23 DE JUNHO DE 2003

23ª SESSÃO SOLENE EM HOMENAGEM AOS "60 ANOS DA ORGANIZAÇÃO DA ORDEM DOS PASTORES BATISTAS DO BRASIL - SEÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO"

 

Presidência: VAZ DE LIMA

 

DIVISÃO TÉCNICA DE TAQUIGRAFIA

Data: 23/06/2003 - Sessão 23ª S. SOLENE  Publ. DOE:

Presidente: VAZ DE LIMA

 

HOMENAGEM AOS "60 ANOS DA ORGANIZAÇÃO DA ORDEM DOS PASTORES BATISTAS DO BRASIL - SEÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO"

001 - VAZ DE LIMA

Assume a Presidência e abre a sessão. Anuncia que a sessão foi convocada pela Presidência efetiva da Casa, atendendo à solicitação do Deputado ora à frente dos trabalhos, com a finalidade de homenagear os 60 anos da organização da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil - Seção do Estado de São Paulo. Convida todos a ouvirem a execução do Hino Nacional Brasileiro. Anuncia apresentação do Coral da 1ª Igreja Batista do Brás. Nomeia as autoridades.

 

002 - CARLOS ALBERTO BEZERRA JÚNIOR

Pastor e Vereador à Câmara Municipal de São Paulo, faz sua saudação em nome do Legislativo da Capital.

 

003 - JOSÉ VIEIRA ROCHA

Secretário-Geral da Convenção Batista do Estado de São Paulo - Ordem dos Pastores Batistas do Brasil, homenageia o fundador da Ordem, Pastor Dr. Rubens Lopes. Recordando o texto da 1ª Constituição do Império do Brasil, louva a Deus pelo progresso do pluralismo religioso.

 

004 - VALDO ROMÃO

Pastor, Presidente da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil - Seção do Estado de São Paulo, saúda a Alesp. Registra a existência do 1º documento formal, de 5/8/42, assinado pelo Pastor Salvador Farina Filho. Historia a instituição.

 

005 - Presidente VAZ DE LIMA

Anuncia a execução de números musicais.

 

006 - JOSIAS SOARES RIBEIRO

1º Vice-Presidente da Ordem, faz oração pela Alesp.

 

007 - IVAN GONÇALVES

Pastor, faz uma oração pelo Brasil.

 

008 - FAUSTO AGUIAR DE VASCONCELOS

Pastor da 1ª Igreja Batista do Rio de Janeiro, após registrar que a sessão se caracteriza pela celebração da Palavra de Deus, medita sobre as palavras dos Salmos 126 e 30.

 

009 - Presidente VAZ DE LIMA

Anuncia execução de números nusicais e do Hino Oficial da Ordem dos Pastores do Brasil - Seção São Paulo. Convida todos a fazerem o "Ato de Gratidão".

 

010 - VALDO ROMÃO

Pastor Presidente da Ordem de São Paulo, faz a bênção apostólica.

 

011 - Presidente VAZ DE LIMA

Agradece a todos que colaboraram para o êxito da solenidade. Encerra a sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - VAZ DE LIMA - PSDB - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

 

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- É dada como lida a Ata da sessão anterior.

 

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O SR. PRESIDENTE - VAZ DE LIMA - PSDB - Meus senhores e minhas senhoras, vamos dar início a esta Sessão Solene que foi convocada pelo Presidente desta Casa, Deputado Sidney Beraldo, atendendo solicitação deste Deputado, com a finalidade de comemorar os 60 anos da organização da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil - Seção São Paulo. Convido todos os presentes para, em pé, cantarmos o Hino Nacional Brasileiro.

 

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- É executado o Hino Nacional Brasileiro, pela banda da Polícia Militar do Estado de São Paulo.

 

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O SR. PRESIDENTE - VAZ DE LIMA - PSDB - Quero agradecer o 1º Sargento Músico Paulo Menezes, da Seção do Corpo Musical da Polícia Militar do Estado de São Paulo e toda a banda.

Quebrando um pouco o nosso protocolo, farei uma pequena inversão em nosso roteiro, e com a anuência de todos, para que possamos logo neste início de sessão louvar a Deus juntamente com o Conjunto Coral que está conosco, que é da 1ª Igreja Batista do Brás, do Pastor Vieira. Estamos ao vivo pela TV Assembléia e acho que seria muito bom para nós, juntamente com os que estão nos vendo em casa, participar deste momento. Portanto, vamos louvar a Deus juntamente com o Coral.

 

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- É feita a apresentação do Coral. (Palmas.)

 

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O SR. PRESIDENTE - VAZ DE LIMA - PSDB - Muito obrigado ao Regente Prado Benfica, à pianista Cláudia Cruz e ao Coral da 1ª Igreja Batista do Brás. É com alegria que os recebemos nesta Casa em nome do Parlamento Paulista para esta Sessão Solene.

Seguindo agora o nosso protocolo, vamos nomear as autoridades presentes: Pastor Valdo Romão, Presidente da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil - Seção São Paulo; Pastor José Vieira Rocha, Secretário-Geral da Convenção Batista do Estado de São Paulo; Pastor Fausto de Aguiar Vasconcelos, mensageiro da noite, Pastor da 1ª Igreja Batista do Rio de Janeiro - e vamos dizer que é um paulista emprestado lá para o Rio; Pastor Josué Nunes de Lima, Ex-Presidente da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil - Seção São Paulo - e são os que estão logo a minha esquerda e a minha direita; representando a Câmara Municipal de São Paulo, nosso irmão e Vereador Carlos Alberto Bezerra Júnior; o Pastor Edson Borges de Aquino, Presidente do Conselho de Educação Teológica e Ministerial; Pastor Irland Pereira de Azevedo, Ex-Presidente da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil - Seção São Paulo; Pastor Lourenço Stélio Rega, Diretor da Faculdade Teológica Batista de São Paulo; Sra. Givanilda da Silva Lima Rega, Presidente da União de Esposas de Pastores Batistas do Estado de São Paulo; Pastor Edvaldo Fernandes Rosa, 1º Secretário da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil - Seção São Paulo; Pastor Ivan Gonçalves, 2º Vice-Presidente da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil - Seção São Paulo; Pastor Valdomiro da Silva Júnior, Coordenador do Ministério de Música da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil - Seção São Paulo; Pastor Genivaldo Andrade Souza, Presidente da Associação das Igrejas Batistas da Região Leste da Capital; Pastor Antonio Alves Lopes, 2º Secretário da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil - Seção São Paulo; Sr. Geraldo Farias de Souza, Presidente da Associação Batista do ABC; Pastor Carlos Bregantin, Presidente da Aliança Evangélica Brasileira - Seção São Paulo e Pastor da Igreja Batista do Sumarezinho; Pastor Josias Soares Ribeiro, 1º Vice-Presidente da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil - Seção São Paulo. São essas as autoridades que devo mencionar e quero dizer da alegria que sinto em recebê-los.

Tem a palavra o Pastor Carlos Alberto Bezerra Júnior para fazer a sua saudação em nome do Legislativo da Cidade de São Paulo.

 

O SR. CARLOS ALBERTO BEZERRA JÚNIOR - Boa noite, gostaria de cumprimentar o Sr. Deputado Vaz de Lima, proponente desta Sessão Solene, o Presidente da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil - Seção São Paulo, Valdo Romão e, na figura do Pastor Valdo, todos os componentes da Mesa e pastores aqui presentes, cumprimentar cada um de vocês, membros do Coral da Igreja Batista do Brás, enfim todos os presentes nesta noite de muita festa e alegria para nós. Em nome da Câmara Municipal de São Paulo, como representante daquele Legislativo, mas muito mais do que isso, como irmão de fé venho nesta noite de festa comemorar junto com vocês.

Como membro da equipe pastoral da Comunidade da Graça, confesso que hoje logo que cheguei, sentei ali, tomei o meu lugar, o meu coração se encheu de festa por ver aqui nesta Casa todos os meus irmãos batistas aqui representados, com suas presenças maciças, calorosas, louvando e cultuando a Deus nesta Casa de Leis, o Legislativo Estadual mais importante da América Latina. Logo fiquei pensando: 60 anos da Ordem dos Pastores Batistas brasileiros. Quantos pastores, quanta história, quantas orações, quantas súplicas, quanta luta, quantas vitórias, quantos sorrisos e a gente chega aqui nesta noite pensando exatamente nisso. Fiquei pensando na contribuição batista ao Brasil, em especial ao Estado de São Paulo; contribuição em relação à sociedade, contribuição que aliás é uma marca forte dos batistas na educação; quantos e quantos pastores e líderes do nosso País que passaram pelas cadeiras da Faculdade Teológica Batista, hoje aqui nesta noite representada pelo seu Diretor, Prof. Lourenço; quantos e quantos cristãos brasileiros marcados na sua formação musical pela presença dos batistas. Eu mesmo estudei, nesta cidade, no Colégio Batista Brasileiro, e quantos e quantos cristãos, nesta cidade, em todos os setores da sociedade foram marcados pela presença batista. Aí fiquei pensando na importância da Ordem e na importância dos seus 60 anos de existência. Um texto me veio ao coração, que é um texto que deixo a todos os irmãos nesta noite, porque 60 anos é um tempo de maturidade, 60 anos é tempo de força, de vigor, de sabedoria e de experiência.

O texto que deixo no coração de todos vocês é que “Os que confiam no Senhor renovarão as suas forças, subirão com asas como de águias, caminharão e não se cansarão.” Fico pensando: 60 anos e chegamos até aqui e que venham mais 60, mais 120 que quero ver se nos próximos 60 estarei lá para comemorar ou, pelo menos, se darei um jeito. Mas que venham, que venham outros.

O segredo para que a Ordem se mantenha da forma que tem sido mantida até o momento, sua influência positiva na sociedade, na formação dos pastores, na Igreja Batista, e não apenas na Igreja Batista, na igreja evangélica brasileira e paulista para que ela se mantenha, está neste texto: “Os que esperam, os que confiam no Senhor...” Se até aqui chegou, que continue confiando, porque esse é o segredo para que ela continue caminhando e não se canse, alcançando vôos ainda mais altos do que estes seus 60 anos.

Parabéns, Ordem dos Pastores Batistas Seção São Paulo! Deus seja louvado! (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - VAZ DE LIMA - PSDB - Infelizmente, não temos acomodação neste plenário, que é o maior da Casa, mas o nosso coração é muito grande, temos que nos acomodar como pudermos. Tem a palavra o Pastor José Vieira Rocha, que é o Secretário-Geral da Convenção Batista do Estado de São Paulo - Ordem dos Pastores Batistas do Brasil.

 

O SR. JOSÉ VIEIRA ROCHA - Exmo. Sr. Deputado Vaz de Lima, Presidente desta Sessão Solene e também a quem coube a iniciativa de convocar esta Sessão; irmão Valdo Romão, Presidente da nossa Ordem; demais componentes da Mesa, queridos pastores e colegas aqui presentes, meus irmãos e minhas irmãs, permitam-me uma saudação especial ao coral da igreja que pastoreio aqui presente, à Convenção Batista do Estado de São Paulo, a qual me honra em ser o Secretário-Geral, e também Secretário-Geral da Ordem dos Pastores que se representa, nesta ocasião, manifestando diante de Deus a gratidão pela bênção desta iniciativa e desta oportunidade.

Contamos 60 anos da Ordem dos Pastores e quando falamos na história da Ordem dos Pastores no Estado de São Paulo seria impossível qualquer palavra sem uma referência especialíssima ao idealizador, ao fundador da Ordem, Pastor Dr. Rubens Lopes, que por mais de 30 anos a presidiu.

Somos hoje, Deputado Vaz de Lima, no Estado de São Paulo para perto de mil e 500 pastores, que pregam às quase mil e 30 igrejas e 400 congregações, podendo registrar, pois, que em mais de mil e 400 endereços neste Estado a Palavra de Deus é pregada pelos batistas. Graças a Deus que em outros milhares é pregada também por diversos outros grupos religiosos, como os da Igreja Presbiteriana Independente, da qual o irmão faz parte como pastor e como líder.

Graças a Deus pelas vitórias que o Evangelho tem alcançado neste País, naturalmente não sem lutas, especialmente se recordarmos que a 1ª Constituição do Império do Brasil dava uma outra religião como a oficial e dava aos evangélicos ou a qualquer outro grupo religioso a possibilidade da existência - e isso está consignado na Constituição de 1824, a realização dos seus cultos desde que os locais de cultos não tivessem aparência exterior de templo.

De modo, Deputado, que numa hora como esta os batistas e os evangélicos do Brasil poderem se reunir neste Parlamento para comemorar os 60 anos de vida da Ordem dos Pastores; este acontecimento merece alguns “aleluias”, alguns “maranatas”, alguns “améns”, porque hoje podemos pregar o Evangelho. Se há uma coisa que aquece o nosso coração, Deputado, é podermos recordar esta história e saber que o Espírito Santo de Deus, que mora em nós e que nos dirige, é quem nos tem concedido esta vitória.

O senhor foi peça importante nisso, Deputado, para que esta comemoração pudesse se realizar, de modo que ao comemorarmos os 60 anos de vida da Ordem rendemos toda glória ao nosso Deus, a Jesus Cristo, o Nosso Senhor e Salvador e o nosso Espírito Santo de Deus que habita em nossos corações.

Que bom podermos dar uma palavra como esta num lugar tão significativo como este, onde as leis deste Estado são feitas pelos eminentes Deputados que aqui labutam no dia-a-dia.

Findando, Deputado, a nossa palavra como Convenção Batista do Estado de São Paulo é de compromisso de oração pelos Srs. Deputados - e muitos deles evangélicos, mas muitos deles ainda carecentes da maravilhosa Graça de Jesus. Ao orarmos pelo Sr., estamos orando por esta Casa e por seus pares de Legislativo. Que Deus o abençoe e que o Senhor receba o nosso tributo de glória e de honra! É a palavra da Convenção Batista do Estado de São Paulo. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - VAZ DE LIMA - PSDB - Deus continue a inspirar a oração do Pastor José Vieira Rocha, pela sua história, pela sua trajetória, pelo seu testemunho. É com alegria que passo a palavra ao Pastor Valdo Romão, Presidente da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil - Seção do Estado de São Paulo - e quero dizer que cada vez que eu o encontro eu me ligo mais a vocês pela forma correta e séria da condução dos trabalhos.

 

O SR. VALDO ROMÃO - Exmo. Sr. Deputado, querido irmão, Vaz de Lima; Exmo. Sr. José Vieira Rocha, Secretário-Geral da nossa Convenção e também da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil - Seção do nosso Estado de São Paulo; ilustres membros componentes desta Mesa, tenho a alegria, neste momento, e coloco diante de Deus a minha gratidão pelo privilégio desta hora em que o irmão e Deputado Vaz de Lima confere à Ordem e dentro desta Conferência confere a mim estar aqui vivendo este momento que é emocionante para mim, quando vivo este pedaço da história dos pastores batistas deste Estado Bandeirante.

Estar nesta Casa de Leis, sem dúvida alguma, faz mais ainda ficar emocionado pelo privilégio de poder daqui dizer o que é a Ordem dos Pastores Batistas do nosso Estado e poder ver a relevância que esta instituição tem merecido da sociedade e, de maneira particular, do Deputado Vaz de Lima que, por sua solicitação, abriu as portas desta Casa para aqui expressarmos a nossa gratidão como pastores por aquilo que Deus tem feito ao longo deste 60 anos da nossa Ordem.

Todos aí têm em suas mãos algo que escrevi, intitulado o tema da minha palavra, percorrendo o rastro da história. Quando percorremos o rastro da história da Ordem dos Pastores vamos ao primeiro documento formal produzido para começar a ser escrito, a história desta instituição. É uma carta circular datada de cinco de agosto de 1942, assinada pelo Pastor Salvador Farina Filho, demonstrando aquilo que era o ideal, convocando após uma reunião ocorrida no dia 28 de julho de 1942, na 1ª Igreja Batista de São Paulo.

Naquela oportunidade, um grupo de pastores entendeu que deveria realizar uma reunião onde pudessem trazer à existência esta instituição que hoje está comemorando os seus 60 anos. A reunião aconteceu no dia 18 de agosto de 1942, no templo histórico da 1ª Igreja Batista de São Paulo, mais precisamente no Salão Dr. Tertuliano Cerqueira. Ali estávamos com a presença de 17 pastores. Esses 17 pastores com o ideal de fraternidade, de desenvolver o trabalho, buscando juntar aqueles que tinham a responsabilidade de dar um norte no trabalho das igrejas batistas do nosso Estado. A reunião aconteceu e, de lá para cá, aquela reunião vem se realizando a cada mês e a cada mês podemos ver aquele grupo sendo somado a outros.

Hoje contamos, no grêmio de sócios da nossa Ordem, com dois mil e 400 inscritos. Ativos são os pastores que estão desenvolvendo o ministério da palavra, temos por volta de mil e 500 pastores. Isso alegra o nosso coração e essa alegria traz responsabilidade de sermos aqueles chamados por Deus para ministrar a Palavra de Deus, que é a nossa ferramenta de trabalho. Somos obreiros da Bíblia, lidamos com a Palavra de Deus e na Palavra de Deus buscamos trazer aqueles recados que Deus tem colocado para levarmos ao povo de Deus, em cada oportunidade que Ele mesmo nos tem dado de poder fazer conhecido o Ministério da Palavra. Especialmente quero neste momento, ilustre Deputado, dizer que vejo agora a grande responsabilidade que os pastores batistas têm de trazerem para si a responsabilidade de ensinar as verdades da Palavra de Deus.

Isso me faz lembrar do texto que traz dois personagens bíblicos: Pedro e João. Estavam eles indo a caminho do templo e passavam pela porta chamada Formosa, ali se encontrava um mendigo, um necessitado que estava vendo naqueles dois homens de Deus a grande oportunidade econômica-financeira para sua vida; queria buscar uma ajuda que tinha natureza econômica. Quando aqueles homens pararam, fitaram os olhos daquele necessitado, e diz o texto no Verso 4, do Capítulo 3 de Atos: “Olha para nós...” Essas expressões vêm a minha mente como uma grande responsabilidade. Há um chamado de compromisso. Aquele homem olhou para Pedro, olhou para João e eu tenho certeza de que o que estava atrás daquele pedido era de se colocar como alguém que tinha algo para aquele homem na sua necessidade. Essa expectativa foi cumprida quando então disseram àquele homem: “Não tenho prata, nem ouro, mas o que tenho, isso lhe dou, em nome de Jesus, levanta-te e anda!” Registra a Palavra de Deus que ao comando destas palavras aquele necessitado levantou e andou.

Quero dizer que temos a responsabilidade, como pastores, de chamar para nós a responsabilidade ressoando as palavras de João e de Pedro: “Olha para nós...” É a responsabilidade de estar dizendo: “Deu certo na minha vida a Palavra de Deus! Deu na nossa vida a Palavra de Deus! Deu certo e pode dar certo na vida daqueles que dão lugar à Palavra de Deus!”

É uma tremenda responsabilidade e, nesta noite, às responsabilidades que já temos se soma mais esta: a de ser um povo relevante, de sermos obreiros relevantes que, de fato, empunham a Palavra de Deus para que ela possa ter lugar nos corações dos necessitados.

Deputado Vaz de Lima, queridos irmãos e irmãs que estão aqui, colegas pastores que estão aqui, saímos daqui com maior responsabilidade para dizer a todos quantos Deus tem colocado diante de nós: “Olhem para nós!” Isso vem com uma tremenda tarefa: a de ser exemplo nesse tempo que necessitamos de referenciais.

Que os pastores batistas continuem escrevendo a sua história, colocando-se como exemplo para que, em primeiro lugar, o nome de Deus seja glorificado e possamos ver a Sua obra cada vez mais sendo escrita com toda a seriedade que precisa ser escrita.

Deus abençoe a todos, Deus abençoe o seu mandato, Deputado Vaz de Lima, Deus abençoe a sua vida familiar, Deus abençoe todo o seu ministério na área política e que o irmão a cada dia possa ser o exemplo que tem sido para a minha vida e para tantos quantos o irmão tem liderado como Líder do Governo nesta Casa. Deus o abençoe! Muito obrigado. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - VAZ DE LIMA - PSDB - Como fizemos uma pequena modificação no início da nossa liturgia, vamos novamente louvar ao Senhor com o Hino do Coral.

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-              É feita a audição do Hino do Coral. (Palmas.)

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O SR. PRESIDENTE - VAZ DE LIMA - PSDB - Teremos agora a oportunidade de orar por esta Casa. O Pastor Josias Soares Ribeiro é o 1º Vice-Presidente da Ordem vai fazer a sua oração. Quero, em nome dos meus pares, receber como temos recebido em outras oportunidades esta oração, pedindo para que, de fato, Deus oriente as decisões desta Casa. Esta oração não é uma formalidade, mas precisamos e queremos para que possamos fazer leis justas. Vamos nos colocar em pé para a oração e, depois, dois cantos congregacionais.

 

O SR. JOSIAS SOARES RIBEIRO - “Curvamo-nos diante da sua presença em nome de Jesus para te exaltar, para te glorificar na beleza da tua santidade. Tu és Soberano, mas temos o privilégio de chegar ao trono da tua graça, amparados, cobertos pelo poder do sangue de Cristo derramado em nosso lugar na Cruz do Calvário.

E como teu povo, Senhor, nos reunimos nesta Casa de Leis entendendo a importância que ela representa para este Estado e para a instituição democrática na qual estamos fundamentados. Queremos, Senhor, invocar nesta hora a Tua bênção sobre a diretoria, sobre a Mesa de trabalhos, sobre os Deputados, enfim todos aqueles que, convocados através da democracia, nos representam aqui nesta Casa.

Dá, Senhor Deus, a Tua liderança, a iluminação do Teu Espírito Santo para que as leis que aqui forem aprovadas e que serão executadas possam, realmente, Senhor, contribuir para o bem do Teu povo deste grande Estado.

Abençoe, Senhor Deus, especialmente o seu Presidente, a diretoria para que tenham a liderança sábia para conduzir todos os trabalhos.

Com esta Casa de Leis pedimos toda a Tua bênção para todo o povo do Estado de São Paulo; este Estado Líder da nossa Federação. Ó, Deus, possamos ter a certeza que a Tua mão estará, partindo de um trabalho tão importante como este, atuando com mais propriedade e liberdade neste Estado.

Pedimos a Tua bênção para o Teu servo, Deputado Vaz de Lima, que ele continue a ser essa bênção para a o Evangelho que está sendo e nós te louvamos para que ele tenha cada dia a mais sabedoria, coragem, liberdade de estar defendendo a Palavra do Evangelho neste Estado.

Nós oramos agradecidos pela Ordem dos Pastores Batistas do Estado de São Paulo e por todos os pastores que militam aqui e em todo o nosso País. Por eles nós te louvamos, Senhor, por aquilo que representam na vida deste nosso querido País.

Que o Teu amor e a Tua graça continuem a nos conduzir nestes momentos, em nome de Jesus. Amém!”

 

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- É feito o ato de Adoração com o hino “Grandioso És Tu”, de Carl Boberg, melodia sueca e arranjo de Ralph Manuel. (Palmas.)

 

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- É feito o ato de Adoração no “Como agradecer a Jesus?”, de Andraé Crough, com tradução de James Frederick Spann e Jaubas Freitas de Alencar. (Palmas.)

 

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O SR. PRESIDENTE - VAZ DE LIMA - PSDB - Ainda em pé, meus irmãos, vamos ter uma oração com o Pastor Ivan Gonçalves, desta feita pela nossa Pátria que aqui representamos, que aqui vive um novo momento. Vamos pedir que Deus abençoe as autoridades que têm a responsabilidade de, em seu nome, vez que toda a autoridade vem de Deus, diz a palavra, para que essas autoridades possam conduzir esta Nação para o bem, como diz o Apóstolo São Paulo. A autoridade é Ministro de Deus para o bem. É nessa direção que vamos orar: para que o bem, a justiça do Senhor recaiam sobre a nossa Pátria.

 

O SR. IVAN GONÇALVES - “Deus eterno, nós Te somos gratos porque até aqui nos ajudou, Senhor. Nós Te louvamos pelo Brasil que o Senhor criou e tem sustentado pelo Teu grande poder. Nós Te louvamos, porque o Evangelho de Jesus Cristo tem florescido nesta terra e o Senhor tem dado a graça de estarmos aqui hoje, reunidos em Teu nome para Te bendizer, exaltar e reconhecer que o Brasil é do Senhor!

Queremos, ó Deus, entregar em Tuas mãos o nosso Presidente da República, S. Exa. Luiz Inácio Lula da Silva; queremos entregar os Senadores em Tuas mãos; queremos mais uma vez entregar os Deputados, os Vereadores, o nosso Governador, a nossa Prefeita, ó Deus, queremos entregar essas autoridades para que elas exerçam a justiça do Senhor, para que sejam pessoas íntegras, para que sejam pessoas que tenham o temor do Senhor em seus corações, para que governem segundo o Teu querer.

Muito obrigado, ó Deus, porque o Senhor tem nos permitido ter paz em nosso País, tem nos dado liberdade para abrirmos a Tua palavra.

Queremos também, Senhor, Te pedir que o Senhor liberte a nossa Pátria da violência, das drogas, da corrupção, das crianças abandonadas. Ó Deus, nós Te pedimos que o Senhor distribua a justiça em nosso País para que esses homens colocados em postos-chave sejam os instrumentos do Senhor para exercerem a Tua justiça.

Nós Te louvamos, porque o Senhor é Deus e nós Te agradecemos e Te louvamos em nome de Jesus. Amém!”

 

O SR. PRESIDENTE - VAZ DE LIMA - PSDB - Vamos nos sentar. Vamos ouvir a Palavra do Senhor, que nos será trazida nesta hora pelo Pastor Fausto Aguiar de Vasconcelos, que é da 1ª Igreja Batista do Rio de Janeiro, e que foi convidado especialmente pela Ordem dos Pastores do Brasil - Seção São Paulo, lembrando que o Pastor Fausto está no Rio de Janeiro - e já disse isso em nossa brincadeira inicial “por empréstimo” - ele é de Bauru, São Paulo, por diversas vezes já presidiu a Convenção Batista Brasileira e está aqui para aproveitar e ver sua mãe. Então, é uma alegria vê-lo aqui e vamos, nesta hora, pedir que o Espírito Santo de Deus nos inspire e o inspire na Palavra.

 

O SR. FAUSTO AGUIAR DE VASCONCELOS - Exmo. Sr. Presidente desta Sessão Solene da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, Deputado José Carlos Vaz de Lima, demais membros que compõem a Mesa que preside este encontro, Liderança Batista do Estado de São Paulo, pastores que compõem a Ordem dos Pastores Batistas do Brasil - Seção do Estado de São Paulo, autoridades civis, militares e eclesiásticas aqui presentes, irmãos e irmãs que são membros de igrejas batistas deste Estado, demais irmãos e irmãs membros de igrejas evangélicas deste Estado, meus senhores e minhas senhoras, quero agradecer muito profundamente o elevado convite que esta Ordem dos Pastores Batistas do Brasil - Seção do Estado de São Paulo me estendeu para estar aqui nesta oportunidade.

Como bem o disse o ilustre Presidente desta Sessão Solene, sinto-me absolutamente à vontade não apenas neste lugar, mas neste Estado e nesta cidade. Tendo nascido e sido criado na cidade de Bauru, onde meu pai, Pastor Fausto de Vasconcelos, hoje na presença do Senhor, pastoreou a então 2ª Igreja Batista, hoje Igreja Batista Beriana, além de também haver pastoreado a Igreja Batista em Piratininga e a 1ª Igreja Batista em Pirajuí, estando presente neste recinto a minha mãe, Profª. Isaulina de Aguiar de Vasconcelos, nascida em Macatuba ao tempo em que era chamada de Bocaiúva. Portanto, a nossa família é, toda ela, paulista. Não é “paulipolitana”, mas paulista. Nós nos sentimos muito bem neste lugar.

Tenho observado desde o começo desta Sessão Solene que, mais do que uma Sessão Solene, este é um culto que está sendo prestado ao Senhor Deus. Tenho observado que a tônica central é a celebração da presença de Deus.

Enquanto para cá vinha pensava eu, em termos de pergunta: esta é exatamente uma celebração do que? Seria a comemoração dos 60 anos da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil - Seção do Estado de São Paulo e, portanto, o seu jubileu de diamante? Seria a celebração da sinergia, isto é, do esforço comum que resulta nessa Ordem como a conhecemos? Seria esta a celebração da sinóptica, isto é, da visão comum, conjunta que tem promovido esta Ordem ao longo de seis décadas? Seria esta a celebração da liderança, da ousadia, da criatividade? Tenho para mim, irmãos e irmãs, que tudo isso compõe esta celebração, mas mais do que uma celebração da história, é a celebração do Deus que é o Senhor da história! Estamos aqui para celebrar a presença de Deus! Estamos aqui para celebrar o poder de Deus! Estamos aqui para celebrar a manifestação da glória de Deus!

Isso nos leva ao texto do Salmo nº 126, que ministra ao nosso coração, dizendo: “Quando o Senhor trouxe do cativeiro os que voltaram a Sião éramos como os que estão sonhando. Então a nossa boca se encheu de riso e a nossa língua de cânticos. Então se dizia entre as nações: grandes coisas fez o Senhor por eles.” Este é o versículo que está na conclusão do artigo do Presidente desta Ordem.

Sim, grandes coisas fez o Senhor por nós e, por isso, estamos alegres. “Faze regressar os nossos cativos, Senhor, como as correntes do sul, os que semeiam em lágrimas com cânticos de júbilo chegarão. Aquele que sai chorando levando a semente para semear voltará com cânticos de júbilo, trazendo consigo os seus molhos.”

Celebrando a presença de Deus, esta é a idéia principal deste momento, não apenas desta reflexão, mas desta hora. A celebração da presença de Deus na explosão da alegria. É o que nos diz o versículo nº 1: “Quando o Senhor trouxe do cativeiro os que voltaram a Sião, éramos como os que estão sonhando”; e, no Versículo nº 2, o autor ajunta: “Então a nossa boca se encheu de riso e a nossa língua de cânticos. Então se dizia entre as nações: grandes coisas fez o Senhor por eles.” Evidência e testemunho externo. Agora a evidência e o testemunho interno, sim. Grandes coisas fez o Senhor por nós e, por isso, estamos alegres.

Este salmo, aliás, tem sido alvo e objeto de inúmeros estudos e há hebraístas que entendem que estes três primeiros versículos devem ser traduzidos no tempo presente ou no futuro. Isso quer dizer, então, que os três primeiros versículos refletem uma espécie de predição, de profecia da restauração do povo de Deus. Dentro dessa linha de pensamento, os três versículos finais refletem uma grande expectativa, uma petição, uma súplica para que se cumpra essa predição. Para outros eruditos do Antigo Testamento, o Salmo nº 126 é pós-exílico, isto é, ele vem no contexto da libertação do povo de Deus, do cativeiro na Babilônia por volta de 538 a.C., por mãos de Ciro, da Pérsia.

A idéia central é esta: de alguma forma Deus está intervindo na história do seu povo. Vem, então, essa sensação por parte do povo de Israel de que, quem sabe, os 70 anos do cativeiro se passaram com tanta rapidez que eis que estão eles agora de volta à Terra Prometida. Por isso, a boca se enche de riso e a língua fica repleta de cânticos. Ou será que aquele cativeiro terminou de maneira inesperada, surpreendente. O fato é que o povo explode dizendo: “Grandes coisas fez o Senhor por nós!” Estavam eles como que sonhando, como que pensando que alguma coisa nova estava a acontecer. Acontece isso com todos nós. Quantas vezes, em meio a uma grande celebração, dizemos que estamos sonhando: “Por favor, me belisquem. Alguma coisa está acontecendo. Não pode ser bem assim”. O povo de Deus se sentia numa explosão de alegria, porque celebrava a presença de Deus no seu meio. Essa é a tônica de Deus neste momento: celebração da presença de Deus. Grandes coisas fez o Senhor por nós e, por isso, estamos alegres.

Irmãos e irmãs, há momentos em que a minha mente divaga. E gostaria que houvesse uma máquina que me levasse de volta no tempo e no espaço, para que eu pudesse contemplar pessoalmente alguns dos grandes momentos da história da civilização. Ainda incluindo aqui toda a história do Antigo Testamento e do Novo Testamento por igual. Mas há uma história que gostaria eu pudesse ver presenciar e a ela assistir.

Como eu gostaria de que uma máquina do tempo me levasse de volta e me colocasse sobre o Monte das Oliveiras. E eu pudesse contemplar a dedicação do majestoso templo de Salomão em Jerusalém. Como gostaria de ali ver aqueles 120 sacerdotes tocando as trombetas e todos os cantores levitas cantando em uníssono: “Dai graças ao Senhor porque Ele é bom, porque a Sua benignidade dura para sempre.” Como eu gostaria que a máquina do tempo me levasse e me permitisse ver aquele fogo de Deus consumindo aquele imenso sacrifício, com 22 mil bois, 120 mil ovelhas. Como eu gostaria de voltar do tempo no espaço e contemplar Salomão ajoelhado sobre aquela plataforma de bronze que ele mandara construir. E ali, com as suas mãos elevadas, glorificar o nome do Deus Todo Poderoso. Como eu gostaria de ver a Glória de Deus enchendo o tempo de tal maneira que os sacerdotes mal podiam ficar em pé.

Mas quando eu assim divago, o Espírito Santo chama a minha atenção para João, Capítulo 1, Versículo 14. “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós e vimos a sua glória como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.” Então, digo de mim para mim, por que voltar no tempo e no espaço, se a Glória de Deus está agora manifesta em Cristo Jesus, Nosso Senhor e Salvador? E dos lados do Salvador vem outra instrução: “Eu não vos deixarei órfãos. Voltarei para vós. Irei para o Pai. Enviarei o Consolador.” Por que voltar no tempo e no espaço se a Glória de Deus manifesta em Cristo Jesus está no meu coração, que é agora santuário do Espírito Santo?

A Glória de Deus, daquele dia em Jerusalém, a Glória de Deus manifesta na celebração do povo, dá volta da Babilônia. Ela está entre nós, porque Deus está entre nós. Quando recordamos as bênçãos de Deus, não fazemos como se fora estatística, isto é, como se estivéssemos apenas relatando números, em especial com respeito a essa Ordem de Pastores. Podemos dizer que já houve tantos retiros da Ordem. Temos isto e aquilo. Isto faz bem, mas recordar as bênçãos de Deus, celebrando a Sua presença, é reviver as emoções geradas pela presença de Deus entre nós.

Lembro-me, Sr. Presidente, Mesa, irmãos e irmãs, do meu relacionamento muito pessoal com esta Ordem. Meu pai, durante 65 anos dos seus 98 anos de vida, foi pastor, grande parte deste período no Estado de São Paulo. Creio que ele participou de todos os retiros da Ordem dos Pastores, a partir de certo ano, a não ser do final de sua vida, quando a enfermidade não mais lhe permitiu fazê-lo. Ele trazia todos os anos a fotografia oficial do retiro. Colocava atrás a data, o local e o nome dos pastores da fotografia. Com isso, fui crescendo acostumando-me a cada fisionomia do Ministério Batista de São Paulo.

Recordo-me agora com vívida emoção, lembrando-me das bênçãos de Deus, mas procurando reviver os sentimentos promovidos por essas bênçãos, de um dia em que embarquei em um bonde na Praça João Mendes, com destino à Praça da Árvore, Vila Mariana. Ali estava também o Pastor Benedito Peçanha. Olhei para ele, lembrei-me do nome dele. Não o conhecia, mas pelas fotografias dos retiros da Ordem dos Pastores, pelo cuidado do meu pai em colocar o nome dos participantes, e ali me vejo mais uma vez naquela fotografia, em cada uma delas, nomes, rosto de cada pastor retirante - lembro-me depois do retiro da Ordem, em 1961, na cidade de Bauru. Estava eu com 11 anos de idade.

Toda congregação reunida no grande recinto do Automóvel Clube de Bauru, na Praça Rui Barbosa, o culto de cada noite. A entrevista do Pastor Rubens Lopes na televisão, em Bauru. Um dos entrevistadores, um pastor presbiteriano, Guttemberg Campos, de Bauru. E uma resposta até hoje está comigo.

Perguntaram ao Pastor Rubens Lopes: “Se o senhor fosse para uma ilha distante e tivesse a opção de levar um único livro com o senhor, que livro o senhor levaria?” E ele disse na hora: “A Bíblia Sagrada.” Esta resposta está dentro de mim até este momento!

Recordo-me também que em outra intervenção, virando-se para o Pastor Guttemberg, o Pastor Rubens disse: “Quando chegar ao Céu, espero ver o colega comigo lá também.”

Sr. Presidente, isso está dentro do meu coração. A recordação das bênçãos, mas o reviver das emoções da intervenção de Deus. Dezessete anos de idade, estou na Igreja Batista de Vila Mariana para o Jubileu de Prata da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil, Seção do Estado de São Paulo.

Algumas imagens continuam vívidas no meu coração. Diz o meu primo, Pastor Heber Vasconcelos, proferindo o seu sermão sobre Tessalonicenses, Capítulo 2, Versículos 19 e 20, com o título “Vós sois a nossa coroa de glória.”

Ele, que não era muito mais alto do que eu, mas que para mim, naquele momento, parecia um gigante de tão alto. Eu o vejo pregando, Sr. Presidente e queridos irmãos e irmãs, vejo numa das sessões à tarde, no salão, uma irmã fazendo um solo que ainda está no meu ouvido e no meu coração: “Oh, não temas, Sou contigo, Teu piloto até o fim. Não te importe com perigos, eis minha mão, confia em mim.”

E após o solo, o Presidente da Ordem, Pastor Rubens Lopes, começa a narrar algumas de suas viagens naquele que era o momento culminante de sua liderança denominacional, com a campanha das Américas. Falando em diversas viagens, perigos pelos quais passava e aquela certeza de que o Senhor Jesus era o seu piloto até o fim. Isso está dentro de mim, tão vívido como se eu lá estivesse agora, 25 anos antes. Recordando as bênçãos de Deus, revivendo as emoções dessas mesmas bênçãos.

Vejo, por exemplo, em Samuel, Capítulo 7, Versículo 12, a expressão usada esta noite: “Ebenézer, até aqui nos ajudou, Senhor”, mas na ótica de se reviver o sentimento da bênção, podemos lembrar que no Capítulo 4, Ebenézer é o nome da localidade em que o povo de Israel está acampado e de onde sai para uma tremenda derrota diante dos filisteus. Mas anos depois, quando o povo vence os filisteus, Samuel como que evoca não apenas a bênção, mas o sentimento e usa a palavra Ebenézer não mais como o símbolo de derrota, mas como evidência da vitória trazida pelo poder de Deus.

Celebração da presença de Deus na explosão da alegria. A nossa boca se encheu de riso e a nossa língua ficou repleta de cânticos. Grandes coisas fez o Senhor por nós e, por isso, estamos alegres. Celebração da presença de Deus não apenas na explosão da alegria, mas também na súplica pela restauração.

Um colega nosso visitava o sul da Palestina. Para lá viajara com uma crise de conjuntivite. Levara consigo algumas gotas, num pequeno frasco, que deveriam ser pingadas todas as noites, durante duas semanas. Numa das noites, no hotel, ficou surpreso. Ao tentar pingar aquelas gotas não havia mais nada. Tudo estava seco. Efeito do deserto.

Ele disse que, estando junto ao Mar Morto, teve uma idéia. disse ele: “Esse mar não é morto. É morto apenas do ponto de vista de vida animal, mas de vida mineral este mar é muito vivo. Vou fazer alguma coisa diferente. Vou pingar uma gota do Mar Morto na minha vista. Poderei ficar cego, mas se não ficar cego, vou ficar curado.”

E foi o que ele fez, pingou uma gota. Disse ele que o olho ardeu, queimou, mas até hoje a doença não voltou. Ele estava exatamente no Salmo 126, Versículo 4: “Faze regressar os nossos cativos, Senhor, como as correntes no sul. Ele estava no Deserto do Negueb, no sul da Palestina, como que uma extensão do Deserto do Sinai. Esse texto nos fala disso.

Segundo alguns intérpretes do Salmo 126, há aqui uma súplica: “Senhor, que as águas inundem o Deserto do Negueb e todos aqueles sulcos no chão, todas aquelas fissuras no solo, sejam elas encharcadas de uma tal maneira, que a vegetação volte à nossa Nação. Restaura, Senhor, o verde da nossa Pátria.”

Para outros, a súplica é parecida: “Faze, Senhor, com que os cativos, retornando para a terra desolada pela seca, pelos gafanhotos, que esses cativos trabalhem de uma tal maneira que a nossa terra seja plenamente restaurada.” De uma forma ou de outra, a súplica é uma só: “Senhor, dá-nos vida. Senhor vivifica a nossa terra.”

E, nesta noite, ao celebrarmos a presença do Senhor, na história dessa Ordem dos Pastores Batistas do Brasil, Seção do Estado de São Paulo, estamos clamando: “Senhor, renova, restaura, vivifica o Teu povo, a Tua igreja, o Teu ministério que aqui colocaste.”

Esperamos que haja uma restauração permanente por parte do Senhor. Penso que deveria o Senhor sempre nos restaurar. Para mim, a convicção da vocação celestial para o ministério da palavra. Como precisamos disso.

Meu pai tantas vezes em conversa comigo se referia à sua chamada para o ministério e dizia: “Meu filho, se há uma coisa que hoje me faz falta, é ver a igreja chamando as pessoas.” Eu lhe perguntei: “Mas papai, o que significa dizer isso?” Ele disse: “Vejo tantas pessoas se apresentando e dizendo ‘Eu quero ser pastor!’” Como eu gostaria que essa afirmação fosse sustentada por uma outra vocação, a vocação de Deus através da igreja e a igreja dizendo: “Você é um vocacionado.”

A experiência dele foi essa. Convertido aos 32 anos de idade, o primeiro da sua família a conhecer o Senhor Jesus, considerava a Salvação um privilégio tão grande que quando sentiu no coração a chamada para o Ministério, simplesmente recusou, mas a igreja continuava a insistir: “Irmão Fausto, o irmão é um pastor.” Semanas depois, uma outra pessoa: “Irmão Fausto, o irmão é um vocacionado.” Um mês depois, uma outra pessoa: “O irmão já pensou em ser um pastor?” Ele me disse: “Filho, fui coagido pela igreja a ser um pastor. Deus me chamou no coração, mas confirmou através da Igreja.” A Igreja disse: “Você é um vocacionado.” Como precisamos que Deus restaure permanentemente essa convicção plena da vocação para o ministério da palavra.

Em 1968, esta cidade do Estado de São Paulo - e eu já aqui residia - foi visitada por um dos grandes homens de Deus de todas as gerações, o Dr. Stanling Jones, missionário metodista na Índia por 40 anos. Falou ele no Santuário da Igreja Metodista da Liberdade. Como sempre li livros de biografias, quis muito ouvi-lo e fui lá.

Semanas depois, conversava com o Pastor Ary Veloso, que fora o seu intérprete e perguntei: “Ary, o que o senhor ouviu dos lábios do Dr. Stanling Jones? O que é que o impressionou muito?” E ele respondeu: “Virei-me para o Dr. Jones várias vezes e perguntei: ‘Dr. Jones, o senhor tem uma vitalidade intelectual impressionante. O senhor tem uma vitalidade espiritual impressionante. O senhor tem uma vitalidade emocional impressionante. Qual o segredo de sua vitalidade?’”

E o grande homem de Deus respondeu dizendo: “Todos os dias, onde quer que eu esteja neste mundo, independentemente do fuso horário, procuro dedicar 90 minutos para o meu posto de escuta; isto é, 90 minutos ouvindo a voz de Deus.”

Dr. Jones escreveu o seu testemunho, intitulado “Ouvi uma voz na Índia”. Diz que durante muitos anos, no seu ministério, ele padeceu de um esgotamento nervoso quase que permanente. Várias vezes voltou para os Estados Unidos para tratamento. A última dessas vezes, depois de um ano de tratamento, retornando para a Índia, com algumas semanas voltou a desmaiar. E ele entendeu que a sua carreira missionária chegara ao fim.

Ajoelhou-se diante do Senhor e disse: “Chega, agora chega. Não há saída.” Uma voz lhe falou ao coração. Daí o seu testemunho: “Ouvi uma voz na Índia”. Você se dispõe a permitir que eu faça o meu ministério através de você? Você se dispõe a colocar a sua obra nas minhas mãos, para que a sua obra se torne minha obra? Disse ele que a resposta em oração foi uma só: “Senhor, negócio fechado.” Diz ele no testemunho, que durante semanas era como se ele não ficasse cansado.

Ele afirma ter sofrido uma restauração que ele mesmo qualifica de biológica, fisiológica, psicológica e espiritual. Tão completa que nas décadas seguintes a sua vida foi inteiramente colocada no altar do Senhor, dentro da Índia, da qual chegou a pensar em se retirar. “Ouvi uma voz na Índia.”

Ilustre fundador e Presidente desta Ordem por 31 anos, Dr. Rubens Lopes, num sermão paraninfal, num Seminário Teológico Batista do sul do Brasil, falou sobre falta de pastores e de pastores que fazem falta, atacando exatamente esta questão: Vocação ministerial. E há uma afirmação dele que considero genial: “Pastor que não enche a tigela do povo é pastor de meia tigela!” Mais uma vez ele faz uso do argumento da vocação divina para o ministério. E quantos aqui não apenas o conheceram, foram alunos dele e sabem disso. Na realidade, quando celebramos a presença de Deus e ao feitio dos cativos dizemos: “Senhor, restaura a nossa terra”, estamos dizendo: “Senhor, restaura em nós, pastores, a glória da vocação ministerial.”

Para que se cumpra em nós a palavra de Paulo em I Corintios, Capítulo 4, Versículos 1 e 2: “E os homens nos considerem como ministros de Cristo e despenseiros dos segredos e mistérios de Deus. Requer-se de cada despenseiro que seja encontrado fiel.” Celebração da presença de Deus na súplica pela restauração. E finalmente, mas não imediatamente: “Celebração da presença de Deus, a explosão da alegria, na súplica pela restauração e na convicção de uma colheita abundante.” É o que nos diz o texto da palavra. “Os que semeiam em lágrimas com cânticos de júbilos chegarão. Aquele que sai chorando, levando a semente para semear, voltará com cânticos e júbilo, trazendo consigo os seus nomes.”

Lágrimas do ministério, o autor usa a figura à analogia da agricultura. E lá vemos o semeador chorando enquanto semeia. Quanto dura uma noite? A noite dura sempre o mesmo número de horas, entre o pôr do sol e o raiar do sol. Mas há uma diferença. Para aqueles que estão dormindo, a noite passa rapidamente. Para aqueles que estão acordados trabalhando ou na vigília de uma eternidade ou de qualquer outra situação adversa, a noite custa a passar, mas o número de horas é exatamente o mesmo. No Salmo 30, Versículo 5, o salmista diz: “O choro pode durar toda uma noite, mas a alegria vem pela manhã.” Em outras palavras, não há noite que dure para sempre. A noite sempre termina; a aurora sempre começa.

O Dr. Theo Anguelof, que é o atual Secretário da Federação Batista Européia, ele que é da Bulgária, contou no Conselho Geral da Aliança Batista Mundial, no ano passado, uma experiência da 1ª Igreja Batista.

Durante longas décadas, a igreja esteve cerrada por causa do governo comunista. Não apenas cerrada, mas depredada. E para liquidar de vez com a igreja, o governo comunista mandou cimentar todo batistério.

Décadas depois, a propriedade foi devolvida à igreja. E disse ele que no primeiro culto apenas os membros da igreja entraram naquele santuário. Entraram e choraram amargamente. Choraram de tristeza ao ver aquele santuário quebrado, arruinado, depredado. Choraram amargamente ao ver o batistério cimentado até a sua borda. Choraram amargamente porque alguns nunca acreditaram que voltariam a entrar naquele santuário. Mas deram as mãos, cantaram, oraram e tomaram a decisão de reabrir aquele santuário.

Com a ajuda de batistas da Holanda, o santuário foi totalmente remodelado e o primeiro culto foi um culto com a celebração da ordenança do batismo bíblico. Para provar mais uma vez que a palavra de Deus não está presa e que o Deus do passado é o Deus do presente, porque aqueles que semeiam a preciosa semente caminhando e chorando, aqueles que assim fazem, voltarão com alegria.

Meu tio, o Pastor Altino Vasconcelos, que muitos aqui conhecem, a quem Deus deu o privilégio na semana retrasada de celebrar 101 anos de idade, com a mesma lucidez intelectual e mental, conversando naturalmente, no ano passado, celebrou 100 anos do santuário da Primeira Igreja Batista no Rio. Ele estaria no Rio e convidei-o para que fosse à nossa igreja. Ele tomou o microfone e falou à igreja. E disse: “O meu sobrinho Faustinho me fez andar 1100 quilômetros apenas para dar uma saudação. Eu quero falar um pouco mais.” E falou, sem nenhuma dificuldade.

A semana retrasada, fez 101 anos e às vezes ele e eu conversamos sobre o ministério. E ele disse: “Faustinho, lembre-se: nós, pastores, somos semelhantes à cana. Depois que a garapa é extraída, viramos bagaço e somos jogados fora.” Outra dele: “Faustinho, lembre-se: ser pastor é como pipoca, vem fogo, mas fique pulando.”

Lágrimas no ministério, lágrimas no aconselhamento, lágrimas na pesquisa e no preparo adequado para o público, lágrimas na evangelização, lágrimas na visitação, lágrimas na família, lágrimas no relacionamento com os colegas, lágrimas na solidão do gabinete pastoral, lágrimas nos sonhos quebrados, lágrimas nas esperanças frustradas, lágrimas nas decepções, lágrimas, lágrimas, lágrimas no ministério. Mas estas lágrimas terão fim. A alegria virá pela manhã. Não há lágrima que dure para sempre, porque não há noite que dure para sempre. Nesse sentido, queridos irmãos e irmãs, particularmente colegas, este Jubileu do Diamante é uma metáfora, uma analogia preciosa.

Das pedras preciosas, o diamante é o mais duro, o de maior brilho. O ministério pastoral exige muita resistência, mas é de brilho inexcedível.

Celebração da presença do Senhor na convicção de uma abundante colheita.

Em 1927, 16ª Assembléia da Convenção Batista Brasileira, no Colégio Batista de São Paulo. O grande homem de Deus, o pioneiro William, que 46 anos antes desembarcara com sua esposa em nosso país, levanta-se para falar àquele plenário convencional. E ele recorda as bênçãos de Deus, lembrando-se da emoção do dia 22 de junho de 1907. Ontem, 96 anos exatos da organização da Convenção Batista Brasileira.

Ele, agora, encanecido, com os olhos marejados de lágrimas, com a voz embargada e as mãos trêmulas de emoção, recorda-se daquele dia e diz que se voltando para Zacarias Taylor disse: “Oh, Taylor, veja todos aqueles que vieram aqui. Veja o povo participando deste trabalho. Oh, Taylor, que maravilha, veja o que Deus fez!”

Rubens Lopes não está aqui. Aqueles pioneiros de 1942 não estão aqui. Meu pai não está aqui. Muitos obreiros desses últimos 60 anos não mais estão aqui, estão todos desfrutando das bem-aventuranças, na presença do Senhor Jesus, mas nós estamos aqui e podemos dizer: “Oh, Cidade de São Paulo, veja o que Deus fez. Oh, Estado de São Paulo, veja o que Deus fez. Oh, Brasil, veja o que Deus fez. Oh, mundo, veja o que Deus fez.” E nós nos servimos da doxologia de Paulo, em Efésios 3, 20 e 21: “Ora, àquele que é poderoso para fazer tudo mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, a esse seja dada a glória na igreja e por Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo sempre. Amém.” (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - VAZ DE LIMA - PSDB - Obrigado, Pastor Fausto, pela belíssima palavra, pela reflexão.

Estava dizendo dessa história de ter estado no jubileu de prata, e o Pastor Valdo nos colocou nas mãos um livro, não estava lá assim não, não era pastor ainda, era muito novo para isso, o pai devia estar aqui.

Pastor Fausto Vasconcelos, natural do Estado do Mato Grosso, nascido em 10 de julho de 1898, ordenado ao ministério em 13 de maio de 1932. Data do ingresso nesta Ordem: 22 de julho de 1947, Inscrição nº 98. Deus o abençoe pela palavra inspirada, pela verificação do nosso coração.

Vamos novamente louvar a Deus com o coral e vou me permitir solicitar ao regente Prado Benfica, se possível, que desdobrássemos agora a participação, entoando apenas o “Amou-me”, e deixássemos o Aleluia para o final da celebração. Em pé, vamos cantar os hinos.

 

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- São executados os hinos.

 

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O SR. PRESIDENTE - VAZ DE LIMA - PSDB - Em pé, vamos entoar o Hino Oficial da Ordem dos Pastores do Brasil, Seção São Paulo. Em seguida, continuaremos, fazendo o Ato de Gratidão.

 

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- É executado o hino.

 

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O SR. PRESIDENTE - VAZ DE LIMA - PSDB - Juntos, vamos fazer o Ato de Gratidão. Agradeçam ao Deus eterno, porque Ele é bom e porque o seu amor dura para sempre.

 

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- É executado o Ato de Gratidão.

 

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O SR. PRESIDENTE - VAZ DE LIMA - PSDB - Agradecemos a regência do Pastor Valdomiro Júnior, nos cânticos congregacionais.

No encerramento desta solenidade, gostaria de dizer da minha alegria em recepcioná-los nesta Casa e poder estar convivendo nestes últimos tempos com o Pastor Valdo, na diretoria da Ordem, e com o Pastor Vieira, que tem nos recepcionado sempre. E dizer da nossa alegria em poder, junto com os irmãos, dar o nosso testemunho de fé.

Pastor Valdo, no encerramento desta solenidade, quero dizer do meu grande respeito pelo trabalho que a Igreja Batista faz no País, nestes 121 anos, dos mais de um milhão de irmãos que semanalmente se reúnem nos templos deste País afora, nos 1400 endereços deste Estado.

Agradeço em nome da população do Estado de São Paulo, pelo que os irmãos têm feito em benefício da nossa população neste Estado e neste País, tantos que têm encontrado não só a palavra de Deus, mas têm encontrado a segurança e a recuperação para a sua vida. Quantos não têm sido encaminhados e recuperados através do ministério da igreja.

Particularmente, agradeço a Deus pelos sessenta anos da Ordem, no Estado de São Paulo. Permito-me também uma lembrança. Aqui foram mencionadas tantas vezes o nome de um homem que marcou muito a minha vida, o Pastor Rubens Lopes. Lembro-me de ter dito na sua igreja, Pastor Vieira, que quando ainda seminarista, morava perto da Vila Mariana e pelo menos quatro vezes por ano éramos obrigados a vir aqui ouvir o sermão do Pastor Rubens Lopes, que na época tinha um programa de TV. A minha vida foi muito marcada pela vinda do Pastor Rubens Lopes. Quero tributar a Deus a minha gratidão pela vida dele e pela vida de todos os pastores.

Encerro a minha palavra deixando um versículo da palavra de Deus aos pastores presentes e aos pastores da Ordem, Seção São Paulo, que seja esse o mote da vida de cada um: “Em nada tenho a minha vida por preciosa, conquanto que cumpra com alegria a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus para dar testemunho do Evangelho da graça de Deus.” Paulo, falando aos presbíteros da Igreja de Éfeso. Atos 20 e 24. Que Deus os abençoe.

Vamos ter a oração e a bênção pelo Pastor Valdo Romão, Presidente da Ordem de São Paulo. Em seguida, ouviremos o “Aleluia, Louvado seja Deus.”  Vamos todos ficar em pé.

 

O SR. VALDO ROMÃO - “Senhor Deus, nosso Pai, tributamos ao Senhor toda honra e toda glória.

Colocamo-nos diante da Tua presença, depositando no Teu altar o culto que realizamos agora.

Receba, Senhor, como expressão sincera do nosso coração e pedimos que as Tuas bênçãos possam recair sobre as vidas de cada pessoa que aqui está e especial que Tu estejas sobre a vida do Teu servo que conduziu-nos nesta Sessão Solene, nesta Casa. Abençoe o Pastor Vaz de Lima, sua família, seu ministério, sua atuação política nesta Casa. Ajuda, Senhor, para que ele possa, com determinação, com desprendimento, com submissão ao Senhor, fazer o ministério que ele tem para realizar à frente da bancada que lidera e que possa buscar sempre no Senhor a sabedoria de que necessita para cumprir com este momento da sua vida.

E agora, que o perfeito amor de Deus e nosso Pai, que a graça insubstituível do Senhor e Salvador Jesus Cristo e que as consolações inconfundíveis do Espírito Santo que é Deus estejam sobre todos nós, agora e para todo sempre. Amém.”

 

O SR. PRESIDENTE - VAZ DE LIMA - PSDB - Esgotado o objeto da presente sessão, antes de encerrá-la, esta Presidência agradece aos funcionários desta Casa, por todo apoio recebido. Agradeço ainda ao pessoal da Dona Yeda, sempre solícito e atencioso conosco, ao funcionário desta Casa, o Sr. Carneiro, que é Pastor da Igreja Batista, a todas as autoridades presentes e àqueles que, com suas presenças, colaboraram para o êxito desta solenidade. Está encerrada a sessão.

 

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- Encerra-se a sessão às 22 horas e 14 minutos.

 

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