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14 DE JUNHO DE 2002

28ª SESSÃO SOLENE EM HOMENAGEM À CONGREGAÇÃO DOS PADRES DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS, PELO CENTÉSIMO ANIVERSÁRIO DE SUA CHEGADA AO BRASIL

 

Presidência: JOSÉ CARLOS STANGARLINI

 

DIVISÃO TÉCNICA DE TAQUIGRAFIA

Data: 14/06/2002 - Sessão 28ª S. SOLENE  Publ. DOE:

Presidente: JOSÉ CARLOS STANGARLINI

 

HOMENAGEM À CONGREGAÇÃO DOS PADRES DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS PELO CENTÉSIMO ANIVERSÁRIO DE SUA CHEGADA AO BRASIL

001 - JOSÉ CARLOS STANGARLINI

Assume a Presidência e abre a sessão. Convida a todos para ouvir a execução do Hino Nacional Brasileiro. Informa que esta sessão solene foi convocada pela Presidência, a pedido do Deputado ora na condução dos trabalhos, com a finalidade de homenagear os 100 anos de chegada da Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus ao Brasil. Anuncia as autoridades presentes.

 

002 - LUIZ JOSÉ WEBER

Como padre e diretor do Instituto de Meninos de São Judas Tadeu, presta homenagem à memória e à obra do padre Gregório Westrupp, fundador do instituto que ora dirige.

 

003 - Presidente JOSÉ CARLOS STANGARLINI

Presta homenagem póstuma da Alesp ao padre Gregório Westrupp, entregando-a ao padre Luiz José Weber. Anuncia a execução de número musical.

 

004 - JOÃO CARLOS ALMEIDA

Como padre e diretor-geral da Faculdade Dehoniana de Taubaté, traça o perfil biográfico do padre João da Cruz Pascal Lacroix, precursor da presença dehoniana nos meios de comunicação e escritor.

 

005 - Presidente JOSÉ CARLOS STANGARLINI

Presta homenagem póstuma ao padre João da Cruz Pascal Lacroix. Anuncia a execução de número musical.

 

006 - JOSÉ FRANCISCO SCHMITT

Como reitor do Convento do Sagrado Coração de Jesus em Taubaté, discorre sobre a vida e obra do padre José Antonio de Couto, professor e bispo diocesano de Taubaté. Lembra a trajetória dos padres dehonianos no Brasil.

 

007 - Presidente JOSÉ CARLOS STANGARLINI

Presta homenagem póstuma ao padre José Antonio de Couto. Anuncia a execução de número musical.

 

008 - CLÁUDIO WEBER

Superior da Província Brasileira Meridional da Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus, relembra vida e obra do padre Mauro Paulo Junklaus, professor e dirigente de diversas instituições da Congregação.

 

009 - Presidente JOSÉ CARLOS STANGARLINI

Presta homenagem póstuma ao padre Mauro Paulo Junklaus. Discorre sobre a atuação da Congregação do Sagrado Coração de Jesus nas áreas social, educacional e de comunicação. Fala do reconhecimento federal da Faculdade Dehoniana. Agradece a todos pelo êxito desta solenidade. Encerra a sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - JOSÉ CARLOS STANGARLINI - PSDB - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Esta Presidência dá por aprovada a Ata da sessão anterior.

Srs. Deputados, meus senhores e minhas senhoras, esta Sessão Solene foi convocada pelo Presidente desta Casa, Deputado Walter Feldman, atendendo solicitação deste Deputado, com a finalidade de homenagear a “Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus”, pelo centésimo aniversário de sua chegada ao Brasil.

Convido a todos os presentes para, em pé, ouvirmos a apresentação do Hino Nacional Brasileiro, pelo Coral da Polícia Militar.

 

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- É executado o Hino Nacional Brasileiro pela Banda da Polícia Militar do Estado de São Paulo.

 

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O SR. PRESIDENTE - JOSÉ CARLOS STANGARLINI - PSDB - Esta Presidência agradece ao Coral da Polícia Militar e ao 2º Tenente Músico da PM, Maestro do Coral da Polícia Militar do Estado de São Paulo, Clébio de Azevedo. Muito obrigado.

Gostaríamos de registar as presenças dos senhores: Padre Cláudio Weber, Superior da Província Brasileira Meridional da Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus; Padre José Francisco Schmitt, Reitor do Convento do Sagrado Coração de Jesus, em Taubaté; Padre João Carlos Almeida, Diretor Geral da Faculdade Dehoniana de Taubaté; Padre Luiz José Weber, Diretor do Instituto Meninos de São Judas Tadeu; 2º Tenente Músico PM Clébio de Azevedo, Maestro do Coral da Polícia Militar do Estado de São Paulo; Sr. Ailton Teixeira, Pró-Reitor de Planejamento, Administração e Finanças da Univap; Sra. Maria Cristina Goulart Pupio Silva, Pró-Reitora de Assuntos Jurídicos da Univap; Padre Silvino Hoepers, Vigário Paroquial da Paróquia São Judas Tadeu; Sr. Padre Rudy Antonio Mildner, Capelão do Instituto do Coração Dante Pazzanese. Agradecemos também a presença de cada um de vocês aqui que estão prestigiando esta Sessão Solene.

Esta Presidência concede a palavra ao Padre Luiz José Weber, Diretor do Instituto Meninos de São Judas Tadeu.

 

O SR. LUIZ JOSÉ WEBER - Exmo. Sr. Presidente desta Sessão Solene e promotor da mesma, Deputado José Carlos Stangarlini, para homenagear a Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus, pelo centésimo aniversário de sua chegada ao Sul do Brasil, falar da congregação é algo muito amplo, por isso, vou centrar o meu olhar para São Paulo, onde a mesma se faz presente há mais de 60 anos.

Centrarei o meu pronunciamento sobre a pessoa de Padre Gregório Westrupp, um religioso e sacerdote exemplar e abnegado, que profundamente marcou a cidade de São Paulo e de seu povo. O Padre Gregório Westrupp nasceu em Armazém, a 28 de janeiro de 1909, uma região agrícola de Santa Catarina.

O desejo e se consagrar totalmente a Deus, fê-lo deixar o magistério, para se encaminhar à vida religiosa e sacerdotal. Aos 27 anos de idade, fez a sua profissão religiosa na Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus, e quatro anos mais tarde, em 1º de dezembro de 1940, foi ordenado sacerdote da Igreja, na cidade de Taubaté, São Paulo. Exerceu o seu ministério sacerdotal em vários lugares e em campos de ações diferentes, atividades paroquiais, capelão de leprosário, professor e formador em seminários da congregação.

No ano de 1950, de volta a São Paulo, a Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus confia-lhe a missão de iniciar um orfanato, para assistir e amparar a meninos órfãos. Em 19 de março do ano corrente, sob a proteção de São José, ele inicia a obra, numa pequena casa, nos fundos da Igreja de São Judas Tadeu, com três meninos. Em pouco tempo, o número de meninos foi aumentando. Os recursos financeiros eram precários. Passou por muitas dificuldades e provações. No entanto, a sua profunda experiência de fé, no Deus da vida, o fez perseverar e superar todas as adversidades. Soube acreditar na bondade divina, a ponto de afirmar, até nos momentos mais difíceis, - Deus é bom, e não deixa ninguém sem resposta.

Padre Gregório Westrupp, homem santo, dedicado, zeloso sacerdote, incansável, marcou a sociedade paulistana, ao longo e seus 33 anos de atuação, pela sua capacidade de ouvir, acolher e orientar as pessoas, quer gente simples ou pessoas de destaque da sociedade. Soube transmitir paz, serenidade, confiança a todos que o procuravam. Suas orações e bênçãos eram ansiosamente aguardadas por multidões que o procuravam. Visitava diariamente os doentes em hospitais e em seus lares, levando-lhes uma palavra de conforto e esperança.

A semente lançada por Padre Gregório Westrupp em março de 1950, germinou, se desenvolveu e produziu muitos frutos. No orfanato de então, com três meninos, para o Instituo Meninos de São Judas Tadeu, de hoje, que acolhe cerca de 300 meninos órfãos e carentes. Quem estende a mão ao órfão e à viúva, Deus o atrairá para sempre junto de Si, dizia ele. Nesse espírito aberto e empreendedor, surgiram várias obras e projetos novos: Creche Padre Gregório Westrupp, Casa Povo de Deus, Núcleo Marisa, Recanto São Judas Tadeu e Casa de Apoio a ex-Meninos.

Da pequena semente plantada por Padre Gregório Westrupp, regada por outros colaboradores sacerdotes e religiosos, apoiada por uma rede de benfeitores, funcionários e voluntários, transformou-se em verdadeiro complexo, voltado para o acolhimento, assistência e promoção dos mais necessitados, desde creches até amparo aos idosos. O seu apelo de então em favor da defesa da vida dos mais necessitados, hoje continua a clamar por maior atenção para com os desprovidos de sua dignidade, através dessas referidas obras existentes na grande São Paulo.

Essa intensa atividade pastoral e social lhe rendeu o reconhecimento do povo e das autoridades constituídas. Em vida, recebeu no ano de 1978, o título de cidadão paulistano. Foi chamado a fazer sua última e maior experiência do Deus é bom, que não deixa ninguém sem resposta, a 21 de janeiro de 1983, quando Pai celestial o chamou para Si, para lhe dar a justa coroa da recompensa. Após sua morte, continua a receber homenagens e reconhecimento. Inúmeros bustos do Padre Gregório Westrupp foram colocados em lugares privados e públicos, na cidade e no Estado de São Paulo. Praças e avenidas levam o seu nome. Seu túmulo no Cemitério da Consolação, é um dos mais visitados anualmente nessa cidade. Os amigos e devotos de Padre Gregório Westrupp, cultivam e cultuam a sua memória. E generosamente apoiam as obras sociais por ele iniciadas e inspiradas.

Hoje, nós assumimos a continuidade da obra de Padre Gregório Westrupp. Renovamos diante desta Assembléia Legislativa, o compromisso de fidelidade, sim, mas dinamizando essa obra, segundo as exigências pedagógicas e legais, para que haja mais vida. Deus é bom e não deixa ninguém sem resposta. Muito obrigado. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - JOSÉ CARLOS STANGARLINI - PSDB - Haverá agora uma homenagem da Assembléia Legislativa do povo do Estado de São Paulo, ao Padre Gregório Westrupp, uma importante presença na promoção humana na assistência social, como já foi amplamente destacado pelo Padre José Luiz Weber, que vai receber a homenagem póstuma ao Padre Gregório Westrupp.

 

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  - É feita a homenagem. (Palmas.)

 

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O SR. LUIZ JOSÉ WEBER - “A Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, homenagem à Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus, Deputado José Carlos Stangarlini, na Sessão Solene dedicada à Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus , hoje é realizada no Plenário Juscelino Kubistchek de Oliveira, presta em memória, ao Padre Gregório Westrupp, a homenagem do povo paulista, por sua destacada presença nos campos da promoção humana e assistência social. São Paulo, 14 de junho de 2002. José Carlos Stangarlini, Deputado Estadual.”

Muito obrigado. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - JOSÉ CARLOS STANGARLINI - PSDB - Assistiremos agora a apresentação do “Trio Ir ao Povo”, com a música “Leva para Febem”, do Padre Zezinho.

 

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  - É executado o número musical. (Palmas.)

 

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O SR. PRESIDENTE - JOSÉ CARLOS STANGARLINI - PSDB - Agradecemos ao “Trio Ir ao Povo”, pela belíssima apresentação.

Ouviremos agora a palavra do Padre João Carlos Almeida, diretor-geral da Faculdade Dehoniana de Taubaté.

 

O SR. JOÃO CARLOS ALMEIDA - Exmo. Deputado José Carlos Stangarlini, Presidente desta Sessão Solene da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, demais autoridades religiosas e civis aqui presentes, e todos aqueles que nos dão o ar de sua graça, e a graça de suas presenças, nossos pensamentos se voltam agora para a região da Alemanha, conhecida como Alsácia e Lorena, onde no dia 16 de março de 1879, nasceu o Padre João da Cruz Pascal Lacroix.

Escolhemos para esta homenagem, a figura polêmica e idealista, incorrigível e infatigável do Padre Lacroix, porque ele antecipou e hoje representa a notável presença da Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus, nos mais diversos meios de comunicação. Quem deveria estar neste momento ocupando esta tribuna é o nosso comunicador mais ilustre, o Padre José Fernandes de Oliveira, Padre Zezinho. Porém, ele não pôde estar justamente porque está gravando os seus programas de televisão. Está se comunicando. Nossa congregação não é time de um jogador só, que nesses tempos de Copa se torna um perigo.

Poderíamos elencar aqui mais de uma sacerdotes e irmãos presentes na Rede Vida, Canção Nova, TV Século XXI, sem citar centenas de rádio, jornais, livros e revistas.

Seguimos os passos do nosso fundador, o Padre João León Dehon, incansável na tarefa de escrever, estudar e educar para a justiça e para o amor. Nosso sonho continua o mesmo, implantar o reino do coração de Jesus, nas pessoas e na sociedade.

Justiça seja feita. O Padre Lacroix foi o grande precursor de nossa presença dehoniana nos meios de comunicação, especialmente do Estado de São Paulo. a história costuma esquecer alguns fatos fundamentais. Por isso, precisamos recordar em momentos solenes como este, pessoas como o Padre Lacroix. No seu tempo, no início do século passado, a Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus no Brasil, e de modo especial, em São Paulo, chegou a ser popularmente conhecida como “os padres do Padre Lacroix”. A maioria de nós já esqueceu disso.

Ele fundou a editora SCJ, que funcionou anexa ao Seminário de Teologia em Taubaté. Por muitos anos essa editora influenciou a catequese no Brasil, com traduções do catecismo do Professor Espirago, do Monsenhor Tiametote, e também foi um dos pioneiros em livros para a formação da juventude. Lançou ainda vários escritores, como Monsenhor Siqueira, Dom Antonio Morais e Monsenhor Ascânio Brandão, entre outros.

Quando a província assumiu a corajosa decisão de iniciar no Brasil, uma escola apostólica de grande porte, foi ele quem se encarregou de levantar os fundos, vendendo livros, pedindo donativos a fazendeiros de São Paulo e Rio de Janeiro, e sua tarefa era ingrata, pois praticamente fazia isso sozinho, e diga-se de passagem, até mesmo em oposição a muitos colegas. Além disso, a época era de recessão econômica, e a província-mãe, a Alemanha, também atravessava dias difíceis, mas Padre Lacroix atingiu o seu objetivo. O Seminário de Corupá, em Santa Catarina, finalmente foi construído.

Era escritor de muitos recursos. Tinha a humildade de confiar seus livros a gramáticos famosos, para que suas obras fossem brasileiras de verdade. Algumas obras causaram polêmica e ele a sustentou corajosamente. Tinha coragem de denunciar o que estava errado. Dentre seus livros, destacam-se: “O mais urgente problema do Brasil”; “O problema sacerdotal e sua solução”; “A solução do problema sexual”; “Existe inferno?”; “A trilha de Santa Terezinha”; “O espiritismo à luz da razão”. São tão atuais que nem parecem ter sido escritos no início do século passado.

Padre Lacroix tem seus primeiros votos de pobreza, obediência e castidade em setembro de 1909, em Citar, na Holanda. Foi ordenado no dia 24 e maio de 1907, na Bélgica. E foi imediatamente para a região da África, hoje conhecida como Congo, onde ficou até 1915. Nesse ano, veio para o Brasil, onde passou o resto dos seus 84 anos de vida. Tinha um enorme idealismo e impressionante visão de futuro. Sacudiu o País com a sua polêmica sobre vocação e catequese. O tempo se encarregou de provar que ele estava certo.

Advogava para o Brasil mais catecismo e mais promoção vocacional, pois julgava os padres preocupados demais com outros assuntos. Até mesmo uma certa ala do episcopado não o aceitava, pois julgava que o estrangeiro não poderia entender nossa realidade, não teria o que dizer sobre pastoral vocacional. Era um homem ágil, meio místico, de poucas palavras. Ávido leitor e empreendedor que não conhecia entraves. Extremamente obediente e humilde.

Seu último livro foi: “A solução pelo Dízimo”. Morreu de grave infeção intestinal. Suas últimas palavras foram: “Padre Valério, diga ao provincial que eu nunca quis errar. Eu sempre quis acertar. Dá-me o meu amigo.” E naquele momento, derradeiro, trouxeram ao Padre Lacroix, a estátua do coração de Jesus. Ele abre a abraçou e fixou-a durante duas horas, e aos poucos, foi lentamente apagando. Morreu placidamente , e permanece como um dos nossos grandes modelos.

Está sepultado onde viveu grande parte de sua vida, e onde seu sonho continua vivo na tarefa de formar novos padres , para o Vale do Paraíba e para o Brasil, e de educar toda a igreja e a sociedade por meio da Faculdade Dehoniana, que herda o seu sonho em Taubaté, no Estado de São Paulo. Muito obrigado. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - JOSÉ CARLOS STANGARLINI - PSDB - Em seguida, será prestada uma homenagem póstuma ao Padre João da Cruz Pascal Lacroix, cuja presença no campo da educação e junto aos meios de comunicação foi destacada pelo Padre João Carlos Almeida.

 

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-              É feita a homenagem. (Palmas.)

 

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O SR. JOÃO CARLOS ALMEIDA - “Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, homenagem à Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus. Deputado José Carlos Stangarlini, na sessão dedicada à Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus, hoje, realizada no Plenário Juscelino Kubistchek de Oliveira presta ao Padre João da Cruz Pascal Lacroix, a homenagem do povo paulista por sua destacada presença nos meios de comunicação e na educação. São Paulo, 14 de junho de 2002.” (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - JOSÉ CARLOS STANGARLINI - PSDB - Assistiremos agora a apresentação novamente do “Trio Ir ao Povo”, com a música “Sabedoria”, do padre Zezinho.

 

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  - É executado o número musical. (Palmas.)

 

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O SR. PRESIDENTE - JOSÉ CARLOS STANGARLINI - PSDB - Agradecemos mais uma vez a apresentação do “Trio Ir ao Povo”.

Ouviremos agora a palavra do Padre José Francisco Schmitt, Reitor do Convento Sagrado Coração de Jesus, em Taubaté.

 

O SR. JOSÉ FRANCISCO SCHMITT - Exmo. Sr. Deputado José Carlos Stangarlini, que Preside esta Sessão Solene, Exmas. autoridades civis e religiosas, prezados senhores e senhoras, que vieram para prestigiar esta Sessão Solene comemorativa pelo transcurso do 1º centenário da vinda dos padres do Coração de Jesus, para o Sul do País. Prosseguindo o clima celebrerativo desta Sessão Solene, passo imediatamente ao tema que me foi proposto, a nossa presença - a nossa presença eclesial na Igreja Brasil, homenageando então José Antonio de Couto.

Esta eclesialidade está ligada à história da chegada dos nosso primeiros padres em 1903, em Florianópolis, Santa Catarina. Aí começaram a exercer o ministério eclesial e pastoral, na Igreja de São Francisco. Em seguida, passaram a exercê-la em diversas cidades do interior, e em quase todo o litoral catarinense.

Após 16 anos de sua vinda para as plagas catarinenses, em dezembro de 1919, um grupo de religiosos dehonianos, em atividade naquele estado, chegou ao Estado de São Paulo, na pequena cidade de Taubaté, assumindo a direção do seminário em Santo Antônio, da Diocese de Taubaté. Em junho de 1923, fundaram nessa cidade, o Convento Sagrado Coração de Jesus, onde no ano seguinte, iniciou-se o curso de teologia, que até hoje, formou em torno de 650 sacerdotes para a Igreja no Brasil. Estamos hoje presentes em 55 paróquias, em diversos estados brasileiros, desde o rio Grande do Sul, até o Rio de Janeiro, em Minas Gerais, e com atuação missionária e pastoral nos estados de Mato Grosso e Maranhão.

Isto sem fazer referência às diversas obras sociais, faculdades e escolas, sob a animação dos padres dehonianos. Além da menção de todo esse trabalho de igreja, faz-se oportuno registrar o expressivo número de padres dehonianos brasileiros, elevados ao episcopal. Desde 1959, 10 confrades dehonianos foram chamados para o episcopado. Os dois primeiros, por ordem de nomeação, dão a Honorato e Piazeira, Bispo de Lages, e Dom José Antônio de Couto, de Taubaté, ambos falecidos.

Seguem-se Dom Euzé de Oscar Chaid, eleito em 1981, atualmente a serviço do Rio de Janeiro. Dom Aloísio Hoterman, eleito em 1983, Bispo de Uberaba, Minas Gerais. Dom Murilo Sebastião Ramos Criguer, eleito em 1985, atualmente a serviço de Florianópolis. Dom Nelson Vestru, eleito em 1991, Bispo Titular de São José dos Campos. Dom Carmo José João Roldem, eleito em 1996, Bispo de Taubaté. Dom Vital de Tulina, eleito em 1998, encontra-se à frente da Igreja de Frelazia, de Paranatinga, Mato Grosso. Dom Geraldo Dantas de Andrade, eleito em 1998, é bispo auxiliar da Arquidiocese de São Luís, Maranhão. E finalmente, Dom Antônio Wagner da Silva, eleito em 2000, é Bispo Coadjutor da Diocese de Guarapuava, Paraná. Com a declinação dos nomes desses prelados, passo de imediato a apresentar um rápido relato da vida e obra de Dom José Antônio do Couto.

Dom José Antônio do Couto nasceu em Formiga, cidade das areias brancas, no interior do estado de Minas Gerais, a 1º de novembro de 1927. Do nascimento à idade escolar, o jovem José Antônio passou em seu lar, junto a seus pais. Fez seus primeiros estudos na escola rural, na sua terra natal. A história de sua vocação não foi fácil, diante da falta de condições financeiras, o pai se opôs à sua ida ao seminário. Como não bastasse a oposição do pai, também o seu pároco, devido a sua pouca escolaridade e já moço de 15 anos, não quis autorizar o seu ingresso no seminário.

Finalmente, vencidas todas essas dificuldades, em janeiro de 1944, ingressa no seminário menor de Lavras, Minas Gerais. Após seus estudos seminarísticos e sua profissão religiosa, José Antônio foi escolhido pelos seus superiores para cursar as ciências teológicas em Roma. Após seis anos de estudos superiores, na Itália, já ordenado presbítero, como doutor em teologia moral, pela Universidade Urbaniana de Roma, em princípio de agosto de 1960, retorna ao Brasil.

Em janeiro de 1961, veio para Taubaté, para o Convento Sagrado Coração de Jesus, onde foi formador e professor de teologia moral e direito canônico. Ajudou a formar um grande número de sacerdotes para a igreja no Brasil, como também exerceu diversos cargos na congregação e na diocese, tendo uma importante presença na cidade de Taubaté e na igreja local.

Em junho de 1974, a Santa Sé escolheu-o para a bispo coadjutor da Diocese de Taubaté. Sua ordenação episcopal ocorreu no dia 18 de agosto do mesmo ano, na mesma cidade. Após dois anos de bispo coadjutor em maio de 1976, Dom José Antônio assume oficialmente a Diocese de Taubaté, como bispo titular. Sem mencionar as grandes realizações desse dinâmico bispo, destaco o importante trabalho do processo de instalação da Diocese de São José dos Campos.

Durante a organização da nova diocese, no dia 28 de dezembro de 1979, ele sofreu um grave acidente vascular cerebral, que o submeteu à cadeira de rodas. Depois de cinco anos incompletos na função de bispo diocesano, impossibilitado por motivos de saúde, de continuar frente a sua igreja particular, em agosto de 1981, ele renunciou à função de bispo titular.

Falando agora da sua compleição e personalidade, devo dizer que desde o seu porte físico frágil, até o mais profundo de sua expressão humana, Dom José do Couto era elegante. De porte magro, flexível, e nobre nos modos de se expressar. Não era um homem de muita saúde. A primeira qualidade que ornava a sua pessoa era a bondade. Era um homem disciplinado, todavia, seu semblante sempre sereno e calmo, revelava ser um homem cheio de paz e contentamento. No interior de sua admirável personalidade, Dom Couto era portador de elegância moral e homem de fé, homem de Deus, e portanto, homem de uma profunda espiritualidade.     

Foi um grane amigo do povo. Dialogou com autoridades, com diversas igrejas e religiões., grupos políticos e outras classes sociais. Dom José Antônio tinha uma ampla visão de igreja, de sociedade. Dinâmico, aberto e atento à realidade e aos desafios da sociedade. Conduziu a diocese com sabedoria e muita prudência. A ação evangelizadora era conduzida pelo princípio da unidade num contexto da pastoral de conjunto.

Dom José Antônio, na sua cadeira de rodas, humilde, resignado, sereno, foi sem dúvida, um grande conselheiro espiritual. O povo de Taubaté, assim como todo o vale do paraíba, não se esqueceu dessa figura humilde, presente na fragilidade humana do seu bispo emérito.

Prezados senhores e senhoras, eis um rápido retrato falado da personalidade do falecido e do sempre inesquecível amigo Dom José Antônio do Couto. Louvemos a Deus por seu testemunho de vida. Se podemos orar uns pelos outros, com certeza, ele agora muito mais ainda, reza e rezará por nós. Muito obrigado. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - JOSÉ CARLOS STANGARLINI - PSDB - O Padre José Francisco Schmitt receberá a homenagem da Assembléia Legislativa, do povo do Estado de São Paulo, a Dom José do Couto, que é o referencial da presença da Congregação no episcopado, principalmente, no Estado de São Paulo.

 

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  - É feita a homenagem. (Palmas.)

 

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O SR. JOSÉ FRANCISCO SCHMITT - “A Assembléia Legislativa do Estado e São Paulo, em homenagem aos padres à Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus, o Deputado José Carlos Stangarlini, na Sessão Solene dedicada aos padres da Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus, hoje realizada no Plenário Juscelino Kubitschek de Oliveira, presta ‘in memoriam’, a Dom José Antônio de Couto, a homenagem do povo paulista, como destaque da Congregação no episcopado. São Paulo, 14 de junho de 2002. José Carlos Stangarlini, Deputado Estadual. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - JOSÉ CARLOS STANGARLINI - PSDB - Assistiremos agora a mais uma apresentação do “Trio Ir ao Povo”, com a música “Um coração para amar”, do Professor Zezinho.

 

A SRA. APRESENTADORA - O “Trio Ir ao Povo”, e ir ao povo é um lema dos padres do Sagrado Coração de Jesus. Somos mais um dos muitos projetos dos dehonianos, e com Padre Zezinho, nós aprendemos a admirar e respeitar os padres SCJ, do Sagrado Coração de Jesus. E nós pedimos a Deus humildade e sabedoria, para merecer o privilégio de conviver e trabalhar com os dehonianos.

 

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- É executado o número musical. (Palmas.)

 

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O SR. PRESIDENTE - JOSÉ CARLOS STANGARLINI - PSDB - Agradecemos mais uma vez a apresentação do “Trio Ir ao Povo”.

Passaremos agora a palavra ao Padre Cláudio Weber, Superior da Província Brasileira Meridional da Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus .

 

O SR. CLÁUDIO WEBER - Exmo. Sr. Deputado José Carlos Stangarlini, senhoras e senhores Deputados, religiosos, religiosas, senhores e senhoras que nos prestigiam com suas presenças, cabe-me falar de um homem que dedicou os anos mais produtivos de sua vida a São Paulo, um catarinense, que viveu nessa cidade, os seus 38 últimos anos.

Exerceu o cargo de Pároco do Santuário São Judas Tadeu, Diretor do Instituto Meninos de São Judas Tadeu, sucedendo a Padre Gregório, Presidente da Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus, entidade beneficente, mantenedora do Instituto da Creche Padre Gregório, das outras obras sociais já mencionadas, da Faculdade Dehoniana em Taubaté, de seminários e instituições educacionais em outros estados, e superior da Província Brasileira Meridional da Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus por nove anos, padres também conhecidos como padres dehonianos, que são entre outras coisas, responsáveis por mais de 50 paróquias, em diversos estados do nosso País, destacando-se cinco aqui no Estado de São Paulo, em Taubaté, São José dos Campos e aqui na capital, do bairro da Vila Maria, no populoso bairro de Americanópolis, e o Santuário São Judas Tadeu.

Falo de Padre Mauro Paulo Junklaus, um catarinense dedicado a São Paulo. Nasceu em Baruí, no ano de 1916, filho de agricultores. Depois da escola primária na sua terra natal, fez todos os demais estudos nos seminários da congregação. Cursou filosofia em Brusque, Santa Catarina, e teologia em Taubaté, no mesmo instituto que abriga hoje a Faculdade Dehoniana. Em 1944, foi ordenado sacerdote, por Dom Francisco Borges do Amaral, então Bispo de Taubaté.

Com ele foram ordenados outros colegas, e Padre Mauro fez a locução de agradecimento na ocasião, em nome de todos, expressando o anseio de todos de serem, segundo o ideal evangélico e dehoniano, padres a serviço da igreja e do povo, sal da terra e luz do mundo. Os primeiros anos de ministério sacerdotal, padre Mauro trabalhou como professor e formador de futuros padres, no seminário de Curupá.

A seguir, foi nomeado pároco em Formiga, também terra de Dom José Antônio do Couto, no centro-oeste mineiro. Adquiriu grande experiência pastoral e administrativa, em 1961, em plena maturidade, foi nomeado pároco do Santuário São Judas Tadeu, no Jabaquara. Trabalhou neste santuário por nove anos, fazendo-o crescer, tornando um dos locais de culto mais freqüentados de São Paulo,. empreendeu a construção do novo santuário, reorientou o trabalho pastoral, evangelizador e social, segundo as normas emanadas pelo Concílio Vaticano II, que acabava de ser celebrado.

Por seu zelo espiritual e espírito empreendedor, obteve grande reconhecimento entre o clero da arquidiocese e na congregação. Foi convocado a participar de vários encontros internacionais, capítulos da congregação, e em 1969, foi eleito pelos confrades, superior da congregação no Sul do Brasil. A partir de São Paulo, dirigiu as atividades religiosas, educacionais e sociais da congregação, nos estados do sul e sudeste. Segundo a mística do fundador da Congregação Padre León Beón, que sabia unir exemplarmente a dimensão espiritual e a preocupação social, Padre Mauro estimulava os co-irmãos a trabalharem pela promoção integral do ser humano, visando a construção do reino do coração de Jesus, nas almas e nas sociedades, segundo o lema do fundador Padre León, contribuindo eficazmente para a criação de uma civilização do amor, na expressão do Papa Paulo VI, o Papa da época.

Padre Mauro foi reeleito duas vezes, para essa missão, depois voltou a trabalhar com sua habitual simplicidade na Pastoral do Santuário, e no Instituto Meninos de São Judas Tadeu. Em 1983, foi nomeado diretor do instituto, em substituição ao saudoso Padre Gregório Westrupp, já homenageado nesta sessão. Movido pelo mesmo dinamismo que o caracterizava e pela preocupação, pela formação integral da pessoa, destacou-se pelo esforço de adaptar à formação dos meninos aos novos tempos e métodos educacionais.

Junto aos benfeitores, colaboradores e freqüentadores da capela do orfanato, como é conhecida popularmente a igreja do instituto, despertava o sentido de cidadania, de voluntariado, e formava para a sensibilidade social, como condição de quem se diz cristão, se diz professar a fé em Jesus Cristo. Particularmente despertava essa sensibilidade em relação ao grave problema do menor carente, na realidade urbana da grande metrópole.

Do altar da capela, no Dia da Pátria, de 1991, durante a homilia, disse textualmente: “Deste altar, símbolo de nossa fé, irradio uma grane bênção de Deus sobre a nossa Pátria e sobre todos os brasileiros. Peçamos que o Brasil saiba conciliar a ordem com o progresso, com o com o trabalho e com a justiça, o fator social com o econômico.’

Quando as forças físicas começavam a declinar, deixou a direção do instituto, mas não a dedicação e o amor à causa. Trabalhou e viveu nessa casa, até a sua morte, em 31 de agosto de 99, aos 83 anos de idade. Padre Mauro foi para nós um mestre; um mestre ao estilo dos discípulos de Jesus. Alguém que se destacou não tanto pelas palavras com que ensinava, mas pelo testemunho pessoal. Deixa-nos saudades, mas não só, deixou um exemplo de vida, de uma vida toda dedicada ao povo , aos pobres, em nome de Deus. Um testemunho de coerência com sua consagração religiosa e sacerdotal, de pastor, segundo o coração de Jesus, aquele que conhecia e amava suas ovelhas e por elas deu a vida. Muito obrigado. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - JOSÉ CARLOS STANGARLINI - PSDB - Será homenageado agora em memória, o Padre Mauro Paulo Junklaus, cuja vida pastoral é um exemplo para todos nós, e que teve uma marcante passagem em São Paulo, no Orfanato São Judas Tadeu, e eu pessoalmente o conheci e por ele tinha uma grande admiração.

O Padre Weber receberá a homenagem que o povo de São Paulo presta a esse religioso exemplar.

 

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-              É feita a homenagem. (Palmas.)

 

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O SR. CLÁUDIO WEBER - “A Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, homenagem à Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus. O Deputado José Carlos Stangarlini, na Sessão Solene dedicada à Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus hoje realizada no Plenário Juscelino Kubistschek de Oliveira, presta em memória ao Padre Mauro Paulo Junklaus, a homenagem do povo paulista por sua destacada presença no campo pastoral. São Paulo, 14 de junho de 2002. José Carlos Stangarlini, Deputado Estadual. Muito obrigado. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - JOSÉ CARLOS STANGARLINI - PSDB - Nobres colegas, Srs. Deputados desta Assembléia Legislativa, reverendíssimos padres da Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus, minhas senhoras e meus senhores, o povo do Estado de São Paulo, através do seu órgão Legislativo, esta Assembléia Legislativa presta as suas justas homenagens à Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus, que comemoram 100 anos de sua chegada ao Brasil.

A atuação da congregação nas áreas de promoção humana e assistência social, já foi destacada pelo Padre José Luiz Weber, Diretor do Instituto Meninos de São Judas Tadeu, tão conhecido e querido do povo de São Paulo, principalmente pelo trabalho desenvolvido pelo inesquecível Padre Gregório Westrupp. A presença na educação e nos meios de comunicação foi realçada na fala do Padre João Carlos Almeida, nosso querido amigo, particular amigo, Padre Joãozinho.

Gostaria de tecer um breve comentário sobre o credenciamento da Faculdade Dehoniana, e a autorização do curso de teologia, bacharelado, ocorrido no dia 31 de outubro, último, em Taubaté. Conhecedor do trabalho daquela congregação e da importância do reconhecimento e autorização, para que a Faculdade Dehoniana pudesse ministrar o Curso de Teologia, a pedido do Padre Joãozinho, envidei todos os esforços ao meu alcance para que o ministro Paulo Renato abreviasse o trâmite do processo, o que graças a Deus, foi possível.

Assim, foi imensa a minha satisfação ter sido convidado a participar dos atos do dia 31 de outubro, quando o ministro da educação esteve lá, em Taubaté, e assinou na nossa faculdade Dehoniana, a Portaria Ministerial nº 2358, datada de cinco de novembro e publicada no Diário Oficial do dia seguinte. O evento é um marco importante para a nossa fé e torna realidade o sonho do patrono, - o Padre Dehon, de construir o reino do coração de Jesus, nas almas e na sociedade.

Registro com emoção, esta minha pequena participação neste momento tão importante e tão marcante da congregação. Reitero, por derradeiro, as homenagens do Legislativo Paulista, portador maior de nosso povo, a essa congregação, que nos seus cem anos de Brasil, assiste aos desvalidos, cuida da formação educacional de seus jovens e difunde a fé católica. Muito obrigado. (Palmas.)

Esgotado o objeto da presente sessão, antes de encerrá-la, esta Presidência agradece às autoridades e àqueles que, com suas presenças, colaboraram para o êxito desta Sessão Solene.

Está encerrada a sessão.

 

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-              Encerra-se a sessão às 11 horas e 15 minutos.

 

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