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07 DE MAIO DE 2012

023ª SESSÃO SOLENE EM homenagem aos “HERÓIS DA FORÇA EXPEDICIONÁRIA BRASILEIRA”

 

Presidente: OLÍMPIO GOMES

 

RESUMO

001 - OLÍMPIO GOMES

Assume a Presidência e abre a sessão. Nomeia as autoridades presentes. Informa que o Presidente Barros Munhoz convocara a presente sessão solene, a requerimento do Deputado Olímpio Gomes, na direção dos trabalhos, para "Homenagear os Heróis da Força Expedicionária Brasileira". Convida o público para, de pé, ouvir o "Hino Nacional Brasileiro".

 

002 - HÉLIO TENÓRIO DOS SANTOS

Capitão participante da Força de Paz da ONU, cita a celebração, em 08/05 do encerramento da Segunda Guerra Mundial. Explica a posição inicial do Brasil de neutralidade durante da guerra e que o País não possuía intenção de participar efetivamente no conflito. Relata agressão alemã em 1942 afundando dois navios brasileiros e a consequente entrada do país na guerra. Discorre sobre o engajamento da Guarda Civil de São Paulo, do 6º Regimento de Infantaria e do 2º Grupo de Artilharia na criação da Força Expedicionária Brasileira (FEB) em 1943. Descreve a forma de participação da FEB na Europa, destacando as ações realizadas em território italiano. Comenta a participação da Marinha no esforço de guerra cumprindo missões especificas e também de toda a sociedade brasileira. Salienta que os ideais de democracia, liberdade e de defesa nacional da força combatente permaneceram mesmo após o conflito.

 

003 - Presidente OLÍMPIO GOMES

Anuncia a declamação do poema "Balada do Soldado Batista", de Cecília Meirelles, por Pedro Paulo Penna Trindade. Anuncia a apresentação de vídeo sobre a Força Expedicionária Brasileira. Informa que a esta sessão solene será transmitida pela TV Assembleia em data oportuna. Realiza homenagem, ao som da "Canção da Força Expedicionária Brasileira", a todos os combatentes mortos na Guerra com a entrega dos Diplomas de Reconhecimento "in memorian": à Senhora Lúcia Quaresma Brand Corrêa, representando Antonio Brand Corrêa, seu pai; e ao Senhor Egydio Raposo Gomes, representando Mário Paes Gomes, seu pai. Realiza a entrega de diplomas de Reconhecimento aos Senhores da Associação dos Ex-Combatentes: Coronel Jairo Junqueira da Silva, Presidente da Associação dos Ex-Combatentes; Gerd Emil Brunckhorst, Senhor Rômulo Flávio Machado França, Silvino Barbosa de Moura, Newton Lascaleia, Manoel Camargo Neto, Jairo Junqueira da Silva Filho, Major Samuel Silva e ao Capitão de Corveta Antônio Augusto Murati de Souza Torres, representando o vice-almirante Gusmão.

 

004 - PAULO TELHADA

Coronel da Policia Militar, discorre sobre a participação brasileira na Segunda Guerra Mundial no contexto da América Latina e sobre o papel da Policia Militar na formação da FEB. Saúda a importância desta sessão solene para preservação da memória nacional acerca do conflito e dos heróis que nele atuaram em favor da liberdade.

 

005 - Presidente OLÍMPIO GOMES

Comenta a motivação da convocação dessa sessão solene.

 

006 - DULCE MOLINARE DA SILVA

Esposa do Major Manoel Silva, comenta o papel importante no Deputado Olímpio Gomes nesta homenagem. Destaca carta recebida de seu marido durante o conflito, com palavras de confiança em seu retorno ao país.

 

007 - JAIRO JUNQUEIRA DA SILVA

Presidente da Associação dos Ex-Combatentes, agradece ao Deputado Olímpio Gomes e aos presentes pela homenagem. Tece considerações sobre as graves consequências de um conflito dessa magnitude e da importância da manutenção da paz.

 

008 - Presidente OLÍMPIO GOMES

Destaca a importância do reconhecimento da memória dos oficiais da Força Expedicionária Brasileira. Pede a realização desta solenidade periodicamente nesta Casa, como homenagem aos combatentes da FEB. Lembra que o regresso dos oficiais, após a Segunda Guerra Mundial, acelerou o fim do regime ditatorial em nosso País. Anuncia apresentação musical do cantor Rinaldo Viana, interpretando "Mia Gioconda". Faz agradecimentos gerais. Encerra a sessão.

 

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- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Olímpio Gomes.

 

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O SR. PRESIDENTE - OLÍMPIO GOMES - PDT - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Com base nos termos da XIV Consolidação do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.

 

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- É dada como lida a Ata da sessão anterior.

 

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O SR. PRESIDENTE - OLÍMPIO GOMES - PDT - Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Nos termos regimentais, esta Presidência dispensa a leitura da ata da sessão anterior.

Compõe a Mesa de trabalho para essa sessão solene, à minha esquerda, o coronel de Polícia Militar Roberto de Jesus Moretti, Comandante de Área Metropolitana 4 da Zona Leste de São Paulo; e à minha direita, o coronel do Exército Brasileiro Jairo Junqueira da Silva, Presidente da Associação dos Ex-Veteranos; e completa essa Mesa de trabalho o nosso amigo e ídolo brasileiro, cantor e tenor internacional, Rinaldo Viana, que agradeço de antemão de estar aqui conosco, porque ele ainda tem uma surpresa para todos os presentes ao decorrer da solenidade.

Estão presentes abrilhantando essa sessão solene, o coronel de Polícia Militar Mário Fonseca Ventura, Presidente da Sociedade Veteranos de 32 - MMDC; Sr. Pedro Paulo Penna Trindade, da diretoria da Sociedade Veteranos de 32 - MMDC, e membro dos Conselhos Cívico e Cultural de São Paulo; está aqui o Sr. Egydio Raposo Gomes, filho do veterano Mário Paes Gomes; representando o brigadeiro Malta Comandante do IV Comar, o aspirante Imakuma; capitão Olivandi, representando o coronal Nomura, Comandante do Policiamento Ambiental; o ex-combatente Gerd Emil Brunckhorst, que para nós é um grande orgulho tê-lo conosco aos seus 92 anos de idade; senhor Alexi Pomerantzeff, Presidente da Nação Linguística Portuguesa; Sr. Cláudio Aureliano Moreira, nosso amigo e diretor do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Construção Civil de São Paulo, representando neste momento o seu presidente, Sr. Ramalho, sempre presente conosco; capitão Hélio Tenório dos Santos, participante da Força de Paz da ONU; tenente Antonio Cruchaki, Presidente da Associação Nacional dos Veteranos da Força Expedicionária Brasileira e a sua esposa, Sra. Nadir Cruchaki; comandante Alfredo Pires Filho, do Exército Constitucionalista - Sociedade Veteranos de 32 - MMDC; capitão de corveta Antonio Augusto Murati de Souza Torres, representando o vice-almirante Gusmão; Sr. Nelson Musto, da Associação dos Ex-Combatentes do Brasil; Sr. Amado Rúbio, membro da Sociedade Veteranos de 32 - MMDC; nosso amigo major Ricardo Gomes, da Academia de Polícia Militar do Barro Branco; Sr. Luiz Sérgio Carraro, do Conselho da Sociedade dos Veteranos de 32 - MMDC; capitão PM Sebastião Ventura Rodrigues, representando o Presidente da Mútua dos Oficiais, o coronel Alfredo Vieira das Neves; Sr. Ronald Grandini, representando a Fundação Cultural do Exército Brasileiro; tenente da Polícia Militar Victor Silva, do 4º Grupamento de Bombeiros; major PM Alexandre Gaspariano, do 2º Batalhão de Choque; Sra. Maria de Lourdes Wolff, Presidente da Associação Cristã Feminina de São Paulo - YWCA; Sr. Lucas Rafael dos Santos, coordenador do Instituto de Base e Reforço; Sr. Carlos Baraldi Neto, Presidente da Associação de Grupo Bandeirante; tenente coronel Ricardo Bortoleto, subchefe da Assistência Policial Militar da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.

Senhoras e senhores, esta sessão solene foi convocada pelo Presidente da Casa, Barros Munhoz, atendendo solicitação deste deputado com a finalidade de homenagear os Heróis da Força Expedicionária Brasileira.

Convido todos os presentes para, respeitosamente, ouvirmos o Hino Nacional Brasileiro, executado pela Banda da Polícia Militar do Estado de São Paulo, sob a regência do maestro 1º Tenente Músico, PM Clébio de Azevedo.

 

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- É executado o Hino Nacional Brasileiro.

 

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O SR. PRESIDENTE - OLÍMPIO GOMES - PDT - Agradeço ao tenente Clébio de Azevedo e o seu efetivo, transmitam ao chefe do Corpo Musical nosso agradecimento mais uma vez a nossa Banda da Polícia Militar de São Paulo, que está abrilhantando um evento nesta Casa. E não me canso de dizer do valor desses homens da Polícia Militar, da nossa Banda, que saem para fazer exibições magníficas como músicos, mas que, após as suas apresentações, vão para operações policiais em todos os pontos do Estado de São Paulo, mas mais efetivamente na cidade de São Paulo. Então, são músicos brilhantes, mas antes de tudo, policiais espetaculares, que estão nas ruas, dando até a vida se preciso for à defesa do cidadão. Uma salva de palma à nossa Banda, muito obrigado e bom serviço a todos. (Palmas.)

Eu passo a palavra para fazer as suas considerações a um jovem oficial da Polícia Militar, que é um grande orgulho para toda a corporação, que em determinado momento foi cumprir missões nas Forças de Paz da ONU e acaba repercutindo como um historiador presente e preocupado em transmitir às novas gerações a grandeza e o esforço dos nossos combatentes ao longo de jornadas na defesa do país, na defesa da paz mundial.

Com a palavra o capitão Hélio Tenório dos Santos.

 

O SR. HÉLIO TENÓRIO DOS SANTOS - Sr. Deputado Olímpio Gomes, coronal Moretti, demais autoridades presentes.

Hoje celebramos aqui o Dia da Vitória, 8 de maio de 1945, quando finalmente encerrou-se a Segunda Guerra Mundial. Evento marcante na história do mundo e que mudou a história do nosso país também. O Brasil, antes da Segunda Guerra Mundial, afirmou em declaração de solidariedade com todos os países americanos a sua intenção de permanecer neutro no conflito que se iniciava. E assim tentou manter-se, infelizmente, o nosso vizinho Estados Unidos da América foi atacado pelo Japão e os países americanos, conforme a declaração que haviam confirmado antes 1941, romperam relações diplomáticas com os Países do Eixo. Por causa disto, o Brasil, embora relações diplomáticas rompidas com Alemanha, Itália e Japão, embora se mantendo neutro, teve os seus navios mercantes atacados por submarinos alemães na Campanha do Atlântico.

A guerra não foi desejada pelo Brasil. Nosso país não tinha intenção de participar dela, conhecemos bem os horrores que a guerra traz. O Brasil sempre se pautou por uma postura pragmática e pacífica na resolução de seus conflitos externos, mas a guerra foi imposta. Em 1942, a força de afundamento de navios brasileiros reiterados e muitos navios, foram dezenas, o Brasil declarou guerra à Alemanha e à Itália. Em 1943, foi necessário criar uma Força Expedicionária Brasileira para participar do combate. Mobilização no Brasil foi total, total.

Hoje o Deputado Olímpio Gomes, como faz todos os anos, lembra desta data sendo um egresso da Policia Militar, a Polícia Militar assim como as Forças Armadas, foi das primeiras a serem mobilizados. Então, no dia da declaração do Estado de Guerra os oficiais da Polícia Militar se dirigiram em massa para o Quartel General da 2ª Região Militar para oferecer os seus serviços. A Polícia Militar foi requisitada, passou para o Comando Federal do Exército e recebeu a missão de proteger o território nacional. Mas além da Polícia Militar, havia outra organização policial, que hoje também integra a Polícia Militar, que é a Guarda Civil de São Paulo, que também foi chamada a colaborar com a Força Expedicionária Brasileira, e a Guarda Civil mandou o seu efetivo. Nós tivemos saindo aqui de São Paulo, o 6º Regimento de Infantaria, na época era sediado no 1º Batalhão em Caçapava, Taubaté e Limeira, e foi 6º Regimento de Infantaria inteiro para a FEB, mais o 2º Grupo de Artilharia, que ficava em Quitaúna, onde hoje ainda há várias unidades do Exército, e a Guarda Civil enviou 80 homens para uma função específica, 73 desses 80 homens integraram o Pelotão de Polícia Militar da 1ª Divisão de Infantaria Expedicionária que compunha a Força Expedicionária do Brasil. Novidade no nosso país que não existia Policia Militar, esse serviço de Polícia Militar para as tropas em operação, mas que era o método, era a doutrina norte-americana e como o Brasil ia combater ao lado dos aliados, criou-se a Polícia Militar aqui com os elementos da Guarda Civil, hoje Polícia Militar do Estado de São Paulo.

Em 1943 foi criada a FEB; em 1944, finalmente o primeiro escalão chegou à Itália. A 1ª Divisão foi integrada ao 4º Corpo de Exército do 5º Exército Americano, juntamente com uma Divisão de Montanha norte-americana, divisão de Infantarias inglesas e indianas, formando o 5º Exército que operava na Itália com a missão de manter o inimigo alemão combatendo na Itália para não desviar o efetivo dele, que ele pudesse enviar para a França ou para Rússia, e também para neutralizar o Exército Italiano. Missão de combate, e logo na chegada, treinamento breve, e a 1ª Divisão de Infantaria Expedicionária foi para a linha de frente, e o primeiro contato para a honra do nosso Estado foi justamente travado pelo 6º RI e pelo 2º Grupo de Artilharia Pesada das Tropas de São Paulo, sob o comando do general Zenóbio da Costa.

Vale do Serchio, depois Vale do Reno no inverno, ataque a Monte Castelo, durante meses, sacrifícios extremos para a tropa brasileira. Vale do Pó já na primavera, Montese, Colóquio, Fornovo, o início de 1945 com combates violentíssimos e a tropa brasileira ali na linha de frente, seguindo de vitória em vitória, com sacrifício lutando pela causa da democracia, pela causa da liberdade contra os regimes ditatoriais. Sacrifícios foram imensos do Exército da 1ª Divisão de Infantaria Expedicionária, com essa Tropa de São Paulo, que compôs um quinto do efetivo combatente da 1ª Divisão de Infantaria Expedicionária, 16% do total da FEB.

Do Exército, 451 homens morreram na campanha. Mas não foi só o Exército que colaborou, nós temos aqui presentes oficiais da Marinha Brasileira, da Força Aérea Brasileira. A Marinha Brasileira, desde o primeiro momento foi empenhada também no esforço de guerra, cumprindo as missões que lhe são peculiares. A Marinha Brasileira escoltou mais de 450 comboios de suprimentos, de víveres, de tropas no Atlântico, isso são mais de 2.900 navios. A Marinha, juntamente com a Força Aérea Brasileira, afundou mais de dezenas de submarinos alemães no nosso litoral. A guerra aqui no nosso litoral foi cruenta também. A Força Aérea Brasileira enviou o 1º Grupo de Aviação de Caça - Senta Pua, orgulho nacional nos campos da Itália. E teve o seu sacrifício também, cinco aviadores foram mortos na campanha. A Marinha Brasileira perdeu 486 marinheiros. E não foi só isso, a sociedade mobilizou-se, corpo de enfermeiras formado com reservistas, voluntários, o esforço de guerra aqui para sustentar a tropa no combate, para sustentar a vida normal no Brasil.

Mas felizmente como recompensa divina, depois de todo esse sacrifício, dia 8 de maio de 1945, a Alemanha finalmente rendeu-se e foi encerrada a guerra na Europa. Hoje nós comemoramos exatamente isso. O símbolo da Força Expedicionária Brasileira, que todos conhecem, era uma cobra fumando. Por que a cobra fumando? Porque a Força Expedicionária Brasileira, antes de viajar para a Europa, foi reunida na Vila Militar em Deodoro no Rio de Janeiro, e o carioca com seu espírito irreverente, não acreditava muito que aquela tropa fosse partir para a Europa para lutar lado a lado com os países mais avançados, de mais tradição militar. Então, havia no Rio de Janeiro uma lotérica chamada Esquina da Sorte; e a Esquina da Sorte vendia bilhete premiado, a propaganda da era assim: é mais fácil uma cobra fumar do que a Esquina da Sorte falhar. E carioca falava assim: é mais fácil uma cobra fumar do que a FEB embarcar e lutar na Itália.

Mas a FEB embarcou. Embarcou e 25 mil soldados estiveram lá, a nossa Marinha, a Força Aérea Brasileira, a Guarda Civil de São Paulo, a Polícia Militar, mobilizada, foi, cumpriu sua missão, cumpriu bem e com sacrifício, e trouxe a vitória para o nosso país. A vitória da democracia lá, que repercutiu aqui. Porque assim que a FEB voltou, o nosso governo que era ditatorial também teve que sair. Getúlio Vargas, que foi combatido em 1932 pela sua ditadura, caiu com a chegada da FEB. A democracia foi trazida para cá também.

Então os nossos praçinhas adotaram muito bem o símbolo da cobra fumando, e hoje os senhores podem olhar aqui em cima, nós temos vários veteranos, todos ostentando o símbolo da cobra fumando. São exemplos para nós hoje. O valor que esses veteranos demonstraram, partindo do Brasil em 1944 para o desconhecido, não sabiam para onde iam, só ficaram sabendo quando chegaram à Itália, quando desembarcaram, enfrentando tropas aguerridas alemãs regulares, enfrentando o inverno rigoroso que nenhum brasileiro conhecia, enfrentando todo tipo de dificuldade, somente pelo ideal de defender o Brasil, de defender a causa democrática.

São exemplos que nós temos hoje. E esse exemplo é mantido vivo nos militares de hoje, nos militares do Exército, da Marinha e da Força Aérea que estão aqui, no soldado da Polícia Militar, que mantém o seu atendimento para a população diurtunamente sacrificando tudo que ele tem, o que ele tem de mais valor, que é a própria vida, para proteger o nosso país, para proteger a liberdade do nosso cidadão que está presente na Polícia Militar, está presente na Polícia Civil, está presente nas Guardas Civis Municipais do nosso Estado. Está presente na nossa sociedade, e está presente aqui na Casa do Povo, na Assembleia Legislativa, como o Sr. Deputado Major Olímpio Gomes sempre recorda com essa sessão solene e projeta esse valor dos nossos veteranos, dos nossos heróis aqui para a nossa sociedade atual que esperamos permaneça para a nossa sociedade futura. Por isso a nossa cerimônia de hoje, para comemorar o dia 8 de maio de 1945. Peço aos Senhores uma salva de palmas para os nossos veteranos. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - OLÍMPIO GOMES - PDT - Os nossos agradecimentos a esse magnífico oficial da Polícia Militar, que é um exemplo para todos nós, o capitão Hélio Tenório dos Santos.

Ouviremos agora a declamação do poema “Balada do Soldado Batista”, por esse grande brasileiro, grande entusiasta da defesa do nosso país, dos nossos ideais, da memória de 32, do povo paulista, Sr. Pedro Paulo Penna Trindade.

Lembrando a todos os presentes, que esta cerimônia será transmitida pela TV Assembleia no próximo sábado, dia 12, às 21 horas, na NET canal 13 analógico, 7 no digital, e na TVA canal 66.

 

O SR. PEDRO PAULO PENNA TRINDADE - Nobre Deputado major Olímpio Gomes, demais integrantes da Mesa, autoridades aqui presentes na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, minhas senhoras e meus senhores.

Quero parabenizar inicialmente o major Deputado Olímpio Gomes pela iniciativa em homenagear esses heróis da Segunda Guerra Mundial. Eu vou dizer um poema alusivo a Segunda Guerra. Cecília Meireles nos anos 40, vivendo intensamente aquele clima de guerra, foi muito feliz em escrever este poema “Balada do Soldado Batista”, que retrata bem a dor, a saudade, a insegurança dos pais ao ver o filho ir para a guerra, sem ter notícias se ele estaria vivo ou morrido.

 

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- É feita a declamação do poema. (Palmas.)

 

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O SR. PRESIDENTE - OLÍMPIO GOMES - PDT - Gostaria de anunciar a presença neste evento e agradecer, o tenente coronel Sandro Afonso do Rego, do 3º Batalhão Ambiental; Sr. José Gonzaga da Cruz, diretor Vice-Presidente do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, representando o nosso amigo Paulo Pata, Presidente da UGT; Sr. Milton D´Amélio, da D´Amélio Corretores e Administradores de Seguros Ltda.; Sr. Sérgio Paulo Ribeiro, representando o secretário do Trabalho, nosso amigo e companheiro de partido Carlos Ortiz; também presente entre nós, o coronel Paulo Telhada, seja muito bem vindo, coronel Telhada.

Neste momento, assistiremos a um vídeo sobre a Força Expedicionária Brasileira.

 

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- É feita apresentação do vídeo. (Palmas.)

 

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O SR. PRESIDENTE - OLÍMPIO GOMES - PDT - Neste momento, nós faremos duas homenagens “in memorian”. Primeiramente, ao herói da FEB falecido, Sr. Antonio Brant Correia, que a sua filha e a Sra. Lucia Quaresma Brant Correia receberão um diploma de reconhecimento da Assembleia Legislativa, um diploma que representa singelamente o reconhecimento de todo o povo paulista. E também “in memorian”, o filho do herói brasileiro, Sr. Mário Paes Gomes, o Sr. Egydio Raposo Gomes receberá um diploma de reconhecimento da Assembleia Legislativa.

 

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- É feita a entrega dos diplomas.

 

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O SR. PRESIDENTE - OLÍMPIO GOMES - PDT - Recebe também pelo herói brasileiro, Sr. Mário Paes Gomes, o seu filho Egydio Raposo Gomes. E como esse evento é justamente de agradecimento, vamos prestar também uma singela homenagem a esses nossos heróis que estão ainda presentes, que lutaram, se dedicaram a lutar pela paz mundial, pelo nosso país e que hoje representam a história viva desse esforço de luta, como já foi abordado pelo nosso capitão Hélio Tenório dos Santos.

Convido para se posicionarem também para serem homenageados com o diploma de reconhecimento da Assembleia Legislativa, com os seguintes dizeres: “Por ocasião da sessão solene em homenagem à Força Expedicionária Brasileira, a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo confere o presente diploma de reconhecimento pelos relevantes serviços prestados à nação brasileira”.

É com muito orgulho que convidamos o coronel Jairo Junqueira da Silva, Sr. Gerd Emil Brunckhorst, Sr. Rômulo Flávio Machado França; Sr. Silvino Barbosa de Moura; Sr. Newton Lascalea; Sr. Manoel Camargo Neto; Sr. Jairo Junqueira da Silva Filho e o Sr. Samuel Silva. (Palmas.)

 

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- É feita a entrega dos diplomas.

 

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O SR. PRESIDENTE - OLÍMPIO GOMES - PDT - Eu solicito ao coronel Moretti da Policia Militar, esse músico maravilhoso Rinaldo Viana para nos auxiliarem na entrega desses diplomas de reconhecimento. Convido também o nosso herói Antonio, para receber o seu diploma. Uma salva de palmas a esses nossos heróis e exemplos. (Palmas.)

Gostaria que fizesse uso da palavra, o coronel Paulo Telhada, da Polícia Militar, que é um historiador, um estudioso e que publicou uma obra sobre a participação da Polícia Militar na Força Expedicionária Brasileira. Agradeço o coronel Paulo Telhada, que estava até com outro agendamento, mas num esforço pessoal ainda teve o tempo hábil para estar aqui conosco para nos abrilhantar com as suas palavras.

Com a palavra, o coronel Paulo Telhada.

 

O SR. PAULO TELHADA - Bom dia a todos. Em primeiro lugar, quero saudar o Deputado Olímpio Gomes, parabenizá-lo pela iniciativa. Coronel Moretti, coronel Jairo, a todos os amigos aqui presentes.

Está data é uma data muito especial, não só para o Brasil como para todo o mundo, porque amanhã se comemora o Dia da Vitória na Europa, dia da vitória dos aliados na Europa. Nós tivemos uma participação importante aqui com o envio da FEB para os campos da Itália, principalmente porque na América Latina só dois países participaram diretamente da Segunda Guerra, o Brasil e o México. E o único país da América Latina que mandou contingente para território estrangeiro para lutar foi o Brasil. O México participou com uma Esquadrilha de Aviação que combateu junto com os americanos no Pacífico, e o Brasil participou com as tropas do Exército e também enviando o 1º Grupo de Caça o famoso Senta a Pua, participando diretamente das atividades de combate em 44 e 45 na Itália.

Acho que tudo já foi dito a respeito da FEB em si, mas o importante pra nós da Policia Militar, em especial, é que a Policia Militar participou diretamente na formação da FEB e dos combates na Itália. Quando a FEB foi criada, foi criada nos moldes do Exército americano, e vários segmentos que tinham no Exército americano não tinham no nosso Exército na época, um deles era o Pelotão de Polícia. E quando Mascarenhas de Moraes recebeu a incumbência de formar a FEB, uma das suas seções seria o Pelotão de Polícia. Ele tentou montar isso junto ao Exército, mas não teve um resultado muito satisfatório.

Antes de formar a FEB, o Mascarenhas de Moraes havia comandado o 2º Exército aqui em São Paulo e passou a conhecer a Polícia Militar, que na época eram duas polícias, Guarda Civil de São Paulo e a Força Pública do Estado de São Paulo. Junto à Guarda Civil de São Paulo, ele conheceu o apreço daqueles homens, a postura daqueles homens e notou que não só eles eram profissionalmente preparados, como eram muito bem quistos pela população. Então, mediante essa realidade, ele abriu voluntariado junto a Guarda Civil, mais de 600 guardas civis se alistaram para participar da FEB, desses 600 homens, foram selecionados praticamente 80, que foram enviados depois da seleção, treinamento no Rio, junto com o 1º Escalão no dia 2 de julho de 1944, embarcaram junto ao 1º Escalão e prestaram apoio às tropas que estavam lutando na Itália.

Desse pelotão, faleceram dois homens; o Paulo Pereira, que faleceu no dia 27 de novembro de 1944; e o Clóvis Rosa da Silva, que faleceu no dia 10 de janeiro de 1945. Por incrível que pareça, foi morto por um americano que era um aliado. Isso caracteriza bem a função de polícia. Por quê? Porque muitas vezes a tropa de Polícia é obrigada a agir no seu meio, e foi o que aconteceu. No dia 10 de janeiro ele estava numa ponte fazendo patrulhamento e um sargento americano embriagado, fazendo confusões, etc., quando ele foi agir contra aquele sargento, prender o sargento para tomar providências, o sargento sacou da pistola 45 que portava e matou o nosso soldado com um tiro no peito.

Esse Pelotão de Polícia, que foi criado na época com o avanço das hostilidades, em janeiro de 45, passou a ser uma Companhia de Polícia e ao término da guerra, quando as tropas retornam ao Brasil, essa Companhia de Polícia passou a ser o 1º Batalhão de Polícia do Exército. Para quem não sabia, a Polícia do Exército é originária da Polícia Militar de São Paulo, propriamente da Guarda Civil de São Paulo.

Uma coisa interessante lembrar também, Deputado, é que o Brasil é um país estranho, o Brasil não valoriza a sua memória, o Brasil não valoriza a sua história, isso é público e notório, não estou falando novidade pra ninguém aqui. Por isso que iniciativa de V.Exa. é louvável, porque poucas pessoas lembram-se dessa data no Brasil se nós não fizermos questão de sempre falarmos sobre isso. Inclusive, é interessante que nós mesmos, que somos militares, nos esquecemos dessas datas, só olhar no Plenário que vamos notar isso. Então, meus amigos presentes aqui, nós temos que lembrar que um povo sem história está fadado a cometer os mesmos erros que nós cometemos no passado.

Pra quem não sabe, quando a FEB volta para o Brasil ela é destituída, na Itália mesmo a FEB deixa de existir. Aqueles militares que já estavam servindo, voltaram para o Brasil, às suas unidades, e os que não eram militares de carreira ficaram praticamente desempregados na Itália. Quando chegam ao Brasil, eles já não tinham mais emprego, a FEB já não existia. Isso porque existia um medo do Getúlio que as tropas que haviam combatido pela liberdade chegando ao Brasil, talvez provocassem uma rebelião contra o governo, porque nós vivíamos uma ditadura naquela época. Mas é uma coisa interessante, porque não se valorizou na época o que FEB fez, não se deu o valor devido a esses homens que estão aqui. Hoje são senhores na faixa de 90 anos, mas quando voltaram eram jovens e não foram valorizados, não foram reconhecidos. Para se conseguir a pensão desses homens, eles sabem as lutas que ele fizeram junto às Associações no Brasil todo, inclusive para se conseguir a pensão que eles recebem hoje; ou seja, o Brasil não valorizou o que esses homens fizeram. E continua assim. Nós que somos policiais militares, que somos militares, que lutamos pelo bem da comunidade, continuamos a sentir isso na pele. O Brasil ainda não sabe reconhecer os homens que lutam pela sua liberdade, não sabe reconhecer os homens que lutam pelo bem do Brasil.

Como eu disse, quem não presta atenção na sua história vai cometer os mesmos erros. Para que não se cometa os erros que esses homens foram vítimas, de serem esquecidos ao longo dos anos, de serem menosprezados, eles saíram jovens e foram lutar num país estranho, ficaram na neve, tomando tiro, passando fome, passando necessidade e quando chegaram ao Brasil foram escarnecidos, foram esquecidos e muitas vezes humilhados. Então, nós, que somos gerações que vieram muitos anos depois, temos obrigação moral e cívica de levarmos essa história adiante. Estava conversando o major Samuel outro dia, coronal Jairo, a preocupação deles com o avançar da idade os companheiros estão indo, e como é que vai ficar a História da FEB?

Nós que estamos aqui hoje mais jovens e com saúde, temos que preservar essa história, lutar para que nossos filhos, nossos netos e outros que vieram, conheçam a história da FEB por inteiro e aprendam a valorizar essa história. Aprendam a valorizar essa história, meus amigos, porque o que esses homens fizeram nós talvez não fizéssemos, talvez nós não tivéssemos coragem de fazer hoje em dia. É uma história de glória, de luta, que 99% da população não conhece.

Portanto, Deputado, parabéns pela iniciativa; aos Srs. veteranos aqui presentes, meu carinho, nós nos conhecemos pessoalmente, os Srs. sabem o carinho que eu tenho pelos Srs. A todos os presentes, parabéns por terem comparecido e levem essa mensagem, o Brasil é um país que sempre lutou pela liberdade. O Brasil é um país que deve sempre lutar pela liberdade, e isso vai caber a todos nós aqui. Obrigado, parabéns, Deputado. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - OLÍMPIO GOMES - PDT - Está presente conosco também, nossa amiga e um exemplo de cidadã, D. Terezinha, acompanhada pelo soldado Sergio da Capelania de Santo Expedito, nossa Capelania da Policia Militar, muito obrigado pela presença.

E quando se fala dessa história de luta, da dor, da dor da família, é a primeira vez que a Assembleia Legislativa está fazendo essa sessão solene comemorativa ao 8 de maio. E tudo nasceu numa solenidade, onde eu fui cobrado por uma Sra. e o seu marido, major Samuel, um dos heróis da Força Expedicionária Brasileira, em que essa Sra. me disse: olha, você promove todos os anos uma sessão solene comemorativa aos Heróis de 32, ao 9 de Julho, mas seria importante a Assembleia Legislativa fazer uma sessão para que o povo paulista pudesse agradecer aos Heróis da FEB. E naquele momento eu disse: nós faremos sim. Acho que ela imaginou que era conversa de político, mas eu faço questão que faça uso da palavra neste momento, a Sra. Dulce Molinare da Silve, esposa do major Samuel Silva.

 

A SRA. DULCE MOLINARE DA SILVA - Creio que primeiro estaria cumprimentando toda a plateia e os heróis e ex-combatentes.

Quero dizer que minha emoção é muito grande. Num dos encontros com o deputado, conversando, eu disse: Deputado, que bom seria se a Assembleia fizesse uma homenagem aos ex-combatentes! E ele prontamente: como não D. Dulce, estaremos fazendo! E a Sra. vai ver como vai ser! Eu fiquei muito feliz, mas muito feliz mesmo porque ele atendeu. Num outro encontro ele disse: olha, estamos preparando! E assim foi. E eu estou muito emocionada.

Sou esposa do major Samuel Silva, aqui tudo pra mim é emoção, e eu na minha cidade, lá em Catanduva, longe daqui, o carteiro chegou e me deu uma carta aberta pela censura, e eu pensei: o que será? Qual será essa notícia? E eu muito jovem naquele tempo, li o que estava escrito. “Espere por mim que eu voltarei. Mas é preciso que espere com fé e de todo coração. Espere por mim”. Havia nisso um pedido, uma esperança, uma fé que estava escrito ali: espere por mim. Nas horas uivantes que a neve cai, espere por mim. Mais adiante, do sufocante que vem do calor, espere por mim. Espere por mim. Espere, sim, que eu hei de enfrentar a morte e voltaria. E ele voltou e eu esperei. A fé, a esperança, estava tudo junto ali naquele pedido, ele estava tão distante, mas nós estávamos ali orando, pedindo a Deus por todos eles. (Palmas.)

E ele voltou. Voltou cheio de glória, cheio de medalhas. (Palmas.) Ele possui a maior condecoração por ato de bravura lá no campo de batalha. (Palmas.) E eu estou muito emocionada, muito mesmo, hoje encontrando o deputado. Muito obrigada, agradeço a todos que falaram, a todos que homenagearam, a todos os ex-combatentes. Deputado, o Sr. cumpriu a palavra. (Palmas.)

E nós temos aqui com muita alegria, o cantor que é conhecido nosso e ele vai cantar uma canção. Muito obrigada, Deputado. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - OLÍMPIO GOMES - PDT - É com alegria também que anuncio a presença neste evento, do coronel da Reserva do Exército Brasileiro, nosso amigo coronel Ary Canavó.

Passo a palavra ao coronel do Exército Brasileiro Jairo Junqueira da Silva, Presidente da Associação dos Ex-Veteranos.

 

O SR. JAIRO JUNQUEIRA DA SILVA - Exmo. Sr. Deputado Olímpio Gomes, para nós, ex-combatentes, é uma grande honra, é um privilégio participar desta brilhante homenagem à Força Expedicionária Brasileira.

O Brasil, uma noção pacífica, havia disparado o último tiro na Guerra do Paraguai em 1868, porém, no último conflito bélico, o maior da história da humanidade, fomos envolvidos para desagravar a nossa honra quando submarinos alemães e italianos afundaram vários navios brasileiros, vitimando mais de 1.500 patrícios.

A Alemanha nazista e a Itália fascista espalharam o terror por toda Europa e o Norte da África, e com heróico desempenho da Força Expedicionária Brasileira, a ação valente e coragem da Viação de Caça Nacional, e a vigilância pertinaz de nossa Marinha de Guerra, ajudamos a apagar um incêndio provocado pelos nazistas com sacrifício de mais de duas mil vítimas.

Lutamos em defesa da paz e da liberdade. Estamos hoje reverenciando nossos heróis, exemplos a algum dia serem seguidos; se algum dia for necessário, serão chamados pela pátria e serão seguidos. As guerras acontecem pela ambição dos homens, eles deveriam olhar para o passado e sentir o sacrifício, as desgraças, as devastações, as destruições e as mortes dos inocentes que elas causaram, e com maior compreensão e humanidade se empenharem ao máximo para a manutenção da paz.

Agradecemos aos patrocinadores desta manifestação de carinho e reconhecimento àqueles que expuseram sua vida em defesa da harmonia entre os povos. Muito obrigado. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - OLÍMPIO GOMES - PDT - Ouviremos agora essa voz que é um dom divino, um grande artista que hoje tem nome mundial e leva o Brasil a todos os lugares do mundo e encanta com a sua voz. Já se tornou um amigo da gente, eu agradeço mais uma vez, sei da sua agenda de compromissos, compromissos profissionais. Mas hoje ele está aqui para um compromisso cívico para fazer a sua homenagem com sua voz maravilhosa, marcando esse 8 de maio, o grande cantor Rinaldo Viana, que vai interpretar a música “Mia Gioconda”. (Palmas.)

 

O SR. RINALDO VIANA - É um prazer mais uma vez estarmos aqui nesse dia tão bonito, homenageando esse dia 8 de maio de 1945, realmente o Brasil foi muito importante nesse sentido. Parabéns aos combatentes que lutaram pelo nosso Brasil.

E quero que a Sra. Dulce fique aqui ao meu lado, ela que realmente nos reconheceu e dedico a todos, e em especialmente a Dulce essa música que fala um pouco da história dos combatentes que Vicente Celestino fez, que é “Mia Gioconda”.

 

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- É feita a apresentação musical. (Palmas.)

 

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O SR. RINALDO VIANA - Obrigado a todos. Nosso querido Deputado major Olímpio Gomes, obrigado. Deus os abençoe.

 

O SR. PRESIDENTE - OLÍMPIO GOMES - PDT - Antes de dar por encerrado este evento, repetimos que esta cerimônia será transmitida pela TV Assembleia no próximo sábado, às 21 horas.

E esta cerimônia reservou tantas emoções, que aqueles que quiserem também o vídeo, nós vamos providenciar através do gabinete para chegar uma cópia, porque tenho certeza absoluta que todos guardaram este momento como um resgate da memória daqueles que já se foram e lutaram na defesa dos ideais da liberdade pelo povo brasileiro, e como bem disse meu amigo coronel Telhada, a nossa memória é muito curta quando temos que valorizar. E essa singela sessão solene foi exatamente com este intuito. Seja eu, seja qualquer parlamentar nesta Casa, tenho certeza que para os próximos anos ou para todos os anos futuros, passará a compor o calendário de eventos da Assembleia Legislativa. Porque nós temos verdadeiros heróis, jovens cidadãos brasileiros que foram lutar na Itália, que foram defender os ideais do povo brasileiro e que no regresso não tiveram o necessário reconhecimento do povo brasileiro.

Então, a cada solenidade, a cada gesto em que nós pudermos dizer a esses heróis, muito obrigado pelo que fizeram pela paz mundial, muito obrigado pelo que fizeram pelo povo brasileiro, pela liberdade que temos hoje. As palavras do capitão Hélio também ficaram mais do que marcadas, o regresso desses Heróis da FEB acabaram acelerando o fim de regime ditatorial no nosso país. Tiveram, então, um papel fundamental não só no front, no combate, mas pelo resgate da democracia do nosso país em 45.

Esgotado o objeto da presente sessão, esta Presidência agradece a todas as autoridades, a todos os funcionários da Assembleia Legislativa, a toda minha equipe de trabalho do meu gabinete, e todos que colaboraram para o êxito desta solenidade.

Está encerrada a sessão. (Palmas.)

 

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- Encerra-se a sessão às 11 horas e 37 minutos.

 

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