20 DE OUTUBRO DE 2006

 

037ª SESSÃO SOLENE PARA PRESTAR “CULTO DE GLORIFICAÇÃO A DEUS PELO ANIVERSÁRIO DA IGREJA CRISTÃ MARANATA - PRESBITÉRIO ESPÍRITO SANTENSE”

 

Presidência: ADILSON ROSSI

 


DIVISÃO TÉCNICA DE TAQUIGRAFIA

Data: 20/10/2006 - Sessão 37ª S. SOLENE  Publ. DOE:

Presidente: ADILSON ROSSI

 

PRESTAR “CULTO DE GLORIFICAÇÃO A DEUS PELO ANIVERSÁRIO DA IGREJA CRISTÃ MARANATA - PRESBITÉRIO ESPÍRITO SANTENSE"

 

001 - ADILSON ROSSI

Assume a Presidência e abre a sessão. Informa que esta sessão solene foi convocada pela Presidência efetiva, a pedido do Deputado Adilson Barroso, com a finalidade de prestar “Culto de glorificação a Deus pelo aniversário da Igreja Cristã Maranata - Presbitério Espírito Santense". Anuncia as autoridades presentes. Convida a todos para, de pé, ouvirem a execução do Hino Nacional. Justifica a ausência do Deputado Adilson Barroso, proponente desta sessão.

 

002 - - GERSON BELUCI MIGUEL

Coordenador da Região da Grande São Paulo, relata a história do surgimento da Igreja Cristã Maranata. Discorre sobre o trabalho de evangelização da Igreja. Faz oração para a iniciação do Culto. Anuncia vários cânticos de louvor.

 

003 - GERSON GOMES NOVO

Coronel do Exército Brasileiro, pastor da Igreja Cristã Maranata na cidade de Campinas e região, professor de seminários e consultor na área de segurança patrimonial e telecomunicações, fala sobre a fé e a palavra de Deus, citando trechos do Novo Testamento. Anuncia cântico de louvor.

 

004 - Presidente ADILSON ROSSI

Registra o recebimento de ofício de congratulações da Ministra Nancy Andrighi, do Superior Tribunal de Justiça. Manifesta sua alegria neste encontro com a palavra de Deus. Cita as palavras do Profeta Azarias ao Rei Asa: "Mas esforçai-vos e não desfaleçam as vossas mãos, porque a vossa obra tem uma recompensa." Agradece a todos que colaboraram para o êxito da solenidade. Encerra a sessão.

 

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O SR. PRESIDENTE - ADILSON ROSSI - PTB - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

 

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- É dada como lida a Ata da sessão anterior.

 

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O SR. PRESIDENTE - ADILSON ROSSI - PTB - Para compor a mesa convido o Pastor Gerson Beluci Miguel, coordenador da região da Grande São Paulo; Pastor Gerson Gomes Novo, Coronel do Exército Brasileiro, pastor da Igreja Cristã Maranata na cidade de Campinas e região, professor de seminários e consultor na área de segurança patrimonial e telecomunicações; Pastor Augusto Luis Billi e Evangelista Manoel Barbosa Nascimento.

Srs. Deputados, minhas senhoras, meus senhores, esta Sessão Solene foi convocada pelo Presidente desta Casa, nobre Deputado Rodrigo Garcia, com a finalidade de prestar um culto de glorificação a Deus pelo aniversário da Igreja Cristã Maranata - Presbitério Espírito Santense.

Convido todos os presentes para, em pé, ouvirmos o Hino Nacional Brasileiro.

 

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- É entoado o Hino Nacional Brasileiro.

 

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O SR. PRESIDENTE - ADILSON ROSSI - PTB - Esta Presidência gostaria de registrar as presenças do Dr. Aloysio Rafhael Cattani, procurador do Estado; Dr. João Bosco; Pastor José Ferreira Carneiro, pastor da Igreja Batista do Renovo.

Registro a presença dos pastores da Igreja Cristã Maranata da Grande São Paulo: Pastor José Charles de Pádua Alves, da Aclimação; Pastor Esler Roberto Menani, de Assunção; Pastor Ildemir Lopes de Sales, de Baeta Neves; Pastor Bergson Gil da Silva Costa, do Grajaú; Pastor Robson Ribeiro de Deus, do Ipiranga; Pastor Carlos Caetano Andrade, do Itaim Paulista; Pastor Jeremias Caldeira dos Santos, de Itaquera; Pastor Rudy Gerber, do Jardim Bela Vista; Pastor Edin de Lima Ferreira, do Jardim Colorado; Pastor Nilton Valério dos Santos, do Jardim Helena Maria; Pastor Plácido dos Santos, do Jardim Ivã; Pastor Ubirajara Torres Cunha, da Mooca; Pastor Davi Carlos Pereira, de Munhoz Júnior; Pastor Sílvio Avelino dos Santos, da Praia Grande; Pastor Ronaldo Almeida de Oliveira, de Parque Regina; Pastor Jucerlânio Dias de Oliveira, de Santana; Pastor Francisco Carlos Soares, de Santo Amaro; Pastor Henrique Cezar Gomes, do Bairro da Saúde; Pastor Wanderley Geraldo Cruz, de Vila Endres; Pastor Norton Kleber da Silva, da Vila Ema e o Pastor Antonio Alves Ferreira, de Vila Formosa.

Esta Presidência gostaria de expressar a alegria e o privilégio que esta Casa tem nesta oportunidade em receber os nossos irmãos da Igreja Cristã Maranata Presbitério Espírito Santense para a realização deste culto de glorificação a Deus pelo aniversário dessa igreja. Sentimo-nos honrados e abençoados nesta oportunidade em recebê-los aqui. A Presidência desta Casa tem a convicção de que esta Casa está sendo abençoada nesta noite com a presença de todos vocês. Neste culto de adoração a Deus, de louvor a Deus que estamos prestando ao Senhor por mais um ano de bênçãos que Deus tem dado à Igreja Cristã Maranata, desfrutaremos de toda a liberdade que nos é dada por Sua Santidade o Espírito Santo para que louvemos ao Senhor. Todos vocês se sintam muito à vontade para que juntos prestemos ao Senhor a adoração que só ele merece.

Gostaria também de registrar aqui a ausência do nobre Deputado Adilson Barroso, que foi também um instrumento de Deus para viabilizar a realização desta Sessão Solene. Ele está impossibilitado de estar presente nesta sessão e eu, com toda a alegria do meu coração, aceitei o convite para participar com vocês deste culto de louvor a Deus. Não poderia em hipótese alguma desprezar esta grande oportunidade e este grande benefício que estou recebendo do Senhor Deus nesta oportunidade.

Quero passar a palavra ao Pastor Gerson Beluci Miguel, coordenador da região da Grande São Paulo. Ele fará um histórico da Igreja Cristã Maranata e conduzirá os trabalhos desta sessão.

 

O SR. GERSON BELUCI MIGUEL - Queridos irmãos, primeiramente gostaríamos de agradecer a Assembléia Legislativa que, através do Deputado Rodrigo Garcia, Presidente desta Casa, a pedido do Deputado Adilson Barroso nos abriu esta oportunidade anual de, no mês de outubro, o mês de aniversário da nossa Igreja Cristã Maranata Presbitério Espírito Santense, estarmos aqui. Já é a quinta sessão da qual temos a honra de participar nesta Casa. Agradecemos em particular ao Deputado Rodrigo Garcia, ao Deputado Adilson Barroso e também ao nobre Deputado Adilson Rossi, que está conosco presidindo esta Mesa, ele que é evangélico, Pastor da Assembléia de Deus e nos honra muito estar aqui com ele nestes momentos de glorificação ao Senhor pelo aniversário da nossa Igreja. Muito obrigado a essas ilustres autoridades.

Gostaria também de citar o nosso amigo evangelista Manoel Barbosa Nascimento, que já é conhecido dos irmãos; o Pastor Augusto Luis Billi, que está conosco na Mesa e, em particular, o Pastor Gerson Gomes Novo, que enfrentou umas quatro horas de trânsito de Campinas até aqui para estar conosco. Apesar do sobrenome dele ser Novo, somos velhos amigos. Sempre levo prejuízo quando estou com ele, porque ele é sempre o Gerson Novo e, outro Gerson, portanto, passa naturalmente a ser velho. Mas, estamos muito alegres por iniciar este trabalho, este Culto de Adoração ao Senhor.

Vamos fazer uma oração para iniciarmos esse culto. Convido novamente os irmãos a ficarem em pé. Vamos invocar a presença de Deus, através de uma oração neste momento: “Nós clamamos, Senhor, pelo poder que há no sangue do Senhor Jesus Cristo. Te agradecemos por estas portas que se abrem para termos a oportunidade de te adorarmos pelos 39 anos da Igreja Cristã Maranata, instituída aqui neste País, onde temos a liberdade de prestar culto e Te adorarmos, e onde essas autoridades constituídas têm mantido essas leis para que o Teu Evangelho, nas diversas denominações, seja propagado em espírito e em verdade.

Nós Te louvamos por esta oportunidade de glorificarmos o teu nome e pedimos que o Senhor através da operação do Espírito Santo e da ministração dos anjos salve almas nesta noite, edifique corações aflitos e fortaleça as nossas almas, pois Te amamos de todo o nosso coração.Oramos em nome do nosso Senhor Jesus. Amém.”

Podem se sentar. Gostaria de fazer um breve histórico: a nossa Igreja Cristã Maranata surgiu em outubro de 1967, portanto, há 39 anos, do chamado meio evangélico tradicional como uma igreja evangélica pentecostal, porque um pequeno grupo ali de irmãos recebeu uma bênção chamada nas Escrituras Sagradas de “O batismo com o Espírito Santo.”

Este grupo começou em Vila Velha, no Estado do Espírito Santo, e começou a buscar o Senhor, e os benefícios do batismo com o Espírito Santo. Um dos benefícios são os dons espirituais, principalmente, os dons de sabedoria e de discernimento, para julgar os demais dons espirituais.

A Bíblia nos apresenta os nove dons do Espírito Santo, relatados na Primeira Carta de Paulo aos Coríntios, capítulo 12. Na oportunidade, o Espírito Santo ditando a Paulo, disse que os dons espirituais visam a edificação da igreja para um fim proveitoso.

Assim, a igreja buscou essa bênção e tem buscado continuamente o aperfeiçoamento dos dons. E o resultado disso, meus amados irmãos e amigos presentes nessa reunião, tem sido um grande crescimento da igreja.

Os dons começaram a ser muito valorizados nos nossos cultos. Hoje, damos um valor muito grande para isso tanto nos cultos como nas nossas reuniões e nos nossos seminários.

Os nossos cultos são diários e, a seguir, destacaremos o que temos feito. Valorizamos muito a leitura, o ensino e a busca das Escrituras Sagradas - a Bíblia Sagrada - em nossos cultos, em nossa devoção diária, e principalmente em nossos seminários. Nos nossos cultos procuramos alcançar os intermediários (que são as crianças na faixa intermediária entre a criança menor e o adolescente), os adolescentes, os jovens. Sem acepção de pessoas, todas as idades têm esse ensino da Palavra de Deus.

Os nossos seminários são abertos a todos os membros da nossa igreja. Mensalmente, em alguns estados como no Estado do Espírito Santo, onde o nosso contingente é maior, temos seminários de quinze em quinze dias, formando uma grade de ensino, cujo objetivo propriamente dito não é dar um diploma, mas informar a respeito do ensino das Escrituras Sagradas e das revelações do Senhor para a dinâmica desta obra gloriosa.

Temos a Escola Bíblica Dominical, e um dos trabalhos que tem se despontado nesses últimos três anos é a evangelização. Temos feito evangelização intensa nas igrejas locais. Viajamos em ônibus com grupos de evangelização e pregamos em anfiteatros e em lugares como este para 600, 700 pessoas, mil pessoas, ou em lugares maiores para 12 mil a 15 mil pessoas. Até utilizamos estádios para as grandes evangelizações. No dia 21 de abril passado, estivemos no Mineirão, com as nossas igrejas em Minas Gerais, quando tivemos a oportunidade de ter 105 mil pessoas reunidas numa grande evangelização. Isso foi motivo de grande alegria para nós.

Deputado Adilson Rossi e demais membros da Mesa, amigos e irmãos, dois terços daquela população eram visitantes, um terço eram irmãos que as convidaram. Houve um crescimento de abril para cá de 65 novas igrejas na Grande Belo Horizonte. Louvado seja o nome do Senhor!

Compramos três novas propriedades, fruto desse trabalho de evangelização. O crescimento do Evangelho, da obra do Senhor, é motivo de glorificação ao Senhor. Vale a pena fazer este registro numa Sessão Solene como esta!

A nossa igreja tem essa característica da evangelização. Quem participa dessas evangelizações? As nossas crianças, assim como os jovens, os adultos, os anciãos. Não há acepção de pessoas, não há acepção de cultura, não há acepção de condição física, de condição social. Os nossos cultos valorizam a alma sequiosa, a alma sedenta, independentemente da condição social ou cultural. Não olhamos raça, ou cor. A Bíblia nos ensina a ir por todo mundo e pregar o Evangelho a toda criatura. E o resultado disso é que quem crê será salvo; quem não crê, já está condenado. Mas o que queremos é a salvação de todos aqueles que ouvem a Palavra de Deus.

A obra está no Brasil há tempos, mas temos trabalho na América do Norte, na América do Sul, na Europa e também na Ásia. Temos cerca de 750 mil membros e mantemos comunhão com outras igrejas, outras denominações, principalmente com um grande grupo do Leste Europeu, da Europa Oriental e Ásia Central. Um grupo de irmãos da África se identificou muito com as nossas doutrinas e tem abraçado a obra de uma maneira extraordinária e tem vindo aos nossos seminários para conhecer. Assim, esta é uma rápida visão panorâmica da nossa igreja.

Gostaríamos de glorificar ao Senhor pelo crescimento que Ele nos tem dado e dizer que Deus ainda tem muita terra para possuir. Há muitas almas para conquistarmos, mormente, nesta grande cidade, que compartilhamos com alguns irmãos, pastores, e outras denominações. Há pouco estávamos conversando sobre a grande necessidade de um crescimento aqui nesta grande cidade. Que o Senhor seja louvado!

Vamos glorificá-lo com o hino nº 1 da folha que foi distribuída. Solicito que seja projetado no painel. Vamos cantar este hino que diz: “Quando Jesus seu sangue verteu, tudo se fez novo. O véu se rasgou, a terra tremeu. Morreu na cruz, o Filho de Deus.”

 

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- É entoado um hino de louvor.

 

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O SR. GERSON BELUCI MIGUEL - Graças a Deus! Aleluia! Glória, Jesus! Irmãos, nós escolhemos o hino nº 4 para que todos possam cantar. É um hino que aponta para o início do Evangelho na nossa pátria. Ele tem sido uma marca registrada dos crentes do nosso País. O coro, nós conhecemos muito bem: Glória, glória, aleluia! Vencendo vem Jesus! Já refulge a glória eterna de Jesus, o rei dos reis. É o número quatro da nossa folha.

 

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- É entoado hino de louvor.

 

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O SR. GERSON BELUCI MIGUEL - Aleluia, Senhor! Louvado seja o nome do Senhor! Graças a Deus!

Irmãos, preparando-nos para a mensagem, vamos ouvir o grupo de louvor cantar o hino número cinco. Você pode acompanhar a letra:

“Com a minha voz, clamo ao Senhor; com a minha voz, ao Senhor suplico. Diante dele a prostrar-me estou; diante dele exponho a minha aflição. Quando, aqui dentro de mim, esmorece o meu espírito, tu, então, conheces minha vereda.”

Este texto, meus irmãos, é o Salmo 142. É um clamor do salmista para que livre o seu espírito abatido, para que o livre do tentador. Ele termina dizendo: “Oh, vem livrar minha alma e cantarei o que me fizeste.” Graças a Deus!

 

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- É entoado hino de louvor.

 

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O SR. GERSON BELUCI MIGUEL - Glória a Jesus! Fechem os seus olhos, meditem na letra.

 

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- É entoado hino de louvor.

 

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O SR. GERSON BELUCI MIGUEL - Podemos cantar juntos com o grupo.

 

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- É entoado hino de louvor.

 

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O SR. GERSON BELUCI MIGUEL - Aleluia, Senhor! Glória a Jesus!

Convido o Pastor Gerson Gomes Novo para ler a mensagem.

 

O SR. GERSON GOMES NOVO - Saúdo a todos com a paz do Senhor Jesus.

Vamos iniciar esta palavra lendo um texto da palavra de Deus, para o qual eu gostaria, em reverência, que todos nos colocássemos em pé. Texto do Apocalipse, Capítulo 22, verso 17. O texto está projetado. Podemos ler o texto todos juntos, já que é bastante conhecido:

“E o espírito e a esposa dizem vem; e quem ouve, diga vem; e quem tem sede, venha; e quem quiser, tome de graça da água da vida!” Graças a Deus!

Vamos orar: “Senhor Deus, nós te adoramos porque, Senhor, em todos os instantes que temos condição, Senhor, nos alegra, nos agrada o coração bendizer e glorificar o teu nome. Porque tu tens sido muito bom, Senhor, porque a tua graça, Senhor, tem sido derramada sobre nossas vidas e mais do que isso, Senhor, nós temos compreendido o quanto somos conhecidos de ti. Senhor, te adoramos por este lugar, Senhor, por esta Casa, Senhor, pelas pessoas que aqui trabalham, Senhor, por aqueles que têm a responsabilidade dada por ti, Senhor, para aqui tratarem dos assuntos desta população. Senhor, nós te bendizemos, meu pai, pela porta que se abriu para este culto, Senhor. Nós te agradecemos por tudo e pela tua palavra, que foi lida nesta hora. Fala por ela e opera por ela nos nossos corações nesta noite. É o clamor que assim te fazemos, em nome do Senhor Jesus. Amém!”

Os senhores podem assentar-se.

Meus irmãos, trazemos uma palavra que tem sido uma marca nos últimos tempos. Uma marca porque é um alerta para o povo e nos tem sido muito grato trazer essa palavra porque ela tem tudo a ver com a Igreja, com o nome da Igreja, com aquilo que pregamos no nosso cotidiano.

Maranata quer dizer “ora, vem, ou, o Senhor vem.” Não podíamos deixar de falar e mais uma vez repetir e mais uma vez enfatizar que o Senhor Jesus, em breve, voltará. Isso, para nós, parece muito repetitivo.

Temos um Pastor que é médico e certa vez ele usou de uma figura e disse: “Vamos separar a nossa vida em três fases: a vida uterina, a vida propriamente dita, a vida terrena, esse tempo de vida que temos aqui e a vida eterna.

Na vida uterina estamos dentro de um espaço de 40 centímetros, em que o feto, o embrião e depois a criança já formada vive aqueles nove meses ali sendo alimentada. Ela vive num meio quentinho, num meio hídrico. Ela está ali, tudo vai se desenvolvendo, mas o espaço da criança, o seu universo, é aquele ali. Ela não tem nada.

Nós sabemos da nossa vida, não? Imaginem se um dia pudéssemos chegar para o bebê, para o feto que ali está e contar um pouco desta vida, que nós estamos aqui, e “Olha, vou dizer uma coisa. Você sabe que lá, para onde vai tem rosa azul, verde, vermelha?” Lá ele só tem 40 cm, é tudo escuro. Ele está lá protegidinho, uma beleza. “Você sabia que lá tem caminhão, carro, avião, barulho?” Ele não sabe o que é isso. “Você sabe que lá os espaços são enormes? Você anda e há um céu, há um infinito.” E o seu universo é de 40 cm. “Você sabe que lá tem ar, e a gente respira?” Ele não respira lá dentro. “Você sabe que lá tem de comer, trabalhar para comer?” Ele talvez dissesse: “Não, quero ficar aqui.” Porque ele alimentado ali e, se nós pudéssemos falar isso, será que iria acreditar? “Ah, não. Para mim, o mundo é tudo escuro. Não posso acreditar que tem um espaço infinito. Só tenho 40 cm e para mim o mundo é este aqui.”

Meus irmãos, se nós pudéssemos dizer isso a ele talvez não acreditasse. Mas vamos dar um passo à frente. E se alguém viesse nos contar da eternidade e nos dizer o que ela é, o que ela tem, as coisas que lá estão, será que acreditaríamos? Será que acreditaríamos que há um lugar que o Senhor tem preparado para nós? E que nesse lugar as ruas são de ouro? Dá para acreditar? “Acho que não há tanto ouro para colocar nas ruas.” Que as moradas lá são de jaspe, luzente? A bíblia assim fala. Sei que muita gente não tem acreditado nisso. Talvez seja difícil. Será que se alguém chegasse e dissesse: “Olha, aquele que está lá é dono daquela morada, ou daquele lugar. Ele preparou em um dia, que não sabemos quando. Ele vai enviar os seus anjos e virão aqui para nos levar para lá.” “Não creio, para mim o que creio é isso: fruto do meu trabalho. É isso.”

Meus irmãos, a situação é a mesma. Só que hoje temos uma palavra, que é rica, e que na verdade nós nunca conseguiríamos chegar até esse bebê, esse feto, e dizer tudo isso, e nem ele teria condição de compreender tudo isso. Mas um dia o Senhor enviou seu próprio filho. E ele se fez homem como nós e nos trouxe a informação da eternidade. E nos preparou para ela. Muitos não creram, muitos preferem até, quem sabe, continuar aqui. “Ah, não. Quero continuar aqui mesmo. Gosto desse tumulto, dessas quatro horas - isso mesmo-, de trânsito de São Paulo. Gosto disso mesmo. Esse negócio de voar, anjo, não quero. Quero ficar aqui mesmo.”

Não podemos, meus irmãos, deixar de dizer que todas as coisas estão preparadas, e que o Senhor, as suas palavras, tudo aquilo que o Senhor Jesus nos deixou, nos falou, está se cumprindo. E o mundo, de uma maneira geral, está sendo preparado para esse encontro! O homem pode até chegar e dizer: “Eu não creio. Eu acho isso muito fantasioso, muito sonhador!” Fico imaginando o que seria, o que foi para o povo hebreu quando Moisés, enviado pelo Senhor, disse: “Eu vou te enviar para uma terra que emana leite e mel.” Deve ter sido uma coisa. “Mas leite? Para mim, até hoje, só tem dado vaca, cabra e essas coisas.” Mas a ênfase que o Senhor queria dar era o fruto, era a bênção, era a graça que o Senhor iria dar.

Meus irmãos, hoje todas as coisas componentes, os parâmetros que a palavra de Deus nos deixa, tudo aquilo que Senhor Jesus nos mostrou está se cumprindo e se colocando, vamos dizer assim, no tempo e no espaço para que este dia, o dia deste encontro nos alcance e nos alcance em breve.

É sobre isso que nós vamos falar. É mostrar que as coisas não estão tão longe que não possamos alcançá-las. E não estão tão distantes que não possamos compreendê-las. E não estão tão longe também do nosso entendimento e conhecimento que nós não possamos crer naquilo que o Senhor mostrou. Temos uma palavra e temos uma história. Costumo repetir isso sempre. Temos o privilégio de ter, atrás de nós, anos, milênios de história contados, da palavra, e outros nem tanto contados assim, mas a história que vem cumprindo e confirmando tudo aquilo que o Senhor nos mostrou, tudo aquilo que nos falou. E hoje, a palavra, mais do que isso, enfatiza nas suas profecias os fatos. Muitas vezes muitos deles são fatos difíceis inclusive, e a humanidade está passando. Mas não podemos deixar de comparar e dizer que esses fatos o Senhor Jesus nos preparou.

Meus irmãos, o mundo vive um tempo muito difícil, em todos os aspectos. No aspecto político as nações, o comando, as rixas, as contendas entre nações. Agora mesmo, antes de vir para cá, ouvimos, por exemplo, que a Ásia está temendo. Um país detonou uma bomba. Pronto, politicamente já desestabilizou tudo, as pessoas também, as guerras e as suas conseqüências. Mas os rumores de guerra, tudo que pode acontecer, tudo isso é o aspecto político que deixa o mundo nessa situação de crise, nessa situação difícil. Da mesma maneira, o aspecto econômico. As tendências, todo mundo de olho. Todo dia imagino como seja isso para quem tem aplicações: a bolsa subiu, a bolsa desceu. Prejuízo, lucro. As pessoas vivem disso. Mas esse é o nosso dia-a-dia, temos de viver assim.

A crise econômica que grassa em todos os lugares, e que nós sentimos aqui também, é motivo de olharmos para aquilo que o Senhor nos mostrou e dizer “Olha, isso está sendo preparado também no aspecto religioso, no aspecto social, no aspecto do meu ambiente.” Se formos olhar e conferir, vamos verificar que muito daquilo que o meio ambiente está vivendo, com a queima das florestas, as águas poluídas, a diminuição da vida marinha está tudo previsto, está dito nas palavras, mostrando sinais das coisas que o Senhor disse que iriam acontecer, um pouco antes, antecipando a sua vinda.

Meus irmãos, o mundo está se preparando para isso. O tempo passa rapidamente. Cada vez mais rápido. Eu fiz aniversário na semana passada. E a gente olha como o tempo passa. Mais um ano, olha para trás e diz assim: “Foi muito rápido.” E a gente, não sei por quê, teima - acho que é teimosia de velho - em se lembrar das coisas, em olhar para os filhos e lembrar deles pequenos. Não sei por quê. Eles já estão grandes, casados, mas a gente quer lembrar deles pequenos. Sabem por quê? É porque a gente não quer que o tempo passe. O tempo passa muito rápido. Quando a gente dá conta, o tempo já voou, nós passamos, olhamos e não há como voltar atrás.

Mas isso também é bíblico. Moisés, muito antes de Jesus, já tinha falado sobre isso. E ele, com a palavra, a conclusão sábia dele: “Senhor, ensina-nos a contar nossos dias de tal maneira que nós alcancemos corações sábios.” Moisés, no salmo 90, faz aquela comparação preciosa, mostrando o quanto o homem é temporal, o quanto ele passa. Eu falei da vida uterina, da vida nossa aqui. A vida uterina é rápida, são nove meses. Mas a nossa aqui também é muito rápida. O tempo voa. Ele mostra: “Somos como as correntes das águas, tu levas como correntes das águas. Nossa vida é como a erva que cresce de madrugada e à tarde ela se seca. Ela é como um sono, um conto ligeiro.” Mas isso é bíblico.

O Senhor, quando cria o homem, cria todas as coisas. A expressão do verbo, lá do Gênesis: “No principio criou Deus.” O verbo criar é ‘bará’, que quer dizer criado do nada quando nada existia e para um tempo determinado. Todas as coisas têm um tempo determinado e têm um fim. Deus determinou isso, e nós estamos enxergando isso.

O que acho fantástico em tudo e, particularmente, no exemplo desses homens da palavra, e que acho que para nós é um desafio, é que homens como Moisés, como Davi, como Abrahão, como José e outros, que deram testemunhos daquilo que Deus fez, e daquilo que Deus iria fazer, mas particularmente porque eles alcançaram coisas que são maravilhosas e que nós, hoje, enxergamos muito bem: a figura e a salvação de Jesus. Mas quem é que poderia chegar e dizer, como Davi um dia disse: “Deus fez comigo um concerto eterno que nunca se acabará”? Estava falando de um acordo, de um testamento. Chamamos de testamento, que é o novo Testamento do Senhor. Quem é que poderia, na sua existência, estar ali como Abrahão, que foi levar o seu filho, e, na hora da morte do seu filho, a criança usa uma expressão: “Meu pai, onde está o cordeiro?” Uma frase solta que fica ecoando no tempo, no tempo, no tempo. Os anos, os milênios passam até que João Batista chega e responde a pergunta de Isaac ao seu pai. Ele chega, vê Jesus passar assim: “Eis o cordeiro de Deus” A resposta.

Meus irmãos, sabem qual é a grande maravilha desses homens? É que eles, no tempo deles, com os meios de que dispunham, com a informação que tinham alcançaram o projeto de Deus. Abrahão alcançou, José alcançou. Cada um deles. Davi alcançou, Salomão alcançou. Cada um deles. Isaias alcançou. Porque eles estavam ali, eles viveram aquilo, olhavam para o Senhor e Deus falava com eles e se interligavam com a salvação que o Senhor iria lhes enviar.

E hoje, meus irmãos, nós temos tudo. Temos um tempo em que temos toda a informação. Ela é rápida. Temos todos os meios. Conhecemos as galáxias, sabemos dos outros mundos que eles nunca nem imaginaram. Nós passamos por tudo, e hoje, a nossa grande preocupação é se nós, no nosso tempo, com os meios de que dispomos, em nosso rápido tempo, vamos alcançar o que aqueles homens alcançaram. Eles alcançaram o projeto de salvação do Senhor. Será que estamos alcançando também? Essa é a grande realidade.

Meus irmãos, o momento é de definição, porque o homem precisa saber o que quer, para onde vai. Ele precisa entender que haverá um momento em que as coisas todas vão passar. Ele não pode estar simplesmente centrado em riquezas, nas coisas desta vida, pelas quais todos nós lutamos. Não está errado lutarmos por melhores empregos, melhores condições de vida. Isso está muito certo. Mas não é só isso. Precisamos definir isso porque um dia tudo vai passar e não vamos levar nada disso. Temos de entender que um dia vamos ser chamados a um encontro com o Senhor e nesse momento deveremos saber se queremos esse encontro ou não. Se vamos nos preparar para ele ou não. Se vamos viver iludidos, vamos dizer assim, pelas coisas desta vida que nos inebriam, ou então vamos parar um pouco, olhar e dizer assim: “o Senhor tem projeto, Ele se entregou por mim e vou amá-Lo, vou crer Nele, vou me prostrar a seus pés, vou segui-Lo como muitos o seguiram. E é interessante que alguns deles o Senhor até dizia assim: ‘ vai, a tua fé te salvou’. Lembro do cego Jericó “o Senhor cura o cego” e a palavra de Jesus era como se dissesse assim para ele: “era isso que você queria? Está feito, pode ir embora. Está bom, vai, a tua fé te salvou.” E a palavra, os Evangelhos, dizem assim: “ E ele o seguiu pelo caminho”. O Senhor disse assim: “Você não precisa ter compromisso comigo. Pode ir. Era só a cura que você queria? Pode ir embora”. Mas ele, sem falar, o seguiu. Ele poderia ir, estava liberado para ir.

Estamos liberados, o Senhor nos deu o arbítrio, liberdade de escolha, o Senhor fez isso para que pudéssemos não ir atrás dele por interesse. Aquele homem já tinha o seu interesse satisfeito naquele instante. E o Senhor deu a palavra a ele: “Pode ir”. Mas ele continuou seguindo o Senhor Jesus. Jesus nós sentimos, sabemos disso, mas um dia nos definimos por ele porque queremos. Senhor, queremos estar contigo, queremos segui-Lo.

Esse momento é muito importante porque todas as coisas estão se preparando para um juízo. O mundo está completamente maduro, em todos os aspectos. E quando falamos em juízo não queremos falar de alguma coisa que venha para o homem como um castigo da parte do Senhor. De jeito nenhum! Juízo é uma escolha. Escolhemos porque os juízos estão acontecendo, e eles vêm. A Igreja vai atravessar o seu juízo também, que se chama arrebatamento. O mundo está vivendo um juízo sobre o governo humano, sobre o ambiente, sobre a obra criada. Não é difícil ver. Hoje em dia os olhos, os satélites, estão verificando tudo. Não podemos fazer nada porque o meio ambiente já está degradado demais. E esse juízo está aí. Isso é juízo? É sim. A cabeça, a sociedade, o mundo está vivendo isso, está amadurecendo para esse juízo, para o momento em que o Senhor vai nos convocar a estar com Ele para sempre.

Meus irmãos, o mundo está sendo preparado e a escolha do homem é essa. O versículo citado pelo pastor aqui foi: “Quem crer será salvo, mas quem não crer já está condenado”. Dois juízos; um juízo se chama salvação e o outro, condenação. Qual deles vamos escolher? Juízo é escolha. Você pode escolher. Quando Ló e a sua família estavam lá naquela cidade pecaminosa, Sodoma, e o Senhor enviou seu anjo lá para tirá-los de lá alguns vieram, mas alguns escolheram ficar. O juízo era iminente, mas alguns preferiram continuar lá. Mas eles foram avisados! Essa história é o símbolo da nossa história porque há um povo que está avisando, que está falando, que está dizendo “o Senhor Jesus salva! O Senhor é poderoso, Ele virá nos buscar. Ele nos transportará para a sua eternidade”. Mas alguns vão dizer: “eu quero ficar aqui”. Mas aqueles que creram, meus irmãos, foram salvos.

Meus irmãos, estou mostrando como as coisas estão acontecendo. O mundo hoje vive momentos de expectativa, de surpresa. Todas as coisas nos surpreendem. Existe uma tecnologia altíssima para tudo. Mas ninguém previu o tsunami que matou 280 mil pessoas há dois anos. Ninguém previu, ninguém pôde avisá-las. O país com o maior armamento do mundo, o maior exército do mundo, não pôde prever que as duas torres iam ser alvo de um ataque terrorista. Milhares de pessoas morreram, houve prejuízo para a democracia, para a paz. Ninguém pôde prever. O furacão Katrina destruiu uma cidade inteira dos Estados Unidos. E quem previu aquilo? Quem foi lá para evacuar aquela cidade?

Meus irmãos, o mundo se surpreende. Estou falando de alguns fenômenos, mas nos surpreendemos com o homem também. O homem nos surpreende. Quem iria imaginar que um grupo de rebeldes, ou de pessoas que até poderiam ter uma bandeira legítima entrariam numa escola na Rússia e matariam cento e tantas crianças entre 314 pessoas? Eles mataram em nome da bandeira que empunhavam. Quem poderia imaginar que hoje as pessoas entram dentro das escolas e atiram nas crianças? Nos Estados Unidos está acontecendo isso. O homem, o homem!

Mas, meus irmãos, isso também não me surpreende, porque o mal está completamente organizado, completamente! Duas pessoas não se juntam para o bem, mas pelo interesse e para planejar alguma coisa. E sempre isso vai trazer o mal a alguém. Quando falo “mal” não estou falando de maldade. Estou falando do mal social, do mal político, do mal que as pessoas muitas vezes impõem às outras pelo seu próprio interesse. É o homem, o homem! Mas o homem também não me surpreende. Quero mostrar aos irmãos como o Apóstolo Paulo quando escreve a Timóteo fala do homem dessa última hora. E quando ele aponta isso diz “nos últimos tempos virão dias trabalhosos, tempos trabalhosos”. E Paulo elenca 18 características do homem dessa hora. Até destaquei algumas que são muito interessantes para analisarmos porque Paulo fala isso no ano 60 d.C. e estamos quase a dois mil anos disso. A profecia está se cumprindo cabalmente: nos últimos tempos os homens serão amantes de si mesmos, ou seja, egoístas.

Quando falo desse egoísmo, aquele que quer o seu interesse acima de tudo, está disseminado na nossa sociedade, emprega pobres e ricos sem distinção. As pessoas, às vezes, não têm nada, mas são egoístas, não querem compartilhar, não querem fazer nada para alguém, não são voluntariosas. São presunçosas, são soberbas porque querem se pôr, colocar-se acima dos outros, acima do seu próximo. A palavra diz assim “eles se presumem melhores do que os outros” Diz assim: “blasfemos são aqueles que falam de coisas que causam dano”. Eles causam dano mesmo! Eles blasfemam daquilo que é de Deus, da palavra, das pessoas também. São profanos porque desprezam as coisas de Deus. O maior exemplo de profanação dentro da palavra é um homem, Esaul. Esse é o maior exemplo de um profano porque ele tinha a benção e a menosprezou, deixou que as coisas terrenas ficassem superiores à benção que ele já possuía. Ele disse: “de que me adianta ter a primogenitura e morrer aqui?” Ele não ia morrer coisíssima nenhuma. Ele vendeu a benção que o Pai tinha lhe dado.

Meus irmãos, o homem profana as coisas que Deus lhe deu, profana a vida, destrói a sua própria vida, tal como aquele filho pródigo que recebeu uma parte da herança e dissolutamente acaba com a sua parte da herança.

Meus irmãos, o homem tem uma herança com ele, que Deus lhe dá e a renova todos os dias. A palavra diz assim “que as misericórdias do Senhor se renovem sobre nós a cada manhã”. O homem está destruindo. Isso é profanação das coisas de Deus. A palavra diz: “sem afeto natural”. Fiquei tão impressionado. A palavra grega para essa expressão que Paulo usa é uma palavra que quer dizer “não tem amor à família”, ou seja, em outras palavras, a mãe que abandona o seu filho, que abandona numa lata de lixo, num saco de lixo logo que nasce, é o filho que abandona o pai idoso, é o pai que abandona o filho, e por aí vai, sem amor à família. A expressão traduzida “sem afeto natural” é o homem sem amor. Ele diz que é natural porque isso é mais do que natural: o pai pelo filho, é o filho pelo pai, é a mãe pelo filho que nasce. Isso se perdeu. A palavra diz: “cruel”. É isso mesmo. Traidor; é isso mesmo. Que frase perfeita: “Mais amigos dos deleites do que amigo de Deus”. Quando Paulo escreve isso a Timóteo, dá uma recomendação a ele: “Destes, afasta-te!”

Meus irmãos, a Igreja hoje busca, vai atrás dessas pessoas que não tiveram escolha. Elas são o que são porque nasceram assim e o meio lhes deu isso. Mas a Igreja tem uma palavra de salvação para essas vidas, ela quer dizer “Olha, o Senhor quer modificar o teu coração, quer modificar a tua vida, quer modificar o teu interesse.”

Meus irmãos, o homem perdeu completamente seus limites. Ele faz as coisas de forma desmedida. Vemos isso nas evangelizações: o pai que espanca o filho, as pessoas que ultrapassam os limites impostos pela sociedade. A toda hora vemos isso. Gente que nos assusta, porque até o limite da razão ultrapassam. Gente se enche de bombas e explode. Ultrapassou-se o limite de tudo. Aliás, hoje isso já nem nos chama a atenção, porque acontece com muita freqüência. Isso porque as coisas estão sendo conduzidas para o tempo que o Pai preparou.

Se a religião tivesse a visão que o Senhor Jesus trouxe para ela, ela falaria dessa eternidade. Mas ao contrário, ela fala de um projeto para o mundo. A religião coloca os valores do homem centrados nessa vida. Ela quer que o homem se resolva para viver bem esta vida. Ela não quer se apropriar dos valores eternos e colocar isso para o homem para que ele viva com fé. A fé, meus irmãos, foi perdida. Sempre conto uma experiência que vivemos certa feita.

Éramos pastor em Minas Gerais e entrou um casalzinho na Igreja com uma criança e um menino maior. Entraram e assistiram o culto. Alguém deu uma assistência a eles e ao final do culto vieram me falar assim: “Pastor, eles são muito pobres, moram na beira do rio, ele é analfabeto - ele era um senhor dos seus cinqüenta anos - eles não têm nada, tivemos de dar alguma coisa para eles, eles vieram a pé da casa deles.” Eu disse: “Então veja onde eles moram para amanhã visitá-los.” E fomos lá. A casinha feita na beira do rio. Entrei, a criança chorando no berço. Pensei o que podíamos fazer por eles. Eu, preocupado, pensando como uma pessoa com cinqüenta anos, analfabeto, vai sobreviver.

Meus irmãos, no outro dia - eram quatro quilômetros da casa deles à Igreja - ele estava lá novamente. Chinelinho de dedo, criança no colo. Fiquei olhando e pensei ‘o que ele está esperando de nós. Será que está esperando que a Igreja sustente ele?’ Muita gente tem essa visão. Aliás, acho que não está muito errada, não. Será que ele está pensando isso? Não. Não estava não. Ele sabia que Deus era poderoso para suprir-lhe naquilo que ele não tinha. E não era a comida que iria comer, nem a roupa que iria vestir. Era suprir a vida. E ele encontrou isso. Eu até comentei com os irmãos: “Mas que coisa, em menos de uma semana alguém arrumou emprego para ele.” Era um emprego simples, mas era um emprego. Mas a Igreja agiu? Não, a Igreja não agiu. O Senhor agiu! As pessoas hoje vivem esse evangelho materialista de promoção social e acham que é só isso. Não estou falando contra isso, mas o homem tem de saber que há um Deus, ele precisa crer neste Deus. É Ele quem nos supre de todos as coisas. O pão que nos está sendo dado, o Senhor é que nos dá da parte dele. Vivemos dos milagres que Deus nos concede.

Meus irmãos, a religião perdeu essa visão. O cristianismo, por sua vez, virou materialismo. Ele leva o homem à solução dos problemas. Os apelos de igrejas evangélicas, inclusive, é para a pessoa resolver seu problema de hoje. Qual o problema que você tem? Eles estabelecem até dias: é dia disso, dia daquilo. Hoje é dia de cura. Eles estabelecem datas para resolver os problemas do dia.

Sempre digo que não é o homem que serve a Deus nesses lugares, mas Deus que os serve, porque são eles que marcam e Deus tem de obedecer o que eles marcam. Venha porque hoje vai ser o dia disso ou daquilo. E a pessoa vai, é como se Deus falasse “Está bom, vou obedecer, vou fazer o que você está me pedindo.”

Meus irmãos, o Senhor é Deus. Olhando para o Senhor vemos como ele é poderoso. Ele faz o que quer. Costumo dizer sempre que o culto é uma surpresa. Todos os dias ele é uma surpresa. Quem sabe o que Deus vai fazer? Você pode chegar a um culto e naquele dia o Senhor estar ali para operar um grande milagre na sua vida. O culto pode ser um dia comum em que o Senhor nos visite e pronto. Deus faz aquilo que lhe apraz. E a benção está em servirmos e esperarmos nele porque a fé nos remete a isso.

Meus irmãos, hoje temos a palavra e a palavra nos aponta todas as coisas. Foi lido aqui: quem tem sede, venha. O que ela diz é: o Espírito e a esposa dizem ‘vem.’ O espírito é o Espírito Santo, o Espírito do Senhor Jesus, e a esposa é a Igreja que confia nele e o apelo dela é: vem. Por que ela está falando isso? Por que ela quer? Não, porque ela tem a palavra.

Eu me lembrei, vindo para cá, de dois fatos que estão relacionados com o povo de Israel. Um deles foi vivido até por um irmão nosso, porque tem pastores nesta obra.

Lá em 1947, Osvaldo Aranha, na Presidência da Assembléia Geral das Nações Unidas, tinha a difícil decisão de colocar em pauta o projeto que dividia a terra de Israel entre árabes e judeus. Havia uma pressão muito forte dos árabes. E um advogado de Direito Internacional, com parentes evangélicos e que conhecia a palavra - isso não está na história, mas sabemos disso - mostrou a Osvaldo Aranha aquilo que a palavra falava. Dizia ele “Não adianta porque a Bíblia disse que Israel vai se restaurar.” Osvaldo Aranha colocou em votação e a decisão foi que a área fosse dividida. Surgia o Estado de Israel. Era a palavra.

Há um livro que conta o retorno do povo de Israel para sua terra. Conta de uma operação de transporte aéreo montada naquela época chamada “tapete voador.” Eles chegaram no Iêmen. Havia ali judeus e iemenitas, gente muito rude. Eles não sabiam o que era um vaso sanitário. Eles entraram no avião e acenderam uma fogueira dentro do avião. Quando souberam que era para levá-los para Israel, disseram: “O quê? Entrar nisso?” Mas eles foram. Sabem por que foram? Porque eles tinham a palavra. Eles falaram: aqui na Bíblia diz “Quem são esses que vêm voando como pomba?” Deus vai nos levar voando. Estou com medo, mas eu vou. E vieram.

Meus irmãos, hoje nós temos a palavra e a palavra nos fala essas coisas.

Quando você pôde confirmar pela palavra uma profecia a seu respeito ou a respeito do mundo em que você vive?

Hoje, como Igreja, estamos enxergando isso todos os dias, todas as horas. Nós não podemos descurar dela. Aqueles homens não sabiam de nada, mas tinham a palavra e a palavra confirmou o ato deles.

Meus irmãos, hoje a Igreja tem a palavra e a palavra confirma todas as coisas. O apelo da Igreja é por isso. Por isso a Igreja diz “vem.” Porque ela crê, porque a palavra é viva, porque o Senhor influiu na Igreja, porque ela um dia entregou sua vida a ele, porque todos os dias ela tem se encontrado com ele.

Falamos que nossos cultos são diários. É. Nossos cultos são o encontro que temos com nosso Senhor diariamente. Ele fala conosco. Ele nos dirige a palavra. Ele nos revela nossas necessidades.

Dias atrás um casalzinho, um senhor, uma senhora e alguns filhos, veio à Igreja. Perto da Igreja, ele colocou a mão no bolso e disse: “Ai, esqueci a carteira. Esqueci a carteira, a identidade, o cartão de crédito.” A esposa disse a ele: “Mas para quê cartão de crédito? Você não tem crédito.” Ele respondeu: “É mesmo. Até com Deus meu crédito foi embora.” Ele entrou na Igreja. Eu ia pregar naquele dia. O diácono tinha me entregue uma visão antes do culto. Ele teve uma visão, o Senhor tinha falado com ele. A visão era a seguinte: chegava um casal à Igreja e ele tinha um cartão de crédito. Ele passava o cartão de crédito numa maquininha que tinha na porta da Igreja - essa visão foi dada meia hora antes do culto começar - e acusava que ele estava em débito. Mas eles entravam e assistiam o culto. Ao término do culto um anjo trazia um cartão para ele e dizia: “Pode passar agora.” Quando ele passou o cartão na saída dizia que estava com crédito.

Eu naquela noite fiquei pensando: qual é a distância entre o débito e o crédito para Deus? Fiquei me lembrando de uma porção de gente dentro da palavra, mas falei de um, falei de Jonas, porque Jonas era o homem mais em débito que tinha. Deus mandou ele fazer uma coisa, ele foi fazer outra. Esse estava em débito. Mas a palavra de Deus diz: “ E do ventre do peixe Jonas orou ao Senhor.” Há uma expressão assim: “na minha angústia clamei ao Senhor.” E o Senhor deu uma ordem ao peixe e o peixe o jogou na praia. Ele diz que foi para lá que Deus o mandou.

Meus irmãos, a distância entre o débito e o crédito para Deus - para outros lugares você tem de pagar uma porção de mensalidades - é fazer uma oração. Achei isso tão fantástico. O casal chorava, chorava, chorava, inclusive ela era uma ex-freira e disse: “Eu nunca vi isso, pastor. Será que Deus ouviu o que nós falamos ali?” Eu respondi: “Ele te conhece muito.” Eu falei exatamente isso para ele, nós estamos em débito. E Deus mostrou que o Senhor nos dava crédito. Mas é isso mesmo.

Meus irmãos, nossos cultos são encontros que temos com o Senhor todas as noites. O apelo da Igreja nesta última hora, meus irmãos, é para dizer para o homem ‘venha’. Se você tem sede, venha, porque o anseio da alma é a crise que o homem vive. Onde estou, para onde vou. As pessoas não sabem, mas há uma alma dentro dele que pede, que busca alguma coisa, mas ele não sabe.

Davi pôde dizer isto: “Minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo.” Quando fala de Deus vivo, ele está falando de Jesus. A primeira coisa que dizia era: “Não é qualquer Deus que vai saciar a sede da minha alma. Aquele que se apresentar vivo diante de mim ...” Aí, Jesus se apresenta vivo diante dele. Pedro falou a mesma coisa: “Tu és o Cristo, filho de Deus vivo e estás vivo na minha frente.”

Meus irmãos, o Senhor Jesus está vivo no nosso peito. É essa a grande bênção da Igreja nesta hora. O apelo da Igreja, o que ela quer mostrar hoje é que o Senhor tem uma bênção para cada um, para você, para tua alma, para a sede que você tem.

O Senhor Jesus surpreendeu muita gente: Zaqueu, Lázaro, os religiosos da época, que não sabiam nem responder o que Jesus falava. Muitas vezes, as pessoas faziam perguntas a um homem simples. “Seguir-te-ei, onde quer que tu fores.” Ao que Jesus respondia: “As raposas têm covis, as aves do céu, ninho. E o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça.”

Alguém poderia perguntar o que uma coisa tem a ver com a outra. A resposta estava ali, na palavra que ele queria deixar.

O Senhor também tem uma resposta a dar esta noite para você, Ele tem algo a falar muito profundamente ao seu coração: “Qual é a sua sede? Do que você precisa?” O quadro profético está colocado, e o Salvador está vivo no nosso meio.

Todas as coisas estão apresentadas. O Senhor surpreendeu muita gente, e Ele quer surpreender você nesta noite também, quer falar ao teu coração, quer responder ao anseio de tua alma, ele quer operar uma grande bênção na tua vida.

Vamos encerrar, mas não podemos deixar de dizer a vocês que não deixem passar esta oportunidade, porque não sabemos. O Senhor virá e irá alcançá-lo também, ele quer levá-lo. O Senhor precisa que você olhe para Ele e o queira. Ele não está longe de você, está pertinho.

Talvez nós tenhamos contribuído com alguma coisa. Tudo está a seu dispor. Será que você, com os meios de que dispõe, pode alcançar o projeto de salvação do Senhor? Ele está aí, à tua disposição. Abra o teu coração. Fale com Ele, ouça aquilo que Ele está trazendo para você. Coloque a tua vida aos seus pés, porque Ele tem uma bênção de salvação para dar agora.

Agora, meus irmãos, vamos cantar um louvor, “A Paz que Tu Procuras”, glorificando o nome do Senhor. É o apelo da Igreja: “Vem, filho meu, recebe a vida que estavas a procurar.”

 

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- É entoado o hino de louvor “A Paz que tu Procuras”.

 

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O SR. - GERSON GOMES NOVO - Neste instante quero pedir a todos que fechem os olhos. Você vai ter um momento para falar com o Senhor e dizer qual é tua sede, tua necessidade. Se você precisa do Senhor esta noite, fale com Ele agora. Abra teu coração.

Nós vamos orar e, ao término desta Sessão Solene, você poderá ficar onde está. Temos aqui vários pastores e poderemos orar por você, colocando tua necessidade, tua vida diante do altar do Senhor.

Vamos orar neste instante. Glorificamos o teu nome, Senhor, por este lugar, por este culto, pela tua palavra; por cada um que pôde ouvi-la, Senhor, e pelo interesse do teu espírito nessas vidas, nesses corações.

Senhor, alcança cada um deles. Não importa a necessidade, o problema. Não importa até mesmo a alegria que eles possam ter, a vida sem problema. O senhor é Deus, é Salvador. O Senhor quer e também tem um projeto para cada um deles.

Senhor, toma conta de cada um de nós, de cada uma dessas pessoas. Dê tua bênção, Senhor, e, sem medida, derrame tua graça sobre cada coração. Ouça, como sempre tem ouvido, a oração que cada um tem feito diante do Senhor.

Fique conosco, Senhor, e opere, segundo as suas muitas misericórdias. Nós assim pedimos, clamando em nome do Senhor Jesus. Amém.

Se você precisa de uma oração, permaneça onde está que, ao fim da sessão, iremos até você orar pela sua vida.

Oremos todos, meus irmãos: Que a graça maravilhosa do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus, nosso eterno Pai, as doces, santas e ternas consolações do Espírito Santo, do Senhor, estejam com todos vocês, irmãos e com todos os que amam e aguardam a vinda do Senhor Jesus agora e para todo o sempre. Amém.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Adilson Rossi.

 

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O SR. PRESIDENTE - ADILSON ROSSI - PTB - Gostaria de registrar o recebimento do ofício enviado pela Ministra Nancy Andrighi, do Superior Tribunal de Justiça, acusando o recebimento do convite para participar desta sessão e deste culto de glorificação a Deus, justificando a impossibilidade de se fazer presente e cumprimentando a Igreja Cristã Maranata por mais um ano de vida e de bênçãos.

Quero cumprimentar o Pastor Josué Correia, que brilhantemente conduziu a parte musical deste culto, regendo o coral que abrilhantou esta sessão e nos enlevou, conduzindo-nos à presença de Deus por meio dos louvores entoados.

Em nome da Presidência desta Casa quero agradecer a todos os irmãos, aos membros da Igreja Cristã Maranata, ao Pastor Gerson, pela oportunidade que nos deram de sermos abençoados nesta noite. Esta Casa de Leis sempre estará com as portas abertas para recebê-los.

Gostaria ainda de, em nome da Presidência desta Casa, pedir a vocês que no próximo ano nos procurem para que possamos realizar uma outra sessão, um outro culto de louvor de Deus por mais um ano de bênçãos, se o Senhor Jesus não voltar até lá. Estamos aguardando a volta de Jesus Cristo. Se ele não voltar, teremos o imenso prazer de recebê-los novamente. Esta Casa estará sempre de braços abertos para recebê-los.

Esgotado o objeto da presente sessão, antes de encerrá-la, esta Presidência agradece às autoridades, aos funcionários desta Casa e àqueles que com suas presenças colaboraram para o êxito desta solenidade.

Gostaria, ao final, de deixar uma citação bíblica. São palavras ditas pelo Profeta Azarias ao Rei Asa, que levaram o rei a tomar uma importante decisão lutando contra a idolatria, levando a Nação de Israel a assumir um compromisso com Deus. Essas palavras estão registradas no II Livro das Crônicas, Capitulo 15.7: “Mas esforçai-vos e não desfaleçam as vossas mãos, porque a vossa obra tem uma recompensa.”

Que Deus abençoe a todos, e com estas palavras encerramos a presente sessão.

Está encerrada a sessão.

 

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- Encerra-se a sessão às 21 horas e 45 minutos.

 

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