020ª SESSÃO SOLENE
RESUMO
001 - FERNANDO CAPEZ
Assume a Presidência e abre a
sessão. Nomeia as autoridades presentes.
Informa que a presente sessão
solene fora convocada pelo Presidente Barros Munhoz, a requerimento do Deputado
Fernando Capez, na direção dos trabalhos, pelo "Dia de Portugal, de Camões
e das Comunidades Portuguesas". Convida o público a ouvir, de pé, o "Hino
Nacional Português" e o "Hino Nacional Brasileiro". Comunica que
esta sessão solene seria transmitida pela TV Assembleia em data oportuna.
002 - ARNALDO FARIA DE SÁ
Deputado Federal, cumprimenta as
autoridades presentes. Sugere uma corrente de solidariedade pela retomada das
atividades econômicas portuguesas. Fala de sua luta no Congresso Nacional em
torno da manutenção da aliança entre Brasil e Portugal. Ressalta a importância
do país homenageado para os brasileiros. Parabeniza Camões, Portugal e a
comunidade lusa.
003 - ANTONIO ALMEIDA E
SILVA
Representante do Conselho da
Comunidade Luso-Brasileira, saúda o público presente. Agradece ao Deputado
Fernando Capez pela iniciativa em promover esta solenidade. Ressalta o conteúdo
moral e sentimental da data. Comenta sobre o 10 de junho, provável data da
morte de Camões. Considera as dificuldades para evocar a memória do herói.
Enfatiza o amor dos portugueses à sua pátria.
004 - JOSÉ GUILHERME
QUEIROZ DE ATAÍDE
Cônsul-Geral de Portugal no Brasil
- Cumprimenta o Deputado Fernando Capez pela organização do evento. Faz
agradecimentos gerais.
005 - Presidente FERNANDO CAPEZ
Lê mensagens alusivas ao evento,
encaminhadas por diversas autoridades. Anuncia a apresentação de poemas pelo
Grupo Jograis. Destaca a importância da obra de Luis Vaz de Camões. Comenta a
biografia do autor. Narra seus amores, frustrações e aventuras. Relata a
história da nação portuguesa. Enfatiza a influência do poeta sobre outros
escritores ao redor do mundo. Ressalta sua fama consolidada. Considera "Os
Lusíadas" epopeia portuguesa por excelência. Finaliza seu pronunciamento
com a leitura de um trecho do poema. Faz a entrega de certificados.
006 - JOSÉ ROBERTO
CORDEIRO
Fala em nome dos homenageados,
saúda o Deputado Fernando Capez e demais autoridades. Agradece a deferência.
Destaca a união e a miscigenação de raças no Brasil. Fala da harmonia
decorrente desse convívio. Cita episódio familiar, ocorrido em 1972, na final
do jogo entre Brasil e Portugal. Declara ter sentido orgulho de seu pai, português
de nascença, que comemorou a vitória do time brasileiro.
007 - Presidente FERNANDO CAPEZ
Destaca as afinidades e os laços
das comunidades luso e brasileira. Relembra o papel de renomados portugueses
para a história do Brasil. Cita alguns eventos de guerras e movimentos
portugueses. Presta homenagem à Sra. Yeda Villas-Boas, neta de portugueses e
funcionária desta Casa, que não pôde comparecer à solenidade. Faz
agradecimentos gerais. Encerra a sessão.
* * *
- Assume a
Presidência e abre a sessão o Sr. Fernando Capez.
* * *
O SR. PRESIDENTE – FERNANDO CAPEZ - PSDB - Havendo número legal, declaro
aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.
Com base nos termos
da XIII Consolidação do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de
bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.
* * *
- É dada como lida a Ata da sessão
anterior.
* * *
O
SR. PRESIDENTE - FERNANDO CAPEZ - PSDB - Boa noite. Vamos dar início a
Sessão Solene com a finalidade de comemorar o Dia de Portugal, de Camões e das
Comunidades Portuguesas.
Vamos compor a Mesa
chamando inicialmente o nosso querido, estimado amigo, digno representante da
Comunidade Luso-Brasileira e da sociedade em geral no Congresso Nacional,
Deputado Federal Arnaldo Faria de Sá. (Palmas.) Em seguida, o Cônsul-Geral de
Portugal no Brasil, estimado, eminente, Doutor José Guilherme Queiroz de
Ataíde. (Palmas.) Agora, o Presidente do Conselho da Comunidade
Luso-Brasileira, e se permitem, meu comandante, Doutor Antonio Almeida e Silva.
(Palmas.) E o Presidente do Sindipan, senhor Antero
José Pereira. (Palmas.)
Estão presentes ainda
os seguintes Presidentes de Associações: senhor Fernando Ramalho, da Provedoria
da Comunidade Portuguesa; senhor Alcides Terrível, do Centro Trasmontano de São Paulo; e ainda se fazem presentes doutor
Paulo Manoel Almeida, diretor cultural do Conselho da Comunidade
Luso-Brasileira; e o senhor João de Caldas Fernandes diretor do ViaHotel. (Palmas.)
Esse ícone da
comunicação brasileira senhor Luciano Faccioli, aqui
presente, e que comanda agora – para que todos saibam – o programa de
jornalismo da Bandeirantes que vai ao ar das 07 às 08
horas da manhã. Estão todos convidados para acompanhar e prestigiá-lo.
Presentes ainda: o
senhor Ney Cardoso, representando nosso querido Deputado “decacampeão”,
10 mandatos, Antonio Salim Curiati, grande
companheiro aqui desta Casa; Doutor Paulo Rios, delegado-chefe da Assembleia
Legislativa, representando o delegado-geral de Polícia, Doutor Marcos Carneiro
Lima, de quem quero dar um testemunho pessoal: um exemplo de servidor público,
de seriedade, de eficiência, de trabalho, doutor Marcos Carneiro Lima,
delegado-geral de Polícia. Um orgulho para toda a sociedade; Professor Doutor
Leonel Aguiar, Presidente da Ordem dos Parlamentares do Estado de São Paulo –
OPESP; senhor Abel Morais Lopes, do Conselho da Comunidade Portuguesa; senhor Urbino Abílio Amaro, vice-Presidente
Social da Associação Portuguesa de Desportos, grande Lusa, entidade que sempre
acompanhamos em todos os momentos – não é deputado Arnaldo Faria de Sá? Você
como ex-Presidente, e eu
como torcedor e grande entusiasta –; senhor Fernando Gouveia, do Conselho da
Comunidade Luso-Brasileira.
Estão aqui também
presentes os casais de porta-bandeiras dos Grupos Folclóricos da Associação
Portuguesa de Desportos; dos Veteranos de São Paulo, do Clube Português; da
Casa dos Açores; e o Grupo Folclórico Pedro Homem de Mello. (Palmas.) Senhor
Alcino Loureiro, Presidente da Comunidade Gebelinense,
onde estive também presente. (Palmas.)
Eu quero – já havia
insistindo para subir aqui – chamar o senhor Luciano Faccioli
para integrar a nossa tribuna ao lado da Mesa, por gentileza. E lembrando todos
para prestigiar este grande jornalista. (Palmas.)
Eu observo ainda
outras autoridades como o Professor Doutor Evanir
Castilho que é eminente magistrado do Tribunal de Justiça Militar e está aqui
nos prestigiando. Peço aos nossos assessores que percorrendo, inclusive esta
Assembleia onde estão as cadeiras, identificassem mais pessoas que estão aqui
representando, para que eu possa nominá-las e fazer justiça a esse
comparecimento.
Também aqui, peço que
se levante nosso ilustre Marechal. Uma satisfação, muita honra o seu
comparecimento. (Palmas.)
Esta Sessão Solene
será transmitida pela TV Assembleia neste domingo às 21 horas. Pela NET, canal
7, e temos uma audiência de 250 mil telespectadores por minuto, o que é uma
audiência considerável para quem conhece televisão. Portanto, ficamos muito
honrados com isso.
Antes um importante
aviso. Esta não é uma sessão comum. Não é uma sessão qualquer. Esta é uma
Sessão Solene, por esta razão ela se realiza no plenário principal da Casa, o
Plenário Juscelino Kubitschek. Essas cadeiras nas quais os senhores nos honram
hoje são ocupadas pelos deputados e nelas se processam as votações de todos os
projetos de âmbito estadual. Aquela é a tribuna, o parlatório
oficial e aqui é a cadeira ocupada pelo Presidente da Casa. A Sessão Solene só
pode ser convocada pelo Presidente da Assembleia Legislativa, e tem que ser
aprovada pelo Colégio de Líderes desta Casa. Há um rígido processo regimental,
e por esta razão muitas são pedidas, mas poucas deferidas. Esta foi uma Sessão
Solene autorizada por unanimidade com registro de voto de louvor. E por esta
razão é motivo de orgulho para todos nós brasileiros,
portugueses, luso-brasileiros.
Convido a todos os
presentes para, em pé, ouvirmos os Hinos Nacionais de Portugal e do Brasil, a
serem executados pela Seção da Banda da Polícia Militar, regida pelo 2º
Subtenente Músico PM Jassen Feliciano.
* * *
- São executados os
Hinos Nacionais de Portugal e do Brasil.
* * *
O
SR. PRESIDENTE – FERNANDO CAPEZ – PSDB - Agradeço na pessoa do 2º
Subtenente da Polícia Militar Músico Jassen Feliciano
esta brilhante execução.
Esta Presidência
passa a palavra ao nosso querido e estimado amigo, Deputado Federal Arnaldo
Faria de Sá.
O
SR. ARNALDO FARIA DE SÁ - PTB –
Boa-noite, Deputado Fernando Capez,
Presidente desta Sessão solene digno representante da Comunidade
Luso-Brasileira nesta Casa. Quero cumprimentar nosso Cônsul José Guilherme
Queiroz de Ataíde; nosso Presidente do Conselho da Comunidade, Antonio Almeida
e Silva; o senhor Antero José Pereira, Presidente do Sindicato da Panificação –
um setor que representa dignamente entre nós a identidade luso-brasileira.
Cumprimentar também o Doutor Antonio Julio Machado Rodrigues, Presidente da
Casa de Portugal; o senhor Artur Andrade Pinto, do Arouca
São Paulo Clube; senhor Fernando Ramalho, Presidente da Comunidade Portuguesa
da Provedoria; e o senhor Alcides Terrível, do Centro Trasmontano
de São Paulo.
Cumprimentar também o
senhor Urbino Abílio Amaro e em seu nome cumprimentar
a nossa querida Associação Portuguesa de Desportos; o Beto também está aqui
presente, Presidente do Conselho. Cumprimentar a Tereza e em seu nome
cumprimentar todas as mulheres aqui presentes. Cumprimentar o nosso sempre
presente coronel da Polícia Militar, que apesar de ser corinthiano
tem uma identidade muito grande com a comunidade portuguesa, coronel Gerson.
Cumprimentar o senhor Luciano Faccioli, nosso
companheiro que também terá a oportunidade de brevemente representar, no Jantar
dos Panificadores, toda a imprensa, que sem dúvida nenhuma faz esse elo de
ligação.
Cumprimentar os
representantes dos Grupos Folclóricos Casa de Portugal: Veteranos de São Paulo
do Clube Português; Casa dos Açores; Pedro Homem de Mello; e todas as entidades
que tem tido a oportunidade de representar tão dignamente o folclore português.
Quero cumprimentar
ainda o Cino, do Juvenilense;
e todos que aqui se encontram porque sem dúvida nenhuma, esta é uma Sessão
Solene extremamente importante, em que comemoramos o Dia de Portugal, o Dia de
Camões e o Dia das Comunidades Luso-Brasileiras.
Sem dúvida nenhuma,
neste momento é importante fazermos uma corrente de solidariedade com Portugal
que passa por momentos difíceis na área econômica. Já passou o período
eleitoral e tenho certeza que teremos a oportunidade de fazer desta Sessão não
só a oportunidade de comemorarmos, mas também como de uma maneira espiritual,
torcermos para que Portugal possa, com sucesso, retomar as dificuldades
econômicas e ser o país importante que é na Comunidade Europeia.
Cumprimento a senhora Renata; o senhor Armando Torrão; e todos aqueles ligados
a imprensa e que fazem esse elo entre Portugal, Brasil e as nossas comunidades.
Comemoramos também o
Dia de Camões – que é certamente um exemplo da literatura mundial e nosso
patrício – e as Comunidades Luso-Brasileiras. No Brasil, todas as comunidades
têm um elo extremamente importante e tenho certeza, professor Leonardo Placucci, que mesmo aqueles que não são descendentes de
portugueses, mas que vivem entre nós – como você Leonardo que é descendente de
italianos, como o nosso coronel Gerson – acabam se integrando à nossa
comunidade e tem a oportunidade de ver momentos de lusa-brasilidade
extremamente importantes.
Estou
no Congresso Nacional já há sete mandatos, lutando junto com o Almeidinha, para superar algumas dificuldades – teve um
determinado momento que tivemos algumas discussões ásperas com representantes
do governo português que não queriam dar reciprocidade daquilo que tínhamos
conquistado aqui na Constituição de 88 –, mas sem dúvida nenhuma, superamos
essas dificuldades e o elo maior disso foi o Almeidinha
que sempre esteve presente nesta luta, privilegiando, às vezes em detrimento da
sua relação com o governo português, as comunidades luso-brasileiras.
Portanto, é
extremamente importante, Deputado Fernando Capez, que
você tenha a oportunidade de fazer com que esta comunidade de luso-brasileiros
possa estar junta participando deste evento extremamente importante. E
particularmente por ser na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, a
cidade que mais congrega portugueses fora de Portugal aqui no nosso Estado. E,
sem dúvida nenhuma, nós por onde andamos acabamos encontrando um português que
fez a sua vida aqui no Brasil, criou os seus filhos aqui no Brasil e que torce
hoje para que Portugal supere rapidamente as dificuldades econômicas e
financeiras por que passa. Tenho certeza que o fará e estaremos juntos para
comemorarmos aquela superação das dificuldades e sempre lembrarmos
da querida pátria-mãe. Sem dúvida nenhuma, Portugal foi para nós
brasileiros um Norte que permitiu que o Brasil tivesse dentro da América a
maior parte do território físico e geográfico. Veja a parte da América
Espanhola totalmente dividida, e a parte da América Portuguesa toda unida, sem
dúvida nenhuma, pelo trabalho extremamente importante que foi feito pelos
portugueses de outrora e que os portugueses de hoje continuam.
Parabéns Camões.
Parabéns Comunidade Luso-Brasileira. Parabéns Portugal. Parabéns Assembleia
Legislativa na pessoa do deputado Fernando Capez.
(Palmas.)
O
SR. PRESIDENTE - FERNANDO CAPEZ - PSDB - Passo agora a palavra ao Doutor
Antonio Almeida e Silva do Conselho da Comunidade Luso-Brasileira e o grande
idealizador de toda esta Sessão Solene. O Doutor Antonio Almeida e Silva irá
falar do parlatório da tribuna que por imperativo
constitucional é privativo dos deputados, mas que hoje tem a honra de se curvar
a autoridade deste grande brasileiro, deste grande luso-brasileiro.
O
SR. ANTONIO ALMEIDA E SILVA -
Boa - noite a todas amigas, todos os amigos. Eu inicio cumprimentando o nosso
querido Deputado Fernando Capez, e na pessoa dele se
me permitem cumprimento toda a Mesa com os ilustres companheiros, amigos e
autoridades; também todos os convidados, dirigentes associativos, presidentes e
diretores das nossas valorosas, heroicas
instituições, casas, associações Luso-Brasileiras de São Paulo; aos grupos
folclóricos, valorosos também, heroicos também, à
imprensa luso-brasileira, a todas as senhoras e senhores.
É minha função, é
minha obrigação, Deputado Fernando Capez, uma palavra
de gratidão primeiramente em nome dos portugueses e luso-brasileiros de São
Paulo pela iniciativa de mais esta sessão que assinala a data máxima do nosso
país, a data mais importante para nós portugueses de todas as partes. E neste
sentido, portanto, quero em nome da Comunidade Portuguesa e Luso-Brasileira de
São Paulo iniciar agradecendo de forma muito intensa e sincera a iniciativa
desta sessão por esse querido e nosso parlamentar, representante da nossa
coletividade.
A comemorativa do Dia
de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas é uma data de grande
conteúdo moral e sentimental para todos nós. Somente alguém que tem conosco
tanta identidade e cumplicidade como o Deputado Fernando Capez
poderia ter esse gesto repetido nos últimos cinco anos, desde que ele assumiu a
primeira legislatura. Muito obrigado, Deputado Fernando Capez,
Deus te pague. Os portugueses serão sempre gratos por esse gesto.
Estamos aqui reunidos
para ressaltar a magnitude do “10 de Junho”, Dia de
Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, conscientes de nossa
dificuldade para enfocar devidamente a memória do herói, que melhor resume e
significa as aspirações da raça, o ímpeto do nosso sangue, o exemplo e norte
mais seguros da conduta que Portugal deve seguir para ser sempre respeitado e
grande.
É que, tal como
escreveu João de Barros, “a permanente atualidade dos Lusíadas não provém só da
sua beleza épica e lírica, mas da sua força nacionalizadora
e da persistência agudíssima das qualidades e do destino do povo português”.
Ao ligarmos Camões ao
Dia Nacional de Portugal, “implicitamente estamos a cantar a Epopéia dos nossos
maiores e a afirmar que, tal como os Lusíadas transcendem as gerações, também a
pátria, para nós, transcende a própria eternidade”.
Sob sua inspiração
tais comemorações ganham uma dimensão que ultrapassa a simples celebração de
uma efeméride, para se constituir em verdadeiro apelo à
consciência e aos sentimentos de todos nós portugueses, espalhados pelos
diversos cantos do mundo. O passado glorioso de Portugal vivo na epopeia de Camões, representa
e representará a nossa responsabilidade de sempre.
Nesse sentido amigos,
realmente, o Dia das Comunidades é adequado para lembrar o passado, mas sem
dar-lhe o tom e conotação de oração fúnebre, como acontece quando se fala de
heróis e de gente ilustre do passado. Ao contrário, a figura símbolo do poeta
deve ser lembrada a servir como ponto de união entre todos os portugueses de
ontem, de hoje, e de sempre, já que “Camões não é apenas o maior, mas também o
mais moço dos poetas portugueses, representando como tipo humano o português de
todos os tempos!”
Basicamente amigos, o
“dia 10 de Junho” é dia Nacional, no qual o papel pujante do homem lusíada é
colocado em relevo, servindo para estabelecer uma corrente de amor e fé entre
milhões de portugueses que um dia, a um grande custo tiveram que deixar o país,
ligados e irmanados na saudade de seus pagos, de sua gente e de seus cantares.
Pode parecer surpresa
para alguns, e nós gostamos de falar isso sempre, repito todos os anos, pode
parecer surpresa para alguns a ligação do nome de Camões ao Dia das Comunidades
Portuguesas, mas ela é facilmente justificada, já que existe no grande épico, o
símbolo e a expressão do que mais alto nos projetou como país independente. Nós
nomeamos um poeta para falar por nós, porque ele significa para todos o homem comum português, capaz de sonhar e realizar,
capaz de aventuras por mares nunca dantes navegados, ao lado de ser o indivíduo
apegado à sua terra natal, capaz de arroubos épicos e lirismo, criando nações
gigantescas e dando ao mundo uma língua pela qual se entendem milhões de
pessoas.
Em os “Lusíadas”, a
presença real de uma história, de que fazemos parte, elevada ao plano da
liberdade da emoção estética, não é, nem pode ser, só um motivo de culto
passadista, por legítimo que tal seja.
Uma das coordenadas,
e talvez a mais significativa, é a dimensão dada à sociedade portuguesa pela
existência de tantas Comunidades Lusíadas nos mais diversos pontos do mundo,
Comunidades que Camões não podia prever na sua forma atual, mas cujo nascimento
e razões de ser se espelham muito bem em “Os Lusíadas”. De fato somos uma
“Pátria de Comunidades”, e como tal constituímos um povo único, com dimensão
especial e específica, que extravasa os limites territoriais, outorgando a
Portugal essa condição singular que orgulha e muito a todos nós.
Os milhões de
cidadãos portugueses espalhados pelo mundo, e as suas comunidades constituem um
elemento estrutural da nação portuguesa. E, é através dessas comunidades que se
confirma a vocação universalista e humanista de Portugal.
Um conceito que faz parte moral dos homens que foram expoentes e referência de
diversas gerações, e por consequência, os
construtores de comunidades em todo mundo, conscientes de que o desbravamento
dos mares, que sempre representaram a bravura e determinação de um povo
vencedor, estará sempre a projetas lindas e inesquecíveis páginas de uma
história que até os dias de hoje nos emociona. Mares que, com o nosso
povo, encurtaram separações e baniram desconhecimentos, fazendo o mundo
moderno.
Este povo não morreu
em outros, pelo contrário, sobrevive, nos quatro cantos da terra, e no
território que é seu, não hiberna na modorra da saudade sonhando sonhos velhos.
É um povo vivo, e ainda o mesmo povo com capacidade de aventura e de pragmático
trabalho no quotidiano, com a memória de antigas amizades e a facilidade de as reatar. A própria língua, gostamos
dela em nós, mas também nos outros. O nosso passado, a nossa história, são nossos e são de outros também que conosco a viveram.
Amigos, hoje é o dia
certo a estimular esta reflexão. E nesse sentir e pensar não podemos
olvidar a mais emblemática de todas as nossas comunidades espalhadas
pelo mundo, que é esta abraçada pelo Brasil, por esse grandioso e querido país
e pelo seu povo generoso, como espaço legítimo de valores e sentimentos
armazenados ao longo dos séculos, que precisam muito ser defendidos e
perpetuados. Espaço que nos impõe o desafio de constituirmos a grande
comunidade lusófona, em nome da paz, da fraternidade, do progresso e da justiça
social dos nossos dois países e dos nossos povos.
O passado histórico
comum incentiva-nos, o presente reclama-o, e o futuro exige de forma definitiva
que isso aconteça.
Viva o Brasil, Viva
Portugal! Muito obrigado a todos. (Palmas.)
O
SR. PRESIDENTE - FERNANDO CAPEZ - PSDB - Agradecemos as belas palavras do
nosso estimado senhor Antonio Almeida e Silva.
Passo a palavra ao
Cônsul-Geral de Portugal no Brasil, Doutor José Guilherme Queiroz de Ataíde.
O
SR. JOSÉ GUILHERME QUEIROZ DE ATAÍDE - Boa - noite. Quero começar saudando o Deputado
Fernando Capez, responsável por esta iniciativa e na
pessoa dele todos os demais membros da Mesa; saudar a presença de todos.
Quero agradecer ao
Deputado Fernando Capez que permite a comemoração do 10 de Junho nesta ilustre Casa. Eu penso que isso mostra
bem a força dos laços de Portugal e do Brasil, a força da Comunidade Portuguesa
e Luso-Brasileira do Estado de São Paulo. E é um indício de grande apoio, no
momento que Portugal está em crise é importante estarmos aqui todos juntos para
assinalar o 10 de Junho.
Então os meus
agradecimentos em nome de Portugal. Muito obrigado. (Palmas.)
O
SR. PRESIDENTE - FERNANDO CAPEZ - PSDB - Quero também anunciar a presença
da fadista Glória de Lurdes e da querida Tereza Morgado
que me presenteou com uma obra sobre a vida de um dos grande ídolos meus no
futebol, o jogador de futebol Enéas que jogou na Portuguesa, que foi o primeiro
jogo que eu assisti no Morumbi quando entrei no dia 27 de julho de 1975,
inesquecível, um São Paulo x Portuguesa, e a Portuguesa naquela época tinha o
melhor time do Estado, e um dos melhores do país. E eu me emocionei muito e
fiquei muito feliz com o presente sobre a vida de Enéas.
Quero também saudar o
senhor Martins de Araújo, nosso querido radialista, lembrado, bem lembrado,
oportunamente lembrado, por nosso querido Deputado Federal Arnaldo Faria de Sá;
o senhor Antonio Rodrigues, Presidente do Elo Sul; nosso querido David da
Fonte, do BANIF; a Renata, querida Renata, da Revista Naus; o senhor Arnaldo
Torrão, também da imprensa, Portugal em Foco; queridíssimo senhor Artur Andrade
Pinto Arouca; senhor Paulo Roberto Esteves, grande
advogado, diretor jurídico do Conselho; a radialista Adriana Cambaúba que aqui também se faz presente; aqui também já
nominado, e lembrado mais uma vez, professor Leonardo Placucci,
grande educador, um dos grandes educadores que se faz aqui também presente; o
senhor Carlos Bitencourt, do Bela
Sintra, essa grande representante da culinária
portuguesa no Brasil, um restaurante belíssimo – e agora abriu em Brasília,
portanto, quando eu for lá visitar o Deputado Arnaldo Faria de Sá nós vamos
jantar lá no Bela Sintra.
Enviaram aqui suas
correspondências parabenizando pelo evento e lamentando a impossibilidade de
comparecimento: senhor Guilherme Afif Domingo, vice-Governador do Estado de São
Paulo; prefeito da cidade de São Paulo Gilberto Kassab;
Desembargador Armando Toledo, do Tribunal de Justiça de São Paulo; senhor Paulo
Alexandre Barbosa, Secretário do Desenvolvimento Econômico, Ciência e
Tecnologia e deputado estadual; Secretário de Estado da Saúde, Giovanni Guido Cerri; nosso querido colega Deputado Estadual Celino Cardoso; Secretário de Estado da Administração
Penitenciária, Lourival Gomes; senhor João Salgueiro, Embaixador de Portugal;
Presidente da Assembleia Legislativa, Barros Munhoz; meu querido colega,
Secretário de Estado do Meio Ambiente, deputado estadual e ex-Presidente
da Frente Parlamentar das Tradições Portuguesas, Deputado Bruno Covas, nosso
querido e estimado amigo; o grande advogado, um dos maiores juristas de todos
os tempos, Professor Doutor Ives Gandra da Silva
Martins tão estimado que por um Projeto de Resolução esta Assembleia criou a
Medalha Ives Gandra da Silva Martins para
cumprimentar e homenagear pessoas que renderam o seu trabalho a este país;
também o nosso querido Maestro João Carlos Martins, esse grande nome da música
nos cumprimenta; Desembargador Marco Antonio Marques da Silva; Deputado Antonio
Mentor; Presidente do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, Desembargador
José Roberto Bedran; Presidente da Câmara Municipal
de São Paulo, Vereador José Police Neto; eminente desembargador federal, culto
magistrado, Presidente do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, Doutor
Roberto Haddad, também o seu prestígio; eminente Presidente da Associação dos
Magistrados Brasileiros, Doutor Nelson Henrique Calandra e Sebastião Amorim; o
líder do Partido dos Democratas, Deputado Estevam Galvão. Como é querida a
nossa comunidade, Deputada Regina Gonçalves, e vamos ainda nominando.
Não passou pelo
Cerimonial, mas veio aqui o meu querido e estimado capitão, major,
tenente-coronel, e coronel Rezende, responsável pela segurança dos estádios de
futebol durante muitos anos, que tem no seu currículo determinada prisão do Cilinho por desacato num jogo São Paulo x Portuguesa. Está
aqui também presente, uma satisfação; muito nos honra a sua presença.
Feitas estas justas
referências e outras que serão feitas no decorrer desta sessão assistiremos a
apresentação do Grupo Jograis, cujos integrantes são: Eliana Martins; professor
magistrado, Doutor Evanir Ferreira Castilho; Rosa
Maria Claro; e Milton Franceschini; com os poemas: Alma Minha Gentil que te
Partiste, de Camões; Amor é Fogo que Arde sem se Ver, de Camões; e Mar
Português, de Fernando Pessoa.
* * *
- É feita
apresentação do Grupo Jograis.
* * *
O
SR. PRESIDENTE - FERNANDO CAPEZ - PSDB - Anunciamos também, agradecendo a
maravilhosa apresentação do Grupo Jograis, nós anunciamos a honrosa presença do
Doutor Manoel Tavares Almeida Filho, Presidente do Banco Luso-Brasileiro;
Doutora Adriana Fantin, representante da Advocacia
Geral da União; Doutor Marcelo Guerra, Presidente da Casa dos Açores; eminente
Comendador Joaquim Justos dos Santos que enviou uma correspondência lamentando
a impossibilidade de seu comparecimento por motivo de saúde.
Hoje, 10 de junho, celebra-se o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades
Portuguesas em todo o mundo. Luis Vaz de Camões o maior poeta da língua
portuguesa e um dos maiores do mundo de todos os tempos, comparável a Willian
Shakespeare. Há alguns dados que não são precisos sobre sua biografia. Sabe-se,
no entanto, que nasceu no ano de 1524 em Lisboa, e faleceu no dia 10 de Junho
de 1580, por isto se celebra esta data.
Nessa época Portugal
estava sob o julgo da Espanha, do rei Felipe II, da invencível armada, e Camões
relatava as epopeias desta nação que soube
pioneiramente antes de qualquer outra desbravar os mares, como Fernão Magalhães
o primeiro a dar a volta ao mundo e provar que o mundo era redondo, como Vasco
da Gama, Pedro Álvares Cabral e tantos outros.
De uma família da
pequena nobreza, sobre a sua infância tudo que se sabe são conjecturas, mas
ainda jovem recebeu sólida educação nos moldes clássicos dominando latim, e
conhecendo a literatura e histórias antigas e modernas. Provavelmente estudou
na Universidade de Coimbra, mas não há documentação da sua passagem. Frequentou a Corte de D. João III, iniciou sua carreira
como poeta lírico e envolveu-se, como narra a tradição, em amores com damas da
nobreza e possivelmente plebeias, além de levar uma
vida turbulenta e aventureira. Diz-se que por conta de um amor frustrado se autoexilou na África, alistou-se como militar,lutou, perdeu
um olho
De volta à pátria
publicou Os Lusíadas e recebeu uma pequena pensão pelos serviços prestados à
Coroa. Mesmo assim, nos seus anos finais parece ter enfrentado dificuldades
para se manter e garantir a própria subsistência, já que nunca foi apegado a
valores e bens materiais.
Logo após a sua morte,
sua obra lírica foi reunida na coletânea Rimas, tendo deixado também obras de
teatro. Enquanto viveu queixou-se várias vezes das injustiças que sofrera, e da
escassa pensão que sua obra recebia. Mas pouco depois de falecer, sua poesia
começou a ser reconhecida como valiosa e de alto padrão por vários nomes
importantes da literatura europeia, ganhando prestígio
sempre crescente entre o público e os conhecedores, influenciando gerações de
poetas em vários países.
Camões foi um
renovador da língua portuguesa, e fixou-lhe um duradouro cânone. Tornou-se um
dos maiores e mais fortes símbolos de identidade de sua pátria, e é uma
referência para toda comunidade lusófona internacional. Hoje sua fama está
solidamente estabelecida, e finalmente é considerado um dos grandes e maiores
vultos literários da tradição ocidental. Sendo traduzido para várias línguas e
tornando-se objeto de uma vasta quantidade de estudos críticos.
Os Lusíadas é considerada a epopeia portuguesa
por excelência. O próprio título já sugere as suas intenções nacionalistas,
sendo derivado da antiga denominação romana de Portugal Lusitânia. É um dos
mais importantes épicos da época moderna devido a sua grandeza e
universalidade. A epopeia narra a
história de Vasco da Gama e dos heróis portugueses que navegaram em torno do
antigo Cabo das Tormentas e graças a ele tornado Cabo da Boa Esperança. E
abriram sim uma nova rota para Índia. É uma epopeia
humanista mesmo nas suas contradições, na associação da mitologia pagã a vida
cristã, nos sentimentos opostos sobre a guerra e o império, no gosto do repouso
e no desejo de aventura, na apreciação do prazer sensual e nas exigências de
uma vida ética, na percepção da grandeza, no pressentimento do declínio, no
heroísmo pago com sofrimento e luta.
Tudo se resume no
poema que abre com os seguintes versos:
“As armas e os barões
assinalados
Que, da ocidental
praia lusitana,
Por mares nunca de
antes navegados
Passaram ainda além
da Trapobana,
Em perigos e guerras
esforçados,
Mais do que prometia
a força humana,
E entre gente remota
edificaram
Novo reino que tanto
sublimaram
Cantando, espalharei
por toda parte
Se
a tanto me ajudaram o engenho e a arte”. Os Lusíadas – Canto I.
É neste dia, por esta
razão que nós entregaremos, a partir deste momento, o certificado aos
homenageados que muito devem se orgulhar do recebimento desta comenda, neste
dia tão valoroso, tão importante não apenas para as comunidades portuguesas,
mas para todos nós brasileiros, para todo mundo.
Passo agora a chamar
para receber esta comenda e pedindo que me auxiliem nessa entrega o senhor
Antonio Almeida e Silva, e o nosso querido Deputado federal Arnaldo Faria de
Sá, depois nós pediremos auxílio aos demais integrantes da Mesa.
Peço que venha a
frente receber a sua comenda o homenageado José Carolino Aires. (Palmas.)
* * *
- É feita a entrega
do Certificado.
* * *
O
SR. PRESIDENTE - FERNANDO CAPEZ - PSDB - Senhor Antonio Almeida e Silva,
por que José Carolino Aires?
O
SR. ANTONIO ALMEIDA E SILVA - Pelo
enorme trabalho que ele fez a frente da Comunidade Gebelinense,
uma das nossas mais atuantes instituições
O
SR. PRESIDENTE - FERNANDO CAPEZ - PSDB - Próximo homenageado, senhor
Antonio Joaquim O. P. Freixo.
O
SR. ANTONIO ALMEIDA E SILVA - O
querido Antonio Freixo é aquela figura que está em
todos os pequenos e grandes eventos da Comunidade, sempre de forma humilde, mas
de forma incessante e atuante. É um querido amigo a quem nós prestamos a nossa
grande homenagem, e o nosso querido abraço a ele por tudo que ele faz e por
tudo que ele representa. (Palmas.)
* * *
- É feita a entrega
do Certificado.
* * *
O
SR. PRESIDENTE - FERNANDO CAPEZ - PSDB - Pediria agora também ao doutor
José Guilherme Queiroz de Ataíde, e ao nosso estimado Antero José Pereira,
Presidente do Sindipan que venham auxiliar juntamente
com o senhor Antonio Almeida e Silva e o nosso Deputado federal Arnaldo Faria
de Sá.
O próximo homenageado
é o senhor Manoel Rodrigues Tavares de Almeida Filho. (Palmas.)
O
SR. ANTONIO ALMEIDA E SILVA -
O doutor Manoel já era para ter sido homenageado no ano passado pelo trabalho
que vem realizando a frente da Câmara Portuguesa de Comércio. Hoje tendo uma
atividade que está sendo elogiada e admirada por toda sociedade civil e que, em
novembro, realizou um dos maiores eventos, um dos maiores jantares
que a Comunidade já realizou até hoje, quando elegeu e homenageou o Presidente
Lula na Hípica. Um jantar com mais de mil pessoas, com todas as autoridades de
todos os segmentos, a Câmara hoje tem uma visibilidade enorme e aproveita muito
a ação organizada da Comunidade Portuguesa
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- É feita a entrega
do Certificado.
* * *
O
SR. PRESIDENTE - FERNANDO CAPEZ - PSDB - Próximo homenageado, senhor
Roberto Vilela. (Palmas.)
O
SR. ANTONIO ALMEIDA E SILVA -
O senhor Roberto Vilela é um grande empresário
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- É feita a entrega
do Certificado.
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O
SR. PRESIDENTE - FERNANDO CAPEZ - PSDB - Chamaremos agora o meu querido
coronel, que eu conheci ainda capitão, olha quanto tempo! Nosso querido coronel
Gerson Rezende. (Palmas.)
O
SR. ANTONIO ALMEIDA E SILVA -
O coronel tem uma integração e uma vivência com a nossa Comunidade há muitos
anos. No Elus Clube ele tem uma atuação bastante
antiga, mas a ligação dele à Comunidade já começou lá atrás no 2º Batalhão de
Choque quando ele era capitão ainda e foi enfrentar o nosso Deputado Arnaldo
Faria de Sá em um jogo Portuguesa versus Palmeiras. Mas de lá para cá é um
grande amigo desta Comunidade, temos o maior orgulho. A esposa dele, foi médica
da Portuguesa, por isso há uma série de ligações que nos autorizam a dizer que
é um amigo nosso da Comunidade e merece esta homenagem. (Palmas.)
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- É feita a entrega
do Certificado.
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O
SR. PRESIDENTE - FERNANDO CAPEZ - PSDB - Senhor Josué Dimas de Melo
Pimenta. (Palmas.)
O
SR. ANTONIO ALMEIDA E SILVA - Josué
Dimas de Melo Pimenta é de uma família que todos conhecem, o pai dele é uma
figura saudosa e ilustríssima na nossa Comunidade. Ele criou uma empresa
conceituadíssima, um grupo, e até hoje ele mantém as ligações, apesar do seu
pai infelizmente não estar mais entre nós, mas ele mantém a ligação a essa
Comunidade. Hoje ele está lá na Beneficência cumprindo o papel importantíssimo
e merece efetivamente essa homenagem também. (Palmas.)
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- É feita a entrega
do Certificado.
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O
SR. PRESIDENTE - FERNANDO CAPEZ - PSDB - O próximo homenageado é o querido
professor Leonardo Placucci. (Palmas.)
O
SR. ANTONIO ALMEIDA E SILVA -
Dispensa apresentações. É um querido para a nossa Comunidade, o querido da
Portuguesa. Homem da área da Educação com uma obra gigantesca, com uma
universidade hoje, e um homem humilde que está sempre conosco. Nós temos muito
orgulho de ter o professor Leonardo Placucci nas
nossas lides, nos nossos eventos. É um orgulho tê-lo, e muito obrigado por tudo,
professor. (Palmas.)
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- É feita a entrega
do Certificado.
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O
SR. PRESIDENTE - FERNANDO CAPEZ - PSDB - Senhor Eliseu Tirado. (Palmas.)
O
SR. ANTONIO ALMEIDA E SILVA -
O Doutor Eliseu Tirado é um médico com larga atuação na Comunidade Portuguesa,
muitos o conhecem desde anos e anos atrás quando ele ainda atuava no Trasmontano. Continuou atendendo muita gente da Comunidade
que tem nele um grande amigo, um médico sempre presente, e a indicação dele
chegou ao Conselho, várias pessoas indicaram o nome dele para que fosse
homenageado hoje, e nós o fazemos com muito carinho e orgulho porque temos uma
amizade por ele há muitos anos. Merecedor, e eu tenho
muita emoção de homenagear essa figura aqui. (Palmas.)
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- É feita a entrega
do Certificado.
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O
SR. PRESIDENTE - FERNANDO CAPEZ - PSDB – Senhor Alcides Terrível.
(Palmas.)
O
SR. ANTONIO ALMEIDA E SILVA - O Doutor Alcides Terrível é o novo
Presidente do Centro Trasmontano de São Paulo, mas
ele já atua no Trasmontano há muito e muitos anos.
Médico renomado, médico conceituado, conhecidíssimo da Comunidade, assumiu
agora a Presidência substituindo o doutor Fernando Moredo,
e antecipadamente todos já sabem que ele está fadado a realizar um grande
trabalho e vai ter a nossa ajuda, a nossa homenagem e o nosso carinho.
(Palmas.)
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- É feita a entrega
do Certificado.
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O
SR. PRESIDENTE - FERNANDO CAPEZ - PSDB - Senhora Tereza de Jesus Pires Morgado. (Palmas.)
O
SR. ANTONIO ALMEIDA E SILVA -
Precisamos falar alguma coisa dela? Falar que é o nosso amuleto, o nosso grande
amor, grande figura a quem esta Comunidade rende as suas merecidas homenagens.
(Palmas.)
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- É feita a entrega
do Certificado.
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O
SR. PRESIDENTE - FERNANDO CAPEZ - PSDB - Por último, esta figura maiúscula
da Comunidade Luso-Brasileira, mas, antes, vamos chamar o nosso penúltimo
homenageado, o ilustre representante que vai falar em nome de todos os
homenageados, merecedor da nossa máxima distinção, o doutor José Roberto
Cordeiro (Palmas.)
O
SR. ANTONIO ALMEIDA E SILVA - O
Doutor José Roberto Cordeiro é o atual Presidente do Conselho Deliberativo da
Associação Portuguesa de Desportos, um jovem, um grande médico, que hoje é a
noite dos médicos pelo que eu estou vendo aqui, mas é um jovem que está realizando
um trabalho incrível na Portuguesa. Um homem vigilante, um homem preocupado com
a Portuguesa e nós precisamos disso. Choramos um no ombro do outro, e esse
homem é um jovem que está realizando um grande trabalho e nós admiramos muito
tudo o que ele faz. Parabéns. (Palmas.)
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- É feita a entrega
do Certificado.
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O
SR. PRESIDENTE - FERNANDO CAPEZ - PSDB - Eu estava aqui brincando porque
nós estivemos juntos assistindo a final do Campeonato Brasileiro entre
Portuguesa versus Grêmio. Eu não entendo muito de futebol, a Portuguesa ganhou
de
Quero fazer o
registro do senhor Dalmo Pessoa que está presente, grande
jornalista, você nos honra por estar aqui conosco. Uma salva de palmas para o
senhor Dalmo Pessoa, porque ele é merecedor de todo o nosso respeito. (Palmas.)
Também vejo chegando
a nossa querida senhora Suzi Camacho, grande psicóloga, apresentadora, atriz,
mulher polivalente, de grande inteligência perspicácia, ela também nos honra
com a sua presença. Uma salva de palmas para você também. (Palmas.)
Por último, esta
nossa maiúscula figura, Presidente do Banco Banif,
Presidente da Casa de Portugal que sempre tem apoiado todas as ações realizadas
pela Assembleia Legislativa no que diz respeito a
Comunidade Luso-Brasileira, o Banif que é
patrocinador da Portuguesa de Desportos, e também do Felipão.
Outro dia eu liguei para o David no celular, mas ele não me atendeu, um closed, de mais ou menos dois minutos no jogo pela Globo, da manga do Felipão, Banif, Banif. Deixei recado para você
lá David.
Então vamos chamar
agora doutor Antonio Julio Machado Rodrigues. (Palmas.)
O
SR. ANTONIO ALMEIDA E SILVA - A
homenagem que a gente presta ao doutor Antonio Julio Machado Rodrigues é pelo
trabalho que ele vem realizando na Casa de Portugal, a parte de ser um dos
grandes empresários que nós temos
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- É feita a entrega
do Certificado.
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O
SR. PRESIDENTE - FERNANDO CAPEZ - PSDB - Fala agora em nome dos
homenageados o doutor José Roberto Cordeiro. (Palmas.)
O
SR. JOSÉ ROBERTO CORDEIRO -
Boa-noite a todos. Quero saudar o Presidente da Mesa,
digníssimo Deputado Fernando Capez; o cônsul de
Portugal, doutor José Guilherme Queiroz de Ataíde; nosso Deputado federal
Arnaldo Faria de Sá; Presidente das Comunidades do Estado de São Paulo, doutor
Antonio Almeida e Silva; nosso Presidente, nosso eterno Presidente professor,
doutor Leonardo Placucci, e o senhor Antero Pereira,
Presidente do Sindicato dos Panificadores.
Senhores, senhoras,
Presidentes das Casas Portuguesas, das Comunidades, tive a grata satisfação de
chegar até aqui. Perguntaram-me se eu falaria em nome dos homenageados.
Primeiro, quero agradecer por esse regalo que foi me dado, não pude negar esse
convite para poder dizer algumas palavras.
Na verdade, falar a
respeito dos homenageados em um dia tão importante, no Dia de
Portugal, no Dia de Camões, e no Dia das Comunidades é um orgulho, porque ser
homenageado em um dia de uma Comunidade, como o Deputado Arnaldo Faria
de Sá já citou, os desbravadores portugueses conseguiram manter um território
na dimensão do meu querido Brasil e, acima de tudo, conseguiram manter o país em
união e em uma miscigenação de raças, poucas pessoas citam isso. Eu não conheço
no mundo um país que tenha essa miscigenação do branco, do negro, do amarelo e
do vermelho que aqui já estava. O nosso povo português que aqui chegou deu essa
oportunidade, assim nasceu o nosso Brasil de hoje. O Brasil do mulato, do
moreno, do branco e do negro. Eu não conheço outro país que conseguiu viver
harmoniosamente nessa condição.
Ser homenageado, no
dia de hoje, no Dia de Portugal, é um orgulho muito grande, acima de tudo,
porque eu sou brasileiro com muito orgulho, mas tenho uma honra muito grande de
ser filho de português.
Quero falar aqui para
vocês que eu não vim com nada decorado, mesmo porque eu não sabia dessa
situação, estou falando aqui com o coração, não podia, logicamente, deixar de
citar umas das passagens que eu tive com o senhor que nasceu em Mogadouro, alguns devem conhecer, e de uma senhora que
nasceu em Mogadouro também Trás-os-Montes, meu pai e minha mãe, portugueses com
muito orgulho.
Em 1972, Deputado Fernando Capez, como nós
gostamos de futebol, e eu sei que você gosta também, nós tivemos uma
final Brasil versus Portugal aqui no Brasil. Eu tinha 13 anos e, nesse dia, iria
jogar o time do meu país contra o time do país do meu pai. Eu ainda era pequeno
e queria entender isso. E a gente ficou um pouco constrangido
antes, durante, e feliz porque o Brasil ganhou, mas querendo ver como o meu pai
iria reagir. Eu aprendi o que é ser filho de português e ter honra de ser filho
de português, pois o meu pai pegou a caixa de fogos, pegou a bandeira do Brasil
e com muito orgulho foi comemorar o Campeonato da Independência na final no Rio
de Janeiro. Eu já tinha orgulho de ser filho de português e nesse momento eu
fiquei feliz. Continuo sendo feliz por fazer parte desta Comunidade.
Quero de coração, em
nome do meu pai e da minha mãe que já se foram, homenagear aqueles portugueses
que vieram aqui para o Brasil, parte deles são os senhores que aqui, estão para
lutar por uma vida melhor, e homenagear àqueles portugueses que já se foram e
colaboraram com a grandeza deste meu país, do meu Brasil do coração. Muito
obrigado a todos. (Palmas.)
O
SR. PRESIDENTE - FERNANDO CAPEZ - PSDB - Há pouco tempo, citamos a
presença do doutor Manoel Magno, diretor do Banif
Financeira.
Na semana passada eu
estava passeando com a minha filhinha mais velha, a Maria Fernanda e ela me
pediu para comer um chocolatinho. Ela
comeu com uma vontade, com apetite, virou-se para mim e falou: “Nossa, pai, já
acabou?”
E eu me lembrei disso
na Sessão de hoje. Sessão afago, familiar, que passou tão gostosa, mas tão
rapidamente, nesta noite. Esta é uma Sessão que reafirma os laços de
cooperação, de amizade, de tolerância, sobretudo, de amor entre as Comunidades
Brasil e Portugal. Talvez entre a Comunidade, não sei se posso falar
O Deputado Arnaldo
Faria de Sá ficou muito feliz quando lembrou, se nós pegarmos a linha do Tratado
de Tordesilhas de 1494 e olharmos a parte que fora destinada a este território,
e posteriormente estudarmos o trabalho que as sucessivas Bandeiras e Entradas
realizadas pelos portugueses excursionando-se por um território absolutamente
inóspito e desconhecido. E se rememorarmos quando veio para cá, Século XIX, D. João
VI e o Infante D. Pedro II enfrentando rebeliões separatistas por todo
território nacional – Cabanagem, no Pará; Balaiada, no Maranhão; Sabinada, na
Bahia; Farroupilha, no Rio Grande do Sul; Confederação do Equador, no
Pernambuco; Revolta dos Alfaiates, na Bahia - e pela obstinação pertinácia do
regime que ali se encontrava dos portugueses que vieram para cá fazer desta
também sua nação o território foi mantido íntegro.
Por isso, e pelo
trabalho diuturno e dedicado que cada português fez com o esforço de suas mãos,
educando os seus filhos, transmitindo-lhes o amor a sua pátria de origem e a Nação
brasileira. Por todos esses laços é que a Assembleia Legislativa, Antonio
Almeida e Silva, juntamente com o nosso querido Deputado Arnaldo Faria de Sá,
digno representante da Comunidade no Congresso Nacional, dizemos muito obrigado
a todos vocês. Enquanto eu estiver aqui nesta Casa, sentado na minha cadeira de
deputado estadual aqui estará sentada toda Comunidade Luso-Brasileira.
Esgotado o objeto da
presente Sessão, quero fazer uma referência à dona Yeda,
neta de português, 60 anos de Assembleia Legislativa, que com esmero cuida de
cada detalhe deste Cerimonial, que
Convidamos a todos
para um coquetel que se realizará no Salão Waldemar Lopes Ferraz nesta
Assembleia.
Agradeço aos
funcionários desta Casa, ao Cerimonial, aos nossos assessores, à jornalista Delmíndia Costa que está à frente de toda essa organização,
ao nosso querido Rogério Palermo, ao nosso querido Marechal, a Estela, ao Avatar, e a todos os nossos assessores.
Está encerrada a sessão.
Boa-noite. (Palmas.)
* * *
- Encerra-se a sessão
às 21 horas e 54 minutos.
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