03 DE NOVEMBRO DE 2003

50ª SESSÃO SOLENE EM COMEMORAÇÃO DOS 70 ANOS DA VASP

 

Presidência: BALEIA ROSSI

 

Secretário: GERALDO LOPES

 

DIVISÃO TÉCNICA DE TAQUIGRAFIA

Data: 03/11/2003 - Sessão 50ª S. SOLENE  Publ. DOE:

Presidente: BALEIA ROSSI

 

HOMENAGEM AOS "70 ANOS DA VASP"

001 - BALEIA ROSSI

Assume a Presidência e abre a sessão. Nomeia as autoridades presentes. Informa que esta sessão solene foi convocada pela Presidência efetiva, a pedido do Deputado ora na condução dos trabalhos, com a finalidade de homenagear os 70 anos da Vasp. Convida a todos para, de pé, ouvirem a execução do Hino Nacional pela Banda da Polícia Militar. Faz depoimento sobre a história da Vasp, desde o início de suas operações em 1933, ressaltando seu pioneirismo.

 

002 - JORGE CARUSO

Em nome do PMDB, homenageia a Vasp, considerando-a orgulho do povo paulista. Manifesta esperança de que a empresa consiga retomar os vôos internacionais.

 

003 - ARNALDO FARIA DE SÁ

Deputado Federal, ressalta a importância da Vasp. Lembra as dificuldades que foram superadas pela empresa.

 

004 - TONICO RAMOS

Ex-Presidente da Alesp, relembra a privatização da Vasp, decidida por esta Casa, em 1989. Homenageia o trabalho pela empresa de Wagner Canhedo.

 

005 - MICHEL TUMA NESS

Presidente da Fenatur - Federação Nacional de Turismo, agradece o apoio que a Vasp tem dado aos agentes de turismo.

 

006 - WAGNER CANHEDO

Presidente da Vasp, agradece a iniciativa da homenagem. Fala sobre as dificuldades e alegrias vividas em sua gestão na Vasp, que iniciou-se em 1990.

 

007 - Presidente BALEIA ROSSI

Passa à entrega ao Sr. Wagner Canhedo de placa comemorativa à efeméride. Apela para que a sede da Vasp continue em São Paulo. Agradece a todos que colaboraram para o êxito desta solenidade. Encerra a sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - BALEIA ROSSI - PMDB - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Convido o Sr. Deputado Geraldo Lopes para, como 2º Secretário "ad hoc", proceder à leitura da Ata da sessão anterior.

 

O SR. 2º SECRETÁRIO - GERALDO LOPES - PMDB - Procede à leitura da Ata da sessão anterior, que é considerada aprovada..

 

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O SR. PRESIDENTE - BALEIA ROSSI - PMDB - Compõem a Mesa da Assembléia Legislativa nesta Sessão Solene, Dr. Wagner Canhedo, Presidente da Vasp; Deputado Federal, Arnaldo Faria de Sá, representando o Congresso Nacional; Sr. Ozires Silva, ex-Ministro da Infra-Estrutura e ex-Presidente da Varig; Rodolfo Canhedo, vice-Presidente Comercial e Marketing da Vasp.

Quero registrar e agradecer a presença dos Deputados Estaduais Geraldo Lopes e Jorge Caruso; da Sra. Isaura Canhedo, esposa do Presidente da Vasp, em nome de quem cumprimento todas as senhoras presentes; Sr. Aroldo de Castro Oliveira, vice-Presidente do Conselho da Vasp; Deputado Tonico Ramos; Srs. Mauro José Miranda Gandra, José Richa, Carlos Richibiter, Cherubim da Rosa Filho e Sócrates da Costa Monteiro, membros do Conselho Consultivo; José Fernando Martins Ribeiro, Diretor Jurídico; Nelson Nicolini Júnior, Diretor Comercial; Afonso Medeiros e Luiz Vicente Bezinelli, Assessores da Presidência; Solange Panecci, Assessora do vice-Presidente; José Roberto Ribeiro, Gerente de Segurança de Vôo; Goiaci Alves Guimarães, Presidente da Favec e ex-Presidente Nacional da Abav; Hélcio Estrela, Diretor Editorial da Aviação em Revista Editora Ltda.; Décio Corrêa, Diretor-Presidente da Acromarketing Promoções e Eventos; Dr. Michel Tuma Ness, Presidente da Federação Nacional de Turismo; Plínio Satti, Presidente da União dos Italianos no Mundo; Rodrigo Estrela, Diretor-Administrativo Financeiro da Aviação em Revista; Leandro Franco, representando o Deputado Estadual Gilson de Souza; Mário Galvão, Assessor especial da Presidência da Vasp; Vera Martins, Presidente de honra da Federação Brasileira dos Colunistas Sociais; Virgilio Carvalho, que representa Guilherme Paulus, Presidente da CVC.

Srs. Deputados, minhas senhoras e meus senhores, esta Sessão Solene foi convocada pelo Presidente desta Casa, Deputado Sidney Beraldo, atendendo solicitação deste Deputado, com a finalidade de comemorar os 70 anos da Vasp.

Convido todos os presentes para, de pé, ouvirmos o Hino Nacional Brasileiro, executado pela Banda da Polícia Militar do Estado de São Paulo, regida pelo 2º Tenente Músico da PM, Menezes.

 

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-  É executado o Hino Nacional Brasileiro.

 

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O SR. PRESIDENTE - BALEIA ROSSI - PMDB - Esta Presidência agradece à Banda da Polícia Militar do Estado de São Paulo na pessoa do seu regente, 2º Tenente Músico Menezes.

Dr. Wagner Canhedo, presidente da Vasp; Deputado Federal Arnaldo Faria de Sá, representando neste ato o Congresso Nacional; Sr. Ozires Silva, ex-Ministro de Infra-Estrutura e ex-presidente da Varig; Rodolfo Canhedo, vice-presidente comercial e de marketing da Vasp, demais autoridades já mencionadas, senhoras e senhores, a Vasp completa amanhã, 4 de novembro de 2003, 70 anos de vida. A data é importante e merece comemoração. Por isso apresentei proposta para a Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo realizar a presente sessão solene em homenagem a esta grande empresa aérea, orgulho não só dos paulistas, mas de todo o povo brasileiro.

Creio, todavia, que um evento desta magnitude também exige, além de comemoração, uma profunda reflexão. É preciso refletir sobre essas sete décadas de história da Vasp, uma história marcada pelo idealismo, pelo pioneirismo, pela resistência de adversidades extremas, pela ousadia, pela confiança no Brasil e pela imensa capacidade de enfrentar e vencer desafios. Aliás, enfrentar e vencer desafios, não temer qualquer tipo de adversidade, não se curvar diante da falta de apoio oficial e de uma legislação que onera o setor de maneira ensandecida, são atitudes que traçaram o perfil da Vasp nesses 70 anos.

Ouso dizer que nenhuma companhia aérea deste planeta, nem mesmo as das nações mais desenvolvidas, que recebem tratamento diferenciado de seus governos, teria conseguido sobreviver nas condições em que a Vasp alicerçou e pavimentou sua trajetória vitoriosa iniciada desde o dia de sua fundação.

O começo das atividades da Vasp teve como base de operações o Campo de Marte, local que anteriormente abrigava a sede da Aviação Militar da Força Pública de São Paulo, extinta pelo Governo Federal após a revolução de 1932. A frota era constituída por apenas duas aeronaves, ambas bimotores, do tipo Monospar, de fabricação inglesa, e que podiam transportar, além do piloto, apenas três passageiros, e ainda um pequeno volume de malotes.

Foi com essa estrutura que a Vasp inaugurou suas primeiras três linhas regulares ligando a Capital do Estado ao interior paulista. Para meu orgulho, a minha Ribeirão Preto foi uma das cidades que começaram a receber semanalmente três vôos pioneiros da Vasp, naqueles idos anos de 1933. As outras duas cidades foram São José do Rio Preto e São Carlos. De lá para cá a Vasp, que no ano de 1936 teve seu controle acionário adquirido pelo governo paulista, não parou mais de abrir suas asas sobre o território nacional, participando ativamente do processo e do progresso econômico e social do País.

Poucas empresas contribuíram tanto para o processo de integração e de desenvolvimento nacional como a Vasp. Foi a Vasp, por exemplo, que realizou o primeiro vôo de passageiros entre São Paulo e Rio de Janeiro, em 05/08/1936, numa viagem que partiu de um campo de aviação recém-construído, na região sul de São Paulo, hoje nacionalmente conhecido como Aeroporto Internacional de Congonhas. Também foi a Vasp que consolidou na década de 50 a ponte aérea São Paulo-Rio de Janeiro, com 15 vôos diários, e pouco depois inaugurou a primeira linha regular entre a Capital paulista e Brasília, além de ser pioneira na aviação regional.

O pioneirismo da Vasp sempre foi uma marca registrada. É essa, aliás, uma das razões que fazem da Vasp um dos símbolos da modernização do País iniciada no final dos anos 30. A Vasp ajudou a desbravar e a integrar regiões longínquas, fomentando o progresso econômico e social em todo o território nacional. Devemos e precisamos exaltar esse grande exemplo que foi oferecido a todo Brasil nesses 70 anos de existência da empresa, mais notadamente a partir de outubro de 1990, quando a Vasp passou a pertencer ao Consórcio Voe/Canhedo, liderado pelo empresário Wagner Canhedo.

Enfrentar sem medo todo e qualquer obstáculo na vida pessoal e profissional, vencendo-os com obstinação e competência - é o que o Dr. Wagner Canhedo mais tem feito desde que começou a trabalhar ainda jovem, ajudando nos negócios na área do transporte rodoviário, mantidos por seu pai Joaquim, um espanhol que migrou para o Brasil aos oito anos de idade.

Antes de assumir o controle da Vasp, o grupo empresarial comandado pelo Dr. Wagner Canhedo já ostentava um notável desempenho, gerando milhares de empregos através de empresas nas áreas dos transportes rodoviário, urbano, fluvial e aéreo, da agropecuária, da hotelaria, entre outras. Após a privatização ser concluída, a tarefa de resgatar o equilíbrio financeiro e a competitividade da Vasp era sem dúvida muito árdua, uma missão cujo peso só poderia ser colocado sobre os ombros da estirpe empresarial e da envergadura moral do Dr. Wagner Canhedo.

Como fez no começo de sua vida, o Dr. Wagner Canhedo incorporou ao modelo administrativo que implantou na Vasp a maior das heranças que alguém pode receber em vida, os ensinamentos que lhe foram transmitidos por seus pais, voltados exclusivamente para o trabalho honrado e a valorização da competência técnica, da responsabilidade ética na execução de qualquer atividade produtiva e, particularmente, do ser humano.

Esses valores passaram a ser dogmas da família Vasp. Hoje cada um dos quase cinco mil funcionários da Vasp sente-se respeitado e valorizado, pois recebe o salário rigorosamente em dia e ainda conta com o apoio de uma ampla rede de serviços que lhe é oferecida na área social.

Enfim, o resultado do trabalho - que o Dr. Wagner Canhedo realizou ao lado dos seus filhos, conselheiros, colaboradores e dos quase cinco mil funcionários que hoje trabalham na Vasp - está aí para todo o Brasil constatar. A empresa resgatou sua vocação de crescimento e voltou a planejar grandes investimentos num prazo relativamente curto, depois de uma rígida reestruturação.

A Vasp iniciou um novo século como exemplo de companhia aérea que consegue estabelecer seu nicho de mercado e, o que é importantíssimo, gerando empregos e novas perspectivas de crescimento. Sua frota de 32 jatos transporta atualmente quatro milhões de passageiros/ano, atendendo a todas as capitais brasileiras, com exceção de Palmas e Boa Vista, servindo ainda outros importantes municípios brasileiros, como Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, Campinas, Ilhéus, Porto Seguro, Londrina, Foz do Iguaçu e Corumbá.

Em 2002, pelo sexto ano consecutivo, a Vasp recebeu, do Departamento de Aviação Civil, os prêmios de empresa aérea mais pontual do Brasil e também o de melhor regularidade e eficiência operacional. No ano passado, o mesmo DAC apontou a Vasp como a empresa aérea brasileira que recebe o menor número de reclamações nos aeroportos no que diz respeito a itens como qualidade de atendimento ao passageiro, extravio de bagagens e atrasos de vôos, entre outros.

Qual o segredo desses feitos extraordinários? Como a Vasp alcançou todas essas proezas, enquanto a maioria das empresas aéreas do Brasil e do mundo estão a pedir socorro oficial para evitar a falência? Seguramente essas indagações não aceitariam respostas simplistas. Todavia, entre os ingredientes da receita que recolocou a Vasp no caminho do sucesso estão alguns traços que formatam a conduta profissional, ética e moral do grupo Canhedo, uma conduta que se identifica plenamente com os sonhos e ideais que construíram a história da Vasp nestas sete décadas.

A história da Vasp, que começou a ser escrita no Campo de Marte, naquele 4 de novembro de 1933 e a longa caminhada pessoal e empresarial que o Dr. Walter Canhedo iniciou com o seu nascimento, na pequena Potirendaba, no interior paulista, confirmam a profecia da frase de uma canção imortalizada por Raul Seixas, que diz: “Sonho que se sonha junto é realidade”.

A Vasp, seu Presidente, demais diretores e seus quase cinco mil funcionários, estão ensinando que quando o objetivo a ser alcançado é nobre, vale a pena comungar dos mesmos sonhos e ideais. Parabéns, Dr. Wagner Canhedo. Parabéns a todos os demais diretores, conselheiros, colaboradores e funcionários desta grande companhia aérea, orgulho do Estado de São Paulo e do povo brasileiro, que a tem como uma das suas empresas símbolos do nosso país. Enfim, parabéns a toda a família Vasp. (Palmas.)

 

O SR. BALEIA ROSSI - PMDB - Registramos a presença do Sr. Hércules Góis, assessor do Deputado Marcelo Bueno e diretor da revista ‘Ecoturismo’.

Esta Presidência concede a palavra ao nobre Deputado Jorge Caruso, líder da bancada do PMDB, desta Casa.

 

O SR. JORGE CARUSO - PMDB - Sr. Presidente desta Sessão Solene, Deputado Baleia Rossi, em sua pessoa cumprimento todas as autoridades aqui presentes, em especial meus colegas Deputados, Arnaldo Faria de Sá e Geraldo Lopes.

Dr. Wagner Canhedo, na sua pessoa, de igual sorte, me permito cumprimentar todos os presentes e seus familiares, seus amigos, funcionários da Vasp, enfim, as pessoas que hoje acompanham e vêm aqui prestar essa homenagem ao Presidente atual da Vasp.

Coube a mim, como Deputado e líder do PMDB, representar aqui hoje na Assembléia Legislativa e de forma muito rápida prestar uma homenagem à empresa que há 70 anos emprega e faz, com orgulho, o nome de São Paulo ser divulgado aos quatro cantos. Todos nós sabemos da importância econômica para um Estado e para um país de uma empresa que gera, hoje, mais de cinco mil empregos, não só aqui no Estado de São Paulo, mas no país todo. Sabemos dessa importância, para o desenvolvimento e perspectiva futura.

É bom salientar que a Vasp foi privatizada e foi para as mãos da família Canhedo, em 1990. A família Canhedo conseguiu transformar a Vasp numa empresa produtiva, com perspectiva, conquistando mercados internacionais. De igual sorte, nos momentos de crise soube administrar problemas, retirando suas aeronaves das linhas externas, o que, claro, é muito ruim, mas foi a forma encontrada para proporcionar a manutenção da empresa e a manutenção dos empregos aqui no país.

Nós só temos que, nesta data, mais especificamente amanhã, no dia quatro, quando se completam 70 anos, agradecer a todos aqueles, não só ao Sr. Presidente, mas também a sua família e a todos que compõem o quadro da Vasp: cada funcionário, cada conselheiro, todas as pessoas que ali trabalham e se dedicam ante tantas dificuldades que o País enfrenta.

Neste momento, Dr. Wagner, também há um sentimento muito forte, por parte de nós, Deputados desta Casa, pela Vasp ser uma empresa paulista. Estava lendo uma declaração sua na revista e V.Sa. dizia que é um charme para todo o País. Mas é um charme especial para o Estado de São Paulo.

Digo mais: o Deputado Baleia Rossi, agora pouco no discurso, mencionava que a primeira linha fazia São José do Rio Preto, e a segunda linha fazia Ribeirão Preto. E ele citava isso uma hora atrás, no meu gabinete. Citarei isso até para o senhor ver que essa questão de bairrismo existe. É um pouco impositiva, mas existe. Nasci em São Paulo, Capital, e ele é de Ribeirão Preto. Ele entrou no meu gabinete e falou assim: “Você sabia que a primeira linha foi a de Ribeirão Preto?” Falei: “Espera aí, o avião saía de onde?” Ele disse: “Saía de São Paulo”. Falei: “Se saía de São Paulo, Ribeirão Preto é cidade número dois. A cidade número um é São Paulo, Capital”. E essa brincadeira, essa questão que toma conta da gente é muito forte.

É então uma alegria muito grande ver a Vasp forte, ver a sua perspectiva, a sua declaração no sentido de que, se Deus permitir, em breve a Vasp estará voltando para o mercado internacional. Receba, portanto, os parabéns do Legislativo paulista, da bancada do PMDB. Quero também cumprimentar o Deputado Baleia Rossi pela iniciativa. Parabéns de coração por esta homenagem, e desejar ao senhor, Dr. Wagner, à sua senhora, Dona Isaura, ao seu vice-presidente, seu irmão e a todos os funcionários que Deus lhes dê muita saúde, porque com saúde enfrentamos todos os obstáculos da vida. Muito obrigado para todos, uma boa noite. (Palmas.)

 

O SR. BALEIA ROSSI - PMDB - Esta Presidência concede a palavra ao nobre Deputado Federal, Arnaldo Faria de Sá, que representa o Congresso Nacional nesta Sessão Solene.

 

O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ - Sr. Presidente, Deputado Baleia Rossi, filho de um grande companheiro de Congresso, Deputado Wagner Rossi, Deputado Jorge Caruso, Deputado Geraldo Lopes, Deputado Tonico Ramos, Sr. Wagner Canhedo, seus familiares, ministro Osíris Silva, Senador José Richa, demais componentes do Conselho da Vasp, é uma satisfação estar presente nesta cerimônia, eu, que acompanhei a Vasp em dois momentos.

O primeiro, quando garoto ainda - moro no Parque Jabaquara - e via a Vasp no aeroporto de Congonhas, que hoje todo mundo saúda como grande aeroporto, mas que alguns tentaram fazer um aeroporto superado. Vemos hoje que o aeroporto, dentro da cidade, é um porta-aviões que acaba atendendo a maior demanda de tráfego aéreo do Brasil. Naquela época, garoto ainda, via que a empresa mais ligada com Congonhas era Vasp naquela época, início de Congonhas. E hoje vemos que, dentro desse atual cenário da aviação nacional em que uma empresa sucumbiu, outras passam por dificuldades, a Vasp já passou pelo seu calvário e, graças a Deus, conseguiu superar dificuldades. Hoje aeronautas e aeroviários são unânimes em afirmar que a Vasp encontrou o seu céu de brigadeiro, certamente pela determinação sua, dos seus filhos, da sua família, do Conselho que acredita nessa determinação e nesse trabalho.

Wagner, você é um louco. Conseguir fazer o que fez mostra que o Brasil precisa de outros loucos como você para que passássemos de momentos difíceis para momentos produtivos e de grande solução. Tive alguns contatos com Wagner. Sempre que a Vasp teve alguma dificuldade após a sua privatização, certamente era um dos primeiros a ligar e me colocar à disposição de Wagner. Hoje, graças a Deus, faz tempo que não ligo para Wagner. Então, é uma situação que demonstra que a Vasp,

Graças a Deus, passa por momentos tranqüilos, por momentos positivos, o que é esperançoso e, acima de tudo, valoroso, como lembrava Jorginho aqui, para a nossa São Paulo. A Vasp, realmente, é a marca de São Paulo, e dentro dos céus do Brasil temos um espaço bastante bom, porque você, Wagner, passando por todas as dificuldades, conseguiu encontrar o seu porto seguro e está levando a Vasp a momentos que todos nós gostaríamos.

Quero fazer uma confidência: Wagner era suplente de senador. E naquele momento difícil da Vasp dizia para ele: “Wagner, converse aí com o titular do mandato. Ele se afasta, você assume um pouco, e talvez, você assumindo o seu mandato e exercendo a condição de senador, isso pode vir a lhe ajudar diante de todos esses problemas”. Sabe o que Wagner respondeu? “Política não é para mim. Política é para vocês. Eu só sei fazer transporte”. E é por isso que você é um homem de sucesso. Parabéns, Wagner Canhedo, parabéns, Vasp e parabéns a todos vocês! (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - BALEIA ROSSI - PMDB - Com a palavra o nobre Deputado Tonico Ramos, ex-presidente desta Casa, que também quer prestar a sua homenagem ao Dr. Wagner Canhedo e à Vasp.

 

O SR. TONICO RAMOS - Exmo. Presidente Baleia Rossi no exercício desta magnífica Sessão Solene, de 70 anos da Vasp; Exmo Deputado Federal Arnaldo Faria de Sá, através de quem saúdo a todos os parlamentares aqui presentes; Exmo. Senador, sempre senador, José Richa; autoridades presentes, senhores e senhoras, cabe a mim a responsabilidade de trazer uma mensagem da privatização da Vasp.

Ou melhor, trazer uma mensagem um pouco mais clara a respeito desse divisor de águas que houve com esta empresa que orgulha o Brasil e que fomentou todo o desenvolvimento. Onde foi necessário desenvolver o País lá estava presente a Vasp. E, como Presidente da Assembléia e autoridade maior do Legislativo, naquele momento que privatizava a Vasp, tinham os 84 parlamentares de todas as correntes partidárias a responsabilidade de ofertar à população, aos formadores de opinião e à mídia a importância de privatizar a Vasp em benefício do povo paulista e do próprio Brasil.

Mas a família Vasp era liderada de quatro em quatro anos pelo governo que assumia. A filosofia do governo que assumia mudava com muita rapidez a sua administração gerencial. A família Vasp, que leva o nome do Estado de São Paulo, tinha que adotar uma decisão de imediato, porque senão corríamos o risco de seguir aquelas empresas que todos vocês acompanham, com muita tristeza, quando perdem o seu eixo e caminham para o insucesso. A família Vasp, que o Estado de São Paulo empresta-lhe o nome, é hoje administrada pelo líder Wagner Canhedo.

A família Canhedo é hoje liderada pelo Wagner Canhedo, cuja história todos que aqui estão conhecem. E, quando a presidência da Vasp é transferida para o Wagner Canhedo, em 1990, a imprensa coloca em primeira página a importância que esse homem representava para o setor da aviação, a expectativa que ele alimentava naquela empresa que era a menina dos olhos dos paulistas, e, quiçá, dos brasileiros.

Mas, no período de 76 a 79, surgem tentativas frustradas de privatização da empresa e a iniciativa bem-sucedida de estrangulamento do seu crescimento. Sucessivas ingerências fazem com que a empresa Vasp, rentável em 76, passasse a experimentar a decadência a partir de 1979. Em 22 de outubro, o Secretário de Transportes, Tomás Magalhães, foi chamado à Alesp para prestar esclarecimentos sobre a situação da Vasp, bem como dar a posição do governo sobre a então campanha que se desenvolvia visando sua privatização.

Na época, o relator entendia que desde a gestão do Brigadeiro Araripe Macedo, do Ministério da Aeronáutica, vinha sofrendo toda espécie de discriminação, visando minimizar sua importância no mercado e na sua privatização. Nota-se que o aviso ministerial de 28 GM-5-145, de 06.06.67, encaminhado ao Governador Paulo Egídio Martins, cujo teor era de que a Vasp deveria continuar crescendo até o limite julgado conveniente pelo DAC. Fazia-se necessária a sua privatização.

Em 80, a CEI desta Casa - Comissão Especial de Inquérito - já identificava um problema crônico na Vasp e as tentativas de sua privatização afirmava o seu relatório. Em outra CEI, em 1987, manifestaram-se a favor da sua privatização os Srs. Tenente Brigadeiro Eduardo Valdir Fonseca, Diretor-Geral do DAC, o Presidente da TAM, Comandante Rolim, e o Presidente da Transbrasil, Comandante Omar Fontoura. Os Ministros da Fazenda, a partir de 85, Funaro, Bresser, Maílson e Zélia só falavam em privatizar as estatais.

Na campanha de 86, o Governador Quércia assumira compromisso de privatizar a Vasp, e sempre citava os motivos: “É o tipo de atividade que deveria ser administrada pelo setor privado. Os recursos ali investidos deveriam ser destinados à saúde, educação, habitação popular e muitos outros.” Entendia que o Governo Federal e o Ministério da Aeronáutica não iriam autorizar vôos internacionais para a Vasp e acreditava no interesse da iniciativa privada em assumir essa tarefa. A própria Constituição Federal, de 88, ratifica, em seu artigo 173, que a privatização da Vasp contemplava os interesses nacionais.

Em 28 de junho de 89, a Assembléia Legislativa recebeu o projeto de lei do Governador Quércia; em 27 de dezembro de 89, é sancionada a Lei 6.624, pelo Governador Quércia. Apóiam a privatização da Vasp 77% dos funcionários, isto é, 4.076 funcionários estavam interessados na compra da Vasp, conforme documentação da época, a Associação dos Funcionários da Vasp, a Trade Transporte Administração Camilo Cola, Unibanco, o BNDES, o Banco Chase Manhattan, Tam, Morgan, ZLC, da Ministra Zélia Cardoso de Melo, Cooper and Librand, Fundação dos Empregados da Vasp.

Em 6 de abril de 90, foi entregue um edital de pré-qualificação; em 02 de maio de 1990, esse edital de pré-qualificação foi adquirido por 38 interessados. Trinta e oito pessoas estavam interessadas na compra da Vasp. No dia 29 de maio de 90, 3700 funcionários constituem a empresa Voe S/A, tornando-se acionistas. A empresa Voe, inscrita como candidata pré-qualificada associou-se ao grupo Canhedo, formando o consórcio Voe Vasp. Com essa denominação, o consórcio Voe Vasp participou do leilão público da Bolsa de Valores de São Paulo em quatro de setembro de 1990, saindo vencedor. Ao guerreiro Wagner Canhedo, com a responsabilidade da Presidência da Assembléia de 1990, com a responsabilidade de cidadão, pai de família, brasileiro, quero registrar minha admiração por esse homem que nos momentos de dificuldades lá estava estimulando seus companheiros, mostrando que a vitória não era simples. Uma vitória saborosa era aquela que tinha dificuldade, mas não tanta como a que assistimos.

Quero prestar uma homenagem a esse desbravador, a esse bandeirante, a esse homem que não teme a dificuldade, a esse homem que tem pelo trabalho e pela família a expectativa de dias melhores, não para ele, mas à sociedade no seu todo, aos companheiros de direção, aos funcionários e suas famílias, à Vasp que recebe o nome do Estado de São Paulo. O Estado de São Paulo empresta o nome a essa empresa. Por algumas vezes vi o Sr. Wagner Canhedo dizer: “A responsabilidade minha em ter a Vasp com o nome do Estado de São Paulo triplica”.

Enfim, 70 anos, parece pouco tempo. Mas, dentro da pesquisa, quis ver algumas pessoas que poderiam ter 70 anos, para ter uma idéia de grandeza. Miquelangelo, 89 anos; Newton, 85 anos; Voltaire, 84 anos; Tomas Edson, 84 anos; Victor Hugo, 83 anos; Confúcio, 81 anos; Litz, 75 anos; Copérnico, 70 anos. Parece-me que encontrei alguém com 70 anos, igual à Vasp. Leonardo da Vinci, 67 anos; Camões, 56; Cristóvão Colombo, 55; Napoleão, 52. Parei por aí. Já tenho uma noção do que são 70 anos. Tenho 61 anos.

Quero aqui dizer a todos os senhores presentes que nunca o Wagner Canhedo precisou tanto de vocês como precisa neste momento. Não tem mais necessidade de continuar trabalhando pela história, pelo que já fez. Nós não, nós precisamos fazer mais alguma coisa. Estou com 61, ele tem um pouquinho mais que eu. Mas ele é sozinho, vocês não. Vocês são a célula multiplicadora do sucesso que o Wagner Canhedo sonha para essa empresa que se chama Vasp. Repito, a empresa que o Estado de São Paulo cedeu seu nome, emprestou seu nome para todos nós, para que seja representado no Brasil inteiro e continue fomentando o desenvolvimento.

É certo que está trocando sua frota. Não sei quantos aviões ele troca, mas sei que troca. Li na imprensa. Mas ele precisa trocar muito mais. São Paulo está precisando de muito mais avião, piloto, aeromoça, pessoas que trabalham dentro do avião, na terra, muito mais pessoas que saiam por aí falando “eu sou funcionário da Vasp; eu sou liderado por Wagner Canhedo; eu quero orgulhar o Estado de São Paulo no momento em que empresta seu nome para a empresa Vasp”.

Parabéns Wagner, parabéns a sua família, parabéns à Vasp e sua família, parabéns a todos os senhores presentes. Setenta anos! Na lista que vi, não quis buscar mais gente, procurei quantos anos tinha a Joana D'Arc, não encontrei, mas no próximo 70 anos prometo dizer quantos anos a Joana D'Arc tem. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - BALEIA ROSSI - PMDB - Quero registrar a presença do Sr. Francisco Roberto Arantes, representando o líder do governo, Deputado Vanderlei Macris. Esta Presidência concede a palavra ao Sr. Michel Tuma Ness, presidente da Fenatur.

 

O SR. MICHEL TUMA NESS - Nobre Deputado Baleia Rossi, em primeiro lugar quero agradecer a oportunidade de quebrar o protocolo, pois não estava inscrito para falar. Parabéns por seguir os passos de seu pai, que fez um brilhante trabalho aqui em São Paulo, tenho certeza de que V. Exa. está dando essa continuidade. Em segundo lugar, por escolher o nosso presidente Canhedo, muito bem escolhido. Quero deixar registrado em nome de 12 mil agentes de viagem, eu que represento 25 sindicatos no Brasil, o apoio que este homem tem dado aos agentes de viagem.

Não vou repetir o que já foi dito. Já foi aplaudido de pé por mais de cinco mil agentes de viagem no último congresso no Rio de Janeiro. No ano passado, foi aplaudido também de pé por duas vezes, por mais de cinco minutos, pelos agentes de viagem de todo o Brasil. Cumprimento a coragem que o nosso presidente Canhedo tem tido com os agentes de viagem e o desafio contra as outras companhias aéreas nacionais quando reduziram o comissionamento dos agentes de viagem de dez para sete. Ele aumentou para 13. Quero pedir uma salva de palmas ao nosso Presidente. (Palmas.)

Continuem contando com o apoio, com a vontade que os agentes de viagem têm de repetir estes 70 anos da nossa querida Vasp. Oitenta e cinco por cento das vendas das passagens das companhias aéreas são feitas pelos agentes de viagem da federação, dos sindicatos, da Abav e da Favec. Parabéns. Continuem contando conosco. Não pedi autorização para o Voiacy, mas tenho certeza de que ele compartilha dos números e do que falei. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - BALEIA ROSSI - PMDB - Quero registrar a presença do Sr. Mário Zappa, Diretor Comercial da Embraer.

Tem a palavra o grande homenageado desta noite, o Presidente da Vasp, Dr. Wagner Canhedo.

 

O SR. WAGNER CANHEDO - Senhor Presidente Deputado Baleia Rossi, Deputado Arnaldo Faria de Sá, querido amigo Osires Silva, Srs. Deputados, meus amigos, agentes de viagem, operadoras, consolidadoras, nossos conselheiros, nossos colaboradores, minha família, minha esposa Dona Isaura, minha grande âncora - somos casados já há 48 anos, uma força que se renova a cada dia - Deputados Estaduais Geraldo Lopes, Jorge Caruso, senhores e senhoras, como disse aqui o Tonico, no dia 1º de outubro de 1990 assumimos a Vasp. Tornei-me presidente, gestor, condutor dos destinos da empresa.

Naquele momento eu achava que era uma empresa como outra qualquer. Já estávamos acostumados a desafios, administrávamos já várias empresas e não podíamos imaginar que por outro lado estávamos causando talvez ciúmes, talvez inveja. Enfim, assumíamos com toda humildade, com toda simplicidade na certeza de que era mais uma empresa que tínhamos para administrar. Encontramos, realmente, algumas turbulências no caminho que tivemos de administrar, que não estavam programadas, porque participamos de um leilão público que ficou três ou quatro anos na mídia sendo elogiado.

Achávamos que estava na hora de a Vasp ser privatizada e acabar com o prejuízo que ela dava todos os meses para o Estado. Os balanços estão aqui com o nosso querido amigo Erlair, nosso diretor e chefe da nossa controladoria. Nos últimos dez anos a Vasp dava um prejuízo para o Estado de 120 milhões de dólares por ano. Portanto o Estado, a partir daquele momento, deixava de ter prejuízo e o dinheiro do contribuinte seria melhor aplicado porque o Estado deixava de subsidiar uma empresa, aliás, uma empresa que presta um serviço ela não tem necessidade, não pode ter necessidade de ser subsidiada. Ela tem de ter faturamento capaz de poder fazer frente a suas despesas. E não era isso que acontecia com a Vasp até então, de forma que ao assumirmos tirávamos naquele dia um prejuízo grande do Estado. Com certeza foi uma grande colaboração que fizemos ao Estado de São Paulo.

Hoje a Vasp tem cinco mil funcionários. Diria que é a melhor equipe da indústria de transporte aéreo deste país. Meus respeitos. Sou apaixonado por vocês. Nós nos sentimos dignificados porque encontramos parceiros, companheiros com vontade de salvar a companhia. Como disse no início, não podíamos imaginar que tivéssemos uma série de fatores problemáticos no meio do caminho, dentre eles os nossos concorrentes, que nunca se conformaram com o nosso êxito.

Naquele dia em que assumimos a empresa todos os nossos concorrentes desejavam que parássemos no outro dia. Isso não aconteceu e não vai acontecer nunca, porque apesar de toda turbulência, estamos preparados hoje para o crescimento. Estamos com um projeto de renovação da nossa frota; estamos com um projeto de crescimento da nossa frota, enfim, já temos em mãos os projetos dos organismos financeiros nacionais e internacionais para que possamos, realmente, voltar a crescer.

A empresa está preparada para um crescimento. Tivemos, como disse o Deputado Baleia Rossi, problemas com desvalorização cambial e outros. Convivemos com esses planos econômicos todos, mas a desvalorização cambial que mais causou problema na Vasp e no transporte aéreo foi a primeira desvalorização cambial depois do plano real, no dia 12 de janeiro de 1999. Naquele dia decidimos deixar o mercado internacional provisoriamente. E agora estamos preparados para crescer no mercado doméstico e voltar, depois, para o mercado internacional.

Enfim, demos um passo para trás para depois dar dois para a frente. Estamos, realmente, preparados para isso. De forma que tenho muito orgulho de estar aqui hoje, com vocês, recebendo uma homenagem desta Casa Legislativa. Acho que a Vasp merece por ser uma empresa de São Paulo, por levar o nome de São Paulo. Por isso acho que realmente somos merecedores. Agradecemos profundamente, Senhores e Senhoras. Temos certeza de que a Vasp será sempre um orgulho para São Paulo, especialmente agora que estamos prontos para o crescimento. Com toda a turbulência que passamos não imaginávamos que chegaríamos a isso. Mas estamos aqui, preparados e prontos para dar esse salto de crescimento, numa demonstração clara da nossa força de trabalho.

Agradecemos profundamente a todos, ao nosso Conselho, aos nosso diretores e à minha querida Isaura, dona Isaura, minha companheira de todos os momentos. Portanto, o meu muito obrigado a todos vocês! Estou muito feliz e muito honrado. Obrigado, Deputado Baleia Rossi e todos os Deputados e Senhores que estão presentes. Um abraço a todos! (Palmas.)

 

O Sr. Presidente - Baleia Rossi - PMDB - Quero aproveitar para, em nome da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, entregar ao Dr. Wagner Canhedo uma placa que resume esta Sessão Solene em homenagem aos 70 Anos da Vasp.

“Por iniciativa do Deputado Baleia Rossi, a Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo realizou, em 3 de novembro de 2003, Sessão Solene em homenagem ao 70º aniversário da Vasp, Viação Aérea São Paulo.

A Sessão Solene sintetizou o reconhecimento do povo paulista à importância da Vasp no desenvolvimento econômico e social do Estado e do Brasil. O Poder Legislativo do Estado de São Paulo oficializou a admiração e o orgulho que a população paulista dedica ao pioneirismo e à grandeza dessa empresa aérea, na figura do Presidente da Vasp, Dr. Wagner Canhedo. São Paulo, 3 de novembro de 2003.” (Palmas.)

Antes de encerrar a presente sessão quero fazer um pedido ao Dr. Wagner Canhedo, Presidente da Vasp: ficamos sabendo que na última sexta-feira o Congresso Nacional também fez uma bela homenagem à Vasp pelos seus 70 anos, ressaltando a importância dessa empresa aérea não só para São Paulo, mas para o nosso país. Tomamos conhecimento que vários Deputados Federais pediram para que o senhor mudasse a sede administrativa da empresa, tirasse de São Paulo e mandasse para Brasília. Vou ser um pouco regionalista, como foi também o Deputado Jorge Caruso.

Quero fazer um apelo em nome da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, que tem uma honra muito grande de ter no nosso solo a sua empresa, a Vasp, que completa 70 anos. Quero fazer este último apelo: que o Senhor agradeça esses pedidos, mas que deixe em São Paulo, na nossa capital, a sua empresa que muito honra não só o Estado de São Paulo mas todo o nosso país. (Palmas.)

Esgotado o objeto da presente sessão esta Presidência, antes de encerrá-la, agradece ao Presidente da Vasp, Dr. Wagner Canhedo; ao Deputado Federal Arnaldo Faria de Sá, que representa neste momento o Congresso Nacional e tenho certeza que também é a favor da permanência da Vasp em São Paulo; ao Sr. Ozires Silva, ex-Ministro de Infra-Estrutura e ex-Presidente da Varig, que muito nos honra com sua presença; ao Sr. Rodolfo Canhedo, vice-Presidente Comercial e de Marketing da Vasp; aos Deputados Estaduais Jorge Caruso e Geraldo Lopes; às demais autoridades; aos funcionários desta Casa. Um agradecimento especial à imprensa que se fez presente nesta sessão e àqueles, que com suas presenças, colaboraram para o êxito desta solenidade e deixamos um convite para um coquetel no hall monumental.

Está encerrada a sessão.

 

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- Encerra-se a sessão às 21 horas e 31 minutos.

 

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