30ª SESSÃO SOLENE EM
HOMENAGEM AO "DIA DO CHAVEIRO"
Presidência:
PEDRO MORI
Secretário: GILBERTO NASCIMENTO
Data: 21/06/2002 - Sessão
30ª S.
SOLENE Publ. DOE:
COMEMORAÇÃO DO "DIA DO
CHAVEIRO"
001 - PEDRO MORI
Assume
a Presidência e abre a sessão. Nomeia as autoridades. Anuncia que a sessão foi
convocada pela Presidência da Casa por solicitação do Deputado ora na
Presidência com a finalidade de comemorar-se o "Dia do Chaveiro".
Convida todos a ouvirem a execução do
Hino Nacional Brasileiro.
002 - LUÍS PAULO GRECO
Como
Diretor-Comercial da Indústria de Chaves Gold, agradece ao Presidente Pedro
Mori o empenho para regulamentação da Lei 66.011, referente ao cadastramento e
regulamentação dos chaveiros em nosso Estado. Em nome da Indústria de Chaves
Gold, homenageia todos os chaveiros do Brasil.
003 - PAULO SÉRGIO DEZEN
Como
Presidente do Sindicato Nacional dos Chaveiros e Carimbeiros Profissionais,
Sinac, agradece ao Presidente Pedro Mori a realização da sessão.
004 - ABEL FERREIRA DOS
SANTOS
Agradece
a lembrança oferecida a ele pelo Presidente Pedro Mori e pela Presidência da
Gold.
005 - JACKSON FERREIRA LIMA
Apresenta
o histórico da Lei 66.011.
006 - MANUEL CAMASSA
Delegado
Titular da Delegacia de Estelionato, saúda o Presidente Pedro Mori e os demais
membros da Mesa. Demonstra como a regulamentação dos chaveiros vai inibir a ação de criminosos.
007 - Presidente PEDRO MORI
Fala de sua carreira política e de sua luta para aprovação do PL que deu origem à Lei nº 66.011. Agradece a todos que colaboraram para o êxito da solenidade. Encerra a sessão.
O SR. PRESIDENTE - PEDRO MORI - PSB - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Convido o Sr. Deputado Gilberto Nascimento para, como 2º Secretário "ad hoc", proceder à leitura da Ata da sessão anterior.
O SR. PRESIDENTE - PEDRO MORI - PSB - Srs. Deputados, minhas senhoras e meus senhores, esta Sessão Solene foi convocada pelo Presidente desta Casa, Deputado Walter Feldman, atendendo solicitação deste Deputado, com a finalidade de comemorar o “Dia do Chaveiro”.
Convido todos os presentes para, em pé, ouvirmos o Hino Nacional Brasileiro executado pela Banda da Polícia Militar.
* * *
- É executado o Hino
Nacional Brasileiro pela Banda da Polícia Militar do Estado de São Paulo.
* * *
O SR. PRESIDENTE - PEDRO MORI - PSB - Esta Presidência agradece à Banda da Polícia Militar, através de seu Regente, 2º Tenente Sérgio Rodrigues.
Esta Presidência passa a nominar os senhores presentes nesta Mesa: Sr. Antonio Alceu, vice-Presidente do Sindicato Nacional dos Chaveiros e Carimbeiros Profissionais - SINAC; Sr. Dr. Delegado Titular da Delegacia do Estelionato, Dr. Manoel Camassa; Sr. Paulo Sérgio Dezen, Presidente do Sinac; Sr. Luiz Paulo Greco, Diretor Comercial da Indústria Chaves Gold; Sr. Abel Ferreira dos Santos; Sr. Jackson Ferreira Lima; Sr. Leopoldo Greco, Diretor Financeiro da Indústria Chaves Gold; Sr. Caetano Greco; companheiro Vereador da Câmara Municipal de Santana do Parnaíba, Sr. Nequinho de Santi; meu amigo e companheiro Vereador da Câmara Municipal de Santana do Parnaíba, Sr. Vicente Augusto da Costa.
Esta Sessão Solene foi convocada pelo Presidente desta Casa, Deputado Walter Feldman, atendendo solicitação deste Deputado, com a finalidade de comemorar o “Dia do Chaveiro”.
Temos aqui algumas mensagens de colegas ausentes, que não puderam participar, e a quem apresentamos nossos agradecimentos: Deputados Afanásio Jazadji, Salvador Khuriyeh e Paschoal Thomeu. Também enviaram mensagens do Gabinete do Governador, Sr. Antonio Carlos Maluf, Secretário particular do Governador e o Prof. Dr. Celso de Barros Gomes, Chefe de Gabinete.
Esta Presidência convida e concede a palavra ao Sr. Luís Paulo Greco, Diretor-Comercial da Indústria Chaves Gold.
O SR. LUÍS PAULO GRECO - Exmo. Deputado Dr. Pedro Mori, digníssimos membros que compõem a mesa, amigos chaveiros homenageados, senhores e senhoras presentes, muito boa noite.
Meu nome é Luiz Paulo Greco. Em nome das Indústrias Chaves Gold, gostaria de dizer da nossa enorme satisfação em participar deste importante evento. Hoje estamos comemorando oficialmente o Dia do Chaveiro, dia 29 de junho. Em nome da Gold e dos chaveiros profissionais, queremos agradecer ao Dr. Pedro Mori, pelo empenho e dedicação, que culminou com a aprovação da regulamentação da Lei nº 66.011, referente ao cadastramento e regulamentação dos chaveiros em nosso Estado.
Essa regulamentação enobrece ainda mais a profissão do chaveiro, atribuindo à mesma maior grau de serenidade e responsabilidade. Essa lei vem ao encontro dos ideais da Gold, na busca da valorização dos chaveiros por todo o Brasil.
Podem ter absoluta certeza, nobre Deputado, de que a Diretoria da Chaves Gold sempre apoiará de forma irrestrita iniciativas como esta, que venham a reconhecer e valorizar essa classe de respeitáveis trabalhadores, fazendo que a digna profissão de chaveiros deixe de ser encarada como atividade menor ou marginalizada. Acreditamos que a Gold pode colaborar e se põe à disposição dos senhores, para divulgar e esclarecer dúvidas.
Existem chaveiros que, devido à quantidade de informações pouco esclarecedoras, continuam confusos, ainda perguntando sobre a regulamentação e o cadastramento. Portanto, senhores, essa tarefa de esclarecimento significa respeito a esses dignos profissionais e é de responsabilidade de todos nós. A Gold vai continuar fazendo a sua parte, pois estamos cientes da nossa obrigação social, que é de lutar por esses profissionais chaveiros, muitas vezes esquecidos da grande importância que representam para a nossa economia interna, e pela crescente geração de emprego e de renda em nosso grandioso Brasil, por serviços prestados à nossa comunidade.
Para finalizar, peço uma salva de palmas para o Exmo. Deputado Dr. Pedro Mori e a todos os chaveiros do Sinac, aqui presentes, neste dia tão importante para todos nós. (Palmas). Muito obrigado.
Gostaria de passar para o Dr. Mori uma menção honrosa da Indústria de Chaves Gold, pela conquista de nossa classe. Muito obrigado.
A Indústria de Chaves Gold gostaria de homenagear aqui todos os chaveiros do Brasil e para isso escolhemos um representante, Sr. Jorge, chaveiro com biga mais conhecido, nosso cliente. Uma salva de palmas, por favor. (Palmas).
O SR. PRESIDENTE - PEDRO MORI - PSB - Esta Presidência concede a palavra ao Sr. Paulo Sérgio Dezen, Presidente do Sinac - Sindicato Nacional dos Chaveiros e Carimbeiros Profissionais.
O SR. PAULO SÉRGIO DEZEN - Boa noite a todos. Gostaria de agradecer, primeiramente ao Deputado Pedro Mori pelo empenho pela lei que foi aprovada, para o cadastramento dos chaveiros. Isso vem a engrandecer muito a nossa profissão, e vem trazer maior credibilidade ao nosso profissional.
Gostaria de dizer também que não preparei nenhum discurso, porque nas reuniões eu sempre falei com o coração e com a dedicação que os nossos projetos vêm trazer aos nossos chaveiros.
Quero parabenizar a todos e lembrá-los que 2002 é o ano da valorização profissional dos chaveiros. Todas as dificuldades que encontrarmos em nossos caminhos vão reverter o dobro em força para podermos alcançar cada vez mais os nossos objetivos.
Obrigado. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE - PEDRO MORI - PSB - Gostaria de convidar nosso amigo Abel Ferreira dos Santos e também de deixar uma lembrança desta Presidência e da Gold.
Tem a palavra o Sr. Abel Ferreira dos Santos.
O SR. ABEL FERREIRA
DOS SANTOS - Para mim é uma grande surpresa e uma honra. Recebo este prêmio, que dedico a todos os chaveiros do
Brasil.
O SR. PRESIDENTE - PEDRO MORI - PSB - Passamos a palavra ao companheiro Sr. Jackson Ferreira Lima.
O SR. JACKSON FERREIRA LIMA - Boa noite a todos, aos chaveiros do Brasil, por quem eu tenho empenhado muito nesse trabalho de regulamentação. Quero aqui apresentar, em poucas palavras, o histórico dessa lei.
Há 18 anos vimos batalhando para que essa lei fosse aprovada, homenageando o chaveiro e o Dr. Pedro Mori é o representante da nossa categoria, dentro da Assembléia Legislativa. A lei é muito importante para a nossa categoria, que sempre ficou marginalizada.
Segue o “Histórico da lei que regulamenta a atividade de chaveiro, junto à Secretaria da Segurança Pública de São Paulo”.
Em 1965, Jackson Ferreira Lima, na profissão há 43 anos. e meu pai, também chaveiro, mestre Farias, pediram que fosse feito um documento pedindo a regulamentação da atividade de chaveiro junto à Secretária Segurança Pública, através da Assembléia Legislativa. Após consulta a advogados e assessores políticos, percebemos que a época não era propícia para tal.
Em 1984, com os governos eleitos pelo povo, fiz uma proposta de projeto registrado no 22º Cartório de Registro de Documento, com número 101.752-3, de 16.5.84. Essa proposta foi entregue em mãos ao Chefe de Gabinete do Deputado Luís Mássimo. Após vários meses de contato, recebi a informação de que esse projeto não poderia ser da esfera estadual, mas sim federal, porque feria a Constituição Estadual.
Em 85, reuniram o Chaveiro Marechal, pertencente a um amigo de profissão, Sr. Nelson Cerreti, e vários colegas chaveiros, com o intuito de discutir a formação de uma associação da categoria. Apresentei a proposta de projeto, que entrou em pauta. Após cinco reuniões, foi indicado meu nome e de Mestre Guido, como membros de uma comissão organizadora para as futuras reuniões ou assembléias. Ficamos um período sem reunião, pelo fato de a categoria já passar por transformações em 31.10.96.
Convocamos uma assembléia, com excelente divulgação feita pela Indústria de Chaves Gold, nas dependências da Indústria de Fechaduras Pado, no bairro da Moóca, com a presença de 68 chaveiros da capital e interior, além dos funcionários da indústria. Foi distribuída aos participantes uma cópia da proposta para regulamentação da atividade de chaveiro, junto à Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo, como também o estatuto social provisório de uma futura associação de chaveiros do Estado, que faria parte da pauta de discussão.
Fazia parte da mesa organizadora: Jackson Ferreira Lima, mestre Guido, chaveiro Sandi, Valdomiro do Instituto Monitor e Jackson Ferraz Cordeiro. Pelo fato de o dia 31 ser o dia da queda do avião da TAM, fizemos um minuto de silêncio em homenagem às vítimas e em seguida foi aberta a sessão pela pessoa mais idosa da assembléia, e o Sr. Jackson Ferreira Lima, como secretário, leu a pauta da discussão. Ao término da assembléia após as 22 horas, chegou-se ao consenso de aprofundar as discussões nas próximas assembléias, porém o projeto de regulamentação junto à Secretária de Segurança Pública seria prioritário naquele momento.
No dia 29.11.96 foi realizada a segunda assembléia, nas dependências das Indústrias de Chaves Gold. Entre várias propostas, houve duas como consenso. A primeira seria a de não distingüir a capacitação profissional de chaveiro em amador e aprendiz, permanecendo apenas a de chaveiro, e também agilizar a proposta de regulamentação da atividade do chaveiro junto à Secretária de Segurança Pública.
Após a terceira assembléia, houve uma parada para que fossem incluídas todas as propostas em artigos, para complementar o estatuto social provisório. Tivemos uma longa parada nas discussões e no mês de abril de 2000 dei entrada na Assembléia Legislativa no Estado de São Paulo, em mãos do Assessor de Gabinete do Deputado Pedro Mori, Sr. Eduardo, uma proposta de lei da atividade de chaveiro junto à Secretária de Segurança Pública.
No dia três de maio de 2000 foi publicado no Diário da Assembléia como Projeto de lei nº 248/2000, e foi realizado um debate no anfiteatro da Assembléia, com a seguinte participação: Jackson Ferreira Lima, intitulado autor da proposta de projeto de lei, Sr. Renato Lanzoni, representante da Indústria de Chaves Jazz, Deputado Pedro Mori, jornalista mediadora do debate , Delegado de Polícia Sr. Camassa, Sr. Almir, Presidente do Sindicato dos Chaveiros do Estado de São Paulo. O debate contou com a participação da TV Assembléia, que transmitiu posteriormente ao público pela emissora TVA.
O Sr. Jackson Ferreira Lima acompanhou a tramitação da proposta de projeto de lei, em todas as comissões da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, conforme documentos em mãos.
No dia 14 de fevereiro de 2000, foi aprovada a lei e no dia 18 de março de 2000 o Governador Geraldo Alckmin sancionou a Lei nº 11.066, que regulamenta a atividade de chaveiro instalador de produto de segurança, junto à Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo.
No dia 20.3.2000 o Sr. Jackson Ferreira Lima passou às mãos do Sr. Artur Galeno, assessor político do Deputado Pedro Mori, um disquete contendo cinco documentos de proposta para serem entregues aos representantes da Secretaria de Segurança Pública. Está contido nesses documentos proposta de regulamentação que condiz com a especificidade da nossa profissão. Foi pedido também que haja uma ampla participação das indústrias, chaveiros, escolas de chaveiros, comerciantes de produtos de chaveiros, nas propostas das normas a serem regulamentadas.
No dia oito de maio de 2000 as categorias acima citadas foram convidadas pela Secretaria da Segurança Pública, através do Dr. Assis e Dr. Pierre, a participarem da minuta das normas que entrarão em vigor pela Secretaria da Segurança Pública.
Essa foi a luta que eu e meus companheiros fizemos, em 18 anos, e que eu dedico a todos nós. Obrigado.
O SR. PRESIDENTE -
PEDRO MORI - PSB - Esta Presidência passa a palavra ao Delegado Titular da
Delegacia de Estelionato, Dr. Manoel Camassa.
O SR. MANOEL CAMASSA - Exmo. Sr. Deputado Pedro Mori, digníssimos componentes da mesa, senhoras e senhores. O meu nome é Manoel Camassa, sou Delegado titular da Delegacia de Estelionato do DEIC - Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado. Tive o privilégio de acompanhar o trabalho do Deputado Pedro Mori, desde o início desse projeto, que vem a regulamentar uma carreira antiga, e que se encontrava marginalizada.
Hoje a criminalidade se aproveita de todas as circunstâncias, para a prática do crime. E por que não utilizar também a própria figura do chaveiro, para a prática do crime? Muitos indivíduos no passado podiam se travestir de chaveiros e buscar, junto ao comércio e indústria, inclusive chaves falsas, michas, equipamentos única e exclusivamente para a prática do crime.
Com essa regulamentação tudo isso será regularizado. O chaveiro vai ter seu prestígio profissional assegurado, os mal-intencionados serão fatalmente afastados e esses mais de 20 mil chaveiros que existem no Estado de São Paulo, sendo que a maioria se encontra aqui na capital, poderão exercer essa digna carreira e profissão.
Eu diria ainda que o chaveiro hoje fica completamente protegido na sua função, inclusive perante a lei porque existem alguns dispositivos legais que responsabilizam o chaveiro por determinada tomada de atitude, como por exemplo, hoje o chaveiro vai fazer uma ordem de serviço, o contratante vai se identificar e autorizar o serviço, isentando o chaveiro daquela responsabilidade, que, afinal, cabia somente a ele.
O chaveiro poderia cometer o crime de, desavisadamente, abrir um imóvel ou abrir um tipo de aparelho, um cofre, destinado à guarda de bens, que poderiam ser subtraídos e o chaveiro seria responsabilizado. Muitas vezes o chaveiro, saindo do seu local de trabalho e transitando pelas ruas, poderia ser surpreendido pela polícia e, ao ser revistado, ser encontrado o seu material de trabalho, o que pode ser entendido pela polícia como objeto ou instrumento usual na prática de crimes.
Havia uma série de dispositivos e, com a regulamentação da profissão, o chaveiro fica em situação regularizada.
Quero novamente parabenizar o Deputado Pedro Mori e
felicitar todos os chaveiros pela comemoração no dia de hoje. Muito obrigado.
(Palmas).
O SR. PRESIDENTE - PEDRO MORI - PSB - Após as considerações e palavras das pessoas envolvidas neste processo, esta Presidência gostaria de dizer a todos vocês que nós aqui na Assembléia passamos a exercer a nossa atividade parlamentar buscando soluções que há algum tempo seriam consideradas distantes, em relação a algumas categorias profissionais.
Eu me elegi vereador no município de Santana do Parnaíba, em 1988, juntamente com meu companheiro, grande amigo, Nequinho de Santi, que já tem quatro mandatos de vereador no município. Nasceu minha carreira aí. Propusemos vários projetos de lei, dentre eles o da extinção da aposentadoria dos vereadores da própria Casa, inclusive a minha. Depois vieram outros vereadores, dentre eles o companheiro Vicente Augusto, do meu partido. Foram vários projetos, buscando soluções para o município, governado pelo meu amigo, Prefeito Silvinho Pecioli. Apresentamos um projeto que deu resultado em outra cidade: a mulher grávida não precisa mais passar pela catraca, ela entra e sai pela porta de saída em razão de sua condição física.
Santana de Parnaíba hoje é uma cidade próspera, porque temos um prefeito que governa com austeridade e competência. Foram três mandatos. Exerci a Presidência da Câmara por duas vezes e em 1998 resolvi disputar uma cadeira nesta Casa, com o apoio da comunidade, da Câmara Municipal, dos amigos, conseguimos nos eleger com 31 mil e 943 votos.
Foram então vários trabalhos, sempre conversando com a sociedade, mostrando que tudo é possível. Não era necessário às vezes tanto tempo buscando uma solução, como passou o companheiro Jackson e outros que são antigos chaveiros de São Paulo.
Quando nós tomamos conhecimento disso, nós rapidamente propusemos um projeto de lei nesta casa. Conversamos com várias pessoas, como por exemplo o Dr. Camassa, e realizamos debates nesta Casa. Conseguimos numa noite gloriosa aprovar e dar condições ao chaveiro para exercer sua atividade com respeito e dignidade. Foi isso que buscamos.
Este Deputado sempre imaginou assim: tudo que a comunidade trouxer para o nosso conhecimento, teremos que colocar neste parlamento para decidir. Foi assim que aconteceu, nos meus onze ou doze projetos aprovados em apenas três anos e dois meses. Fiz questão de priorizar a minha cidade, aprovando a lei do zoneamento, a lei que limitava a área industrial do município, lutar para a criação da comarca do município. Lá é a minha base, a minha raiz, a razão da minha eleição.
Ainda no instante em que aprovava a lei do zoneamento industrial, os Deputados mais antigos desta Casa diziam que eu estava abusando até do Parlamento, porque um Deputado tão jovem aqui presente iria aprovar um projeto de tamanha envergadura para o desenvolvimento de Santana do Parnaíba.
Eu enfrentei tudo isso com muita dificuldade, mas quero reconhecer o ex-Presidente desta Casa, Vanderlei Macris, hoje Presidente Walter Feldman, meus companheiros de bancada, o Deputado Gilberto Nascimento que colaborou muito para a aprovação desse projeto, e deu a condição para que nós fôssemos líderes do partido e, no Colégio de Líderes, discutir os projetos e tê-los aprovados.
Nós não fizemos nada mais que a nossa obrigação. Aprovei os projetos que tanto sonhei para a nossa gloriosa cidade, e depois fomos buscar atender aos anseios de todos os profissionais.
Quero contar uma história aos senhores. Eu tenho um projeto nesta Casa onde todos os condomínios do Estado de São Paulo deverão ter seu orçamento e balancete elaborados por um contador ou um técnico, dependendo do valor . Não é justo que um síndico elabore um orçamento de um condomínio, sem possuir o conhecimento técnico para tanto. Vocês podem alegar que isso tornará o condomínio mais caro. É muito mais caro quando as coisas são mal feitas, e por um profissional que não é da área. Procuro valorizar o profissional da área. Hoje o contabilista em São Paulo, ou o técnico em contabilidade, de acordo com o valor do condomínio, elabora o orçamento e balancete do condomínio.
Quando o condomínio é constituído, a dívida é solidária. Muitas pessoas não imaginam como é grande o prejuízo, quando o orçamento é mal elaborado pelo síndico. Causa até violência. Busquei nesse projeto de lei exigir, conforme lei federal, que o orçamento e o balancete sejam de competência do profissional.
Esperamos ter esse projeto aprovado em breve, e assim livrar muitas pessoas de injustiças, com as quais não concordamos. Raramente o síndico é reeleito. O condomínio tem o direito de contratar funcionários, e tem obrigação de apresentar o seu cálculo atuarial, inclusive com expectativas de aposentadoria do contador. O projeto quer também dar o direito ao funcionário, para que ninguém abuse do que é sua função.
Nós aprovamos nesta terça-feira um projeto que vai atender toda sociedade de São Paulo. Espero que o Governador Geraldo Alckmin não vete esse projeto. Todos sabem que para renovar a carteira de habilitação em São Paulo, de alguém que more em município diferente, Santana de Parnaíba ou Osasco, por exemplo, e que trabalhe em São Paulo, o exame médico e psicotécnico exigidos só podem ser feitos na cidade de origem da habilitação. Se você trabalha em outro município, às vezes você tem em frente de seu escritório um médico credenciado pelo Detran, e esse atestado médico não serve para Santana do Parnaíba.
O meu Projeto de lei nº 404, aprovado nesta terça-feira, contou com o apoio do atual Presidente da Câmara do Município de Santana do Parnaíba, Vereador José Messias da Silva, que me deu a idéia. O Governador do Estado de São Paulo deverá sancionar daqui a 15 dias. O exame médico, para fins de carteira de habilitação, realizado por médico credenciado pelo Detran, vale em qualquer lugar do Estado de São Paulo. Não é possível que, numa cidade pequena do interior, onde o médico vai fazer o exame de 15 em 15 dias, você tenha que perder um dia de serviço para fazer o exame., se você não pode fazê-lo em outra cidade.
Isso é um absurdo, é uma reserva de mercado injusta, que esta Casa reparou na última terça-feira. Eu busquei isso, com debate forte com a Casa, com a compreensão de todos os partidos, que foi por unanimidade. Espero que toda a sociedade entenda isso, que a solução está no parlamento, que é possível ainda encontrar alguém que está tentando encontrar soluções para as pessoas que ainda não tiveram essa oportunidade.
Atendendo aos anseios dos pequenos, da Rádio Comunitária, da TV Comunitária, jornais e revistas de distribuição gratuita, fiz um projeto para que 30% do orçamento do Governo e das estatais seja destinado a esses veículos de comunicação.
Hoje a TV Assembléia, juntamente com a apresentadora Ana Kalyne, ofereceu um debate para que nós pudéssemos fazer - com a Anatel e as pessoas do Fernando e do canal da TV Comunitária - um esclarecimento e buscar a justiça na distribuição da receita com relação aos atos institucionais do Governo.
Nós estamos caminhando, oferecendo condições para esses veículos de comunicação, através do nosso trabalho, dedicação e empenho deste Parlamento. O Deputado Walter Feldman é o mediador, um pai, um conciliador, um cidadão. No Colégio de Líderes tem uma paciência fantástica para que essas coisas cheguem à comunidade, para que possamos oferecer ao povo de São Paulo o que eles esperam de nós, parlamentares. Tenho nesta Casa 42 projetos, inclusive a criação da escola domiciliar para os deficientes.
Fico muito contente quando conseguimos regulamentar uma das profissões mais importantes e mais antigas do mundo. A chave simboliza o patrimônio, e não existe ninguém que não lute pelo seu patrimônio.
Conheço muitos chaveiros que foram presos porque alguém pediu para abrir um veiculo. A polícia chegou e até ele conseguir justificar que foi contratado, pois ele não tinha identificação de que é chaveiro, ele foi levado para a polícia, sofreu humilhação. E era um pai de família, trabalhador, que teve que dormir na delegacia em razão de não poder identificar efetivamente a sua profissão, e muito menos provar que ali ele estava exercendo sua atividade profissional. Tive conhecimento disso.
Passaram por aqui vários outros Deputados. Nenhuma crítica pessoal, mas tentaram e não encontraram mecanismo legal para a aprovação desse projeto. Tive o apoio de muitos chaveiros. Muitas idéias vieram. Minha assessoria também foi fantástica. Lutamos, passamos pelas comissões na Casa, buscamos informações na Secretaria. Quero agradecer de público ao Governador Geraldo Alckmin, que ofereceu a Secretaria da Segurança Pública, através do Dr. Camassa, para nos prestar informações. Foi assim que conseguimos aprovar e regulamentar. O Governo foi muito feliz em não vetar este projeto.
Hoje eu sei. Sou advogado e tenho minha carteira de identificação profissional. Os senhores chaveiros também terão a sua carteira de identificação profissional, para que possam ser respeitados, como devem, como cidadãos. Quero que os senhores divulguem a cada colega chaveiro. Hoje conversei com um chaveiro, e ele não sabia da regulamentação da profissão dele.
Fui feliz, e quero agradecer profundamente aos senhores chaveiros, às pessoas envolvidas, aos senhores empresários, pois o projeto abrange trabalhadores e empresários. Todos devem se unir por uma só causa. Esse projeto, com o tempo, vai merecer adaptações. Tudo que é feito é para ser mudado com o tempo. A cada dia vocês vão se fortalecendo, procurando o melhor caminho. Fico feliz quando as pessoas dizem: vou ser o representante dos chaveiros aqui na Assembléia.
Sinto muito orgulho. Talvez não mereça, pois fui apenas o autor do projeto e tive o trabalho, junto à minha assessoria, de encaminhar rapidamente. Fico feliz de ver vocês felizes. O Dr. Camassa acompanha a regulamentação. Eu disse às instituições organizadas, aos sindicatos e associações, que organizem a instituição de sua classe, que lutem por seus direitos, ganhem muito dinheiro e sejam felizes, e para que possam dizer aos filhos que vocês lutaram para poderem ser identificados como um profissional digno, como qualquer outro.
Um dia vou deixar esta terra, vou partir para um outro mundo, deixar o meu mandato ou por vontade popular, ou mesmo seguindo outras carreiras, estarei extremamente satisfeito por ter aprovado este projeto e os outros que passaram. Este em especial, porque outros lutaram e não conseguiram. E nós, com o apoio de vocês, conseguimos.
Hoje eu dizia à minha assessoria que no dia 27, quinta-feira, completarei 43 anos de idade, Eles me disseram que não aparento essa idade. Eu argumentei, dizendo que não quero ficar velho. A nossa vontade se sobrepõe a uma série de coisas.
Surgiu a idéia de oficializar, de legalizar e de apresentar um projeto para comemorar o “Dia do Chaveiro”. São fases por que estamos passando. Já temos o projeto sendo regulamentado, um outro projeto homenageando o Dia do Chaveiro, e hoje quem está aqui representa a categoria.
Espero que no ano que vem nós possamos, se Deus permitir a nossa reeleição, comemorar nesta Casa, com mais gente, uma categoria mais feliz, comemorando o sucesso profissional de cada um de vocês. Este é o meu sonho e meu desejo.
Quero finalizar agradecendo a todos os Deputados da minha bancada, PSB, também à minha companheira Deputada Luíza Erundina, ao Deputado Federal Evilásio Faria, ao meu Governador Anthony Garotinho, hoje candidato a Presidente da República.
Temos mantido o nosso candidato a par de tudo o que é aprovado aqui, especialmente sobre o chaveiro. Esperamos que em breve esse projeto seja aprovado em nível nacional. Estamos caminhando a passos largos, para que a cada dia mais essa categoria profissional se fortaleça.
Esgotado o objeto da presente sessão, antes de encerrá-la, esta Presidência agradece às autoridades e àqueles que com suas presenças colaboraram para o êxito desta solenidade.
Está encerrada a sessão.
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- Encerra-se a sessão às 21 horas e 18 minutos.
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