043ª SESSÃO SOLENE EM HOMENAGEM AO “CENTRO
ESPÍRITA UNIÃO DO VEGETAL PELOS 50 ANOS DE FUNDAÇÃO E SERVIÇOS PRESTADOS AO
POVO DE SÃO PAULO”
RESUMO
001 - GERSON BITTENCOURT
Assume a Presidência e abre a sessão.
Nomeia as autoridades presentes. Informa que Presidente Barros Munhoz convocara
esta sessão solene, a requerimento do Deputado Gerson Bittencourt, na direção
dos trabalhos, para "Homenagear o Centro Espírita União do Vegetal pelos
50 anos de Fundação e Serviços Prestados ao povo de São Paulo". Convida o
público a ouvir, de pé, o "Hino Nacional Brasileiro". Anuncia a
exibição de vídeo institucional sobre a entidade.
002 - FLÁVIO MESQUITA DA SILVA
Presidente do Centro Espírita
Beneficente União do Vegetal, faz retrospecto sobre a origem do baiano José
Gabriel da Costa, fundador da União do Vegetal, em Porto Velho, que não visa
ganhos materiais. Informa que a entidade tem 160 núcleos no Brasil e em cinco
países, na prática do "reencarnacionismo cristão" e na crença de um
Deus único. Cita princípios da dimensão espiritual, de amor ao próximo, em
busca da "Luz Paz e Amor", expressos em sua bandeira. Destaca as
virtudes do chá "hoasca", e recorda a luta para a sua liberação, no
Brasil e nos Estados Unidos, apenas para uso ritual e com uso responsável.
Enfatiza os programas de alfabetização, de defesa do meio ambiente e de
benefícios sociais feitos pela UDV.
003 - FRANCISCO
HERCULANO DE OLIVEIRA
Mestre Geral, Representante do
Centro Espírita Beneficente União do Vegetal, agradece a homenagem ora
prestada. Recorda o aprendizado que tivera com o fundador da entidade, fato que
mudou a sua vida. Cita os benefícios do chá "hoasca" para a
compreensão do mundo. Ressalta os valores de cidadania, de convivência pacífica,
de bom comportamento e equilíbrio que devem nortear os integrantes da UDV.
Enfatiza a luta pelo reconhecimento da entidade como religião.
004 - VICTOR LUIZ DE FIGUEIREDO MARTINS
Mestre Central da Terceira Região
Administrativa da UDV, faz histórico sobre o surgimento da entidade em São
Paulo. Dá conhecimento da estrutura e do funcionamento da entidade, na busca
dos valores intelectuais, morais e espirituais do ser humano. Destaca o respeito a todas as religiões, e os
princípios relacionados à saúde, à educação, à cidadania e à defesa do meio
ambiente. Louva a memória dos fundadores e daqueles que doaram suas vidas para
as atividades da entidade. Faz agradecimento ao Deputado Gerson Bittencourt
pela homenagem.
005 - Presidente GERSON BITTENCOURT
Informa que esta sessão seria
transmitida pela TV Assembleia oportunamente.
Anuncia a exibição do audiovisual intitulado "Pioneiros da Terceira
Região".
006 - ILKA BOIM
Integrante da direção da Terceira
Região Administrativa da UDV que, durante sua fala, fez projetar material sobre
as "Ações Pró-Sociais" da entidade. Dá conhecimento dos programas
"Novo Encanto Ecológica", de defesa do meio ambiente, e da
participação da entidade no projeto "Água para a Paz". Cita cursos
sobre o manejo da floresta e capacitação para educação ambiental. Fala da
"Estação Semear", com vistas à sustentabilidade, com cursos e
palestras. Ressalta os trabalhos assistenciais e de alfabetização, feitos pela
"Estrela da Manhã" e pelo "Lar Sama", que beneficiaram
milhares de pessoas.
007 - Presidente GERSON BITTENCOURT
Anuncia a apresentação do
"Hino à Bandeira da União do Vegetal". Saúda os presentes. Informa
que a União do Vegetal recebeu homenagem na Câmara dos Deputados, e terá ato
idêntico na Câmara Municipal de São Paulo. Acrescenta que a entidade se faz
presente em mais de cem cidades brasileiras e tem mais de quinze mil sócios.
Lembra princípios da UDV, como a valorização da família, o combate às drogas e
à discriminação, a prática do bem e a assistência social. Recorda ensinamentos
dos povos da floresta, na busca pela simplicidade, humildade e respeito à
liberdade religiosa. Faz agradecimentos gerais. Encerra a sessão.
* * *
- Assume a
Presidência e abre a sessão o Sr. Gerson Bittencourt.
* * *
O SR. PRESIDENTE – GERSON BITTENCOURT - PT - Havendo número legal, declaro
aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.
Com base nos termos
da XIV Consolidação do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de
bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.
* * *
- É dada como lida a Ata da sessão
anterior.
* * *
O
SR. PRESIDENTE – GERSON BITTENCOURT – PT – Boa noite a todos. Sob a proteção
de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.
Nos termos
regimentais, esta Presidência dispensa a leitura da ata da sessão anterior.
Gostaria,
inicialmente, de nominar os presentes que compõe esta Mesa. Sr. Francisco
Herculano de Oliveira, mestre geral representante do Centro Espírita
Beneficente União do Vegetal; Sr. Flávio Mesquita da Silva, Presidente do
Centro Espírita Beneficente União do Vegetal; Sr. Victor Luíz
de Figueiredo Martins, mestre central da Terceira Região Administrativa da
União do Vegetal; e a Sra. Ilka Boim, membro da
direção da Terceira Região Administrativa da União do Vegetal.
Contamos também, com
a presença do Vereador Zelão, vereador aqui da Capital. Inclusive, também
prestará uma homenagem à União do Vegetal, pelos seus 50 Anos na Câmara de
Vereadores desta Capital. Muito obrigado, Vereador Zelão,
pela presença.
Srs. deputados,
deputadas, minhas Sras. e meus Srs.. Esta sessão solene foi convocada pelo
Presidente efetivo desta Casa, o nobre Deputado Barros Munhoz, atendendo a
solicitação deste deputado, com a finalidade de homenagear o Centro Espírita
Beneficente União do Vegetal, pelos 50 Anos de fundação e serviços prestados ao
povo de São Paulo.
Convoco todos os
presentes para, de pé, ouvirmos o Hino Nacional Brasileiro.
* * *
- É executado o Hino
Nacional Brasileiro.
* * *
O
SR. PRESIDENTE – GERSON BITTENCOURT – PT – Quero, também, anunciar a
presença do Dr. Luis Alberto de Souza Ferreira, delegado de polícia aposentado.
Quero anunciar a presença do Sr. José Alves, Presidente da Associação dos
Idosos de Campinas, que está representando o Vereador Josias Lech, daquela mesma
cidade. Quero, também, anunciar a presença do Sr. Hamilton Prado Alves,
representando o Deputado Antonio Salim Curiati.
Agora, nós vamos
assistir a um vídeo institucional. Peço a todos, que passem a olhar aqui a
nossa câmera.
* * *
- É feita a exibição
de vídeo.
* * *
O
SR. PRESIDENTE – GERSON BITTENCOURT – PT – Esta Presidência, concede a
palavra ao Sr. Flávio Mesquita da Silva, Presidente do Centro Espírita
Beneficente União do Vegetal.
O
SR. FLÁVIO MESQUITA DA SILVA –
Boa noite, cumprimento a Mesa e esta Casa na pessoa do Presidente desta sessão,
o Excelentíssimo Deputado Gerson Bittencourt, a quem
agradeço pela recomendação em homenagem à União do Vegetal. Cumprimento os
parlamentares presentes, autoridades, estimados amigos da União do Vegetal, Sras.
e Srs..
É uma grande emoção,
uma grande felicidade estar aqui com todos vocês. Em primeiro lugar, quero
agradecer a Deus, a quem devo a vida. Sou grato a minha família, em especial
meus pais, que me trouxeram e me conduziram nos meus primeiros passos dentro
desta mesma vida. Agradeço aos meus amigos, irmãos de caminhada, principalmente
os que me receberam na União do Vegetal, em 1976, alguns aqui presentes, que me
receberam e de quem venho recebendo amor, o carinho e a orientação espiritual.
Quero, ainda, agradecer a todos que tornaram este momento tão belo e possível,
e tão especial.
Esta sessão solene,
neste plenário da Casa do Povo, tem para nós, da União do Vegetal, um
significado simbólico dos mais expressivos, é solene e sublime. Representa o
coroamento de uma, longa e frequentemente, árdua
caminhada, que começou há 50 anos, na vastidão da floresta Amazônica, por meio
de um homem bem simples, sábio e inspirado, o seringueiro baiano José Gabriel
da Costa, o nosso Mestre Gabriel.
Foi ali na margem
boliviana do Rio Abunã no Seringal (?), que no dia 22
de julho de 1961, ele criou, tendo ao lado uns poucos discípulos, sua família e
sua fiel companheira Pequenina, esta religião. Que representa um novo alento
para a humanidade, uma nova oportunidade de religação com o sagrado, é uma
comovente história de amor ao próximo. Tecida com sacrifício pessoal, sem
qualquer expectativa de ganhos materiais, sem qualquer
patrocínio, transmitido a boca, e ouvidos por sucessivas gerações, até
chegar no dia de hoje, a esta solenidade comemorativa do seu Cinquentenário.
A União do Vegetal
nasceu simples e modesta. Da floresta foi para Porto Velho, Rondônia, em 1965,
tendo como primeira sede, uma choupana de caboclo, a própria casa do mestre,
que a cedeu para as sessões religiosas da União do Vegetal, a
qual chamamos de UDV. Nos anos que o mestre Gabriel exerceu o seu
ministério religioso, quatro na floresta e seis em Porto Velho, reuniu cerca de
duas centenas de discípulos, gente modesta como ele, que mesmo sem dispor de
meios materiais, cumpriu a missão de levar essa obra sagrada a todo país e ao
exterior.
Hoje, temos mais de
160 núcleos em todos os Estados da federação brasileira, e em mais de cinco
países, por exemplo, Estados Unidos, Inglaterra, Espanha, Portugal e Suíça. Foi
uma expansão natural, sem recursos a propaganda, o que mostra a consistência
desta obra sagrada, fundada nos princípios do reencarnacionismo cristão. Ao
criar esta religião, o mestre Gabriel colocou a construção da paz como o seu
principal fundamento, e para se chegar à paz é preciso unir. A união traz a
paz. E para unir e pacificar, é preciso ter como referência a dimensão
espiritual da existência. Estamos aqui, mas não somos daqui, nos destinamos à
esfera espiritual, a eternidade. Cuidar um dos outros, com respeito e amor,
buscar o aperfeiçoamento da gente em primeiro lugar, é a semente para se
fecundar uma convivência fraterna, solidária e duradoura.
O amor ao próximo é a
base sobre tudo que o mestre nos legou, luz, paz e amor. O poder do amor
sentido e compartilhado na União do Vegetal é a força que sensibiliza seus
discípulos a cultivar o bem. Nossa presença na terra tem como objetivo a busca
do conhecimento. A União do Vegetal é uma escola, escola de espiritualidade, de
sabedoria, e não pretendemos ser a única e nem temos em relação às demais
religiões qualquer ânimo competitivo, ao contrário, reconhecemos o mérito de
todas as religiões, que pregam o bem e a existência de um só Deus. Cumprem todas uma mesma missão, de religar o homem a sua
origem espiritual, atendendo assim, a diversidade de compreensões da
humanidade.
Temos as demais
religiões que utilizam chá Oaska em seus rituais, que
denominamos, fraternalmente, de Irmandade Oaskeira. Comportamento
cooperativo, buscamos unidade de ação em termos que
nos são comuns, basicamente o esclarecimento junto às autoridades e a opinião
pública a respeito das propriedades desse chá que comungamos nos nossos rituais
com o objetivo de concentração mental. Esse, aliás, tem sido um dos desafios mais
constantes, deputado. Em nossa busca de consolidação institucional, que começou
ainda nos seus primórdios, em 1967, o mestre Gabriel foi preso pelas
autoridades policiais de Porto Velho, sob o argumento que distribuía um chá
entorpecente. Não havia, porém, como não há até hoje, nenhum protocolo científico
que respalde aquela afirmação. Ele foi liberado, e em vez de processar os
policiais que exorbitaram de suas atribuições, prendendo-o sem mandado
judicial, optou por uma solução pacífica, registrar a UDV e dar seqüência ao
seu trabalho regenerador. As próprias autoridades de Rondônia se surpreendiam
ao ver pessoas que davam trabalho na sociedade, demonstrarem profundas mudanças
de comportamento depois de se associar a União do Vegetal. Percebiam que algo de
bom acontecia e deveriam prosseguir, e prosseguiram.
Quase duas décadas
depois, em 1985, em Brasília, o chá Oaska, denominado
por nós, de Vegetal, foi incluído entre as substâncias proscritas pelo
Ministério da Saúde. Novamente, a falta de conhecimento do que é esse chá
sagrado, nosso sacramento religioso levava as autoridades ao ato equivocado. O
então Conselho Federal de Entorpecentes – COFEN proibia o uso do chá Vegetal em
todo território nacional, e a UDV já contava com núcleos em quase todas as capitais
e mais de cinco mil sócios registrados. Foi quando nos lembramos da atitude do
mestre, de buscar uma solução pela via pacífica dentro da lei e da ordem. Fomos
ao Ministério da Justiça e propusemos que o nosso trabalho fosse avaliado por
especialistas, o COFEN, então, instituiu uma comissão multidisciplinar composta
por médicos, psiquiatras, antropólogos, teólogos e outras autoridades científicas,
para o devido exame desse chá. As investigações duraram dois anos e se
estenderam as outras religiões Oaskeiras, no meio
urbano e rural. E o resultado foi a liberação, por
unanimidade, do uso religioso do Vegetal e o reconhecimento de que o trabalho
religioso que fazemos é benéfico e regenerador, e não causa danos a saúde.
Disso já sabíamos
pela palavra do mestre Gabriel. E não tínhamos, como
não temos dúvidas, de que será sempre essa conclusão da ciência. E assim tem
sido desde então, o chá Oaska foi, por diversas vezes, submetido a exames
periciais da ciência, sem que reste qualquer evidência, que é nocivo à saúde
física ou mental.
O próprio CONFEN
voltaria a examinar o uso religioso do chá em 1992, chegando à mesma conclusão
de 1985, e reiterando sua liberação também por unanimidade. Em 2007, o órgão
que substitui o CONFEN, hoje, Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas o
CONAD, sob pressão de segmentos religiosos e da própria mídia, instituiu um
grupo multidisciplinar de trabalho no âmbito do Gabinete de Segurança
Institucional da Presidência da República, para reavaliar o uso religioso do
chá.
É uma longa história
deputado, muita luta, buscando direitos constitucionais, e graças a Deus, esta
Casa vem nos honrando com essa solenidade. Muito grato.
A União do Vegetal
faz uso responsável da Oaska e não aprova a sua utilização fora do contexto
religioso. Adverte, também, para o risco de adicioná-lo a outras substâncias,
sobretudo, drogas, procedimento alheio ao sentido espiritual que o originou. Em
busca de oferecer segurança física, jurídica e espiritual, a UDV se inscreveu,
em 1990, juntamente com as principais entidades Oaskeiras,
uma Carta de Princípios que assumia três compromissos básicos: não
comercializar sob nenhuma hipótese o vegetal; não adicioná-lo a drogas, e não
fazer propaganda do seu uso.
Já agíamos dentro
daqueles compromissos dos quais não abríamos mão. O chá Oaska, já nos ensinava
o mestre Gabriel, é uma dádiva de Deus, com o sentido único e específico,
favorecer a concentração mental nas sessões religiosas com vistas a
proporcionar melhor entendimento da realidade espiritual. Não é um objeto de
curiosidade e quem assim o vê, deve se responsabilizar e responder pelo que
faz, sabendo que a autorização em vigor o restringe para fins ritualísticos e
religiosos.
O Centro Espírita
Beneficente União do Vegetal trabalha pelo desenvolvimento das virtudes morais,
intelectuais e espirituais do ser humano. Sua doutrina nos ensina e nos orienta
ao convívio fraternal, ao acatamento das leis do país e nos oferece condições
para que trabalhemos para o nosso aperfeiçoamento pessoal. Da eficácia deste
trabalho, dão testemunha, milhares de pessoas que reequilibraram sua vida
familiar, se reintegraram a sociedade, se libertando quando é o caso de vícios
e de desvios de comportamento.
Poucas instituições
religiosas foram tão investigadas nas suas práticas. Ritos e conteúdos
doutrinários como a nossa, e não só no Brasil, nos Estados Unidos, a União do
Vegetal necessitou suspender os seus trabalhos em 1999, devido uma ação do
governo federal daquele país, que confiscou o vegetal destinado aquela
irmandade, considerando-o nocivo a saúde. Acreditando, portanto, que o seu uso
deveria ser ilegal. Os adeptos norte americanos, nossos sócios, nossos irmãos
lá em defesa dos seus direitos constitucionais, ingressaram, então, com uma
ação na Suprema Corte para reverter aquela medida.
Durante sete anos, fomos investigados, arguidos e
questionados, inclusive sob aspecto teológico, em relação à consistência e
integridade dos nossos trabalhos. Ao final, o relator o juiz John Robert
considerou, e o seu relatório foi aprovado por unanimidade, que na UDV pratica-se
“um exercício sincero de religião”.
As atividades da UDV
não se restringem ao campo espiritual, agimos também na beneficência social,
conforme está expresso no nosso próprio nome Centro Espírita Beneficente. Mais
uma vez, temos como modelo o próprio mestre Gabriel, que deu inúmeros exemplos
de solidariedade e fraternidade, repartindo o pão que era escasso com os mais
necessitados, fazendo o bem sem olhar a quem.
Contamos, hoje, com
28 unidades beneficentes em todo país. Um trabalho reconhecido pelo estado
brasileiro, que nos concedeu, em 1999, renovando, desde então, o título de
utilidade pública federal; que igualmente recebemos de diversos estados e
municípios da federação. O relatório das ações beneficentes de 2010 indica mais
de 113 mil atendimentos em todo país. É só o começo. Desde 2002, a
alfabetização de jovens e adultos tornou-se a nossa ação beneficente
prioritária. Inicialmente, adotamos o software didático-pedagógico Luz das
Letras, cujos benefícios incluíam a inclusão digital. Em 2010, uma parceria
feita entre a Casa Brasil da Presidência da República, a Secretaria de Educação
do Estado do Ceará e a nossa Associação Beneficente Casa da União, consolidou o
desenvolvimento de um novo software, o Luz do Saber, com características mais
avançadas que o seu antecessor. Convém destacar que, de 2002 até hoje, foram
alfabetizadas, por meio de serviço voluntário de sócios da UDV, cerca de cinco
mil jovens e adultos. Esses números vão crescer muito, tendo em vista a grande quantidade
de multiplicadores preparados em nossas unidades beneficentes em todo o país.
Temos ainda, uma ação
voltada para a defesa do meio ambiente, Associação do Novo Encanto e
Desenvolvimento Ecológico, criada em 1990, que foi citada no vídeo também. Dedica-se
a formação de uma cultura ecológica e de preservação da biodiversidade. A Novo
Encanto tem por objetivo principal, trabalhar pela vida e pela paz, promovendo
a conscientização de que o ser humano, mais do que impor a sua dominação sobre
a natureza, deve integrar-se a ela, trabalhando pela substituição da relação de
consumo agressivo pela comunhão com esta mesma natureza. A Novo Encanto ainda
executa as suas ações com base numa carta de princípios, e desenvolve programas
com o apoio de quase 100 monitorais centradas nos núcleos da UDV e coordenadas
por membros das entidades filiadas ao Centro.
Temos, portanto,
nesse nosso primeiro Cinquentenário, uma densa
jornada cumprida, que sabemos que ainda é o início de uma caminhada, que
envolverá muitas e muitas gerações, enfrentando desafio de levar a palavra do
mestre ao mundo carente de luz, de paz e de amor. Estamos, no entanto,
confiantes de que trilhamos o caminho certo, o caminho do bem, que nos trouxe
até aqui, ao reconhecimento desta Casa que representa os anseios da cidadania
deste Estado. Mais que o reconhecimento ao nosso trabalho específico, a
homenagem do Estado a uma instituição religiosa é sempre um gesto construtivo
em prol do bem comum. Nada impede que o material e o espiritual caminhem lado a
lado, juntos, porém, não misturados. A história de cada discípulo da União se
une a história de todos que sonham e trabalham por um mundo melhor.
Neste momento de
tanta significação, de tantas recordações e emoções para nós Oaskeiros, quero elevar o pensamento
ao grande mestre Gabriel, pedindo que continue a nos guiar e nos iluminar nesta
jornada espiritual e que sigamos com humildade. Concluo desejando a todos,
votos de luz, paz e amor. Obrigado. (Palmas.)
O
SR. PRESIDENTE – GERSON BITTENCOURT – PT – Comunicamos aos presentes, que
esta sessão solene será transmitida pela TV Assembleia no próximo sábado, dia
15 de outubro, às 21 horas, Net, canal 13 e TVA, canal 66.
Esta Presidência
concede a palavra ao Sr. Francisco Herculano de Oliveira, Mestre Geral,
representante do Centro Espírita Beneficente União do Vegetal.
O
SR. FRANCISCO HERCULANO DE OLIVEIRA –
Boa noite a todos. Sr. Deputado e demais autoridades,
toda essa irmandade da União do Vegetal, boa noite.
Essa União foi criada
pelo nosso mestre Gabriel, em 22 de julho de 1961, e estamos dentro desses 50
Anos de União. Quero agradecer, aqui, esta casa e o bom pensamento desses Srs. deputados,
que concederam esta sessão solene à União do Vegetal, pelos seus 50 Anos. Fico
grato a todos.
Essa União, que
ensina todas as pessoas que nela chegam, a aprender a viver; e aprender a viver
é uma arte, que a gente não encontra em todo canto. Precisamos ter boas formas
de ensinar, boas formas de orientar, ter a prática do bem e do amor, para a
gente poder construir um mundo melhor, para que essa sociedade chegue. Para
isso, a União está em todos estados brasileiros, marcando a sua presença, e até
em alguns países, como Estados Unidos, Europa, e outros lugares.
Conheci, pelo mestre Gabriel, fundador
dessa religião, esta União; onde me tornei, também, sócio-fundador desta
religião no dia que me encontrei. Em 1961, eu ouvi falar da Oaska, pouco
conhecida pelas pessoas de Rondônia, e eu fiquei com vontade de conhecer a
Oaska. Em 1967, encontrei o vegetal na casa do mestre Gabriel, essa União que falamos, a União do Vegetal, e me associei nela e passei a
encontrar uma forma de compreender melhor o mundo como o ele é. Passei a
entender uma forma de como posso me tornar uma pessoa mais simples, mais
humilde. E compreender como eu posso encontrar a realidade da vida, como eu
posso compreender esse Deus, que é tão falado e pouca gente compreende como
pode sentir ou compreender.
E com os ensinos
dessa União, tenho visto muita gente chegar como eu cheguei, até sem esperança.
E com esse chá e os ensinamentos dessa União, tornam-se pessoas de bom caráter,
bons cidadãos. Sair de algumas coisas que, às vezes, aparecem no caminho das
pessoas. E as pessoas, por não conhecerem, se agarram com aquilo para ter
prejuízo na vida; feliz daquele que chega a encontrar uma religião que lhe
ensina a viver, como saber viver. Essa arte de saber viver não é em todo lugar
que a gente encontra, porque é preciso, primeiramente, ouvir alguém que possa
orientar e a gente aceitar.
Por isso, essa União,
como falou o nosso Presidente Flávio Mesquita, com todo esse relatório que ele
fez, é uma forma que nós estamos fazendo para construir paz no mundo. E esse
mundo somos nós, nós que queremos viver bem. Fazer paz dentro do nosso
sentimento, dentro do nosso coração, para podermos ter uma construção melhor
com a nova geração, que precisa encontrar um lugar para poder encontrar a paz e
viver bem.
O mestre Gabriel, que
viveu nas florestas e encontrou esse chá, em 1959, sentiu que com esse chá
podia criar uma religião. E com isso, tem a sua esposa que é conhecida como mestre Pequenina, que também viveu no Seringal com ele, em busca de
viver melhor. Porque na cidade, muitas vezes, não tinha como viver bem. Com
isso, ela era uma das suas auxiliares para criar essa União, até chegar à
cidade de Porto Velho; e aí encontrar alguns companheiros para poder começar.
Quando eu cheguei, já tinham umas 30 pessoas e poucas pessoas, e hoje nós
estamos em todo lugar do Brasil, em todos os Estados do Brasil.
Nós não fazemos propaganda
da União, mas muitas vezes o povo tem notícia da União, pela nossa forma de
viver, pela nossa forma de nos apresentar nos lugares que vivemos,
nos lugares que passamos. Esses discípulos da União têm de ter uma forma, para
as pessoas poderem sentir qual é o bem que esse chá faz. Qual é o bem que essa
União faz. Por isso os discípulos da União têm de ter um bom comportamento,
saber como chegar, como sair, sem deixar notícias que não sejam boas para a
gente, da União.
Por isso eu sou um
dos que encontrou esse chá com o mestre Gabriel, e tornei-me discípulo dele,
tornei-me, também, um lutador pelo engrandecimento dessa União. Modifiquei a
forma que eu vivia, porque muitas vezes vivemos sem orientação. Porque, às
vezes, não há como chegar aos lugares; às vezes, a gente chega a muitos lugares
que tem algumas coisas, e muitas delas não encontramos como ficar. Eu encontrei
uma forma de multiplicar a minha forma de viver, a minha forma de me comportar
em qualquer lugar que eu chego.
Hoje, estou aqui
fazendo um trabalho dessa União, como representante do mestre, para fazer
aquilo que ele está esperando que todos os seus discípulos possam fazer. Essa
União é para todas as pessoas, e se as trevas chegarem nela para aceitar os
seus ensinamentos, porque muitas vezes não fazemos propaganda, pois não adianta
fazer propaganda, o que adianta é termos uma forma de conduta para poder chamar
atenção de alguém. Uma conduta boa, fazer o grande ensinamento de Jesus, amar
ao próximo como a ti mesmo. Que a gente amando ao próximo, como a nós mesmo, nós
estamos amando a Deus também. Deus deu esse ensinamento, quem ama o próximo
está amando Deus, porque está fazendo o que Deus quer que nós façamos.
Por isso, essa União
faz esse trabalho, de equilibrar todas as pessoas que nela chegam. Só não
encontra o equilíbrio aquele que não quer encontrar uma forma de viver bem. Uma
forma de reconhecer que nós todos somos filhos de Deus, por isso nós temos que
trabalhar todos unidos, em beneficio de quem já está e de quem há de chegar. Que
é para podermos fazer uma forma de, quem chegar nessa União, lembrar-se que nós
chegamos a Deus se nós tivermos paz e amor. Uma grande coisa que a humanidade
precisa, e muitas vezes não reconhece, é a felicidade. A gente ser feliz é a
gente ter tranquilidade, porque quando a gente tem
paz, tem tranquilidade na vida. Quando a gente tem
paz, sabe até lutar pela nossa família, porque sabe que são responsáveis pela
família, e sendo responsáveis pela família, temos de ter exemplo de vida.
Por isso, a União é
para ensinar esta humanidade que nela chega. Por isto, nós convidamos às vezes,
mas não fazemos propaganda. O importante é que as pessoas chegam e encontram
uma forma de ver o que a União é. Aqui é para encontrarmos uma forma de
conhecer o que é errado e o que é certo. Esse chá misterioso, que nós falamos, o Oaska, ou o Vegetal, como é conhecido também
dentro da União, como é criado com o nome de União do Vegetal, esse chá, como
falou aqui o Presidente, é um chá que não é ofensivo e sim muitas vezes faz bem
pra gente. Porque quando nós aceitamos esse chá, muitas vezes nós mudamos a
nossa forma de ser, e com isso até encontramos uma forma de viver melhor e de
ter mais saúde. Eu tomo esse chá há 44 anos, e conheço pessoas que beberam esse
chá, como a mestre Pequenina, como eu falei ainda
agora, em 59 e está ainda com sustância para falar, pensar bem, para lutar pela
prática do bem, pela prática do amor, que é o trabalho que a União faz com a
humanidade.
Quero agradecer, aqui,
o Sr. deputado e os Srs., que tiveram a idéia de
arranjar este momento, para a União do Vegetal ter essa sessão solene nesses 50
anos de vivência, e hoje nós já estamos dentro dos 50 anos. Espero que nós
sempre encontremos no meio das autoridades, no meio dos governantes, no meio da
sociedade, uma forma de tornarmos reconhecidos pela humanidade como uma
religião que ensina uma nova vivência a quem nela chega, a forma de viver bem.
E a forma de viver bem, nós encontramos com a boa prática do amor, com a boa
prática do bem que é isso que todo ser humano precisa para encontrar uma forma
de viver, a prática do bem, aquilo que é muito falado e menos conhecido.
Construir esse símbolo da União, que é a paz e o amor. Espero que essa bandeira
tenha como ser levantada em todo lugar do Brasil, e aonde a União chegar. Para
isso precisa do nosso povo querer e disposição de lutar pela a felicidade da
humanidade. Obrigado a todos. (Palmas.)
O
SR. PRESIDENTE – GERSON BITTENCOURT – PT – Esta Presidência concede a
palavra ao Sr. Victor Luiz de Figueiredo Martins, Mestre Central da Terceira
Região Administrativa do Centro Espírita Beneficente União do Vegetal.
O
SR. VICTOR LUIZ DE FIGUEIREDO MARTINS – Excelentíssimo Deputado Gerson Bittencourt,
excelentíssimo Vereador Zelão aqui presente, autoridades estaduais e municipais
presentes nesta sessão solene, mestre geral representante do Centro Espírita
Beneficente União do Vegetal, mestre Francisco Herculano de Oliveira, o Sr. Presidente da diretoria geral do Centro Espírita
Beneficente União do Vegetal, mestre Flávio Mesquita da Silva, Sras. e Srs.,
caros amigos.
A história da UDV na
nossa região teve início com a criação do Núcleo Samaúma,
em 1972, quando havia apenas a sede geral em Porto Velho e o Núcleo Caupuri em
Manaus. Ainda não se passara um ano do desencarnamento do mestre Gabriel,
acontecido em 24 de setembro de 1971, e já começava a se cumprir a sua palavra
a respeito da extensão da União do Vegetal no Brasil e no exterior.
Com a fundação do
Núcleo Samaúma, também se criou a Região Sul, sendo o mestre Raimundo Pereira
da Paixão designado como mestre central. Posteriormente, com o surgimento de
núcleos em outros pontos do Brasil, houve a necessidade, tanto da criação de
novas regiões como a sua reorganização, quando então recebemos a designação de
Terceira Região.
Até 1996, além de
mestre Paixão, ocupara o lugar de mestre central, sucessivamente, os mestres
Luiz Felipe Belmonte dos Santos, Clóvis Cavalieri Rodrigues de Carvalho e
Deivanir Alves Medeiros.
Em 1997, quando a
Terceira Região cobria uma extensa área do país, que abrangia de Campo Grande,
Mato Grosso do Sul a Porto Alegre, Rio Grande do Sul, fez-se necessário o seu
desmembramento, com o agrupamento de alguns núcleos, naquela que passou a ser a
Nova Região. Esta se compôs de, inicialmente, quatro núcleos, Lupunamanta, Rainha das Águas, Alto das Cordilheiras e Rei
Davi. E tiveram como mestres centrais, os mestres Reinaldo Osmar Pereira e
Genis Garcia Pereira Júnior.
Em 1998, foi feita
nova reorganização, estes quatro núcleos voltaram a integrar-se a Terceira
Região, então sob a administração do mestre Fábio Angelino Fortunato, e os
núcleos dos Estados do Sul do país, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul,
que, até então, eram da Terceira Região e passaram a compor a nova Nona Região.
Mestre Fábio exerceu
o cargo de mestre central da Terceira Região de 1997 a 2003, quando foi
sucedido pelo mestre João Luiz Cotta Neto que, em 2009, foi sucedido por mim,
atual mestre central.
Hoje a Terceira
Região da UDV conta com mais de 1.400 sócios, distribuídos em 14 núcleos.
Núcleo Samaúma, em Araçariguama, São Paulo; em
Campinas, os núcleos Lupunamanta, Alto das Cordilheiras e Princesa Encantada;
em Caldas, Minas Gerais, o núcleo Rainha das Águas; em Mairiporã, os núcleos
São João Batista, Rei Divino e Menino Galante; em Arujá,
o núcleo Castanheiras; em Mogi das Cruzes, o núcleo Rei Davi; em Itapecerica da
Serra, o núcleo Divino Manto; o núcleo Estrela Encantadora em Piracicaba, São
Paulo; o núcleo Grande Ventura em Jarinu, São Paulo;
e o núcleo Estrela Bonita em Bertioga.
Todos esses núcleos
desta sociedade religiosa, sem fins lucrativos, contribuem, por meio da
transmissão de seus ensinamentos, seus princípios e sua doutrina para o
aprimoramento das virtudes intelectuais, morais e espirituais do ser humano. Um
dos mais importantes legados do mestre Gabriel, é a certeza de que o ser
humano, quando quer, pode transformar sua prática e orientar os seus passos no
caminho do bem, na prática da fraternidade e na busca da evolução espiritual.
Na UDV, exercitamos a
tolerância e o respeito a todas as crenças e grupos religiosos, tendo como
símbolo da paz e da fraternidade humana, luz, paz e amor. Temos nesta região,
como também nas outras regiões da UDV, um vasto histórico de ações de
beneficência, nas áreas da saúde, educação, cidadania e meio ambiente. Na nossa
região, através da Unidade Assistencial Lar Sama, em
São Paulo, da Unidade Beneficente Estrela da Manhã em Campinas, da Associação Novo Encanto de Desenvolvimento Ecológico, e de
inúmeras ações locais, coordenadas pelo Departamento Nacional de Beneficência
da UDV, vemos a irmandade da União do Vegetal colocando em prática as
orientações originalmente transmitidas por mestre Gabriel.
Hoje, passados 50
anos de sua fundação, no dia 22 de julho de 1961, através de milhares de
voluntários, contatamos que o Centro Espírita Beneficente União do Vegetal, de
uma maneira simples, prática e objetiva, promove a paz e conciliação em todas
as localidades onde está instalada. Merecendo, então, o título de utilidade
pública federal, e também utilidade pública estadual e municipal em diversas
regiões do país.
Nobres deputados,
autoridades, caros amigos, como se pode constatar, aquele pequeno grupo de
irmãos que iniciou o trabalho em 1972, em São Paulo, gerou uma frondosa árvore
que, aos bons ventos da prosperidade, lançou diversas sementes, que também vem
germinando e florescendo, perpetuando a previsão de expansão do mestre Gabriel.
E para que esta
expansão se concretize, muitas pessoas entregaram partes de suas vidas. Dão de
seu trabalho, de contribuições materiais e principalmente mãos estendidas a
quem precisa, para o engrandecimento desta obra. Em nossa região, temos e tivemos
pessoas que fizeram dessa doação, um lema em suas vidas. Destaco aqui, neste
momento, e homenageio com profunda consideração e gratidão pelo trabalho
prestado, alguns amados irmãos que já se foram, mas que continuam presentes em
nossos corações. Mestre Mario Piacentini, mestre Deivanir Alves Medeiros, e
conselheira Else Angélica Piacentini Medeiros. Com certeza, nossa região e a
UDV não teriam se expandido e tão solidamente se firmado neste solo, sem o amor
dedicado por estes irmãos.
Mestre Mario
Piacentini, um exemplo de pai, amigo, dignidade, força e luta,
bom humor, alegria de viver e muitas outras palavras e ações que ficam
associadas a esse mestre. Seu amor pelo Sol e pelo mestre Gabriel e sua obra,
sua dedicação peal construção e continuidade estão plantadas para sempre no
seio da União do Vegetal. Gratidão por sua presença que será sempre lembrada
por tudo que ele falou, ensinou e praticou, sua
herança maior.
Conselheira Else, boa
mãe, amiga e uma das primeiras conselheiras na UDV e na nossa região. Junto com
seu pai, mestre Mário, realizou a doação do terreno onde hoje se encontra
instalado o Núcleo Samaúma. Generosidade e amor a esta obra são também
características marcantes desta nossa amiga.
Mestre Deivanir, que junto com a conselheira Else,
acolheu, em sua casa, muitos de nós, propiciando as condições para o nosso
desenvolvimento espiritual, em linha com os objetivos e preceitos orientados
pela UDV.
Mestre Eurico
Pascoal, já falecido, foi coronel da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais,
chegando a ser juiz Presidente do Tribunal de Justiça Militar do Estado de
Minas Gerais; que atualmente o homenageia, dando o seu nome à Cadeira 16 da
Academia Mineira do Direito Militar. Na UDV, coronel Eurico chegou ao quadro de
mestres, sendo sócio-fundador do Núcleo Rainha das Águas, Caldas – Minas
Gerais, junto como mestre Mário. Sendo que os dois também receberam o título de
Cidadão Caldense.
Conselheira Lucia
Pupo Nogueira, pessoa amiga, que soube cativar pela sua dedicação a esta causa,
levantando a bandeira da União do Vegetal por onde andou. Foi sócio-fundadora
dos Núcleos Lupunamanta e Alto das Cordilheiras, colaborou com esta obra de uma
maneira honrosa e amiga, e trabalhou muito para que a União do Vegetal pudesse
ser instalada em Campinas. Uma das suas valiosas contribuições foi a proposta que fez a Sede geral, para alterar a sequência de leitura dos documentos nas sessões,
reorganizando-os como está hoje.
Mestre Robson
Hilsdorf Lima, sócio-fundador do Núcleo Menino Galante em Mairiporã – São
Paulo. Homem de bem e querido por todos. Prestativo, amigável e estudioso.
Palavras firmes de soldado e sorriso franco de menino. Conhecido por sua
capacidade de cativar e de ir até os que mais precisavam, seja com palavras,
ações, ou simplesmente com sua presença.
E tantos outros
irmãos que não mais estão conosco e que deixaram também sua contribuição para o
crescimento da UDV na região, como os saudosos mestre Gilmar Arena, conselheiro
Paulo Topal, conselheira Clarisse Miguel, mestre Arísio da Conceição, mestre
Stefano Ganelie, mestre Luziário Alves Cintra, e tantos outros, que deram sua
parcela de trabalho, esforço e dedicação à UDV.
E a todos nós,
discípulos da UDV, homens e mulheres de boa vontade, que seguimos nos dedicando
à edificação desta obra nos Núcleos da nossa região. Assim, meus
amigos, louvo aqui neste momento, através desta homenagem todos que de
uma maneira ou de outra, deram e dão de si o que tem de melhor para a expansão
desta sagrada obra, que vivissimamente está aqui para fazer com que o respeito,
a fraternidade e a justiça estejam sempre presentes através da luz, da paz e do
amor.
Quero, também,
homenagear os mestres da origem que, desde o início da nossa religião, vem
trabalhando para trazer a palavra de mestre Gabriel, nos cativando e formando
novos dirigentes, para assegurar a expansão equilibrada da UDV. Dentre eles, o
conselheiro Roberto Souto, que nos honra com sua presença, e o mestre geral
representante, mestre Francisco Herculano aqui presente. Pessoa simples,
pacificadora, que através do seu trabalho e dedicação a esta obra e a Irmandade
da União do Vegetal, vem dando exemplo de cumprimento de sua missão, auxiliando
ao próximo em seu desenvolvimento espiritual, trazendo a mensagem e o ideal de
paz e de amor do mestre Gabriel.
O mestre Paixão, que
com sua vinda para São Paulo e o trabalho desenvolvido por ele, com
perseverança e empenho, foram decisivos para a implantação da UDV em tantas
localidades do Sudeste e Sul do Brasil. Ele semeou suas sementes nos corações
daqueles que o conheceram, cativando a todos. Pessoa alegre, de coração
amoroso, a ele nossos mais profundos agradecimentos e manifestações de carinho
e respeito. Saudades. Que o grande mestre, de quem teve a honra de ser
representante o acolha e conforte à sua família, e a todos nós.
Ao nosso guia
espiritual, mestre Gabriel, que com sua sabedoria e simplicidade, vem nos
acolhendo, orientando e unindo em sua sagrada obra.
Somos gratos também
ao excelentíssimo Deputado Gerson Bittencourt, que prontamente acolheu nosso
pedido para a realização desta sessão solene, em comemoração aos 50 Anos de
existência do Centro Espírita Beneficente União do Vegetal.
Nobre amigo, a UDV
sempre abriu suas portas para a comunidade acadêmica, científica e para as
autoridades do país, consciente do valor de seu trabalho e do melhoramento
social que vem proporcionando à coletividade. E hoje, as autoridades de São
Paulo, através de V. Exa. e
desta Casa, a Assembleia Legislativa do Estado, nos
recebe de portas e braços abertos. A quem somos gratos e honrados por esta
oportunidade de estarmos juntos.
Quero ser grato
também a Deus, pedindo a ele que em sua infinita sabedoria e bondade, derrame
suas bênçãos sobre os parlamentares desta Casa, que estenda a Sua luminosidade
sobre todos nós, para que possamos viver felizes, junto aos nossos familiares,
sob o manto da paz, do amor, da saúde e do progresso.
Caros irmãos e
amigos. Vamos dar as mãos e seguir lutando em prol do bem comum, da nossa
União, do nosso Estado e do nosso país. Obrigado. (Palmas.)
O
SR. PRESIDENTE – GERSON BITTENCOURT – PT – Assistiremos, agora o áudio
visual Pioneiros da Terceira Região.
* * *
- É feita a exibição
de vídeo.
* * *
O
SR. PRESIDENTE – GERSON BITTENCOURT – PT – Esta Presidência concede a
palavra a Sra. Ilka Boim, membro da direção da
Terceira Região Administrativa do Centro Espírita Beneficente União do Vegetal.
Nós também vamos ver
um vídeo aqui, enquanto a Sra. Ilka Boim faz o uso da
palavra.
A
SRA. ILKA BOIM –
Boa noite, Sr. Presidente desta sessão solene, boa
noite autoridades da União do Vegetal aqui constituídas, senhoras e senhores,
meus amigos, meus irmãos.
É uma satisfação
imensa que eu venho aqui, apresentar o que todos nós conhecemos,
o que todos nós fazemos. Resumimos aqui, numa apresentação, que é singela, mas
acho que representa muito a cada um de nós.
O Artigo 35 dispõe,
sobre a missão do Departamento de Beneficência, que visa o atendimento social,
educacional, médico hospitalar, financeiro e cultural dos filiados e da
comunidade. E o que é uma comunidade? É ter em comum a unidade. Para nós, é
termos em comum a noção de um único pensamento em prol do bem próximo.
O bem, como princípio
no Centro Espírita Beneficente, desde a sua origem, é uma sociedade de caráter,
como o seu nome disse beneficente. Que é o Estatuto do Centro, no seu Artigo
1º, que é trabalhar pela evolução do ser humano, no sentido do desenvolvimento
e das suas atitudes morais, intelectuais e espirituais, sem distinção de cor,
ideologia política, credo religioso ou nacionalidade. Existe a palavra de Peter
Berg, que diz que uma organização religiosa promove o suporte social. É isso
que nós também fazemos. A UDV possui um componente social especialmente forte,
não é só no ato de comungar o vegetal, que se encerra a religião; os seus
ensinamentos e doutrinas são fortemente focados no convívio, nas práticas
sociais dentro e fora do espaço religioso.
Desse modo, foi
construída uma organização firmemente estruturada, com regras, deveres e
direitos bem definidos para reter e dar suporte a experiência desencadeada em
cada um de nós pelo chá. Ela é composta por essas 3 unidades, que foram aqui
várias vezes citadas, a Estrela da Manhã (UBEM), a Novo Encanto de
Desenvolvimento Ecológico, e a Unidade Assistencial Lar Sama.
Do Novo Encanto,
vocês já viram alguns filmes, algumas passagens. Mas acho importante dizer, que
é uma reserva na Amazônia aos cuidados da União do Vegetal, na divisa entre os
Estados da Amazônia e Acre, numa reserva extrativista aos cuidados da União. O
objetivo do Novo Encanto é defender a vida e participar da manutenção da paz,
através da promoção, preservação e restauração do equilíbrio e da harmonia da
múltipla relação entre o homem e a natureza. Atuar em prol da conservação dos
ecossistemas naturais, e em especial da grande floresta Amazônica. Promover o
estudo e a pesquisa do meio ambiente, identificando os seus principais
processos e suas implicações na saúde e bem estar públicos, e com isso também
no Estado de São Paulo.
As ações
implementadas no Festival da Água no Terceiro Milênio, a Água pela Paz, que faz
parte de um projeto de (?) pela Paz da UNESCO, em parceria com o poder público
e sociedade civil, associando arte e ecologia. É presente em Caxambu, já foi
desenvolvida em Caldas, Brasília, Campo Grande, Poços de Caldas e em Madri, na
Espanha.
Há o projeto de
manejo da floresta, preservando as reservas de Tocantins, Rio de Janeiro, Mato
Grosso e Bahia. O projeto de capacitação de agricultores, produtores orgânicos
e naturais desenvolvido no Estado da Amazônia. E educação ambiental, atividade
locais, regionais e nacionais como fazemos aqui no Estado de São Paulo.
As ações propostas pela Novo Encanto, uma das mais importantes é a Estação
Semear, que é educar com sustentabilidade. Fortalecer a educação e a
preservação ambiental de forma auto-sustentável, selando a paz entre os homens
e o respeito à natureza. Ela é feita através da educação profissionalizante,
dentro da educação ambiental e de ações ambientais. O curso de jardinagem
ecológica formando pessoas, e aprimorando a consciência ecológica com produtos
naturais. Plantio e trato de culturas de plantas aromáticas para temperos para
uma alimentação mais sadia, e também para ganho e sustento de seus produtores.
Como forma de beneficiamento para esses produtores e para a comunidade, através
do mercado e comercialização, para uma venda também uma ação de sustento. Através
de palestras e cursos, em relação aos recursos hídricos, a gente procura cada
vez melhorar e conscientizar a população, e o desenvolvimento sustentável
através do plantio de plantas ornamentais e aromáticas, e também com parcerias
com empresas. Esses cursos de solo e compostagem promovem em escolas, em
escolas da região, e por enquanto na região de Campinas a cultura e projeção de
hortas orgânicas.
As ações ambientais
promovem um banco de sementes e matrizes, que faz com que a gente devolva a
flora nativa às reservas necessitadas. Com produção de mudas e árvores nativas,
recuperação de nascentes na área de preservação da saúde da Estação Semear, e
reflorestamento de áreas degradas ainda, por enquanto na região de Campinas.
Como exemplo, temos aqui uma área que era como essa, devastada pela ação do
homem e que foi reflorestada em 20 anos, tornando-se, então, toda essa mata que
a gente vê. Isso é uma Unidade Administrativa da nossa União do Vegetal, e isso
a gente pode considerar multiplicado perante as outras 14 unidades administrativas
da região e nas outras tantas existentes no país.
A própria ação
beneficente, aquele que se faz assistencialmente para o próximo, é feita aqui
no Estado de São Paulo, pela Unidade Beneficente Estrela da Manhã e do Lar Sama. Tendo como público alvo, associações filantrópicas,
com as quais a gente se relaciona à comunidade local, parentes, famílias,
idosos, crianças e mulheres, fora os nossos próprios associados, e pequenos
produtores que a gente precisa aprimorar, ensinar para
que eles ganhem o seu próprio sustento. Contamos com recursos humanos,
voluntários permanentes, 118 sócios, que fazem parte da direção dessas
unidades, e com voluntários espirituais, 768 sócios, que quase duplicam o
tamanho quando da necessidade de eventos pró-sociais.
Esses são os
municípios no Estado de São Paulo que temos, não só no município, mas ao seu
redor a atuação, em Piracicaba, Araçariguama, Itapecerica, Jundiaí, Campinas,
Mogi das Cruzes, Arujá e Bertioga.
Na cultura e artes,
vou apresentar conforme a solicitação do Ministério do Bem Estar. Quando a
gente faz o relatório da beneficência, alguns itens são contemplados, e dentro
da contemplação desses itens temos a parte de cultura e artes, que são as
atividades humanísticas com a festa do Dia das Crianças, a festa de São Cosme e
São Damião, e a festa de Natal. Foram beneficiadas 7.237 pessoas, mas não é só
ser beneficiado, é trazer para essas crianças, para essa cultura, a importância
da festa folclórica, a importância da cultura local, trazendo com essa
importância, a consciência do bem estar da família
como um princípio da Sociedade.
Os serviços de saúde
que foram citados em números, fazemos através das
chamadas Ações Integradas de Viabilitação. Que é o
atendimento por profissionais da saúde, médico com encaminhamento, consulta ou
orientação, odontológico, holístico através de acupuntura, massoterapia, de
florais de Bach, e psicológicos e psiquiátricos aos mais necessitados,
beneficiando 1.120 pessoas. Através de medicamentos e de ortes,
como no caso das cadeiras de rodas e uma prótese, levando tratamento médico a
2.867 pessoas. A gente está relacionando aqui ao triênio 2008-2011. Palestras
de prevenção, higiene e orientação, levando orientação sexual, levando
orientação de doenças sexualmente transmitidas, ao uso de drogadição,
ao não uso de drogadição e
as suas consequências para a sociedade, as oficinas
de costura, desenvolvimento e sustentação dessas famílias, num total de 156
pessoas.
Assistência e
promoção social; essa é a nossa vertente mais forte. Que é auxilio de renda e
sustento com distribuição de cestas básicas a 1.392 pessoas, e a Campanha do
Agasalho, que nesses 3 anos somou 20.148 pessoas beneficiadas.
Da promoção humana e
social, tem uma parte importante que é levar essa inclusão, educação seja
social, seja educacional, com palestras, oficinas de costura,
preparo de alimentos, como preconizado pela ANVISA, educação moral e religiosa,
jardinagem, cuidado com higiene e resíduos, tornando assim uma alimentação mais
sadia e novamente proporcionando àqueles, pelo menos um foco de sustentação.
Beneficiando duas mil e 229 pessoas. A defesa dos direitos através de
assistência jurídica, ou seja, assistência legal na defesa de direitos e em
processos judiciais beneficiando 22 pessoas.
Nessa perspectiva,
como aqui foi dito, um grande eixo de sustentação dessa inclusão social é
justamente o fator multiplicador, para que cada vez nós cumpramos mais a lei do
voluntariado, e trabalhamos para aquele que precisa. Então, foi feito um
Congresso de Beneficência, onde 350 associados puderam participar e aprender um
pouco mais sobre beneficência, o Encontro Regional com 80 pessoas para que a
gente faça cumprir a palavra do mestre: fazer o bem sem olhar a quem. E que
sejamos multiplicador de tudo isso que já foi colocado aqui. Que a gente
consiga ultrapassar esse número de quase 35 mil atendidos nessas ações sociais,
e consigamos chegar aos 50 Anos, mais 50 Anos, mas que consigamos chegar também
a 50 mil atendimentos feitos aqui no Estado de São Paulo. Obrigada. (Palmas.)
* * *
- É feita a exibição
de vídeo.
* * *
O
SR PRESIDENTE – GERSON BITTENCOURT – PT – Comunicamos, mais uma vez, a todos os presentes,
que esta sessão solene será transmitida pela TV Assembleia no próximo sábado,
dia 15 de outubro, às 21 horas, NET, canal 13 e TVA, canal 66.
Agora, assistiremos a
execução do Hino à Bandeira da União do Vegetal.
* * *
- É feita a
apresentação do Hino à Bandeira da União do Vegetal.
* * *
O
SR. PRESIDENTE – GERSON BITTENCOURT – PT – Boa noite a todos. Boa noite, Vereador
Zelão. Quero cumprimentar todas as pessoas que
participam desta atividade, as pessoas que nos assistem pela TV Assembleia, cumprimentar o mestre Francisco Herculano de Oliveira, o
mestre Flávio Mesquita da Silva, o mestre Victor Luíz
de Figueiredo Martins e a conselheira Ilka Boim.
Gostaria de começar
minhas breves palavras, agradecendo o privilégio e a confiança de vários amigos
e amigas, que sugeriram esta sessão solene, prontamente aceita por este
parlamentar, como o amigo Paulo Borrú, de São Paulo,
amiga Gabriela de Campinas, neste momento não está presente, mas os seus pais
participam desta atividade. E várias outras pessoas, que me procuraram no meu
gabinete através desses amigos, apresentando e pedindo a discussão de uma
atividade desta importância e dessa magnitude.
É justa a homenagem
desta Casa, uma vez que a União do Vegetal já foi homenageada na Câmara dos
Deputados, proposta pela Deputada Federal Perpétua Almeida, que também será
homenageada aqui, na Câmara Municipal de São Paulo, pelo Vereador Zelão e
vários outros Estados caminham no mesmo sentido, reconhecendo a importância e a
justiça desse trabalho.
O parlamento tem me
dado, neste começo de mandato, o privilégio e o grato prazer, de me permitir
conhecer melhor toda a diversidade existente na sociedade paulista, mas agora
de maneira mais profunda e enraizada. Agora, posso conhecer muito melhor
aqueles segmentos que eram e são a razão da democracia, cuja última responsabilidade
é do gestor público. Porém, em eventos como este, no espaço legislativo, me
permitem prestar uma homenagem que expresse meu reconhecimento e respeito.
O Centro Espírita
Beneficente União do Vegetal foi criado há 50 anos, pelo mestre José Gabriel da
Costa, retirante nordestino, como tantos outros que saíram do Semi Árido
Nordestino em busca de sua sobrevivência, vindos até a Amazônia. Hoje, a União
do Vegetal está presente em mais de cem cidades, espalhadas por todos os
Estados do país, e também em vários outros países da Europa e Estados Unidos,
com mais de 15 mil sócios distribuídos por esses Estados e cidades do país.
Entre as leis
seguidas pela União do Vegetal, algumas devem ser destacadas primordialmente,
entre elas: reconhecer a família como sublime missão; condenar o uso de drogas
e vícios; fazer da palavra um meio sincero de mútua compreensão; ter coerência
entre propósitos e práticas; combater o preconceito e a discriminação; promover
a paz e a fraternidade humana e ainda manter atitudes tolerantes com outros
grupos sociais.
O Centro também conta
com 12 unidades assistenciais, espalhadas por todo o Brasil, com o objetivo de
propiciar um ambiente ético e confiável aos beneficiados. Valorizando a pessoa
humana e ampliando as oportunidades de crescimento moral, intelectual e
profissional.
A União do Vegetal,
nesses 50 anos, se destaca como uma entidade que contribui, de maneira decisiva,
para a coesão social e espiritual, primeiro, junto aos povos da Amazônia, e
agora, ultrapassando todas as fronteiras dentro e fora do nosso país, com a
melhor das tradições sincréticas. Ela une espiritualidade e conhecimento dos
povos da floresta, onde está sua força e identidade com os milhões de
brasileiros que vivem naquela região.
Hoje tenho vários
amigos que professam a fé na União do Vegetal, e tenho observado a coerência
com que defendem seus princípios e valores. De fato, são valores e ações muito
sólidos e profundamente voltados para o cultivo da simplicidade, humildade e
respeito a todas as outras crenças. Sem dúvida alguma, é imprescindível que,
nos tempos de hoje, toda a sociedade coloque em
prática esses valores, como o respeito à família, o combate ao preconceito, a
promoção da paz e da fraternidade humana.
Tenho a convicção de
que o parlamento também deve oxigenar e criar condições jurídicas, políticas e
sociais para que tenhamos um Brasil cada vez mais solidário, e que respeite a
liberdade religiosa. Dessa maneira, ele poderá prosperar em suas múltiplas
dimensões e ao mesmo tempo ser capaz de criar um ambiente de respeito à
diversidade por meio da democracia e seus agentes.
Por isso, reitero meu
apreço e carinhos aos 50 Anos da fundação da União do Vegetal, e afirmo que
podem contar com este espaço, o espaço do parlamento do Estado de São Paulo,
para difundir e criar valores de paz e harmonia entre os povos. Podem sempre
contar com a nossa participação. Parabéns União do Vegetal. Parabéns a todos os
seus sócios. Muito obrigado. (Palmas.)
Esgotado o objeto da
presente sessão, esta Presidência agradece as autoridades, aos funcionários
desta Casa, e a todos que colaboraram para o êxito desta solenidade e declara
encerrada a presente sessão. Muito obrigado e boa noite a todos. (Palmas.)
* * *
-
Encerra-se a sessão às 21 horas e 50 minutos.
* * *