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25 DE JUNHO DE 2012

041ª SESSÃO SOLENE EM HOMENAGEM A “TINOCO DO BRASIL E À MÚSICA SERTANEJA DE RAIZ".

 

Presidente: LUIZ CARLOS GONDIM

 

RESUMO

001 - LUIZ CARLOS GONDIM

Assume a Presidência e abre a sessão. Nomeia a autoridades presentes. Informa que o Presidente Barros Munhoz convocara a presente sessão solene, a requerimento do Deputado Luiz Carlos Gondim, na direção dos trabalhos, em "Homenagem a Tinoco do Brasil e à Música Sertaneja de Raiz". Convida o público para, de pé, ouvir o "Hino Nacional Brasileiro". Anuncia a apresentação musical da dupla Cacique e Pagé.

 

002 - MARCOS CORRÊA

Prefeito do Município de Pratânia, cidade natal do homenageado, saúda e parabeniza o Deputado Luiz Carlos Gondim e demais presentes. Discorre a respeito da música "de raiz", destacando a carreira da dupla Tonico e Tonico e sua relação com o Município de Pratânia, no Interior de São Paulo. Clama a todos para que lutem pela preservação da cultura caipira e agradece aos presentes pela homenagem.

 

003 - Presidente LUIZ CARLOS GONDIM

Anuncia a apresentação musical da dupla Mogiano e Mogianinho. Anuncia a apresentação de vídeo sobre a Orquestra de Violeiros de Mauá.

 

004 - JOÃO DE DEUS MARTINEZ

Representando a Orquestra de Violeiros de Mauá, saúda a todos os presentes e agradece ao Deputado Luiz Carlos Gondim pela cerimônia. Discorre sobre a carreira do homenageado e destaca sua importância no cenário musical. Comenta sobre o trabalho da Orquestra de Violeiros de Mauá, interpretando as músicas de Tonico e Tinoco. Relata caso verídico ocorrido com a dupla e agradece a todos pela homenagem.

 

005 - Presidente LUIZ CARLOS GONDIM

Anuncia a apresentação musical do cantor Juliano Luis Soares.

 

006 - MOACYR FRANCO

Ator, cantor e compositor, apresentador de TV e ex-Deputado Federal, saúda os presentes, em especial o Deputado Luiz Carlos Gondim. Lembra seu mandato como deputado federal, onde lutou pela programação qualidade nas estações de rádio do Brasil. Discorre sobre acontecimentos de sua infância na Fazenda Monte Azul, no Interior de São Paulo. Comenta acerca de sua relação com a dupla de músicos Tonico e Tinoco. Declama poema de sua autoria.

 

007 - JOSÉ CARLOS PEREZ

Filho do cantor Tinoco, agradece ao Deputado Luiz Carlos Gondim pelo evento em homenagem a seu pai. Saúda todos os presentes. Relembra fatos da carreira de Tinoco e discorre sobre sua atuação fora do campo artístico, destacando sua grandeza como ser humano. Agradece a todos pela homenagem prestada.

 

008 - Presidente LUIZ CARLOS GONDIM

Anuncia a apresentação musical do cantor Tinoquinho. Relata como surgiu a ideia de prestar a homenagem a Tinoco, em solenidade nesta Casa. Comenta a importância da música "de raiz" no contexto cultural brasileiro. Destaca a dupla Tonico e Tinoco dentro deste cenário musical. Relembra fatos de sua vida, em especial quando tomou contato com o universo da música sertaneja. Informa que esta sessão solene deverá ser transmitida pela TV Alesp em data oportuna. Faz agradecimentos gerais. Encerra a sessão.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Luiz Carlos Gondim.

 

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O SR. PRESIDENTE – LUIZ CARLOS GONDIM - PPS - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Com base nos termos da XIV Consolidação do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.

 

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- É dada como lida a Ata da sessão anterior.

 

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O SR. PRESIDENTE – LUIZ CARLOS GONDIM - PPS – Senhoras e senhores, pedindo a proteção de Deus, damos inicio a essa Homenagem a Tinoco do Brasil e a Música Sertaneja de Raiz.

Sob a proteção de Deus iniciamos os nossos trabalhos. Nos termos regimentais esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior.

E fazemos aqui a nomeação das autoridades presentes. O nosso querido José Carlos Perez, filho do Tinoco, quero também cumprimentar o Tinoquinho que está aqui. Cumprimentar o Sr. Marcos Corrêa, prefeito da cidade de Pratânia; Sr. Carlos Lampião Magon, Presidente da Câmara Municipal de Jaú; Sr. Bruno Soller, representando o deputado federal Roberto Freire do PPS; Sr. Evandro Clovis, apresentador do programa de televisão Morada da Viola, transmitido pela TV NET. Obrigado pela presença. Sr. Alexandre Curiati, representando o Deputado Antonio Salim Curiati, cadê o nosso amigo de Avaré? Sra. Maria José Franco, Presidente, editora chefe do Jornal Sertanejo e Presidente do Instituto Beneficente Brasileiro Recanto do Artista. Muito obrigado pela sua visita e parabéns pelo trabalho. Sra. Neire Moretti, filha do Tinoco, acompanhada do seu esposo, Sr. Gentil Adão Penhalber e dos netos Maria de Fátima e João Carlos Moretti.

Senhoras deputadas, senhores deputados, minhas senhoras e meus senhores. Esta sessão solene foi convocada pelo Presidente efetivo da Casa Deputado Barros Munhoz, atendendo solicitação deste deputado, com a finalidade de prestar homenagem a Tinoco do Brasil e a Música Sertaneja de Raiz. Convido a todos os presentes para de pé ouvirmos o Hino Nacional Brasileiro, em gravação reproduzida pelo serviço de Audiofonia desta Casa.

 

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- É executado o Hino Nacional Brasileiro.

 

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O SR. PRESIDENTE – LUIZ CARLOS GONDIM – PPS – Gostaríamos aqui também de nomear o Sr. Eduardo Pereira, vice-Prefeito de Bertioga.

Eu vou deixar para falar posteriormente, e vamos passar aqui ao nosso grande evento. Vamos assistir agora a apresentação musical da dupla Cacique e Pagé, com Araújo no berrante. Eles interpretarão a música “Chico Mineiro”.

Eu gostaria de dizer a todos que faremos uma sessão totalmente descontraída, porque é a característica que tinha Tinoco e Tonico. Quero também cumprimentar o Sr. Takao Yonemura, vice-Prefeito de Pilar do Sul, acompanhado do nosso vereador Enivaldo Dias de Almeida. Parabéns e obrigado pela presença.

Gostaríamos também de registrar e convidá-lo para fazer parte da Mesa o Sr. Moacyr Franco, meu grande amigo. Quem não cantou as músicas de Moacyr Franco! (Palmas.)

 

O SR. ORADOR – Aqui Deus é supremo. (fala indígena) Graças a ele eu trago um abraço bem apertado, uma boa noite do Cacique, um abração bem apertado e um boa noite do Page. Queremos agradecer a Deus pelos preparadores dessa reunião, esta homenagem tão maravilhosa ao nosso ídolo, nossos ídolos Tonico e Tinoco que foram também os nossos padrinhos. Através de Tonico e Tinoco que surgiu Cacique e Pagé, quando a gente começou, tive a felicidade de conhecer também Moacyr Franco que pos nós num programa que nunca tinha entrado viola. Pois esses dois índios para cantar deu Ibope, voltamos umas três vezes cantar com ele. Ele tinha um programa na Rádio Tupi, TV Tupi, parabéns Moacyr Franco. Desde esse tempo nunca mais vi o Moacyr Franco, hoje que eu vejo ele aqui, e é um prazer estar presente.

Cantaremos pra vocês a música que é o Hino da Música Sertaneja que Tonico e Tinoco fez muito, muito sucesso e shows com essa música. Se eles fossem no show e não cantasse essa música não tinha show. Então vamos lá cantando para todos, peço que todos cantem o Hino da Música Sertaneja que todo mundo conhece. Cantando todo mundo junto “Chico Mineiro” e o Araujo no berrante vai acompanhar, fazendo um declamado e tocando o berrante, sempre como esse boiadeiro tocava. (Palmas.)

 

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- É feita a apresentação musical.

 

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O SR. PRESIDENTE – LUIZ CARLOS GONDIM – PPS – Obrigado, Cacique e Pagé vocês são formidáveis.

 

O SR. ORADOR – Muito obrigado. Deus abençoe a todos e até uma próxima. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE – LUIZ CARLOS GONDIM – PPS – Passamos agora a palavra ao Prefeito Marcos Corrêa, da Cidade de Pratânia, cidade onde nasceu Tinoco.

 

O SR. MARCOS CORRÊA – Boa noite a todos, cumprimentando especialmente a composição da Mesa, Presidente Deputado Luiz Carlos Gondim, parabenizando V. Exa. por esta iniciativa fantástica de trazer o coração do Brasil para dentro da Assembleia, e a verdadeira cultura paulista que representou e representa Tonico e Tinoco. Ao Sr. Moacyr Franco, grande artista, representando a classe dos artistas presentes, ao Vereador Carlos Lampião Magon, representando as lideranças políticas aqui presentes, aos familiares de Tonico e Tinoco e todos os presentes.

É com satisfação muito grande que nós estamos aqui. Temos a honra de ser a cidade mãe de Tonico e Tinoco. Para falar de Tonico e Tinoco eu vou lembrar, eu vou passar algumas lembranças aqui para ver da importância, tentar lembrar um pouco mais da importância desses dois grandes brasileiros. Tonico e Tinoco natural de Pratânia. Para quem conhece e acompanha a música de raiz Carrerinho, Bofete e Pardinho disputam. Carrerinho foi um outro grande compositor da música de raiz. Zé da Estrada também nascido em Pratânia; grande compositor Raul Torres de Botucatu; Belmonte da dupla Belmonte e Amarai de Barra Bonita. São apenas algumas expressões que lembramos do chamado Médio Tietê. Médio Tietê pega aproximadamente de Porto Feliz e vai até a nossa região, próxima a Bauru. Esse grande Médio Tietê é o coração do Estado de São Paulo da música raiz. Professor e político gosta de fazer provocação, por isso a gente faz a provocação dizendo o seguinte: o ciclo da música de raiz pega o Médio Tietê. E nós temos a honra, Pratânia tem a honra de ser a cidade onde nasceu a maior dupla de música raiz do Brasil, Tonico e Tinoco.

Com mais de 83 LPs gravados, mais de 150 milhões de cópias vendidas, Tonico e Tinoco levou a cultura paulista para o Brasil todo. Quem é que não conhece a moda, como nós caipiras chamamos, a moda “Cabocla Tereza”, “Tristeza do Jeca”, enfim, entre tantas outras que popularizou a maior e aí vamos puxar o braço para nós paulistas, a maior cultura que irradiou para todo resto do Brasil, que é a cultura caipira.

Não poderia deixar de estar presente aqui hoje, agradecer imensamente ao Deputado Luiz Carlos Gondim, que teve essa sensibilidade de prestigiar um dos grandes para não entrar em briga, entre os maiores sem dúvida, mas para mim a maior dupla. Eles não só cantavam as canções caipiras do nosso lado, como diz o bom caipira, eles cantavam a nossa cultura. Tonico e Tinoco cantou a nossa cultural. Nós temos ainda Parceiros do Rio Bonito, que foi o livro escrito pelo grande professor Antonio Cândido, que pega a nossa região. Eles levaram a nossa cultura para o resto do Brasil.

Tonico e Tinoco, como nós já vimos, eles não morreram. E, aliás, há uma questão filosófica que diz que as pessoas não morrem, porque todas as vezes que nós cantamos uma fala dela, que nós lembramos um pensamento dela ela está viva. Tanto é que Tonico e Tinoco sem dúvida alguma estão vivos aqui entre nós neste momento e perdurarão por muito tempo pela grande obra que fizeram.

Senhores, obrigado pela presença. Visitem nossa cidade Pratânia e sem dúvida nenhuma vamos lutar para que essa cultura caipira continue. Todo ano fazemos em Pratânia o Festival de Música Raiz, viola, violão e gogó, para que as pessoas ainda lembrem, e se lembrem da forma simples, mas verdadeira da música.

Deputado Luiz Carlos Gondim, mais uma vez obrigado pelo convite, por estar aqui, e obrigado por ser o deputado que você é, tendo essa sensibilidade de nos lembrar do nosso povo do interior que está aqui hoje representado na Casa de Leis do Estado de São Paulo, a maior Casa de Leis do Brasil. Muito obrigado pela presença de todos. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE – LUIZ CARLOS GONDIM – PPS – Dando continuidade, assistiremos agora a apresentação musical da dupla Mogiano e Mogianinho.

Mogiano e Mogianinho, ao invés de uma música, queremos duas. Estão intimados.

 

O SR. MOGIANO – Boa noite a todos. O abraço do Mogiano, o abraço do Mogianinho. Boa noite a todos vocês.

Alguns agradecimentos. Primeiramente a Deus por este momento de nós podermos estar aqui com saúde, com muita força, nervosismo de tudo aqui porque falar de Tonico e Tinoco numa homenagem dessa é muita coisa para o Mogiano e Mogianinho. É muita responsabilidade nessa Casa de Leis.

Agradecer a Deus, agradecer o grande Deputado Luiz Carlos Gondim por esta iniciativa, por essa idéia, por essa homenagem, à família Tinoco Perez, que está aqui também, enfim, a família sertaneja que não perdeu Tonico e Tinoco, continuam vivos ainda por esse Brasil afora, através de suas gravações e tudo que fizeram pela música de raiz sertaneja.

Vamos cantar para todos vocês a música de maior sentimento da dupla Coração do Brasil Tonico e Tinoco, acompanhado e agradecendo também os nossos velhos amigos, o Cacique e Pagé. Porque Cacique e Page, Mogiano e Mogianinho e tantas outras duplas foram apadrinhados pela dupla Coração do Brasil Tonico e Tinoco. A nossa homenagem, a nossa saudade, porque esses dois mitos deixaram uma lacuna cheia de amor, cheia de felicidade, plantaram a semente da música sertaneja, da música cabocla, a nossa música regional brasileira, a nossa música verdadeira verde e amarela.

Com a maior humildade e simplicidade de dois brasileiros, Tonico e Tinoco em “Tristeza do Jeca”, o clássico da música sertaneja. (Palmas.)

 

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- É feita a apresentação musical.

 

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O SR. ORADOR – Viva Tonico e Tinoco, a dupla Coração do Brasil! (Palmas.) A pedido do deputado, outra música. Dupla sertaneja que tenta o repertório de Tonico e Tinoco tem que cantar moda de viola. (Palmas.)

 

O SR. ORADOR – Quero dizer a vocês que em vida com os nossos amigos Tonico e Tinoco nós fizemos dois trabalhos, Primeiro e Segundo Volumes, a maior dupla de todos os tempos, nós fizemos em vida dois trabalhos em homenagem a maior dupla de todos os tempos. Tributo à dupla Coração do Brasil Tonico e Tinoco. Não morrerão, ficarão eternamente conosco. É a nossa vida da música sertaneja. (Palmas.)

 

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- É feita a apresentação musical.

 

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O SR. PRESIDENTE – LUIZ CARLOS GONDIM – PPS – Assistiremos agora a apresentação de um vídeo com a Orquestra de Violeiros de Mauá. (Palmas.)

 

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- É feita a apresentação do vídeo.

 

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O SR. PRESIDENTE – LUIZ CARLOS GONDIM – PPS – Convidamos agora o Sr. João de Deus Martinez, para fazer uso da palavra.

 

O SR. JOÃO DE DEUS MARTINEZ – Sobre a inspiração e os dons de Deus, a nossa Orquestra de Violeiros de Mauá da qual estou aqui representado por vários componentes, saúda a todos nesta noite maravilhosa. Saudamos os componentes da Mesa, saudamos o querido prefeito de Pratânia, que teve a ousadia e o bom gosto de fazer ali a réplica totalmente igual da casa do Tinoco em Pratânia, na qual estivemos várias vezes, e também o Sr. Manuel, homenageando o Tinoco. Homenageamos também o nosso querido Moacyr Franco que tanta inspiração também dá para a nossa música, criando belas páginas da música sertaneja.

Nessa noite em que nós consagramos todo o nosso sentimento ao querido Tinoco, do qual estivemos presente no seu velório, foi uma breve despedida, ficamos emocionados porque falar de Tinoco é uma coisa muito difícil. Mas tenho certeza de que qualquer um de vocês, se estivesse no meu lugar, falaria a mesma coisa. O Tinoco foi nosso guia, foi nossa inspiração para que essas músicas colocassem no nosso coração aquela coisa gostosa da família, de Deus, da natureza, tudo aquilo que nos dá inspiração. E nós que viemos da roça sabemos o quanto isso representa.

Quando a nossa Orquestra de Violeiros vai cantar em algum lugar, as pessoas se emocionam quando cantamos as músicas do Tonico e Tinoco, porque se lembram dos avós, dos pais. E uma coisa é certa, quando alguém fala que eles falavam um linguajar um pouco caipira, da qual nós somos caipiras também, estavam falando a verdadeira língua tupi guarani, porque eram descendentes de índios a mãe.

Para nós, é uma satisfação muito grande receber esse convite e a nossa Orquestra de Violeiros sente-se gratificada pela oportunidade que nós temos de estar aqui. Nós é que agradecemos de termos recebido este convite, de estarmos juntos com vocês que sempre amaram e eternamente vão ter Tinoco no coração.

E pedi para a família se eu pudesse contar só um causinho engraçado do Tinoco e a família autorizou, não ridicularizando porque eles só merecem coisas boas. Mas Tinoco, nos momentos que estivemos juntos em algumas apresentações, contava um caso engraçado, e um deles foi um carro que eles compraram porque a locomoção era difícil naqueles tempos para ir nos circos, pavilhões pelo interior afora, era de jardineira, trem e havia dificuldade. Resolveram comprar um carro. Daí aconteceu o seguinte, ele falando para a gente: “Ei! João de Deus, nois não podia mais andar de jardineira e nem de trem, aí então nois foi na Vila Formosa, lá na loja do Melado, e compramos um Chevrolet 52. Nois deu 10 mil cruzeiro de entrada e 10 prestação de mil cruzeiro. Aí nós viemos embora. Hiii! Mas o carro mais faiava do que funcionava, era uma barulheira, uma fumaceira, mas nós levou assim memo. Mas uma noite eu estava dormindo assim de madrugada bateram na minha janela. Naquele tempo as casas não tinham muro. Uma pessoa chamou: Tinoco, Tinoco, acorda! Roubaram o seu carro. Eu tirei a tramela da janela e abri, e o que está acontecendo? Roubaram o seu carro Tinoco! Foi pra baixo ou foi pra cima? Pode deixar o motor vai ferver e daqui a pouco eu vou buscar ele lá. Daí sabe o que a gente resolveu? Tonico, vamos devolver esse carro porque a gente vai ficar a pé, pior que tartaruga. Daí nois chegamos no Melado e falamos assim: Melado não da para nois fica com esse carro, vamos fazer o seguinte, nois deve a entrada de mil cruzeiro e você fica com o carro. Daí o Melado falou assim: não Tinoco, faz o seguinte, você não precisa pagar mais a prestação, mas leva essa porcaria embora daqui!” Muito obrigado. (Palmas.)

Tinoco aí do céu, nossas homenagens, meu querido. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE – LUIZ CARLOS GONDIM – PPS – Assistiremos agora a apresentação musical do cantor Juliano Luis Soares, com a música “Bom Jesus de Pirapora”, de autoria de Ado Benatti e Serrinha. (Palmas.)

 

O SR. JULIANO LUIS SOARES – Boa noite a todos, boa noite de coração. Obrigado à Mesa pela oportunidade que o Deputado Luiz Carlos Gondim está me dando aqui. Um abraço, José Carlos filho do Tinoco, Tinoquinho, meus amigos, prefeito de Pratânia, ao grande Moacyr Franco, obrigado mesmo por tudo aí e todos os presentes.

E vamos fazer música que todo mundo quer ouvir. (Palmas.)

 

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- É feita a apresentação musical.

 

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O SR. JULIANO LUIS SOARES – Eu vou cantar mais uma música. Vou falar um pouco, mas vou ser breve. Eu me emociono cantando essa música porque eu sou de Jundiaí, São Paulo, mas tive parte da minha criação na Fazenda São Miguel, em Itatiba, onde nasceu e morou o meu bisavô, bisavó, meu avô, meu pai, e quando a gente se reunia em volta da fogueira no final da tarde, à noite a gente sempre fazia as cantorias. Meu avô era gaitista, gaita de boca, como eu toco também, e uma das músicas mais lindas que eu já vi na minha vida e mais emocionante porque quando a minha bisavó morreu o meu bisavô cantava pra ela, chama: “Saudade de Maria”. (Palmas.)

 

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- É feita a apresentação musical.

 

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O SR. PRESIDENTE – LUIZ CARLOS GONDIM – PPS - Obrigado. Ouviremos agora as palavras do meu amigo particular Moacyr Franco, e pode cantar também. (Palmas.)

 

O SR. MOACYR FRANCO – Boa noite, pessoal. Não vou dizer que não estava preparado para isso porque nessa altura da vida eu estou preparado pra qualquer coisa.

Primeiro quero dizer que já participei de cerimônias em toda parte, de toda natureza, já fui homenageado de muitas formas, mas nunca me senti tão à vontade e tão feliz como nesta noite aqui. (Palmas.)

E a primeira coisa que eu quero deixar registrado é um protesto meu quanto à programação das rádios, e até ao modo como o governo distribui e entrega as concessões de rádio. Eu fui deputado federal para quem não sabe, fiquei lá de 83 a 87, e tentei um dia, apresentei um projeto em que ficava obrigatório a execução de música sertaneja e naturalmente era desse gênero, desse tipo, em 10% da programação. E foi rejeitada na primeira Comissão de Justiça por ser inconstitucional, não se pode fazer isso. E eu acho que podia aqui agora mais do que nunca, porque nunca o rádio e a televisão foram tão mal usados como hoje em dia. (Palmas.)

Vocês mexeram comigo, mexeram com o meu coração, porque eu sou caipira, eu nasci na roça num lugar chamado Fazenda Monte Azul em Ituiutaba, e até os 12 anos eu morava na roça. E meu pai tinha um rádio de pilha de verdade, aquela pilha que tinha 30 centímetros de comprimento, um trem, um trambolho, a antena ela era lá fora, um fio amarrado, inclusive a coisa que segurava a antena era um negócio assim de vidro muito bonitinho. E o meu pai acordava muito cedo como todo caipira e ligava o rádio no Nho Zé. Então os primeiros sons que eu escutei na minha vida foram Torres e Florêncio e Riele, eu decorava até o comercial que era do Sabão Pinheiro, depois mais tarde passou, trocou para o Sabão Minerva, e eu até não entendia porque agora eles estão falando bem do outro sabão e tal. Eu me lembro até do hotel que o Nhorecomendava, que era um hotel aqui na Estação da Luz, Hotel Saturno. E meu maior sonho era um dia conhecer São Paulo, e o primeiro lugar dessa capital que eu queria ver não era nem o Martinelli nem o Viaduto do Chá nem nada, era o Hotel Saturno.

Então, essas coisas marcaram demais na minha história e na minha formação. E talvez seja por isso que o meu verso seja um verso meio batatinha quando nasce, eu sou quadrado para compor. E as coisas mais bonitas que eu escrevi, se é que assim os são, foram nessa direção. “Filho de Maria”, “Milagre da Flecha” e vai por aí. E eu tinha uma frustração, eu tinha uma música que eu queria mostrar muito ao Tonico e Tinoco e nunca consegui. Nós íamos gravar um disco, eu gravei um CD chamado “Inteligência é Loucura” que a capa é uma cachorra com o filhote, e o Vinicius Juarez, da Sinfônica de Campinas, achou muito bonito o jeito como eu conduzi os arranjos que eu fiz meio moda de viola e meio sinfonia. E ficou programado da gente fazer um show juntos lá em Campinas com a Sinfônica. Infelizmente o Tonico faleceu. E isso ficou comigo, a história da música que eu ia dar pra eles, que se chama “Rosa sem Espinho”. Um dia eu gravo isso aí em homenagem a eles. Mas a letra era a seguinte, a história de uma nega veia que trabalha numa pensão, numa dessas corruptelas de beira de estrada, numa cidadezinha pequena, e um dia encontra um menino cego, abandonado. E ela adota esse menino. O menino foi crescendo, a cidade também foi crescendo e ela foi aconselhando o menino, cuidando dele, era cozinheira numa pensão, e o menino começou a ficar revoltado com a vida por não enxergar. E a letra conta o jeito, as várias maneiras que a gente tem de enxergar o mundo. Mas o menino, depois de 10, 12 anos, na adolescência ficou muito revoltado e violento, e num belo dia, lá pelos 14 anos, ele mata a mãe adotiva, dona Rosa. Sufoca com um travesseiro. E quando chega o médico correndo, a vizinhança chama o médico para socorrê-la e tudo, ele chega e vê que não tem mais nada o que fazer, olha para o menino que está acuado num canto e fala: menino vamos correr para o hospital, ela deixou os olhos pra você. O último verso dessa música é assim, Zé Simão eu botei o nome no garoto. “Zé Simão agora já enxerga, pode até caminhar sozinho, mas jamais chegara ao céu, só ela sabia o caminho”. (Palmas.)

Eu tenho convicção de que o mundo acabou, está programado para acabar agora em dezembro, mas já acabou há muito tempo, quando saiu das mãos dos caipiras. Enquanto a gente tinha que arar com a mão com arado, enquanto a gente tinha que capinar e plantar, cavoucar o chão e semear o milho a vida era muito mais bonita. No dia que inventaram a maquinaria acabou tudo. E vai acabando a nossa história.

Essa música que se chamava “Inteligência é Loucura” tem três versos com os quais quero encerrar a minha fala, antes agradecendo a quem teve a ideia de promover isso que eu chamaria de festa, esse momento definitivamente inesquecível, não sei se essa Casa terá tido um dia mais digno do que esta noite. (Palmas.) Então eu agradeço muito ao deputado Luiz Carlos Gondim, se foi ele que promoveu. Agradeço a presença do prefeito de Pratânia, de todos vocês que estão aqui nesta noite. E eu termino com esses versos falados aqui da minha moda de viola “Inteligência é Loucura”.

“Inteligência é loucura, inteligência é coisa de homem, o único animal que se vinga, que odeia. Eu vi a flor se arrastando, as asas se agarrando às asas de um colibri. Ela implorava chorando: vê se me leva daqui. A vida vai se acabando nesse planeta infeliz. De que valeu o progresso? Pra que as duas culturas? Um mundo louco e possesso, doença em vez de fartura. Queria ser um morango, inteligência é loucura. Que seja um homem feliz quem tem no bicho um irmão, quem deite e acorde sorrindo e ensine ao filho o perdão. Que seja a minha riqueza o que couber nesta mão”. Boa noite. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE – LUIZ CARLOS GONDIM – PPS – Eh Tinoco! Eh Tonico! Essa Presidência concede a palavra ao Sr. José Carlos Perez, filho do Tinoco.

Quero pedir às duplas para se prepararem, porque eu queria pedir uma música especial que é “Aparecida do Norte”.

Vamos ouvir a palavra do Sr. José Carlos Perez.

 

O SR. JOSÉ CARLOS PEREZ – Primeiramente boa noite a todos vocês, ao Deputado Luiz Carlos Gondim, que já no dia do velório do meu pai me procurou através do Marcelo, dizendo que ele queria ter feito isso antes e que ele não conseguiu. Eu falei, então vamos fazer porque o meu pai está vivo através de cada um de nós.

Quero agradecer ao prefeito de Pratânia, a todas as autoridades aqui presentes, aos amigos, a minha irmã, meu cunhado, meu sobrinho, meu irmão Tinoquinho, Mogiano e Mogianinho, Cacique e Pagé. Maria, ela que deu vida ao meu pai nesses dois últimos anos, não posso esquecer de você. Obrigado. (Palmas.) Ao Manoel da Pousada, com o qual tenho, aqui em São Bernardo do Campo, uma Casa Cultural do Tonico e Tinoco, e, por favor, Manoel, levante um pouquinho. (Palmas.) Tem lá na Pousada dos Pescadores, no quilômetro 36 da Estrada Velha de Santos, uma Casa Cultural dedicada a Tonico e Tinoco já há quase 10 anos, e mostra para todo mundo que vai lá todo fim de semana o quanto é importante o Tonico e Tinoco ainda no Brasil. Então, nem meu pai, nem meu tio partiram, eles estão aqui, e estão aqui cantando através de todos vocês.

Acho que quanto ao cantor todo mundo já falou, todo mundo conhece a história do Tinoco. Mas eu queria falar só um minutinho do homem, do José Perez, esse só alguns de nós conhecemos. Com um coração que não cabia nele, deputado, que fez da música a vida, e dessa vida gerou outras vidas, e que essas vidas como eu, meus irmãos, meus sobrinhos, meus filhos, a Família Perez foi construída com todo esse amor pela música sertaneja. Então acho que a maior herança que ele nos deixou é o caráter, a dignidade e o amor pela nossa terra chamada Brasil. Ele se foi apenas a carne, o osso, mas o sentimento dele, a vida dele está plantada em cada um de nós. Em cada show que a gente chegava, deputado, eles falavam: nossa, que coisa linda! Mais um show que nós fizemos. Ele se emocionava a cada fã que vinha tirar uma foto com ele. Isso é digno apenas das pessoas que tem sensibilidade de ter aquilo que ela quer transmitir. E ele era feliz assim, não importava se fosse um diretor de uma empresa ou se fosse uma faxineira, ele recebia com um sorriso e se oferecia já para tirar foto. Vamos tirar uma foto? Ele queria deixar registrado em cada um que ele pudesse alcançar. Ele dizia que queria estar presente lá.

Eu só quero dizer, deputado, agradecer mais uma vez todo esse amor, esse carinho do senhor e da sua equipe que promoveu essa festa bonita e está promovendo. Que nos últimos cinco meses o Tinoco não conseguia viajar mais, tinha muita dificuldade de locomoção, show aqui, até 200 quilômetros, a gente conseguia ir. Então nós fizemos um programa na internet e colocamos na TV de Guarulhos e ele estava muito feliz porque era através desse programa que ele contava as histórias de Pratânia, das festas, dos bailinhos lá do Guaratã, de São Manoel, de Botucatu, das viagens que ele fazia ou que ele fez, ou que ainda ele iria fazer, ele contava no programa. E esse programa, hoje, deputado, eu continuo ele com muito carinho através da internet. Está lá a minha equipe, o Miguel, o Joaquim, no Sertão Brasil que vai continuar a obra do Tinoco e do Tonico. Então, a única coisa que eu peço, deputado, e a todos presentes aqui, que possam fazer que essa obra continue não só através do Sertão Brasil, mas através de cada um de vocês. Porque foi cada um de vocês a razão da vida do meu pai até a uma hora e 41 minutos do dia 4 de maio. Um beijo, obrigado, e que Deus abençoe a todos. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE – LUIZ CARLOS GONDIM – PPS – Assistiremos agora a apresentação musical do cantor Tinoquinho com a música “Moreninha Linda”.

 

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- É feita a apresentação musical.

 

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O SR. TINOQUINHO – Boa noite, boa noite a todos os amigos presentes. Boa noite, autoridades, boa noite a todos vocês, militares, pessoal do som muito obrigado por esse carinho. Ao nosso deputado Luiz Carlos Gondim, que graciosamente, carinhosamente promoveu essa homenagem ao meu papai Tinoco. Obrigado ao Moacyr Franco, nosso irmão. Hoje a gente chora de saudades não é, Moacyr? A gente tem que se lembrar do papai com as coisas boas que ele nos ensinou.

Eu, como fui adotado, como filho fico muito emocionado, porque fiz parte dessa história, porque Deus quis assim, dessa forma. Deus quis que eu continuasse esse trabalho, e eu vou continuar com muito amor, muito carinho, eu junto com os meus irmãos. Aqui o meu irmão João que viajou muitos anos com Tonico e Tinoco, meu irmão Zé Carlos, a gente vai continuar esse projeto da nossa música raiz, viu Moacyr? Para que ela não morra nunca, para que ela perdure para sempre. Porque hoje, hoje é a nossa vez. A música sertaneja, ela não vai morrer nunca mais, vai ficar sempre no coração de cada um de vocês. Hoje a mídia também está começando a querer tocar, infelizmente a gente sabe que é de outra forma, mas o povo quer, o povo exige, então a gente vai continuar.

Esse CD eu gravei em homenagem, em tributo a Tonico e Tinoco, como eu tive um AVC gente, vai fazer dois anos, eu caí, por isso eu estava afastado, e o meu papai gravou uma música que o coração do Brasil aqui comigo, e quero dedicar, já está dedicada, oferecer ao meu deputado Luiz Carlos Gondim. É um presente por esta noite, com muito carinho pra você. Eu vou te entregar daqui a pouco. Vamos alegrar esse ambiente, pois eu tenho certeza de que não só o meu pai está aqui, mas o Tonico está junto com ele, de mãos dadas, recebendo carinhosamente, humildemente, esta homenagem que todos nós estamos prestando, todos vocês.

Quero agradecer também a presença do Cunha, que é um amigo que foi segurança do meu papai nos shows, levanta aí Cunha, Manoel da Pousada dos Pescadores no qual a gente participou da Casa Cultural Tonico e Tinoco. Meu prefeito de Pratânia, um beijo no seu coração, eu faço parte dessa história e estou lá também. Que maravilha! Obrigado a todos vocês da Mesa. (Palmas.)

 

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- É feita a apresentação musical.

 

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O SR. TINOQUINHO – Um beijo, Moacyr, no seu coração. No próximo CD que eu gravar, quero gravar uma canção sua. (Palmas.)

 

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- É feita a apresentação musical.

 

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O SR. TINOQUINHO – Homenagem a este homem maravilhoso que veio prestar homenagem ao meu papai. Deus te ilumine, Deus te dê muita paz e saúde.

Obrigado, Deputado Luiz Carlos Gondim, por esse espaço que você proporcionou a todos nós violeiros aqui. Deus de ilumine. Obrigado. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE – LUIZ CARLOS GONDIM – PPS – Enquanto o Cacique e Pagé se aproximam, quero fazer uma reflexão. Esta homenagem nasceu de coração, há mais ou menos um ano que eu busco em São Manoel, achava que o Tinoco morava lá, e não conseguia falar com a família. Até que o meu jornalista, aliás, um dos meus jornalistas, um é de Mogi das Cruzes e outro de São Manoel, e nós conseguimos contatar a família e marcamos essa homenagem, que estava programada para agosto, mas o Tonico cismou de morrer, não deveria ter feito isso com a gente, mas está presente aqui conosco.

A música sertaneja é raiz e a expressão mais pura e simples do cotidiano e vida dos paulistas. O folclorista Cornélio Pires descreveu em seu livro assim a música sertaneja raiz: “Sua música se caracteriza por suas letras românticas, por um canto triste que comove e lembra a senzala e a tapera, mas sua dança é alegre”.

A música caipira nasceu na zona rural e era cantada durante as manifestações religiosas, sendo reconhecida como a mais antiga do País. Este estilo musical também faz parte da própria cultura do Estado de São Paulo. E não se pode falar em raiz, sem destacar os grandes poetas e cantadores que sempre ajudaram a escrever a história da música caipira.

A dupla Tonico e Tinoco se destaca como os precursores deste estilo musical, que encanta pessoas de várias gerações. Quem não se lembra das músicas “Moreninha Linda”, “Tristeza do Jeca”, “Chico Mineiro”, “João de Barro”, “Beijinho Doce”, “Cabocla Tereza”, “Chua, Chua” e muitas outras. São músicas de versos simples, que retratam o cotidiano do homem do campo e da forma mais pura e concreta.

Eu vim de Fortaleza e era plantonista aqui na Pró-Mater, na Maternidade São Paulo, e às vezes levantava e estava a enfermeira ouvindo as músicas caipiras, e eu não entendi porque eu só entendia de forró. Verdade. Mas aquilo foi se enraizando dentro de mim e deixando, e mostrando o que o é sertanejo, o que o caipira sente e sentia. Como se podia descrever um Brasil, um São Paulo bonito, um Brasil rico! E isso chamou atenção na minha vida. E eu passei a sentir, a incorporar duplas sertanejas como essas duas que estão aqui e que chamou muito atenção da gente.

Eu passei a admirar Tonico e Tinoco, Tinoco foi e não deu tempo de fazer essa homenagem em vida, mas ele está aqui presente. Porque, de coração, uma das festas mais bonitas que essa Casa apresenta é esta homenagem ao pai de vocês, é esta homenagem à Maria, que luta tanto pelas pessoas que estão na música sertaneja, que coisa linda. E vocês que tem a Pousada do Pescador, outros que tentam interpretar Tonico e Tinoco. Eu não posso escrever várias duplas que deixaram no coração da gente as músicas marcadas. As poesias suas, Moacyr Franco, que você realmente dá para todo mundo. São milhares de discos, milhares de shows e de uma riqueza que em qualquer canto do mundo o tornaria bilionário, mas aqui não se deu tanto valor a essa riqueza. Mas a riqueza de coração de Tinoco, a riqueza de coração de amor ao próximo de Tonico foi maior que toda essa riqueza bilionária que pode existir aí no mundo.

Quero, de coração, fazer essa homenagem, porque sinto isso, a necessidade, prefeito, de nós homenagearmos pessoas como essa. Tinha muita gente que me dizia assim: mas eu vou aí eu vou falar do meu parceiro que se foi? Mas quantos parceiros se foram? Mas a música sertaneja é isso, é a raiz, é o amor, é o que nós queremos para o nosso Brasil, para o nosso São Paulo, para nossa família e para Deus. Deus abençoe todos vocês e vamos, as minhas palavras serem interpretadas nessa música que é “Aparecida do Norte”. (Palmas.)

 

O SR. ORADOR – Deputado Luiz Carlos Gondim esqueceu que Tonico e Tinoco construíram a igrejinha na Vila Diva em homenagem a Nossa Senhora da Conceição Aparecida. Tinoco lá do céu, a nossa Mãe está ao seu lado, a Virgem Maria. “Aparecida do Norte” nós cantando nessa festa tão bonita. (Palmas.)

 

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- É feita a apresentação musical.

 

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O SR. PRESIDENTE – LUIZ CARLOS GONDIM – PPS – Obrigado, Mogiano e Mogianinho.

Comunicamos aos presentes que esta sessão solene está sendo transmitida ao vivo pela TV Web e será transmitida pela TV Assembleia no próximo domingo, dia primeiro de julho, às 20 horas, NET canal 13, TVA canal 66, TVA Digital canal 185, e TV Digital Aberta 61.2

Aqui atrás no Salão dos Espelhos há um coquetel bem simples, bem caipira para gente que está sendo oferecido pela minha equipe, pelos meus assessores.

Esgotado o objeto da presente sessão, antes de encerrá-la, esta Presidência agradece às autoridades, à minha equipe, aos funcionários desta Casa e a todos aqueles que com suas presenças colaboraram para o êxito desta solenidade. E convidando para o coquetel.

Está encerrada a presente sessão. Muito obrigado e parabéns a todos. (Palmas.)

 

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- Encerra-se a sessão às 21 horas e 41 minutos.

 

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