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04 DE NOVEMBRO DE 2005

057ª SESSÃO SOLENE PARA HOMENAGEAR A “MÃE CRIADEIRA AJIBONÃ/JIBONÔ

 

Presidência: SIMÃO PEDRO

 

DIVISÃO TÉCNICA DE TAQUIGRAFIA

Data: 04/11/2005 - Sessão 57ª S. SOLENE  Publ. DOE:

Presidente: SIMÃO PEDRO

 

HOMENAGEM À MÃE CRIADEIRA AJIBONÃ/JIBONÃ

001 - SIMÃO PEDRO

Assume a Presidência e abre a sessão. Nomeia as autoridades. Informa que esta sessão solene foi convocada pela Presidência efetiva, a pedido do Deputado Sebastião Arcanjo, com a finalidade de homenagear a Mãe Criadeira Ajibonã/Jibonã. Convida todos para, de pé, ouvirem a execução do Hino Nacional. Anuncia a execução de números musicais. Fala sobre o papel das Mães Criadeiras. Anuncia a execução de número musical.

 

002 - SINVALDO FIRMO

Assessor Jurídico do gabinete do Deputado Sebastião Arcanjo, comenta ação ganha na Justiça a favor do Sr. Antonio José da Silva, mais conhecido como Pai Tonhão de Ogum, que foi discriminado recentemente num terreiro.

 

003 - ANTONIO JOSÉ DA SILVA

Descreve a ocasião em que recebeu as ofensas de cunho racial.

 

004 - Presidente SIMÃO PEDRO

Lê mensagem de saudação do Deputado Federal Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, às mães criadeiras.

 

005 - JOSÉ ANTÔNIO DOS SANTOS

Adido Cultural de Angola, representando neste ato o Embaixador Esmael Diogo da Silva, recorda que esta cerimônia acontece, de forma coincidente, no mês em que Angola se prepara para comemorar 30 anos da sua independência. Apresenta as felicitações a todos os que, direta ou indiretamente, contribuíram para esse momento de reflexão.

 

006 - Presidente SIMÃO PEDRO

Conduz a entrega de homenagens às Mães Criadeiras. Anuncia a execução de números musicais. Conduz a entrega de homenagens às personalidades e autoridades presentes. Agradece a todos que colaboraram para o êxito da solenidade. Encerra a sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - SIMÃO PEDRO - PT - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

 

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- É dada como lida a Ata da sessão anterior.

 

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O SR. PRESIDENTE - SIMÃO PEDRO - PT - A Presidência passa a nomear as autoridades que constituem a Mesa dos nossos trabalhos de hoje: Sr. José Antônio dos Santos, Adido Cultural de Angola, representando o Embaixador, Dr. Esmael Diogo da Silva; o Sr. Egbomy, Conceição Reis; a Sra. Mona Rikumbi; Alabe Marcelo de Xangô.

Srs. Deputados, minhas senhoras e meus senhores, esta sessão solene foi convocada pelo Presidente desta Casa, Deputado Rodrigo Garcia, atendendo solicitação do nobre Deputado Sebastião Arcanjo, com a finalidade de homenagear a Mãe Criadeira Ajibonã/Jibonã.

Convido todos os presentes para, em pé, ouvirem o Hino Nacional Brasileiro, executado pelo Coral da Polícia Militar do Estado de São Paulo, sob a regência do Maestro 2º Tenente Músico PM Ismael Alves de Oliveira.

 

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-              É entoado o Hino Nacional Brasileiro.

 

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O SR. PRESIDENTE - SIMÃO PEDRO - PT - Esta Presidência agradece ao Coral da Polícia Militar do Estado de São Paulo, a quem damos os parabéns. Obrigado, Tenente Ismael Alves de Oliveira, por ter abrilhantado a nossa sessão solene com a presença do Coral.

Sou membro da Frente Parlamentar de Promoção da Igualdade Racial. É uma honra presidir esta sessão solene. Nosso querido Deputado Sebastião Arcanjo, Tiãozinho, por motivos de força maior não pôde comparecer e fiquei incumbido, por essa Frente Parlamentar, de presidir esta sessão, o que muito me honra. (Palmas)

Ouviremos agora o Hino do Candomblé.

 

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-              É entoado o Hino do Candomblé.

 

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O SR. PRESIDENTE - SIMÃO PEDRO - PT - Ouviremos agora o canto da Nação Angola.

 

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-              É entoado o número musical.

 

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O SR. PRESIDENTE - SIMÃO PEDRO - PT - Passo a ler texto sobre a Mãe Criadeira.

“São mulheres que realmente se dedicam por uma casa e ensinam seus filhos a serem verdadeiros iniciados.  Enquanto o Pai ou a Mãe de Santo estão em outras atividades, elas estão presas no Axé, lado a lado com o novo iniciado ensinando-lhes rezas, conhecimentos gerais, posturas, normas de conduta e tantas outras coisas necessárias para alguém que está entrando para mistérios infindáveis; e que, nesse primeiro instante, uma mão firme, equilibrada e competente faz a diferença em ensinar os primeiros passos do Axé, os caminhos do iniciado, posto que requer muita confiança, muita habilidade em responder talentos e capacidade, o que lhe é exigido de forma alegre, carinhosa e com muito respeito.  Essas mulheres são os olhos do caminho do “iniciado” no “ronco”.  Essas mulheres são as Mães Criadeiras.”

Assistiremos à apresentação do Coral Kisomband do Inzo Musambo Hongolo Menha, dirigido pela Sacerdotisa Mam’Etu Nkissi Dango, com as músicas Samba Guerenguê, Mavambo e Temba Fulama.

 

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-              É feita apresentação do coral. (Palmas.)

 

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O SR. PRESIDENTE - SIMÃO PEDRO - PT - Muito obrigado ao Coral Kisomband do Inzo Musambo Hongolo Menha, dirigido pela Sacerdotisa Mam’Etu Nkissi Dango. Mais uma salva de palmas pelo trabalho maravilhoso. (Palmas.)

Convido para fazer o uso da palavra o Dr. Sinvaldo Firmo, Assessor Jurídico do Gabinete do Deputado Sebastião Arcanjo, grande militante da causa e combate ao racismo. Ele fará um comentário sobre uma ação ganha na Justiça a favor do Sr. Antonio, mais conhecido como Pai Tonhão de Ogum, que foi discriminado recentemente num terreiro, e a Justiça lhe concedeu ganho de causa.

 

O SR. SINVALDO FIRMO - Boa-noite a todos. Quero cumprimentar o Deputado Simão Pedro pela Presidência pelos trabalhos e gostaria de chamar o Sr. Antonio José da Silva, nosso Babalorixá conhecido como Pai Tonhão. (Palmas.)

Justamente numa noite tão bonita como esta vamos trazer, na verdade, um acontecimento muito triste e que, infelizmente, ocorreu no dia 22 de dezembro de 2003, na cidade de Mauá, numa cerimônia religiosa presidida pelo nosso querido Pai Tonhão. Nessa cerimônia, infelizmente, uma senhora que se diz também da religião, sem motivo algum passou a agredi-lo verbalmente. Vou falar o que a senhora falou. Temos 40 cópias dessa sentença que serão distribuídas a vocês. Depois, essa sentença estará disponível no gabinete. Ela se dirigiu ao Pai Tonhão com os seguintes dizeres: preto fedorento, preto filho de uma égua, preto sujo, imundo, negro desgraçado, safado e vagabundo, entre outros.

O Pai Tonhão nos procurou na época muito abalado emocionalmente. Fomos primeiro para a delegacia. Enfrentamos todas as adversidades que infelizmente existem no Poder Judiciário, e buscamos direitos que entendíamos que caberiam ao Pai Tonhão.

Depois da delegacia fomos ao Poder Judiciário. Isso foi em 2003, e aí travamos uma luta muito grande no Fórum de Mauá, com um juiz que jamais queria entender que existia racismo no Brasil, e que não se preocupava com a nossa religião. Então foi uma luta.

Houve uma ocasião em que o Pai Tonhão falou: “Dr. Sinvaldo, não sei o que vai acontecer aqui porque parece que esse juiz não quer nos dar uma sentença favorável.” E foi aí que resolvemos usar as oito testemunhas que temos no caso. E, com a irritação, o juiz adiou essa audiência várias vezes. Na verdade, o processo é uma aula sobre o candomblé, com professores, com pessoas adeptas, orixás e babalorixás depondo nessa audiência.

Foi, então, que, no dia 12 de agosto, houve a sentença favorável ao Pai Tonhão, mas só tivemos notícia dessa sentença agora, no dia 1º de novembro, quando foi publicada. E essa sentença foi nos seguintes termos: “Julgo procedente a pretensão punitiva estatal, e, em conseqüência, condeno a acusada, Maria Francisca Bezerra de Barros Leone, qualificada nos autos, à pena de um ano e quatro meses de reclusão e ao pagamento de multa, por três dias, no valor unitário mínimo, com atualização monetária.” Como ela não tem antecedentes criminais, o juiz resolveu substituir a pena de reclusão por duas penas restritivas de direito, consistentes na prestação de serviço à comunidade pelo prazo de um ano e quatro meses, e pela prestação pecuniária, no valor de dois salários mínimos, pagos à vítima ou a entidade em caráter público.

Na verdade, mesmo substituindo a pena, entendemos que foi uma grande vitória porque para nós, advogados, o interessante é que a pessoa preste serviços à comunidade. Temos conversado com o Pai Tonhão e vamos indicar a entidade para que ela cumpra essa pena. Isso é um grande exemplo para respeitar outras pessoas nos seus espaços sagrados. É a primeira sentença brasileira dentro de uma casa de candomblé onde acontece uma discriminação.

O que eu queria passar para vocês era isto. Cumpri com a minha obrigação como advogado, não só como assessor do Deputado Tiãozinho mas, também, por trabalhar em uma entidade chamada Instituto do Negro Padre Batista, que presta assistência jurídica e gratuita a vítimas de crimes raciais.

Estaremos entrando, no mês de novembro, com uma indenização por danos morais e materiais contra essa senhora. Vamos mexer no bolso dela, pedindo remuneração pelos danos causados ao nosso querido Pai Tonhão. (Palmas.)

Pai Tonhão, se o senhor quiser falar, por favor!

 

O SR. ANTONIO JOSÉ DA SILVA - Boa-noite a todos. Meu nome já foi dito. O que aconteceu foi uma coisa muito deprimente, horrível, vinda de uma Yalorixá que tem uma certa idade na sua iniciação, que tinha muitos adeptos. Foi uma coisa chocante; foi a maior vergonha que já passei na minha vida.

O dono da casa onde aconteceu a cerimônia é um professor universitário. Ele fez o convite a todos os acadêmicos para conhecerem o culto afro-brasileiro. E, chegando lá, o que eles viram foi nada mais, nada menos do que uma baixaria.

Nem falamos tudo o que aconteceu perante o juiz. Achei que eu tinha o direito de não ficar calado, de procurar os meus direitos e processá-la porque, afinal de contas, sou negro e sou uma pessoa decente e que cumpre com seus deveres. Muito obrigado. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - SIMÃO PEDRO - PT - Parabéns, Dr. Sinvaldo Firmo, Pai Tonhão, ao Instituto do Negro Padre Batista, por essa ação e por essa conquista.

Passo a ler uma carta que recebemos:

“São Bernardo do Campo, 4 de novembro de 2005.

A/C - Deputado Estadual Rodrigo Garcia e Deputado Estadual Sebastião Arcanjo

Caros companheiros,

É com muita honra que agradeço este convite para participar da Sessão Solene na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo com a finalidade de homenagear a Mãe Criadeira Ajibonã/Jibonã, por solicitação do nobre Deputado Sebastião Arcanjo, que se realizará hoje, dia 4 de novembro, às 20 horas.

Na oportunidade, venho por meio desta justificar a minha impossibilidade de estar presente no evento.  Por isso, é com grande satisfação que passo a minha representatividade para o meu assessor Gilson Negão.  Um companheiro empenhado nas questões que norteiam o movimento negro, que agrega o contexto das religiões de matrizes africanas.

Um grande abraço fraterno e muito axé para a nossa irmã Mãe Criadeira Ajibonã/Jibonã.

Fraternalmente,

Vicentinho

Deputado Federal PT/SP”

Quero também agradecer as presenças dos Srs. Claudinho, Secretário Estadual de Combate ao Racismo, do Partido dos Trabalhadores, e também assessor do Deputado Vicente Cândido. (Palmas.) Também a presença do Sr. Marcos e do Sr. Marlon Foguel, assessores do Deputado Sebastião Almeida. Muito obrigado. (Palmas.)

Dando continuidade à nossa Sessão Solene, convido, para fazer uso da palavra, o Sr. José Antônio dos Santos, Adido Cultural de Angola, representando neste ato o Embaixador Esmael Diogo da Silva. (Palmas.)

 

O SR. JOSÉ ANTÔNIO DOS SANTOS - Excelentíssimo Sr. Deputado Simão Pedro; Exmos. membros da Mesa, respeitadas Mães Criadeiras, quero, em primeiro lugar, em nome de S. Exa. o Sr. Cônsul-Geral, a quem tenho a honra de representar, apresentar neste importante evento as nossas felicitações.

Permitam-me recordar e abrir um parêntese para dizer que esta importante cerimônia acontece, de forma coincidente, no mês em que Angola se prepara para comemorar 30 anos da sua independência. Como sabem, recebemos a nossa independência no ano de 1975 e desde lá até aproximadamente há três anos o país só conheceu os horrores da guerra. Aliás, até costumo dizer - talvez por causa da minha profissão o que mais gosto de fazer é me dedicar à História - Angola nunca teve paz desde 1482, época em que chegou o Diogo Cão, navegador português - como os amigos brasileiros aqui gostam de dizer na brincadeira, Diogo Cachorro. E só há três anos é que estamos em paz e vamos comemorar 30 anos. Este evento, de certa forma, também vem homenagear os nossos 30 anos, o que vai ser comemorado no dia 11.

Por isso, apresento as nossas felicitações a todos os que, direta ou indiretamente, contribuíram para que estivéssemos aqui sentados a refletir sobre assuntos tão sérios e tão importantes que fazem parte do nosso dia-a-dia.

Não vou alongar mais a minha fala porque, de certa forma, estou contagiado com tudo quanto estou ouvindo. Acho que ainda há muito mais para ver e para ouvir. Já ouvi belíssimas músicas, que conseguiram transportar-me para a África, e me situei em Angola, mais concretamente em algumas províncias com a primeira canção que fazia homenagem a Angola. Também o coral me contagiou. Quero dizer que assim se canta na África. Por natureza os africanos são bons em coragem. Muito obrigado e parabéns a todos nós! (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - SIMÃO PEDRO - PT - Muito obrigado. Foi um orgulho para nós receber as suas palavras, homenagem dessa nação irmã, Angola, pela qual temos um carinho muito grande.

Parabéns pela luta do povo angolano pela liberdade e pela busca da paz, para poder ser uma nação democrática, uma nação soberana, que possa propiciar o desenvolvimento sócio-cultural-econômico ao povo de Angola.

Queremos cumprimentá-lo e pedir que transmita nosso abraço ao Embaixador Esmael Diogo. Muito obrigado pela presença.

Começaremos nossas homenagens às Mães Criadeiras. O Pai receberá uma estatueta e a Mãe Criadeira receberá um diploma oferecido pela Assembléia Legislativa, pela Frente Parlamentar de Promoção da Igualdade Racial.

Quero convidar o Pai Flávio de Nhansã, que trará aqui a Mãe Criadeira Egbomy Iara de Oyá.

 

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- É feita a entrega da homenagem.

 

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O SR. FLÁVIO DE NHANSÃ - Quero agradecer, de coração, esse troféu, porque, na verdade, é a lembrança do Grande Pai. Iara, apesar de ter suportado minhas crises de mau-humor - sou de Nhansã por isso, mal-humorado, apesar de ter sofrido nas minhas mãos, você é o exemplo do que é ser uma Egbomy consciente, calma, paciente, que sabe criar iyáwò. Desculpe-me se algum dia a ofendi. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - SIMÃO PEDRO - PT - Quero convidar o Pai Francelino de Shapanan, com a Mãe Criadeira Miriam Marlene de Toy Doçu.

 

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- É feita a entrega da homenagem.

 

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O SR. FRANCELINO DE SHAPANAN - Quero agradecer ao Deputado Tiãozinho pela homenagem à Mãe Criadeira. Como Pai Flávio disse, às vezes, somos rigorosos, mas, na minha casa, essa mulher, quando estou ausente, mil eventos ela prepara, cria, orienta, conduz. É a mãe que, muitas das vezes, não aparece. Nos dias das grandes saídas, normalmente, a figura da mãe criadeira some, mas ela é muito importante. O pessoal da minha casa está aí, e quero dizer, Miriam, que nós a amamos e você merece, assim como todas as mães criadeiras. Parabéns. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - SIMÃO PEDRO - PT - Quero convidar o Ialorixá Ada de Omolu, que fará a homenagem à Mãe Criadeira Elisa Barbosa de Oliveira.

 

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- É feita a entrega da homenagem.

 

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O SR. ADA OMOLU - Mojuba a todos. Quero agradecer por mais este troféu e à Assembléia Legislativa que nos deu este espaço, que espero seja o começo de muitos outros. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - SIMÃO PEDRO - PT - Quero convidar o Sr. Antonio José da Silva, carinhosamente chamado Pai Tonhão de Ogum, que vai conduzir a Mãe Criadeira Emanuela da Ogum.

 

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- É feita a entrega da homenagem.

 

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O SR. PAI TONHÃO DE OGUM - Quero agradecer em nome da minha filha - filha carnal - Emanuela de Xangô, a Mãe Criadeira da minha casa. Por razões pessoais ela não pôde comparecer, mas eu vim representando-a. Muito obrigado. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - SIMÃO PEDRO - PT - Mãe Sylvia de Oxalá homenageará a Mãe Criadeira Egbomy Regina Reis.

 

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- É feita a entrega da homenagem.

 

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A SRA. SYLVIA DE OXALÁ - Esse nenê chorando, assim são nossas iyáwòs. Diuturnamente, dão assistência, procurando tirar a fome, dar o conforto, orientando com paz, tranqüilidade e amor. Oxalá, minha filha Regina. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - SIMÃO PEDRO - PT - Quero convidar a Mãe Luisinha de Nanã, representando o Babalorixá Pérsio de Xangô, para conduzir a Mãe Criadeira Magnair Conceição de Oliveira.

 

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- É feita a entrega da homenagem.

 

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A SRA. Luisinha DE NANÃ - Em nome do Ylê Axé Alaketu , representando meu pai, quero cumprimentar a comissão que realizou esta sessão: realmente lembrou da pessoa mais importante dentro do Ylê Axé. Criar pessoas que não conhecemos, que nunca vimos, é muito difícil. Só quem passa por essa situação sabe ter essa humildade. A Magnair está há 30 anos conosco, por isso, este dia é bem merecido para elas.

Abençôo a todas. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - SIMÃO PEDRO - PT - Mam’Etu Kaiandewá conduzirá a Mãe Criadeira Dandaniandelê Niaredelê.

 

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- É feita a entrega da homenagem.

 

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A SRA. HELENA REGINA DA SILVA - Não posso ver um microfone. Esta criatura que está aqui nasceu de mim. Ela é minha macota, ela é minha cota, ela é tudo. Ela, às quatro horas da manhã, vai dar maionga aos muzenzos da nossa casa. Depois, vai cumprir com a sua obrigação de doutora Nádia Aparecida do Amaral. Quando ela volta, ela continua, volta a ser a muzenza, a nenga, a cota, a macota. É ela que cuida, que cria, ela é o orgulho da minha casa. Gostaria que cada casa tivesse uma Dandaniandelê Niaredelê junto. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - SIMÃO PEDRO - PT - Convido o Babalorixá Cido da Oxum e também a Mãe Criadeira Jussara da Conceição.

 

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- É feita a entrega da homenagem.

 

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O SR. CIDO DA OXUM - A Mãe Luisinha falou uma coisa bem verdadeira. Quando colocamos as pessoas dentro da nossa casa, não sabemos quem elas são. A mãe criadeira é a peça mais importante. Dá a alimentação, o banho. A mãe, quando pare, não sabe que filho está parindo. A mesma coisa são os abadorixás, quando colocamos alguém na nossa casa, não sabemos quem estamos colocando. A mãe criadeira toma essa responsabilidade. Agradeço muito a todos, à Jussara, que você seja muito feliz, como mãe também, e que você continue ao meu lado, porque eu preciso muito de você. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - SIMÃO PEDRO - PT - Babalorixá Cecitaodê e sua Mãe Criadeira Mazaleuiza.

 

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- É feita a entrega da homenagem.

 

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O SR. CECITAODÊ - Primeiro quero agradecer por esta noite muito bonita, com todos meus irmãos de religião. Agradeço à minha grande companheira tanto no religioso quanto no civil. Muito obrigado. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - SIMÃO PEDRO - PT - Babalorixá Carlos Alberto de Camargo, Pai Carlos de Oxum Yomi, e sua Mãe Criadeira Alda Lúcia Iya Tola Gomes da Silva.

 

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- É feita a entrega da homenagem.

 

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O SR. CARLOS ALBERTO DE CAMARGO - Em primeiro lugar, gostaria de agradecer à Casa, ao Deputado Rodrigo Garcia, ao gabinete do nosso querido Deputado Tiãozinho do PT, por esses eventos e muitos outros em reconhecimento às nossas tradições religiosas há muito perseguidas e mal faladas sem fundamento.

Tenho certeza de que essa é a ojubonã mais nova que existe. Tem quatro anos de santo. É a pessoa mais dedicada que já vi no pé do orixá. Ela é de Iemanjá. A bênção, minha mãe, nessa hora da casa do Pai Pérsio. Está vendo, 30 anos. Que Iemanjá abençoe você agora e sempre. Que você nunca perca o amor ao orixá. O pai te ama. (Palmas.) A benção meus mais velhos, meus mais novos. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - SIMÃO PEDRO - PT - Convido o Babalorixá Francisco do Oxum e sua Mãe Criadeira Didi de Oxalá.

 

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- É feita a entrega da homenagem.

 

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O SR. FRANCISCO DO OXUM - Em nome da sociedade afro-religiosa Ilê Axé Iá Oxum, da qual sou Presidente, quero agradecer a comissão organizadora deste evento e, na pessoa do Deputado Tiãzinho e do Presidente desta Mesa, cumprimentar todos os parlamentares desta Casa.

Ialorixás, babalorixás de todas as nações aqui presentes, vou falar rapidamente porque outras pessoas serão homenageadas. Vou falar da história de Didi em quatro palavras. Eu montei a casa da Almirante Marques Leão saindo da casa de Didi. Eu morava na casa da minha mãe de santo na Antônio Mariano, 477, no Jardim Previdência, e ela disse que eu tinha de começar.

Oxum quer casa, Oxum quer casa, Oxum quer casa. Fui morar na casa da irmã de Didi, Navir, que veio a ser filha de Carlos de Iambualama, quando eu saí da casa da minha mãe de santo aqui em São Paulo. Fiquei na casa de Didi. Dali fui para a Bela Vista.

Os ibás da minha casa, quando fui buscar na Bahia, acabou o dinheiro. Foi esta criatura aqui de Oxalá, de Oxolufã, que me deu todo o suporte financeiro para eu trazer meu carrego de orixá da Bahia. Tenho o hábito de dizer que em São Paulo ninguém balança minha árvore com muita força para derrubar minhas folhas porque sou amparado por dois oxolufãs. Um é do Omulu Michel Loebe, meu amigo, meu irmão, e outro é essa aqui, uma das cumeeiras da minha casa. Axé. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - SIMÃO PEDRO - PT - Ialorixá Wanda do Oxum e Mãe Criadeira Odete de Odé.

 

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- É feita a entrega da homenagem.

 

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A SRA. WANDA DO OXUM - Boa-noite a todos. Agradeço ao Presidente da Mesa, Deputado Simão Pedro; ao representante de Angola; ao Deputado Tiãozinho e à assessora Edna, por lembrar da nossa mãe. Essa pessoa que cria nossos iaôs não cria só os iaôs, cria-nos também. Cuida de nós como filhos.

Esta aqui agüenta o meu mau humor e de todos nós. Infelizmente temos um exu que nos perturba. Odete, quero lhe dizer em público, você sabe que eu a amo, adoro, que você é minha filha querida e é muito querida dentro do Ilê e você sabe disso. Que Oxum a abençoe e a todos os presentes! (Palmas.)

 

o Sr. Presidente - Simão Pedro - PT - Com a palavra a Sra. Mam’ Etu Dango e a Mãe Criadeira Kauselê. (Palmas.)

 

A SRA. MAM’ETU DANGO - Boa-noite a todos! Quero cumprimentar esta Casa, o Deputado Renato e todos os que estão na cabeceira desta grande Casa, que realmente transformou-se numa casa eclética.

Quero muito que os deuses abençoem o Deputado Tiãozinho, onde ele estiver, que cuidem dele e de sua assessoria. Não é fácil colocar à disposição a sua vida para defender os nossos interesses. Tomara que, nas nossas orações, possamos nos lembrar dele, e também quando ele precisar de nós. Era muito importante eu dizer isto.

Falar de Kauselê é falar da minha irmã - e não estou só falando da mamacussaça da minha casa. Em nome dela, estou aqui parabenizando todas as mamacussaças da minha casa. Mas falar dela é falar da minha irmã porque ela é minha filha carnal. Só estou onde estou porque ela teve paciência, é minha filha de carne mais velha.

Ser religiosa do candomblé, ter três filhos e depois ter centenas de filhos, para o filho mais velho é como arrancar um pedaço dele. Imagino quantas vezes ela teve ciúmes de mim, quantas vezes teve saudades de mim, quantas vezes sentiu a minha falta.

Mas, mesmo assim, ela continuou sendo a mamacussaça da minha casa. Ela foi a primeira mamacussaça e a minha Mam’ Etu Dango, aquela que, além de filha, tem que ter paciência com a Mãe de Santo também. Então, Kauselê, eu não sei como expressar o amor que tenho por você. Acredito que a minha casa inteira, num dia em que eu me for, sendo você a herdeira da minha casa, acho que você vai continuar sendo a pessoa, a mãe pequenininha mais amada. Amo muito você. Muito obrigada por você existir! (Palmas.)

 

o Sr. Presidente - Simão Pedro - PT - Tem a palavra o Sr. Moacir Xangô, que neste ato estará representado por Fabiana de Oxossi e a Mãe Criadeira Maria Regina Barragrande. (Palmas.)

 

A SRA. FABIANA DE OXOSSI - Benção de todos os meus ancestrais, todos os Babalorixás e Orixás.

Não posso dizer nada porque sou apenas uma sementinha em todos vocês, mas sei que a mãe criadeira me quer na mão porque ela tem que estar lá, sempre dando carinho e amor.

Por tudo o que as religiões africanas passaram, agora temos valor. Axé! (Palmas.)

 

o Sr. Presidente - Simão Pedro - PT - Tem a palavra o Sr. Ubiassilê. Por compromisso assumido, o representante nesta solenidade, seu filho, Babalorixá Lembazukala, e a Mãe Criadeira Ceciluacyndê. (Palmas.)

 

O sr. Lembazukala - Bênção aos mais velhos, aos mais novos. Estou aqui representando o meu pai que, infelizmente, não pôde vir. Como foi dito, ele está em Salvador.

Ela, há mais de 14 anos dentro do inzô de meu pai, tem criado vários muzenzas dentro da casa. Conseqüentemente, após oito casas derivadas da do meu pai, ela foi para a minha casa e também cria meus muzenzas.

Acho que o papel muito importante dessas mães é que, além de plantar, elas adubam, dão água e fazem isso crescer e dar frutos. Então, a bênção. Fico muito contente por ela. Agradeço a todos! (Palmas.)

 

o Sr. Presidente - Simão Pedro - PT - Tem a palavra Mametu Loaba. Ela não pôde estar presente, tem 90 anos, e estará representada neste ato por Tata de Tauá, Mãe Criadeira Kindandalakata.

 

O SR. TATA DE TAUÁ - Antes de mais nada, boa-noite! Representar Loaba é motivo de orgulho e satisfação. Loaba é uma das senhoras de Osasco. Ela foi iniciada, mais ou menos, em 1964 ou 1965. Hoje, ela passa dos 90 anos de idade. Kindandalakata, eu conheci Ilza. É um prazer muito grande.

Não tenho muita coisa para dizer da Ilza porque sou suspeito para falar dela, mas ela merece.

Muito obrigado à comissão organizadora deste evento porque é importante lembrar que pessoas que têm cargos na casa de cultos, seja qual for a sua etnia, necessitam e merecem ser louvadas, homenageadas, sempre.

Muito obrigado! (Palmas.)

 

o Sr. Presidente - Simão Pedro - PT - Obrigado. Tem a palavra Kindandalakata.

 

A SRA. KINDANDALAKATA - Gostaria de agradecer. Reverencio os nossos ancestrais; reverencio os nossos antepassados; reverencio os homens; reverencio as mulheres; reverencio as crianças; reverencio o índio, o ancestral e dono desta terra. Sou Mametu Kindandalakata, sou cidadã do mundo. O meu lugar é onde estiverem os meus, onde estiver a água, onde estiver o verde, onde estiver a terra.

Estar aqui, hoje, como mãe criadeira, é um momento único, tanta é a emoção de ver isso. Gostaria de dizer uma coisa muito grande. Ao ser homenageada como mãe criadeira, tenho uma concepção muito grande dentro de mim porque sou e pertenço à família de escravizados no Brasil.

Hoje, ao receber o título de mãe criadeira, esse título não é meu. Estou aqui para receber um título ancestral. Estou aqui para receber um título, sim, às babás, às amas-secas, àquelas que por longos 300 anos alimentaram este país. Em nome dessas mães, que durante muito tempo deram o seu leite com amor aos filhos brancos que estavam amamentando, sem olhar para isso. Elas alimentavam e mal sabiam que poderia estar fortalecendo a chibatada do amanhã, mas assim mesmo, elas os alimentaram e alimentaram muitos brasileiros aqui.

A todas essas amas-secas, às minhas mães ancestrais, que foram tratadas como coisas e como vacas leiteiras, eu digo: ao condecorarem-nas vacas leiteiras, condecoraram-nas matriarcas deste País.

Muito obrigada a todos! (Palmas.)

 

o Sr. Presidente - Simão Pedro - PT - Ilalorixá Graça de Oxossi e a Mãe Criadeira Ekedi Dirce Aíaco Oda. (Palmas.)

 

A SRA. GRAÇA DE OXOSSI - Quero agradecer a todos e dizer que nem todos têm o privilégio de ter uma oriental dentro de casa. Ela é uma das pessoas mais dedicadas dentro da minha casa. Desde que a mãe criadeira da minha casa se foi, a Ekedi Dirce tomou o pulso. É ela que cuida de tudo, é ela que cria os Iaôs, que tem o cargo de Ekedi e Mãe Criadeira. É o braço direito e tudo do meu lado. Portanto, só tenho a agradecer. Tem também o cargo de cidadã dentro da casa. Ela faz parte de tudo. Só tenho a agradecer pelos 20 anos que está a meu lado, sempre me apoiando e me representando em todos os lugares.

Axé a todos. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - SIMÃO PEDRO - PT - Mãe Janaína de Ogum e a Mãe Criadeira Mãe Tete de Oyá. (Palmas.)

 

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- É feita a entrega da homenagem.

 

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A SRA. JANAÍNA DE OGUM - Não sou muito de sair, não sou de ir a eventos, nem à casa de ninguém. Pai Francelino que o diga, pois estou em falta com ele. O Axé Batistini que o diga.

Hoje vim por uma razão. Acho que mãe criadeira é a peça-chave na nossa casa. Sem uma mãe criadeira eu, pelo menos, não consigo fazer nada. Hoje é o dia delas, não nosso. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - SIMÃO PEDRO - PT - Babalorixá Wanderlei de Oxalá e a Mãe Criadeira Valdete Alves Miranda. (Palmas.)

 

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- É feita a entrega da homenagem.

 

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O SR. WANDERLEI DE OXALÁ - Boa-noite a todos. Quero agradecer ao Deputado Sebastião Arcanjo e à direção desta Casa por este evento - espero que haja outros, pois nós merecemos.

Quero cumprimentar todos os Babalorixás e Ialorixás de todas as nações que aqui estão. Quero dizer também que é um conforto e um orgulho estar aqui e poder passar às mãos desta minha filha, que me acompanha há tantos anos - há mais de 20 anos - como mãe criadeira da minha casa Ilê Axé Rodo Xoguian.

Teria muita coisa para dizer da Fioromi, da Valdete. Como disse, é um amor antigo, de mais de 20 anos. Mas simplesmente vou resumir assim: Eu te amo muito. Muito obrigado por tudo o que você fez pela minha casa. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - SIMÃO PEDRO - PT - Babalorixá Júlio Duarte, a Mãe Criadeira Egbomy Neiva Ribeiro Ogum e a Mãe Criadeira Egbomy Josefa Maria de Paula Oxum. As referidas senhoras fazem parte deste Axé há 46 anos e consagradas ao Orixás há 37 anos.

 

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- É feita a entrega da homenagem.

 

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O SR. JÚLIO DUARTE - Sr. Presidente, meus irmãos, agradeço esta homenagem. Muitos dos presentes devem estranhar porque trago duas Mães Criadeiras. Não é pretensão porque sou muito humilde dentro do meu Axé. Estou com dificuldades devido a problemas que tive recentemente, mas que não vêm ao caso.

Ada está comigo para me amparar porque é minha companheira de 40 e alguns anos. Tenho minha mãe criadeira de Goiânia, porque tenho casa aberta naquela cidade; Mãe Ada, Pai Valdomiro e Pai Valtinho inauguraram minha casa em Goiânia e a eles eu gostaria de prestar uma homenagem. Não seria honesto de minha parte reverenciar somente esta criatura. As duas me acompanham há 46 anos, até porque são irmãs de parto. Uma é responsável pelo Ibaxé Boá em Goiânia e a outra aqui.

Não são só mães criadeiras, são amigas e isso é que é importante em toda a nossa história. Ser mãe criadeira, uma Iaô pode ser. Elas são confidentes, amigas, aquelas que nos entendem, que nos acompanham nos momentos de dificuldade e de solidão. Em particular, pela paciência que tiveram neste período por que passei agora. É muito importante estar com vocês. Peço desculpas por ter trazido as duas. Mas se eu não o fizesse, não estaria sendo honesto.

Às minhas amizades antigas, ao meu povo, só posso agradecer e pedir a Deus que ilumine ao ilustre Presidente da Mesa. E não devemos nos esquecer dos Srs. Deputados desta Casa. Em breve poderemos lhes retribuir este carinho e afeto nas urnas. Não estou fazendo campanha política, até porque não fui convidado para tanto. Mas temos de estar com aqueles que nos apóiam, nos estendem as mãos e nos dão a liberdade de poder falar na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo.

Obrigado. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - SIMÃO PEDRO - PT - Ialorixá Juju e a Mãe Criadeira Iyagemin Silva.

 

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- É feita a entrega da homenagem.

 

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A SRA. JUJU - Estou representando a minha Mãe Criadeira Iyagemin Silvia, que está passando por uma dificuldade, pois foi operada há 15 dias. Obrigada a todos. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - SIMÃO PEDRO - PT - Pai Nenê de Oxalá, a Mãe Criadeira Isabel Aparecida de Oliveira, do Ilê de Juquitiba, e a Mãe Criadeira Maria da Conceição Nascimento, do Ilê de Peruíbe. (Palmas.)

 

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- É feita a entrega da homenagem.

 

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O SR. NENÊ DE OXALÁ - Estou com três Mães Criadeiras: uma do Palácio de Iemanjá, em Peruíbe; outra da Aldeia Axé Nagoibá Orixá Fumfum, em Juquitiba; e do Ilê Axé Xangô Pilão de Pedra, em Itapecerica da Serra.

A Lúcia está representando a minha mãe biológica, Maria da Conceição do Nascimento, que é a Mãe Criadeira do Palácio de Iemanjá. Ela não pôde comparecer, pois também foi operada. (Palmas.)

Agradeço a todos, especialmente ao Presidente desta sessão solene.

Que Oxalá nos proteja e nos dê muita paz, saúde e prosperidade, para que esta luta continue para sempre e que sejamos vencedores. Tenho muita fé nisso. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - SIMÃO PEDRO - PT - Pai Sérgio Luis Terrão e a Mãe Criadeira Alexsandra Catarina Terrão, Mãe Regina Macedo. A Sra. Edna vai ler uma mensagem.

 

A SRA. EDNA - A Mãe Regina Macedo não pode estar aqui presente porque, por ser mãe criadeira, hoje ela se encontra cuidando de mais um iniciado. A Mãe Regina tem manda um abraço a todos. A Iemanjá de Mãe Regina foi quem suspendeu nosso querido Deputado Sebastião Arcanjo filho de Oguna, a Casa de Ogum.

 

O SR. PRESIDENTE - SIMÃO PEDRO - PT - Esta Presidência agradece a presença de todos. Esta Casa se sente muito alegre com a presença de todos. Costumo dizer que quando os nossos convidados comparecem aqui, seja numa sessão solene, seja numa sessão de deliberação, esta Casa tem mais alegria, ganha mais vida e assim nós, Deputados, conseguimos cumprir da melhor forma aquilo que é a nossa atribuição, que é representar bem a nossa população, elaborando ou corrigindo a legislação, para o melhor funcionamento da nossa sociedade, e fazendo as homenagens às personalidades, às instituições, às pessoas como estamos fazendo na noite de hoje.

Portanto, em nome da Assembléia Legislativa de São Paulo, em nome do nosso Presidente, Deputado Rodrigo Garcia, em nome do nosso querido Deputado Sebastião Arcanjo, Tiãozinho do PT, que não pode estar presente e que me deu a honra de representá-lo nesta solenidade. Quero agradecer a todos, dizer que é uma alegria para esta Casa fazer esta homenagem. Axé!

A Edna vai passar uma mensagem.

 

A SRA. EDNA - Deputado Tiãozinho, nossa agenda está muito carregada nesta época de novembro e enfrentamos uma chuva muito grande. Tiãozinho foi para a cidade de Boituva e não adianta ficar enfrentando a estrada correndo, correndo perigo. Tem que ter muita calma, pois precisamos muito dele. Então, por conta disso ele não está aqui.

Agora, não está aqui presente, mas toda hora está ligando, toda hora controlando para saber como estamos conduzindo esta atividade. Para nós é motivo de honra, um momento muito importante realizarmos esta atividade.

Quero agradecer muito à Mãe Ada, agradecer muito ao Pai Francelino, agradecer a grande contribuição que o Flávio deu para que este evento acontecesse, nos orientando e fazendo com que chegássemos até aqui, hoje. Muito obrigada, valeu estarmos vivendo mais este momento de felicidade.

Sr. Presidente, as mães estão pedindo para cantar uma música em homenagem às mães criadeiras.

 

O SR. PRESIDENTE - SIMÃO PEDRO - PT - As mães criadeiras vão apresentar uma música.

 

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-              É feita apresentação da canção.

 

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O SR. PRESIDENTE - SIMÃO PEDRO - PT - Parabéns. Quero agradecer aos funcionários desta Casa, da TV Assembléia, os técnicos do som, aos funcionários do Cerimonial na pessoa da Dona Yeda, agradecer à Policia Militar, ao coral da Policia Militar, e também aos funcionários do gabinete do Deputado Sebastião Arcanjo, que organizaram esta Sessão Solene.

 

 A SRA. EDNA - Sr. Presidente, Angola também vai homenagear as mães criadeiras.

 

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-              É feita apresentação da canção.

 

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O SR. PRESIDENTE - SIMÃO PEDRO - PT - Agradeço a atenção de vocês e à presença do Sr. José Antonio dos Santos, Adido Cultural de Angola, que vai receber uma homenagem do Deputado Sebastião Arcanjo.

 

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- É feita a homenagem.

 

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O SR. PRESIDENTE - SIMÃO PEDRO - PT - Mona Rikumbi também recebe uma homenagem.

 

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-              - É feita a homenagem.

 

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O SR. PRESIDENTE - SIMÃO PEDRO - PT - Marcelo Fernandes Carmo, Alabe Marcelo de Xangô, também recebe uma homenagem e o carinho de vocês.

 

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- É feita a homenagem.

 

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O SR. PRESIDENTE - SIMÃO PEDRO - PT - Também recebe homenagem Egbomy Conceição Reis.

 

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- É feita a homenagem.

 

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O SR. PRESIDENTE - SIMÃO PEDRO - PT - Também este Deputado, que preside esta Sessão Solene, é homenageado. Muito obrigado.

Esgotado o objeto da presente sessão, antes de encerrá-la, esta Presidência agradece e convida todos os presentes para um coquetel no Café São Paulo. Está encerrada a presente sessão.

 

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-              Encerra-se a sessão às 22 horas e 19 minutos.

 

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