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28 DE FEVEREIRO DE 2011

019ª SESSÃO ORDINÁRIA DO PERÍODO ADICIONAL

 

Presidentes: OLÍMPIO GOMES e WIDERSON ANZELOTTI

 

Secretário: WIDERSON ANZELOTTI

 

RESUMO

PEQUENO EXPEDIENTE

001 - OLÍMPIO GOMES

Assume a Presidência e abre a sessão.

 

002 - WIDERSON ANZELOTTI

Relata seu encontro com o Secretário de Estado da Saúde, para discutir a respeito da instalação de um hospital em Franco da Rocha, prevista para o final de março. Discorre sobre os benefícios que essa obra deverá proporcionar aos moradores da região. Apela pela criação de um ambulatório médico no local. Parabeniza o Governador pela nomeação do Secretário da Saúde.

 

003 - MARCOS MARTINS

Discursa sobre problemas decorrentes das constantes enchentes em São Paulo. Lembra a necessidade de se monitorar os serviços prestados à população e ao Estado por empresas particulares. Solicita que os projetos dos Deputados sejam votados. Relata temas de proposituras de sua autoria. Lamenta vetos, realizados pelo Executivo, em relação aos projetos oriundos deste Poder.

 

004 - WIDERSON ANZELOTTI

Assume a Presidência.

 

005 - OLÍMPIO GOMES

Informa que aguarda a resposta da solicitação de informações contratuais da TV Assembleia. Alega ter recebido apenas parte do documento. Pontua que algumas cláusulas, constantes do contrato da Fundação Padre Anchieta, não foram cumpridas. Requer a relação de inserção, por Deputado, a fim de identificar o responsável pelo fato.

 

006 - JOSÉ BITTENCOURT

Elogia a iniciativa do Estado por difundir a conciliação jurídica em diversas comarcas. Informa que o ato também é aplicado em recursos. Argumenta que esse acordo, feito entre as partes, é bem sucedido em 90% dos casos. Menciona a instalação do setor de conciliação em Santo André, para ações de conflitos de convívio social. Destaca que esse feito gera economia processual e desafoga o Judiciário.

 

007 - DONISETE BRAGA

Parabeniza o Deputado Olimpio Gomes por suas ações neste Legislativo. Tece critica à publicação, feita pelo jornal "O Estado de S. Paulo", que abordou o aumento patrimonial dos Parlamentares. Argumenta que os índices apresentados na matéria são inverídicos. Repudia a atitude da TV Cultura por demitir funcionários. Lembra conquistas realizadas em sua gestão como primeiro secretário da Mesa Diretora desta Casa. Sugere mudança na data da posse dos Deputados.

 

008 - Presidente WIDERSON ANZELOTTI

Convoca sessão solene, a pedido do Deputado Simão Pedro, a realizar-se no dia 14/03, às 20 horas, com a finalidade de homenagear o Dia da Comunidade Libanesa e o 6º ano do falecimento de S.Exa. o mártir e primeiro-ministro do Líbano, Sheik Rafik Hariri.

 

009 - OLÍMPIO GOMES

Apoia o pronunciamento do Deputado Donisete Braga referente às transmissões realizadas por meio da TV Assembleia. Questiona a diferença dos gastos com os funcionários da TV Assembleia mostrados na planilha da Fundac. Enaltece a qualidade do trabalho exercido pelos servidores. Questiona o número de inserções realizadas pelos Parlamentares no ano de 2010. Fala da sua dificuldade em obter dados sobre as inserções. Lamenta a morte de policial.

 

010 - DONISETE BRAGA

Menciona PL 23/2011, de sua autoria, que proíbe a exposição de embalagens de cigarros em estabelecimentos comerciais. Ressalta a importância do zelo pela saúde pública. Destaca que o projeto cria restrições à exibição e não à venda. Informa reunião realizada com a Aliança de Controle de Tabagismo. Convoca a população a se mobilizar a favor da matéria.

 

011 - OLÍMPIO GOMES

Parabeniza o Deputado Widerson Anzelotti pela integridade no cumprimento do seu mandato. Lembra que muitos Parlamentares nunca fizeram pronunciamentos e nem dirigiram os trabalhos desta Casa. Comenta matéria, publicada no jornal "O Estado de S. Paulo", a respeito da expansão patrimonial dos Deputados. Lamenta a morte do soldado Renato Apolinário na Baixada Santista.

 

012 - DONISETE BRAGA

Requer o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.

 

013 - Presidente WIDERSON ANZELOTTI

Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária de 01/03, à hora regimental, com ordem do dia. Lembra-os da realização de sessão solene, hoje, às 20 horas, com o intuito de celebrar o "Encontro da Mídia Evangélica". Levanta a sessão.

 

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- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Olímpio Gomes.

 

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O SR. PRESIDENTE - OLÍMPIO GOMES - PDT - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Com base nos termos da XIII Consolidação do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.

Convido o Sr. Deputado Widerson Anzelotti para, como 1º Secretário “ad hoc”, proceder à leitura da matéria do Expediente.

 

O SR. 1º SECRETÁRIO - WIDERSON ANZELOTTI - PSDB - Procede à leitura da matéria do Expediente, publicada separadamente da sessão.

 

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- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - Olímpio Gomes - PDT - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, tem a palavra o primeiro orador inscrito, nobre Deputado Carlos Giannazi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Rui Falcão. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Widerson Anzelotti.

 

O SR. Widerson Anzelotti - PSDB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, telespectadores da TV Assembleia, na semana passada estive com o secretário da Saúde, Dr. Giovanni Cerri, e aproveito esta oportunidade para agradecer a acolhida que recebi. Fui na intenção de cobrar maior rapidez na inauguração do novo hospital de Franco da Rocha.

Afinal, o município aguarda ansiosamente este equipamento público que substituirá o antigo hospital de clínicas no complexo Juquery.

Foram 52 milhões de reais, investidos para suprir essa carência tão presente em Franco da Rocha e região, onde a população sofre com o precário atendimento prestado na saúde primária.

Na sexta-feira, recebi do secretário as informações que pretendia. A mais importante, sem dúvida, é a de que o hospital deve ser inaugurado para o público no final de março, início de abril.

A Secretaria ainda me relacionou as atividades previstas para atendimento na cidade, que são:

- em urgência e emergência, as seguintes especialidades:

- Clínica Médica

- Cirurgia geral e especializada e

- Politrauma

Terá ainda uma UTI com 11 leitos

E um ambulatório preparado para cardiologia, medicina do trabalho, ortopedia, oftalmologia otorrino, urologia, cirurgia vascular, neurologia, entre outras várias atividades.

Além disso, o hospital estará preparado para o apoio terapêutico e diagnóstico em patologia clínica, endoscopia, hemoterapia quimeoterapia, hemodiálise, enfim, é uma obra de fundamental importância, não só para Franco da Rocha, como para toda a Região Norte da Grande São Paulo.

Exatamente por isso solicitamos ao secretário a maior presteza na inauguração do hospital. Mesmo que no início não possa estar atendendo a todas as atividades elencadas, o seu funcionamento será uma benção, principalmente, para a grande maioria do povo da região, composta por pessoas humildes que não têm como se socorrer de um plano de saúde ou não possuem um automóvel (em Franco da Rocha costumamos dizer que nosso melhor hospital é a estrada até São Paulo).

Quero, ainda, aproveitar este espaço na tribuna para pedir também ao secretário a instalação, na região, de uma AME que será de grande importância para atender a população desse que é um dos pedaços mais carentes de todo o Estado de São Paulo Fica aqui, portanto, mais esse apelo à Secretaria da Saúde. Meus parabéns ao governador Geraldo Alckmm, que demonstrou grande inteligência ao nomear para a Secretaria da Saúde o Dr Giovanni Cerri, que demonstra na administração pública toda a competência que sempre demonstrou na vida acadêmica. Muito obrigado!

 

O SR. PRESIDENTE - Olímpio Gomes - PDT - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, tem a palavra o nobre Deputado Edson Ferrarini. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Vitor Sapienza. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado José Augusto. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Adriano Diogo. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado André Soares. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Antonio Salim Curiati. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Enio Tatto. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Maria Lúcia Prandi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Marcos Martins.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Widerson Anzelotti.

 

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O SR. MARCOS MARTINS - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, telespectadores da TV Assembleia, assomo esta tribuna para lembrar essa época de muita chuva, muita enchente, e poucas soluções. A preocupação em relação a isso é muito grande porque o poder público não toma iniciativa para melhorar a situação. Quando é construído um supermercado, com cerca de cinco mil metros, imagine o que vai de cimento para concretar a área. E como fica a vazão da água? Isso tende a aumentar não só na Capital, mas também em outras cidades. É preciso estudar este problema de forma muito bem detalhada.

Aproveitando a presença do Deputado Widerson Anzelotti, na Presidência, com quem andei conversando. Disse a V. Exa. que iria falar em defesa do Legislativo, pois na sessão anterior foi travado um debate em relação ao papel do deputado. Uma das coisas que foi dito por mim é que essas chuvas têm causado muitos problemas na cidade, e que temos de cobrar dos órgãos do Governo do Estado para saber como eles vêm administrando os seus setores. Por exemplo, por que as comportas foram abertas pela Sabesp em Franco Rocha? Isso acabou causando uma grande inundação. O mesmo ocorreu também em Atibaia e em mais duas cidades. O fato é que temos problemas de funcionamento nos órgãos do Estado.

Nós, deputados, temos vários projetos. A bancada do Partido dos Trabalhadores normalmente apresenta emendas aos projetos do Governo do Estado. Infelizmente, elas não são aceitas. Ocorre então a votação e os deputados recebem a orientação para votar o projeto - projeto do Governador - exatamente como está, sem nenhuma alteração e aprimoramento. Cada deputado possui vários projetos e precisam ser votados, mas eles acabam não sendo votados. E quando são votados eles são vetados no Palácio dos Bandeirantes. Precisamos garantir minimamente que se vote não só os projetos do Governo, mas também os de deputados para que a Assembleia não seja desprestigiada. Os deputados têm iniciativa e têm propostas.

Digo isso porque sou o autor da lei que proíbe o uso de amianto no Estado de São Paulo. A aplicação desta lei, certamente, tem preservado a vida de muitas pessoas. Temos projetos na área da Educação para que tenhamos psicólogos e assistentes sociais nas escolas; projetos na área da Habitação para que tenhamos assistência técnica de engenheiros e arquitetos à população de baixa renda. Enfim, falta de iniciativa não é. Precisamos ter o mínimo de independência para que esta Casa funcione e as iniciativas dos deputados sejam colocadas em prática, sejam votadas e possamos até derrubar alguns vetos, por exemplo, na área de Segurança Pública que o Deputado Olímpio Gomes tem muito mais informações do que eu porque ele é da área.

Tenho um projeto, que foi vetado pelo Governador José Serra, que é para a manutenção das portas de segurança nos bancos. Os bancos para economizar - ele ganha pouco dinheiro - começaram a retirar as portas. A manutenção não resolve, mas inibe. Foi uma solicitação dos vigilantes que trabalham em bancos e também do Sindicato dos Bancários. Quero apenas dizer que não é falta de proposta e iniciativa. Pode-se pensar em outra coisa, menos nisso.

 

O SR. PRESIDENTE - WIDERSON ANZELOTI - PSDB - Tem a palavra o nobre Deputado Olímpio Gomes.

 

O SR. OLÍMPIO GOMES - PDT - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, funcionários da Casa, cidadãos que nos acompanham pela TV Assembleia, continuo no aguardo de informações da Mesa da Assembleia Legislativa a respeito dos contratos de operação e transmissão da TV Assembleia que até o dia 9 era feito pela Fundação Padre Anchieta que abriu mão desse contrato.

Recebi parcialmente o retorno da Assembleia Legislativa de alguns requerimentos que fiz, mas confesso que as respostas têm me deixado mais preocupado. Como eu disse, tenho procurado informações não para procurar erros na Assembleia Legislativa, mas para ser munido de argumentação para eventualmente defender qualquer contrato que possa estar sendo realizado pela Assembleia Legislativa ou por qualquer prestador de serviço ou fornecedor de material.

Infelizmente, tenho recebido ainda informações parciais e ainda as respostas que me deixam muito preocupado. Por exemplo, a Assessoria de Imprensa da Assembleia Legislativa informou para o Jornal “O Estado de S.Paulo”, Deputado Chico Sardelli, que foram realizadas 2.068 inserções de deputados, no último ano, nos seus redutos eleitorais. Isso dá uma média de 22 inserções por deputado. Pagamos 4 milhões de reais por essas inserções, uma média de 22. Eu não fiz nenhuma, mas dos deputados que tenho perguntado a maioria, se fizeram, fizeram uma ou duas inserções. Mas entramos no período eleitoral onde havia restrição legal de se fazer isso.

Lamentavelmente, estou pedindo agora a relação de inserções por deputado e ainda não a obtive. Mas posso afirmar uma coisa que a Assembleia está dizendo, nós pagamos por 2.068 inserções.

Deputado José Bittencourt, não sei se V. Exa. teve a média de 22 inserções no ano. O Deputado José Bittencourt também não teve nenhuma inserção. Então uma coisa é fato: a administração da Assembleia Legislativa pagou quatro milhões e nove mil reais por inserções que não foram realizadas. Onde foi parar esse dinheiro? O fato é concreto, não é ilação, não é loucura, dadas as próprias informações.

Estou pedindo à Mesa da Assembleia agora a relação de deputados e o número de inserções. Ainda não obtive nenhuma resposta. Fiz também como Requerimento de Informação na forma da Constituição e do Regimento da Assembleia para a Secretaria da Cultura para que num prazo de 30 dias prorrogáveis por mais 30 forneça esses dados. A informação da Assembleia Legislativa assinada por Antonio Rudnei Denardi, Diretor do Departamento de Comunicação, dá conta de que para o próximo contrato com a Fundac conseguiu baixar o preço dessas inserções de 1939 reais e quatro centavos por deputado. E a Assembleia diz que fizemos 2068. Para todos os deputados que estou perguntando a informação é “uma, duas, nenhuma”, mas se chegou a 2068.

Cidadão, deputado, 2068 vezes 1939 reais e quatro centavos dá quatro milhões e nove mil reais. Para onde foi esse dinheiro é outra questão que nos preocupa.

Também diz que a implantação de cenários e uniformes feita sob demanda foi pago numa única vez em novembro de 2008 e no valor de 185 mil reais e 88 centavos para um cenário de jornalismo e mais cinco cenários de ‘chroma-key’. E ali não temos o cenário de ‘chroma-key’. Ainda diz que a Fundação Padre Anchieta jamais cobrou aluguel de equipamentos pertencentes ao patrimônio da Assembleia Legislativa. Não, mas paga no aluguel porque na planilha de custo que a própria Mesa me mandou as contas não batem. Para dizer que o contrato custava um milhão e 900 por mês, tem uma planilha. Na planilha fala-se em equipamentos, em custo de pessoal. As coisas realmente não estão batendo.

Aguardo ainda as informações complementares da Mesa e vou aguardar constitucionalmente o retorno da Fundação Padre Anchieta através da Secretaria da Cultura, na medida em que farei os devidos encaminhamentos à Corregedoria da Casa e ao Ministério Público.

 

O SR. PRESIDENTE - WIDERSON ANZELOTTI - PSDB - Tem a palavra o nobre Deputado José Bittencourt.

 

O SR. JOSÉ BITTENCOURT - PDT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, telespectadores que nos assistem neste instante, imprensa presente, queremos registrar a boa iniciativa do Tribunal de Justiça de São Paulo na política de estabelecimento de setores de conciliação em diversas comarcas aqui no Estado. Aliás, temos a instalação como prática e regra da busca da conciliação até no âmbito recursal, ou seja, antes mesmo do encaminhamento processual normal para os processos que em grau de recurso chegam até o Tribunal, as partes são instadas através de publicação como a lei regulamenta.

As partes são instadas a estarem no Tribunal no momento conciliatório visto que a demanda já tramita há um longo tempo, o tempo passou, de repente as partes já refletiram sobre as questões, as demandas, as resistências de parte a parte, quem sabe alterou até as circunstâncias não do objeto em si, discutido naquele processo, mas circunstâncias outras que podem até influenciar numa mudança de pensamento desta ou daquela parte e chega-se à conciliação.

O percentual de resultados positivos, de ajuste das partes, de conciliação de litígios é em torno de 80 por cento. Então é muito bom para as partes, é muito bom para a sociedade, é muito bom para o tribunal que desafoga a enxurrada de processos que diariamente se acumulam nas prateleiras da casa judicial.

Mas, Sr. Presidente, o que quero registrara aqui é que em Santo André, na semana passada, foi instalado o setor de conciliação daquela comarca, motivado por esse política de busca de entendimento que é fundamental para o chamado convívio social. O conflito de interesses, que é o que empurra uma das partes a buscar a tutela jurisdicional, o amparo jurisdicional do Estado é que dá motivação à interposição de medidas judiciais. Na contramão disso tem as fases extrajudiciais. Mesmo esgotadas essas fases as partes intentam medidas na Justiça e mesmo no âmbito do litígio, já em fase judicial, judicializado o fato existe a possibilidade conciliatória em várias oportunidades. Mesmo nas audiências. Por uma previsão processual o juiz pode convocar as partes a qualquer momento, mesmo numa audiência conciliatória estabelecida pelo CPC em um artigo específico sobre isso. Na fase de instrução e julgamento, mesmo antes da coleta de provas, há um momento em que o juiz incentiva as partes para a conciliação.

Mas, nesse setor que foi instalado em Santo André, na Rua Pedro Américo, 850, na Vila Homero Thon, no antigo Clube Atlético Pirelli, está a oportunidade para que processos dessa comarca tenham a estrutura necessária para promoção de conciliação e, assim, a sociedade estará mais uma vez sendo amparada por esse instrumento fundamental na solução de conflitos- a conciliação.

 

O SR. PRESIDENTE - WIDERSON ANZELOTTI - PSDB - Tem a palavra o nobre Deputado Fernando Capez. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado José Zico Prado. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Teresinha da Paulina. (Pausa.)

Esgotada a lista de oradores inscritos para falar ano Pequeno Expediente, vamos passar à lista suplementar.

 Tem a palavra o nobre Deputado Rui Falcão. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Antonio Mentor. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Maria Lucia Amary. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Alex Manente. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Rogério Nogueira. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado José Augusto. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Edson Ferrarini. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Donisete Braga.

 

O SR. DONISETE BRAGA - PT - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, telespectadores da TV Assembleia, quero dizer, deputado major Olímpio, que para nós V.Exa. é um exemplo de parlamentar nesta Casa, não só no processo de fiscalização do Poder Executivo, mas, acima de tudo, na fiscalização do dinheiro público. V.Exa. tem toda razão em cobrar informações à TV Assembleia. Isso é importante. Mas quero aqui destacar o papel desenvolvido pela TV Assembleia, que não deixa de ser um mecanismo para expor nossas iniciativas neste parlamento, como até mesmo faz um contraponto.

Hoje o jornal “O Estado de S.Paulo” traz uma relação de parlamentares que pela avaliação do jornalista aumentaram seus patrimônios.

Faço questão de falar sobre esse tema, deputado major Olímpio, porque muitas vezes na essência da matéria, pela forma como é apresentada, infelizmente o jornalista não vai a fundo nos detalhes da nossa explicação.

Por exemplo, fiz um financiamento através do Construcard, da Caixa Econômica Federal, para fazer uma reforma na minha casa. Só que o jornalista não considera que vou pagar esse empréstimo durante quatro anos. Ele apenas mostra o valor total do financiamento.

Então, muitas vezes, o eleitor e o leitor que lêem a matéria podem formar uma opinião crítica com relação ao que estão lendo, sendo que aquilo não verdadeiro.

Nem precisaria fazer isso, mas dou essa explicação porque devo uma satisfação aos meus eleitores. No dia 15 de março vou assumir o quarto mandato nesta Casa como deputado estadual e tenho aqui uma postura muito responsável, muito tranquila com relação à minha atuação.

Também precisamos fazer justiça ao bom trabalho da TV Assembleia. Se não explicarmos, muitas vezes dá a impressão que não há interesse de ter uma TV como essa, que presta um trabalho importante. A TV Cultura está demitindo trabalhadores. Temos de fazer uma crítica à TV Cultura, verificar o modelo de jornalismo praticado.

Acima de tudo, quero defender esse parlamento. Na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo temos excelentes trabalhadores, funcionários, servidores, que prestam um trabalho extraordinário para os 94 deputados estaduais. Tive a honra de ser 1º secretário desta Casa. Durante a minha gestão procurei dar atenção e atendimento a todos os parlamentares e a todos os servidores. Conseguimos desenvolver uma política salarial importante nesta Casa. A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo pode cometer erros, mas temos muitos acertos.

É importante fazermos essa intervenção porque nem sempre o cidadão acompanha nosso dia a dia, o que é humanamente impossível para as pessoas que trabalham no horário comercial.

O Deputado Enio Tatto comentou na semana passada que esta Casa é a única Asssembleia Legislativa do País que vai dar posse aos deputados no dia 15 de março. Isso é muito ruim para nós parlamentares que fomos reeleitos em outubro. Queremos que os deputados tomem posse no dia 1º de fevereiro, como ocorre em todas as assembleias legislativas, para a partir daí exercer seus mandatos.

Respeito muito a mídia, a imprensa, defendo a imprensa democrática, ela pode escrever o que bem entender. Temos de fazer esse contraponto para não passar uma visão de que temos de fechar a Assembleia Legislativa.

Esse é um Parlamento extremamente importante para o nosso Estado. É aqui que aprovamos leis, que interferem de forma positiva na vida dos paulistas e paulistanos.

Portanto, tenho muito orgulho de ser deputado estadual. Tenho dado a minha contribuição, como deputado estadual. Só tem sentido ser deputado estadual se conseguirmos concretamente aprovar leis que possam interferir de forma positiva na vida do povo de São Paulo. Aqui votamos leis que têm a ver com a Saúde Pública, com a Segurança Pública, com Habitação. É verdade que nem sempre encontramos do outro lado da Avenida Pedro Álvares Cabral, já chegando ao Palácio dos Bandeirantes, um certo entendimento. Mas é importante ressaltar que temos procurado fazer a nossa parte, seja a Bancada do PT, ou qualquer outro deputado estadual, para fortalecermos o Estado de São Paulo. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

            O SR. PRESIDENTE - WIDERSON ANZELOTTI - PSDB - Srs. Deputados, Sras. Deputadas, esta Presidência, atendendo solicitação do nobre Deputado Simão Pedro, nos termos do Art. 18, inciso I, letra “r” da XIII Consolidação do Regimento Interno, convoca V. Exas. para uma Sessão Solene, a realizar-se no dia 14 de março de 2011, às 20 horas, com a finalidade de homenagear o Dia da Comunidade Libanesa e o 6º ano do falecimento de S.Exa. o mártir e primeiro-ministro do Líbano, Sheik Rafik Hariri.

Tem a palavra o nobre Deputado Marcos Martins. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Olímpio Gomes.

 

O SR. OLÍMPIO GOMES - PDT - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, funcionários, telespectadores da TV Assembleia, em relação à necessidade da operação de transmissão da TV Assembleia, quero fazer coro à manifestação do Deputado Donisete Braga porque não tenho a menor dúvida de que seja um importante instrumento de comunicação e de prestação de contas permanente.

Também tenho uma enorme preocupação e um enorme carinho por aqueles trabalhadores que estão fazendo essa operação e cumprindo esse contrato. Infelizmente, tenho encontrado no desencontro de informações, ou na falta de informações da Mesa, dados que me deixam extremamente preocupado. Até mesmo em respeito aos 94 funcionários da TV Assembleia, segundo informações da Mesa da Casa, ou os 81 funcionários, segundo informações da própria Fundac, quero informar que enquanto uma planilha da Fundac diz que o custo de pessoal chega a 808 mil reais por mês, a relação nominal com os ganhos dos 81 funcionários, e não 94, chega a 285 mil. Se dobrarmos, ou se colocarmos 110%, vamos chegar a pouco mais de 600 mil reais de pessoal.

Preocupa-me as informações do próprio Departamento de Administração, dizendo que não há locação nenhuma de equipamento, e outras planilhas mostrando locação de equipamentos.

Jamais o meu objetivo será de tentar acabar com a transmissão ou com um mecanismo desse, de tal ordem e de tal importância, mas, sim, tenho uma preocupação enorme em relação ao bom uso dos recursos públicos. Não devemos macular a imagem da Assembleia com esse tipo de informação. Quando eu digo que a Assembleia pagou 2.068 inserções, é porque recebi a informação do que a Assembleia retransmitiu a um profissional de imprensa, que me repassou o dado; e a Assembleia não me repassa esse dado.

Duvido que tenhamos feito metade dessas inserções, mas o dinheiro saiu por ela. Isso nada tem a ver com o excepcional trabalho desenvolvido pelos profissionais da TV Assembleia. Quem administra esse contrato, por ambas as partes, contratante e contratada, é que tem que dar as respostas a todos nós sobre questões extremamente críticas.

Nesse caso das inserções, está mais do que manifesta a impossibilidade de terem sido realizadas no espaço de um ano, num ano eleitoral, quando por três meses tivemos vedação da Justiça eleitoral para qualquer veiculação; e, no final do ano, segundo informações dos próprios funcionários da TV Assembleia, não houve gravação de inserção, de Deputado nenhum na base, e tivemos no recesso uma programação toda gravada.

Em função disso, não é para desmerecer a Assembleia e nem o Legislativo. Mas eu sinto muito: a maioria dos Deputados tem que mudar o comportamento em relação aos compromissos da sociedade. Conheço excepcionais parlamentares aqui nesta Casa, respeito, mas não vou entender como normal, numa segunda-feira brava para todo cidadão, todo trabalhador, que 29 dos 94 Srs. Deputados passaram pela Assembleia, num momento ou outro, para assinar a lista de presença, e isso não significa que estão.

 

O SR. PRESIDENTE - WIDERSON ANZELOTTI - PSDB - Tem a palavra o nobre Deputado José Bittencourt. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Donisete Braga.

 

O SR. DONISETE BRAGA - PT – Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, telespectadores da TV Assembleia, apresentei um projeto de lei para o conhecimento dos nobres pares, e acredito que não conseguiremos realizar um debate ainda nesta legislatura, mas somente a partir do dia 15 de março.

O projeto poderá gerar uma certa polêmica, mas é fundamental para a Saúde pública do Estado de São Paulo. Ele proíbe a exposição de embalagens de cigarros e assemelhados em pontos de venda como padarias, bares, lanchonetes e bancas de jornal.

Não estamos proibindo a venda de cigarros, mas estamos criando um elemento a mais para que principalmente os adolescentes não tenham que ver as embalagens de cigarro. Apresentei o projeto após ouvir a sociedade, a comunidade científica e pessoas ligadas à saúde pública.

Na semana passada, fiz uma reunião com a Aliança de Controle do Tabagismo, uma organização não-governamental voltada à promoção de ações para a diminuição do impacto sanitário, social, ambiental e econômico gerado pela produção, consumo e exposição à fumaça do tabaco. Estavam presentes a Dra. Paula Johns, Diretora Executiva da Aliança de Controle do Tabagismo, Dra. Clarissa Homsi, Coordenadora Jurídica, Dra. Mônica Andreis, vice-Diretora, e a advogada Ivone Pereira, mulheres que têm dedicado parte do seu tempo na luta contra o tabagismo, a droga e o crack no Estado de São Paulo.

Considerei importante o diálogo com Aliança de Controle do Tabagismo porque é atribuição deste Parlamento combater o problema do fumo no nosso Estado, inclusive a sua exposição.

Nosso projeto de lei tem o nº 23/11 e, após o dia 15 de março, farei um grande debate nesta Casa. Aproveito já para convidar a sociedade civil e mesmo pessoas que não concordem com o projeto, pois assim poderemos fazer uma ampla discussão sobre o assunto. Quero fazer um debate democrático, envolvendo pessoas de todas as áreas, inclusive do setor empresarial ligado à produção de cigarro.

A sociedade nos procurou com essa preocupação e nossa função é ouvir as pessoas. A partir de então, fizemos um amplo estudo com relação à constitucionalidade da matéria.

Nosso objetivo, como já frisei, é fazer um amplo debate sobre o assunto, que tem a ver, Deputado Major Olímpio, com a saúde pública da população do Estado de São Paulo. A partir do dia 15 de março, estaremos discutindo esse tema ligado ao vício, ao crack, a saga da sociedade mundial.

Quero agradecer carinhosamente a essas pessoas que estão à frente de uma organização não-governamental e fazem um trabalho muito importante de conscientização.

O SR. PRESIDENTE - WIDERSON ANZELOTTI - PSDB - Tem a palavra o nobre Deputado Olímpio Gomes.

 

O SR. OLÍMPIO GOMES - PDT - Sr. Presidente, Srs. Deputados, cidadãos que nos acompanham pela TV Assembleia, funcionários da Casa, volto novamente a esta tribuna, para abordar um tema que considero importante.

Gostaria de cumprimentar o Presidente dos nossos trabalhos, Deputado Widerson Anzelotti, porque assumiu o seu mandato há pouco mais de um mês e tem se feito presente em muitos atos nesta Casa e fora da Assembleia Legislativa. Quando debatíamos, na sexta-feira, V. Exa. falou sobre 14 ou 15 audiências com secretários. É muito mais do que isso. Vossa Excelência já tem um perfil de deputado presente, que vai para o debate, dialoga. Devo dizer a V. Exa.: vou completar quatro anos de mandato, há colegas aqui que nunca fizeram um pronunciamento, nunca colaboraram com a Assembleia Legislativa no sentido de presidir os trabalhos ou secretariar. Então, V. Exa. está dando um exemplo. Quando se quer, pode ser por um dia, mas se pode justificar a confiança da população. Para mim, é uma satisfação ter V. Exa. como companheiro deputado nesta Casa.

Gostaria de comentar matéria veiculada hoje no jornal “O Estado de S.Paulo”, que fala sobre variação patrimonial de parlamentares. Também sou citado na matéria como tendo um aumento patrimonial de 1,8 de 2006 para 2010. Se o jornal tivesse um espaço para esmiuçar não as explicações, acabei não só dizendo o porquê da variação, mas encaminhando cópias de documentos como a Declaração de Bens e Renda e a pequena variação que tive, em função dos valores absolutos. Até 2006, recebia simplesmente meu salário de major da Polícia Militar. Passado para a reserva, recebo hoje o salário de parlamentar e o salário de aposentado na Polícia Militar.

Daí, não poderia, de forma nenhuma, cometer qualquer tipo de crime, não passando as informações do extrato correto de recebimentos pelo Estado, pela Assembleia Legislativa e os números absolutos mostram o crescimento patrimonial. Mas também vão ver que moro na mesma casa há 15 anos. Não comprei, não vendi, não negociei, não tenho outra fonte de renda que não esteja contida no próprio Diário Oficial quando apresentamos à Justiça Eleitoral a Declaração de Bens, quando apresentamos cópia da Declaração de Imposto de Renda. Com isso, fico absolutamente tranquilo, mas àquelas pessoas que leram a matéria devo dizer que, muito embora o jornal tenha colocado um pequeno espaço onde explico isso, se tivesse mais espaço jornalístico, poderia ter esmiuçado e detalhado para que não restasse dúvida de que não tenho outras fontes, outros recursos ou outras formas de tentativa de enriquecimento.

Também uso esta tribuna para lamentar. Tenho certeza de que é um lamento de toda a sociedade. É um lamento que não tem lado, não tem partido. Hoje, pela manhã, em Santos, o Soldado Renato Apolinário foi morto por marginais. A tragédia, às vezes, vem com outros desdobramentos. Sua esposa, grávida de nove meses, ao ser avisada dessa tragédia, teve o trabalho de parto acelerado. Estamos na torcida e, se Deus quiser, tanto ela quanto o bebê hão de estar bem de saúde e vida.

Mas, num dia de tragédia dessa família, da família policial militar, da sociedade - que perde um de seus escudos, com a execução de mais um policial militar na Baixada Santista - vim lamentar. Fiz todas as gestões possíveis ao Governo e vou continuar fazendo. Não é o momento de se apontar o dedo e dizer “‘a’ é responsável ou ‘b’ é responsável”, mas foram cinco policiais militares executados na Baixada Santista no último ano. Agora, infelizmente, houve a morte de mais um policial que estava de folga. Ele tinha ido visitar a mãe e, ao sair da casa, foi alvejado a tiros.

Quero lamentar profundamente essa perda. Toda a sociedade tem que fazer um esforço. Nós, pela área pública, temos uma obrigação maior ainda de buscarmos, juntos, forma de minimizar a violência e a criminalidade e forma de dar proteção aos nossos policiais. Alguns estão na fila para morrer e, lamentavelmente, os marginais vão cumprindo as ameaças. Muito obrigado.

 

            O SR. Donisete Braga - PT - Sr. Presidente, havendo acordo entre as lideranças presentes em plenário, solicito o levantamento da presente sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - Widerson Anzelotti - PSDB - Faço minhas as palavras do Deputado Olímpio Gomes ao me solidarizar não só com o policial falecido, mas com toda a corporação, e agradeço as palavras gentis a mim proferidas.

Sras. Deputadas, Srs. Deputados, havendo acordo entre as lideranças presentes em plenário, esta Presidência vai levantar a sessão. Antes, porém, convoca V. Exas. para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental, com a mesma Ordem do Dia da Sessão Ordinária de 24 de fevereiro, lembrando-os, ainda, da Sessão Solene a realizar-se hoje, às 20 horas, com a finalidade de promover o encontro da mídia evangélica, solicitada pelo nobre Deputado José Bruno.

Está levantada a sessão.

 

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- Levanta-se a sessão às 15 horas e 27 minutos.

 

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