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10 DE NOVEMBRO DE 2003

52ª SESSÃO SOLENE EM HOMENAGEM AOS 80 ANOS DE FUNDAÇÃO DO Primeiro GRUPO ESCOTEIRO DE SÃO PAULO

 

Presidência: ALDO DEMARCHI

 

DIVISÃO TÉCNICA DE TAQUIGRAFIA

Data: 10/11/2003 - Sessão 52ª S. SOLENE  Publ. DOE:

Presidente: ALDO DEMARCHI

 

HOMENAGEM AOS 80 ANOS DE FUNDAÇÃO DO PRIMEIRO GRUPO ESCOTEIRO SÃO PAULO

 

001 - ALDO DEMARCHI

Assume a Presidência e abre a sessão. Nomeia as autoridades presentes. Comunica que a presente sessão fora convocada pelo Presidente Sidney Beraldo, a pedido deste Deputado, com a finalidade de homenagear os 80 anos de fundação do Primeiro Grupo de Escoteiros São Paulo. Convida todos a ouvir o Hino Nacional Brasileiro.

 

002 - WALTER SCHLITHLER

Membro do Primeiro Grupo de Escoteiros São Paulo, narra a história do grupo, citando aqueles que contribuíram para que este grupo chegasse aos 80 anos de existência.

 

003 - Presidente ALDO DEMARCHI

Anuncia a apresentação do Hino do Grupo São Paulo.

 

004 - RICARDO VON GLENN PONSIRENAS

Presidente do Primeiro Grupo de Escoteiros São Paulo, destaca a importância do escoteirismo para a construção de uma sociedade melhor. Anuncia a apresentação pelos escoteiros da "Canção da Promessa". Homenageia, com entrega de diplomas, o Deputado Aldo Demarchi e outros convidados.

 

005 - NEI ARARIPE SUCUPIRA

Ex-presidente da União dos Escoteiros do Brasil - região São Paulo. Agradece ao Deputado Aldo Demarchi pela homenagem ao Grupo São Paulo de Escoteiros e cita os desafios que o escoteirismo enfrenta nos dias de hoje.

 

006 - RICARDO VON GLENN PONSIRENAS

Homenageia o Sr. Álvaro Tavares de Souza.

 

007 - ÁLVARO TAVARES DE SOUZA

Diretor Regional da União dos Escoteiros do Brasil, agradece a homenagem e fala de sua alegria de ser escoteiro.

 

008 - RICARDO CASTILHO DE BIASI

Diretor de marketing da União dos Escoteiros do Brasil, relata sua experiência quando encontrou na rua um antigo escoteiro.

 

009 - Presidente ALDO DEMARCHI

Refere-se aos problemas sociais, onde se busca soluções para a violência. Fala sobre os valores desenvolvidos no escoteirismo, sendo uma escola formadora de líderes. Agradece a todos que colaboraram com o êxito desta solenidade. Encerra a sessão.

 

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O SR. PRESIDENTE - ALDO DEMARCHI - PFL - Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta presidência dá como aprovada a Ata da sessão anterior.

Gostaria de nomear as seguintes autoridades: Sr. Ricardo Von Glenn Ponsirenas, presidente do Primeiro Grupo de Escoteiros São Paulo; Sr. Rodrigo Castilho de Biasi, diretor de marketing da União dos Escoteiros do Brasil, direção nacional; Sr. Luis Antonio Chomuni, diretor da Loja Maçônica Lord Baden Powell; Sr. João Gomes de Sá, diretor do departamento de Unidades Esportivas Autônomas, representando neste ato, a Secretária Municipal de Esportes e Lazer, Nádia Campeão; comandante Albuquerque, representando neste ato, o vice-almirante Pierantoni, comandante do 8º Distrito Naval; Sr. João Climaco Trindade, diretor do Sindicato dos Procuradores do Estado de São Paulo; Sr. José Serafim Abrantes, empresário contábil, ex-presidente do Conselho Federal de Contabilidade e Regional de São Paulo; Sr. Jorge Badra, diretor da Federação do Comércio do Estado de São Paulo; Sr. Walter Schlithler, antigo escoteiro; Sr. Luiz Eduardo Correa Dias, Desembargador do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo; Sr. Nilton Carlos Busnello, presidente da Loja Maçônica União Paulista nº 34; Sr. Ronaldo Junqueira, representando o Sr. Gilson Barreto, vereador à Câmara Municipal de São Paulo; Sr. Walter Brizola Trindade, membro da Primeira Turma do Grupo de Escoteiro São Paulo; Sr. Manoel Cerdeira, diretor técnico do Grupo 9 de Julho; Sr . Nei Araripe Sucupira, ex-presidente da União dos Escoteiros do Brasil, Região São Paulo; e Sr. Álvaro Tavares de Souza, Diretor Regional da União dos Escoteiros do Brasil.

Senhoras e senhores, esta sessão solene foi convocada pelo presidente desta Casa, nobre Deputado Sidney Beraldo, atendendo solicitação deste Deputado, com a finalidade de homenagear os 80 anos de fundação do Primeiro Grupo Escoteiro São Paulo.

Convido todos os presentes para, em pé, ouvirmos o Hino Nacional Brasileiro, executado pela Banda da Polícia Militar do Estado de São Paulo, sob a regência do Maestro, 2º Tenente Músico PM Antônio Ferreira Menezes.

 

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- É executado o Hino Nacional Brasileiro.

 

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O SR. PRESIDENTE - ALDO DEMARCHI - PFL - Esta Presidência agradece à Banda da Polícia Militar do Estado de São Paulo, na pessoa do Maestro, 2º Tenente Músico, PM Antônio Ferreira Menezes. Muito obrigado.

Dando prosseguimento, fará uso da palavra, o Sr. Walter Schlithler, membro do Primeiro Grupo de Escoteiros São Paulo.

 

O SR. WALTER SCHLINTHLER - Escoteiros, chefes, Srs. Deputados, senhores e senhora, meu nome é Walter Schlithler, sou antigo escoteiro do Primeiro Grupo de Escoteiro São Paulo. E, por ter exercido a chefia, por algum tempo fui chamado de Chefe Walter.

Em primeiro lugar quero dizer que não estou aqui para falar da história do Primeiro Grupo Escoteiro São Paulo em meu nome pessoal, mas em nome de todos aqueles que contribuíram decisiva e desinteressadamente para que o nosso grupo escoteiro chegasse a esta idade respeitável dos 80 anos. Entre esses elementos, gostaria de mencionar principalmente aqueles que já partiram para o Grande Acampamento, que foram os protagonistas responsáveis pelos sólidos alicerces que nos permitiram chegar até aqui.

Em primeiro lugar, Rodolfo Malampré, cidadão inglês que fundou um grupo em 1923, trazendo da Inglaterra a semente do escotismo puro, criado por Lord Robert Baden Powell; chefe José Spina, que nos deu uma grande contribuição técnica; Chefe João Moss, que com seu apurado senso administrativo, não só cuidou da nossa organização, como se preocupou em deixar registrado passagens importantes da vida do nosso grupo. Também os chefes Jorge Zeriberh Baer e Eugênio Fister, que trabalharam muito no sentido de manter viva a chama do puro ideal escoteiro que sempre norteou a vida do nosso grupo.

Fui escolhido para falar sobre a história do grupo; não porque tenha tido uma atuação muito destacada, mas porque sou uma testemunha viva da sua longa existência, pois ingressei no Primeiro Grupo Escoteiro São Paulo em 1933. O Primeiro Grupo Escoteiro São Paulo tem realmente uma longa e respeitável história de serviços à comunidade, trabalhando na formação da juventude, através do método escoteiro de educação.

Fundado em 1923 com o nome de Associação de Escoteiros Católicos, congregava àquela época, vários grupos denominados tribos, e com nomes indígenas, localizados em várias paróquias da cidade que lhe cediam espaço. Eu, por exemplo, pertencia à tribo Guarany, com sede na igreja de Santa Generosa.

Por volta de 1930, para melhor caracterizar o trabalho de um escotismo puro, que era então desenvolvido no nosso grupo, os chefes decidiram mudar o nome da associação para “Boy Scouts Paulista”, continuando sua brilhante trajetória.

Em 1941, para se adaptar aos regulamentos vigentes, passou a se chamar Associação de Escoteiros São Paulo, e posteriormente, atendendo a instruções emanadas da União dos Escoteiros do Brasil, a se denominar Primeiro Grupo Escoteiro São Paulo; primeiro, naturalmente, devido a sua antigüidade no movimento. Este grupo atravessou estes anos e chegou até aqui portando uma admirável vitalidade, que pode ser constatada a qualquer momento. Isso pela simples razão de que nunca abdicou da sua obrigação de praticar o escotismo autêntico Baden Powell.

Belíssimas passagens ocorreram, evidentemente, nesses 80 anos de vida escoteira. Mas infelizmente não temos o tempo hábil para as relatar aqui. Porém, gostaria de mencionar aquelas mais importantes, que demonstram o alto espírito de serviço, característica básica do escoteiro, que sempre pautou o comportamento dos seus membros.

Em 1932, por ocasião da Revolução Constitucionalista, aderindo ao alto espírito cívico que predominava na época, o nosso grupo escoteiro se atira, de corpo e alma, no serviço à comunidade paulista. E, além de executar tarefas na cidade, decide mandar para o fronte de batalha seus chefes escoteiros maiores de 15 anos para servir nos hospitais de sangue, junto à Cruz Vermelha Brasileira. Somente para ser ter uma idéia do trabalho realizado na ocasião, vou ler trecho do prefácio da 2ª edição, escrito pelo Chefe José Spina, do relatório do evento preparado pelo chefe João Moss, que foi enviado a Baden Powell, que respondeu congratulando-se com todos os membros do nosso grupo:

“As equipes da Cruz Vermelha, com suas divisões de especialistas em transportes, abastecimento, farmácia, medicina de campanha, etc.; gente de escol e altamente qualificada, como provaram do começo ao fim, julgaram aqueles meninos de calções curtos um estorvo”. Todos pensaram assim, alguns mais francos disseram. Essa situação durou uma semana. Mais uma semana e passamos a ser tolerados para, em seguida, sermos considerados indispensáveis.

Prova-o a ordem emanada da Chefia da Cruz Vermelha em campanha, de que todos os núcleos a serem implantados deveriam incluir escoteiros. O trabalho notável da Cruz Vermelha se caracterizaria dali por diante, em todos os setores, pela participação escoteira. Nos hospitais de base preenchiam todos os claros guiando ambulâncias, providenciando abastecimento, trabalhando no preparo de medicamentos, assistindo aos feridos. Cada posto avançado da Cruz Vermelha compreendia tipicamente um médico, um enfermeiro e um escoteiro.

Mais adiante diz que centenas de exemplos edificantes poderiam ser relatados, mas por questão de espaço cita apenas um. E ele começa: “Som surdo do troar dos canhões e das granadas que passam sibilando. Ambulância geme nos freios diante do hospital de campanha, trazendo mais feridos. Na sala de operações a ansiedade é geral e os olhos dos presentes vão do ferido que está sendo atendido com parada cardíaca ao teto, pois todos temem que a próxima pode cair aqui. O cheiro do clorofórmio entorpece. As mãos tremem. E como conseqüência algumas coisas não são mais feitas da maneira ortodoxa. Quando o nervosismo parecia atingir a todos o cirurgião baixou a máscara que tinha sobre a boca e, como voz pausada e firme, disse: “Senhores, parece que o único que tem calma aqui é o escoteiro.”

Isso é para se ter uma idéia do que foi então essa participação na Revolução de 1932 junto à Cruz Vermelha Brasileira, o ponto alto da vida escoteira do grupo. Pôde-se constatar sob as condições extremas da época, naquela situação, o alto grau de formação escoteira que o grupo proporcionava a seus membros, demonstrando que realmente estávamos no caminho certo da prática do movimento, fato confirmado aliás por Baden Powell em sua carta. Havíamos, na verdade, passado pela prova máxima.

Além disso, em datas posteriores, o primeiro grupo contribuiu e muito, através do trabalho de seus chefes, para o desenvolvimento do escotismo nacional, participando de cargos em diversos escalões e tendo como destaque a elaboração e a direção do acampamento internacional de patrulhas, realizado em 1954, como parte do IV Centenário da Cidade de São Paulo, quando a maioria da equipe diretora do acampamento vinha dos quadros do Primeiro Grupo Escoteiros de São Paulo.

Destaca-se ainda a colaboração com o movimento internacional, auxiliando na implantação do curso de Insígnia de Madeira, que é a formação de chefes escoteiros pelo Bureau Mundial Escoteiro, tanto no Brasil como em outros países da América do Sul.

Temos ainda o privilégio de ter um dos nossos chefes - Eugênio Fister - convidado para ser o Executivo Nacional do Escotismo na Venezuela, onde realizou um trabalho profissional magnífico de recuperação do movimento escoteiro naquele país.

A que devemos essa brilhante carreira de 80 anos? Primeiro, a não nos afastarmos nunca do ideal escoteiro de Baden Powell, esse genial general inglês que deixou uma carreira brilhante no exército para se dedicar à formação da juventude, não só em sua terra, mas em todo o mundo, visando como objetivo máximo a fraternidade universal. A não nos afastarmos do objetivo do movimento que é a formação de cidadãos aptos física, moral, intelectual e espiritualmente, através da prática do campismo. E a desenvolver o que se chama “espírito escoteiro”, baseado na lei e na promessa escoteira que desenvolve o caráter do jovem, orientando-o para Deus e para o serviço à Pátria e ao próximo. E finalmente a desenvolver o espírito do São Paulo, baseado nessa riquíssima tradição de 80 anos, cuja continuação colocamos agora nas mãos da geração atual de chefes e dirigentes, que certamente saberão conduzir o grupo com brilho, mantendo altos os ideais que sempre nortearam a vida gloriosa desta entidade escoteira. Muito obrigado. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - ALDO DEMARCHI - PFL - Assistiremos agora à apresentação do Hino do Grupo São Paulo pelos escoteiros.

 

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É feita a apresentação.

 

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O SR. PRESIDENTE ALDO DEMARCHI - PFL - Tem a palavra a Sra. Maria Toshiko Yamawaki. (Pausa.) A Sra. Toshiko não se encontra presente, então, tem a palavra o Sr. Ricardo von Glenn Ponsirenas, Presidente do Primeiro Grupo de Escoteiros São Paulo.

 

O SR. RICARDO VON GLENN PONSIRENAS - Boa noite a todos os presentes, Deputados, autoridades. É um prazer enorme estar aqui com vocês nesta noite, cercado de amigos, principalmente porque vejo que temos aqui amigos, novos amigos que estão há algum tempo no grupo, participando das atividades com a gente. É uma grande honra estarmos aqui nesta cerimônia.

Falo em nome da diretoria do São Paulo, porque é por vocês que tudo o que fazemos tem sentido. O chefe Walter nos brindou hoje com uma das narrativas mais belas que a história do escotismo paulista pode ter. Gostaria de falar um pouco para vocês dos próximos anos, porque o Jacó falou dos 80 anos que já passaram.

Muito mais que comemorarmos os 80 anos de existência, esta cerimônia ficará na nossa história como o início de outros 80 anos, que pretendemos e pedimos a Deus por isso, tenham a mesma relevância dos que já passaram.

Vejo nos olhos de cada um de vocês, escoteiros e escoteiras do São Paulo, de todas as idades, brilhar o futuro do escotismo, que a cada dia assume um papel mais importante na sociedade, uma sociedade que a cada dia conhece um novo vício, que a cada dia vê desaparecer uma virtude, que a cada dia perde um pouco da esperança de um futuro melhor.

O escotismo desponta como uma ilha de valores num oceano violento, cruel e sem escrúpulos. Mas enganam-se os que imaginam que o escotismo e seus valores vêm de uma fórmula pronta. O movimento escoteiro nasce a cada dia. Quando um de vocês acorda, olha-se no espelho e vê um escoteiro. Um escoteiro que irá vencer as dificuldades do dia que começa. Um escoteiro que será fiel à palavra empenhada. Um escoteiro que será puro em pensamentos. Um escoteiro que será bom para com a natureza e fará o máximo e o melhor para realizar as suas boas ações. O escotismo nasce, principalmente, quando um de vocês acorda e lembra a promessa um dia feita: “Prometo, pela minha honra, fazer o melhor possível para cumprir com os meus deveres para com Deus e minha Pátria. Ajudar o próximo em toda e qualquer ocasião e obedecer à lei escoteira”.

Para lembrar essa promessa peço a todos que se levantem para cantarmos juntos a “Canção da Promessa”.

 

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- É entoado número musical.

 

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Uma história e um grupo como o nosso não se constrói do dia para a noite, nem sem o sacrifício de muitas mãos.

Gostaria de aproveitar este momento para agradecer de forma especial alguns dos presentes: em primeiro lugar ao Deputado Aldo Demarchi por esta magnífica cerimônia, por esta oportunidade e pelo apoio dado ao Grupo Escoteiro São Paulo. (Palmas.)

Muita pouca gente sabe, mas ainda está aqui entre nós um escoteiro que participou da primeira tribo do São Paulo. Gostaria de chamá-lo aqui para receber também um diploma de gratidão, Chefe Walter Brizola Trindade. (Palmas.)

 

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- É feita a entrega do diploma

 

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O Grupo Escoteiro São Paulo tem um grupo que é muito companheiro, fazemos muitas atividades juntos, e é justo e necessário que se faça uma homenagem ao Grupo Escoteiro Nove de Julho. Convidaria o Chefe Manoel para receber aqui uma homenagem. (Palmas.)

 

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É feita a homenagem

 

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Quero chamar aqui também para receber uma homenagem um ilustre escotista do nosso grupo, dirigente, Sr. Nei Araripe Sucupira. (Palmas.)

 

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- É feita a homenagem

 

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O SR. NEI ARARIPE SUCUPIRA - Gostaria de dizer algumas palavras, cumprimentar o grande amigo Deputado Aldo Demarchi, idealista como nós, por esta magnífica homenagem ao nosso Grupo São Paulo e dizer aos presentes, companheiros, ilustres convidados, ao representante do Comandante do 8º Distrito Naval, Almirante Pierantoni, aos marinheiros aqui presentes, que a juventude ainda é o fermento moral da humanidade. O escotismo, como o maior movimento de voluntários do mundo, mantém ainda um efetivo de 25 milhões de membros, sem falar das bandeirantes do mundo todo.

Esta noite é altamente significativa para nós. O escotismo provou seu valor em todas as grandes guerras. O desembarque na Normandia foi marcado também com uma elite de chefes de escoteiros ingleses com egressos dos escoteiros da América, que desembarcaram na Normandia para defender e declarar a liberdade tão necessária à Europa naquela época.

Hoje temos um outro combate. É o grande combate do vício, da corrupção moral, do solapamento da democracia que corrói os fundamentos para os quais somos preparados e educados e com os quais os governos devem se preocupar para que o nosso país seja uma grande e verdadeira nação, plena da sua grandeza, plena da concretização dos seus ideais, para que eu como tantos, descendente de índios, de brasileiros, de imigrantes italianos e portugueses, possa entregar meu corpo à terra onde nasci, à terra onde nascemos ou viemos buscá-la, para dormir o sono tranqüilo da eternidade com o dever cumprido de termos colaborado de alguma maneira para que este Brasil se tornasse a grande nação que esperamos e de acordo com as aspirações de nossos antepassados.

Parabéns ao nosso querido Deputado pela grandeza desta convocação nesta noite que muito me emocionou. Não pude cantar junto com vocês. Muito obrigado Caco por esta homenagem. (Palmas.)

 

O SR. RICARDO VON GLENN PONSIRENAS - E a última homenagem a um escotista que sempre acompanha a história de nosso grupo, chefe Álvaro Tavares. (Palmas.)

 

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- É feita a homenagem

 

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O SR. ÁLVARO TAVARES - Nobre Deputado, Presidente da sessão, demais membros que compõem esta ala, meus caros irmãos, digo irmãos porque a Lei do Escoteiro diz que o escoteiro é amigo de todos e irmãos dos demais escoteiros. Assim, meus caros irmãos, gosto de fazer surpresas e, às vezes, também as recebo, como hoje.

É verdade que neste ano já estou completando 80 anos de idade e o Grupo São Paulo também. Hoje, recebo esta homenagem como um presente dos meus 80 anos. Rogo ao supremo arquiteto dos mundos que nos conduza assim, e que nos dê a oportunidade de nos encontrarmos, que nossos caminhos se cruzem muitas vezes para vivermos a alegria do reencontro e podermos recordar uma noite como esta. Muito obrigado, Grupo São Paulo! (Palmas.)

 

O Sr. Presidente - Aldo Demarchi - PFL - Passaremos a palavra ao Diretor de Marketing da União dos Escoteiros do Brasil, Direção Nacional, Sr. Rodrigo Castilho de Biasi.

 

O SR. RODRIGO CASTILHO DE BIASI - Nobre Deputado Aldo Demarchi; diretor-presidente do Grupo de Escoteiros de São Paulo, Ricardo; demais autoridades; chefes de escoteiros; dirigentes; pais; marinheiros; escoteiros; lobinhos que estão presentes neste importante dia.

Coube-me hoje a tarefa de representar a direção nacional do Movimento Escoteiro e o diretor-presidente da União dos Escoteiros do Brasil, Sr. Toshio Kawakami, que infelizmente não pôde estar presente porque nesta semana irá realizar-se a assembléia nacional, em São Paulo, e os preparativos para um evento desse porte são bastante complexos.

Talvez eu não seja a pessoa mais preparada para fazer uma singela homenagem ao Grupo Escoteiro São Paulo. Vou tentar, de uma forma escoteira, bastante simples, fazer o meu melhor possível. Estava pensando o que dizer para homenagear um grupo escoteiro como o Grupo Escoteiro São Paulo. Desde lobinho, nas grandes atividades a que ia, nas atividades de escoteiro sênior, eu encontrava grandes delegações do Grupo Escoteiro São Paulo, sempre muito unido. Era aquele grupo que, quando chegava, falávamos: “Nossa, que grupo é aquele”? Depois, vim para São Paulo, comecei a ter contato com outras pessoas do Grupo Escoteiro São Paulo e comecei a fazer amigos.

Como podemos homenagear o Grupo Escoteiro São Paulo em poucas palavras, um grupo que consegue fazer um aniversário de 80 anos? Estava fazendo uns cálculos e já devem ter passado nas fileiras do Grupo Escoteiro São Paulo mais de 6000 jovens, muito mais, que foram formados com os valores do Grupo Escoteiro São Paulo. Um grupo escoteiro de 80 anos que agora, de forma brilhante, tem uma diretoria jovem, conseguindo renovar e, ao mesmo tempo, manter a experiência dos chefes mais antigos que mantiveram esse grupo por todos esses anos.

Estava pensando em como eu poderia falar, principalmente para os jovens, sobre a importância do grupo de que vocês fazem parte, um grupo que participou de vários movimentos da história do Brasil. Ontem, vivi uma situação no trânsito de São Paulo muito especial, que acho que é um exemplo do que o escotismo vai ser para vocês daqui a alguns anos, lobinhos e escoteiros.

Estávamos voltando de um curso, paramos num semáforo - eu estava de carona com uma amiga do Grupo Escoteiro São Paulo - e abrimos o vidro para ver o que um mendigo estava pedindo. Quando ele viu que estávamos com uniforme de escoteiro, parou e falou: “Bandeirante, semper parata! Escoteiro, sempre alerta! Fui escoteiro.” O sinal abriu e ele continuou a falar de escoteiro de uma maneira tão intensa, que ficamos abobados com a situação. Ele esqueceu o dinheiro, quase que não pega o dinheiro, e começou a falar de escotismo.

Saímos no trânsito, demos a volta no quarteirão e falamos: “Temos que voltar. É um irmão escoteiro que está lá no trânsito. Temos que voltar para conversar com ele”. Voltamos, paramos o carro e fomos conversar com ele, que contou que tinha sido escoteiro, que adorava o escotismo, que até hoje tinha um lenço, que até hoje tinha os distintivos, que tinha vontade de visitar o grupo mas não se sentia à vontade. Fizemos um bate-papo com ele e o convidamos para visitar o grupo escoteiro.

Foi uma experiência muito marcante e hoje estou vivendo outra experiência aqui: a de ter que falar algumas coisas para vocês. O que senti com isso? É o que quero tentar deixar, principalmente para os jovens. Se um senhor como esse, no trânsito, às nove horas da noite, em São Paulo, lembra-se de tantos detalhes do escotismo - até de sinal de pista ele lembrou -, se para ele é tão importante assim, imaginem o tanto que o Grupo Escoteiro São Paulo já não semeou na cidade de São Paulo.

Que o Grupo Escoteiro São Paulo continue com essa força, que o Caco, junto dos jovens e dos escotistas experientes, consiga manter esse grupo cada vez mais alegre e unido.

Parabéns ao nobre Deputado Aldo Demarchi pela iniciativa! Sabemos que só pessoas de sensibilidade, que conseguem enxergar o trabalho do escotismo, reconhecem. Nem sempre esse trabalho é reconhecido. Muito obrigado e sempre alerta para servir! (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - ALDO DEMARCHI - PFL - Gostaria de, na pessoa do Sr. Ricardo Von Glenn, Presidente do Primeiro Grupo de Escoteiros de São Paulo, saudar todo o Grupo, homenageado nesta noite.

Gostaria também de fazer uma saudação ao meu amigo e conterrâneo, Sr. Antônio Penteado dos Santos, Presidente do Grupo Escoteiro Marechal Rondon, da minha cidade, Rio Claro, que trouxe uma delegação para prestigiar esta comemoração, deslocando-se mais de 170 Km. Saúdo também o Sr. Ronan Reginatto, que é um grande colaborador e entusiasta desse movimento, dessa associação.

Gostaria de saudar ainda o Grupo Escoteiro Nove de Julho, aqui da capital, que veio prestigiar este ato. Saúdo também os membros do Grupo Escoteiro Aruaque, aqui da capital, que prestigia esta comemoração. As minhas saudações ao Grupo Escoteiro Carajás, da capital, presente a esta solenidade. Saúdo e agradeço as palavras do Rodrigo Castilho de Biasi, que compõe a nossa Mesa.

Da mesma forma, saúdo o Ronaldo Junqueira, que hoje representa o nobre vereador da Câmara Municipal de São Paulo, Gilson Barreto.

No momento em que nossa sociedade discute os problemas do crescimento da violência e da criminalidade e atribui essa situação, entre outras coisas, à degradação dos valores morais e procura desesperadamente soluções para tal, podemos, sem sombra de dúvidas, dizer que uma das providências a serem tomadas é o maior cuidado com as nossas crianças e jovens.

E certo que, se tivéssemos um maior cuidado uma maior atenção com nossa juventude o crime teria grande dificuldade em recruta-los para suas lides. Mas, infelizmente, o que temos visto é a desatenção com que a sociedade tem tratado os problemas que atingem os nossos jovens. As famílias têm dedicado pouco tempo para estar com eles. Os companheiros de nossa juventude têm sido a televisão e a rua e para aqueles que tem acesso, a Internet.

O dito mundo globalizado tem feito com que os pais não tenham o devido tempo para dar apoio aos filhos e desta forma eles ficam sem o devido suporte na hora de empreenderem novas jornadas e enfrentarem novos desafios.

Sem o devido suporte, fica mais difícil nossa juventude resistir às tentações que o mundo coloca à sua frente. Novos conceitos de moral, novos valores, muitos deles desagregadores, são apresentados a eles e fica difícil ao jovem, sem a devida preparação e apoio, repelir esse assédio. O assédio da pseudofacilidade da falsa felicidade.

Hoje vemos muitos, mesmo que de forma implícita propagarem a famosa "Lei de Gerson". A lei de levar vantagem em tudo. Os pregadores da modernidade difundem a do homem como ser autofágico, que para se satisfazer não hesita em prejudicar seu próximo.

O altruísmo, o respeito e a cortesia tornam-se, cada vez mais, valores passados. Ser bom passa a ser sinônimo de ser bobo. A família vem depois de mim. E a sociedade? Ela que se dane. Com essa forma de pensar e agir os nossos jovens tornam-se presas fáceis dos agentes do mundo das sombras, do mundo da maldade e do crime. O que fazer nessa situação?

Também nós, pessoas de bem, temos que admitir que vimos cometendo erros. O primeiro deles é que nós estamos nos afastando de nossos jovens por não priorizarmos em nosso dia-a-dia a convivência com nossos filhos. Outro equivoco e que o poder público é o único encarregado de resolver todos os problemas sociais. Ledo engano. A maioria dos problemas da sociedade só pode ser resolvida através da união e da articulação da própria sociedade de forma atuante e participativa.

Assim, para tomarmos o caminho para um mundo melhor, mais harmonioso e melhor preparado para o maior desafio que é  aperfeiçoar o próprio homem, é necessário não nos omitirmos e trabalharmos no aprimoramento moral e intelectual dos nossos jovens. Mas como faze-lo?

Um dos caminhos é o adotado pelos grupos escoteiros que unindo adultos e jovens, pais e filhos, sem nenhum tipo de preconceitos, desempenham diversas atividades no sentido de melhor preparar os jovens os desafios da vida, sendo o maior deles o de vencer os seus próprios medos através da prática de ações virtuosas e do conhecimento da natureza, eles desenvolvem a coragem para enfrenta os desafios do mundo e principalmente o desafio de vencer seus próprios medos. Mas o que é o escotismo?

O escotismo é um programa dividido em etapas, que se distinguem por atividades diferente dentro da mesma metodologia ao ingressar no movimento, o jovem se compromete, diante dos companheiros, a fazer o melhor para cumprir seus deveres para com Deus, a Pátria e o próximo, e obedecer à lei escoteira. Esta, por sua vez, é um decálogo afirmativo e descritivo que apela para a honra, a lealdade, o auxílio, a amizade, a cortesia, a bondade, a disciplina, a alegria, a economia e a pureza.

Para melhor entendermos o escotismo vale a pena citar as leis escoteiras que são:

1. O escoteiro tem uma só palavra; sua honra vale mais que sua própria vida.

2. O escoteiro é leal.

3. O escoteiro está sempre alerta para ajudar o próximo e pratica diariamente uma boa ação.

4. O escoteiro é amigo de todos e irmão dos demais escoteiros.

5. O escoteiro é cortês.

6. O escoteiro é bom para os animais e as plantas.

7. O escoteiro é obediente e disciplinado.

8. O escoteiro é alegre e sorri nas dificuldades.

9. O escoteiro é econômico e respeita o bem alheio.

10. O escoteiro é limpo de corpo e alma.

Como vemos, as leis escoteiras pregam a moral, o respeito ao próximo e ao meio ambiente. O escotismo é um movimento de escala mundial e foi criado por Lord Robert Baden Powell em 1907, sendo uma de suas principais característica ser praticado indistintamente por meninos e meninas, adotando o método pedagógico de "aprender fazendo" com o intuito de formar a personalidade, aumentar a resistência física, desenvolver as habilidades manuais, o espírito de serviço e conquistar a auto-suficiência.

Entre seus objetivos destacamos o de ajudar o jovem a desenvolver sua personalidade transmitindo-lhes princípios morais e cívico de amor a Deus, à Pátria e de ajuda ao próximo. Trata-se de um programa contínuo e progressivo, da idade escolar à adulta. Os escoteiros são dirigidos por líderes Adultos, que, todavia não devem interferir na vida dos jovens.

A primeira tentativa de introdução do escotismo no Brasil ocorreu em 1910 por oficiais da Marinha que foram à Inglaterra buscar o Encouraçado Minas Gerais.

Posteriormente, o professor Mário Cardim, Diretor do Colégio Caetano de Campos, estando na França a serviço do Ministério da Educação, conheceu o escotismo. Encantando-se foi à Inglaterra onde conheceu Baden Powell, trazendo para o Brasil toda a literatura a respeito do movimento. Em 1912, no Largo São Bento, junto com Júlio de Mesquita, Washington Luiz e outros, lançou o Escotismo no Brasil.

Em 1923, pela primeira vez escotismo foi estruturado em associação e definida uma norma de padronização do Método Escoteiro no Brasil. Daí surgiu o Grupo Escoteiro São Paulo, fundado em 23 de setembro de 1923 por Rodolfo Malampre na sacristia da igreja da Consolação.

Por sua relevância e reconhecendo os benefícios para a sociedade advindos do Escotismo, o decreto do poder legislativo nº 3297, sancionado pelo presidente Wenceslau Braz, em 11 de junho de 1917, no seu art. 1º, já estabelecia: "São considerados de utilidade pública para todos os efeitos, as Associações Brasileiras de Escoteiros, com sede no País”.

Os grupos escoteiros tem participado de inúmeras atividades de cunho cívico e social por todo o país das quais podemos citar:

- Atenção a saúde, principalmente da criança;

- Prevenção ao uso de drogas;

- Alfabetização;

- Educação para a paz;

- Treinamento de habilidades para a vida;

- Crianças em risco ou desaparecidas;

- Integração com excepcionais;

- Educação para a vida familiar;

- Direitos de crianças e do adolescente;

- Produção de comida e agricultura;

- Conservação ambiental e educação;

- Energia renovável;

- Reflorestamento;

- Treinamento de habilidades para o trabalho;

- Desemprego da juventude;

- Comunidades imigrantes; e

- Educação sobre assuntos variados.

Sendo que o destaque da atuação do movimento escoteiro é a formação do elemento humano de qualidade e útil para a sociedade.

O escotismo é uma escola de formação de líderes como exemplo, podemos citar, somente entre s pessoas proeminentes de hoje que foram escoteiros como nosso Governador Geraldo Alckmin e além dele, são muitos os ex-escoteiros que se tornaram líderes em seus segmentos sociais.

A força do movimento escoteiro é testemunhado pelo Grupo São Paulo, que com oitenta anos de serviço voluntário no Brasil, para se ter uma idéia, só temos a igreja católica.

Quando ocorreram momentos de crise ou de conflitos internos, também notamos a ação dos escoteiros que, sem partidarismo político ou de qualquer outra forma, trabalhou para melhorar as condições dos que sofrem.

Nesse particular, podemos citar a atuação do Primeiro Grupo Escoteiro São Paulo que estamos homenageando nesta sessão solene, convocada por este Deputado, por seus oitenta anos de existência.

Falar da história deste Grupo não se faz necessário, haja vista a brilhante explanação feita pelo Sr Walter Schlithler. O que me resta fazer é reconhecer o empenho e o brio de todos aqueles que contribuíram para que o Primeiro Grupo Escoteiro São Paulo tivesse essa longevidade de forma tão brilhante, sendo que, pela sua atuação junto a Cruz Vermelha durante a Revolução Constitucionalista de 1932 foi elogiado até pelo fundador do movimento, o emérito Lord Baden Powell.

Por esta razão, senhoras e senhores, senti-me na obrigação de requerer ao Presidente da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo a outorga da Medalha da Constituição ao Primeiro Grupo de Escoteiros São Paulo, à época da Revolução de 32 denominado Boys Scouts paulista, pela sua relevante participação aquele movimento de defesa da democracia.

Também, pelas obras e pelo exemplo dado pelos membros desse grupo de escoteiro e por todos os outros do Estado de São Paulo, que tomei a iniciativa de indicar ao excelentíssimo Senhor Governador Geraldo Alckmin, ex-escoteiro, que determinasse ao Secretário da Educação que firme convênio com a União dos Escoteiros do Brasil para que todos os grupos de escoteiros no Estado de São Paulo, sob sua jurisdição, participe do Programa Escola da Família, levando os valores do escotismo para aqueles que necessitam.

Por outro lado, quero enaltecer a homenagem prestada ao Senhor Walter Brisolla Trindade, que fez sua promessa no Primeiro Grupo de Escoteiros São Paulo em 1923, sendo desta forma,da sua primeira turma. Tenho certeza de que os ensinamentos adquiridos no escotismo foram muito úteis no decorrer de sua vida e que ele passou esses ensinamentos para os seus filhos.

Também quero parabenizar a todos os homenageados desta noite pois sei que são merecedores da distinção.

Gostaria de agradecer o diploma que me foi concedido e dizer que se algo fiz pelo Primeiro Grupo de Escoteiros São Paulo foi reconhecer seus méritos e de seus membros. Quero agradecer também a oportunidade de ter sabido mais do trabalho do movimento escoteiro em prol da sociedade, principalmente na formação de nossos jovens, que são o futuro do Brasil e espero poder contribuir para que essa obra cresça cada vez mais.

Finalmente, gostaria de agradecer a presença de todos neste parlamento, atendendo ao convite para tão distinta homenagem.

A todos os escoteiros do Estado de São Paulo, meus parabéns pelo que fazem.

Ao Primeiro Grupo de Escoteiros São Paulo, que continue com seu trabalho com o mesmo brilhantismo e força empreendidos até agora e.... Sempre alerta.

Esgotado o objeto da presente sessão esta Presidência, antes de encerrá-la, agradece todas as autoridades e funcionários desta Casa que colaboraram para o pleno êxito desta solenidade.

Está encerrada a sessão.

 

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- Encerra-se a sessão às 21 horas e 45 minutos.

 

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