Marsili; Major Brigadeiro do Ar Paulo Roberto Pertusi; Comandante do 4º CONAR, desembargador Álvaro
Lazzarini, a quem eu rendo minhas homenagens, foi Vice-Presidente do Tribunal
de Justiça, Presidente do Tribunal Regional Eleitoral entre outras colocações e
doutor José Maria Marin ex-Governador de São Paulo.
Senhores agraciados, senhoras e senhores italianos, brasileiros e demais
imigrantes aqui presentes.
Agradeço, desde já,
esta belíssima homenagem, a oportunidade de estreitar as relações entre estes
maravilhosos países e
afirmar que tenho muito orgulho por possuir a dupla cidadania.
O Dia da Comunidade
Italiana foi instituído em 1988, pela Lei 6.133, por iniciativa do ilustre
Deputado Vitor Sapienza aqui presente, e,
posteriormente, em 1991, também por iniciativa do mesmo querido Deputado Vitor Sapienza, foi criado o troféu Loba Romana.
Referida láurea, como
já dito outras vezes, é concedida a italianos e seus descendentes, que, por sua
atuação sócio-econômica e cultural, contribuem para estreitar ainda mais os
laços entre o Brasil e a Itália.
Já enfatizou o
Deputado ilustre Vitor Sapienza, ao justificar a
homenagem concedida aos italianos e seus descendentes no desenvolvimento do
país e, principalmente, no Estado de São Paulo no sentido de que “são raízes
profundas das quais nos orgulhamos, raízes fincadas na lavoura, na indústria,
no comércio e nas artes”.
A Loba Romana é uma
láurea em bronze, com pedestal em mármore, que retrata uma loba amamentando os
órfãos Rômulo e Remo, que tem um significado muito importante para a comunidade
italiana, o mito da fundação da cidade de Roma. Segundo a mitologia, Roma
venceu a Etrúria, através das batalhas desenvolvidas
nos séculos IV e III a.C., e daí surgiu o seu mito. E no século XV d.C. o
escultor italiano Antonio Pallaiolo juntou os gêmeos
Rômulo e Remo à loba.
Nas minhas veias
corre o sangue italiano dos meus avós, Vicenzo Occhiuto e Carmela Bersito Occhiuto, ambos vindo de Consenza, na Calábria, cidade linda que conheci juntamente
com minha esposa Maria Aparecida, aqui presente. Eles chegaram no Brasil no começo do século passado, e laborando no ramo
de sapataria com afinco e muita vontade de trabalhar conseguiram viver com muita
dignidade e criar seu filho, meu pai,
Francisco Occhiuto, que, ainda moço com 47 anos de
idade nos deixou.
Naquele tempo, a
relação dos imigrantes italianos, como a dos meus avós, com a cidade de São Paulo se
estreitava passo a passo, vez que precisavam se integrar ao “novo mundo”,
contribuindo, assim, como lavradores, artistas, comerciantes diversos e
empresários da nascente indústria paulista.
Agruparam-se em
bairros e vilas operárias conforme sua região de origem, napolitanos no Brás,
calabreses no Bexiga, venezianos no Bom Retiro, e
reproduziram manifestações culturais típicas do seu povo para matar a saudade e
preservar suas tradições.
A influência italiana
no modo de falar do paulistano e na própria formação do vocabulário brasileiro
foi marcante. Nos bondes, ruas, comércio e indústria os dialetos italianos eram
tão ouvidos quanto o próprio português. O queijo tornou-se formaggio,
o trabalho era lavoro, o popular “ciao” transformou
em “tchau”, nesta florescente “Zan Paolo”.
Muito requisitados foram
os capomastri, mestres de obra italianos, que
introduziram na cidade novas técnicas de construção, com a utilização dos
tijolos de barro cozido em suas obras. O Teatro Municipal, o Palácio das
Indústrias, o Mercado Municipal e o Liceu de Artes de Ofícios, atual Pinacoteca
do Estado, tiveram a participação desses capomastri
na sua edificação.
Vale lembrar a
presença dos artistas italianos, ou, de seus filhos, para a formação e
desenvolvimento das artes plásticas brasileiras: Portinari, Brecheret, Volpi, Bardi e tantos outros.
A força cultural
italiana se fez presente também nas tradições gastronômicas que marcaram
definitivamente a vida de São Paulo, uma vez que suas inúmeras cantinas e
pizzarias se tornaram símbolos da noite paulistana. Isso, sem falar no futebol.
Amantes do futebol, como nós, os imigrantes italianos e seus descendentes
fundaram na cidade o Palestra Itália, atual Palmeiras e o Clube Atlético
Juventus.
Este é o Brasil e a
São Paulo que nasci e cresci. País que acolheu meus antepassados e que, com a
cultura italiana imigrante, se desenvolveu, tornando-se o gigante dos nossos
dias.
Após o término do
curso de Direito na turma de 1970 da gloriosa Faculdade de Direito do Largo de
São Francisco, advoguei por alguns anos e, desde sempre, tive como meu ideal a
justiça. Logrei êxito ao ingressar no concurso de 1982 na
Magistratura, sonho que vivo até hoje em São Paulo.
Como disse, a Itália, no Brasil, reflete-se em muitos aspectos de
nosso povo, sendo certo que nós brasileiros só ganhamos em nos espelhar em
nossos ancestrais. Lembra o poeta, amigo Vitor, que: “Amigo é coisa para se
guardar no lado esquerdo do peito, mesmo que o tempo e a
distância digam não, o que importa é ouvir a voz que vem do coração”.
Assim é também o que ocorre com os italianos e os brasileiros, são amigos para
se guardar no peito.
De outro lado, vale
lembrar uma velha lenda, colhida alhures: “Na floresta irrompeu um incêndio que
depressa se alastrou e tomou conta de tudo. Os animais fugiram espavoridos para
uma clareira segura de onde, tristes e esbaforidos, assistiam passivamente à
destruição das suas moradas, das suas árvores, dos alimentos, da vida. De
repente notaram um pequeno passarinho que, agitando as asinhas, parecia lutar
contra aquele inferno de chamas e de fumaça. Viram que ele voava do riacho à
fogueira e sobre esta lançava desesperadamente gotinhas d´água que trazia no bico. Perplexos, os animais nada
entendiam. Até que o passarinho, extenuado caiu. Desfalecia. Acorreram os
outros animais perguntando: você ficou louco? Ele respondeu: a minha parte eu
fiz”.
Para terminar, sejam
quais forem os ventos que soprem sobre a nacionalidade, venham
de onde vierem as adversidades do mundo, a amizade sempre prevalecerá, porque é
um bem inalienável, indestrutível e aninhado no íntimo dos homens.
Agradeço por fim, a
presença dos meus filhos, da minha esposa, também presente,dos meus genros e dos meus netos. Essas são as singelas palavras
que me acudiram para agradecer a homenagem, hoje, prestada a mim e aos demais
laureados. Obrigado. (Palmas.)
O
SR. PRESIDENTE – VITOR SAPIENZA – PPS – Meus senhores e minhas senhoras,
normalmente eu falo de improviso e desabafo. Eu quebrei um pouquinho o
protocolo e pedi para o Luiz Carlos Ladeia, que é a pessoa que comandou esse
trabalho, que me ajudasse a fazer uma comunicação. Praticamente 99,99% foi ele
que fez, eu simplesmente procurei dizer a ele que eu queria externar aquilo que
um italiano de 15 anos que fugiu de casa em Potenza, Tito, que se escondeu num navio e não sabia se
esse navio ia para a América do Norte, para África, aportou
Minhas senhoras e
meus senhores. Eu poderia, aqui, falar da grande contribuição que os nossos
antepassados deixaram nesta terra que os acolheu. Mas, não vou fazê-lo. Deixo
aqui, registrado, um pequeno texto, sobre a perseverança que os caracterizou. E
que começa com perguntas simples: Aonde você vai? Não sei, pergunte ao vento. E
se ele não souber? Ele sabe. É ele quem me conduz. É ele quem me leva por entre
as árvores, pelos campos, pelos mares, pelos ares. É ele quem me conduz e me
arrasta até os rios. É ele quem dá o meu norte. É ele quem me ensina e
incentiva a lutar. Na luta, aprendi a me adequar. Não existe adversidade que me
assuste, mas nem por isso deixo de lado a sensibilidade de um olhar mais
detalhado na flor que o vento acaricia.
Eu sou a folha que
resiste à borrasca, eu sou o tronco que verga e resiste á tormenta, eu sou a
árvore que protege o pássaro indefeso. Eu sou o ser que não vacila ante os
desafios, e que, por mais resistentes que eles sejam, sinto-me mais forte.
Eu sou aquela que
olha para trás e tem a certeza de que valeu a pena o caminho trilhado. Eu sou o
ser que deixou as suas paragens, cruzou os mares e que, em terreno novo, achou
braços acolhedores. Hoje, eu também sou um desses braços à espera de outros que
o vento traz. Nessa longa travessia eu trouxe a esperança misturada com a fé.
Eu trouxe a força dos meus braços e a firmeza de um pensamento voltado para a
vitória. Eu sou o chão que aceita e germina a semente. Eu sou a árvore que gera
frutos fortes. Eu sou a árvore que produz e que forma florestas. Eu sou essa
floresta, e pouco importa a espessura dos troncos.
Eu tenho a força do
guerreiro que ignora o ferimento, e que se mostra indefeso apenas quando a
saudade se manifesta. Eu sou perspicaz como o vento, e sigo abraçado a ele,
mostrando que os meus sinais estão em toda parte. A persistência está no meu
sangue, está
Eu quero agradecer
também a surpresa que meu filho me proporcionou, eu brinco muito com ele. Tenho
o orgulho de ter uma esposa Lílian e tenho orgulho de ter cinco filhos. Eu
brinco muito com ele quando eu digo que graças a Deus - ele não vai gostar
disso - eu tenho três genros e uma nora.
Antes de encerrar,
quero comunicar a vocês que essa solenidade será transmitida no próximo sábado
às 21 horas e convido a todos vocês para um coquetel no Salão Nobre.
Está encerrada a
sessão. (Palmas.)
* * *
- Encerra-se a sessão
às 21 horas e 30 minutos.
* * *