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15 DE ABRIL DE 2011

023ª SESSÃO ORDINÁRIA

 

Presidentes: JOÃO CARAMEZ e LUIZ CLÁUDIO MARCOLINO

 

Secretário: JOOJI HATO

 

RESUMO

PEQUENO EXPEDIENTE

001 - JOÃO CARAMEZ

Assume a Presidência e abre a sessão.

 

002 - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO

Comenta a realização, nesta semana, das audiências públicas referentes à reorganização da Região Metropolitana de São Paulo, ao Plano Nacional de Educação e à construção do Rodoanel Trecho Norte. Lamenta a ausência de representantes da Dersa e do Governo de São Paulo neste último evento. Critica o atual traçado do trecho Norte do Rodoanel, por conta do risco de desapropriação de moradores da região e dos danos ambientais.

 

003 - JOOJI HATO

Manifesta apoio ao Deputado João Caramez em seu posicionamento contrário à construção do trem-bala pelo Governo Federal. Defende a importância do transporte ferroviário, tal como utilizado em países de maior desenvolvimento econômico. Considera que os gastos na manutenção das estradas são excessivos. Alerta sobre os possíveis riscos das usinas nucleares.

 

004 - OLÍMPIO GOMES

Relata sua participação na cerimônia fúnebre do soldado Militão, da Polícia Militar, assassinado em serviço. Lamenta a ausência do Governador e do Secretário da Segurança Pública no enterro.

 

005 - Presidente JOÃO CARAMEZ

Convoca sessão solene, requerida pelo Deputado Simão Pedro, em homenagem ao "Dia do Islamismo" a ser realizada no dia 13/05, às 20 horas.

 

006 - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO

Assume a Presidência.

 

007 - JOÃO CARAMEZ

Lamenta o falecimento do soldado da Polícia Militar, Militão. Rebate as críticas do Deputado Luiz Cláudio Marcolino sobre a ausência da Dersa e do Governo Estadual em audiência pública referente ao traçado Norte do Rodoanel. Afirma que a não-participação do Governo deve-se à falta de dados concretos sobre a obra. Defende a postura governista a respeito do Metrô.

 

008 - OLÍMPIO GOMES

Informa sua participação na audiência pública ocorrida ontem a respeito do traçado Norte do Rodoanel. Lamenta a ausência do Governo Estadual e da Dersa no evento mencionado. Critica ainda a falta dos parlamentares das bancadas governistas na audiência pública referente ao Plano Nacional da Educação, estando nesta ocasião presente o Ministro da Educação, Fernando Haddad.

 

009 - JOÃO CARAMEZ

Assume a Presidência.

 

010 - ADRIANO DIOGO

Apresenta e comenta vídeo a respeito do Deputado desaparecido Rubens Paiva. Defende a abertura dos arquivos do período da Ditadura Militar no Brasil.

 

011 - DONISETE BRAGA

Parabeniza o Deputado João Caramez por sua atuação como parlamentar. Esclarece que uma audiência pública existe para debater e sugerir temas, de forma que a ausência do Governo Estadual nas audiências públicas referentes ao Rodoanel traçado Norte e ao Plano Nacional de Educação não é justificável. Lamenta a ausência da base governista na audiência pública referente à reorganização da Região Metropolitana de São Paulo. Defende maior integração entre os parlamentares.

 

012 - Presidente JOÃO CARAMEZ

Agradece às palavras do Deputado Donisete Braga e menciona a ocorrência, nesta semana, de reunião da Frente Parlamentar da Mineração.

 

013 - ADRIANO DIOGO

Para comunicação, solicita ser convidado para as próximas reuniões da Frente Parlamentar da Mineração.

 

014 - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO

Tece críticas ao traçado da obra Rodoanel. Informa sua presença nas favelas do Flamingo e do Jardim Peri, nas quais os moradores temem ser desalojados por conta da rodovia. Cita demais bairros vitimados pelo mesmo problema. Lamenta não ter sido possível encerrar a audiência pública com uma resposta da Dersa e do Governo Estadual sobre os riscos de desalojamento. Considera ineficiente o Projeto Nova Luz, proposto pela Prefeitura de São Paulo.

 

015 - ADRIANO DIOGO

Pelo art. 82, apresenta documentário em homenagem ao ex-Deputado Federal desaparecido, Rubens Paiva. Cobra que a verdadeira história de Rubens Paiva seja, um dia, contada.

 

016 - DONISETE BRAGA

Pelo art. 82, presta contas do seminário realizado em 5 de abril, sobre o enfrentamento ao "crack" e outras drogas. Classifica este como um dos melhores debates já realizados neste Parlamento. Relata a situação do "crack" na Capital. Defende a participação de todos os entes federativos no combate à droga. Descreve sugestões contidas em documento elaborado no dia do evento, para o enfrentamento do problema.

 

017 - DONISETE BRAGA

Requer o levantamento da sessão, com assentimento das lideranças.

 

018 - Presidente JOÃO CARAMEZ

Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária de 18/04, à hora regimental, sem ordem do dia. Lembra-os da realização de sessão solene dia 18/04, às 10 horas, com a finalidade de "Homenagear os 60 anos de lutas e conquistas do Sindicato dos Empregados de Clubes Esportivos e em Federações, Confederações e Academias Esportivas no Estado de São Paulo". Levanta a sessão.

 

* * *

 

- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. João Caramez.

 

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O SR. PRESIDENTE - JOÃO CARAMEZ - PSDB - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Com base nos termos da XIII Consolidação do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.

Convido o Sr. Deputado Jooji Hato para, como 1º Secretário “ad hoc”, proceder à leitura da matéria do Expediente.

 

O SR. 1º SECRETÁRIO - JOOJI HATO - PMDB - Procede à leitura da matéria do Expediente, publicada separadamente da sessão.

 

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- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - JOÃO CARAMEZ - PSDB - Srs. Deputados, Sras. Deputadas, tem a palavra o primeiro orador inscrito, nobre Deputado Rui Falcão. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Pedro Tobias. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlão Pignatari. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Enio Tatto. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Rafael Silva. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Adriano Diogo. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Geraldo Vinholi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Olímpio Gomes. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Orlando José Bolçone. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Cauê Macris. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Rogério Nogueira. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Reinaldo Alguz. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Antonio Salim Curiati. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Vitor Sapienza. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Edson Ferrarini. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Mauro Bragato. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Luiz Claudio Marcolino.

 

O SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, funcionários da Assembleia Legislativa, telespectadores da TV Assembleia, esta foi uma semana proveitosa. Tivemos três audiências públicas importantes, para começarmos a fazer uma reflexão mais efetiva com a população do Estado de São Paulo.

Na terça-feira discutimos sobre a criação da região metropolitana de São Paulo; na quarta-feira a audiência pública versou sobre o Plano Nacional de Educação, e ontem discutimos sobre a alteração do traçado do trecho Norte do Rodoanel.

Na audiência pública da criação da região metropolitana tivemos a presença do Secretário Edson, e na quarta-feira tivemos a presença do Ministro da Educação, Haddad.

É muito estranho que ontem, na discussão de um tema tão relevante como o traçado do Rodoanel - que vai abranger várias cidades do Estado de São Paulo, principalmente a região em que será criada a Região Metropolitana de São Paulo -, a ausência de representantes da Dersa e do Governo do Estado para falar com a população de vários bairros da zona oeste, da zona norte, de Guarulhos e de Arujá.

Nesta semana, contamos nesta Casa com a presença do Secretário Edson e do Ministro Haddad. No entanto, a população que esteve presente ontem na Assembleia Legislativa sentiu um desprezo do Governo do Estado por não participar do debate do Rodoanel. Estiveram aqui moradores de vários bairros de São Paulo: Jardim Corisco, Favela do Flamingo, Jardim Peri, Horto Florestal, Linha Verde, Fontallis e Cabuçu.

O traçado do Rodoanel que o Governo do Estado apresenta acarretará três grandes impactos. O primeiro impacto é na estrutura das cidades. Até então, estava definido que o traçado do Rodoanel seria feito apenas ligando as rodovias. Agora, o novo traçado vai cortar a Av. Raimundo Pereira de Magalhães e a Av. Inajar de Souza. Tanto a Prefeitura como o Governo do Estado não apresentam quantas famílias efetivamente serão desapropriadas com esse novo traçado.

Numa audiência tão importante como a de ontem - tão importante quanto a que está discutindo a criação da Região Metropolitana de São Paulo, tão importante quanto o debate do Plano Estadual de Educação -, não houve a representação da Dersa, do Governo do Estado e nem da Secretaria de Habitação do Estado para explicar quantas pessoas serão desapropriadas com esse novo traçado do Rodoanel.

Outro impacto importante é o ambiental, que vai interferir na biosfera. O outro é em relação às moradias. Na Favela do Flamingo, atrás do Horto Florestal, a Prefeitura começou a desapropriar uma parcela das famílias que ali residem. Procuramos a Sabesp, que disse não ser responsável pela desapropriação. Procuramos a Subprefeitura, que também disse não ser responsável. Procuramos a CDHU, que disse não ser responsável. Quem será que está desapropriando a Favela do Flamingo? Nem o poder público é responsável, mas está usando o debate do traçado do Rodoanel, que vai passar diretamente naquela região, com a perspectiva de tirar aquelas famílias do local.

Portanto, Sr. Presidente, quando da realização de audiências públicas como a de ontem, requerida pelo PSOL, PT e PCdoB, com a presença também do Deputado Olímpio Gomes, é inadmissível a ausência do poder público. A audiência pública na Assembleia Legislativa cria o vínculo efetivo entre o Poder Legislativo e a população. O Governo do Estado de São Paulo não pode se ausentar em debates importantes como o de ontem. Muito obrigado.

 

O Sr. Presidente - João Caramez - PSDB - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, tem a palavra o nobre Deputado João Paulo Rillo. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Rodrigo Moraes. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Edinho Silva. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Welson Gasparini. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Isac Reis. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Marcos Neves. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado José Zico Prado. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Dilmo dos Santos. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Marcos Martins. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Giannazi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Vinícius Camarinha. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Milton Leite Filho. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Analice Fernandes. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Jooji Hato.

 

O SR. JOOJI HATO - PMDB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente desta sessão, Deputado João Caramez, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, telespectadores da TV Assembleia, ontem, ouvindo a vossa fala, Sr. Presidente, quando discorreu sobre trem-bala, concordei plenamente. Temos de priorizar o que é mais importante para o País. O trem-bala é importante, claro. Lembro-me quando, em 1983, recebi uma delegação da Kawasaki Steel do Japão. Eles queriam implantar o trem-bala entre Rio e São Paulo, entregando, após 20 anos de exploração, essa ferrovia ao nosso país. No entanto, por causa de muitas dificuldades, talvez dos transportadores - tanto aeroviários como rodoviários -, e acabamos não prosseguindo com esse intento.

Acredito que o mais importante seja o transporte ferroviário. Em qualquer parte da Europa você não vê esse trânsito intenso, com caminhões enfileirados, como na Avenida do Estado, na Avenida Bandeirantes, nas marginais de São Paulo, poluindo lentamente o ar e causando doenças graves como leucemia e outras. Nos países mais desenvolvidos, não vemos a frase “Se o caminhão parar, o País para.” Vejo que o transporte ferroviário é o mais econômico, rápido e o que menos causa acidentes, diferentemente do transporte rodoviário. Poderíamos diminuir muito o preço do nosso prato, do arroz e feijão. A alimentação básica da população poderia ter um preço bem abaixo. Mas no transporte rodoviário isso vai encarecendo, inclusive a exportação. Temos uma rede ferroviária de aproximadamente 28,5 mil km no nosso país. E somente 20% de todo o transporte é realizado pelas ferrovias.

Isso ocorre porque há empresas que terceirizam, colocando o seu produto para embarcar, por exemplo, no Porto de Santos. O nosso transporte é exclusivamente rodoviário. Quantas pessoas não são mutiladas nesses caminhões que provocam acidentes? A manutenção das rodovias tem um custo muito elevado, ao contrário das ferrovias. Estaríamos economizando muito em recursos se utilizássemos mais ferrovias, e essa economia poderia ser aplicada na Segurança, por exemplo, repassando às nossas Polícias, Civil e Militar. Ou, pagando melhor os professores, os médicos e outros profissionais que elevam sempre a qualidade de vida. Acredito que tenhamos que fazer uma reflexão. Temos que fazer um apelo a Presidente Dilma Rousseff, a Bancada do PT, a todos os Srs. Deputados, para dizer para priorizar a ferrovia, o metrô, os transportes coletivos.

Para finalizar, Sr. Presidente, o que aconteceu em Fukushima, no Japão, tem que servir de lição. E o que aconteceu em Chernobyl, ceifando a vida de 80 mil pessoas, devido ao vazamento da usina nuclear causando desgraça e miséria, isso tem que servir de lição, é uma aprendizagem. E Fukushima não vai ser diferente.

Mais uma vez desta tribuna, que é o parlamento mais poderoso do país, eu gostaria de fazer um apelo a Presidente Dilma Rousseff para dizer “Não à Angra”, não vamos fazer as cinco usinas atômicas previstas. Temos que riscar isso do mapa e fazermos usinas hidrelétricas, fontes eólicas. Temos condições de energia no Ceará, na Ilhabela, região de ventos, e temos outros recursos termelétricos e não precisamos usar usinas atômicas. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - JOÃO CARAMEZ - PSDB - Tem a palavra o nobre Deputado Celso Giglio. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Luiz Moura. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Bezerra Júnior. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Regina Gonçalves. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Gerson Bittencourt. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Cezar da Silva. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado José Bittencourt. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Alex Manente. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Luis Carlos Gondim. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Donisete Braga. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Roque Barbiere. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Hamilton Pereira. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Grana. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Fernando Capez. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Rui Falcão. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Itamar Borges. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Olímpio Gomes.

 

O SR. OLÍMPIO GOMES - PDT - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, telespectadores da TV Assembleia, público presente nas galerias do plenário, funcionários, hoje pela manhã, participei da cerimônia fúnebre do soldado Militão, do 46º batalhão da Polícia Militar, que foi covardemente executado por facínoras armados de fuzis, quando preservava um local de crime na altura do nº 1100, da Avenida do Cursino, na Zona Sul da Capital. O soldado Pereira, seu parceiro de guarnição, tomou um tiro de fuzil de raspão no braço esquerdo, mas graças a Deus está fora de perigo.

Dor, lamento e tristeza. Mulher, filhos, a Corporação chorando, centenas e centenas de policiais do batalhão do soldado Militão dando seu último adeus a um guerreiro defensor da sociedade. E não querendo partidarizar, eu gostaria de lamentar profundamente a atitude do Governador de São Paulo Geraldo Alckmin e a do Secretário da Segurança.

Nobre Deputado Luiz Claudio Marcolino, Deputado João Caramez, quero partidarizar a situação. Ao mesmo tempo em que estava sendo enterrado, com honras de herói do Estado de São Paulo, um herói brasileiro humilde, de 35 anos de idade, morto com um tiro de fuzil no abdômen - o seu colete entrou pelas vísceras e o disparo saiu pelas costas -, na mesma hora estava programada a entrega de viaturas Hilux, que a Rota passa a utilizar à partir de hoje.

Então, como estava tudo combinado com a área de comunicação, como jornais, televisões, de acompanhar a inovação, depois de 40 anos a Polícia deixar de operar com viaturas Chevrolet e passar a operar com viaturas Hilux, o Governador fez uma opção. O enterro do seu soldado, porque ele é o Comandante e Chefe da Polícia Militar do Estado de São Paulo, ou o oba-oba com a mídia e a entrega de viaturas.

Eu tinha a certeza absoluta que encontraria o Governador Alckmin hoje prestando homenagens ao seu miliciano herói. Mas nem ele, nem o secretário da Segurança estavam lá. Estava lá o Comandante da Polícia Militar, o comandante do policiamento da Capital.

Devo dizer da minha tristeza porque possivelmente veremos a propaganda paga do governo nos próximos dias, com as viaturas rodando no pátio do Tobias de Aguiar, depois saindo pela Av. Tiradentes, com o Governador com o sorriso largo. Mas, no momento em que o Comandante Chefe da Força Policial do Estado deveria estar lá, a opção dele foi: “Deixa para lá. Já morreu mesmo. É só um a menos. Amanhã tem alguém na escala no seu lugar”. Isso é triste.

Deputado Luiz Claudio Marcolino, eu fiquei, em uma determinada época, 40 dias na Polícia de Nova Iorque. É muito raro morrer um policial lá, mas, quando isso ocorre, é luto no Estado. Toda a comunidade, todas as autoridades públicas vão às ruas para prestar homenagem àquele que morreu, que deu a vida em defesa da sociedade. Que coisa mais triste e lamentável a atitude do Governador de São Paulo.

 

O SR. PRESIDENTE - JOÃO CARAMEZ - PSDB - Sras. Deputadas e Srs. Deputados, esta Presidência, atendendo solicitação do nobre Deputado Simão Pedro, convoca V. Exas., nos termos do Art. 18, inciso I, letra “r”, da XIII Consolidação do Regimento interno, para uma Sessão Solene a realizar-se no dia 13 de maio de 2011, às 20 horas, com a finalidade de comemorar o Dia do Islamismo.

Tem a palavra o nobre Deputado Enio Tatto. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Donisete Braga. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Adriano Diogo. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Marcos Martins. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado João Antonio. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Edson Ferrarini. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Rogério Nogueira. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Jooji Hato. (Pausa.)

 

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- Assume a Presidência o Sr. Luiz Claudio Marcolino.

 

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O SR. PRESIDENTE - LUIZ CLÁUDIO MARCOLINO - PT - Tem a palavra o nobre Deputado João Caramez.

 

O SR. JOÃO CARAMEZ - PSDB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, telespectador da TV Assembleia, venho à tribuna primeiramente para também me solidarizar com a família do soldado Militão. Que Deus possa confortar toda a família desse bravo soldado. Segundo, para prestar alguns esclarecimentos, porque acho este debate importante para a gente esclarecer.

Inicialmente quero me referir às palavras proferidas pelo nobre Deputado Luiz Cláudio Marcolino quando se reportou à audiência pública realizada ontem a pedido do PSOL, PT e PCdoB, mais do que legítima, mais do que importante esta convocação dos três partidos com assento nesta Casa, até porque é um compromisso que estes partidos têm para com seus eleitores, para com seus correligionários. Agora não posso concordar com a afirmação de S. Exa. quanto à crítica feita à ausência do Governo e da Dersa como os responsáveis por esta obra. Seria até comprometedora a presença do Governo ou da própria Dersa porque as licenças ambientais do possível traçado ainda não foram concedidas, tampouco debatidas com a sociedade.

Imagine o transtorno que causaria alguém do Governo vir aqui prestar esclarecimentos sobre algo que ainda não está definido na sua totalidade. Acho que esta iniciativa deveria partir mesmo dos partidos. Julgo normal, legítimo os partidos se reunirem até para poderem elaborar suas estratégias para as futuras audiências públicas que por ventura possam acontecer.

O Rodoanel já está com a sua asa oeste e sul concluídas e em nenhum momento o Governo deixou de realizar as audiências públicas, propiciando assim que toda a sociedade civil organizada pudesse participar e dar a sua opinião. Tudo isso foi feito depois de termos algo mais ou menos concreto, mas até então, tanto a Dersa como o Governo não poderia participar, de vez que nada está definido ainda. Imagine se cada partido com assento nesta Casa resolver, dentro das suas prerrogativas, que volto a dizer, são justas e legítimas, realizar uma audiência pública e o Governo ter de se fazer presente para debater. Com certeza o Governo cumpriu seu papel ao não participar da audiência para discutir algo que ainda não está definido.

Outro ponto que quero discutir diz respeito ao Deputado Marcos Martins quando ontem ele comunicou que a Bancada do PT se reuniu com os prefeitos da região metropolitana para se prepararem para um grande debate.

“O metrô é só para São Paulo, então não poderia ser chamado de metrô porque subentende que é relativo à região metropolitana. O metrô não sai da Capital e cresce muito devagar. As obras foram iniciadas na mesma época em que tiveram início as obras no México, onde já passa dos 200 quilômetros e aqui são apenas 70 quilômetros. Agora discutem trem sobre trilho para a região metropolitana, a que chamam de metrô. Acho que é um trem um pouco melhorado, mas faz tanto tempo que a região metropolitana já não acredita mais nisso”.

Quero dizer ao Deputado Marcos Martins que não são trens melhorados não, são trens novos construídos na cidade de Hortolândia, Estado de São Paulo, gerando empregos e renda. São trens com todas as qualidades dos trens do metrô, e com a remodelação da via permanente dos trilhos da CPTM teremos metrô de superfície com trens novos, com ar condicionado, câmbio de segurança, e mais ainda, coma sua capacidade de velocidade aumentada, dado que cada vagão é motorizado.

Também gostaria de esclarecer ao deputado que na cidade do México existe uma rede de 201 km de vias de metrô, contando ainda com uma linha de 12,8 km de metrô leve sobre trilhos e uma linha de trem regional com 27 km de extensão. Porém, os três sistemas são independentes.

Ao passo que em São Paulo temos 70,6 km de via de metrô, que conta com conexão gratuita com a rede trilhos da CPTM. No total, o sistema metro-ferroviário da região metropolitana de São Paulo soma 340 km; ou seja, 270 km de linhas da CPTM mais 70 km do metrô.

Também queria lembrar ao nobre deputado que quem financia o metrô é o governo federal. Ao passo que aqui em São Paulo o governo federal não coloca um centavo no metrô. Esperamos que com essa interlocução boa que está havendo entre a Presidente Dilma Rousseff e Geraldo Alckmin possamos ter um pouco mais de recursos para acelerar o processo de extensão da nossa linha de metrô. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - LUIZ CLÁUDIO MARCOLINO - PT - Tem a palavra o nobre Deputado Olímpio Gomes, pelo tempo regimental de cinco minutos.

 

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- Assume a Presidência o Sr. João Caramez.

 

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O SR. OLÍMPIO GOMES - PDT - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, funcionários desta Casa, cidadãos que nos acompanham pela TV Assembleia, ontem tive a grata satisfação de participar de uma audiência pública sobre o Rodoanel norte. Quero cumprimentar a bancada do Partido dos Trabalhadores que teve a iniciativa de promover essa audiência pública, apoiada pelas bancadas do PCdoB e do PSOL. E devo dizer que se já tivéssemos o projeto pronto e definido, não careceria de ter audiência pública para discutir.

Agora, o que se nota é que quando temos projetos apresentados pelo governo na Assembleia Legislativa, não se quer discutir os projetos para aperfeiçoá-los ou rejeitá-los. Fica-se fazendo uma discussão unilateral à oposição e há um silêncio sepulcral da base aliada. Bem como com relação à discussão do Rodoanel, porque tem impactos sociais, ambientais, impactos em relação à vida do cidadão de São Paulo no que diz respeito a trânsito. Nada é tão simples. Entendemos a complexidade. Mas entendo que o Dersa, a Secretaria dos Transportes, os representantes do governo, os deputados da base de apoio do governo, os deputados de base de apoio do governo que fazem pare da Comissão de Transportes da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo tinham mais do que obrigação de se fazerem presentes para que pudessem pelo menos ouvir as ideias, aperfeiçoar esse projeto, que pode estar sendo feito a distância, de se ouvir a opinião pública e o cidadão, como também devo lamentar a ausência de representantes dos partidos aliados ao Governo na Assembleia Legislativa quando, na quarta-feira, tivemos uma audiência pública para discussão do Plano Nacional de Educação, com a presença do Ministro da Educação.

Ele não é do meu partido. Sou do PDT, mas o Ministro Fernando Haddad não veio aqui como militante do PT. Veio como Ministro de Estado da Educação. O Presidente em exercício da Casa, Deputado Celso Giglio, teve toda a educação em recebê-lo, deu-lhe as boas-vindas. E foi uma das discussões mais democráticas que pude acompanhar nesse espaço de tempo que estou na Assembleia Legislativa - um mandato e mais este período do novo mandato. Vi um Ministro de Estado discutindo de igual para igual com uma professora, com uma servente de escola, com uma professora aposentada, apontando o que poderia avançar no Plano, ouvindo de universitários, de professores universitários como aprimorar a Educação. Manifestei minha tristeza lá, e manifesto agora também, porque a esmagadora maioria dos parlamentares das bancadas de apoio do Governo interpretaram essa audiência pública como um eventozinho do PT e de amigos dos petistas. E, na verdade, foi de uma magnitude maior, e que poderia ser coroado de uma magnitude maior se os deputados da base do Governo aqui levassem ao Ministro as sugestões do Governo do Estado, da Secretaria de Estado da Educação. O Ministro Fernando Haddad fez um elogio público ao novo grupo de Secretários da Educação, com quem havia se reunido, inclusive com o de São Paulo. Então não era um digladio, mas simplesmente mais um momento da democracia desta Casa.

Portanto, manifesto minha tristeza; cada partido tem seu posicionamento, cada parlamentar segue a orientação do seu partido, mas que em situações futuras não percamos a oportunidade de debater o futuro do nosso País, e São Paulo, como locomotiva, tem um aspecto fundamental dentro dessa engrenagem toda, simplesmente porque queremos discutir questiúnculas partidárias. Não era o momento.

 

O SR. PRESIDENTE - JOÃO CARAMEZ - PSDB - Tem a palavra o nobre Deputado Adriano Diogo.

 

O SR. ADRIANO DIOGO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente desta sessão, Deputado João Caramez, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, vou fazer uma homenagem ao Deputado socialista Rubens Paiva. É um vídeo sobre sua vida, sua obra e sua trajetória política.

 

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- É feita a apresentação de vídeo.

 

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“RUBENS PAIVA NETO

Desaparecido desde 1971

Memorial da Resistência de São Paulo

 

Beatriz Paiva Keller - Ele vinha dançar comigo. Assim, me botava no pé dele. Eu dançava com o meu pezinho em cima do pé dele. Ele me ensinava a dançar. Eu lembro de acordar no meio da noite com a risada dele. Ele ria muito alto.

Plínio Arruda Sampaio - Era o homem da grande risada. Ria com facilidade. Expansivo, solto, fraterno. Foi um homem de total valentia. Um homem de uma generosidade pessoal. Enorme generosidade pessoal. Ele arriscava a vida pelos companheiros.

Marco Antônio Tavares Coelho - Esse foi o Rubens Paiva. Alegre, bonachão, bem-humorado. Sempre com uma visão clara do que deveríamos fazer do Brasil. A libertação do Brasil do julgo imperialista.

Marcelo Rubens Paiva – Era um playboy comunista. Ele tinha esse lado socialista, de esquerda. Mas, ele não deixava de curtir a sua vida, seus amigos com mansões em Cabo Frio, andando de avião. Ele tinha um aviãozinho.

Fernando Henrique Cardoso - O Rubens era um folgazão. Rubens era uma pessoa agradável. Brincalhão. Cordão daquele jeito dele. Acho que o Rubens deixou uma marca assim muito profunda em todos que o conheceram. Era um bom homem.

Marco Antônio Tavares Coelho – Era um homem bem aberto e sem inimizades. É uma coisa interessante. Ele não tinha inimigos dentro da Câmara.

Plínio Arruda Sampaio - O serviço que ele prestou no embate é único. Ele mostrou quem fez o complô para derrubar o João Goulart. Foi o Rubens Paiva que fez o que em minha opinião selou a morte dele.

Almino Affonso - Estranhamente naquele dia era janeiro. Era o mês de janeiro. Com certeza o mês de janeiro. Telefono procurando por ele e uma voz absurdamente estranha me responde: não está, não se sabe onde está, nem se sabe a que horas vai voltar.

Marcelo Rubens Paiva - Quando eu acordei os militares já estavam em casa. Estavam com umas roupas escuras. Acho que alguns estavam de terno e gravata se não me engano. Sacolas com metralhadoras, armas, tal. Já estava o ambiente mais calmo, não peguei o momento mais nervoso que foi o momento da invasão. Com o telefone na frente, eles atendiam todos que tocavam. 

Almino Affonso - Voltei a ligar outra vez na hora do almoço. A mesma voz, a mesma frase dizendo que ele não estava. Aí a luz bateu. Há algo por trás disso.

Beatriz Paiva Keller - O que me deixou mais tensa, digamos assim, mais confusa foi quando levaram mamãe. Foi uma situação de não ter nem pai, nem mãe. Lembro da mamãe chegar magérrima, super abatida, mal me abraçou. Senti que ela não conseguia muito ficar perto da gente. Tive a impressão que perdi pai e mãe nesse momento.

Fernando Henrique Cardoso - O Rubens foi vítima total. Quase que é emblemático do que foi a ditadura no Brasil.

Almino Affonso - Ele e todos os demais chamados desaparecidos, apenas reconhecidos como mortos para fins legais. Mas onde o corpo, onde o legítimo direito da família puder cultuar a memória daquele que foi um chefe de família, que foi o pai, o marido, foi o irmão, foi o filho? Isso até onde, hoje, nós sabemos continua uma incógnita.

Marcelo Rubens Paiva - Tem gente, hoje que acha que como já tive vários debates com Jarbas Passarinho, que se deve virar a página, tem que esquecer. Eu respondo, claro, vira a página você, que não tem um pai desaparecido. Não tem uma família que há anos está vivendo sob esse peso de não saber o que aconteceu.

Fernando Henrique Cardoso - Essas histórias devem ser contadas para não serem repetidas. Não contadas para se vingar, não adianta vingar do que passou. Adianta, sim, primeiro porque a família tem direito de saber onde está, como morreu. É uma coisa humana. Segundo, pelo ponto de vista da história, é importante também que se fique marcado que foi feito. Está errado.

Plínio Arruda Sampaio - O que se quer restaurar é uma verdade histórica. Eu não sei por que eles se rebelam tanto, por que tem esse espírito de corpo. Não tem nada com o exército. É um grupo que tomou conta por um certo tempo.

Marcelo Rubens Paiva - É uma história que de um lado eu tenho que sempre tentar lembrar a figura de pai que foi, com sua vida bastante aventurosa e de um pai diferente. Por outro lado, também tenho que voltar a minha indignação toda vez que a gente tem que lembrar esse caso. É um caso que está em aberto como vários outros, pelo simples fato do Brasil não encarar de verdade com os olhos próprios e sempre colocar panos quentes nas coisas desgostosas da nossa história.”

 

O SR. ADRIANO DIOGO - PT - Como todos puderam observar, pelos diferentes depoimentos, pelas diferentes correntes políticas, Rubens Paiva faz falta ao povo brasileiro, para seus filhos - Vera Paiva e Marcelo - e sua esposa, pela importância que ele teve para a história do Brasil. Deputado Federal de Santos, desaparecido político, até hoje seus restos mortais não foram devolvidos à família. Ele não foi devidamente sepultado.

Vamos fazer uma campanha neste plenário e no Estado de São Paulo. Amanhã, no Memorial da Resistência, no antigo prédio do Dops, vamos continuar lembrando outros desaparecidos políticos. Os arquivos da ditadura têm que ser abertos; tem que ser revelado onde estão as pessoas desaparecidas, e tem que ser aprovado no Governo Federal, na Câmara Federal o direito à verdade.

Viva Rubens Paiva, viva os socialistas, viva todos que tombaram na resistência do povo brasileiro! Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - JOÃO CARAMEZ - PSDB - Tem a palavra o nobre Deputado Donisete Braga.

 

O SR. DONISETE BRAGA - PT - Sr. Presidente, quero saudar os Srs. Deputados, as Sras. Deputadas, os funcionários da Assembleia Legislativa, os telespectadores da TV Assembleia e os leitores do Diário Oficial.

Caro Sr. Presidente Caramez, gostaria muito de cumprimentar V. Exa., que tem sido uma das raras exceções do PSDB nesta Casa, um deputado muito presente. Fico muito feliz que tenha vindo a esta tribuna para fazer um debate de alto nível em relação às políticas públicas do Brasil e do Estado de São Paulo. Mesmo vindo à tribuna para justificar a ausência do Secretário de Transportes na audiência pública, V. Exa. faz de forma legítima porque faz parte da base de apoio ao Governo.

É importante ressaltar que a audiência pública é realizada justamente para esclarecer dúvidas, apresentar sugestões, apresentar correções. Não tem sentido fazer uma audiência pública se um projeto já se encontra concretizado, maturado. Aí, não tem sentido.

Do meu ponto de vista, a audiência pública não tem objetivo algum de fazer críticas a esse ou àquele governo, e sim de sugerir. Nessa questão específica, houve uma série de contradições em relação a uma obra importante, que também defendemos: o Rodoanel. De cada três reais depositados nessa obra viária, um real é proveniente do Governo Federal.

Houve muitos problemas no traçado oeste do Rodoanel. Depois, houve muitos problemas no traçado sul, na minha região do ABC. Lá, existe uma extensa área de manancial. Houve a redução do armazenamento da Represa Billings, a redução da fauna e da flora. O Rodoanel trouxe impactos positivos e negativos, já que se trata de uma obra complexa.

Na verdade, a maior vontade é de que os 94 deputados estaduais convocassem uma audiência pública. Isso seria o ideal e, a partir daí, que fizéssemos um amplo debate para que não restasse a visão de que apenas os partidos de oposição estão convocando a audiência pública.

Bem falou aqui o colega, Deputado Olímpio Gomes. Nesta semana, o Ministro da Educação, Fernando Haddad, esteve neste Parlamento. Seria fundamental a presença do Secretário de Estado da Educação na Assembleia Legislativa para compartilhar os problemas que existem na Educação pública no Brasil e no Estado. Esses são os objetivos. Não tem qualquer conotação de fazer um embate ideológico, partidário, eleitoral. Muito pelo contrário, um embate no sentido de apresentar sugestões e correções para um projeto de tamanha relevância.

Por exemplo, nesta semana, também houve nesta Casa a audiência pública que discutiu o PLC que reorganiza a Região Metropolitana de São Paulo, com a presença do Secretário Edson Aparecido. Percebemos a pouca presença dos deputados da base que apoia o Governo. Vossa Excelência, Sr. Presidente, relator do projeto, fez intervenção com muita coerência e transparência.

Esse é o debate que queremos e entendemos que seja papel da Assembleia Legislativa. Diria, Deputado Caramez, que esta foi a semana em que a Assembleia Legislativa mais trouxe o povo para este espaço, que conseguiu discutir políticas de Estado e fez valer o seu papel. Aqui é a Casa do Povo e fizemos três importantíssimas audiências públicas. Uma com o ministro Fernando Haddad discutindo o Plano Nacional de Educação, outra discutindo a reorganização da Região Metropolitana, e a terceira, ontem, realizada para a discussão do Traçado Norte do Rodoanel.

Vejo como importantíssimas essas iniciativas e espero, até em função de ser ainda o início dos 100 dias do Governo, estabelecer um elo de participação do Poder Executivo nos grandes debates e embates que a Assembleia Legislativa fará com os projetos importantes para o Estado de São Paulo.

 

O SR. PRESIDENTE - JOÃO CARAMEZ - PSDB - Nobre Deputado Donisete, esta Presidência agradece as suas citações a respeito do nosso nome. Acrescentaria também, nobre Deputado, a reunião que nós tivemos da Frente Parlamentar da Mineração, reunindo todo o setor, e com a presença do Deputado Edson Aparecido. Foi fundamental para que tenhamos um ordenamento territorial a esse setor tão importante para a nossa economia. Parabéns.

 

O SR. ADRIANO DIOGO - PT – PARA COMUNICAÇÃO - Toda vez que houver uma reunião da Frente Parlamentar da Mineração, gostaria de ser convidado para poder contribuir com o trabalho brilhante de Vossa Excelência.

 

O SR. PRESIDENTE - JOÃO CARAMEZ - PSDB - Principalmente V. Exa., que é geólogo. Com certeza, nobre Deputado Adriano Diogo.

Tem a palavra o nobre Deputado Luiz Claudio Marcolino, pelo tempo regimental.

 

O SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, aproveito para falar sobre esse debate do traçado do Rodoanel. Acompanhei o Traçado Sul do Rodoanel e na Região de Parelheiros fizemos um amplo debate com a população. Gostaríamos de ter um acesso na Teotônio Vilela para que, tanto a população de Parelheiros, Grajaú, Jardim dos Álamos, Jardim Almeida, como toda a população da Capela do Socorro, pudessem ter acesso não só às Rodovias Regis Bittencourt, Imigrantes e Anchieta.

O argumento colocado para a nossa população, seja de agricultores, seja de comerciantes, foi que não poderíamos ter acesso à Rodoanel porque ela ligaria apenas às rodovias. Muito me estranha agora que no trecho apresentado, agora em debate do Rodoanel, aparece uma ligação a marginal tanto na região da Raimundo Pereira de Magalhães, como na Inajar de Souza, ligando ao Rodoanel não de cidade em cidade, não de rodovia em rodovia.

Por que nós, na zona Sul, não podemos ter acesso ao Rodoanel? Como há agora um debate em desafogar as marginais, concordo também que precisa resolver o trânsito na marginal, ligando a Inajar de Souza e a Raimundo Pereira de Magalhães. Não sou eu então que responderei à população. Quem tem essa resposta, e uma resposta técnica, são os órgãos competentes. Por isso, o debate de ontem não se trata de um debate entre o PT e o PSDB. É um debate da população do Estado de São Paulo, principalmente da Cidade de São Paulo, que quer saber desses impactos.

Estive na segunda-feira em dois bairros. Na Favela do Flamingo, de Jardim Peri, tinha dito em outros momentos que a favela está sendo desapropriada em virtude do Rodoanel. E as pessoas me perguntaram “Deputado, o que vai acontecer com a gente? Marcaram as nossas casas e estão para derrubá-las em virtude do Rodoanel.” Marcamos uma audiência pública com a presença de pessoas competentes para informar sobre os procedimentos a partir de agora. As pessoas saíram daqui da audiência com essa resposta.

A mesma coisa aconteceu no Cabuçu, em Guarulhos. No final da visita técnica, nos reunimos a população. Há dois debates. Tem uma parcela da população que acha que tem que ser feito o Rodoanel naquela região e que corte o aterro. E outra parcela acha que tem que ser feito também pelos túneis. E uma parcela da comunidade que mora em cima do morro onde vão passar os túneis. E as pessoas estavam preocupadas: o que vai acontecer com a minha residência? Eu vou ter que sair daqui ou não? Eu tenho que parar a reforma que estou fazendo na minha casa ou não? Agora, quem teria que dar a resposta para a população?

No Jardim Corisco, o atual traçado do Rodoanel vai passar em cima de uma escola. Por isso, gostaríamos de ter discutido ontem não o projeto final do Rodoanel, mas conversarmos com o Governo do Estado, com o Dersa e os seus representantes, qual o melhor traçado que impacta menos o meio ambiente, que vai destruir menos casas na região e que vai preservar principalmente a biosfera na região da Serra da Cantareira. Era essa a reflexão que queríamos no dia de ontem, para, a partir daí, definirmos qual o melhor traçado do Rodoanel. E saímos ontem sem as respostas.

Mas vamos atrás dos órgãos competentes porque a população da região, desses bairros, não pode ficar sem resposta.

Por isso esse embate do PSDB e do PT. E como disse o Deputado Donisete Braga, quase dois bilhões de reais para as obras do Rodoanel vêm do Governo Federal, dois bilhões vêm do Governo do Estado de São Paulo e mais dois bilhões do BID. Então, nós também temos interesse por essa obra. Mas nós queremos o menor impacto possível para a população.

Sr. Presidente, ontem, nós tivemos uma reunião com moradores da Nova Luz, discutido o impacto habitacional que vai ter na região, porque agora tenho apresentado no projeto Nova Luz, 950 vagas para a HIS; 942 vagas para GIMP; 1900 vagas para moradia de interesse sociais, Azuis da região. Só que na região da Nova Luz, que vai ter impacto com o projeto apresentado pela prefeitura de São Paulo, existem onze mil famílias morando na região. E o que está sendo proposto pelo poder público, para a região da Nova Luz, não chega a quatro mil novas residências. Então, temos um problema muito sério de moradia na região central. Achamos que deve haver um processo de debate, de reconstrução, de reestruturação da região, mas sem alguns modelos, é possível reestruturar a região central, sem necessariamente ter que destruir os prédios, sem necessariamente tenha que expulsar as famílias que ali estão.

O debate que estamos acompanhando, e vai ser muito importante também que aqui na Assembleia Legislativa, da mesma maneira que debatemos o Rodoanel, o debate da Nova Luz também venha para esta Casa.

 

O SR. PRESIDENTE - JOÃO CARAMEZ -PSDB - Sras. Deputadas e Srs. Deputados, está esgotado o tempo destinado ao Pequeno Expediente.

 

O SR. ADRIANO DIOGO - PT - PELO ART. 82 - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, telespectadores da TV Assembleia, público presente nas galerias do plenário, funcionários, vou tentar concluir a homenagem ao Rubens Paiva.

Estamos projetando um documentário do Vladimir Saqueta, em homenagem ao Deputado Federal, socialista desaparecido, Rubens Paiva. Aqui, temos o seu filho, Marcelo Rubens Paiva.

 

* * *

 

- É feita a apresentação do vídeo.

 

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“RUBENS PAIVA NETO

Desaparecido desde 1971

Memorial da Resistência de São Paulo

 

 

Beatriz Paiva Keller - Ele vinha dançar comigo. Assim, me botava no pé dele. Eu dançava com o meu pezinho em cima do pé dele. Ele me ensinava a dançar. Eu lembro de acordar no meio da noite com a risada dele. Ele ria muito alto.

Plínio Arruda Sampaio - Era o homem da grande risada. Ria com facilidade. Expansivo, solto, fraterno. Foi um homem de total valentia. Um homem de uma generosidade pessoal. Enorme generosidade pessoal. Ele arriscava a vida pelos companheiros.

Marco Antônio Tavares Coelho - Esse foi o Rubens Paiva. Alegre, bonachão, bem-humorado. Sempre com uma visão clara do que deveríamos fazer do Brasil. A libertação do Brasil do julgo imperialista.

Marcelo Rubens Paiva – Era um playboy comunista. Ele tinha esse lado socialista, de esquerda. Mas, ele não deixava de curtir a sua vida, seus amigos com mansões em Cabo Frio, andando de avião. Ele tinha um aviãozinho.

Fernando Henrique Cardoso - O Rubens era um folgazão. Rubens era uma pessoa agradável. Brincalhão. Cordão daquele jeito dele. Acho que o Rubens deixou uma marca assim muito profunda em todos que o conheceram. Era um bom homem.

Marco Antônio Tavares Coelho – Era um homem bem aberto e sem inimizades. É uma coisa interessante. Ele não tinha inimigos dentro da Câmara.

Plínio Arruda Sampaio - O serviço que ele prestou no embate é único. Ele mostrou quem fez o complô para derrubar o João Goulart. Foi o Rubens Paiva que fez o que em minha opinião selou a morte dele.

Almino Affonso - Estranhamente naquele dia era janeiro. Era o mês de janeiro. Com certeza o mês de janeiro. Telefono procurando por ele e uma voz absurdamente estranha me responde: não está, não se sabe onde está, nem se sabe a que horas vai voltar.

Marcelo Rubens Paiva - Quando eu acordei os militares já estavam em casa. Estavam com umas roupas escuras. Acho que alguns estavam de terno e gravata se não me engano. Sacolas com metralhadoras, armas, tal. Já estava o ambiente mais calmo, não peguei o momento mais nervoso que foi o momento da invasão. Com o telefone na frente, eles atendiam todos que tocavam. 

Almino Affonso - Voltei a ligar outra vez na hora do almoço. A mesma voz, a mesma frase dizendo que ele não estava. Aí a luz bateu. Há algo por trás disso.

Beatriz Paiva Keller - O que me deixou mais tensa, digamos assim, mais confusa foi quando levaram mamãe. Foi uma situação de não ter nem pai, nem mãe. Lembro da mamãe chegar magérrima, super abatida, mal me abraçou. Senti que ela não conseguia muito ficar perto da gente. Tive a impressão que perdi pai e mãe nesse momento.

Fernando Henrique Cardoso - O Rubens foi vítima total. Quase que é emblemático do que foi a ditadura no Brasil.

Almino Affonso - Ele e todos os demais chamados desaparecidos, apenas reconhecidos como mortos para fins legais. Mas onde o corpo, onde o legítimo direito da família puder cultuar a memória daquele que foi um chefe de família, que foi o pai, o marido, foi o irmão, foi o filho? Isso até onde, hoje, nós sabemos continua uma incógnita.

Marcelo Rubens Paiva - Tem gente, hoje que acha que como já tive vários debates com Jarbas Passarinho, que se deve virar a página, tem que esquecer. Eu respondo, claro, vira a página você, que não tem um pai desaparecido. Não tem uma família que há anos está vivendo sob esse peso de não saber o que aconteceu.

Fernando Henrique Cardoso - Essas histórias devem ser contadas para não serem repetidas. Não contadas para se vingar, não adianta vingar do que passou. Adianta, sim, primeiro porque a família tem direito de saber onde está, como morreu. É uma coisa humana. Segundo, pelo ponto de vista da história, é importante também que se fique marcado que foi feito. Está errado.

Plínio Arruda Sampaio - O que se quer restaurar é uma verdade histórica. Eu não sei por que eles se rebelam tanto, por que tem esse espírito de corpo. Não tem nada com o exército. É um grupo que tomou conta por um certo tempo.

Marcelo Rubens Paiva - É uma história que de um lado eu tenho que sempre tentar lembrar a figura de pai que foi, com sua vida bastante aventurosa e de um pai diferente. Por outro lado, também tenho que voltar a minha indignação toda vez que a gente tem que lembrar esse caso. É um caso que está em aberto como vários outros, pelo simples fato do Brasil não encarar de verdade com os olhos próprios e sempre colocar panos quentes nas coisas desgostosas da nossa história.”

 

O SR. ADRIANO DIOGO - PT - Sras. Deputadas e Srs. Deputados, como V. Exas. vêem, a insuficiência tecnológica desta Casa é uma vergonha. Não conseguimos expor esse vídeo por sete minutos, devido à falha técnica. Espero que o nosso departamento tenha um mínimo de autonomia para expor.

Presidente Dilma, tenha coragem. Todo mundo viu que o Fernando Henrique Cardoso, falou: “É. Mas os arquivos não foram abertos. A história não foi contada”. Ele foi Presidente da República e grande amigo do Rubens Paiva.

Todo povo brasileiro espera que a história do Rubens, da dona Eunice e dos seus filhos, da Vera, do Marcelo um dia seja contada como também de centenas de outros brasileiros. Viva a memória de Rubens Paiva! Muito obrigado.

 

O SR. DONISETE BRAGA - PT - PELO ART. 82 - Sr. Presidente, Deputado João Caramez, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, mais uma vez volto a esta tribuna para prestar  contas de um seminário que realizamos no dia 05 do mês de abril, onde fizemos um debate sobre o enfrentamento ao crack e outras drogas. Tive a oportunidade e a honra de realizar esse evento junto com o meu líder da Bancada, o Deputado Enio Tatto.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, dos seminários que eu já realizei, agora indo para o meu quarto mandato como deputado estadual, classifico que esse foi um dos melhores na Assembleia Legislativa, não só em termos de participação seja na esfera federal e na do Governo do Estado.

Tivemos a participação de 72 prefeituras municipais, a participação de prefeitos, prefeitas, vereadores, vereadoras, pessoas que há muitos anos discutem a questão do crack no Estado de São Paulo e no País. A cracolândia é uma situação terrível e faz-se necessário um amplo debate acerca do problema, inclusive com a participação dos entes federativos porque todos nós temos responsabilidade: sociedade civil, Poder Público, Ministério Público, Poder Executivo, Poder Legislativo.

Neste seminário que realizamos tiramos a Carta de São Paulo no enfrentamento ao crack e foi importante a participação da Confederação Nacional dos Municípios, que teve a ousadia de apresentar um importante diagnóstico do problema.

Passo a ler a íntegra do documento para que conste do nosso pronunciamento:

Carta de São Paulo sobre enfrentamento ao crack e outras drogas - resultado do Seminário realizado em conjunto com a Confederação Nacional dos Municípios na Assembleia Legislativa de São Paulo.

Aos cinco dias do mês de abril do ano de dois mil e onze, a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, em parceria com a Confederação Nacional de Municípios (CNM), por iniciativa dos deputados estaduais Donisete Braga e Enio Tatto, realizou o Seminário Paulista de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas, reunindo mais de duzentos participantes, dentre autoridades públicas, federais, estaduais e municipais dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, representantes das instituições superiores de ensino, serviços de saúde, pesquisadores e a sociedade civil organizada, momento em que a problemática provocada pela circulação e consumo de crack e outras drogas nos municípios brasileiros e paulistas foi exposta e debatida, bem como as ações propostas pela Política Nacional de Enfrentamento ao Crack.

Considerando que a problemática consequente ao uso do crack e outras drogas tomou uma dimensão nacional;

Considerando a necessidade de implantar e implementar políticas de enfrentamento ao crack e outras drogas nos municípios paulistas, contemplando as especificidades locais e regionais;

Considerando a necessidade de aperfeiçoar as propostas de ações, serviços e financiamento previstos na Política Nacional de Enfrentamento ao Crack e outras drogas;

Considerando a fragilidade e a fragmentação das iniciativas de gestores municipais e estaduais na implantação de políticas de enfrentamento ao crack e outras drogas;

Os deputados estaduais Donisete Braga e Enio Tatto, em nome dos participantes do Seminário, vêm encaminhar sugestões/reivindicações ao Poder Público para revisão e aperfeiçoamento das políticas de enfrentamento ao crack e outras drogas, com a finalidade de conter a epidemia que se apresenta no Estado de São Paulo e no Brasil:

1 - As políticas de enfrentamento ao crack e outras drogas devem contemplar ações permanentes entre as esferas públicas federal, estadual e municipal envolvendo os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário;

2 - Que as políticas de enfrentamento ao crack e outras drogas sejam integradas e intersetorializadas, envolvendo a sociedade civil organizada e as redes comunitárias;

3 - Que as ações de enfrentamento ao crack envolvam a prevenção, promoção e a recuperação dos dependentes químicos; a reinserção social e profissional; bem como a repressão ao tráfico do crack e outras drogas;

4 - As políticas intersetorializadas devem envolver minimamente ações de saúde, assistência social, segurança pública, educação, pesquisa, tecnologia, desporto, cultura, lazer, direitos humanos e sociais;

5 - Que o financiamento das ações e dos serviços seja tripartite - União, Estados e Municípios;

6 - Que as ações de enfrentamento ao crack e outras drogas sejam desenvolvidas em uma rede regionalizada e hierarquizada conforme a complexidade da atenção;

7 - Definir e disponibilizar à população os fluxos de atenção integral, referência e contrarreferência aos dependentes químicos e seus familiares;

8 - Estabelecer estratégias de educação permanente de recursos humanos com a finalidade de qualificar a atenção integral aos dependentes químicos;

9 - Manter banco de dados atualizados sobre a situação do uso do crack e outras drogas nos municípios paulistas e brasileiros;

10 - Manter informações atualizadas disponíveis aos gestores estaduais e municipais com a finalidade de subsidiar as políticas, o planejamento e a execução das ações e serviços intersetorializados de enfrentamento ao crack e outras drogas.

Deputados Estaduais, Donisete Braga Enio Tatto.

Este é o documento que concluímos no dia 5 de abril neste evento que organizei juntamente com o Deputado Enio Tatto.

Este documento enviaremos aos municípios paulistas, ao Governo do Estado, ao Governo Federal e à Confederação Nacional dos Municípios como forma de estabelecer uma política integrada no combate ao crack.

Segundo pesquisa da própria Confederação Nacional dos Municípios, 90% dos usuários de crack estão na faixa etária dos 12 aos 19 anos. Portanto uma situação gravíssima no Estado de São Paulo e no País como um todo.

 

O SR. DONISETE BRAGA - PT - Sr. Presidente, havendo acordo entre as lideranças partidárias, requeiro o levantamento da sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - JOÃO CARAMEZ - PSDB - Havendo acordo entre as lideranças, antes de levantar os nossos trabalhos, esta presidência convoca V.Exas. para a Sessão Ordinária de segunda-feira, à hora regimental, sem Ordem do Dia, lembrando-os ainda da Sessão Solene de segunda-feira, às 10 horas, com a finalidade de homenagear os 60 anos de lutas e conquistas do Sindicato dos Empregados em Clubes Esportivos, Federações, Confederações e Academias Esportivas no Estado de São Paulo, solicitada pelo Deputado Edson Ferrarini.

Está levantada a sessão.

 

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- Levanta-se a sessão às 15 horas e 40 minutos.

 

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