09 DE MARÇO DE 2007

022ª SESSÃO ORDINÁRIA DO PERÍODO ADICIONAL

 

Presidência: HAVANIR NIMTZ, HENRIQUE PACHECO, JORGE CARUSO, ROSMARY CORRÊA e JOÃO BARBOZA DE CARVALHO

 

Secretária: ROSMARY CORRÊA


DIVISÃO TÉCNICA DE TAQUIGRAFIA

Data: 09/03/2007 - Sessão 22ª S. ORDINÁRIA - PER. ADICIONAL  Publ. DOE:

Presidente: HAVANIR NIMTZ/ HENRIQUE PACHECO/ JORGE CARUSO/ROSMARY CORRÊA/JOÃO BARBOZA DE CARVALHO

 

PEQUENO EXPEDIENTE

001 - HAVANIR NIMTZ

Assume a Presidência e abre a sessão.

 

002 - HENRIQUE PACHECO

Crítica o descuido com as estações de trens da CPTM. Fala da dificuldade de acesso dos usuários na linha Luz - Francisco Morato.

 

003 - HENRIQUE PACHECO

Assume a Presidência.

 

004 - HAVANIR NIMTZ

Discorre sobre a sua trajetória política nesta Casa. Comenta decisão do TSE sobre os eleitos com pendências.

 

005 - JORGE CARUSO

Assume a Presidência.

 

006 - HENRIQUE PACHECO

Retoma suas criticas às estações da CPTM, quanto a sua conservação e a qualidade dos trens na linha Luz - Francisco Morato. Pede urgência na discussão do Ferroanel.

 

007 - HAVANIR NIMTZ

Assume a Presidência.

 

008 - SIMÃO PEDRO

Homenageia seus pares do PT e PCdoB que deixam este Parlamento.

 

009 - Presidente HAVANIR NIMTZ

Anuncia a presença do ex-Deputado Wadih Helú.

 

010 - SIMÃO PEDRO

De comum acordo entre as lideranças, requer a suspensão dos trabalhos até as 16h30min.

 

011 - Presidente HAVANIR NIMTZ

Acolhe o pedido e suspende a sessão às 15h08min.

 

012 - ROSMARY CORRÊA

Assume a Presidência e reabre a sessão às 16h36min.

 

013 - SIMÃO PEDRO

De comum acordo entre as lideranças, pede a suspensão da sessão por uma hora.

 

014 - Presidente ROSMARY CORRÊA

Acolhe o pedido e suspende a sessão às 16h36min.

 

015 - JOÃO BARBOZA DE CARVALHO

Assume a Presidência e reabre a sessão às 17h37min.

 

016 - VAZ DE LIMA

De comum acordo entre as lideranças, pede o levantamento da sessão.

 

017 - Presidente JOÃO BARBOZA DE CARVALHO

Acolhe o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária de 12/03, à hora regimental, com ordem do dia. Levanta a sessão.

 

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A SRA. PRESIDENTE - HAVANIR NIMTZ - PSDB - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Convido a Sra. Deputada Rosmary Corrêa para, como 2ª Secretária “ad hoc”, proceder à leitura da Ata da sessão anterior.

 

A Sra. 2ª SECRETÁRIA - ROSMARY CORRÊA - PSDB - Procede à leitura da Ata da sessão anterior, que é considerada aprovada.

 

A SRA. PRESIDENTE - HAVANIR NIMTZ - PSDB - Convido a Sra. Deputada Rosmary Corrêa para, como 1ª Secretária, proceder à leitura da matéria do Expediente.

 

A SRA. 1ª SECRETÁRIA - ROSMARY CORRÊA - PSDB - Procede à leitura da matéria do Expediente, publicada separadamente da sessão.

 

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- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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A SRA. PRESIDENTE - HAVANIR NIMTZ - PSDB - Tem a palavra o primeiro orador inscrito, o nobre Deputado Hamilton Pereira. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Vinicius Camarinha. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Beth Sahão. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Maria Lúcia Prandi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Roberto Alves. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Ricardo Castilho. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Maria Lúcia Amary. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Neder. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Roberto Felício. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Valdomiro Lopes. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Mauro Bragato. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Geraldo Vinholi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Adilson Rossi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Rafael Silva. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Ana Martins. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Edson Gomes. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Renato Simões. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Nivaldo Santana. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Antonio Mentor. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Vanderlei Siraque. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Afanasio Jazadji. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado José Zico Prado. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Donisete Braga. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Fausto Figueira. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Roberto Morais. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Waldir Agnello. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Terezinha da Paulina. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Luis Carlos Gondim. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Havanir Nimtz. Na Presidência. Tem a palavra o nobre Deputado Geraldo Lopes. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Palmiro Mennucci. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Mário Reali. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Simão Pedro. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Edson Ferrarini. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Henrique Pacheco.

 

O SR. HENRIQUE PACHECO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, companheiros presentes nas galerias e que nos vêem pela TV Assembléia, quero, nesta tarde, colocar um tema para nosso debate que diz respeito à acessibilidade dos trens da CPTM na região servida por essa empresa, fazendo a ligação hoje da Estação da Luz à cidade de Francisco Morato.

Ainda que a cidade de São Paulo disponha até mesmo de uma Secretaria voltada especialmente para essa questão, pode-se notar claramente os problemas que encontram as pessoas com alguma dificuldade em acessar ou caminhar em algumas dessas estações.

Começaria citando a estação de trens de Pirituba. Em uma das entradas, que, aliás, é o único acesso do lado onde está instalado o Hospital Pinel, qualquer pessoa com alguma idade ou com excesso de peso terá enorme dificuldade para vencer o número de degraus ali existentes.

Na estação de Francisco Morato, muito mal concebida, qualquer pessoa portadora de alguma deficiência tem uma dificuldade imensa de acesso.

Quando o trem vindo dessa região, com três, quatro mil passageiros, pára na Estação da Luz, as pessoas usam as escadas para ter acesso ao metrô. Muitas vezes, em muitos dias de uma única semana, aquelas escadas estão quebradas e não funcionam. Segundo a informação que obtive, aquela estação não foi projetada para receber um afluxo tão grande de usuários do trem.

O que pretendia a pessoa que fez essa proposta na CPTM? Em vez de ir diminuindo o espaço para que as pessoas, aos poucos, passem pela roleta ou portaria de acesso, deixam que quatro ou cinco mil pessoas caminhem juntas para, abruptamente, segregá-las em duas ou três filas, causando uma situação vexatória, pois colocam, em um espaço diminuto, milhares de pessoas que, pela lei da física, não cabem no mesmo espaço.

Os dirigentes da CPTM deveriam tomar o trem e andar por essa via férrea, para conhecerem as dificuldades enfrentadas pelos usuários no seu dia-a-dia.

Outra coisa importante a ser feita é um trabalho de conscientização dos usuários do serviço ferroviário. Quando o trem pára na estação, as pessoas que vão entrar não aguardam a saída dos que estão dentro do vagão. O que seria o normal. Tudo isso acontece por falta de informação, por falta de um trabalho educativo.

Como o trem não tem nada sinalizando o tempo em que vai permanecer na estação e fica dando um sinal sonoro, as pessoas ficam imaginando que ele está para sair. Em decorrência disso, as pessoas querem entrar com pacotes, derrubando quem está saindo. As pessoas com mais idade e maior dificuldade de locomoção são as que mais sofrem.

Se compararmos os trens que hoje se dirigem à Zona Leste, Estação Mooca, Estação Ipiranga, indo até Santo André, com aqueles que vão às cidades de Francisco Morato, Franco da Rocha, Caieiras, Pirituba, Jaraguá, verificamos a enorme diferença, a distância de qualidade entre uma linha e outra. Se compararmos com as estações que o Metrô, ou que a empresa ferroviária construiu na Marginal Pinheiros, poderemos perceber o quão distante são os mundos daqueles moradores da região noroeste de São Paulo - que seria essa a que me refiro - e aqueles que vivem na região mais próxima dos Jardins e mais próxima do Morumbi. Muito obrigado, Sra. Presidente.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Henrique Pacheco.

 

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O SR. PRESIDENTE - HENRIQUE PACHECO - PT - Tem a palavra a nobre Deputada Havanir Nimtz.

 

A SRA. HAVANIR NIMTZ - PSDB - SEM REVISÃO DA ORADORA - Sr. Presidente, Srs. e Sras. Deputados aqui presentes nesta Casa, Srs. telespectadores da TV Assembléia, é um prazer estar mais uma vez aqui, nesta tribuna, no Pequeno Expediente, nesta digníssima Casa, para falar mais uma vez neste final de legislatura, o que muito me honra e me orgulha.

Considero a minha missão aquilo que estava colocado para mim nesta trajetória política. Considero a minha missão um trabalho de responsabilidade. Coloco-me, aqui, pronta para desenvolver um novo trabalho enquanto médica, professora de Medicina e representante do povo. Considero a minha missão cumprida. Trabalhei com muito afinco, participei de comissões, participei aqui neste plenário de vários atos, inclusive da aprovação de projetos de Deputados e de projetos meus aqui nesta Casa.

Senhores, antes de tudo, quero esclarecer aqui que eu mandei uma nota à imprensa a respeito do que aconteceu com o Dr. Enéas e comigo, Dra. Havanir, na eleição de 2002 para Deputado federal e Deputada estadual.

Tentaram manchar a nossa vida, tentaram esconder o nosso brilho, a nossa grande votação: quase 700 mil pessoas depositaram o voto de confiança em mim. Essa tentativa foi em vão, falhou. No último dia 15 de fevereiro recebemos um relatório do Ministro César Peluzzo, do Tribunal Superior Eleitoral, relatando a absolvição completa em relação ao tema que foi abordado há quatro anos. Isso é conseqüência, senhores, de uma ambição desmedida daqueles que querem continuar no poder e não deixam pessoas - legítimas representantes do povo - atuarem e representarem os anseios da nossa população.

Incomodaram-se com a nossa votação, sim. Mas, agora, por que a imprensa não divulga como divulgou os fatos naquela época? Por que agora temos Deputados reeleitos, que foram absolvidos, nem passaram em votação no plenário, e estão aí reeleitos na Câmara Federal.

Por que isso, senhores? Porque a população ainda continua sem enxergar os verdadeiros políticos. Infelizmente elegemos pessoas que não deveriam estar lá, e deixamos pessoas de bem do lado de fora. Eu estarei fora da próxima legislatura, mas retornarei se for da vontade de Deus e dos meus eleitores. Tenho certeza de que eles continuam esperando por mim.

Estive 15 anos no Prona, uma vida de dedicação e lealdade. Nunca citei esse assunto, mas na campanha passada, quando fui candidata a Deputada Federal pelo PSDB, ouvi este questionamento: por que a minha saída do Prona? Não saí porque quis. Foram motivos pessoais que me levaram a sair do partido que considerei - e considero, ainda - como minha família, que juntamente com o Dr. Enéas trouxe-me para esta posição de representante do povo e sendo a vitoriosa, a recordista de votos, a Deputada Estadual mais votada da história do Brasil.

Sou sergipana, da cidade de Itabaiana, tenho dois filhos, sou médica, professora de Medicina, biomédica, estou me formando em Direito. Tenho muito orgulho de sair desta Casa com a minha missão cumprida, com o meu dever exercido, feito corretamente, do coração. Não participei de acordos espúrios. Com certeza, a minha vida ilibada continua e continuará sendo exemplo, como deveria ser de muitos políticos para com a nossa sociedade.

Não devemos permitir que essas pessoas continuem no poder. Mas, infelizmente, elas estão aí, só que a população vai perceber aos poucos que essas pessoas não merecem o título de representantes do povo.

A minha dedicação e lealdade foram inquestionáveis. Agora, adentrando nessa última eleição no PSDB - partido sério, formado por pessoas responsáveis -, sinto-me muito feliz. Acredito no Governador Serra; acredito no seu trabalho e na sua competência. Quero parabenizar a equipe do Governador José Serra.

Finalizando, senhores, quero mais uma vez agradecer o carinho de todos desta Casa - dos funcionários, da Polícia Civil e da Militar, dos jornalistas e dos funcionários da TV Assembléia, por quem tenho carinho muito grande.

Mais uma vez, agradeço, de coração, a dedicação extrema da minha equipe de trabalho. Vou citar, rapidamente, alguns nomes: Maísa, uma pessoa de quem tenho muito orgulho, uma mulher dedicada, de fibra; Erivaldo, um grande amigo, dedicado, trabalhador; Adalton; Cristina; Ebílio, Antônio; Patrício. E os meus familiares: minha mãe; meu pai, onde ele estiver, está olhando por mim.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Jorge Caruso.

 

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Com certeza, ele já teve orgulho de mim quando fui a segunda Vereadora mais votada da cidade de São Paulo, mas não pôde presenciar minha vitória como Deputada Estadual. Mas com certeza, onde ele estiver, está com muito orgulho da Havanir, da filhinha que veio de Sergipe, com muita garra, otimismo e perseverança e conquistou esse lugar privilegiado no cenário político - por que não dizer nacional -, mas principalmente no cenário político do Estado de São Paulo.

Continuarei na luta, sim, com muita garra e dedicação. Os senhores podem esperar porque, se for da vontade de Deus e do povo, continuarei com muita garra, muita firmeza e muita valentia, como mulher que sou, como nordestina, como Deputada, como mãe e, antes de tudo, com a esperança que está dentro do meu coração, que continua com o sonho de ver um Brasil melhor para os nossos filhos e netos. Agradeço a Deus por estar aqui; agradeço a Deus por tudo. Muito obrigada e que Deus os abençoe!

 

O Sr. Presidente - Jorge Caruso - PMDB - Srs. Deputados, esgotada a lista de oradores inscritos para falar no Pequeno Expediente, vamos passar à Lista Suplementar. Tem a palavra o nobre Deputado Henrique Pacheco.

 

O SR. HENRIQUE PACHECO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, nobres Sras. Deputadas e Srs. Deputados, aqueles que nos acompanham nas galerias e os que nos acompanham pela TV Assembléia, volto ao tema que iniciei nesta tarde que é a questão da precariedade das estações férreas localizadas na cidade de Franco da Rocha, Mairiporã, Pirituba, Jaraguá, Perus. São estações de trem que não mereceram, por parte da administração pública, a devida atenção que aquela população merece.

Fazia um comparativo: se pegarmos as estações de trem na linha que margeia o Rio Pinheiros e compararmos com essas estações de trem da região a que me refiro, perceberemos a diferença na concepção arquitetônica dos projetos.

Enquanto as estações do Rio Pinheiros têm uma linha bonita e harmônica, as que me refiro foram concebidas de maneira diferenciada: uma pessoa, para ter acesso à estação de trem, precisa superar uma quantidade enorme de degraus; se estiver com uma pequena sacola ou com um carrinho transportando uma criança, vai sofrer ainda mais. 

 

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- Assume a Presidência a Sra. Havanir Nimtz.

 

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O trem poderá ser o metrô de superfície daquela região. Basta que o Governo do Estado encare de maneira diferenciada aquelas linhas. As Linhas Morato e Estação da Luz certamente estão entre as piores: foram menos aquinhoadas com recursos públicos. Trabalha-se com trens antigos, com carros que já estão rodando há décadas e com pequenas reformas, mas que continuam como material obsoleto. Outra reclamação dos usuários é sobre a periodicidade entre os trens. O que tem dificultado é a ausência de uma linha exclusiva para o transporte de cargas.

Nos últimos anos, o transporte de cargas vem tendo um crescimento muito grande. Num passado não tão longe dizia-se que o transporte de cargas era contraproducente, que não dava retorno econômico, mas a iniciativa privada tem mostrado, nos últimos anos, o quão tem sido vigorosa essa atividade por conta da quantidade de trens que têm circulado transportando cargas enormes do Interior para a Capital ou para o Porto de Santos. Se de um lado há o progresso no transporte de cargas, o mesmo não se verifica no de passageiros.

O que se coloca nesse momento é a necessidade da discussão de um Ferroanel. Ouve-se falar muito no anel rodoviário, mas o Ferroanel é visto de maneira secundária. Pouco se discute a respeito. A população que mora nessa região noroeste da cidade de São Paulo, bem como nas cidades limítrofes que citei - Caieiras, Franco da Rocha, Morato e avançando um pouco mais, Campo Limpo Paulista, Várzea e até mesmo Jundiaí - poderia ser melhor servida e atendida se tivéssemos trens de qualidade. É isso que se espera. Os recursos, na previsão orçamentária, foram tímidos. Mas esperamos que o Governo Serra se preocupe com esse transporte, pois os trabalhadores dependem desse meio de locomoção.

Para que se tenha uma idéia, no período da manhã, entre cinco e sete horas, os trens estão superlotados. É muito difícil ingressar nos vagões nesse horário tal a quantidade de pessoas.

É preciso que aqueles que dirigem a CPTM saiam um pouco do ar-condicionado dos seus escritórios e adentrem nesses vagões, que não dispõem de ar-condicionado, diferentemente daqueles que servem a Linha Leste, que vai a Santo André e a São Caetano do Sul. Os trens que servem essa região a que me refiro, como disse, são trens antigos e obsoletos, sem ar-condicionado, com equipamentos muito velhos. Suas janelas já não se fecham, não oferecem qualidade ao usuário que paga muito bem - e paga caro -, o preço do transporte que é feito de maneira precária.

Já não é sem tempo que o Governo do Estado deva olhar de maneira mais atenta para o transporte rodoviário. E fica aqui registrada a nossa reclamação em relação a essa região da cidade de São Paulo e de uma parte do nosso Estado servido por essa linha, Praça da Luz/Francisco Morato, que hoje deixa muito a desejar.

Eram estas as palavras que queria registrar, Sr. Presidente, porque ouço a grita de todos os moradores daquela região. Muito obrigado.

 

A SRA. PRESIDENTE - HAVANIR NIMTZ - PSDB - Dando seqüência à lista de oradores inscritos na lista suplementar, tem a palavra o nobre Deputado Simão Pedro.

 

O SR. SIMÃO PEDRO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sra. Presidente, Deputada Havanir Nimtz, que preside esta sessão, Srs. Deputados, público presente nas galerias, telespectadores da TV Assembléia, quero fazer uso da palavra para homenagear e desejar boa sorte a V. Exa. na sua nova caminhada, no seu novo trabalho, no seu novo desafio que vai encarar a partir da semana que vem.

Nós que assomamos à tribuna para fazer críticas, para chamar a atenção do Governo, para falar das políticas públicas, para comentar algum programa, não poderíamos deixar de fazer uma homenagem a alguns colegas que fizeram parte da nossa coligação em 2002, que desempenharam brilhante papel neste Parlamento, e que estão deixando esta função pública, que muito nos dignifica, que é a de representar o povo paulista num dos principais parlamentos da América Latina, o segundo do Brasil. São pessoas com quem convivemos nesses quatros anos, batalhando, mantendo relações de solidariedade, e com as quais aprendi a respeitar. Falo do Deputado Nivaldo Santana, Líder da Bancada do PCdoB, que fez parte comigo na Comissão de Serviços e Obras Públicas. Deputado combativo, disciplinado, sempre ciente da sua atividade política, da sua função, e de um caráter e retidão muito grande.

Também a Deputada Ana Martins, com quem eu trabalhei, desde 89, 90, até 92, na gestão da ex-prefeita Luíza Erundina, e que fez um brilhante papel na defesa das mulheres, dos oprimidos, dos movimentos da Zona Leste. Uma Deputada combativa, brilhante, que vai fazer muita falta neste Parlamento.

O PCdoB, infelizmente, não conseguiu eleger nenhum Deputado para essa próxima legislatura, mas quero desejar boa sorte, sucesso para a Deputada Ana Martins e ao Deputado Nivaldo Santana, nessas novas empreitadas que irão assumir quando deixarem este Parlamento.

Da mesma forma, dois Deputados - os Deputados Ítalo Cardoso e Renato Simões -, que presidiram a Comissão de Direitos Humanos. Deputados combativos, brilhantes, corajosos, que souberam colocar o dedo na ferida, enfrentar as ameaças e as caras feias.

O Deputado Renato Simões deixa este Parlamento depois de 12 anos. Prestou grandes serviços não só na região de Campinas na luta pelos direitos humanos dos mais oprimidos, dos setores mais fracos da nossa população, que tiveram aqui uma voz firme, defendendo, chamando a atenção do Governo.

Da mesma forma, o Deputado Ítalo Cardoso, que já foi Vereador, grande Deputado neste parlamento e que está acabando de cumprir seu mandato. O nobre Deputado Henrique Pacheco é um lutador da cultura, um lutador pela promoção e inclusão social dos povos e da juventude da periferia da Grande São Paulo, um lutador pela moradia popular, uma pessoa com quem aprendi muito nesses anos de luta. O Deputado Carlos Neder também foi um grande Vereador, grande Deputado, médico sanitarista que se formou nas lutas do povo, no movimento social de saúde. A cidade de São Paulo e este Estado devem muito a esses Deputados assim como ao nobre Deputado nosso parceiro, Roberto Gouveia, que nessa área de saúde pública fizeram grandes combates aqui. E agora o nobre Deputado Fausto Figueira, primeiro secretário, que também deixa este parlamento depois de realizar um grande trabalho à frente da 1ª Secretaria.É um médico que não deixa de exercer sua profissão conciliando-a com a função pública de parlamentar, representando bem aqui a região da Baixada Santista.

Por último, como ontem foi o Dia Internacional da Mulher, quero também homenagear a nobre Deputada Beth Sahão, que vem da região de Catanduva, que representa bem o interior dentro da nossa Bancada neste parlamento, socióloga como este Deputado, colega de profissão e que aqui fez um grande combate na Comissão de Saúde, na Comissão de Agricultura, sempre presente, apoiando solidária as lutas populares. Portanto a esses colegas de Bancada, a esses colegas da coligação que conosco conviveram aqui durante esses quatro anos as minhas homenagens, os meus parabéns. Desejo-lhes boa sorte, esperando que voltem o mais breve possível para este parlamento; são muitas as lutas, sejam no partido, sejam em outros campos profissionais em que vão atuar. Desejo-lhes sucesso e, como disse, com eles aprendi muito e quero dessa forma homenageá-los. Muito obrigado, Sra. Presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE - HAVANIR NIMTZ - PSDB - Muito obrigada nobre Deputado Simão Pedro. Quero agora registrar a presença do sempre Deputado, nosso amigo, colaborador nesta Casa Legislativa que muito contribui para o andamento dos trabalhos nesta Casa, nobre Deputado Wadih Helú. Parabéns, que Deus o abençoe e que o senhor continue com essa firmeza, com a garra que o senhor sempre mostrou. Muito obrigada pela presença.

 

O SR. SIMÃO PEDRO - PT - Sra. Presidente, havendo acordo entre as lideranças solicito a suspensão dos trabalhos até 16 horas e 30 minutos.

 

A SRA. PRESIDENTE - HAVANIR NIMTZ - PSDB - É regimental. Havendo acordo entre as lideranças esta Presidente suspende os trabalhos até as 16 horas e 30 minutos.

Está suspensa a sessão.

 

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- Suspensa às 15 horas e 08 minutos, a sessão é reaberta às 16 horas e 36 minutos, sob a Presidência da Sra. Rosmary Corrêa.

 

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O SR. SIMÃO PEDRO - PT - Sra. Presidente, havendo acordo de lideranças solicito a suspensão dos trabalhos por uma hora.

 

A SRA. PRESIDENTE - ROSMARY CORRÊA - PSDB - É regimental. Havendo acordo de lideranças esta Presidência suspende os trabalhos por uma hora.

Está suspensa a sessão.

 

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- Suspensa às 16 horas e 36 minutos, a sessão é reaberta às 17horas e 37 minutos, sob a Presidência do Sr. João Barboza de Carvalho.

 

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O SR. VAZ DE LIMA - PSDB - Sr. Presidente, solicitei a palavra primeiramente para cumprimentar Vossa Excelência por estar presidindo os trabalhos desta Casa numa sexta-feira como esta, num horário como este. Em segundo lugar para, havendo acordo de líderes, solicitar o levantamento dos trabalhos.

 

O SR. PRESIDENTE - JOÃO BARBOZA DE CARVALHO - PFL - É regimental.

Havendo acordo de lideranças em plenário esta Presidência, antes de dar por levantados os trabalhos, convoca Vossas Excelências para a sessão ordinária de segunda-feira, à hora regimental, com a mesma Ordem do Dia de hoje.

Está levantada a sessão.

 

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- Levanta-se a sessão às 17 horas e 38 minutos.

 

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