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06 DE MARÇO DE 2012

018ª SESSÃO ORDINÁRIA

 

Presidentes: JOOJI HATO, ADILSON ROSSI, ARY FOSSEN e BARROS MUNHOZ

 

Secretário: ROBERTO MORAIS

 

RESUMO

PEQUENO EXPEDIENTE

001 - JOOJI HATO

Assume a Presidência e abre a sessão.

 

002 - OLÍMPIO GOMES

Recorda manifestação de ontem, sobre a morte do soldado Brunner. Informa que, hoje, pela manhã, esteve no Parque dos Pinheiros, no enterro de policial militar Custódio, executado por marginais. Relata o incidente que vitimou o sargento, que integrava batalhão da zona Norte da Capital. Recorda que o policial tinha 12 anos de serviço prestado e era oriundo de família de policiais. Comenta as dificuldades do exercício policial. Responsabiliza o afrouxamento de nossas leis.

 

003 - ADILSON ROSSI

Assume a Presidência.

 

004 - CARLOS GIANNAZI

Comenta "carta aberta" da Secretaria da Educação aos professores da rede estadual de ensino. Argumenta que a Pasta tenta desqualificar a luta da categoria e descumpre lei federal sobre o piso e jornada do magistério. Cita a necessidade de investimento de 1/3 na atividade extraclasse. Destaca a importância do processo pedagógico. Recorda mobilização pela aprovação da citada lei federal. Apoia as reivindicações das entidades do professorado. Sustenta que não houve ganho salarial, pois o reajuste do Executivo será parcelado em quatro anos. Cita vários aspectos descumpridos pelo Executivo estadual em relação à categoria.

 

005 - JOOJI HATO

Relata reunião, de hoje, da Comissão de Saúde, com requerimento e projetos relativos às Santas Casas. Cita dificuldades enfrentadas pelas instituições. Pondera que o eventual fechamento dessas unidades geraria um colapso na área da Saúde, afetando a população mais carente. Apela ao Executivo para que destine verbas para a área. Lamenta a violência generalizada que atinge o setor. Combate o consumo de drogas e bebidas. Propõe o desarmamento da sociedade. Faz apelo às autoridades nessa direção.

 

006 - ROBERTO MORAIS

Reitera tema sobre a criação do Aglomerado Urbano de Piracicaba. Recorda que o tema surgira após a eleição de 2010. Lembra estudos que geraram o Aglomerado Urbano de Jundiaí e a Região Metropolitana do Vale do Paraíba. Elogia o Secretário Edson Aparecido, pela mensagem na iminência de ser enviada a esta Casa. Fala da mobilização da sociedade sobre o tema. Relata visita programada do Governador Alckmin para a região sobre obras da recuperação de rodovia na região de Charqueada, bem como de hospital. Destaca o crescimento da região na gestão do PSDB.

 

007 - JOOJI HATO

Assume a Presidência.

 

008 - LUIZ CARLOS GONDIM

Comenta o início da operação, hoje, do Ambulatório Médico de Especialidades de Mogi das Cruzes, com cinco áreas médicas. Justifica que a região do Alto Tietê tem necessidade de outra unidade. Informa que precisa ser definido o critério para o atendimento das várias cidades da região. Pede atendimento médico-cirúrgico no local. Fala da rotina e dos procedimentos médicos.

 

009 - OLÍMPIO GOMES

Anuncia a presença do subtenente Clóvis de Oliveira, idealizador da PEC federal de nº 300, apresentada pelo Deputado Federal Arnaldo Faria de Sá. Comenta a mobilização para votação da referida matéria. Recorda a mobilização de policiais nos Estados do Rio de Janeiro e da Bahia. Cumprimenta a Mesa Diretora pela apresentação hoje, no "Diário Oficial", de matéria sobre o servidor Antonio Sérgio Ribeiro, pela consultoria que presta como pesquisador e pelo acervo que detém.

 

010 - ED THOMAS

Faz reflexão sobre a importância do voto e da atuação política. Lamenta o veto ao PL 238/10, de sua autoria, que institui a Casa-Abrigo na sua região, para proteção da mulher vítima de violência doméstica, e de seus filhos. Explica como funcionaria a iniciativa, em parceria do Estado e município. Apresenta e comenta matéria de capa do jornal "O Imparcial", sobre casos de violência doméstica na região de Presidente Prudente. Apela ao Governo para que a medida seja adotada no âmbito de todo o Estado.

 

011 - MARCOS MARTINS

Comenta projeto de sua autoria, sobre a proibição do uso do mercúrio. Pede que seja derrubado veto ao projeto que trata da manutenção das portas de segurança bancária. Fala dos malefícios do mercúrio, presente em alimentos, peixes e em termômetros. Combate instituto do Rio de Janeiro que processou médico que combate o amianto. Recorda votação de projeto contra o uso do produto, na Itália.

 

012 - ARY FOSSEN

Assume a Presidência.

 

GRANDE EXPEDIENTE

013 - JOOJI HATO

Lamenta os altos índices de violência que assolam o território nacional. Cita demais Estados brasileiros, que considera violentos. Defende a derrubada do veto ao projeto de lei, de sua autoria, conhecido por "Moto Sem Garupa". Menciona matéria jornalística que descreve acidente de trânsito envolvendo motocicleta, ocorrido em São Paulo. Cita dados estatísticos a respeito de crimes cometidos por "garupas" de motos. Combate os entorpecentes e relaciona seu uso à crescente violência pública.

 

014 - JOSÉ ZICO PRADO

Informa que o Governador Geraldo Alckmin vetou projeto de lei, de sua autoria, que propunha o financiamento público de curso superior para os policiais militares. Defende a derrubada do veto aplicado à matéria. Lamenta que os projetos do Governador tenham prioridade em relação àqueles de autoria parlamentar. Pede a gratuidade na baldeação dentro do terminal de ônibus de São Mateus. Lembra projeto de lei, de sua autoria, que defende a criação de integração intermunicipal no transporte público. Requer sanção a projeto de lei que obriga a Eletropaulo a retirar poste de luz que se localize em frente à casa do consumidor.

 

015 - JOOJI HATO

Assume a Presidência.

 

016 - ARY FOSSEN

Agradece a preocupação dos demais Parlamentares com seu estado de saúde. Lamenta o falecimento do Deputado Estadual José Cândido. Critica a implementação do trem-bala, pelo Governo Federal. Considera que a obra não beneficiará a população carente. Reflete que a Saúde e a Educação são prioridades em relação à Copa do Mundo.

 

017 - CARLOS GIANNAZI

Pelo art. 82, lamenta o desrespeito de diversos Estados brasileiros quanto ao piso nacional salarial do magistério público. Informa que o Estado de São Paulo está descumprindo a jornada do piso salarial dos professores da rede estadual, contrariando determinação judicial. Destaca projetos de lei, de sua autoria, que visam acabar com a superlotação de salas de aula, assim como o reajuste do vale-refeição dos funcionários do magistério público.

 

018 - CARLOS GIANNAZI

Solicita a suspensão dos trabalhos até as 16 horas e 30 minutos.

 

019 - Presidente JOOJI HATO

Defere o pedido e suspende a sessão às 16h14min.

 

020 - Presidente BARROS MUNHOZ

Assume a Presidência e reabre a sessão às 16h37min.

 

021 - DONISETE BRAGA

Pelo art. 82, parabeniza o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, por estabelecer diálogo com os municípios brasileiros sobre a questão da obesidade. Cumprimenta prefeitos e entidades que incentivam práticas esportivas. Fala sobre o investimento realizado pelo Ministro nas Unidades de Pronto Atendimento.

 

ORDEM DO DIA

022 - Presidente BARROS MUNHOZ

Coloca em votação e declara sem debate aprovado requerimento de urgência ao PR 02/12. Coloca em votação e declara aprovado requerimento de Comissão de Representação, do Deputado Edinho Silva, para participação em evento a ser realizado em Buenos Aires, entre os dias 12 e 15 de abril. Convoca as seguintes comissões para reuniões conjuntas: de Constituição, Justiça e Redação, de Administração Pública e Relações do Trabalho, e de Finanças, Orçamento e Planejamento, hoje, às 16 horas e 50 minutos; e de Constituição, Justiça e Redação, Transportes e Comunicações e de Finanças, Orçamento e Planejamento, às 16 horas e 55 minutos.

 

023 - ANTONIO MENTOR

Para comunicação, parabeniza o Ministério da Saúde por programa de combate a obesidade mórbida infantil. Destaca a seriedade do assunto. Fala sobre projeto, de sua autoria, que trata de questão semelhante. Sugere que a matéria seja pautada.

 

024 - CAUÊ MACRIS

Requisita a suspensão dos trabalhos por 45 minutos.

 

025 - Presidente BARROS MUNHOZ

Defere o pedido e suspende a sessão às 16h49min, reabrindo-a às 17h43min.

 

026 - CHICO SARDELLI

Requisita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.

 

027 - Presidente BARROS MUNHOZ

Anota o pedido. Convoca sessão extraordinária para hoje, com início às 19 horas. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária de 07/03, à hora regimental, com ordem do dia. Levanta a sessão.

 

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- Assume a Presidência e abre a sessão o nobre Deputado Jooji Hato

 

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O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Com base nos termos da XIV Consolidação do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.

Convido o Sr. Deputado Roberto Morais para, como 1º Secretário “ad hoc”, proceder à leitura da matéria do Expediente.

 

O SR. 1º SECRETÁRIO - ROBERTO MORAIS - PPS - Procede à leitura da matéria do Expediente, publicada separadamente da sessão.

 

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- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Tem a palavra o nobre Deputado Samuel Moreira. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Vitor Sapienza. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Aldo Demarchi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Alencar Santana. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Edson Ferrarini. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Alex Manente. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado José Zico Prado. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Celso Giglio. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Antonio Salim Curiati. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Enio Tatto. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Milton Vieira. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Maria Lúcia Amary. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Antonio Mentor. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Olímpio Gomes, pelo tempo regimental.

 

O SR. OLÍMPIO GOMES - PDT - Sr. Presidente, Srs. Deputados e Sras. Deputadas, funcionários desta Casa, cidadãos que nos acompanham pela TV Alesp, talvez as pessoas que prestarem atenção na minha fala poderão imaginar que eu esteja repetindo uma fala de ontem ou que não seja ao vivo a transmissão da TV Alesp. Lamentavelmente, hoje pela manha, fui ao cemitério Parque dos Pinheiros para o enterro de mais um policial militar executado por marginais.

Ontem eu lamentava aqui a morte do sargento Bruner, que estava aposentado há três anos, acabou sendo vítima de marginais e foi executado no último domingo. Desta feita, na mesma noite, quando saía da casa de sua namorada com mais um casal de amigos, o Sargento Custódio da Força Tática do 43º Batalhão da zona norte de São Paulo - Batalhão Soldado Lamas, que também foi executado por marginais - e por isso fizemos o projeto de denominação com o nome dele -, foi abordado por alguns marginais. Foram pelo menos três marginais que abordaram o grupo e mandaram as moças e o amigo retornarem para dentro da casa porque queriam apenas ele. Em seguida os marginais desferiram um tiro fatal que transfixou o osso esterno, que divide os pulmões.

Antes de morrer o Sargento Custódio conseguiu sacar sua armar e feriu dois marginais. Esses marginais deram entrada como vítimas de assalto em Mogi das Cruzes. Acabaram sendo identificados. Os que foram presos são marginais que moram em Itaquaquecetuba, mas procuraram socorro à distância alegando serem vítimas de assalto.

O Sargento Custódio era um excepcional policial, trabalhava doze anos na Polícia Militar, um exemplar comandante de viatura de Força Tática. Vinha de uma família de policias. O seu pai é subtenente reformado da Polícia Militar, o seu irmão é Sargento do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar. E hoje, centenas de amigos e familiares choravam juntos na despedida de mais um herói policial.

Vamos acompanhar as investigações. Em novembro do ano passado sargento Custódio, com sua guarnição, foi responsável pela prisão de traficantes e pela apreensão de mais de 500 quilos de drogas. Isso passa a ser mais uma linha de investigação da Polícia para identificar os autores dessa vingança contra o Sargento Custódio.

Tudo isso é extremamente triste. E eu levo essas informações para a população e para a opinião pública, para que saibam exatamente o quão difícil é exercer a atividade policial em um país com leis frouxas. Um país com autoridades públicas indolentes e irresponsáveis, sob o ponto de vista de fazer cumprir as poucas leis, ou as leis que poderiam provocar inibição. Ao contrário, temos a cada dia um afrouxamento da legislação e o resultado é exatamente isso: os policiais que são os últimos escudos, que têm a sociedade para proteger, passam a ser os alvos preferenciais. Porque os marginais estão convictos que se atacarem os policiais, que são os últimos escudos, irão apavorar a população e o cidadão de bem.

O que eu tenho a dizer é que os policiais choram os seus companheiros mortos, mas enxugam suas lágrimas e não deixarão de combater o crime. Ao contrário, essas lágrimas derramadas servem como estímulo e energia para combaterem com mais força ainda a criminalidade.

Eu encareço a qualquer cidadão de bem, que tenha qualquer informação sobre essa quadrilha, que passem para a primeira viatura policial, para o “181”, ou no meu celular 11 99813646. São marginais de Itaquaquecetuba e dois já estão no hospital com escolta policial. Nesse momento, precisamos da ajuda da população para identificar os autores e mentores da morte do Sargento Custódio.

Quem está enlutada não é só a família do Custódio, não é só a família policial paulista, mas sim toda a sociedade brasileira.

 

 

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- Assume a Presidência o Sr. Adilson Rossi.

 

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O SR. PRESIDENTE - ADILSON ROSSI - PSB - Tem a palavra a nobre Deputada Regina Gonçalves. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado José Bittencourt. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Bezerra JR. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Giannazi.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas e telespectadores da TV Assembleia, gostaria de comentar uma carta que foi enviada pela Secretaria Estadual de Educação aos professores da Rede Estadual de Ensino, tentando desqualificar a luta dos profissionais da Educação e dos professores filiados à Apeoesp.

Estamos aqui denunciando exaustivamente o descumprimento dessa lei Federal que estabeleceu a Jornada do Piso. Inclusive ontem eu falei mais uma vez sobre esse assunto. Vários estados, sobretudo o Estado de São Paulo, têm esse comportamento de descumprir essa lei aprovada no Congresso Nacional, sancionada pela Presidência da República e confirmada pelo Supremo Tribunal Federal. Uma lei que está em pleno vigor no Brasil. No entanto, a Secretaria Estadual da Educação não respeita a lei federal que institui a jornada do Piso Salarial e obriga os estados e municípios a investirem no mínimo 1/3 da jornada em atividades extraclasse, que é o momento que o professor tem para preparar suas aulas, fazer as leituras, preparar e corrigir provas e se reunir com outros professores. É um momento importante do processo pedagógico porque a educação não ocorre apenas em sala de aula. O professor precisa se preparar antes e essa preparação faz parte da jornada dos professores das escolas públicas e privadas.

Historicamente no Brasil esse trabalho não é remunerado, Sr. Presidente. Por isso, depois de uma ampla mobilização e de vários embates, conseguimos aprovar a lei federal no Congresso Nacional. No entanto, parece que o Estado de São Paulo não tem compromisso com a Educação, porque o cumprimento dessa lei significa que na prática poderemos potencializar a oferta da qualidade de ensino para beneficiar os cinco milhões de alunos. Mas não é isso que está acontecendo em nosso Estado.

A Secretaria da Educação está descumprindo a lei federal e a sentença judicial do Tribunal de Justiça, que foi ganha pela Apeoesp. E está tentando desqualificar a luta dos professores, criticando inclusive a ação da Justiça, dizendo que o sindicato judicializou a questão. É lógico, pois se o Governo descumpre a lei tem que ser responsabilizado criminalmente. E as entidades devem, sim, entrar com ações na Justiça para que a legislação seja cumprida.

Então, nosso total apoio aqui às medidas tomadas pelo Sindicato e pela Apeoesp, em relação ao cumprimento da lei federal que estabelece a jornada do piso.

A carta é patética; vale a pena os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas lerem. Está no site da Secretaria da Educação. E aí o Secretário faz altos elogios em relação ao falso reajuste salarial de 42,28%, só que não frisa que esse reajuste foi parcelado em quatro anos e que na prática não houve reajuste nenhum. Primeiro, que há uma defasagem salarial de quase 10 anos para os professores; não houve correção. Segundo, que a inflação em quatro anos destrói os 42,28%, ou seja, na prática esse reajuste parcelado em quatro anos não repõe nem a inflação do próprio período. Então é um absurdo que o Governo fique se autopromovendo, vangloriando-se em cima de um falso reajuste salarial. Como se não bastasse isso, o Governo ainda se auto-elogia, dizendo que vai implantar a comissão paritária.

Essa comissão paritária é uma exigência da Lei Complementar 836, de 1997, aprovada aqui na Assembleia Legislativa, que obriga a formação de uma comissão paritária para discutir e elaborar o plano de carreira dos profissionais da Educação. Não é mérito. A lei está sendo descumprida, na verdade, desde 1997, pelo Governo do PSDB, lei que o próprio tucanato aprovou aqui na Assembleia Legislativa. É como a data-base salarial dos servidores públicos, que foi uma lei encaminhada pelo próprio Governador Geraldo Alckmin, em 2006, e aprovada na gestão tucana. O próprio Governo tucano, de Geraldo Alckmin, descumpre a lei do projeto de lei que ele mesmo enviou aqui para a Assembleia Legislativa. É um governo fora da lei; o tempo todo descumpre lei federal, Lei da Jornada do Piso, a Lei da Data-Base Salarial, a Lei 836, de 97. Esse Governo só é bom para cumprir a lei para beneficiar o Naji Nahas e a sua empresa falida, já que cumpriu rapidamente uma liminar para desapropriar seis mil pessoas que estão em São José dos Campos abandonadas, sem assistência social, entregues à própria sorte. Para cumprir lei contra as pessoas que não têm onde morar, contra trabalhadores pobres de São José dos Campos, do Bairro do Pinheirinho, o Governador Geraldo Alckmin é bom e ágil. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ADILSON ROSSI - PSB - Tem a palavra o nobre Deputado Luiz Claudio Marcolino. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Vinicius Camarinha. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Adilson Rossi. (na Presidência.) Tem a palavra o nobre Deputado Rui Falcão. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Jooji Hato.

 

O SR. JOOJI HATO - PMDB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, telespectadores da TV Assembleia, hoje, na Comissão de Saúde, presenciei vários requerimentos pedindo ajuda para as Santas Casas do interior, que passam por uma dificuldade enorme. Elas estão praticamente falidas, cumprem uma tarefa muito importante, são fundamentais no atendimento médico-hospitalar. Não é só na Cidade de São Paulo, mas em Campinas, Limeira, Bebedouro, em Pacaembu, em Marília, Bauru, Rio Preto e outras. Se essas Santas Casas fecharem, será um colapso total.

Em cidades pequenas, por exemplo, não há hospitais, só há a Santa Casa, que sobrevive com um grau de pobreza e de dificuldade muito grande. Quem perde é a população mais carente, aquele que não pode pagar uma consulta, que às vezes não tem dinheiro nem para uma passagem de ônibus ou para um lanche. E é por isso que na Frente Parlamentar Pró-Santa Casa temos procurado buscar recursos do Governo Central, do Estado para socorrer essas Santas Casas do país afora.

Aí pergunto: por que as Santas Casas passam por dificuldades? Uma das causas é a violência, essa violência que atinge o Rio de Janeiro, Vitória, Recife e também a Cidade de São Paulo e o interior. Essa violência consome recursos que hoje faltam para as Santas Casas. Essa violência consome os leitos hospitalares, leitos caríssimos, fato que sobrecarrega o Poder Judiciário, a Polícia Civil, os DPs, os batalhões militares e os municipais.

Essa violência é sustentada por dois pilares: as armas e as drogas. As drogas invadem as nossas famílias, as nossas escolas, acabando com os nossos adolescentes. Será que ninguém enxerga isso? Será que só nós, deputados, enxergamos essa realidade? Será que os governantes não enxergam? Por que as pessoas andam armadas? Garotos de 12, 17 anos assaltam residências. Um quarto dos latrocínios é praticado por esses adolescentes; matam a vítima dentro de sua própria casa, geralmente embriagados, drogados. Por que não os desarmamos antes? Quando vamos ao estádio de futebol a PM examina todos os torcedores e no estádio não acontece nada porque não há nenhuma arma de fogo, ou outra qualquer. O torcedor sabe que vai ser examinado. Por que não fazem essa blitz do desarmamento nos pontos estratégicos da nossa cidade, e nas cidades do interior? Aí, sim, teremos economia nos atendimentos; seriam atendidas, basicamente, as patologias.

Estou preocupado; será que só nós enxergamos essa situação? Será que os governantes não sentem necessidade de fiscalizar as fronteiras internacionais, interestaduais e os pontos estratégicos das nossas cidades? Se fizerem isso, estarão fazendo prevenção na área da segurança, estarão economizando, evitando esses gastos enormes do SUS.

Então termino minha fala, Presidente, dizendo que temos que quebrar esses dois pilares que sustentam a violência: as armas ilegais, roubadas, contrabandeadas, que matam, que adolescentes estão usando; e o outro pilar, a bebida alcoólica e as drogas. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - ADILSON ROSSI - PSB - Tem a palavra o nobre Deputado Donisete Braga. (Pausa.)

Srs. Deputados e Sras. Deputadas, esgotada a lista de oradores inscritos para falar no Pequeno Expediente, vamos passar à Lista Suplementar.

Tem a palavra o nobre Deputado Rui Falcão. (Pausa) Tem a palavra o nobre Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Marcos Martins. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Antonio Mentor. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Ary Fossen. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Edson Ferrarini. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Luiz Moura. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Roberto Morais.

 

O SR. ROBERTO MORAIS - PPS - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Deputado Adilson Rossi, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, funcionários desta Casa e telespectadores da TV Alesp, tratarei novamente de um assunto já abordado nesta Casa, na atual legislatura, sobre a criação de mais um aglomerado urbano no Estado de São Paulo, que será em Piracicaba.

Encerrada a eleição em 2010, na qual o Governador Geraldo Alckmin venceu no primeiro turno, conversávamos com seus interlocutores na transição e nos conscientizamos sobre a sua intenção em relação à criação da Região Metropolitana de São Paulo, o desenvolvimento do Aglomerado Urbano na cidade de Jundiaí e sobre a criação do Aglomerado Urbano de Piracicaba e também da Região Metropolitana do Vale do Paraíba. Nessa época, o Governador desmembrou algumas Secretarias, mas em contrapartida criou uma nova secretaria, a Secretaria do Desenvolvimento Metropolitano representada pelo Deputado Edson Aparecido. Essa Secretaria se encarregou junto com os técnicos da Emplasa, de fazer a divisão geográfica.

No ano passado aprovamos nesta Casa a Região Metropolitana de São Paulo; aprovamos o Aglomerado Urbano da cidade de Jundiaí, inclusive estive presente no lançamento; depois a Região Metropolitana do Vale do Paraíba e, hoje, por parte do Secretário Edson Aparecido, que já esteve duas vezes fazendo audiências públicas em Piracicaba, soubemos que a próxima obra será na cidade de Rio Claro, a pedido do Deputado Aldo Demarchi. Ele nos informou que na próxima quarta-feira, 14/03/2012, às 10 horas, em mais uma visita que o Governador Alckmin, fará a nossa cidade de Piracicaba, ele anunciará e assinará a Mensagem que será enviada à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo para que possamos, ainda no primeiro semestre, criar o Aglomerado Urbano de Piracicaba. Cerca de 25 cidades da nossa região pertencerão a esse Aglomerado Urbano. Realmente são decisões de grande importância que os prefeitos, os vereadores e as entidades organizadas, com os seus Deputados representados aqui na Assembleia Legislativa, tomam.

Estamos gratos ao Secretário Edson Aparecido pelo cumprimento pontual do cronograma e ao Governador Geraldo Alckmin que assinará essa Mensagem em sua visita a Piracicaba. O Governador cumprirá uma extensa agenda passando por Caterpillar; visitando o nosso entorno que começa com o Rodoanel de nove quilômetros, totalmente duplicado, com duas fontes de 300m sobre o Rio Piracicaba. Ele visitará também as obras iniciais e concluídas da recuperação de Charqueada até o grupo Raizen e desse grupo até Piracicaba onde a duplicação começou recentemente. Ele provavelmente visitará o Hospital Regional que já está em fase de conclusão, sendo construído pela prefeitura municipal da cidade de Piracicaba. É mais um passo importante.

Estou nesse Parlamento há 13 anos, passando pelo quarto mandato, provenho de uma região que ficou 12 anos sem nenhum representante e no decorrer desse tempo, nós vimos o desenvolvimento da região e presenciamos a sua independência. Hoje temos presente nessa cidade a Polícia Federal, foi criado o Deinter 9, o CPI 9, temos Fatecs e Etecs, temos uma fábrica de automóveis que começará a produzir 150 mil carros/ano, possuímos um parque tecnológico, a maior parte das rodovias já estão duplicadas e estamos iniciando o Rodoanel. No ano de 2010, conseguimos ser atendidos pelo Comando da Polícia Militar através do Secretário de Segurança Pública, que enviou um helicóptero Águia que sobrevoa as 52 cidades que fazem parte do CPI 9 e estamos prestes a construir um aglomerado contendo 25 cidades. Enfim, hoje Piracicaba tem um destaque muito grande e as cidades ao seu entorno que dependem economicamente dela estão envolvidas nessa luta.

Fico muito feliz com a realização desse Aglomerado Urbano, pois ele é um projeto feito por dois Deputados Estaduais, esse que vos fala e o meu querido amigo irmão Deputado Aldo Demarchi, de Rio Claro.

Quarta-feira, sob a presença do Exmo. Governador do Estado, Geraldo Alckmin, teremos a assinatura dessa Mensagem. O Presidente da Casa, Deputado Barros Munhoz, provavelmente comparecerá a esse evento.

Saliento que a criação do Aglomerado Urbano não é uma disputa política local e estadual. Prestigiamos, inclusive apoiados pelo Deputado Pedro Bigardi, de Jundiaí, a assinatura do aglomerado dessa cidade, iniciativa da Vereadora Vanessa. Temos o apoio de vários deputados que têm o interesse em votar nesse projeto. Empenharemo-nos muito para que possamos aprovar o projeto, ainda no primeiro semestre deste ano. Muito obrigado, Sr. Presidente e aos demais presentes.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Jooji Hato.

 

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O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Srs. Deputados e Sras. Deputadas, tem a palavra o nobre Deputado Fernando Capez. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Hamilton Pereira. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado José Bittencourt. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Donisete Braga. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Afonso Lobato. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Luiz Cláudio Marcolino. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Dilmo dos Santos. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Luiz Carlos Gondim.

 

O SR. LUIZ CARLOS GONDIM - PPS - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados e Sras. Deputadas, iniciamos os trabalhos do AME de Mogi das Cruzes. Esse Ambulatório Médico de Especialidades foi programado para atender 10 mil consultas/mês e começa o seu funcionamento atendendo de 1.200 a 1.500 consultas por mês.

O AME foi uma luta nossa, nesta Casa, e que se uniu ao programa iniciado pelo o ex- Governador José Serra, no qual pedimos para o Alto Tietê, pelo menos, dois AMEs. Um seria destinado à parte clínica assistindo aos municípios de Biritiba, Salesópolis, Guararema, Mogi das Cruzes, Suzano, Ferraz, Santa Isabel, Arujá e Itaquá que atendem suas consultas nos postos de Saúde. Após essa consulta no posto de saúde, esses pacientes são encaminhados ao AME. O paciente faz a primeira consulta e se ele precisar de uma especialidade especifica, se direcionará imediatamente ao AME e agendará sua consulta. Estamos começando com apenas 20% do atendimento, o que já é muito bom.

Queremos agradecer a inauguração desse Ambulatório Médico de Especialidades, que foi singela e só marcou realmente o início dos seus trabalhos com apenas cinco especialidades. Mais uma vez, uma organização social irá dar andamento ao AME, mas o ideal seria que o próprio Governo pudesse cuidar desse ambulatório através da contratação de médicos competentes para dar continuidade a esse serviço.

O que queremos é que esse Ambulatório Médico de Especialidades abarque o maior número de especialidades como, por exemplo, mastologistas, neurologistas, vascular, geriátrico para que possamos dar vazão de todo o Alto Tietê, ou seja, um aparelho que abranja toda essa região. E ainda definir as consultas que cabem para as cidades de Suzano, Itaquá e Biritiba, porém precisamos que isso seja definido o mais rápido possível pela Secretaria da Saúde, justificado para que os prefeitos não sejam cobrados em relação à segunda etapa de uma consulta.

Na primeira etapa você é atendido pelo clínico geral, com o ginecologista, com o pediatra, que pede aquela endoscopia, que pede aquele exame, e manda para o Ambulatório Médico de Especialidades. Queremos que o segundo Ambulatório Médico de Especialidades também fosse aberto, principalmente o Ambulatório Médico de Especialidades cirúrgico, que existe em Araçatuba, em São José do Rio Preto, em Barretos. Uma vez diagnosticado o paciente, descoberta uma úlcera ou não, um câncer de estômago ou não, que esse paciente já realize a cirurgia, e posteriormente comece o tratamento da Oncologia.

A Medicina é uma cadeia que começa pelo primeiro atendimento, feito no Posto de Saúde. O segundo atendimento é feito no Ambulatório Médico de Especialidades, e o terceiro são as realizações, os procedimentos.

Queremos, para a nossa região, um Ambulatório Médico de Cirurgias, que defina e que dê continuidade ao que o Ambulatório Médico de Especialidades vá diagnosticar. Com tudo isso que estamos lutando, queremos agora, com a região metropolitana, que tenhamos esse Ambulatório Médico de Cirurgia.

Queremos também agradecer por esse primeiro AME ao Governador do Estado. A população do Alto Tietê está muito agradecida pela Saúde, que S.Exa. entende tanto. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Tem a palavra o nobre Deputado Olímpio Gomes.

 

O SR. OLÍMPIO GOMES - PDT - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, funcionários desta Casa, cidadãos que nos acompanham pela TV Assembleia, em primeiro lugar quero anunciar, com muita satisfação, a presença nesta Casa nesta tarde do Subtenente Clovis de Oliveira, que a família policial brasileira aprendeu a reconhecer pelo seu valor. Ele é o idealizador da Proposta de Emenda Constitucional nº 300. O Subtenente bateu às portas de inúmeros gabinetes, procurou inúmeros parlamentares e acabou encontrando as portas do nosso amigo Arnaldo Faria de Sá, Deputado Federal do PTB de São Paulo, que foi quem acabou fazendo a apresentação, como Deputado Federal, dessa proposta.

Mas quem faz toda a coordenação nacional pela mobilização, pela votação da PEC 300, com toda justiça, é o subtenente Clovis de Oliveira.

Já tivemos uma primeira votação na Câmara dos Deputados, com uma votação histórica: 349 votos contra nenhum voto contrário. Repito: nenhum parlamentar, de nenhum partido, teve coragem moral ou política de votar contra a criação de um piso nacional aos policiais.

O Subtenente Clovis está agora numa expectativa, que ele e mais dois policiais militares do Rio Grande do Sul e da Bahia estão fazendo mediações com o Presidente da Câmara Federal, Marco Maria. Serão recebidos em audiência pelo Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para redobrar a força e a mobilização, para que se vote, em segunda votação, a PEC 300.

Como eu disse ontem, nós tivemos movimentos mais agudos, mais do que justificados, na Bahia e no Rio de Janeiro, justificados justamente pela irresponsabilidade dos governos de não darem um salário digno. Houve talvez exagero na forma, e o Governo Federal e alguns Governadores de Estado estão usando isso como argumento.

Parabéns, Clovis. A família policial e a sociedade lhe são eternamente gratos por esse esforço, por essa luz divina que você teve num momento de conceber o projeto, e agora com a sua força, muitas vezes combalida por algumas moléstias, mas sempre presente, e é um exemplo para todos nós. Parabéns, e obrigado.

Sr. Presidente, eu gostaria ainda de cumprimentar a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa e os responsáveis pela elaboração do nosso Diário Oficial, por trazer hoje, no Diário Oficial do Legislativo uma matéria de homenagem a um funcionário antigo da Assembleia Legislativa, o Antonio Sérgio Ribeiro, nosso amigo Serginho, que está no Departamento de Comunicação e Informação.

Pela sua natureza, capacidade e inteligência, é a pessoa que mais pesquisa e conhece a história e o acerto histórico do Estado de São Paulo. Para nós é um orgulho saber que ele é consultor de grandes escritores brasileiros, como o Fernando Morais, em seu livro “Chatô do Brasil” e “Olga”, assim como é consultor e amigo pessoal do escritor e humorista Jô Soares, que cita em seus livros a presença cultural e a capacidade do Sergio Ribeiro nas pesquisas históricas em “Quem matou Getúlio Vargas?” e em suas outras obras.

Isso é muito importante para nós da Assembleia Legislativa, a preservação do acervo histórico, da história da Assembleia, da biografia dos parlamentares. Muitas vezes temos o falecimento de algum parlamentar, de algum personagem da história da política paulista, e quando verificamos essa história muito rapidamente colocada para a Imprensa, para o Diário Oficial, e para que tenhamos o conhecimento, é simplesmente a capacidade do Sergio Ribeiro e de sua equipe hoje, do Departamento de Comunicação de Informações, que dão vazão a isso.

Para mim é um motivo de grande satisfação, como parlamentar desta Casa, perceber também a sensibilidade da Casa em homenagear os seus servidores. Na figura do Serginho, nesta data, a Assembleia Legislativa está homenageando todo o seu quadro de servidores. Em cada instante, em cada sessão, em cada departamento, pode-se passar sem a presença do parlamentar em plenário - como é difícil até a presença de parlamentares em plenário -, mas não podemos prescindir daqueles que fazem a Assembleia Legislativa acontecer, que são os funcionários desta Casa.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Tem a palavra o nobre Deputado Ed Thomas.

 

O SR. ED THOMAS - PSB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, funcionários da Assembleia Legislativa, telespectadores da TV Assembleia, sempre tive o entendimento, e creio que é o entendimento de todos aqueles que ocupam um cargo, e que chegam a esta Casa através do voto da rua, o voto daquele que trabalha, que a grandeza do voto, em cinco minutos no Pequeno Expediente não pode ser explicada com propriedade, na totalidade. É a grandeza da confiança de receber o voto, perdendo ou ganhando uma eleição.

Entendo que política é melhorar a vida das pessoas todos os dias. Você coloca à disposição o mandato recebido para cumprir a sua obrigação.

Tenho alguns projetos nesta Casa, como tantos outros deputados. Creio que todos os projetos que aqui estão são importantes, porque são para melhorar a vida das pessoas. Um projeto simples deste Deputado - que foi discutido, votado e aprovado - é o Projeto de lei nº 238/2010, que trata da instituição da Casa Abrigo. Pedi essa instituição, no âmbito da 10ª Região Administrativa. Por quê? A Casa Abrigo destina-se à proteção da mulher e dos seus filhos, da mulher vítima de violência doméstica, que cresce assustadoramente no País. E a minha região não está diferente.

A Casa Abrigo é uma parceria entre o Estado e o Município. Então, pedi uma instituição na minha região, por causa da violência doméstica. O projeto foi vetado, um projeto do próprio Governo. Onde eu busquei? Junto a promotores, em especial o Dr. Mário Coimbra, digno promotor. Busquei junto ao Prefeito Milton Mello, o Tupã, de Presidente Prudente, a parceria com o município. Este Deputado, o digno promotor e o prefeito procuramos a Secretária de Justiça do Estado de São Paulo, Dra. Eloísa. Ela pediu-nos, no âmbito social, que também contatássemos o Deputado Federal e Secretário de Desenvolvimento Social, Rodrigo Garcia.

O prefeito alugou a casa e a equipamos, para que recebesse essas mulheres com seus filhos. Na região de Prudente, mais de 50 mulheres sofreram a violência doméstica, correm risco de morte e precisam estar numa casa abrigo, protegidas daqueles que juraram amar e, hoje, juram matar. Projeto vetado. Quem sabe este Deputado tenha errado ao pedir a instituição para a 10ª região. Em 2010, eu já havia pedido.

“O Imparcial”, com quase 80 anos, é o jornal mais importante do interior do Estado de São Paulo. Eis a manchete: “Casos de violência contra a mulher somam 1.015, em Presidente Prudente. A Delegacia Seccional de Prudente contabilizou, em 2011, em sua cidade-sede, 1.015 casos de violência doméstica praticados contra a mulher. O número representa uma média de 2,7 registros por dia, feitos pela Delegacia da Defesa da Mulher ou pelo plantão policial.”

Enfim, o projeto foi vetado. Continuo trabalhando. Gostaria que o Governo - o próprio Governador Geraldo Alckmin, com toda a sua sensibilidade; o Secretário do Desenvolvimento Social, Rodrigo Garcia; a Secretária de Justiça, Dra. Eloísa - que tem esses dados nas mãos, encaminhasse um projeto nesse sentido à Assembleia. Eu já ficaria muito feliz. Podem cancelar o projeto, não há problema algum. Quero é a solução para essas mães e para os seus filhos.

Fala-se na Fundação Casa em Presidente Prudente. dez anos, fiz uma lei proibindo a construção de presídios. Entrou-se com uma Adin, revogou-se a lei: a Fundação Casa pode; a Casa Abrigo não pode.

 

O Sr. Presidente - Jooji Hato - PMDB - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, tem a palavra o nobre Deputado Marcos Martins.

 

O SR. Marcos Martins - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, telespectadores da TV Assembleia, público que nos acompanha, o “Diário Oficial” traz hoje uma matéria que faz referência a um projeto de nossa autoria: a proibição do uso do mercúrio.

Temos outro projeto que trata da manutenção das portas de segurança nos bancos. O Governador José Serra vetou esse projeto, e queremos derrubar o veto. Os bancos passaram a não adotar essas portas nas agências novas, como também a retirá-las de onde já existem, expondo população, funcionários e vigilantes à ausência de segurança - dentro da agência e nas proximidades.

Precisamos, o mais breve possível, derrubar esse veto para que os bancos em São Paulo, o maior mercado financeiro do País, tratem de respeitar minimamente a segurança da população. A Constituição Federal diz que os bancos precisam ajudar a inibir, dotar os bancos de equipamentos, câmeras de segurança etc. Os bancos estão deixando de cumprir, ganhando muito dinheiro, e pessoas estão morrendo em tiroteios, especialmente bancários e vigilantes, expostos a essa ausência de segurança.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Ary Fossen.

 

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Voltando ao projeto da proibição do uso do mercúrio. Vocês sabem que sou autor da lei que proíbe o uso do amianto no Estado de São Paulo, um produto cancerígeno, que mata milhares de pessoas no mundo. O mercúrio também é um metal pesado que transmite problemas sérios. Vocês se lembram da dupla Leandro e Leonardo. Leandro trabalhava no campo e foi contaminado por mercúrio. Houve uma época em que havia excesso de mercúrio na batata. Muita gente tinha até parado de consumi-la. Depois, houve controle, aumento de fiscalização.

Temos os instrumentos de medição, por exemplo, termômetros. Eles são fáceis de quebrar e o mercúrio acaba indo para rios e hortas, contaminando os alimentos. Os peixes do mar, que acabam absorvendo o mercúrio, vêm para a mesa e as pessoas se contaminam.

Quero então registrar que é mais um projeto em que vamos trabalhar. Continuamos na batalha contra a perseguição do médico pesquisador do Rio de Janeiro, Dr. Hermano Albuquerque de Castro. A indústria do amianto, a Sama, em parceria com o Instituto Brasileiro do Crisotila, está processando o médico por ele afirmar que amianto é cancerígeno, prejudicial à saúde pública, ao meio ambiente e que mata pessoas. Os donos dessa indústria, na Itália, foram condenados a 16 anos de prisão e deve 100 milhões de indenização às vítimas. Basta de amianto, de morte, de crime. Um grande abraço.

 

O SR. PRESIDENTE - ARY FOSSEN - PSDB - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, esgotado o tempo destinado ao Pequeno Expediente, vamos passar ao Grande Expediente.

 

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- Passa-se ao

 

GRANDE EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - ARY FOSSEN - PSDB - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, tem a palavra, por permuta de tempo com o nobre Deputado Roberto Massafera, o nobre Deputado Jooji Hato.

 

O SR. JOOJI HATO - PMDB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, telespectadores, assomo esta tribuna novamente para uma reflexão. Como podemos aceitar esse grau de violência que aí está? Sou médico e a minha função é de prolongar vidas. Não sou nenhum especialista, não sou delegado de polícia, não sou PM, nem da Polícia Federal, nem da Polícia estadual, mas médico e deputado estadual que acredita que pode contribuir para a diminuição dessa violência que assola o território nacional. Isso não ocorre só em São Paulo. a Rio de Janeiro para ver o que acontece - crime organizado, metralhadora, antimíssil e tantas outras coisas; vá a Recife, ou Vitória; vá ao nosso interior tão maravilhoso, como à cidade de Sorocaba - temos um grande representante, que é o Deputado Hamilton Pereira.

O que é preciso fazer? Aceitar jovens de 12 a 17 anos portando arma, assaltando residências? São jovens que estão embriagados, drogados e que matam. Para se ter uma ideia, 25% de latrocínio é realizado dentro da casa da vítima. Já disse isso ontem, estou repetindo hoje, mas precisamos repetir a toda hora para sensibilizar as autoridades competentes. A nossa função é de fazer leis. Quando elaborei a lei da moto sem garupa fui criticado. O ministro Padilha me deu apoio total e disse que a moto sem garupa iria economizar recursos do SUS. E ele tem razão. O vice-Presidente da República, Michel Temer e o Presidente da Fiesp, Paulo Skaf, também me apoiaram; e tantas outras personalidades entenderam a importância dessa lei.

Veja a matéria de jornal: “carro na contramão mata casal em moto”. O acidente ocorreu no dia 3 de março, seis horas da manhã de um sábado. Há aqui imagem de motocicleta no chão, e o indivíduo estendido. O acidente foi provocado por uma pessoa que ingeriu bebida alcoólica. O motoboy, Alexandre da Silva, de 34 anos, estava levando a sua esposa, agente pública, Francielle Paiva, 28 anos, para o trabalho. Se essa mulher, Francielle, tivesse tomado um ônibus, talvez não tivesse morrido e deixado uma criança de seis anos, que ficou órfã de pai e mãe. Eu, graças a Deus, perdi meus pais depois de muito tempo. Já era médico, vereador e quase deputado, mas perder seus pais com seis anos de idade?

Temos de refletir. Quantos não morrem numa terça-feira, antes do carnaval? Em Artur Alvim, zona Leste, tivemos um vendedor de seguros assassinado friamente por um garupa de moto na frente da filha de quatro anos. Se tivéssemos promulgado essa lei, talvez tivéssemos evitado essas mortes. No mesmo dia, assassinaram um rapaz de 23 anos, na flor da idade, no Jardim Miriam, perto de Diadema. Quantos não são assassinados por garupa de moto? Essa lei poderia ter salvado muitas vidas. Que tivesse salvado apenas uma vida já teria valido todo o nosso sacrifício. E este deputado recebeu o apoio dos colegas aqui, tendo aprovado a lei e cumprido a nossa função de proteger vidas, dar tranquilidade e trazer ordem pública. Mas não fomos compreendidos. As pessoas enviavam e-mails para o governador e me ofendiam. Por que esses opositores não vão pedir desculpas às famílias dessas vítimas? Por que até o chefe da Polícia Civil desconhece que 62% de assaltos na saída de banco são feitas por garupa de moto? O delegado Aldo Galiano Júnior tem esses dados. São assaltos, por exemplo, a pessoas da terceira idade que vão retirar suas aposentadorias. É um dado do Deic, mas o nosso delegado geral desconhece isso.

É por isso que o nosso país, nosso Estado, nossa cidade está assim. Você anda por aí e não encontra polícia. Ande 20 km pela cidade e veja quantos policiais vai encontrar. Alguma coisa está errada e acho que o Governador não está sabendo disso. Chegaram a afirmar que tirar a garupa de moto não resolve o problema da Segurança. Não é minha pretensão dizer que a retirada da garupa vai resolver o problema, mas segurança é algo complexo.

O indivíduo tinha tomado cachaça e, seis horas da manhã, sábado, entrou na contramão e matou esse casal. É por isso que fiz a Lei Seca, que fecha botecos. Na época a maioria queria bater em mim, inclusive a imprensa, como se essa lei agredisse a população. Os indivíduos bebem, passam para as drogas, ao crack - penúltimo degrau, ao oxi - último degrau -, que não tem volta. E nós ficamos assistindo a tudo isso? Esta Casa, que leva fama de que não faz nada, aprovou o Projeto da Moto Sem Garupa. Iria salvar muitas vidas, evitar assaltos e trazer mais qualidade de vida. Fico triste porque no meu aniversário, num domingo, recebi uma notícia de que duas pessoas morreram na Casa Verde. Estavam na garupa da moto e morreram acidentadas, no bairro da Casa Verde. Poderíamos tê-los salvo se tivessem sancionado o meu projeto. Para sancionar, temos que derrubar o veto do governador. O governador não o sancionou. Então temos que derrubar o veto.

Espero contar com os meus colegas deputados para derrubarmos esse veto para salvar vidas. Quantas vidas nós vamos perder? Se derrubarmos esse veto, salvaríamos vidas. Se salvarmos uma vida eu ficaria muito feliz.

Quero dizer, meu caro Deputado Ary Fossem, que foi Prefeito de Jundiaí, cidade maravilhosa, pacata, a terra do vinho, cidade em que não acontecia violência, que fui médico na região de Jundiaí. Operava as pessoas que sofriam acidentes de moto no Hospital Samaritano. Eu operei muito nessa região, principalmente no final de semana porque as pessoas bebiam demais.

Tive muitas oposições quando aprovamos o projeto da Lei Seca, como vereador. Mas muitas vidas essa lei está salvando e muitas vidas a Lei da Moto sem Garupa poderia salvar. Fico perguntando: será que e isso que queremos para os nossos futuros herdeiros, nossos netos, bisnetos e tataranetos? Queremos dar a eles essa herança que recebemos ou essa herança que estamos aceitando? Vamos ficar de braços cruzados? Não vamos fazer nada? Vamos deixar invadir as nossas casas? Você vai a um restaurante aqui, em São Paulo, da maior cidade do Hemisfério Sul, com sua família, e é assaltado.

Não sei se você, caros telespectadores, viram, mas a mídia filmou e mostrou o assalto. Um indivíduo colocar o seu celular na mesa, depois tirou, com medo de ser baleado. É esse constrangimento que vivemos nesta cidade. Vamos continuar aceitando isso?

Diz que não tem contingente. Recruta do Exército. Há muitos jovens treinando fisicamente, dia e noite, nos quartéis para uma guerra que não vai acontecer. Se acontecer uma guerra, destrói o Planeta Terra. Por que não recrutam, fazer um convênio, uma força tarefa para fiscalizar as fronteiras estaduais, internacionais para tirar essas armas ilegais, contrabandeadas, roubadas que matam? Têm jovens que usam até metralhadoras.

Quero dizer que ainda tenho esperança e sonho com uma cidade, um país que tenha ordem pública, segurança e dê aos cidadãos o direito de ir e vir que é o bem maior. Encerro a minha fala agradecendo a sua condescendência, meu caro Presidente em exercício, Deputado Ary Fossen. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - ARY FOSSEN - PSDB - Tem a palavra o nobre Deputado José Zico Prado.

 

O SR. JOSÉ ZICO PRADO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, senhores funcionários e telespectadores da TV Assembleia, quero dizer que hoje, logo de manhã, fui surpreendido com mais um veto do Sr. Governador no meu projeto. É um projeto de lei que está na Casa tramitando desde 2005, que beneficiava a Polícia Militar do Estado de São Paulo porque o governador poderia dar condição aos policiais militares que quisessem cursar uma universidade.

Onde o governador arruma esse argumento de que policial não tem direito de cursar uma universidade? É um absurdo. Nós aqui, nesta Casa, durante sete anos com um projeto, que passou por todas as comissões, que passou por debates nas comissões porque sabemos da situação da Polícia Militar aqui no Estado de São Paulo com salário rebaixado, que não tem condições dignas de trabalho, que correm o risco de acidentes a todo instante e ele foi vetado.

Quando se percebe que é preciso dar condições para que o policial esteja mais preparado, - e não é porque sou deputado da oposição - o governador não quer dar condições digna de trabalho intelectual para o funcionário da Segurança Pública do Estado de são Paulo.

Este debate que vamos fazer nesta Casa. Vamos lutar para derrubar esse veto. É esta a nossa tarefa agora. Temos conversado com muitos deputados e sabemos da importância que tem a derrubada de um veto do governador que entra com uma Adin.

Quando os projetos do governador vêm a esta Casa, vêm todos em regime de urgência. O governador tem urgência e os deputados? Todos nós batalhamos porque fomos eleitos com a perspectiva de legislar em benefício do Estado. Tenho certeza que o governador sabe disso. Mas por que veta um projeto do deputado que tem a característica do seu projeto? Qual a justificativa?

Quero, aqui, lamentar essa situação que vive a Assembleia Legislativa. Quando é projeto do governador, temos que indicar aqui o relator especial, fazer tudo na correria. Tem o Colégio de Líderes, o Congresso de Comissões, e o projeto de deputado fica parado aqui sete anos. Fazemos aqui todo empenho porque podemos votar só dois projetos, por ano, mas eles vão para o governador sancionar e ele os veta. A população do Estado de São Paulo tem que saber disso.

O governador tem que dar uma explicação do porque veta e a justificativa vale para esse projeto e para qualquer outro. Não tem nada de diferente. Quando qualquer deputado faz projeto nesta Casa parece que tem um padrão lá no Palácio dos Bandeirantes, que é um carimbo que vale para todos os projetos. Não interessa a qualidade do projeto. Então, quero aqui lamentar essa atitude do governador e dizer aos policiais militares, aos funcionários da Segurança Pública, militar e civil, para toda polícia que vamos continuar lutando para que eles possam ter cada vez mais dignidade no seu trabalho, condições técnicas e intelectuais para continuarem esse trabalho que vêm fazendo.

Outra questão que quero colocar aqui, que eu já usei esta tribuna por várias vezes, é para dizer da situação do transporte público metropolitano, especificamente o Corredor Metropolitano ABD. Desde 88, 90, no Governo da Luíza Erundina, conseguimos colocar os trólebus, os ônibus dentro do Terminal de São Mateus sem cobrar a passagem para a integração.

Passados praticamente 22 anos, o Governador Geraldo Alckmin, junto com seu secretário, resolveu cobrar 2 reais, por dia, a mais para quem toma um ônibus dentro do Terminal São Mateus, para fazer a baldeação do ônibus, passar a catraca e pagar mais 1 real. Por quê? Qual a justificativa? É que tem uma defasagem. Queremos discutir com o secretário, com o governo que essa defasagem não é culpa do usuário.

Sabemos perfeitamente que o Transporte público não pode ser bancado só pelo usuário. O Governo do Estado, as prefeituras têm que bancar e o nosso prefeito de Diadema, Deputado Mario Reali, lutou e ganhou uma parte desse debate na Justiça e prorrogou até abril para não deixar que esse 1 real seja cobrado no Terminal de Diadema.

Nós queremos que essa prorrogação também seja estendida para São Mateus para dar um alívio de mais um mês para aquelas famílias que têm dois, três filhos que estudam no ABC e usam o corredor ABD. Eu não estou aqui para criticar a empresa que faz o transporte, porque o transporte é de boa qualidade, mas para dizer que o transporte público não pode ser pago só pelo usuário. Uma parte do transporte público tem de ser bancado pelo Governo do Estado. Este é o debate que queremos fazer aqui na Casa. Nossa posição sempre foi de defesa da integração intermunicipal. O primeiro projeto de lei do Bilhete Único que tramitou nesta Casa foi de nossa autoria e queremos vê-lo aprovado porque abre condições para que o usuário do transporte público metropolitana seja contemplado em algo que é uma necessidade. Que quem mora em Mauá possa ir para Osasco pagando uma passagem só; de Osasco para São Bernardo da mesma forma; de Osasco para Mogi das Cruzes também. Foi para isso que o Governador criou a região metropolitana. Nós aprovamos o projeto para isso.

Qual a visão do Governador de região metropolitana? É mais uma falácia? Tanto eu como o Deputado Adriano Diogo estamos acompanhando toda essa situação para não deixar que a população de São Mateus pague mais um ônibus, mais dois reais para usar o corredor ABD. Queremos prosseguir nessa luta do Prefeito Mario Reali defendendo esse prolongamento até São Mateus.

Não podemos achar que resolveremos o problema do transporte discutindo uma linhazinha aqui e outra ali. Precisamos discutir uma proposta real. A proposta do Bilhete Único Metropolitano vai possibilitar que os moradores da Região Metropolitana do Estado de São Paulo possam ter condições dignas de se locomoverem para o trabalho pagando uma passagem só. Este é a função do Estado. Nesse sentido, vamos travar uma luta grande tanto na Comissão de Transportes como aqui no plenário para que a população reconheça que a Assembleia Legislativa tem se empenhado no debate para aquilo que é de mais digno: o direito de ir e vir do cidadão no Estado.

Eu ainda quero falar de outra questão.

Eu não poderia deixar de fazer um comentário sobre a derrubada de um veto por esta Casa a um projeto meu sem sanção ainda do Governador. Refiro-me ao projeto que obriga a Eletropaulo e empresas prestadoras de serviço neste Estado a removerem o poste quando necessário, quando colocado indevidamente. Trata de um projeto de quem conhece a periferia da Cidade de São Paulo.

Sabem quantos postes precisam ser removidos? E a Eletropaulo não tem vergonha de cobrar 12, 15, até 20 mil reais para a retirada do poste.

Por fim, quero lamentar mais uma vez a atitude do Governador em vetar um projeto que dá condições para que policiais civis e militares do Estado de São Paulo possam cursar uma universidade sem nenhum ônus.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Jooji Hato.

 

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O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Por permuta de tempo com a nobre Deputada Analice Fernandes, tem a palavra o nobre Deputado Ary Fossen.

 

O SR. ARY FOSSEN - PSDB - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, estive afastado da Casa por um período no ano passado e agora que retomo as atividades quero, primeiramente, registrar minha enorme gratidão a todos os colegas que se preocuparam com o meu estado de saúde.

Segundo, quero fazer um pequeno comentário sobre o passamento do Deputado José Cândido. Pessoa extraordinária, um homem simples e muito querido. Também venho de uma família simples. Meus pais passaram por grandes dificuldades. Minha mãe não sabia ler nem escrever, mas tive muita sorte e fui galgando posições na minha vida. Depois de oito anos e meio em farmácia, fui para o Sesi pelas mãos de um negro, a quem reverencio até hoje: Crispim Querubim da Silva Filho. A ele devo toda minha ascensão profissional. Pude fazer uma faculdade em Campinas à noite, viajando de trem. Nesse sentido, quero falar de uma coisa que tem me aborrecido, aliás, dentro até daquilo que o Deputado José Zico Prado falou sobre o transporte.

Vi com tristeza que o modelo de concessão do trem bala está pronto. Como disse o Deputado José Zico Prado, hoje os grandes problemas são Saúde, Educação, transporte - nesse particular tenho uma tristeza.

Tenho uma grande admiração pelo Presidente Lula. Por quatro vezes estive com ele. Sempre me tratou com muito carinho, sabe da minha origem. No auge do seu prestígio junto ao povo brasileiro lançou a Copa, as Olimpíadas e o trem-bala.

Todos os deputados do interior têm assessores aqui na Capital. Tenho um assessor que leva duas horas e meia para chegar ao trabalho. Fico triste quando vejo o Metrô lotado, o transporte coletivo lotado e os jornais falando mal. Isso não é só em São Paulo. É no Rio de Janeiro, em Pernambuco, em Belo Horizonte. O transporte coletivo está abandonado. Eu até brinquei com o Presidente Lula dizendo que ele deveria voltar à vida de operário, de metalúrgico e andar de trem, de ônibus. Aqueles eram outros tempos!

Eu ia muito a Suzano, a Mogi das Cruzes com os meus pais. Um tio tomava conta de uma fazenda em Suzano. Nós íamos de trem. O trem da Central do Brasil queimava a gente. Era máquina movida a carvão. A Santos-Jundiaí era uma maravilha. A saudosa Companhia Paulista de Estradas de Ferro. Fiz meu curso em Campinas à noite. Saía de lá vinte para uma e chegava em casa a uma, com o trenzinho misto como era chamado. Parava em Valinhos, em Vinhedo, atrás do campo da Ponte Preta, Currupira, em Jundiaí, Hortolândia. Que saudades da Companhia Paulista.

Como estragaram a ferrovia neste País. Como era bonito ver chegar o trem da Mogiana trazendo os mineiros para São Paulo, para Campinas, o trem da Noroeste trazendo o gado de Mato Grosso, o pessoal de Bauru e de toda aquela região! Como era bonito ver a Araraquarense na região central de São Paulo! Hoje vemos esse trem bala. A quem ele vai beneficiar meu Deus do céu? Quem vai vir do Rio, de São José, vai parar no Campo de Marte. Hoje, na rodoviária de Jundiaí, o pessoal que vai para Minas toma ônibus lá, assim como o pessoal que vai para o Paraná, para Mato Grosso, porque é muito mais fácil do que aqui em São Paulo. O sistema Anhanguera/Bandeirantes tem os períodos de pico ruins, também, já piorando.

Fico triste com isso. Tivemos recentemente uma audiência pública na Secretaria de Transportes para que o prefeito de Jundiaí escolhesse o local para o Expresso São Paulo-Jundiaí. O projeto básico está pronto, o projeto executivo está em andamento e estudos ambientais estão sendo feitos. São 130 a 140 quilômetros de uma obra que poderá sair a qualquer momento. Já está tudo planejado para em 2014 abrir a concorrência e em 2016 inaugurar. Existe a intenção para Sorocaba, para Santos, para São José dos Campos. Tudo isso é maravilhoso! É transporte de massa! Transporte coletivo para o cidadão que sofre todo dia no trânsito. Será que ninguém vê isso? Mas o trem bala? Eu não o quero em minha cidade e já disse isso publicamente. Só tem um cidadão do PT defendendo o trem bala. Estamos a 30 quilômetros de Viracopos, a 50 quilômetros de São Paulo, a 60 quilômetros do Aeroporto de Congonhas, com toda dificuldade de trânsito. Para que esse trem bala? Ele é útil? Utilíssimo para o futuro. Como é bonito o trem bala do Japão! Fui de Tóquio até Hiroshima; andei de trem bala, andei de Metrô. Tudo limpo, arrumadinho, organizado. Esquece esse trem bala agora! Mais para frente poderemos fazê-lo. Não podemos viver dessa enganação.

O povo gosta de Copa do Mundo, mas vou lembrar os senhores deputados e os telespectadores: o Brasil ganhou cinco Copas fora do Brasil; em 1950 o Brasil perdeu a Copa do Mundo no Maracanã. Eu tinha 13 anos e chorei como uma criança, eu, meus irmãos e meu primo. Ganhamos cinco Copas fora. Olimpíada? O Canadá, do lado inglês, teve dificuldades de vender os imóveis! E vamos investir uma fortuna? Não temos hotéis. Não temos acessos, estacionamentos. Pode-se pensar em aproveitar tudo o que o povo precisa, merece e tem direito, como moradia, segurança, transporte. Fico triste com isso. Acho que devíamos levantar as mãos para o céu e pedir o clamor popular. Não temos tido essas oportunidades.

Acho, então, que isso poderia ficar para depois. Vamos resolver o transporte coletivo nas grandes capitais, nos grandes centros onde há muitos problemas e vamos investir nessa parte de transporte coletivo que hoje é a que mais pesa na vida de qualquer trabalhador.

Na área da educação, acho que o Expresso Jundiaí vai beneficiar aproximadamente de 20 a 30 mil pessoas. Vai diminuir o trânsito na Anhanguera e na Bandeirantes, o que é muito bom. Haverá grande diminuição no número de veículos. A Ciesp publicou um artigo recentemente, nos jornais, dizendo que perto de 14 a s15 mil veículos deixarão de transitar no sistema Anhanguera/Bandeirantes, fazendo o ponto de referência. Um trem expresso São Paulo-Jundiaí, Jundiaí - São Paulo, em 25 minutos, integrando com as estações de Metrô.

Recordo-me de ter falado como o governador Alckmin e depois com o pessoal da CPTM e colocaram 3 trens diretos Jundiaí - São Paulo. Várias pessoas, gente simples disseram: Obrigado. Agora, com uma passagem por 3,10 reais vou para São Paulo, integro com o metrô e vou trabalhar.

Isso é uma maravilha. Depois, o governador Serra nos deu mais 5 trens diretos. Mas o trem Expresso São Paulo -Jundiaí é uma necessidade, como será futuramente São Paulo - Campinas. Mas não me conformo com o trem rápido. Ele vai custar caro, é para quem vai viajar de avião. Em Jundiaí não precisa parar esse trem. Para aqui em São Paulo, para em Viracopos. Temos as melhores estradas do Brasil, o sistema Anhanguera/Bandeirantes, e vamos em 15, 20 minutos, quando está tudo bem, para Viracopos.

Então ficamos aborrecidos por não fazer o trem Expresso, mas o trem Rápido. Os pobres vão se beneficiar? Não. Uma passagem de Jundiaí a Viracopos vai custar mais de 30 reais. Tem que ter um deslocamento muito grande. Na antiga Santos/Jundiaí, que pertence á Rede Ferroviária, juntando com a CPTM, vamos acolher a população grande de toda a aglomeração urbana de Jundiaí. E os ônibus e peruas de fretamento não precisariam ficar parados o dia inteiro esperando o cidadão ir trabalhar de manhã até a tarde e voltar. Poderia deixar os passageiros na nova estação ferroviária de Jundiaí e voltar a correr nas cidades da região.

Eu não poderia deixar de fazer esta justificação. Gente, Copa do Mundo, Olimpíada, Trem Bala são secundários no momento que o país vive de dificuldade nos transportes, na saúde, na educação.

Comparando a educação, no Rio Grande do Sul, governado pelo PT, o que recebe um professor do ensino médio? Em São Paulo quase 2 mil reais por mês. Tivemos 2 audiências públicas e oportunamente vou falar sobre elas porque, nobre Deputado Carlos Giannazi, houve muito favorecimento em relação ao aproveitamento político, quando se sabe que do dia para a noite não se vai mudar a educação. O senhor vem lutando há muitos anos, muita coisa tem sido criticada e com muita razão, mas a educação é prioridade, a saúde, o transporte coletivo também e como nunca nos dias de hoje, nas grandes capitais. Obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - PELO ART. 82 - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, público presente, gostaria, primeiro, de concordar com parte do pronunciamento do Deputado Ary Fossen em relação ao desrespeito à Lei do Piso Nacional Salarial que está sendo desrespeitado em 11 estados brasileiros, entre eles o Rio Grande do Sul. Ao mesmo tempo há 12 estados desrespeitando a Jornada do Piso, que é um componente importante dessa mesma lei federal que foi aprovada em 2008 no Congresso Nacional, foi sancionada pela presidente da república e confirmada pelo Supremo Tribunal Federal. No Rio Grande do Sul o valor do piso, de 1.451 reais não é respeitado pelo governo do PT. E aqui em São Paulo, no governo do PSDB o governador Geraldo Alckmin não cumpre a jornada do piso, a lei, nem a sentença do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.

O governo do estado, então, é um governo fora da lei, que não cumpre a legislação federal nem sentença judicial. Mas ele é um governo muito ágil para cumprir uma liminar que beneficiou a empresa falida do grande especulador Naji Nahas, criminoso que já foi preso várias vezes. Para isso o governador foi prestativo, rápido, cumpriu a liminar e jogou todo o aparato repressivo da Polícia Militar do estado, utilizando 2 mil policiais para retirar 6 mil moradores do bairro do Pinheirinho. Mas ele não respeita lei federal que beneficia a educação, não respeita a data base salarial, não respeita a lei 836, que já citei aqui.

Gostaria de dizer que nós, do PSOL, temos propostas para a educação. Nós denunciamos o que vem acontecendo: desmontes, sucateamento e degradação do ensino. Mas temos muitas propostas. Já apresentamos aqui na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo nos debates, nas audiências públicas, em vários outros setores da sociedade. Por exemplo, temos um projeto que protocolamos aqui na Assembleia Legislativa em 2007. Refiro-me ao PL 517, de 2007, que já foi aprovado em todas as comissões, já está pronto para ser votado - está na Ordem do dia. É um projeto que acaba com a superlotação de salas na rede estadual de ensino, um dos dramas que tem prejudicado o Magistério paulista e, sobretudo, os cinco milhões de alunos da rede estadual de ensino. Temos salas de aula com 50 alunos, ou até mais, dependendo da escola e da região do nosso estado. Isso é um câncer, é uma mazela que tem prejudicado o processo ensino-aprendizagem da nossa rede. É um dos motivos que tem levado também aos baixos índices de aproveitamento das nossas crianças e adolescentes.

Apresentamos o projeto em 2077, no nosso primeiro mandado, quando ingressamos na Assembleia Legislativa. Até agora a Assembleia Legislativa não aprovou o projeto. Estamos fazendo gestões, indicando esse projeto na reunião do Colégio de Líderes para que ele seja aprovado em caráter de extrema urgência, para resolver essa questão da Educação. Infelizmente, temos recebido muita obstrução. A base do governo, comandada pelo Palácio dos Bandeirantes tem obstruído a votação e impedido que esse projeto aqui na Assembleia Legislativa. Esse é um projeto que apresentamos.

Citaria ainda nosso PL 134, de 2011, que aumenta o vale-refeição dos professores e de todos os servidores do Estado de São Paulo. Atualmente o vale-refeição dos professores, dos servidores da Segurança Pública e da Saúde é de apenas 4 reais. Um professor tem que se alimentar com 4 reais por dia. Uma vergonha, um ataque à dignidade dos nossos servidores públicos, sobretudo no caso específico dos professores da rede estadual de ensino. Nosso projeto apresentado em 2011 na verdade é re-edição de outro projeto que apresentamos em 2007, que foi arquivado, estipula que o vale-refeição seja de no mínimo de 20 reais, que é o vale-refeição de várias categorias profissionais da prefeitura de São Paulo, de outras prefeituras e de outros segmentos de trabalhadores do estado. Mas o professor da rede pública de ensino recebe apenas 4 reais. Além dos baixíssimos salários, além de salários aviltantes e degradantes, os professores também a receber esse aviltante vale-refeição conhecido na rede estadual como vale-coxinha. O vale-refeição foi instituído em 1988 no Estado de São Paulo e até hoje não foi reajustado.

Então, Sr. Presidente, temos essas propostas, aumento do vale-refeição, fim da superlotação de salas, o fim das escolas de lata do Estado de São Paulo. Em outra oportunidade voltarei para debater os projetos que apresentamos para melhorar a Educação do Estado de São Paulo e, sobretudo, a situação do Magistério estadual.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Sr. Presidente, havendo acordo entre as lideranças, solicitamos a suspensão dessa sessão até as 16 horas e 30 minutos.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Srs. Deputados, tendo havido acordo entre as lideranças, a Presidência acolhe o solicitado pelo nobre deputado Carlos Giannazi e suspende a sessão até às 16 horas e 30 minutos.

Está suspensa a sessão.

 

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- Suspensa às 16 horas e 14 minutos, a sessão é reaberta às 16 horas e 37 minutos, sob a Presidência do Sr. Barros Munhoz.

 

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O SR. DONISETE BRAGA - PT - PELO ART. 82 - Sr. Presidente, a demonstração de V. Exa., representa o espírito democrático com que tem conduzido este Parlamento. Quero aqui cumprimentar os meus colegas parlamentares em plenário, saudar os servidores da Assembleia Legislativa e os telespectadores da TV Assembleia.

Domingo à noite, em cadeia nacional, o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, demonstrou querer um amplo diálogo com os Governadores, com os Prefeitos. Quando um governo quer enaltecer e até de forma educativa trabalhar as políticas de prevenção. É fundamental para o nosso Brasil.

O Ministro Alexandre Padilha apresentou um programa onde os municípios brasileiros poderão estabelecer convênios com o Ministério da Saúde sobre a questão da obesidade. Esse é um tema atual e que está relacionado intrinsecamente com a Saúde da nossa população e com a iniciação, inclusive, dos bancos escolares. O ministro reiterou a necessidade de um grande debate que envolva os profissionais da Educação, os alunos e pais para que o povo brasileiro possa ter uma vida saudável e de  qualidade.

Sou um adepto da prática esportiva e tenho dialogado com muitos companheiros, incentivando para que a população brasileira possa estabelecer um rito na questão da prática esportiva. Queremos não só registrar e valorizar a iniciativa do Ministro da Saúde Alexandre Padilha, mas também prestar homenagens a prefeitos e entidades que difundem essa idéia, sobretudo apresentando políticas de investimento e incentivo às práticas esportivas a fim de que a população desenvolva suas especialidades e tenha uma boa qualidade de vida, seja nas práticas de esporte, seja na alimentação saudável. Faço esse registro porque sabemos o quanto custa ao Governo Federal, aos governos estaduais e às prefeituras investirem na política de Saúde Pública do nosso País.

A iniciativa do Ministro da Saúde, que não só tem elevado os investimentos do seu ministério, mas tem apresentado essa política de informação e de conscientização sobre a questão das boas práticas esportivas e alimentares. Sem dúvida alguma, essa movimentação proporciona ao cidadão brasileiro uma grande qualidade de vida.

Além de fazer esse registro, ressalto a importância do Ministro Alexandre Padilha investir nas Unidades de Pronto Atendimento- UPAs, que tem se espalhado por todo território nacional. Elas são fundamentais para a assistência de uma Saúde de qualidade e caracterizam-se em fortalecimento do Sistema Único de Saúde. Queremos a universalização, mas acima de tudo queremos os investimentos necessários para a Saúde da população brasileira. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Srs. Deputados e Sras. Deputadas, vamos passar à Ordem do Dia.

 

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- Passa-se à

 

ORDEM DO DIA

 

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O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Srs. Deputados, Srs. Deputadas, há sobre a mesa o seguinte requerimento:

“Requeiro nos termos regimentais, tramitação em regime de urgência o PR nº 02/12, que cria o prêmio Beth Lobo de Direitos Humanos das Mulheres no ano da Assembleia Legislativa de São Paulo.”

Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

“Requerimento do nobre Deputado Edinho Silva, com número regimental de assinaturas, solicitando a constituição de uma Comissão de Representação, com a finalidade de participar do diálogo regional entre político e jornalistas da América Latina, que se realizará em Buenos Aires entre os dias 12 e 15 de abril do corrente ano, sem ônus à Assembleia Legislativa.”

Em votação. Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

Esta Presidência convoca Vossas Excelências nos termos do Art. 18, inciso III, alínea d, combinado com o Art. 68, ambos do Regimento Interno, para uma Reunião Conjunta da Comissão de Constituição, Justiça e Redação, Comissão de Administração Pública e Relações do Trabalho, e Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento, no Salão Nobre da Presidência, a realizar-se hoje, às 16 horas e 50minutos, com a finalidade de apreciar o Projeto de lei Complementar nº 04/2012, que institui abono salarial de iniciativa do Governador.

Nos mesmos termos, esta Presidência, convoca uma Reunião Conjunta da Comissão de Constituição, Justiça e Redação, Comissão de Transporte e Comunicações, e Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento, no Salão Nobre da Presidência, a realizar-se hoje, às 16 horas e 55 minutos, com a finalidade de apreciar o Projeto de lei Complementar nº 70/2011.

 

O SR. ANTONIO MENTOR - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, Srs. Deputados e Sras. Deputadas, manifesto o meu voto de aplauso à iniciativa do Ministério da Saúde anunciada no último fim de semana, relativa a um programa de combate a obesidade mórbida infantil. Um trabalho que vai se iniciar em todas as escolas do Brasil e que enfrentará um problema gravíssimo em relação à obesidade, que está se acumulando há décadas não só no Brasil, mas no mundo inteiro.

Essas questões estão vinculadas, Sr. Presidente, a uma alimentação inadequada que é oferecidas às crianças não apenas nas escolas e nas ruas, mas dentro de suas casas. Essa medida aplicada pelo Ministério da Saúde, chega em um momento oportuno para que, desde a família até as escolas, passando inclusive pelos locais de convivências das nossas crianças e jovens, ela possa ser debatida propiciando consequências positivas.

Esta Casa, Sr. Presidente, tem inúmeros projetos de autoria dos Deputados e Deputadas que versam sobre o tema da Saúde. Trago especificamente à pauta um projeto de minha autoria que tramita pelas Comissões há algum tempo e que já está pronto para entrar na Ordem do Dia. Esse projeto trata especificamente da questão da alimentação na infância, nas escolas e sobre o método empregado pelas mídias, que induz as crianças a se alimentarem de maneira equivocada e a utilizarem produtos que não traz um resultado saudável para elas, e que é reforçado dentro da própria cantina das escolas. Portanto, a proibição da comercialização de produtos inadequados dentro das escolas, através das cantinas, pode ser uma providência importante que se associará ao esforço do Ministério da Saúde em prol do bem estar nacional. Esse empenho contará com a colaboração das Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde.

A Assembleia Legislativa, Sr. Presidente, poderia em uma pró-ativa se juntar a esse esforço, pautando e discutindo esse projeto e outros que contenham o mesmo assunto, para que pudéssemos participar desse movimento de debate e orientação para uma alimentação sadia direcionada as nossas crianças, evitando o problema da obesidade mórbida que traz doenças como, diabetes, hipertensão, problemas ortopédicos, enfim, que deixam sequelas. Evitar essas questões é uma missão importante para todos nós. Gostaria que o meu projeto pudesse colaborar nesse sentido. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. CAUÊ MACRIS - PSDB - Sr. Presidente, havendo acordo entre as lideranças partidárias com assento nesta Casa, solicito a suspensão dos trabalhos pelo período de 45 minutos.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Srs. Deputados, tendo havido acordo entre as lideranças, a Presidência acolhe o solicitado pelo nobre Deputado Cauê Macris e suspende a sessão por 45 minutos.

Está suspensa a sessão.

 

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- Suspensa às 16 horas e 49 minutos, a sessão é reaberta às 17 horas e 43 minutos, sob a Presidência do Sr. Barros Munhoz.

 

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O SR. CHICO SARDELLI - PV - Sr. Presidente, havendo acordo entre as lideranças presentes em plenário, solicito o levantamento da presente sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - Barros Munhoz - PSDB - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, havendo acordo entre as lideranças presentes em plenário, esta Presidência vai levantar a sessão. Antes, porém, nos termos do Art. 100, inciso I, do Regimento Interno, convoca V. Exas. para uma Sessão Extraordinária, a realizar-se hoje, às 19 horas, com a finalidade de ser apreciada a seguinte Ordem do Dia:

- Veto ao PL 538/2010, de autoria do nobre Deputado Antonio Salim Curiati;

- PLC nº 004/2012, de autoria do Sr. Governador, que dispõe sobre a concessão de abono complementar aos servidores, na forma que especifica.

Esta Presidência adita à Ordem do Dia o Projeto de lei Complementar nº 62/2011, que tramita em Regime de Urgência, e convoca V. Exas. para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental, com a mesma Ordem do Dia de hoje e o aditamento ora anunciado, lembrando-os da Sessão Extraordinária de hoje.

Está levantada a sessão.

 

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- Levanta-se a sessão às 17 horas e 45 minutos.

 

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