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17 DE MAIO DE 2004

22ª SESSÃO SOLENE EM COMEMORAÇÃO DOS “80 ANOS DA UNIÃO DOS ESCOTEIROS DO BRASIL”

 

Presidência: SIDNEY BERALDO

 

DIVISÃO TÉCNICA DE TAQUIGRAFIA

Data: 17/05/2004 - Sessão 22ª S. SOLENE  Publ. DOE:

Presidente: SIDNEY BERALDO

 

COMEMORAÇÃO DOS 80 ANOS DA UNIÃO DOS ESCOTEIROS DO BRASIL

001 - Presidente SIDNEY BERALDO

Abre a sessão. Nomeia as autoridades. Informa que convocou a presente sessão solene com a finalidade de comemorar os 80 anos da União dos Escoteiros do Brasil. Convida todos para, de pé, ouvirem o Hino Nacional Brasileiro. recorda os avanços conquistados pela sociedade ao longo dos últimos 80 anos e os desafios que o Brasil ainda tem de enfrentar. Destaca o trabalho desenvolvido pelo escotismo em prol da cidadania.

 

002 - TOSHIO KAWAKAMI

Diretor Presidente da União dos Escoteiros do Brasil - Região São Paulo, elenca as ações dos escoteiros junto à sociedade e prega a necessidade de parcerias com o setor público e privado.

 

003 - PAULO SALAMUNI

Presidente da Diretoria Executiva Nacional da União dos Escoteiros do Brasil, fala de sua trajetória pessoal no movimento escoteiro. Historia a fundação do movimento, na Inglaterra. Anuncia a criação da União Escoteira Parlamentar do Brasil, formada por parlamentares vinculados aos escoteiros.

 

004 - Presidente SIDNEY BERALDO

Conduz, juntamente com o cerimonial da Casa, a entrega de medalhas a personalidades e entidades reconhecidas por sua atuação junto ao escotismo.

 

005 - ÁLVARO TAVARES

Agradece a homenagem recebida.

 

006 - LUIS CARLOS GABRIEL

Agradece a homenagem recebida.

 

007 - ALCIONE BORNER CAMPOS

Assessora da Secretaria de Estado da Assistência e Desenvolvimento Social, neste ato representado a Secretária Maria Helena Guimarães de Castro, agradece a homenagem recebida. Fala das atividades executadas em conjunto com os escoteiros e reitera o desejo da Secretaria em manter a parceria com o movimento.

 

008 - TOSHIO KAWAKAMI

Lê mensagem de congratulações recebida do Governador Geraldo Alckmin.

 

009 - Presidente SIDNEY BERALDO

Relata as iniciativas da Assembléia para despertar nos jovens o exercício da cidadania, como o Parlamento Jovem. Pede o apoio dos escoteiros para esta tarefa. Agradece a todos que colaboraram para o êxito da solenidade. Encerra a sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - SIDNEY BERALDO - PSDB - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

 

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- É dada como lida a Ata da sessão anterior.

 

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O SR. MESTRE-DE-CERIMÔNIAS - HUGO DANIEL ROTSCHILD - Convidamos a Sra. Alcione Borner Campos, assessora da Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social do Governo de São Paulo, representando a Secretária Maria Helena Guimarães de Castro; o Sr. Paulo Salamuni, Presidente da Diretoria Executiva Nacional da União dos Escoteiros do Brasil; o Sr. Toshio Kawakami, Diretor Presidente da União dos Escoteiros do Brasil - Região São Paulo; Coronel PM Ademir Aparecido Ramos, Chefe da Assessoria Militar da Assembléia Legislativa, representando neste ato o Comandante-Geral da Polícia Militar do Estado de São Paulo, Coronel PM Alberto Silveira Rodrigues.

 

O SR. PRESIDENTE - SIDNEY BERALDO - PSDB - Gostaria de cumprimentar a Sra. Alcione Campos, assessora da Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social, neste ato representando a Secretária Maria Helena Guimarães de Castro; o Sr. Paulo Salamuni, Presidente da Diretoria Executiva Nacional da União dos Escoteiros do Brasil; o Sr. Toshio Kawakami, Diretor Presidente da União de Escoteiros do Brasil - Região São Paulo; o Cel. PM Ademir Aparecido Ramos, Chefe da Assessoria Militar da Assembléia Legislativa, representando neste ato o Comandante-Geral, Cel. PM Alberto Rodrigues; a Sra. Cristina Cordeiro, do Programa da Escola da Família, da Secretaria de Estado da Educação, neste ato representando o Secretário Gabriel Chalita; o Sr. Fábio Palácio, Vereador da Câmara Municipal de São Caetano do Sul; a Major do Quadro Feminino de Oficiais da Aeronáutica Maria Teresa da Costa, representando o Major-Brigadeiro-do-Ar Paulo Roberto Cardoso Vilarinho, Comandante do IV Comar; o Sr. Geraldino Ferreira Moreira, Presidente do Conselho de Administração Nacional da União dos Escoteiros do Brasil.

Senhoras e senhores, jovens, escoteiros, esta sessão solene foi convocada por este Presidente com a finalidade de comemorar os 80 anos da União dos Escoteiros do Brasil. Convido todos os presentes para, em pé, ouvirmos o Hino Nacional Brasileiro, executado pela Banda da Polícia Militar do Estado de São Paulo, sob a regência do Subtenente Músico PM Moisés Valério.

 

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-                            É executado o Hino Nacional.

 

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O SR. PRESIDENTE - SIDNEY BERALDO - PSDB - Esta Presidência agradece à Banda do Polícia Militar do São Paulo, na pessoa do Subtenente Músico Moisés Valério.

Autoridades já anunciadas, senhoras e senhores, como Presidente da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, neste ato representando os 94 Deputados que compõem esta Casa e que aprovaram esta sessão solene, quero dizer que nos sentimos muito honrados pelo privilégio de estar presidindo esta Sessão Solene em homenagem à comemoração dos 80 anos dos escoteiros no Brasil.

Quero saudar a todos, dizer da nossa alegria de presidir esta sessão solene e de recebê-los, todos esses voluntários, diretores, coordenadores que são responsáveis por esse extraordinário trabalho desenvolvido ao longo de sua história de 80 anos, pelos escoteiros do Brasil. Quero cumprimentar todos os jovens aqui presentes e enfatizar nossa alegria por ter tido a oportunidade, por iniciativa do Rodrigo Iazzi, que é um sanjoanense, de quem tenho a honra de ser amigo há muito tempo, de trazê-los aqui para que pudéssemos nesses 80 anos estarmos juntos.

Nesses 80 anos, o Brasil mudou muito. E mudou, sem dúvida, para melhor. Acho que ao longo desses 80 anos de história toda a sociedade avançou. Tivemos a revolução industrial, a revolução tecnológica, trazendo, sem dúvida, avanços para toda a sociedade. Hoje a medicina avançou, e avançou em muito. Na área das telecomunicações, hoje nos comunicamos “on line” com o mundo todo. Hoje estamos numa situação melhor do que em 1924 do ponto de vista democrático. Passamos por diversas dificuldades. Hoje o Brasil é um país em que a liberdade de imprensa e a liberdade das instituições são cada vez mais fortes.

Avançamos principalmente na democracia. Nesses últimos anos, ninguém tem dúvida de que avançamos. Hoje temos eleições diretas, desde o Vereador até o Presidente da República. Temos partidos de todas as correntes ideológicas organizadas, uma imprensa livre, as instituições judiciárias e o Ministério Público, todos funcionando. Sem dúvida, do ponto de vista econômico, com relação a esses últimos 80 anos, também avançamos.

Mas temos grandes desafios neste País especialmente. Ainda que com estes instrumentos importantes da democracia e da liberdade, sozinhos não estamos sendo capazes de produzir as mudanças desejadas pela sociedade. Vivemos num país com grandes desigualdades. Verificamos nesta Casa, por onde passam todos os anos os orçamentos públicos, e até com muita tristeza, que os orçamentos da segurança pública, da administração penitenciária, da Febem, em termos percentuais, têm crescido mais que os da área da educação e da área da saúde. Temos problemas seriíssimos de injustiça e de desigualdade social. Há falta de um desenvolvimento inclusive que gere emprego e renda para toda a população. Esses são os grandes desafios com que nos deparamos.

Não obstante todos esses avanços da democracia, das instituições e da tecnologia, às vezes somos capazes de nos comunicar com alguém do outro lado do mundo, mas deixamos de cumprimentar nosso vizinho no elevador. Precisamos, juntos, mudar.

Por isso a importância desta reunião, de, nesta oportunidade, estarmos aqui comemorando os 80 anos do escotismo no Brasil. O grande desafio é construirmos uma sociedade mais humana, mais solidária. Isso só será possível a partir do momento em que todos pudermos juntos exercer o direito da cidadania.

Nesse ponto é que eu gostaria de destacar o trabalho desenvolvido pelo escotismo, pois é centrado exatamente na preocupação de educar para a cidadania, para estar alerta, para fazer o melhor, para servir, esses que são os lemas das diversas fases do escotismo. São esses os lemas que precisamos massificar, fazendo com que cheguem a todos os cantos da nossa sociedade, para que possamos encontrar essa tão sonhada sociedade mais humana e solidária.

Como Prefeito de São João da Boa Vista, tive oportunidade de desenvolver diversos trabalhos com o grupo de escoteiros da minha cidade. Não tinha uma campanha comunitária que desenvolvêssemos que não tivéssemos a presença dos escoteiros. E, até hoje, em todas as nossas movimentações, as iniciativas comunitárias as mais diversas, tivemos sempre a participação dos escoteiros.

É exatamente isso que precisamos difundir para toda a nossa sociedade. Hoje, como deputados, temos que buscar, cada vez mais, uma integração. O governo e os políticos, sozinhos, não conseguem essa mudança, nem resolver todos os problemas. É preciso que trabalhemos de forma integrada, interagindo cada vez mais com a sociedade.

Com esse objetivo é que nos sentimos muito orgulhosos de estar hoje aqui juntos, comemorando esses 80 anos. E, através desta sessão, buscarmos uma interação cada vez maior, para que possamos ter - temos hoje 70 mil e queremos multiplicar isso, quem sabe, por dez - um exército de escoteiros para ajudar a nossa sociedade, para que tenhamos mais justiça. É o que todos desejamos.

Muito obrigado a todos pela presença. Reafirmo aqui o meu orgulho e honra de estar presidindo esta sessão. (Palmas.)

Gostaríamos de anunciar a presença do Sr. José Carlos Arthur, grande Tesoureiro e Presidente de Entidades Paramaçônicas, representando o Grão-Mestre Antônio Carlos Caruso; a Dra. Laurisa Cortellazzi, Vereadora, representando a Câmara Municipal de Piracicaba. (Palmas.)

Esta Presidência concede a palavra ao Sr. Toshio Kawakami, Diretor Presidente da União dos Escoteiros do Brasil - Região São Paulo.

 

O SR. TOSHIO KAWAKAMI - Exmo. Sr. Presidente, Deputado Estadual Sidney Beraldo; Exma. Sra. Dra. Alcione Borner Campos, assessora da Secretaria da Assistência e Desenvolvimento Social, representando a Secretária Maria Helena Guimarães de Castro; nosso companheiro Paulo Salamuni, Presidente da Diretoria Executiva Nacional da União dos Escoteiros do Brasil; Coronel PM Ademir Aparecido Ramos, Chefe da Assessoria Policial Militar da Assembléia Legislativa, representando o Comandante-Geral, Coronel PM Alberto Silveira Rodrigues; excelentíssimos senhores demais convidados, meus caros companheiros lobinhos, escoteiros, escoteiras, seniores, guias, pioneiros, pioneiras, escotistas, dirigentes, pais e amigos do Movimento Escoteiro, muito boa-noite.

Primeiramente gostaria de agradecer ao Presidente da Assembléia, Deputado Sidney Beraldo, que sempre manifestou seu respeito e atenção ao movimento escoteiro. Louvamos a sua iniciativa e interesse de reconhecer o movimento escoteiro, através desta importante sessão solene, dos 80 anos da União dos Escoteiros do Brasil.

Sentimo-nos honrados de sermos homenageados pelo Presidente desta Casa, sobretudo porque sabemos que a sua atuação como representante do povo sempre refletiu os valores de um cidadão que busca a construção de um mundo melhor.

Hoje comemoramos 80 anos da União de Escoteiros do Brasil. Trata-se de uma comemoração especial, pois ao longo desses anos somamos muitos desafios, emoções, recordações e sonhos. São muitos os fatos, histórias e conquistas do Movimento Escoteiro. Tudo isso torna esta sessão solene muito importante, e faz com que todas as homenagens sejam justas e especiais.

Somos hoje o maior movimento de jovens do mundo; estamos presentes em quase todos os países e territórios. Somos um movimento que desde o início do século sempre foi aberto a todos, sem distinção de raça, credo ou classe social. Por isso recebemos inúmeros reconhecimentos por nossa ampla atuação social, pela promoção da paz e pela formação educacional para a cidadania.

Neste último século nossa sociedade passou por grandes transformações. Foram grandes os avanços tecnológicos, muitas conquistas e descobertas, que transformaram positivamente a vida do ser humano. Por outro lado, o homem ainda não conseguiu eliminar questões fundamentais para o desenvolvimento da sociedade: as grandes diferenças sociais, o equilíbrio da relação do homem com o meio ambiente; a relação pacífica entre os povos de diferentes culturas, raças e credos. São estes alguns dos vários desafios que necessitamos superar.

Dentro de todo esse cenário e de todos esses anos de evolução e desafios sociais, o Movimento Escoteiro procurou avançar e se adaptar, para continuar atendendo às necessidades das crianças jovens e adultos, sobretudo continuar contribuindo para a transformação social do nosso mundo.

Infelizmente boa parte da sociedade ainda não conhece o verdadeiro escotismo. Muitas pessoas não conseguem acompanhar os avanços e as contribuições que o nosso movimento proporciona para crianças, jovens, adultos em comunidades onde estamos presentes. Nosso movimento nunca deixou de atender as necessidades das sociedades e de outras instituições.

Em breve, lançaremos um documento que apresentará a verdadeira cidadania ativa que nossos grupos, Escoteiros do Estado de São Paulo, desenvolvem junto à sociedade, tais como: campanhas de educação no trânsito; campanhas contra dengue; campanhas de agasalho; campanhas de controle de zoonoses; combate à fome através de campanhas de alimento; plantio de árvores; ações de educação ambiental; recuperação de patrimônios históricos; aplicação de atividades de lazer e recreação para comunidades carentes; apoio às ações de educadores da Escola da Família; alfabetização de adultos; cursos de guia de ecoturismo; promoção de eventos para a paz; assistência de instituições filantrópicas; e outras.Essas são apenas algumas ações que nossos grupos de escoteiros desenvolvem junto à sociedade. Além disso, semanalmente, desenvolvemos um programa educacional que atende, no Estado de São Paulo, cerca de 15 mil crianças e jovens. Somos uma entidade grande, forte, mas que precisa avançar ainda mais.

A União dos Escoteiros do Brasil deve sua existência ao grande trabalho desenvolvido pelos grupos de escoteiros. Nossa capacidade de mobilização social, nossos recursos e nosso ideal somente resistiram nesses 80 anos porque temos milhares de adultos que acreditam na formação cidadã dos jovens. Nesse sentido, gostaria de registrar a profunda gratidão que a União dos Escoteiros do Brasil tem com relação aos seus associados.

Temos, agora, que encarar novos desafios e conquistas, buscar parcerias com o poder público, seja no Executivo ou no Legislativo, através de convênios, projetos de lei e apoio às iniciativas já em andamento. Temos que firmar parcerias com o setor privado, para que possamos avançar em nossa contribuição social. Para isso, desejamos que a nossa entidade continue com um espírito escoteiro forte, que continuemos ligados pelos princípios de nossa promessa e pela nossa grande fraternidade da família escoteira.

Parabéns a todos nós! Obrigado. (Palmas.)

 

O Sr. Presidente - Sidney Beraldo - PSDB - Com a palavra, o Sr. Paulo Salamuni, Presidente da Diretoria Executiva Nacional da União dos Escoteiros do Brasil, também Vereador dada Câmara Municipal de Curitiba.

 

O SR. PAULO SALAMUNI - Obrigado, Sr. Presidente. Receba minha cordial e fraterna saudação. Nesta Casa do povo do Estado de São Paulo, neste Palácio Nove de Julho, quero saudar - de maneira escoteira, fraterna e com uma gratidão muito grande - V. Exa., Deputado Sidney Beraldo, que pela sua história e pelo que acompanhamos ao longo do tempo, ainda quando Prefeito de São João da Boa Vista, auxiliava extremamente e dedicou um carinho especial à causa escoteira, no seu local de origem como Prefeito.

Quero, também, saudar de forma especial o nosso companheiro Toshio Kawakami, que é Diretor  Presidente da União dos Escoteiros do Brasil, Região de São Paulo. Essa região escoteira possui quase um terço do efetivo escoteiro do Brasil.

De forma muito especial, quero registrar, em público, o trabalho dos membros do Conselho de Administração Nacional; dos representantes da UEB de São Paulo; do Presidente do CAN, Conselho de Administração Nacional da UEB, companheiro Geraldino Ferreira; do companheiro, juiz federal Marco Aurélio Castriani; e do companheiro Ênio. Quero agradecer, em público, o trabalho que eles - a exemplo de tantos outros que passaram pelo CAN, como o companheiro Chavez, que presidiu o CAN - deram e emprestam à União dos Escoteiros do Brasil.

Saúdo, também, os integrantes da Mesa, Dra. Alcione Campos, que representa neste ato S. Exa., a Sra. Secretária Maria Helena de Castro. Quero dizer, Dra. Alcione, que nessas coincidências da vida, também pude exercer, entre os anos de 1986 e 1988, o cargo de Secretário de Desenvolvimento Social do Município de Curitiba. Tínhamos uma Secretaria com 1.200 servidores na área social, naquela época, tanto na questão da habitação alternativa, ação comunitária e trabalho muito grande de creches municipais.

Quero saudar - também de forma muito especial, porque tratam-se de parceiros em todo o Brasil - o Coronel PM Ademir aparecido Ramos, assessor da colenda da Polícia Militar do Estado de São Paulo, representando o seu Comando-Geral. Os escoteiros sempre tiveram o apoio e receberam um apreço muito grande da Polícia Militar, em todo o país. A Polícia Militar é um patrimônio do povo que deve ser preservado porque necessitamos muito do apoio de uma Polícia cidadã.

Faço também uma saudação, de forma especial, a tantos companheiros. É até interessante a palavra companheiro. Para os escoteiros, ela se origina no latim “coom pane?”, aqueles que compartilham o pão ao redor da mesma mesa. Os escoteiros partilham e compartilham o pão, sempre ao redor do fogo, no campo. Eles partilham o pão da solidariedade, partilham o pão do altruísmo, do serviço, do denodo.

Por isso, chamo todos de companheiras e companheiros. Há muitos anos compartilhamos o mesmo pão. Vários chefes escoteiros, com mais tempo de movimento que eu, com muito mais experiência, poderiam perfeitamente estar dirigindo essa instituição. Tenho a honra e o privilégio de nesses 80 anos ser presidente da União dos Escoteiros do Brasil.

Sr. Presidente, companheiros, instituições que prestigiam esses 80 anos da UEB, fui lobinho. No dia 14 de setembro de 2004 completo, da minha promessa de escoteiro, trinta anos de ininterruptas atividades. Sei bem o que é ser monitor. Fui monitor da patrulha Pantera, da patrulha Falcão, da patrulha Tabajara, fui assistente de alcatéia, fui chefe de alcatéia, tenho a insígnia de lobinho, a minha matilha na insígnia madeira de lobos foi a matilha branca. Tenho também a insígnia do ramo sênior, como chefe sênior. Fui dois anos subchefe de grupo e oito anos chefe de grupo ininterruptamente. Minha alegria é que permitiram que eu me licenciasse para dirigir o escotismo do Paraná e, hoje, o escotismo do Brasil. É um grupo com 350 integrantes. Nós passamos e as instituições ficam.

Tive o privilégio de ser Presidente do Conselho Regional, quando ainda existia, e dois anos na nova formatação concebida na Assembléia Nacional de São Vicente; Diretor Presidente durante três anos e oito meses da UEB do Paraná, reeleito Diretor Presidente e depois reeleito Diretor Presidente da UEB do Paraná, membro do CNR, membro do CAN e hoje Presidente da União dos Escoteiros do Brasil. Portanto, conheço bem as três esferas, seja como membro juvenil por quase 10 anos, como escotista de grupo e como dirigente regional e nacional.

Na segunda-feira passada também fomos honrados com uma digna homenagem no Palácio Anchieta, na Casa Legislativa da cidade de São Paulo.

Quero me dirigir a todos os escoteiros do Brasil, lobinhos, guias, seniores, pioneiros, antigos escoteiros, membros do Clube da Flor-de-Lis, chefes escoteiros, dirigentes de grupo, dirigentes de região e todos aqueles entusiastas do movimento escoteiro.

Passei os melhores anos da minha vida como lobinho, escoteiro, chefe escoteiro, membro de cada acampamento, de cada atividade e quero dizer a vocês que vale a pena trilhar o caminho do escotismo, principalmente os jovens, as crianças.

Quero fazer minha uma frase latina que é do Estado de São Paulo pela sua pujança: “non ducor, duco”. São Paulo no Brasil é uma locomotiva que não pode ser conduzida, que conduz. “Non ducor, duco”, para os escoteiros. A palavra escoteiro vem de “scout”, explorador. É aquele que vai à frente, que segue seu próprio caminho, com sua equipe, sua patrulha, sua matilha.

Jovens, vale a pena resistir a tudo aquilo que dilacera a sociedade: a droga, a corrupção, a prostituição infantil. O escoteiro tem personalidade, ele não se deixa levar pela cabeça dos outros. Ele vai pela sua cabeça, pelo seu ideal, pela sua convicção. Por isso o escotismo hoje é mais importante do que nunca, Sr. Presidente, Srs. Deputados.

Foi concebido em 1907 pelo fundador Robert Stephenson Smith Baden-Powell, um lorde, uma espécie de Duque de Caxias para nós. Quando ele voltava de suas campanhas pela África defendendo seu país, encontrava nas ruas de Londres a juventude sem perspectiva, entregue pelos cantos, na época não era a droga, mas o ópio, a bebida alcoólica. Ele dizia para a Coroa “Vou defender a minha pátria, onde o Sol nunca se põe, volto e vejo a juventude de meu país entregue. De que vale tudo isso que faço se a juventude do meu país está sem perspectiva?” Ele recebeu um desafio da Coroa inglesa. Nem ele poderia imaginar que criaria o maior movimento de educação informal de jovens do mundo, que completará no berço do escotismo, Inglaterra - o escotismo paulista certamente estará presente por seus representantes - seu centenário em 2007.

Esse movimento ultrapassou barreiras ideológicas. Foi emocionante, quando caiu a ditadura na Noruega, ver os escoteiros poloneses, russos, com seus velhos uniformes, serem aplaudidos de por resistirem ao arbítrio, à prepotência, porque conseguiram, depois de duas grandes guerras mundiais, depois da queda das barreiras ideológicas, ressuscitar o movimento escoteiro em seus países. A chama que animava aquele ideal nunca havia se apagado. Isso me lembra a frase do pensador Rousseau que diz que o mais forte não o é bastante para dominar sempre, sem que transforme sua força em direito e a obediência que lhe julga devida em obrigação.

E V. Exa., Deputado Sidney Beraldo, falou bem, porque o Movimento Escoteiro é um dos movimentos mais democráticos do mundo. Os monitores são escolhidos pelos seus pares, a Corte de Honra dos Jovens deve sempre ser ouvida nos grupos; os grupos, de acordo com o número de registrados, têm delegados para suas assembléias regionais; as regiões, pelo número de registrados, têm delegados para a assembléia nacional. É tudo democrático.

Há alternância. Não se permite a perpetuação no poder. Os estatutos prevêem um ou dois mandatos. O Conselho de Administração Nacional alterna um terço a cada ano em um mandato de três anos, e nenhuma região pode ter mais do que três representantes.

Quero dizer a V. Exa. que, nesses 80 anos, isso vai se espraiar para os setenta mil escoteiros do Brasil. Embora seja um número grande para uma organização não-governamental, queremos aumentar e aceitamos esse desafio de duplicarmos, triplicarmos o número de escoteiros. Precisamos desse apoio.

Recebi uma boa notícia e quero que São Paulo conduza esse assunto - o Governador Geraldo Alckmin, no seu mandato passado já havia assumido esse compromisso, que foi a criação da União Escoteira Parlamentar do Brasil em Porto Alegre. Queremos fazer a primeira reunião operacional, com representantes parlamentares dos três níveis - municipal, estadual e federal - que foram escoteiros, ou ex-escoteiros, ou que atuem no movimento, ou pais de escoteiros, para criar uma espécie de frente pela juventude do Brasil. Estamos articulando para que a primeira reunião de trabalho da União Escoteira Parlamentar do Brasil seja feita aqui.

Para que as senhoras e senhores tenham uma idéia, para o Jamboree na Coréia, onde surgiu a primeira União Parlamentar, os parlamentares coreanos, independentemente de ideologia ou de partido, deram uma verba de cinco milhões, a fundo perdido. Isso possibilitou a concretização do Jamboree mundial na Coréia. Daí o Deputado coreano Kim Chong-Hoh, que é do movimento escoteiro, ajudou a fundar no Chile, onde estive em 1992, a União Escoteira Parlamentar do Chile, no Senado do Chile, em Valparaíso, com parlamentares escoteiros de todo mundo.

Há algumas questões fundamentais nesse 80 anos de UEB. Temos de respeitar nossa história, porque quem não respeita a história não vive o presente e não tem perspectiva de futuro. O escotismo tem algumas passagens que, por si só, já justificariam toda a sua existência, e eu pude testemunhar algumas.

No Jamboree Colombo, por exemplo, no Rio Grande do Sul, vi em uma grande noite de Fogo de Conselho os escoteiros do Chile e da Argentina dizendo que, mesmo que seus países declarassem guerra pelo controle das Ilhas Malvinas, eles, como escoteiros, jamais se separariam e romperiam a grande fraternidade que une a humanidade. No meio de todos aqueles países latino-americanos, trocaram seus lenços e fizeram um pacto de jamais se desunirem, embora seus governos assim o quisessem. Graças a Deus, essa guerra não aconteceu.

Há também uma cena contada em uma Conferência Mundial sobre a guerra da Inglaterra com a Argentina nas Ilhas Malvinas. Nas praias argentinas, no momento de um embate pessoal, quando um soldado inglês veio com a baioneta para cravar no seu adversário, ao olhar, viu, no uniforme do soldado argentino, o símbolo do Bureau Mundial do Movimento Escoteiro. Nesse instante, cravou a baioneta do lado e chamou-o para si, salvando a sua vida. Hoje são grandes amigos. Esse episódio está registrado no Bureau Mundial do Movimento Escoteiro.

No Chile, testemunhei escoteiros árabes jantando na mesma mesa com escoteiros de Israel, dizendo que a sandice da guerra é coisa dos adultos e não está no coração dos jovens. Tudo isso vale a pena.

Quero concluir dizendo que, quando chefe de grupo, tive um lobinho da Alcatéia 3, um menino de oito anos, que, ao sair de uma escola, sofreu um atropelamento muito grave e ficou bastante próximo da morte. Depois de quase um mês internado no hospital, o seu médico disse o seguinte: “Você só se salvou porque agiu como tinha que agir. Não se apavorou, falou o nome de seus pais, ficou na posição que deveria ficar. Isso não é próprio de um menino da sua idade, porque eles entram em pânico.” Se não fosse por nada, esse movimento, uma vida dessa, uma atitude dessa já valeria todo nosso trabalho no sábado.

Senhor Presidente, no Paraná, todos esses chefes voluntários dirigentes que estão aqui, quando chegam em um lugar, falam que são duas horinhas por sábado. As duas horinhas quase viram 24 horas por dia e, se der tempo, cuidamos da família, da escola e do trabalho. Mas é o ideal que temos.

No Paraná, se só essas duas horinhas - segundo meus cálculos quando Presidente - por sábado fossem computadas, os adultos, chefes dos escoteiros, estariam doando, em serviços voluntários para a comunidade do Paraná, 400 mil dólares por ano em tempo de trabalho.

Quero dizer aos senhores da minha gratidão à Assembléia de São Paulo, por estarmos comemorando os 80 anos da UEB, deu-se em 24 a União dos Escoteiros do Brasil. É preciso crescer. Quero cumprimentar os que vão receber as medalhas, porque todos têm um motivo especial, pelo qual estão sendo homenageados nesta noite.

Por tudo isso que falei, encerro, lembrando uma passagem que falei na Câmara de São Paulo, da famosa atriz americana Rita Hayworth, que ao visitar um campo de flagelados e feridos da II Grande Guerra Mundial disse, ao ver uma enfermeira limpando as chagas de um ferido: "Eu não faria isso por dinheiro nenhum do mundo." E aquela enfermeira respondeu, de pronto: “Eu também não faria por dinheiro nenhum no mundo. Estou aqui voluntariamente." Todas essas pessoas são um extrato de um grande exército de voluntários que quer uma sociedade mais justa, mais solidária e mais fraterna.

Obrigado ao povo de São Paulo. Obrigado aos escoteiros de São Paulo. Quero dizer que vamos levar daqui esse exemplo, Sr. Deputado, para todo o Brasil.

Vamos fazer uma saudação e concluir assim: Uma vez escoteiros.

 

TODOS - Sempre escoteiros.

 

O SR. PAULO SALAMUNI - Um por todos.

 

TODOS - Todos por um.

 

O SR. PAULO SALAMUNI - O nosso lema.

 

TODOS - Sempre alerta.

 

O SR. PAULO SALAMUNI - Sempre alerta. Muito obrigado, e que Deus nos abençoe. (Palmas.)

 

O SR. MESTRE-DE-CERIMÔNIAS - HUGO DANIEL ROTSCHILD - Teremos, a partir de agora, a entrega das homenagens referidas pelo Sr. Paulo Salamuni. Nesta noite, a União dos Escoteiros do Brasil - Região São Paulo, reconhecerá duas pessoas com a importante medalha Velho Lobo, apenas concedida a voluntários que contribuem com o escotismo e com a formação de crianças e jovens há mais de 50 anos. Convidamos o Sr. Toshio Kawakami para entregar a medalha de Velho Lobo aos Srs. Álvaro Tavares e Walter Schlithler, dois exemplos de dedicação que honram o movimento escoteiro. (Palmas.)

 

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-                            É feita a entrega das medalhas.

 

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O SR. ÁLVARO TAVARES - Nobre Deputado Sidney Beraldo, digníssimo Presidente desta Casa, na pessoa de quem cumprimento os demais membros da Mesa, caros convidados, meus queridos e irmãos escoteiros, vocês talvez não acreditem, mas hoje é uma noite de emoção. E quero dividir esta noite de emoção com outra pessoa. Uma pessoa que quase todas as noites espera o tão aguardado ranger da fechadura da porta quando eu chego em casa. Essa é minha companheira de todos os dias, de todos os instantes, que se encontra lá em cima. Peço que ela se levante. (Palmas.) Metade desta medalha é sua, Preta.

Hoje estou emocionado porque recebi esta medalha. Poderão dizer: “Grande coisa, quem já tem tapir de prata...” Nessa emoção volto no tempo, há 80 anos atrás, para lembrar um garoto numa aldeia de Portugal.

Um garoto que não teve infância, que aos 12 anos veio para o Brasil. Também não teve adolescência. A adolescência dele foi trabalho. Pelo caminho vieram três filhos, nove netos e bisnetos. Vim para um país onde consegui tudo isso. Estou em São Paulo há 50 anos. E nesta terra foi onde mais vivi. Aos 50 anos fui para a faculdade, em São Paulo.

Trato todos os escoteiros como meus irmãos, porque a lei nos diz que o escoteiro é amigo de todos e irmão dos demais escoteiros.

Quero dizer também que em São Paulo consegui tudo isso. São Paulo me deu trabalho. Foi em São Paulo que fiz alguma coisa útil, e me orgulho por isso, e transmito à minha companheira. Trabalhei e fiz alguma coisa por merecer.

Meus irmãos, faço um apelo a vocês: haja o que houver, governe quem governar, esta terra, São Paulo, lhes dá tudo. Dá a maior floresta, uma terra produtiva, árvores com sombra, um céu com o Cruzeiro do Sul. Meus irmãos, amem esta terra, Brasil. (Palmas.)

 

O SR. MESTRE-DE-CERIMÔNIAS - HUGO DANIEL ROTSCHILD - A União dos Escoteiros do Brasil - Região São Paulo, tem a honra de condecorar com a medalha de bons serviços Ouro, um escotista que há muitos anos mantém seu ideal e seu coração aceso pelo desenvolvimento e reconhecimento do movimento escoteiro. Chamamos o Sr. Paulo Salamuni para entregar a medalha de Grau Ouro de bons serviços para o escotista, Sr. Luis Carlos Gabriel.

 

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-                            É feita a entrega da medalha.

 

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O SR. LUIS CARLOS GABRIEL - Boa parte dos que estão presentes me conhecem. Estou enrolado. Nesses 54 anos de escotismo é a primeira vez que engasgo. Fui traído pelos meus companheiros, mas uma traição muito gostosa. Ainda bem que o meu coração está bom. Estou com vontade de chorar e vou chorar. São 54 anos no movimento.

Sou briguento, intransigente. São adjetivos que me deixam muito feliz, porque uma coisa que não admito é traição ao escotismo. Devemos lealdade àquilo que Baden Powell nos legou, não temos direito de mexer no escotismo.

Estou aqui hoje, com 64 anos de idade, pagando uma dívida. Escotismo foi muito importante na minha vida. Não vou fazer aquelas declarações idiotas: Oh, me salvou. Oh, sou um homem bom, fui salvo. Nada disso. Fui órfão, perdi o meu pai muito cedo, e não fosse o apoio do escotismo, não sei o que teria acontecido comigo.

Devo a esse movimento, que é um movimento de reconhecimento internacional, como o único método pedagógico, como disse o presidente Salamuni, enfrentou duas guerras, e as guerras modificam, a ponto de fazer japonês tomar coca-cola, lá no Japão. E o método do escoteiro continua intacto. É, deu certo, o método escoteiro deu certo, porque aquele monte de carinhas que estão lá, são nossos irmãozinhos.

Não estamos fazendo favor nenhum em sermos adultos no movimento de escoteiros. Não é favor nenhum ser dirigente de escoteiro. É uma oportunidade que Deus nos deu de fazer alguma coisa por alguém, especialmente num período tão difícil como estamos vivendo nessa cidade, nesse estado, nesse país, nesse mundo.

Estou emocionado. Fazia muito tempo que eu não chorava. Não sei se mereço essa medalha. Mas, se meus companheiros acharam que mereço, não tenham dúvidas de que vou usá-la com muito orgulho. Muito obrigado. (Palmas.)

 

O SR. MESTRE-DE-CERIMÔNIAS - HUGO DANIEL ROTSCHILD - A União dos Escoteiros do Brasil tem a honra de condecorar os grupos de escoteiros que há mais de 50 anos desenvolvem o escotismo para a formação de crianças e jovens. Temos orgulho e respeito por suas conquistas e histórias, que ao longo desses 50 anos retrataram um escotismo de sucesso.

Chamamos para receber a Medalha “Tiradentes”, os representantes dos Grupos Escoteiros Ubirajara, São Francisco de Assis, Almirante Barroso, Padre Anchieta, Morvan e Aimorés. Por gentileza, queiram comparecer à mesa da plenária aqui em cima. (Palmas.)

Convidamos o Sr. Toshio Kawakami para que faça a entrega, juntamente com o Sr. Paulo Salamuni. (Pausa.)

 

O SR. TOSHIO KAWAKAMI - O certificado diz o seguinte: “A União dos Escoteiros do Brasil, atendendo aos relevantes serviços prestados aos grupos escoteiros mencionados, de acordo com a decisão do Conselho de Administração Nacional. 17 de maio de 2004. ” Assina este Diretor Presidente.

Lembrando que estas medalhas, os certificados e os barretes são dos grupos escoteiros, por mais de meio século de serviço às suas comunidades, a São Paulo e ao Brasil.

Aos grupos escoteiros: 1, 2, 3. (Palmas.)

 

O SR. MESTRE-DE-CERIMÔNIAS - HUGO DANIEL ROTSCHILD - A Direção Estadual da União dos Escoteiros do Brasil homenageia a Polícia Militar do Estado de São Paulo em reconhecimento a sua verdadeira cidadania ativa junto a nossa sociedade.

Chamamos o Sr. Geraldino Ferreira Moreira, Presidente do Conselho da Administração Nacional para entregar a Medalha de Gratidão Ouro, e o Sr. Toshio Kawakami para entregar o Certificado de Reconhecimento ao Sr. Coronel PM Ademir Aparecido Ramos, Chefe da Assessoria Militar da Assembléia Legislativa de São Paulo, que receberá em nome do Comandante-Geral da Polícia Militar, Coronel PM Alberto Silveira Rodrigues. (Palmas.)

 

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- É feita a homenagem.

 

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O Programa Escola da Família, implementado em todas as escolas do Estado de São Paulo, vem contribuindo para a valorização e desenvolvimento de ensino público às comunidades. É por estas e por outras iniciativas de trabalho que a direção estadual reconhece a sua atuação social.

Chamamos o Sr. Paulo Salamuni para entregar a medalha de Gratidão Ouro, e o Sr. Toshio Kawakami para entregar o Certificado de Reconhecimento à Sra. Cristina Cordeiro, Coordenadora Executiva do Programa Escola da Família da Secretaria Estadual da Educação, que receberá em nome do Secretário de Estado da Educação, Gabriel Chalita. (Palmas.)

 

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- É feita a homenagem.

 

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Chamamos novamente o Sr. Paulo Salamuni para entregar a medalha de Gratidão Ouro, e o Sr. Toshio Kawakami para entregar o Certificado de Reconhecimento à representante da Secretária Maria Helena de Castro, Sra. Alcione Borner Campos, Assessora da Secretaria de Estado da Assistência e Desenvolvimento Social. (Palmas.)

 

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- É feita a homenagem.

 

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A SRA. ALCIONE BORNER CAMPO - Dr. Sidney Beraldo, nosso Presidente da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, em nome de quem cumprimento todos da Mesa; Dr. Paulo Salamuni, em nome de quem cumprimento todos os dirigentes do Movimento Escoteiro e os escoteiros presentes.

Faço questão de dirigir algumas palavras a vocês em nome da nossa Secretária do Bem-Estar Social, Dra. Maria Helena. Infelizmente ela não pôde estar entre nós por problemas familiares de última hora, mas em seu nome quero agradecer o convite.

Sinto-me muito honrada porque tenho muitos amigos entre o Movimento Escoteiro, em especial, o Sr. Toshio, dirigente do Estado de São Paulo, dentre outros companheiros, com os quais vimos - nós, Estado de São Paulo, Secretaria da Assistência ao Desenvolvimento Social - desenvolvendo um trabalho bastante significativo num espaço que denominamos Fontes do Ipiranga.

O que era uma antiga unidade da Febem transformamos num Centro de Esporte, Cultura, Lazer e Cidadania, onde vocês, do Movimento Escoteiro, estão fazendo um trabalho significativo com jovens envolvidos seja com problemas com a lei - então egressos da Febem em regime de liberdade assistida, seja com vítimas de problemas com drogas, seja com dificuldades de vivência com suas famílias. Refiro-me ao projeto denominado Cidadania Ativa.

Tenho aprendido bastante com este trabalho e quero agradecer não só pela medalha recebida, em nome da nossa Secretária Maria Helena, mas também pelo companheirismo, pela parceria. Sem dúvida, o Governador Geraldo Alckmin, que é o nosso Presidente de Honra aqui em São Paulo, também estaria agradecendo a vocês se aqui estivesse, porque reconhecemos a importância desse movimento, um movimento que, sobretudo, adota a pedagogia de, primeiro, aprender a aprender, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser homem, a ser digno, a ser cidadão, a ser importante na sua comunidade e na transmissão de valores, sobretudo, na preservação daquilo que temos de mais elevado, que são os valores para a vida, a vida honesta, a vida de cidadão, a vida daquele que pensa no seu próximo e age em função do seu próximo.

Assim, muito obrigada, em nome da Secretária Maria Helena, por tudo isto, por esta medalha, por esta honra, e pela parceria que queremos manter durante muito tempo. Muito obrigada. (Palmas).

 

O SR. MESTRE-DE-CERIMÔNIAS - HUGO DANIEL ROTSCHILD - Pelos relevantes serviços prestados e pelo apoio dispensado para o desenvolvimento do movimento escoteiro no Estado de São Paulo, chamamos novamente o Sr. Paulo Salamuni, para entregar a Medalha de Gratidão Ouro, e o Sr. Toshio Kawakami, para entregar o Certificado de Reconhecimento, para o Deputado Estadual Sidney Beraldo, Presidente da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo. (Palmas).

 

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-                            É feita a entrega da Medalha de Gratidão Ouro e do Certificado de Reconhecimento para o Deputado Estadual Sidney Beraldo, Presidente da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo.

 

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O SR. MESTRE-DE-CERIMÔNIAS - HUGO DANIEL ROTSCHILD - Passamos a palavra ao Sr. Toshio Kawakami.

 

O SR. TOSHIO KAWAKAMI - Senhoras e senhores, passo a ler a mensagem do Gabinete do Governador do Estado de São Paulo, que acabo de receber:

“Ao Sr. Toshio Kawakami, Diretor-Presidente da União dos Escoteiros do Brasil - Região São Paulo

Prezado Senhor,

O Governador Geraldo Alckmin agradece o convite para a Sessão Solene de comemoração dos 80 Anos da União de Escoteiros do Brasil, que será realizada no próximo dia 17 de maio de 2004, na Assembléia Legislativa de São Paulo. Compromissos agendados anteriormente, no entanto, o impedirão de participar do evento.

Aproveitamos para, em nome do Governador, enviar-lhes os seus cumprimentos, extensivo às lideranças dos 275 grupos de escoteiros do nosso Estado, pelos 80 anos de presença do espírito escoteiro na formação educacional, social e cívica das nossas crianças e jovens.

Expressamos votos de pleno êxito à merecida homenagem que lhes será prestada na ocasião.

Cordialmente,

Fernando Lessa, Secretário Particular do Governo”

Muito obrigado. (Palmas).

 

O SR. PRESIDENTE - SIDNEY BERALDO - PSDB - Em nome da Assembléia Legislativa de São Paulo e dos Srs. Deputados, queremos agradecer a presença de todos e cumprimentar todos os homenageados nesta importante Sessão Solene, que homenageia os 80 anos dos escoteiros no Brasil.

Paulo, queremos assumir aqui o compromisso de dar início, já a partir de amanhã, à criação da Frente Parlamentar da Assembléia Legislativa de São Paulo em defesa dos escoteiros. Quero ser o primeiro a assinar essa Frente. (Palmas).

Queremos dizer que já demos início, através do Dr. Auro, que é o nosso Secretário Geral Parlamentar, à assinatura de um protocolo de intenções, entre a Assembléia e a Região São Paulo, da União dos Escoteiros do Brasil, com o objetivo de ampliar a divulgação e de aumentar a participação dos jovens de todo o Estado nas edições do Parlamento Jovem, que foi criado por esta Casa como uma forma de estimular a participação dos jovens na política junto com a Secretaria da Educação.

Cada escola do Estado de São Paulo promove uma eleição e cada candidato defende um tema, um projeto. São eleitos 94 jovens parlamentares que passam o dia todo na Assembléia Legislativa, conhecendo todo o seu processo, o mecanismo de votação. Aqui, eles elegem a sua Mesa Diretora, elegem o Presidente, tomando assim conhecimento do funcionamento do nosso Parlamento.

Queremos uma parceria com os escoteiros para que possamos ampliar cada vez mais a participação dos jovens nesse movimento. São duas ações importantes como uma contribuição da Assembléia de São Paulo para a ampliação e o fortalecimento desse trabalho desenvolvido pelos escoteiros no Brasil, especialmente aqui em São Paulo.

Esgotado o objeto da presente sessão, antes de encerrá-la, esta Presidência agradece às autoridades, aos funcionários desta Casa e àqueles que com suas presenças colaboraram para o êxito da nossa solenidade. Está encerrada a presente sessão. Muito obrigado a todos e uma boa noite! (Palmas).

 

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- Encerra-se a sessão às 21 horas e 55 minutos.

 

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