035ª SESSÃO SOLENE PARA COMEMORAR OS “125 ANOS DO COLÉGIO PIRACICABANO”
Presidência: ROBERTO FELÍCIO
DIVISÃO TÉCNICA DE TAQUIGRAFIA
Data: 09/10/2006 - Sessão
35ª S.
SOLENE Publ. DOE:
Presidente: ROBERTO FELÍCIO
COMEMORÇÃO DOS "125
ANOS DO COLÉGIO PIRACICABANO"
001 - ROBERTO FELÍCIO
Assume a Presidência e abre
a sessão. Informa que esta sessão solene foi convocada pela Presidência
efetiva, a pedido do Deputado ora na condução dos trabalhos, com a finalidade
de comemorar os "125 anos do Colégio Piracicabano". Anuncia as
autoridades presentes. Convida a todos para, de pé, ouvirem a execução do Hino
Nacional.
002 - BISPO ADRIEL DE SOUZA MAIA
Representante da Igreja
Metodista, agradece ao Deputado Roberto Felício esta homenagem. Fala sobre os
principais valores e compromissos do Colégio Piracicabano.
003 - REVERENDO CÉSAR ROMERO AMARAL VIEIRA
Faz reflexão sobre texto
bíblico. Diz que o Colégio Piracicabano procura ser um espaço em que a fé e a
educação sejam binômios que se completam.
004 - Presidente ROBERTO FELÍCIO
Anuncia número musical.
005 - ALMIR LINHARES DE FARIA
Diretor do Colégio
Piracicabano, fala sobre os 125 anos de história do Colégio Piracicabano
comprometidos com a educação, cultura e inclusão social. Presta homenagem ao
Deputado Roberto Felício.
006 - ALMIR DE SOUZA MAIA
Diretor Geral do Instituto
Educacional Piracicabano, comenta que a inclusão social que o Colégio
Piracicabano realiza vem desde sua fundação no século XIX pelos missionários,
que a colocaram como objetivo e missão tradicional colégio para o
engrandecimento do nosso Estado e do nosso país.
007 - LUIZ ALCEU ZAPPAROLI
Presidente do Conselho
Diretor do Instituto Educacional Piracicabano, tece comentários sobre o
objetivo da Igreja Metodista que é a formação integral da criança.
008 - Presidente ROBERTO FELÍCIO
Anuncia a execução de número
musical. Discorre sobre a sua atuação como professor. Diz sobre a contribuição
do instituto para a educação e cultura. Faz entrega de placa comemorativa ao
Professor Almir de Souza Maia. Agradece a todos que colaboraram para o êxito da
solenidade. Encerra a sessão.
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O SR. PRESIDENTE - ROBERTO FELÍCIO - PT - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.
* * *
- É dada como lida a Ata da sessão anterior.
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O SR. PRESIDENTE - ROBERTO FELÍCIO - PT - Bom dia aos senhores aqui presentes, estudantes, sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.
O Bispo Adriel de Souza Maia, representante da Igreja Metodista; Sr.
Luiz Alceu Zapparoli, Presidente do Conselho Diretor do Instituto Educacional
Piracicabano; Professor Dr. Almir de Souza Maia, Diretor Geral do Instituto
Educacional Piracicabano; Professor Dr. Almir Linhares de Faria, Diretor do
Colégio Piracicabano, compõem a Mesa desta sessão solene.
Registramos também a presença da Professora Celisa Amaral Frias, Diretora Executiva da Escola de Música de Piracicaba; Bispo Nelson Campos Leite, Bispo Emérito da Igreja Metodista; Sr. Davi Ferreira Barros, Presidente do Conselho Geral das Instituições Metodistas de Educação - Reitor da Universidade Metodista de São Paulo; Professor Arcênio Firmino Neto, Vice-Reitor Administrativo no exercício da Reitoria da Unimep; e Reverendo César Romero Amaral Vieira.
Senhores Deputados, minhas senhoras e meus senhores. Esta Sessão solene foi convocada pelo Presidente desta Casa, Deputado Rodrigo Garcia, atendendo solicitação deste Deputado, com a finalidade de comemorar os 125 anos do Colégio Piracicabano.
Esta Presidência gostaria de esclarecer aos senhores que normalmente nesta Casa, nós realizamos as nossas sessões solenes no principal espaço político da Casa, que é o Plenário Juscelino Kubitscheck.
Como os senhores devem ter percebido, estamos passando por um período de reforma da Casa, e as sessões plenárias e outras atividades dos Deputados estão sendo realizadas neste espaço, Auditório Franco Montoro. Pedimos desculpas pelos transtornos.
Convido a todos os
presentes para, em pé, ouvirmos o Hino Nacional Brasileiro.
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- É executado o Hino Nacional Brasileiro.
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O SR. PRESIDENTE - ROBERTO FELÍCIO - PT - Esta Presidência concede a palavra ao
Reverendíssimo Bispo Adriel de Souza Maia.
O SR. BISPO ADRIEL DE
SOUZA MAIA - Nesta manhã, estamos
ouvindo vozes de crianças, nesta Casa Legislativa. Isso significa que temos
esperança com relação ao nosso país.
Bom dia para todos vocês. Desejamos saudar a Mesa na pessoa do ilustre Deputado Roberto Felício, representando esta Casa Legislativa e exercendo a Presidência desta sessão; do Professor Luiz Alceu, Presidente do Conselho Diretor do Instituto Educacional Piracicabano; do Professor Almir de Souza Maia, Diretor Geral do Instituto Educacional Piracicabano; do Professor Almir Linhares de Faria, Diretor do Colégio Piracicabano; pais, mães, senhoras e senhores, a nossa palavra de acolhimento.
Desejamos em nome da Igreja Metodista, o solo brasileiro, agradecer esta homenagem da Assembléia Legislativa deste Estado ao Colégio Piracicabano pelos seus 125 anos de existência. Na realidade, um Colégio centrado nos valores fundamentais da fé cristã, da justiça, da solidariedade e da qualidade de vida, igualmente uma instituição que tem demonstrado ao longo dos anos o seu vigor, o seu compromisso com a Educação focada na pessoa humana objetivando uma cidadania responsável e co-responsável com a totalidade da vida.
Nessa linha de pensamento agradecemos, mais uma vez, a homenagem emanada desta Casa Legislativa e como Igreja Metodista, por meio de sua rede de Educação espalhada neste País, reafirmamos o nosso compromisso com a vida, especialmente com as crianças do nosso País.
Na palavra de Deus encontramos num provérbio “Ensina a criança no caminho em que deve andar e ainda quando for velho não desviará dele.” Muito obrigado. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE - ROBERTO FELÍCIO - PT - Tem a palavra agora o Reverendo César Romero Amaral Vieira.
Se alguém desejar fazer uso da palavra é só nos informar.
O SR. CÉSAR ROMERO AMARAL VIEIRA - Prezados Senhores Deputados, diretores, alunos, alunas, professores, professoras do Colégio Piracicabano, familiares. Autoridades civis e eclesiásticas e demais presentes, é com grande satisfação que passamos neste momento a conduzir algumas palavras emotivas.
Inicio minha reflexão desta manhã chamando a atenção para a leitura do texto bíblico que se encontra no Evangelho de Lucas, capítulo13, versículos 6 ao 9, que assim diz:
A parábola da figueira estéril - Então Jesus proferiu a seguinte parábola: Certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha e, vindo procurar fruto nela, não achou. Pelo que disse ao vinicultor: Há três anos venho procurar fruto nesta figueira e não acho; podes cortá-la; para que está ela ainda ocupando inutilmente a terra?
O vinicultor porém, respondeu: Senhor, deixa-a ainda este ano, até que eu escave ao redor dela e lhe ponha estrume. Se vier a dar fruto, bem está; se não, mandarás cortá-la. (Lc 13. 6 - 9)
Reflexão
Em várias passagens dos evangelhos, encontramos a idéia presente de que só se conhece uma boa árvore pela qualidade de seus frutos, e que se uma árvore não dá bons frutos melhor será cortá-la e lançá-la à fogueira para que seja consumida pelo fogo. Esta é uma interpretação que parece estar presente na maioria dos textos bíblicos que se utilizam desse simbolismo, e que geralmente se sobrepõe às demais possibilidades interpretativas.
Mas hoje aqui, nesta rápida reflexão, quero chamar-lhes a atenção para o diálogo entre o vinicultor e o dono da vinha, que o texto nos traz, parece-me que aqui podemos encontrar uma outra maneira de entendermos essa lógica.
Se repararmos, este diálogo entre o proprietário e o funcionário, não segue a mesma lógica estabelecida pelo seu tempo. Aqui estamos diante da não aceitação de uma condição preestabelecida. De uma lógica normalmente aceita por todos, em que as coisas e as pessoas são definidas segundo sua utilidade no contexto social, muito bem expressa no questionamento do proprietário: "para que está ela ainda ocupando inutilmente a terra?"
Vemos aqui afigura de um vinicultor que não aceita as convenções sociais simplesmente porque elas um dia foram estabelecidas como verdades absolutas. Não recua simplesmente diante dos desafios impostos pela realidade, mas questiona, olha o problema a partir de outros ângulos e procura encontrar respostas que possam mudar essa realidade tão estática. Ao fazer esse exercício chama para si a responsabilidade pela não produção da figueira e ao mesmo tempo compromete-se com a possibilidade de mudar aquela situação ao dizer: "Senhor, deixa-a ainda este ano, até que eu escave ao redor dela e lhe ponha estrume. Se vier a dar frutos bem está; se não, mandarás cortá-la" com esse ato o vinicultor deixa transparecer sua crença na possibilidade de mudança, sabe que talvez com um pouco mais de esterco, água, cuidado, atenção ele pode reverter uma situação aparentemente imutável. Mesmo conhecendo os seus limites, confia na capacidade de encontrar respostas para o problema.
Assim, como a figura do vinicultor da parábola, que diante da dura lógica da exclusão soube se posicionar assumindo os riscos de sua opção, o Colégio Piracicabano tomou sobre si, durante esses anos, a responsabilidade da educação integral de seus alunos e alunas. Não somente daqueles e daquelas que por contingência natural e social têm o privilégio de serem mais destacados na sociedade, mas de igual modo, também daqueles e daquelas que necessitam de maior cuidado, carinho e atenção. Pois o Colégio Piracicabano sempre acreditou na possibilidade de mudança da própria realidade.
Estas ações não podem ser vistas como iniciativas particulares de algumas pessoas que ao longo da história estiveram na direção do colégio, mas antes, deve ser entendida como um grande esforço coletivo em fazer cumprir um dos preceitos mais caros do cristianismo:a prática do amor a Deus e ao próximo como expressão de sua fé.
Ainda hoje, o Colégio Piracicabano procura ser um espaço em que a fé e a educação sejam binômios que se completam. Produzindo e reproduzindo o saber humano, com qualidade, para novas gerações, dentro de um ambiente de liberdade, respeito mútuo, de criatividade e de participação. Visando à construção de uma sociedade digna, justa, solidária, o mais igualitária possível, de onde sejam eliminadas as discriminações, as marginalizações e os preconceitos de toda sorte e onde as pessoas possam viver num ambiente em que a existência seja digna do nome que tem: vida.
O Colégio Piracicabano é uma instituição mais do que secular, que desde o final do século xix, vem superando desafios, construindo história, educando pessoas, sempre consciente do seu papel, de sua tarefa e de sua importância no cenário educacional brasileiro. Como o vinicultor, reconhecendo os limites frente à realidade, mas sem esquecer-se jamais de seu compromisso com a transformação da realidade.
Neste ato devocional, rogamos que a benção de Deus Pai, Filho e Espírito Santo continue a acompanhar a história presente e futura do Colégio Piracicabano. E que o amor, o cuidado, a ternura e o zelo com uma educação transformadora seja o nosso maior compromisso, hoje e sempre. Amém.
O SR. PRESIDENTE - ROBERTO FELÍCIO - PT - Neste momento teremos uma apresentação do coral infantil do Colégio Piracicabano.
* * *
- É feita a apresentação musical pelo coral infantil do Colégio Piracicabano.
* * *
O SR. PRESIDENTE - ROBERTO FELÍCIO - PT - Parabéns à professora Sheila e todas as crianças integrantes do coral.
Esta Presidência concede a palavra ao Professor Doutor Almir Linhares de Faria, Diretor do Colégio Piracicabano.
O SR. ALMIR LINHARES DE FARIA - Inicialmente
quero dirigir meus cumprimentos ao Deputado Roberto Felício, Bispo Adriel de
Souza Maia, Professor Almir de Souza Maia, Sr. Luiz Alceu Zapparoli, também aos
outros colegas aqui de Cogeime e outras instituições, pessoal do Sul, obrigado
pela presença, professores, alunos, familiares, escola de música. Para nós é
uma alegria estarmos hoje recebendo esta homenagem, e creio que há algo em
comum entre a trajetória e política do Deputado Roberto Felício e o Colégio
Piracicabano, que é o compromisso com a educação. Acho que há esta afinidade
existe porque o Colégio Piracicabano tem 125 anos de história comprometida de
fato com a Educação desde 1881, quando Martha Watts chegou ao Brasil.
Não vamos fazer referência a essa
longa história, mas gostaria de destacar alguns aspectos que penso são
significativos em relação a esta homenagem que esta Casa nos presta. Gostaria
de mencionar três características que marcam o compromisso do Colégio com a
coletividade.
Estamos na Assembléia
Legislativa, uma Casa que representa o povo, que representa a coletividade, e o
Colégio Piracicabano e a Igreja Metodista têm um compromisso com a
coletividade. Destacarei alguns aspectos que evidenciam isso.
O reconhecimento e a homenagem
que recebemos hoje mostram que temos um compromisso social, que não ficamos
olhando para nós mesmos, para o nosso próprio umbigo, mas procuramos nos
comprometer com a Educação de forma geral, não só dos nossos alunos e das
nossas instituições.
Outro aspecto que tem marcado as
comemorações dos 125 anos é o compromisso do Colégio Piracicabano para com a
Cultura de modo geral.
Nestas comemorações temos
destacado pessoas que passaram pela nossa instituição, que conviveram com o
Colégio durante um certo período e depois ganharam uma dimensão pública - ou
antes, ou depois ou concomitantemente - muito além dos muros do Colégio e
muitas vezes além de Piracicaba também.
O Colégio Piracicabano, no
decorrer de sua história, mostrou uma efervescência cultural, um ambiente
propício à criatividade, a novas propostas, ao aspecto artístico de modo geral:
música, arte, teatro e pintura. Esse é um aspecto interessante, que faz com que
o Colégio ultrapasse os seus muros e contribua para a Cultura nacional de um
modo expressivo.
Nesta semana mesmo teremos a
honra de ser homenageados em Piracicaba com a Semana Erotides de Campos, que
foi um músico e professor do Colégio Piracicabano. A cidade de Piracicaba
presta uma homenagem a este músico. Então, seremos homenageados também em
função desse nosso compromisso com a Cultura. Não vou citar pessoas de renome,
mas existem muitas, o que nos honra e nos dá muito orgulho.
Um outro aspecto que mostra esse
compromisso nosso mais abrangente com a Educação, com a formação do nosso povo,
é que a nossa tarefa educativa é inclusiva. Procuramos trabalhar com todos.
Vivemos numa época, numa cultura, em que valoriza muito o êxito, o sucesso, a
aparência, aquelas pessoas de alto desempenho. E sabemos que muitas vezes nem
todos alcançam esse nível de desempenho.
Então, o Colégio trabalha com uma
proposta inclusiva. O que fazer com aqueles alunos que por uma razão ou outra
têm dificuldade de aprendizagem, têm dificuldade motora, aspectos que não são
os que a nossa sociedade valoriza. A sociedade valoriza o êxito, o sucesso. O
Colégio Piracicabano procura incluir todos, tratar os seus alunos de acordo com
as suas diferentes potencialidades, com as suas diferentes características.
Quem conhece o Colégio sabe que
nós procuramos tratar da árvore para que ela dê bons frutos, independente de
como ela seja. Esse é um outro compromisso que o Colégio tem também: procurar
trabalhar inclusivamente.
Outro aspecto que quero mencionar
são as nossas parcerias com a Diretoria de Ensino de Piracicaba na realização
de eventos que têm um alcance muito grande na região de Piracicaba. Realizamos
um Simpósio de Práticas Educativas em parceria com a Diretoria Regional de
Ensino, com a Secretaria Municipal de Educação.
Sabemos que a Educação brasileira
é alvo de muitas críticas, de muitos questionamentos. Às vezes, valoriza-se
pouco as boas práticas educativas. Às vezes, existe uma escola lá na periferia
com um professor criativo, empenhado, com um excelente trabalho, mas essas
pessoas nem sempre têm muito espaço. E o Colégio Piracicabano criou um evento
para que os professores possam apresentar as suas boas práticas educativas.
Recebemos o apoio e a participação de muitas escolas.
Isso tem um significado
importante porque são professores da rede pública e da rede privada discutindo
práticas que dão certo. Isso faz melhorar a qualidade da Educação de uma
maneira geral, não só para o Colégio Piracicabano, mas para todos os que estão
dispostos a discutir conosco os seus trabalhos. Portanto, esse é um evento
significativo que demonstra também o nosso compromisso com a qualidade na
Educação.
Recentemente tivemos um Encontro
de Iniciação Científica para o ensino médio em parceria com diversas
instituições, inclusive a nossa universidade: a Unimep. E tem uma coisa
interessante: às vezes ficamos sabendo de notícias que nos animam.
De repente, uma escola da região
tem um laboratório que é pouco usado ou não se usava. Em função do evento que
promovemos de iniciação científica, os adolescentes, alunos do ensino médio,
mostraram interesse por uma atividade. Tivemos notícia de laboratórios de escola
que não eram usados e a partir do evento passaram a ser utilizados por
solicitação dos alunos.
Não quero me alongar, mas eu
gostaria de destacar esses aspectos. Então, há essa preocupação nossa com a
Cultura, com a Educação de um modo geral. E ela não é só voltada para as nossas
instituições. Nós procuramos ter uma visão um pouco maior, de alcance mais
amplo, de modo que possamos também ser ‘sal da terra e luz do mundo’, como o
próprio Jesus nos estimulou a fazer.
Deputado, agradecemos muito por
esta homenagem. Sentimo-nos muito honrados. Isso nos estimula a continuar com
essa proposta de Educação ampla, abrangente, inclusiva, que possa também se
multiplicar de modo que juntamente com outros segmentos da sociedade que
valorizam a Educação possamos somar forças para superar os desafios que esse
tema tão importante tem para todos nós.
Agradecemos a presença dos
familiares, do nosso Coral, dos nossos alunos que estão prestigiando esta
solenidade.
Queremos ainda prestar uma
homenagem ao Deputado. Neste ano estamos completando 125 anos e gostaríamos,
como demonstração do nosso reconhecimento, de passar esta homenagem. (Palmas.)
* * *
- É feita a homenagem.
* * *
O SR. PRESIDENTE - ROBERTO FELÍCIO - PT - Obrigado,
Prof. Almir Linhares, e à Instituição como um todo por esta homenagem.
Queremos anunciar a presença do Professor Gustavo Alvim, diretor licenciado da Unimep; Sr. Vitor José Ferreira; Sr. Paulo Nogueira, pastor da Igreja Metodista na Catedral de Piracicaba; Sr. Paulo Campos; Sra. Adriana Meorelli, reitora da Rede IPA.
Convido para fazer uso da palavra o Professor Dr. Almir de Souza Maia, diretor geral do Instituto Educacional Piracicabano.
O SR. ALMIR DE SOUZA MAIA - Prezado Deputado Roberto Felício, autor da proposta desta homenagem aqui na Assembléia Legislativa, agradecemos em nome do Instituto Educacional Piracicabano. Cumprimento o Bispo Adriel de Souza Maia, que aqui representa o Colégio Episcopal da nossa Igreja Metodista; o Professor Luiz Alceu Zapparoli, Presidente do Conselho Diretor do Instituto Educacional Piracicabano; da mesma forma o Diretor do Colégio Piracicabano, Professor Almir Linhares de Faria. Quero cumprimentar toda a comunidade aqui presente do Colégio Piracicabano, da Universidade, na pessoa do seu reitor, Professor Arcênio, que está no exercício da reitoria; Professor Gustavo Alvim, reitor em licença. Quero cumprimentar também as autoridades ligadas às nossas escolas na pessoa do Professor Davi Ferreira Barros, Presidente do Conselho Geral das Instituições Metodistas Educacionais - Cogeime, reitor da Universidade Metodista de São Paulo e futuro reitor da nossa Universidade Metodista em São Paulo; os alunos, professores, pais e mães do nosso querido Colégio Piracicabano.
Tenho acompanhado a vida do Colégio Piracicabano há vários anos. Tenho sentido de forma muito profunda a importância dessa instituição educacional brasileira. Certamente uma instituição firmada em raízes profundas que foram plantadas em 1881.
Neste período de celebração, Deputado Felício, o Colégio está usando a figura de raízes profundas que o próprio diretor do Colégio mencionou. Esse sentido da semente, da semeadura, da árvore tem marcado a vida da escola por muitos e muitos anos.
Quero me fixar nessa visão que o Colégio Piracicabano tem de fato se firmado na sua proposta educacional, no seu projeto pedagógico e na sua dimensão de serviço como escola em Piracicaba, que tem marcado a vida de milhares e milhares de estudantes e pessoas que ali passaram na vida política, na vida artística, cultural, na vida da educação nacional, enfim, contribuindo como ex-aluno, como profissionais para a construção de um país mais solidário, mais igualitário.
Uma das questões que têm marcado muito essa relação com o Colégio, e o Professor Almir Linhares acabou de colocar um dos itens na sua fala, é essa dimensão da inclusão que o Colégio Piracicabano tem. Dimensão essa que nasce praticamente no início do Colégio Piracicabano, quando a sua primeira diretora busca numa escrava, Flora Plumer, alforriou e a contratou para ser funcionária daquela Casa. Essa é a dimensão da inclusão. Está na origem, no DNA do próprio projeto do Colégio Piracicabano, na visão inclusiva que os missionários colocaram como objetivo, como missão do nosso tradicional colégio. É essa dimensão de serviço a nossa escola vem prestando de forma a contribuir para o engrandecimento do nosso Estado de São Paulo e do nosso país.
Esta sessão na Assembléia Legislativa traduz esse reconhecimento público que também já foi feito aqui quando o Colégio completara 120 anos e também já foi feito em Piracicaba pela Câmara Municipal e por tantas entidades da área da educação.
Portanto, em nome da nossa instituição, queremos registrar a nossa gratidão e relembrar que no contexto do Colégio não podemos esquecer que os 125 anos também pertencem ao movimento metodista que é colocado em Piracicaba, criando-se uma igreja, uma escola. Algo muito especial, muito próximo à origem do movimento metodista na Inglaterra: ao lado de uma igreja, uma escola. Então, esse movimento piracicabano também tem por trás o laço da nossa igreja.
Nesta oportunidade quero saudar também a Igreja Metodista Central, agora Catedral Metodista, na pessoa do nosso Pastor Paulo Nogueira, representando toda a comunidade da nossa igreja.
Que Deus nos dê a determinação de
que precisamos para continuar semeando, plantando, nesse momento difícil, nesse
momento em que a Educação precisa ter cada vez mais qualidade. E o Colégio
Piracicabano, como escola, vai manter essa sua dimensão própria de educar para
a construção de um mundo melhor - sejam as nossas crianças, sejam os nossos adultos - para a construção de uma
sociedade melhor da que temos hoje. Muito obrigado. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE - ROBERTO FELÍCIO - PT - Concedo a palavra ao Sr. Luiz Alceu Zapparoli, Presidente do Conselho Diretor do Instituto Piracicabano.
O SR. LUIZ ALCEU ZAPPAROLI - Deputado Roberto Felício, alunos, convidados, em nome do Conselho Diretor do Instituto Educacional Piracicabano queremos agradecer esta homenagem ao nosso Colégio Piracicabano.
Este reconhecimento por parte da Casa premia o esforço da nossa equipe de trabalho, cujo objetivo maior é a formação responsável na Educação, o que facilitará a formação da consciência crítica da realidade num futuro próximo.
Nós, como escola, temos o privilégio
de nos preocupar com a formação integral da criança. Esse é o objetivo da nossa
Igreja Metodista. E dentro dessa perspectiva sentimos-nos honrados e
agradecidos por este momento. Obrigado. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE - ROBERTO FELÍCIO - PT - Teremos agora mais uma apresentação do Coral Infantil do Colégio Piracicabano.
* * *
- É feita a
apresentação do Coral.
* * *
O Sr. Presidente -
Roberto Felício - PT -
Bispo Adriel de Souza Maia, representante da Igreja Metodista; Sr. Luiz Alceu
Zapparoli, Presidente do Conselho Diretor do Instituto Educacional
Piracicabano; Professor Doutor Almir de Souza Maia, Diretor Geral do Instituto
Educacional Piracicabano; Professor Almir Linhares de Faria, Diretor do Colégio
Piracicabano; Reverendo César Romero Amaral Vieira; Professor Arcênio Firmino
Neto, vice-Reitor Administrativo no exercício da Diretoria da Unimep; Sr. Davi
Ferreira Barros, Presidente do Conselho Geral das Instituições Metodistas de
Educação e Reitor da Universidade Metodista de São Paulo; Bispo Nélson Campos
Leite, Bispo emérito da Igreja Metodista; Professora Celisa Amaral Farias,
Diretora Executiva da Escola de Música de Piracicaba; Sr. Gustavo Alvim,
Diretor licenciado da Unimep; Sr. Victor José Ferreira; Sr. Paulo Nogueira,
Pastor da Igreja Metodista da Catedral de Piracicaba; Sr. Paulo Campos, do
Conselho do IEA; Sra. Adriana, reitora da Rede IPA; senhoras e senhores
presentes, nossa juventude, crianças do coral da Professora Sheila,
parabenizo-os pela apresentação, pela quebra do ritmo dos nossos discursos!
Antes de mais nada, quero dizer que é uma
satisfação muito grande poder presidir, em nome do Presidente desta Casa,
Deputado Rodrigo Garcia, esta Sessão Solene em homenagem ao Colégio
Piracicabano.
É uma enorme satisfação para mim. Foi com
muita alegria que tive a iniciativa de propor esta homenagem. Sou professor,
como lembrou o Professor Almir, há 33 anos e meio. Na verdade, há 33 anos e dez
meses. São quase 34 anos de atividade em escolas públicas do Estado de São
Paulo. Nesse tempo, tive a oportunidade de lecionar num colégio alemão de São
Paulo, no Morumbi, e no bairro de Santana, quando vivi aqui na Capital, uma
escola confessional.
A minha satisfação de poder prestar esta
homenagem tem um pouco a ver com a minha vida. É uma manifestação de
reconhecimento ao importante papel que o Instituto Piracicabano e que o Colégio
Piracicabano têm para a nossa cidade. Talvez não pudesse ter uma simbologia
melhor do que a que foi aqui apresentada, de quem fincou raízes na cidade, de
quem influenciou o pensamento político da entidade, de quem ajudou a construir
a capacidade intelectual da cidade, de quem ajudou a construir o patrimônio
cultural de Piracicaba.
O Colégio Piracicabano, nesse período, não
teve a preocupação apenas de transmitir o conhecimento acumulado pela
humanidade na história, nas artes, nas ciências, na literatura, mas teve a
preocupação como é de resto objeto também da nossa escola pública, a finalidade
essencial da Educação.
Não tem sentido educar, se não for para
mudar; educar se não for para transformar; educar se não for para construir uma
sociedade melhor, mais justa, mais igualitária, com melhores oportunidades para
todos. Essa é a finalidade essencial da Educação.
Transmitir o conhecimento para que as
pessoas possam ter êxito no mundo do trabalho é importante. Transmitir o
conhecimento para que as pessoas possam ter acesso ao conhecimento como valor
intrínseco é da essência da própria Educação, assim como a preocupação com os
valores humanitários, a preocupação com valores de solidariedade, de igualdade,
de busca da justiça social.
Muito se tem falado sobre qualidade do
ensino no nosso país. É verdade, Professor Almir Linhares. E muitas vezes,
quando discutimos isso, esquecemo-nos de experiências educacionais da maior
importância.
O ensino confessional sempre concorreu, num certo sentido, com a iniciativa do Estado de oferecer educação. Temos experiências valorosas nesse campo. Uma delas é a do Instituto Piracicabano. Um século e mais um quarto de século não é pouca coisa. Fincou raízes mesmo. Não dá para pensarmos em cultura, educação e intelectualidade piracicabanas deixando de fora o Instituto Piracicabano, a Unimep, todas as organizações que são vinculadas e têm relações com a Igreja Metodista, na sua autonomia educacional, evidentemente, mas que tem a sua influência. A chegada dos metodistas no Brasil veio contribuir muito para o crescimento e melhoria da nossa Educação. Muitas vezes, a sua experiência foi absorvida pela própria rede pública, o próprio Estado recorreu a isso.
Se falamos das deficiências da Educação não é porque queremos esquecer ou esquecemos eventualmente as boas experiências. É porque não temos ainda no País a Educação de qualidade para colocar o Brasil em compasso com os desenvolvimentos tecnológico, social, econômico, político e cultural da humanidade. Temos muitas deficiências, mas se assim não fosse, seria por causa da nossa natureza, que é a de sempre almejar o melhor. Mesmo que pudéssemos dizer que temos um ensino, uma educação de excelente qualidade, é um pouco próprio da humanidade a perspectiva de conquistar um patamar mais elevado. Enquanto houver uma injustiça, seja de natureza social, seja de natureza étnica, seja de relação de gênero, seja pela opressão que muitas vezes se faz aos idosos e às crianças, sempre valerá a pena termos a perspectiva da construção de uma sociedade num patamar melhor.
Com muita honra faço o registro deste evento como uma manifestação do nosso mandato e da Assembléia Legislativa. Nós também queremos ter o nosso nome consignado nessa história bonita dos 125 anos do Colégio Piracicabano. Além de tudo, esta atividade satisfaz um pouco a minha vaidade de educador em poder ter o meu nome inscrito na comemoração dos 125 anos. Agradeço muito a vocês por esta oportunidade. Foi uma alegria tomar esta iniciativa. O fato de vocês acolherem a possibilidade de me inscrever numa história tão bonita como a do Instituto Educacional Piracicabano, o Colégio Piracicabano, é motivo de uma alegria pessoal muito grande. Muito obrigado.
Convidarei agora os integrantes da Mesa para, juntamente com o Professor Maia, entregarem a placa que significa o registro deste momento que fará parte da história do Colégio daqui para frente.
O SR. ALMIR DE SOUZA MAIA - Pedirei à coordenação do Colégio duas crianças - um menino e uma menina - para a entrega da homenagem.
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- É feita a entrega da placa.
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O SR. PRESIDENTE - ROBERTO FELÍCIO - PT - Senhoras e senhores, senhores integrantes da Mesa já devidamente nomeados, quero, no encerramento desta atividade, agradecer as manifestações do Colégio. Recebo isso com muita alegria e honrado.
Quero dizer que estou nas últimas semanas do meu primeiro mandato na Assembléia Legislativa. De hoje até o dia 14 de março muita coisa poderá acontecer. No dia 15 de março tomarei posse para o meu segundo mandato.
Quero aproveitar e agradecer a generosidade do povo paulista e do povo piracicabano por esta eleição, mas informo isso apenas a propósito de dizer que, independentemente do que vier a acontecer até o dia 14, estarei encerrando o meu mandato com muita alegria por ter sido o autor desta sessão solene em homenagem ao Colégio Piracicabano.
Mais uma vez, através do Professor Maia e dos integrantes da Mesa, agradeço a generosidade das senhoras e dos senhores.
Esgotado o objeto da presente sessão esta Presidência, antes de encerrá-la, agradece às autoridades, aos funcionários desta Casa e àqueles que com suas presenças colaboraram para o êxito desta solenidade.
Está encerrada a sessão.
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- Encerra-se a sessão às 11 horas e 20 minutos.
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