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19 DE AGOSTO DE 2004

38ª SESSÃO SOLENE EM COMEMORAÇÃO DO “DIA DO ECONOMISTA”

Presidência: SIDNEY BERALDO

 

DIVISÃO TÉCNICA DE TAQUIGRAFIA

Data: 19/08/2004 - Sessão 38ª S. SOLENE  Publ. DOE:

Presidente: SIDNEY BERALDO

 

COMEMORAÇÃO DO DIA DO ECONOMISTA

001 - Presidente SIDNEY BERALDO

Abre a sessão. Nomeia as autoridades. Informa que convocou a presente sessão com a finalidade de comemorar o Dia do Economista. Convida todos para, de pé, ouvirem o Hino Nacional Brasileiro.

 

002 - HERON DO CARMO

Vice-Presidente do Conselho Regional de Economia de São Paulo, representando o Sr. Synésio Batista da Costa, Presidente da entidade, recorda o início do estudo de Economia no Brasil. Homenageia o Deputado Vitor Sapienza com um diploma das entidades de classe dos economistas de São Paulo.

 

003 - VITOR SAPIENZA

Historia sua trajetória profissional desde seu curso de graduação como economista e fala de sua satisfação por ter abraçado a profissão.

 

004 - PAULO BRASIL

Conselheiro do Conselho Regional de Economia, presta, em nome da entidade, homenagem ao Presidente da Assembléia Legislativa, Deputado Sidney Beraldo.

 

005 - Presidente SIDNEY BERALDO

Destaca a importância dos economistas no mundo globalizado e com a economia internacionalizada, cujas palavras de ordem são competitividade e produtividade. Elenca os avanços conquistados pelo Brasil na democracia e na área econômica, bem como os desafios a superar. Agradece a todos que colaboraram para o êxito da solenidade. Encerra a sessão.

 

O SR. MESTRE - DE - CERIMÔNIAS - HUGO DANIEL ROTSCHILD - Bem vindos à Assembléia Legislativa e ao Plenário Juscelino Kubitschek para a Sessão Solene, por solicitação do nobre Deputado Sidney Beraldo, com a finalidade de comemorar o Dia do Economista, comemorado no último dia 13 de agosto.

Convidamos para compor a Mesa o Presidente desta Casa, Deputado Sidney Beraldo. Temos a satisfação de convidar e receber nesta Casa o Prof. Heron do Carmo, Vice-Presidente do Conselho Regional de Economia - 2ª região - São Paulo, representando o Sr. Synésio Batista da Costa, Presidente da mesma entidade. Convidamos também o Prof. Marcelo Martinovich, diretor da Ordem dos Economistas de São Paulo, representando o Prof. Juarez Rizzieri, Presidente da mesma entidade. Convidamos o nobre Deputado Estadual e economista Vitor Sapienza; o Sr. José Roberto Cunha, Vice-Presidente do Sindicato dos Economistas do Estado de São Paulo, representando o Sr. Jamil Zantut, Presidente da mesma entidade.

Neste momento o Exmo. Sr. Deputado Sidney Beraldo, Presidente da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, recebe o Toque de Continência, que são as honras concernentes a um Chefe de Poder, pela Banda da Polícia Militar do Estado de São Paulo, sob a regência do maestro 2º Tenente Músico PM Davi Cirino da Cruz.

 

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- É executado o Toque de Continência pela Banda da Polícia Militar do Estado de São Paulo, sob a regência do maestro 2º Tenente Músico PM Davi Cirino da Cruz.

 

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O SR. PRESIDENTE - SIDNEY BERALDO - PSDB - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

 

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- É dada como lida a Ata da sessão anterior.

 

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O SR. PRESIDENTE - SIDNEY BERALDO - PSDB - Temos a honra de saudar o Professor Heron do Carmo, Vice-Presidente do Conselho Regional de Economia de São Paulo, representando o Sr. Synésio Batista da Costa, Presidente do Corecon; Prof. Marcelo Martinovich, Diretor da Ordem dos Economistas de São Paulo, representando o Presidente, Prof. Juarez Rizzieri; Dr. José Roberto Cunha, Vice-Presidente do Sindicato dos Economistas do Estado de São Paulo, representando o Sr. Jamil Zantut, Presidente; Exmo. Sr. Deputado Vitor Sapienza; Dr. Fábio Guedes Garcia Silveira, representando o Dr. Luiz Flávio Borges D’Urso, Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil - Secção São Paulo; Sr. Paulo Brasil, Conselheiro do Corecon - Conselho Regional de Economia da 2ª Região - São Paulo; Coronel Ademir Aparecido Ramos, Chefe da Assistência da Polícia Militar da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo.

Srs. Deputados, minhas senhoras e meus senhores, esta Sessão Solene foi convocada por este Presidente, com a finalidade de comemorar o Dia do Economista. Convido todos os presentes para, de pé, ouvirmos o Hino Nacional Brasileiro, executado pela Banda da Polícia Militar do Estado de São Paulo, sob a regência do maestro, 2º Tenente Músico PM Davi Cirino da Cruz.

 

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-         É executado o Hino Nacional Brasileiro pela Banda da Polícia Militar do Estado de São Paulo.

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O SR. PRESIDENTE - SIDNEY BERALDO - PSDB - Esta Presidência agradece à banda da Polícia Militar, na figura do Tenente Músico PM David Cirino da Cruz.

A Presidência concede a palavra ao Sr. José Roberto Cunha, Vice-Presidente do Sindicato dos Economistas do Estado de São Paulo. (Pausa) Tem a palavra o Prof. Heron do Carmo, Vice-Presidente do Corecon, Conselho Regional de Economia de São Paulo.

 

O SR. HERON DO CARMO - Exmo. Sr. Deputado, Sidney Beraldo, Presidente da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, Exmo. Sr. Deputado Vitor Sapienza, demais autoridades presentes, colegas economistas, é uma honra e uma satisfação para as entidades de classe dos economistas, aqui representadas por mim, que represento o Presidente Synésio Batista da Costa, do Conselho Regional de Economia, e os Presidentes Ordem dos Economistas e do Sindicato dos Economistas, numa homenagem desta Assembléia à categoria dos economistas.

A história do estudo de economia do Brasil data da vinda da família real ao Brasil, em 1808, com a figura do Visconde de Cairú. Tivemos o primeiro curso de economia instalado no Brasil ainda na década de 30; a primeira turma de formandos em economia em 34 e finalmente, em 1951, em 13 de agosto, a profissão foi regulamentada. Desde então temos profissionais economistas participando da atividade produtiva no Brasil, visando preservar patrimônio, criar riquezas e ampliar a eficiência da atividade produtiva.

Neste momento gostaria de homenagear o nobre Deputado Vitor Sapienza com um diploma das entidades de classe dos economistas de São Paulo.

 

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- É feita a homenagem.

 

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O SR. PRESIDENTE - SIDNEY BERALDO - PSDB - Esta Presidência concede a palavra ao nobre Deputado Vitor Sapienza.

 

O SR. VITOR SAPIENZA - PPS - Exmo. Sr. Deputado Sidney Beraldo, Presidente da Assembléia Legislativa, Professor Heron do Carmo, Vice-Presidente do Conselho Regional de Economia, representando neste ato o Sr. Synésio Batista da Costa, Presidente do Corecon; Professor Marcelo Martinovich, Diretor da Ordem dos Economistas de São Paulo, representando o Professor Juarez Rizzieri, Presidente; Sr. José Roberto Cunha, Vice-Presidente do Sindicato dos Economistas no Estado de São Paulo, representando o Sr. Jamil Zantut, Presidente do Sindicato dos Economistas dno Estado de São Paulo.

Meus sSenhores, mMinhas sSenhoras, este Deputado tem a honra de ter cursado Economia na PUC. Porém, para que as coisas sejam colocadas no devido lugar, gostaria de fazer uma digressão a respeito da minha vida profissional, até o momento em que cheguei a esta Assembléia como Deputado.

Formei-me,, muito cedo, em tTécnico em cContabilidade. Em que pese alguns colegas da Assembléia não acreditarem, jogava relativamente bem futebol. As pessoas, hoje, vêem alguém com 1,80 m de altura e pesando 110 quilos e, de certa forma, acreditam que nasci deste jeito. Não. Já fui magro, já fui esportista e, formando-me em cContabilidade com 17 papara 18 anos, decidi parar de estudar porque achava que, para ser jogador de futebol, tTécnico em cContabilidade estava bom até demais.

Na minha vida, Deus sempre agiu de uma forma, muitas vezes até fazendo com que eu sofresse, para que aprendesse. Numa partida, rompi os ligamentos, rompi o menisco, e acabou a carreira de futebol. Alguém que cursava o Curso de Economia disse-me: “olha, o negócio é bom, mas Economia é mais ou menos como um contador pretensioso. Ao invés de ele fazer todos aqueles achegos de cContabilidade, ele também fala um pouquinho sobre o que está acontecendo no país.”

Fiz o vestibular, entrei na PUC. Lá, defrontei-me - os mais idosos sabem bem - com um dos grandes economistas deste país: Prof. Orestes Gonçalves. Penei muito na mão dele porque ele dizia que ninguém passava com ele sem fazer o exame oral. Eu me atrevi e passei. Fiquei marcado. Ele olhou para mim e disse: “Eu te acerto no curso de Ciência das Finanças.”

No terceiro ano, lembro-me bem, ele me deu cinco na primeira prova. Eu imaginava que teria condições de ter uma nota mais alta. Eu me atrevi - já naquela época eu desafiava alguns poderes - a entrar com revisão de prova e me assustaram: “Você vai ver o que vai acontecer.” Depois acabei retirando o pedido de revisão de prova. E no exame oral ele me disse o seguinte: “Não vai ter ponto, vale a matéria toda.” Na época eu era um aluno esforçado, prova disso é que ganhei o Prêmio Leão XIII de melhor aluno da PUC. E valeu a matéria toda. No final, ele olhou e disse: “Olha, você é bom.” E me deu nota dez.

O tempo passou e houve concurso para Agente Fiscal de Renda do Estado de São Paulo. Só fiz a inscrição para agradar a alguns amigos, mas acabei comparecendo no dia da prova. Caiu praticamente tudo aquilo que o Prof. Orestes Gonçalves disse. Eram 320 vagas e fui o 320º lugar. Tomei posse e me mandaram lá para a divisa com Mato Grosso. O que nunca podia imaginar era que o Prof. Orestes Gonçalves fosse o Chefe de Assessoria Econômica da Secretaria da Fazenda.

Lá no cafundó-do-judas escrevi uma carta dizendo que iria pedir demissão porque não agüentava ficar mais. Para se ter uma idéia, o chuveiro - o Presidente Beraldo deve se lembrar - era aquele de puxar uma cordinha. Esse era o chuveiro na época. Escrevi uma carta a ele, dizendo que ia pedir demissão. Ele me pediu que viesse a São Paulo. Naquela semana, Deus mais uma vez me ajudou. Ele foi nomeado chefe do Pladi - Plano de Desenvolvimento Integrado, do Governo Ademar de Barros - que sucedia o PAG - Plano de Ação do Governo Carvalho Pinto.

Dentre outras pessoas, lá estava o Pastore, o Delfim Neto, o Rocca, e este humilde Deputado, na época economista, que, juntamente com o Professor Gonçalves, começou a desenvolver um plano de Desenvolvimento Integrado do Estado de São Paulo.

Lá fiquei por dois anos, pois fui um dos encarregados de desenvolver o concurso ‘Salão da Fortuna’ em São Paulo. Fui para a Secretaria da Fazenda, encontrei Jamil Zantut, como Presidente do Tribunal de Impostos e Taxas, e comecei a acompanhar alguém que, à primeira vista, não causa impressão nenhuma. Mas, no convívio, sabemos que ele faz com que as coisas aconteçam.

As coisas começaram a acontecer. Este Deputado teve condições e oportunidade de conviver com Roberto Campos, com Celso Furtado, com Delfim Neto, com Rocca, com Sayad, e hoje, convive com Eduardo Guardia.

Sem dúvida, para mim, é motivo de grande satisfação ter como Presidente alguém que, como eu, é economista. Como eu, que tenho um apreço por essa carreira, que é muitas vezes tão injustiçada porque não sei se os jornalistas não conhecem efetivamente a função do economista, ou buscam sempre alguém para pagar a conta, e o economista sempre paga a conta. Quando não é um economista, eles arrumam algum médico. Mas, este é um trocadilho - vocês devem ter entendido bem o que estou dizendo.

Para mim, é motivo de honra, de orgulho ser economista, mesmo porque, com toda sinceridade, se eu não fosse, não teria sido delegado tributário, eleito por cinco mandatos e não ocuparia a função que hoje é desse grande Deputado Sidney Beraldo, Presidente da Assembléia Legislativa. Agradeço a Deus por esta oportunidade de ser economista.

Muito obrigado. (Palmas.)

 

O SR. MESTRE - DE - CERIMÔNIAS - HUGO DANIEL ROTSCHILD - Convidamos, este momento, o Sr. Paulo Brasil, conselheiro do Corecon - Conselho Regional de Economia, para, em nome da entidade, fazer entrega de uma lembrança ao Presidente da Assembléia Legislativa, Deputado Sidney Beraldo.

 

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-         É prestada a homenagem.

 

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O SR. MESTRE - DE - CERIMÔNIAS - HUGO DANIEL ROTSCHILD - Anunciamos as palavras do nobre Deputado Sidney Beraldo, Presidente da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo.

 

O SR. PRESIDENTE - SIDNEY BERALDO - PSDB - Saudamos, mais uma vez, a todos os já anunciados anteriormente pelo nosso Cerimonial. Saudamos as entidades do Conselho Regional, da Ordem dos Economistas, do Sindicato, que representam esta cadeira acadêmica mais antiga do País, com mais de 25 mil associados espalhados por este Estado. É uma honra para nós termos esta oportunidade de comemorar o Dia do Economista.

Quero saudar o nosso companheiro, amigo, nobre Deputado Vitor Sapienza, que é um economista que tão bem representa esta profissão nesta Casa, e desenvolve com muita competência, ao longo da sua vida como um representante desta categoria, trabalhando na Fazenda, através da sua representação na Assembléia Legislativa, membro atuante da Comissão de Finanças, Ex-Presidente desta Casa, com quem aprendemos muito no exercício do nosso mandato.

Quero dizer mais uma vez da nossa honra e alegria de termos esta oportunidade. Como já foi dito aqui, a cadeira acadêmica de economista é uma das mais antigas do País. Em 2008 comemoraremos 200 anos e aconteceu numa época que marcou uma certa transição no país, 1808, com a vinda de D. João VI, com a abertura dos portos.

Naquela época as autoridades já sentiam a importância e a necessidade de formarmos economistas.A economia desenvolve todas as ações que têm como fundamento principal a produção; sempre teve a sua importância e, no mundo atual, moderno, muito mais. Porque vivemos hoje, mais do que nunca, num mundo globalizado, com a economia internacionalizada, cujas palavras de ordem são competitividade e produtividade. Isso passa pelos fundamentos da economia, pela capacidade de gerenciamento, de aproveitamento dos recursos disponibilizados pela sociedade, pelo país, pelas empresas, pelas famílias. Sem dúvida essa ciência, que sempre foi muito importante, no mundo atual é ainda muito mais.

Embora todos reconheçamos as dificuldades e os desafios que ainda temos pela frente, nesses últimos anos avançamos muito no que se refere à democracia. Vivemos um período de consolidação da nossa democracia, que é importante como instrumento de mudanças com a participação de toda a sociedade. Também avançamos muito na área de reestruturação do país, nessa área da economia.

Aprovamos a Lei de Responsabilidade Fiscal que, ao meu ver, é um parâmetro que realmente mudou a gestão pública neste país. É uma lei que realmente pegou, importante, para que a gente possa ter cada vez mais responsabilidade com os orçamentos públicos, de se gastar aquilo que é arrecadado; o arcabouço jurídico que temos hoje do ponto de vista da formatação dos nossos orçamentos públicos, através da Lei de Diretrizes Orçamentárias, da Lei do Orçamento, do PPA, que são conquistas recentes, dos últimos anos, mas que dão uma consistência importante.

Sem dúvida, cada vez mais a democracia e a economia são consolidadas e esses conceitos cada vez mais permeiam a consciência de toda a sociedade. Cada vez mais, colocamos este país no sentido do desenvolvimento econômico sustentado, que é o que todos desejamos: um desenvolvimento econômico que possa ser inclusivo, que possa combater as desigualdades sociais e promover o bem-estar da população.

Hoje os desafios são enormes: políticos, sociais, na área da Justiça. Mas sabemos que o desenvolvimento econômico traz o bem-estar à população e através dele, outras soluções que hoje parecem difíceis começam a ficar mais fáceis.

Por isso o economista tem um papel importante e extraordinário na sociedade.

Encerro aqui as minhas palavras, pedindo a Deus que ilumine os economistas, para que possamos ter desenvolvimento econômico com inclusão, igualdade social, e que esse país possa realmente aproveitar todo esse potencial que temos; transferir não só a alguns, mas a toda a sociedade brasileira.

Parabéns a todos e muito obrigado pela oportunidade de estarmos aqui comemorando esse dia. Muito obrigado e uma boa tarde a todos. (Palmas.) Está encerrada a presente sessão.

 

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-         Encerra-se a sessão às 10 horas e 52 minutos.

 

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