03 DE SETEMBRO DE 2007

025ª SESSÃO SOLENE PARA COMEMORAR OS “80 ANOS DE FUNDAÇÃO DO JORNAL ‘CORREIO POPULAR’ DE CAMPINAS”

 

Presidência: VAZ DE LIMA e DAVI ZAIA


DIVISÃO TÉCNICA DE TAQUIGRAFIA

Data: 03/09/2007 - Sessão 25ª S. SOLENE  Publ. DOE:

Presidente: VAZ DE LIMA/DAVI ZAIA

 

COMEMORAÇÃO DOS "80 ANOS DE FUNDAÇÃO DO JORNAL 'CORREIO POPULAR' DE CAMPINAS"

001 - Presidente VAZ DE LIMA

Abre a sessão. Anuncia as autoridades presentes. Informa que esta sessão solene foi convocada pela Presidência efetiva, a pedido do Deputado Davi Zaia, com a finalidade de comemorar os "80 anos de fundação do jornal 'Correio Popular' de Campinas". Convida a todos para, de pé, ouvirem a execução do Hino Nacional. Fala sobre a justeza desta homenagem ao "Correio Popular", um dos maiores sucessos editoriais do interior paulista. Passa à entrega ao Presidente da RAC - Anhangüera de Comunicação, Sylvino de Godoy Neto, da Medalha da Revolução Constitucionalista de 1932.

 

002 - DAVI ZAIA

Assume a Presidência.

 

003 - JONAS DONIZETTE

Deputado Estadual pelo PSB, fala que o jornal o "Correio Popular" faz parte do dia-a-dia de Campinas e região. Considera que a relação dos políticos com a imprensa deva ser de respeito mútuo. Elogia a iniciativa desta homenagem.

 

004 - ÂNGELO PERUGINI

Prefeito da cidade de Hortolândia, e presidente da Região Metropolitana de Campinas, afirma que o jornal "Correio Popular" é uma das razões do grande desenvolvimento da região de Campinas, e que o periódico sempre manteve sua independência e identidade própria em seus 80 anos de existência.

 

005 - PETTERSON PRADO

Vereador, ex-Deputado estadual, representando o Presidente da Câmara Municipal de Campinas, Aurélio José Cláudio, destaca a importância da Região Metropolitana de Campinas e o papel de integração de seus municípios feito pelo jornal "Correio Popular" e pela RAC - Rede Anhangüera de Comunicação.

 

006 - SYLVINO DE GODOY NETO

Diretor Presidente da RAC e do "Correio Popular", agradece a iniciativa desta homenagem. Fala da importância dos jornais regionais, que estão próximos do cotidiano e do universo de seus leitores e aptos a encampar suas lutas. Refere-se aos órgãos de imprensa do grupo RAC, e à trajetória do "Correio Popular", fundado há 80 anos.

 

007 - Presidente DAVI ZAIA

Lembra que o "Correio Popular" foi fundado no dia 4 de setembro de 1927 e destacou momentos marcantes de sua existência. Traça biografia do Diretor Presidente Sylvino de Godoy e comenta que o jornal ganhou, por quatro vezes, o prêmio "Esso" de jornalismo. Afirma que imprensa é fundamental para a democracia. Agradece a todos que colaboraram para o êxito da solenidade. Encerra a sessão.

 

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O SR. PRESIDENTE - VAZ DE LIMA - PSDB - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

 

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- É dada como lida a Ata da sessão anterior.

 

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O Sr. Presidente - Vaz de Lima - PSDB - Boa-noite! Esta Presidência quer nomear as seguintes autoridades: Sr. Sylvino de Godoy Neto, Diretor-Presidente da RAC - Rede Anhangüera de Comunicações; Sr. Ângelo Perugini, Prefeito de Hortolândia e Presidente da Região Metropolitana de Campinas; Vereador Petterson Prado, representando o Vereador Aurélio José Cláudio, Presidente da Câmara Municipal de Campinas; Sr. Paulo Afonso Tucci, Delegado Seccional de Campinas, representando o Delegado Paulo Afonso Bicudo, diretor do Deinter 2; 1º Tenente PM Marlon Robert Niglia, representando o Coronel Eliziário Ferreira Barbosa, do Comando de Policiamento do Interior (CPI 2); Deputado Jonas Donizette, Deputada Ana Perugini; e Deputado Davi Zaia, que logo mais assumirá a Presidência desta Sessão Solene e nomeará as demais autoridades.

Srs. Deputados, minhas senhoras e meus senhores, esta Sessão Solene foi convocada por este Presidente, atendendo a solicitação do nobre Deputado Davi Zaia, com a finalidade de comemorar os “80 anos de fundação do jornal ‘Correio Popular’ de Campinas”.

Convido todos os presentes para, de pé, ouvirmos o Hino Nacional Brasileiro, que será executado pela Banda da Polícia Militar do Estado de São Paulo, sob a regência do Tenente Músico PM Davi Cerino.

 

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- É executado o Hino Nacional Brasileiro.

 

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O SR. PRESIDENTE - VAZ DE LIMA - PSDB - Esta Presidência agradece à Banda da Polícia Militar do Estado de São Paulo, sob a regência do Sr. Davi Cerino.

Quero cumprimentar o nobre Deputado Davi Zaia, autor desta Sessão Solene, e dizer que é uma homenagem mais do que justa: de justiça e de reconhecimento a uma empresa jornalística que soube incorporar a tecnologia necessária para se manter competitiva e influente num mercado cada vez mais disputado. Jamais descuidou da matéria-prima de todos os grandes jornais, que é seriedade e independência da informação.

Esse compromisso, não só exercitado como também lembrado diariamente, eis que é mantido pela direção atual no cabeçalho da primeira página, desde 1927, quando de sua fundação, por Álvaro Ribeiro, o seguinte lema: “Seremos na Imprensa vigilantes fiscais da administração pública e zeladores intransigentes do direito coletivo”.

Mas, além de cumprir a sua missão jornalística, a direção e os profissionais da Rede Anhangüera de Comunicação, representado aqui pelo seu Presidente, transformou o “Correio Popular” num dos maiores sucessos editoriais do interior paulista. Como todos sabemos, um jornal não consegue tal feito se não fizer parte da vida das pessoas. E o “Correio Popular” é um exemplo disso, pois além de defender a região de Campinas, desenvolveu programas que aproximam a publicação da população como correio na escola, e pratica responsabilidade social ao assegurar espaço regular para reportagens sobre ações e projetos ambientais, conferindo um prêmio em parceria com a Sanasa para os principais destaques do ano. Trata-se de um exemplo a ser seguido por toda imprensa paulista para a construção de uma sociedade ainda melhor.

Em nome da Assembléia Legislativa e do povo do Estado de São Paulo, quero neste momento entregar ao Presidente da RAC - Anhangüera de Comunicação, Sr. Sylvino de Godoy Neto, a Medalha da Revolução Constitucionalista de 1932, a mais importante condecoração do Parlamento Paulista às personalidades, ou órgãos de imprensa, que o Parlamento reconhece como grande contribuinte para o progresso do nosso Estado. (Palmas.)

 

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- É feita a entrega da medalha.

 

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O SR. PRESIDENTE - VAZ DE LIMA - PSDB - Passarei a palavra e a Presidência da sessão ao nobre Deputado Davi Zaia. A todos, muito obrigado pela presença e pela atenção. Uma boa sessão a todos.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Davi Zaia.

 

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O SR. PRESIDENTE - DAVI ZAIA - PPS - Boa noite a todos. Quero saudar o Dr. Sylvino de Godoy Neto, autoridades nominadas, Sra. Maria Cristina Kattar de Godoy; Delegada Maria Valéria Novaes de Paula Santos, representando o Delegado Geral da Polícia Civil, Mario Jordão Toledo Leme; Dr. José Antonio Khattar, Juiz do Tribunal de Impostos e Taxas da Associação Comercial e da Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Campinas; Sr. Antonio Gustavo Lyrio de Almeida, Diretor Suplente da Associação Comercial Industrial de Campinas e do Genese - Grupo de Jovens Empresários de Campinas; Sr. Afonso Lopes da Silva, Presidente do Sindicato dos Bancários de Campinas e região; Sr. Sergio Olivastro, vice-Presidente da União dos Funcionários do Banco Nossa Caixa; Sr. Gilvan Pereira Lopes, Débora Azevedo, Sofia do Nascimento, Diretores do Sindicato da Saúde de Campinas e região, e o Sr. Osmar Lemos, Diretor Executivo da Associação Paulista de Jornais.

Quero agradecer a presença de todos os amigos, que compareceram a esta solenidade, e passo a palavra ao Deputado Jonas Donizette.

 

O SR. JONAS DONIZETTE - PSB - Sr. Presidente, Deputado Davi Zaia; Deputada Ana Perugini; Prefeito de Hortolândia, Presidente da Região Metropolitana, Prefeito Ângelo Perugini; Deputado Petterson Prado, da legislatura anterior, atual Vereador de Campinas; Presidente da RAC - Rede Anhangüera de Comunicações, Sylvino de Godoy Neto e sua esposa Cristina, sua filha Marina; funcionários do Correio, amigos do “Correio Popular”, amigos de Campinas, funcionários da Casa, na pessoa da Dª. Ieda, querida amiga e funcionária dedicada desta Casa.

Sr. Presidente Davi Zaia, eu não preparei um discurso porque o “Correio” faz parte do nosso dia-a-dia. Quem vive em Campinas, quem vive na região, é sabedor disso. E nesses 80 anos, o jornal destacou um quadro em que as pessoas falam no “Correio Popular” da vida delas. Achei muito interessante, porque o jornal é realmente isso, o jornal é o espelho do dia-a-dia da sociedade, retratando a felicidade, a alegria dos momentos bons, a amargura dos momentos de sofrimento, e também muitos instantes em que a indignação do povo é exposta através das páginas dos jornais, e que muitas vezes faz com que aquelas pessoas que detém o poder, repensem os seus atos e possam corrigir os caminhos que estão seguindo.

Sylvino, eu comecei a minha vida pública em 92, quando fui eleito em Campinas - o Vereador mais jovem daquela legislatura -, e na época, o Prefeito era Magalhães Teixeira, que teve uma passagem importante, talvez das mais importantes da vida pública da nossa cidade. E me lembro quando Magalhães conversava conosco em algumas ocasiões, de situações que a cidade estava vivendo, e vou me lembrar de uma delas: uma passarela no chamado Tapetão, em que a população estava clamando por aquela passarela, porque houve atropelamento de crianças, e acho que foi uma das primeiras parcerias público-privadas que começou, e o Sr. Armindo Dias, ainda dono da Campineira, possibilitou aquela passarela em parceria com a Prefeitura. Lembro que na época, naquele fato, o “Correio” também estava presente dentre tantos outros.

Acho que a relação do político com a imprensa, e imprensa com o político, não é de bajulação do jornal com o político, nem do político com o jornal. É uma relação de respeito mútuo, porque cada um tem o seu papel claramente definido. Político ele tem, através do mandato que lhe foi conferido, a responsabilidade, atribuição e o dever de representar a população que o elegeu, seja no Legislativo, seja no Executivo, e tem, por obrigação também de dar publicidade, transparência dos seus atos, mostrar à população o que está fazendo, como está fazendo, e porquê está fazendo.

O “Correio Popular” tem sido o espelho da imprensa nesse papel de fiscalização. O Presidente leu, logo no início da sessão, o anunciado lema do jornal “Correio Popular”, que é uma coisa interessante, que, há oitenta anos passados, isso era algo muito vivo e muito presente. E, hoje, continua sendo algo muito vivo, muito presente na vida da sociedade; ou seja, a imprensa ter esse papel de realmente colaborar com a parte administrativa, sem se esmiuçar com ela, mas também cobrar quando é de direito, quando é de dever também da imprensa exercer essa cobrança e cumprir o papel da responsabilidade social.

É uma palavra que está em moda, mas que o Correio vem exercendo, já algum tempo, com os projetos desenvolvidos: “Correio na escola, premiando instituição que prestam serviços para a comunidade. O “Correio” então, há algum tempo, em pareceria também com empresas e instituições vem cumprindo esse papel de responsabilidade social.

Sylvinho, seu avô foi uma das pessoas que iniciou essa luta. Quero reverenciar aqui a memória dele, mas quero também reverenciar aqui e registrar o seu trabalho, porque muitas vezes fala-se muito da pessoa que começou a caminhar. Eu acho justo isso, mas temos também que referendar e registrar a luta de quem continua a caminhar, porque a continuidade da caminhada não é fácil, a imprensa sofreu muitas transformações. E você, permita-me chamá-lo assim, já está à frente do jornal. Nós conversávamos na presidência, talvez você, depois do seu avô, é a figura que está há mais tempo à frente da presidência do “Correio Popular”.

Às vezes, é comum ouvirmos falar que o “Correio Popular” não tem concorrentes. Acho que certas coisas fogem um pouco do controle do que deveria ser a situação. A concorrência é sempre saudável, mas muitos jornais tentaram se estabelecer como concorrente do “Correio”. Não é uma tarefa fácil, o “Correio Popular” realmente tem uma situação hegemônica.

Eu estava participando de um Congresso de 60 Anos do PSB, em Brasília, e ouvi uma fala do Ariano Suassuna, escritor filiado ao PSB, que esteve dando uma aula de abertura no nosso Congresso. Ele falava que a hegemonia não acontece ao acaso, ela é fruto de competência e de muito trabalho e só tem um lugar que o sucesso vem antes do trabalho, que é o dicionário, fora isso na vida o trabalho tem que ser uma constante para que possamos atingir nosso objetivo.

Quero cumprimentar o Deputado Davi Zaia por esta iniciativa. V. Exa. tem sido um Deputado atuante. É uma pessoa oriunda do meio sindical, que chegou a esta Casa depois de uma trajetória política. Disputou várias eleições, está exercendo seu mandato com muita dignidade e teve a feliz idéia de realizar esta sessão solene hoje. Nós que somos de Campinas, olhando para muitos rostos amigos, conhecidos, muitos que conheço de longo tempo, sentimo-nos felizes por poder esta homenagem ao “Correio Popular”. Desejamos que você continue com esse propósito de fazer uma imprensa acima de qualquer interesse, a não ser aquele de levar a informação como ela é aos leitores do “Correio Popular”.

Encerro minha fala lembrando a iniciativa do seu avô, a continuidade que você tem dado a esse trabalho e uma frase de Juscelino Kubitschek quando ele começou a construção de Brasília, pois há certas situações que só compreendemos quando as vivenciamos. Hoje percebemos que para se abrir uma rua às vezes é muito difícil para o Poder Público, pois tem de consultar aos moradores de um lado e de outro para saber se é aquele trajeto mesmo. Imaginem para rasgar uma capital num planalto central, onde só existia cerrado, mata, e na época ele teve essa iniciativa, e com as contrariedades do momento pronunciou esta frase que se aplica à trajetória do “Correio Popular”: “Os pés dos que caminham na frente, que abrem os caminhos, as picadas, correm o risco da picada das cobras. Mas é justamente a pegada, nos passos de quem caminha adiante que as borboletas alçam vôo.” Parabéns pelos 80 anos do “Correio Popular”! (Palmas).

 

O SR. PRESIDENTE - DAVI ZAIA - PPS - Agradeço as palavras do nobre Deputado Jonas Donizette e registro a presença dos Srs. Gustavo Reis, ex-Vereador de Jaguariúna, e Jorge Nicolau, diretor regional da CDHU - Campinas.

Tem a palavra o Prefeito Ângelo Perugini, da cidade de Hortolândia, e presidente da Região Metropolitana de Campinas.

 

O SR ÂNGELO PERUGINI - Exmo Sr. Presidente Deputado Davi Zaia, Exmos. Srs. Deputados Jonas Donizette e Ana Perugini, minha querida esposa, queridos Vereadores, familiares do Sylvino, representantes da nossa Região Metropolitana assim como da Capital; Sr. Sylvino de Godói Neto, falar depois de Jonas Donizette, um excelente orador, torna-se difícil. Mas, como testemunho desses 27 anos em que resido na Região Metropolitana de Campinas, quero falar da significativa importância do “Correio Popular” para nossa região e quero citar dois aspectos: do Ângelo fora do Poder Público e dentro dele há dois anos e meio.

Tenho observado a alinha do “Correio Popular” nesses 27 anos e nesta noite temos que realmente prestar homenagem ao trabalho realizado por esse meio de comunicação que foi um dos grandes construtores do desenvolvimento da nossa região. O que era Campinas e região há 80 anos e o que somos hoje? Talvez a segunda região economicamente mais importante do Estado de São Paulo e quem sabe uma das 10 mais importantes do País. O “Correio Popular”, sem dúvida, é uma das razões do grande desenvolvimento da nossa região. Um jornal que teve sua independência, sua marca, sua identidade própria.

Comemorando estes 80 anos eu tenho a sensação de estar vivendo um momento de grande transformação. Quero testemunhar que para mim o “Correio Popular” tem um motivo muito diferenciado.

Sou professor, dei aula durante muito tempo para ensino supletivo e usava o “Correio Popular” nas minhas aulas. Todas as etapas do caderno foram muito usadas nas minhas aulas. Eu usei o “Correio Popular” pelo menos durante uns seis anos seguidos. E muitas vezes o “Correio Popular” chegava à minha escola por doação da própria editora, porque a escola não tinha condições de comprar o jornal. Nos últimos dois anos a minha escola, a Escola Pastor, em Hortolândia, tem recebido gratuitamente 10, 12 jornais. Até hoje os professores usam nas salas de aula. Portanto, eu quero ser testemunha dessa contribuição para o desenvolvimento da região, dessa ajuda àqueles que precisam aprender a ler, aprender a pensar e a se orientar a partir de um jornal de comunicação como o “Correio Popular”.

Quero dizer que estou feliz pelos 80 anos, mas imaginando como vai ser o “Correio” nos próximos 80 anos. Estou imaginando o “Correio” virtual, abrindo num sistema moderno apenas apertando um botãozinho. Nós vamos assistir a isso, não é Sylvino? Aliás, você já está se preparando para isso, você já está pensando em outras medidas inovadoras.

Eu desejo que o “Correio” siga sempre no caminho da independência, articulando toda nossa região. Vocês não são importantes só para Campinas. Vocês são importantes para toda Região Metropolitana de Campinas, que deve somar mais de 50 municípios. Sou de uma cidade com 200 mil habitantes, que vive e se orienta muitas vezes das manchetes, do editorial, da linha do “Correio Popular”.

Em nome dos 19 Prefeitos da Região Metropolitana de Campinas quero trazer os nossos cumprimentos. Nem todos puderam vir, mas com certeza a primeira coisa que um Prefeito faz é abrir o “Correio Popular” e ver as notícias. Todos nós parabenizamos este excelente jornal, orgulho de toda região.

Parabéns, Sylvino. Parabéns toda família. Que a nossa região se fortaleça e cresça cada vez mais ao lado deste grande jornal. Muito obrigado, Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - DAVI ZAIA - PPS - A Presidência concede a palavra ao Vereador, ex-Deputado desta Casa, Petterson Prado, que representa neste ato a Câmara Municipal de Campinas.

 

O SR. PETTERSON PRADO - Sr. Presidente; Deputados Jonas Donizette, Ana Perugini; Prefeito Ângelo Perugini, também Presidente da Região Metropolitana de Campinas; Sylvino de Godoy Neto, Presidente da RAC; amigos de Campinas, é um prazer estar aqui com vocês. Passado pouco mais de quatro anos é a primeira vez que retorno a esta Casa. Tenho vindo pouco para cá. Vim aqui só na posse do Davi dar um abraço ao amigo. Vejo que algumas coisas mudaram, melhoraram e isso é muito bom.

Eu também concordo com o Ângelo que é difícil falar depois do Deputado Jonas Donizette. Não é nada agradável fazer uma moção de repúdio aqui porque deveria ser talvez o penúltimo a falar depois do Sylvino, mas o Jonas, sempre com muitas sábias palavras, tem uma sabedoria das pessoas antigas, fazendo às vezes uso de provérbios. Sempre usou grandes provérbios e grandes idéias desde quando era meu colega na Câmara Municipal.

Também quero falar depois do Ângelo Perugini que tem - acho que aí todos concordam - um trabalho excelente como Presidente da Região Metropolitana de Campinas. Tem estado sempre à frente dos problemas da região, representando-a muito bem. Não sou do partido do Ângelo Perugini, mas posso afirmar que, dos que já passaram, é o Prefeito mais atuante da nossa região. Participei dessa luta junto com a Deputada Célia Leão, Carlos Sampaio e Renato Simões. Fomos os autores do projeto, trabalhamos o Projeto de Lei da Região Metropolitana de Campinas.

O Ângelo está de parabéns. Esperamos que o sucesso da Região Metropolitana seja o sucesso de Campinas. Por mais que nos orgulhemos de ser campineiros - e muitas vezes somos arrogantes por isso - não podemos deixar de ver que os problemas são coligados, conjuntos e que só vamos resolvê-los se incluirmos toda a região metropolitana de Campinas. Hoje não se pode pensar apenas na cidade, mas sim na região. Nesse sentido é importante esse sentimento, essa consciência de região e não só de cidade. E é nesse sentido que o “Correio Popular” tem atuado e estado à frente.

Esse jornal e a RAC, desde o começo da discussão da região metropolitana de Campinas, sempre puxou essa discussão. Na verdade, como o Ângelo aqui colocou muito bem, vários temas foram fomentados pelo “Correio Popular”. Queiramos ou não foi o grande combustível para que se não deixasse morrer uma série de questões importantes na nossa região.

Todos os políticos aqui sabem que infelizmente muitas vaidades acabam barrando grandes projetos. E às vezes por um começar, ou por outro, não se participa porque não se é do partido, ou não se apóia pelo mesmo motivo. Então vemos às vezes muitas frentes para um mesmo tema quando deveria haver uma só. A luta política sendo uma só tem muito mais força. E o pior é que às vezes se perde a todos quando isso não acontece.

E onde entra o papel do jornal? É ele quem pauta as televisões e as rádios. É ele quem pauta várias matérias feitas pela televisão e a rádio. É ele quem fundamenta quando se pede uma determinada campanha para alguma situação, por exemplo, Viracopos ou a transferência do fórum, que acompanhei de perto, ou a própria questão da região metropolitana.

A noite seria pouca para falarmos tantas coisas práticas do dia-a-dia. O jornal esteve à frente e por isso tem o respeito, a credibilidade. Não é fácil chegar aos 80 anos, com certeza. Eu espero chegar lá; imaginem um jornal, uma empresa jornalística num Brasil tão complicado e tão instável! Imaginem então chegar com credibilidade e respeito. Esse é o grande desafio e isso foi o que o “Correio Popular” conseguiu.

Assim estamos hoje aqui homenageando-o. Mas não é só o fato de chegar que merece parabéns, mas como chegou. Retratou com veracidade a sociedade, essa loucura que somos, essa Babel com sentimentos, sonhos, angústias, medos, interesses e tem que retratar isso tudo, procurando ser o mais imparcial possível. E sempre quando você dá uma opinião tem alguém dizendo que você está beneficiando esse ou aquele. Retratar isso que somos, toda essa sociedade, esse é o papel de um jornal, ter essa sensibilidade e conseguir comunicar isso.

Posso falar uma coisa aqui e vocês entenderem outra totalmente diferente. Comunicação não é aquilo que eu falo, é aquilo que chega. O grande desafio - e aí o “Correio Popular” tem a sua qualidade - é exatamente o quê? Consegue se comunicar com o povo, falar uma língua que a população consiga entender. Infelizmente o nosso povo tem lido muito pouco; muito pouco. O brasileiro passa infelizmente em média cerca de seis horas por dia na televisão. Uma vergonha para o nosso país. Lê-se muito pouco. Hoje uma comunicação que você não consegue falar, não consegue chegar na pessoa, ela não se comunica. Falou bonito. Mas e daí? Não entendi nada.

Então o “Correio Popular” tem se destacado no sentido de chegar a informação, tem estado à frente, e exatamente por isso tem hegemonia, porque está se pensando e nesse sentido é quem está no comando, no caso Sylvino de Godoy, seu Conselho, e sua administração, que está pensando na frente, está sempre na frente buscando todos os caminhos para essa comunicação, para se chegar nessa comunicação.

Os funcionários, que vão lá, que fazem a notícia, que estão no dia-a-dia, como sempre falo, amassando o barro, temos aqui que cumprimentar e parabenizar. Então ganha Campinas, ganha a nossa região metropolitana de Campinas por ter uma rede de comunicação como a RAC - Rede Anhangüera de Comunicação.

E um Deputado que teve a sensibilidade de estar apresentando um projeto desse homenageando os 80 anos de fundação do jornal “Correio Popular” de Campinas, que é o Davi Zaia, a quem quero cumprimentar e parabenizar. Eu critico às vezes esta Casa à quantidade às vezes que se dá para pessoas que nunca fizeram mais do que obrigação. Penso que ninguém tem que ser homenageado por cumprir com sua obrigação. Temos que ser homenageados por fazer a mais.

E fiz questão de vir aqui hoje, exatamente porque em nome do Presidente da Câmara Municipal de Campinas, Vereador Aurélio José Cláudio, quero parabenizar, porque o “Correio Popular” de Campinas tem feito esse a mais, por isso recebe de todos nós esse parabéns. Boa noite. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - DAVI ZAIA - PPS - Obrigado Petterson Prado. Esta Presidência concede a palavra neste momento ao Sr. Sylvino de Godoy Neto, Diretor Presidente da RAC e do “Correio Popular”.

 

O SR. SYLVINO DE GODOY NETO - Exmo. Sr. Presidente desta sessão solene, Deputado Davi Zaia, Deputado Jonas Donizette, Deputada Ana Perugini, Dr. Ângelo Perugini, Prefeito de Hortolândia e Presidente da Região Metropolitana de Campinas, Vereador Petterson Prado, representando o Vereador Aurélio José Cláudio, Presidente da Câmara de Campinas, Paulo Afonso Tucci, Delegado Seccional de Polícia Civil de Campinas, representando o Dr. Delegado Paulo Afonso Bicudo, Diretor do Deinter 2, 1º Tenente Marlon Robert Níglia, representando o Coronel da PM Eliziário Ferreira Barbosa, do Comando de Policiamento do Interior (CPI-2), nobres Deputados, senhoras e senhores, estamos muito honrados com a homenagem prestada por esta Casa ao jornal “Correio Popular” que completa amanhã, no dia quatro de setembro, 80 anos de existência. Agradeço, especialmente, ao Deputado campineiro Davi Zaia, autor da proposta. Agradeço também as palavras generosas dos oradores que me antecederam.

Como os senhores sabem, o “Correio Popular” é um caso típico do que se chama de jornal regional, uma forma moderna de exercer o jornalismo, bem próximo do cotidiano e do universo de seus leitores. Exatamente por essa interatividade os jornais regionais estão crescendo extraordinariamente no Brasil e escrevendo uma nova página na história da imprensa escrita. Boa parte dos integrantes desta Casa, vindos do Interior de São Paulo, é testemunha disso.

Os jornais interioranos cresceram e se modernizaram muito nos últimos anos, em especial a partir da década de 90. Profissionalizados e atuantes, cada um dos jornais interioranos é um importante instrumento de defesa de sua comunidade e informa sobre os acontecimentos de sua cidade como nenhum outro veiculo consegue fazer.

O “Correio Popular”, hoje líder absoluto de mercado na região onde atua, encabeça o conglomerado de veículos que integram a Rede Anhangüera de Comunicação, classificada atualmente entre os dez maiores Grupos de Comunicação impressa do país, com mais de meio milhão de leitores, da qual fazem parte, além do próprio “Correio Popular” e a revista “Metrópole”, os jornais "Diário do Povo", "Gazeta de Ribeirão Preto", "Gazeta de Piracicaba", "Gazeta do Cambuí" e o caçula "Notícia Já", lançado em abril deste ano, e que já conquistou a posição do quinto jornal mais vendido em bancas no Estado de São Paulo.

O “Correio Popular” é considerado também um dos dez jornais diários mais admirados do país, segundo pesquisa recente realizada pela revista “Meio e Mensagem”, entre profissionais de mídia. A empresa é um exemplo marcante de como um empreendimento pode chegar aos seus oitenta anos esbanjando vigor e modernidade, amparados no sólido conceito de credibilidade que desenvolveu em todos esses anos.

Mas nem tudo foram flores durante sua trajetória. O “Correio Popular” foi fundado em 1927 por Álvaro Ribeiro, na época em que o Estado de São Paulo era governado por Júlio Prestes. O Poder Legislativo Paulista, ainda na fase bicameral, era presidido por Antonio Dino da Costa Bueno no Senado estadual e por Arthur Pequeroby de Aguiar Whitaker, na Câmara estadual. Eram anos conturbados que antecederam a Revolução Constitucionalista e que culminaram com a dissolução desta Casa, em 1930, afetando a imprensa brasileira de maneira significativa.

Em 1932, quando meu avô Sylvino de Godoy assumiu a direção do “Correio”, o jornal passou a realizar reuniões cívicas diárias em suas dependências e estampava no alto da primeira página o dístico dos revolucionários paulistas "Por um Brasil Forte e Unido", marcando claramente a posição ideológica que o veiculo adotava a partir de então. Da mesma forma, o Poder Legislativo Paulista defendia posições claras quando foi dissolvido mais uma vez em 1937, durante o Estado Novo.

Como se vê, os defensores da legalidade passam por maus bocados. Mas este é o preço da integridade, qualidade indispensável para o exercício da boa política e do bom jornalismo, atividades que se entrelaçam muitas vezes na empreitada de se consolidar uma nação.

Hoje, com o regime democrático de volta ao cenário político, novos ares sopram sobre os legisladores, como os senhores, e sobre a imprensa como nós. No pragmatismo deste cenário de liberdade e igualdade significa que vivemos um momento propicio para a reconstrução do país, dentro de princípios norteados pelo patriotismo e pela justiça. Espero que todos nós possamos fazer bom uso deste momento "Por um Brasil Forte e Unido". Boa noite a todos e, mais uma vez, muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - DAVI ZAIA - PPS - Agradeço as palavras do Dr. Sylvino de Godoy Neto.

Quero agora, na minha saudação, cumprimentar o Dr. Sylvino Neto; o Vereador Petterson Prado; Prefeito Ângelo Perugini; Dr. Paulo Afonso Tucci; 1º Tenente Marlon Robert Niglia; Deputados Jonas Donizette e Ana Perugini, destacar a importância do “Correio Popular” para toda nossa região metropolitana e nossa cidade de Campinas.

Doutor Sylvino, a imprensa do Brasil vem contando a história do país há quase 200 anos, cobrindo os principais acontecimentos do período. É nessa época, em 1808, que surge o primeiro jornal brasileiro, o “Correio Braziliense”.

Por registrar o nosso cotidiano, os jornais, aqui e no mundo inteiro, são objeto de estudo para historiadores e também fontes da história. Através deles é possível reconstituir parte dos usos e costumes de um povo, e a cultura da humanidade de diferentes períodos, levando em conta que cultura é toda a produção do homem que caracteriza a sua evolução. Os jornais também são protagonistas da história e nos últimos 80 anos, o Correio Popular vem cumprindo extraordinariamente bem essa missão.

Foi fundado no dia 4 de setembro de 1927, em um domingo, por Álvaro Ribeiro, e já iniciou seus trabalhos com a cobertura jornalística especial de um dos mais importantes fatos de nossa história, a Revolução Constitucionalista de 1932. O campineiro Álvaro Ribeiro, seu fundador, era jornalista e verdadeiro homem de ação. Foi Vereador por sete legislaturas, construiu e dirigiu um hospital para crianças pobres e dois colégios, o Cesário Motta e o Ateneu Paulista.

Fundou ainda em 1912 o Diário do Povo, jornal que desde 1996 faz parte da hoje Rede Anhangüera de Comunicação, proprietária do Correio Popular, além de ajudar a fundar outros dois jornais, "Cidade de Campinas" e "Comércio de Campinas". É dele a frase que continua orientando as atividades do Correio Popular: "Seremos, na imprensa, vigilantes, fiscais da administração pública e zeladores intransigentes do direito coletivo".

O empresário Sylvino de Godoy assumiu o jornal e como “publisher” dedicou a ele todas as suas atenções. Esteve à frente do Correio Popular por 32 anos até a sua morte, em 1970, aos 81 anos. Transmitiu o ofício e a dedicação ao jornal à sua família, que o seguiu nessa empreitada. Inicialmente, por intermédio de seu filho Edvard de Vita Godoy, que assumiu o lugar do pai. Foi no período em que dirigiu o jornal que o “Correio Popular”, constrói sua nova sede na Avenida José de Souza Campos (via Norte-Sul).

Com a morte de Edvard em 1976, Carmela de Vita Godoy, esposa de Sylvino Godoy, assume a presidência do periódico. Ela permanece no cargo até 1978, quando há nova troca de comando. Dessa vez quem assume é Carmem Godoy Jacob, filha de Sylvino. Carmem permaneceu à frente do Correio Popular até 1987, quando Sylvino de Godoy Neto, assume em seu lugar e segue dirigindo o jornal até hoje.

Como é tradição na imprensa escrita brasileira, a família Godoy assume um lugar importante no jornalismo brasileiro, ao lado de nomes como o dos Frias e dos Mesquitas.

Assim como os seus antecessores, Godoy Neto se revela um grande empreendedor e é responsável hoje por uma nova fase do jornal e do grupo de comunicação a que pertence. Em 1996, ao adquirir o Diário do Povo, criou a Rede Anhangüera de Comunicação que também tem sob sua responsabilidade a Revista Metrópole, encartada aos domingos no Correio, o semanário Gazeta do Cambuí, as Gazetas de Piracicaba e de Ribeirão Preto, que circulam três vezes por semana: terças, quintas e finais de semana, e mais recentemente o Notícias Já.

O Correio Popular, inspirado na frase de seu fundador, segue a risca sua missão de fiscalizar o poder público e transmitir notícias que interessam diretamente ao leitor. A vocação de um jornal regional é prioritariamente noticiar os fatos de uma cidade e de sua região. Assim, profundamente identificado com a população, o “Correio Popular” soube, nos últimos 80 anos, cativar um público tão exigente quanto o de Campinas, a terceira cidade do país com mais índice de leitores.

Mas o “Correio Popular” não é apenas Campinas. Há muito ultrapassou os limites da cidade para circular por mais de 50 municípios do Estado. É conhecido em todo o Brasil, pois está entre os dez jornais mais admirados do país, de acordo com pesquisa da “Meio & Mensagem”, feita no ano passado. Também é vencedor de quatro prêmios “Esso”, o mais tradicional e significativo prêmio de jornalismo do Brasil, além do grande Prêmio Mídia da Paz, em 2002.

Hoje, o “Correio Popular” é o jornal preferido dos campineiros. Sessenta e quatro por cento dos moradores de Campinas afirmam ler o jornal, segundo pesquisa da Marplan, além de ser o jornal mais vendido do interior do Estado de São Paulo e o quarto no Brasil, em número de anunciantes. Essa preferência deve-se à representatividade e à maneira pela qual o jornal soube aproximar da população os fatos de sua cidade e região, e também opinar e se posicionar em defesa dos direitos do cidadão.

O “Correio Popular” está tão intimamente ligado à região de Campinas, que hoje é impossível dissociá-lo de seu patrimônio. Por todo o seu significado é que, nessa ocasião solene, agradeço ao Sr. Sylvino de Godoy Neto e a toda equipe responsável pelo “Correio Popular” por tão importantes serviços prestados à nossa comunidade.

Para concluir, já estou em Campinas há 34 anos e fui para lá para estudar. No dia de hoje fiquei imaginando uma lembrança que poderia marcar o “Correio Popular”.

Em 1984 eu já era presidente do Sindicato dos Bancários de Campinas e também era o ano da campanha pelas “Diretas Já”. O Dr. Sylvino lembrou muito bem a história do jornal na luta pela liberdade democrática, e talvez o ano de 1984 seja um grande marco também na luta deste País pela democracia.

Campinas realizou vários eventos na luta pela conquista das “Diretas Já”. Um desses eventos aconteceu num sábado, no Largo do Rosário, tradicional local de manifestações do nosso povo em Campinas. Participei do evento juntamente com a minha esposa, Sonia, e do meu filho André Gustavo, que tinha 4 anos. Terminado o evento, eu estava participando do palanque, a Sonia e o André ficaram me aguardando. O André estava um pouco cansado pois só tinha 4 anos de idade e sentou-se na beirada da calçada. Desci do palanque, nos encontramos e fomos para casa.

No outro dia, como de costume, abri o “Correio Popular” para saber como tinha sido o evento. Nós que participamos, não acompanhamos todo o evento. Assim, é um hábito nosso a leitura do jornal no dia seguinte. Para surpresa minha, ao abrir o jornal, uma das fotos estampadas era justamente a do André, ao lado da Sonia, sentado na calçada. E a manchete do jornal era “Até as crianças participaram da manifestação em defesa da ‘Diretas Já’”. Essa é a lembrança que me veio à mente nesse momento, pelo significado pessoal, - por ver o meu filho lá participando da campanha pelas “Diretas” - e também pelo significado político, pois considero um dos momentos mais importantes, mostrando a presença do “Correio” sempre permanente e vigilante com a democracia.

Imprensa e democracia são duas coisas fundamentais e uma não pode existir sem a outra. A imprensa é fundamental para a democracia. E a imprensa também sofre muito quando não se tem democracia.

Assim, quero agradecer a presença de todos nesta noite assim como a presença da Deputada Célia Leão, que congratula o jornal. Quero dizer da minha satisfação em poder ter participado e ter concedido essa homenagem ao jornal “Correio Popular”. Agradeço, portanto, a todos os que nos deram a honra de suas presenças nesta Sessão.

Esgotado o objeto da presente sessão, antes de encerrá-la, esta Presidência agradece todos os funcionários da Casa que possibilitaram a realização desta Sessão, a Banda da Polícia Militar que abrilhantou a abertura, a presença dos Deputados, e de todos os senhores e as senhoras.

Declaro encerrada a sessão. Boa noite!

 

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- Encerra-se a sessão às 21 horas e 30 minutos.

 

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