058ª SESSÃO
SOLENE EM comemoração aos "150 ANOS DA CAIXA ECONÔNICA FEDERAL"
RESUMO
001 - ANTONIO
MENTOR
Assume a Presidência
e abre a sessão. Nomeia as autoridades presentes. Informa que o Presidente Barros
Munhoz convocara a presente sessão solene, a requerimento do Deputado Antonio
Mentor, na direção dos trabalhos, para "Comemorar os 150 Anos da Caixa
Econômica Federal". Convida o público a ouvir, de pé, o "Hino
Nacional Brasileiro".
002 - ROBERTO MARTI
Declama poemas dos
escritores Oswald de Andrade e Mário de Andrade. Faz histórico da Caixa
Econômica Federal. Destaca o apoio prestado pela instituição à Cultura
Nacional, em especial à Semana de Arte Moderna, ocorrida em 1922. Cita dados
biográficos sobre os autores.
003 - PAULO JOSÉ GALLI
Superintendente da
Regional Paulista da Caixa Econômica Federal, agradece à homenagem recebida.
Destaca a realização de projetos de cunho social pela Caixa Econômica Federal.
004 - Presidente ANTONIO MENTOR
Destaca o caráter
social do Coral da Gente, do Instituto Bacarelli. Anuncia apresentação musical
do grupo, que interpretou a música "Sementes do Amanhã", de
Gonzaguinha.
005 - PAULO ROBERTO DOS SANTOS
Vice-Presidente de
Logística e Retaguarda da Caixa Econômica Federal, representando o Presidente
Jorge Fontes Hereda, destaca a qualidade do trabalho prestado pelos
funcionários da Caixa Econômica Federal. Fala dos projetos sociais realizados
pela instituição. Ressalta a importância do banco para a economia nacional. Explica
a importância de projetos como o "Bolsa Família" e o "Minha
Casa, Minha Vida" para o País.
006 - Presidente ANTONIO MENTOR
Anuncia a
apresentação de vídeo institucional em homenagem aos 150 anos da Caixa
Econômica Federal.
007 - ROBERTO MARTI
Cita dados
biográficos e declama poema de Mário de Andrade.
008 - VERA
BUCHERONI
Mestre de
Cerimônias, dá conhecimento de mensagens alusivas ao evento.
009 - Presidente ANTONIO MENTOR
Informa que a sessão
seria transmitida pela TV Assembleia em data oportuna. Destaca a política
econômica iniciada pelo Governo Lula, em 2003. Ressalta os resultados obtidos
por política de incentivo ao consumo adotada pelos Governos do PT. Fala sobre a
importância da Caixa Econômica Federal para a economia do País. Anuncia apresentação
musical do Coral da Gente, do Instituto Bacarelli, que interpretou a música
"Everlasting Melody", de Rollo Dilworth. Destaca o trabalho realizado
pelo Instituto Bacarelli. Faz agradecimentos gerais. Encerra a sessão.
* * *
- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Antonio Mentor.
* * *
O SR. PRESIDENTE - ANTONIO MENTOR - PT - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.
Com base nos termos da XIV Consolidação do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.
* * *
- É dada como lida a Ata da sessão anterior.
* * *
A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - VERA BUCHERONI –
Senhoras e Senhores, boa noite.
Neste momento, daremos início à Sessão Solene em comemoração aos 150 anos da
Caixa Econômica Federal. Convidamos para compor a Mesa principal, o Sr. Paulo
José Galli, Superintendente da Regional Paulista da
Caixa Econômica Federal. (Palmas.)
O Sr. Paulo Roberto dos Santos, vice-Presidente de Logística e
retaguarda da Caixa Econômica Federal, nesse ato representando o Presidente
Jorge Fontes Hereda.
Excelentíssimo Deputado Antonio
Mentor, proponente dessa Sessão Solene. (Palmas.).
Gostaria de registrar, na
extensão da mesa principal, acomodados nas cadeiras da direita do Deputado, o
Sr. Sebastião Ney Vaz, Secretário de Obras e Serviços Urbanos de São Bernardo
do Campo, representando o Prefeito Luiz Marinho. O Sr. Roberto Marti, ator e produtor teatral. Superintendentes e Gerentes
de filiais da Caixa Econômica Federal.
O SR. PRESIDENTE - ANTONIO MENTOR - PT - Sob a proteção de Deus iniciamos os nossos
trabalhos. Nos termos regimentais, essa Presidência dispensa a leitura da ata
da sessão anterior. Quero registrar a presença do Sr. Paulo José Galli, Superintendente da Regional Paulista, representando
todos os superintendentes do Estado de São Paulo, e o Sr. Paulo Roberto dos
Santos, vice-Presidente de
Logística e Retaguarda da Caixa Econômica Federal, representando o Presidente
Jorge Hereda.
Sras. deputadas, Srs. deputados,
minhas Sras. e meus Srs., essa Sessão Solene foi convocada pelo Presidente
efetivo dessa casa, nobre Deputado Barros Munhoz, por solicitação deste
Deputado com a finalidade de comemorar os 150 anos da Caixa Econômica Federal. Convido
todos os presentes para, de pé, ouvirmos o Hino Nacional Brasileiro, executado
pelo Coral da Gente, do Instituto Baccarelli.
* * *
- É executado o Hino Nacional Brasileiro.
* * *
A SRA.
MESTRE DE CERIMÔNIAS - VERA BUCHERONI - Registramos a presença do Sr. José Roberto Corrêa, representando o
Deputado Federal José Mentor; do Sr. José Milton Dallari Soares, Sócio-Diretor
da Decisão Consultoria, representando o Presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae São Paulo, Alencar Burti;
o Sr. Hamilton Prado Alves, representando o Deputado Estadual Antonio Salim Curiati. Convido o Sr. Roberto Marti
para apresentar um pouco da obra de Oswald de Andrade e Mário de Andrade.
O SR. ROBERTO MARTI - ‘Tupi or not Tupi, that’s the
question’. Boa noite a todos. É
um prazer estar aqui. Uma honra participar dessa cerimônia em que comemoramos
150 anos da Caixa Econômica Federal. Ao longo desses anos todos, a história da
Caixa caminha lado a lado com a trajetória do nosso país. E a Caixa pode acompanhar
e assistir as transformações todas, experimentadas pela nossa sociedade.
Acompanhou as mudanças dos regimes políticos. Participou ativamente de todo um
processo de urbanização e de industrialização desse país. Chega aos 150 anos
como uma entidade sólida, confiável, grande, principal agente das políticas
públicas do Governo e com uma atuação em várias áreas em que cabe destacar.
Como uma pessoa da cultura, não poderia deixar de registrar o trabalho da Caixa
Cultural, no apoio à cultura, no apoio às artes e também ao esporte e à
educação. Então, mantém vários centros da Caixa Cultural aqui em São Paulo, Rio
de Janeiro, Salvador, Brasília, outros mais estão a caminho e já foram
aprovados mais três. E a Caixa atuando sempre no sentido de dar apoio à produção
artística, de proporcionar o maior acesso da população aos bens culturais, que
é uma forma importante de inclusão cultural e social. Então, hoje, nós vamos
fazer o seguinte. Eu quero convidá-los a uma pequena viagem. Vamos voltar no
tempo, há 90 anos atrás, onde tudo começou.
Onde começou a relação da Caixa com os eventos artísticos. E mais
exatamente, vamos parar em São Paulo no Teatro Municipal, na semana de 13 a 17
de fevereiro 1922. Semana de Arte Moderna no brasil. A semana de 22, como é
conhecida. Esse foi o primeiro evento com o apoio da Caixa Econômica Federal.
Foi a primeira incursão da Caixa na cultura, no apoio às
artes. E começou com o evento da maior importância, que propunha a maior
ruptura com os padrões do século XIX. Que pregava maior liberdade
(ininteligível) e a esse evento estiveram presentes, compareceram, estiveram
ali discutindo os rumos da cultura, figuras como Mario de Andrade, Oswald de
Andrade, Brecheret, Anita Malfatti, Di Cavalcanti, e tantos outros que não
teríamos como nomear agora.
E para homenagear a Semana de Arte Moderna e ao seu patrocinador, ao seu
apoiador, a Caixa Econômica Federal, nós escolhemos dois nomes que vão
representar essa plêiade de grandes artistas. Mario e Oswald de Andrade.
De princípio, eu quero lembrar que Mario e Oswald não são irmãos. Sequer
parentes, apesar do Andrade. Amigos sim. Foram amigos durante 12 anos, de 1917
até 1929, quando romperam por questões até hoje não explicadas. Então, nós
vamos fazer uma rápida visita a cada um deles, começando por Oswald de Andrade,
porque a história dessas duas personalidades se confunde com a história da
própria Caixa.
Oswald era sobrinho de um Presidente da Caixa Econômica Federal. Mario de
Andrade, seu pai foi porteiro e contínuo na Caixa Econômica Federal. Daí a
escolha para essa visita.
Oswald de Andrade, costuma se dizer que ele é a
síntese da própria Semana de Arte Moderna. Um espírito contestador,
iconoclasta, polêmico, romancista, poeta, ator teatral de várias peças,
inclusive uma delas, O Rei da Vela, que foi uma montagem antológica do teatro
(ininteligível), com direção de José Celso Martinez Correa.
De Oswald de Andrade nós escolhemos um poema. Um poema em que ele
parodia, parafraseia um poema muito conhecido de todos nós. Canção do Exílio,
de Gonçalves Dias. Sim, aquele mesmo que todos nós nos bancos escolares
costumávamos ouvir e decorar: “Minha terra tem palmeiras onde canta o sabiá, as
aves que aqui gorjeiam não gorjeiam como lá”.
Pois Oswald se apodera desse poema, e usando uma das tônicas do
modernismo, que era um nacionalismo crítico, ele diz o seguinte:
“Minha terra tem palmares onde gorjeia o mar.
Os passarinhos daqui não cantam como os de lá.
Minha terra tem mais rosas e quase que mais amores.
Minha terra tem mais ouro, minha terra tem mais terra.
Ouro, terra, amor e rosas.
Eu quero tudo de lá!
Não permita Deus que eu morra sem que volte para lá.
Não permita Deus que eu morra sem que volte pra São Paulo, sem que veja a Rua 15 e o progresso de São Paulo”.
Canto do Regresso à Pátria, de Oswald de Andrade.
E o Oswald usava também de muito
humor nos seus poemas e suas frases. Ele cunhava de frases muito interessantes.
Eu comecei com ‘Tupi or not
Tupi, that’s the question’, que é da lavra de Oswald de Andrade. E nessa
rápida visita, visita de médico mesmo, que vamos fazer a esses ilustres
personagens, eu vou deixar um pequeno poema de Oswald.
“Quando o português chegou debaixo duma bruta chuva, vestiu o índio.
Que pena! Fosse uma manhã de sol, o índio tinha despido o português”.
Esse era o Oswald de Andrade. Recentemente na última Flip, em Parati, o nosso Antonio Cândido esteve presente fazendo uma palestra sobre Oswald, com muita propriedade, portanto, foi muito aplaudido. E ele, dentre outras coisas, ressalta que o Oswald sempre soube ousar a arma do riso. E procura desconstruir o mito de que Oswald era um bicho papão. Ele era polêmico, era agressivo, então dizia o nosso Antonio Cândido.
"Oswald de
Andrade, na lenda, tinha fama de bicho de papão. Ele era extremamente educado,
atencioso aos seus amigos. Não tinha nada de bicho papão. Era só não brigar com
ele”.
Muito bem,
nós vamos deixar Oswald de Andrade. Enquanto me encaminho para uma ainda mais
breve visita a Mario de Andrade, nós vamos dar prosseguimento ao nosso
cerimonial. Muito obrigado. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE - ANTONIO MENTOR -
PT - A Presidência oferece o microfone
dessa Sessão Solene ao Sr. Paulo José Galli,
Superintendente da Regional Paulista da Caixa Econômica Federal.
O SR. PAULO JOSÉ GALLI -
Boa noite a todos, Deputado Antonio Mentor, a quem eu quero fazer um
cumprimento especial por essa homenagem que o Sr.
presta a todos os empregados da Caixa do Brasil, em particular aos empregados
da Caixa Econômica Federal de São Paulo. O nosso vice-Presidente, Paulo Roberto, que nesse ato
representa o nosso Presidente Jorge Hereda. Aos
nossos amigos da Caixa Econômica Federal aqui presentes, ao superintendente,
gerentes de filial, gerentes gerais, empregados representantes das nossas
associações de classe, da (ininteligível) ao Vereador Kim, presente aqui,
grande amigo da Caixa. Esse é um momento para nós, muito especial, Deputado.
Porque é um reconhecimento do Estado de São Paulo, para a primeira instituição
brasileira 100% pública, completamente voltada a atender as maiores necessidades
dos mais necessitados desse país. A Caixa está voltada, completamente voltada
para atender as grandes necessidades do povo brasileiro. Na habitação, no
saneamento, administrando os programas como PAC, como Minha Casa Minha Vida,
onde nós pudemos contratar mais de um milhão de moradias em 15 meses de
trabalho muito intenso, isso no número de país. Mas no Estado de São Paulo,
foram 184 mil unidades contratadas até 31/12/2010, que conseguimos fechar do
programa. E esse é um motivo de muito orgulho para nós. Nós pagamos o Bolsa Família e estamos presentes em todas as cidades do
Estado de São Paulo.
A Caixa é um Banco público, é um Banco de todos nós, e
nesse sentido, está aqui hoje sendo reconhecida pelos Deputados do Estado de
São Paulo, com essa homenagem que, permita a minha falta de modéstia, essa
justa e merecida homenagem é motivo de orgulho para todos os empregados da
Caixa do Estado. E dizer que na Caixa, podemos ter tudo, menos paixão. A
paixão tem que estar presente no nosso dia a dia, porque para trabalhar com os
principais problemas do país, precisam de muita dedicação, muito esforço, e energia
por esse país. E é isso que o empregado da Caixa tem. É isso que marca a nossa
história e registram os 150 anos da nossa vida. É um orgulho trabalhar na Caixa
e é um orgulho ser homenageado hoje. Obrigado, Deputado. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE - ANTONIO MENTOR -
PT - Eu vou pedir novamente a presença do
Coral da Gente, do Instituto Baccarelli, sob a
regência da Maestrina Silmara Drezza, e queria enquanto
eles se preparam para apresentar mais um número, dizer que esse projeto do
Instituto Baccarelli, é uma das coisas mais
maravilhosas que alguém conseguiu realizar do ponto de vista cultural, da
música, mas especialmente do ponto de vista da inclusão social. Um projeto que
se iniciou e persiste até hoje, recuperando uma história maravilhosa, composto
por crianças e jovens originários da maior favela da capital paulista, a favela
do Heliópolis. E é com grande alegria que nós recebemos esses meninos e meninas
aqui hoje. É uma demonstração do reconhecimento dessa casa pela importância do
projeto que já se apresentou pelo mundo todo, com orquestra, com coral e com
muito sucesso vem organizando de uma forma completamente exitosa crianças,
jovens originários da favela do Heliópolis. Portanto, nós recebemos vocês nessa
casa hoje, meninos, meninas, maestrina, com muito carinho, muito afeto e peço a
vocês que façam uma nova apresentação para que nós possamos ouvir.
* * *
- É feita a apresentação.
* * *
O SR. PRESIDENTE - ANTONIO MENTOR -
PT - Maravilhoso, não é? Pois bem. Eu
queria nesse pequeno intervalo, antes de passar a palavra ao próximo orador,
fazer um agradecimento especial a todos os amigos e amigas servidores da casa,
que nos ajudaram a realizar esse encontro. Quero agradecer também aos meus
amigos e amigas, que, aceitando o nosso convite, comparecem a essa Sessão
Solene para abrilhantar o momento. Mas eu tenho uma pessoa especial a quem eu
quero fazer uma menção, porque foi nele que eu me inspirei para fazer essa
Sessão Solene. É o Vereador de Americana, Marco Antonio Alves Jorge, o Kim, que
também fez essa mesma homenagem na Câmara Municipal de Americana e eu me
comprometi com ele. Falei que ia fazer uma na Assembleia
Legislativa de São Paulo. E estamos hoje cumprindo esse compromisso com você.
Por isso, eu queria fazer essa referencia a você e aos demais vereadores em
vários lugares do interior de São Paulo, especialmente da minha região de
Americana, Cosmópolis, Arthur Nogueira, que também comparecem a essa casa nessa
noite.
Eu quero
ouvir agora, a palavra do vice-Presidente
de Logística e Retaguarda da Caixa Econômica Federal, Paulo Roberto dos Santos.
O SR. PAULO ROBERTO DOS SANTOS - Boa noite a todos. Antes de mais nada,
uma saudação especial, um agradecimento ao Deputado Antonio Mentor e à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. O Deputado
Antonio Mentor está ligado desde o início de sua militância ao apoio a Caixa e
a Instituição. É um nome que não nos traz surpresas estarmos mais uma vez
juntos, dessa vez em uma ocasião solene, fazendo uma homenagem. Porque se o prestígio da Caixa é cotidiano, eu quero agradecer em
público, em nome do Presidente Jorge Hereda, que não
pode estar presente por razões de agenda, a essa oportunidade em que estamos
aqui, em que a população de São Paulo, e seus representantes, em particular o
Deputado Antonio Mentor, faz essa homenagem a essa instituição e aos seus 150
anos.
Quero
cumprimentar o Paulo José Galli, nosso PG, Superintendente, em nome de quem cumprimento todos os nossos
colegas superintendentes, gerentes, todos aqueles que se fazem presentes aqui e
também aqueles que não estão aqui do Estado de São Paulo e de todo o Brasil.
Esse funcionário da Caixa, Presidente, é um funcionário que guarda uma identidade
profunda com a instituição. Vocês que estão aqui e aqueles que hoje prestam
serviços à população brasileira na Caixa, tenham a
certeza, representando gerações e gerações. Alguns aposentados ainda nos dão o
prazer de conviver conosco. Outros que já se foram marcaram a história da
instituição, com a mesma identidade e o mesmo compromisso. E hoje, nós temos as
gerações compartilhando as nossas agências, as nossas unidades, se preparando
para os próximos anos da Caixa.
O maior ativo
da Caixa, e se tratando de uma instituição financeira, são as suas pessoas. Os
seus empregados, estagiários, (ininteligível) aqueles que marcam pela sua
presença e contam suas histórias. Agora mesmo tivemos por aqui o Roberto Marti e, ao fazê-lo, fez referência a uma relação deles com
a Caixa. Isso, para nós, é da mais alta importância. Fazer guardar os
registros, (ininteligível) apoio que damos, foi muito bem lembrada
à cultura, esporte e educação, os nossos registros estão aí. Nós temos um livro
que damos aos nossos clientes, escrito pelo
historiador Paulo Bueno, em que essas histórias estão todas resgatadas. Mas,
meu caro Roberto, nós nos surpreendemos com resgates como esses, que muitas
vezes vão estar em livros, que vão contar a história dos 160, 170 e dos
próximos anos da nossa instituição.
A Caixa é
essa instituição que já nasceu ligada a cuidar das pessoas e ao desenvolvimento
do país. Fiz aqui uma referência, que uma Casa Legislativa é um símbolo
importante, porque foi nos debates do Parlamento do Império, e revoltado com os
juros (ininteligível) praticados em que se penduravam as joias
então, o ativo mais importante (ininteligível) naquela época tão importante
quanto, mas naquela época não tínhamos outros padrões. Era o padrão por
excelência, e as joias eram praticadas por juros
escorchantes. Também a poupança popular justificou a criação da Caixa pelo
decreto do Imperador. Naquela época então, se a Caixa estava voltada aos seus
interesses e a história, ela foi incorporando competências, missões e mandatos
que a população brasileira lhe entregou. E nós podemos
lembrar, além do penhor e da poupança, que até hoje é uma referencia na nossa
instituição, muitas outras pelo Século XX, como as loterias brasileiras, a
centralização da operação do fundo de garantia, hoje um fundo que se discute
sua aplicação, não se discute a sua boa gestão e essa gestão está sendo
centralizada na Caixa. O PIS, o Seguro Desemprego e no Século XXI a
incorporação das políticas públicas, sendo o principal agente operacional das
políticas públicas no nosso país.
Todas essas
tarefas que a Caixa faz, ela não cuida de manter fiel às suas origens. Nos
últimos anos, a Caixa também se transformou em um grande Banco brasileiro. E
nós também temos orgulho de, como qualquer banco, apresentar os nossos
resultados, como fizemos recentemente, em que a Caixa também tem um papel
importante do ponto de vista de acesso a crédito, do ponto de vista em períodos
de escassez ao credito, vimos isso em 2008 e estamos por ver novamente. A Caixa
não furtar-se em exercer uma ação cíclica no sentido de garantir o crédito, de
manter as condições para que a economia brasileira, mesmo que abalada por esses
aquecimentos globais, possa seguir em frente sem abalos maiores.
Nesse ano
podemos publicar resultados, em que a Caixa fez sua carteira de crédito
aumentar em quase 40%. Mais que o dobro da média nacional. Já é sinal desse
compromisso, também, com o desenvolvimento nacional. Como todos os bancos,
fazemos esse anúncio com muito orgulho, dizer aqui que nos últimos anos, e
agora estamos falando do século que vivemos, do século XXI, incorporamos
políticas que sinalizam um novo país, incorporamos a obrigação de
(ininteligível) do Bolsa Família. Quase dois milhões
de famílias recebem esse beneficio em todo o país. Uma política como essa,
precisa de capilaridade, operação, precisa de presença com os nossos municípios
que fazem o cadastramento. E a Caixa é o banco do município, é o banco que está
ao lado dos municípios. E, portanto, ela foi escolhida, e hoje o Bolsa Família é quase que um emblema de um novo país.
Recentemente,
o PAC, e já estamos no PAC Dois (ininteligível) DNA da nossa instituição.
Talvez a Poupança e Habitação seja modernamente, aqueles dados que mais ligam
as pessoas à nossa instituição, pois com esse programa retomamos fortemente o
crédito imobiliário no nosso país. E incluindo pessoas que antes estavam à
margem. A política pública foi gerada, a Caixa foi lembrada e hoje ele é pago
sem qualquer problema, de uma maneira a admitir portas de saída, mas portas de
entrada para que todos os brasileiros possam ter acesso à moradia. Portanto, se
somos lembrados nas mais modernas políticas públicas, se continuamos executando
políticas centenárias para as quais fomos criados, a Caixa cada vez mais se
moderniza, enfatizam a sua importância institucional contando com parceiros. E
os nossos parceiros são extremamente importantes.
Portanto,
estar em uma Casa de Leis novamente, é como fazer uma reflexão importante e
como foi profundamente necessário, como foi importante a luta para que a Caixa
continuasse um Banco público, quando teve um momento em que pareceu que isso
não seria mais possível. Muitas foram as lideranças
que nos apoiaram e hoje eu quero homenageá-lo como os representantes de tantas
lideranças que mantiveram essa instituição pública e que mantiveram ela ligada
a esse movimento brasileiro. E nós fazemos isso a todo o momento. Hoje, nós
temos um corpo funcional e uma direção que projeta a Caixa nos próximos anos,
para continuar convergindo as nossas naturezas de Banco público que opera na
vida competitiva do nosso mercado, cada vez mais moderno. É um banco de todos
os brasileiros, que inclui também os brasileiros na vida bancária, mas que não
abre mão dos melhores resultados, que é o movimento institucional desse país. E
nesse sentido, o Brasil pode continuar contando com a caixa. Nós estamos
projetando a caixa nos próximos anos, para um número maior de agências, um
número maior de lotéricas, de correspondentes, capazes de atender melhor a
nossa população. Isso, para nós, é fundamental.
Ver o Brasil
crescer por nossa contribuição, é renovação do compromisso da Caixa com o
desenvolvimento institucional do brasil.
Essa
solenidade representa, para nós, o reconhecimento que nos orgulha, que vai
ficar nos anais dessa história tão bem contada pela Caixa que me referi no
início. Eu quero agradecer novamente a essa iniciativa. Muito obrigado.
(Palmas.)
O SR. PRESIDENTE - ANTONIO MENTOR -
PT - Nós vamos assistir agora, a
apresentação de um vídeo institucional em comemoração aos 150 anos da Caixa
Econômica Federal.
* * *
- É feita a exibição de vídeo.
* * *
A SRA.
MESTRE DE CERIMÔNIAS - VERA BUCHERONI - Gostaria de registrar a presença do Sr. Marcelo Capelini,
Prefeito do Município de Arthur Nogueira.
Convidamos o Sr. Roberto Marti para apresentar
um pouco mais da obra de Oswald e Mário de Andrade.
O SR. ROBERTO MARTI - Mario de Andrade, poeta, (ininteligível)
brasileiro nasceu em 1922, com o lançamento do livro Pauliceia
Desvairada, de Mário de Andrade. Romancista, autor, dentre outras obras de
Macunaíma, músico, historiador, crítico de arte, fotógrafo, gestor cultural,
foi ele o primeiro Secretário de Cultura do Município de São Paulo. Uma figura
gigantesca dentro da nossa cultura.
Direi um poema, talvez um dos mais conhecidos de Mário, que começa assim:
“Eu sou trezentos, trezentos e cinquenta. As sensações renascem de si mesmas sem repouso.
Oh espelhos! Oh Pireneus! Oh caiçaras! Se um deus morreu, irei ao Piauí buscar outro!
Abraço no meu leito as melhores palavras, e os suspiros que dou são violinos alheios.
Eu sou trezentos, sou trezentos e cinquenta. Mas um dia afinal toparei comigo…
Tenhamos paciência, andorinhas curtas, só o esquecimento é que condensa.
E então minha alma servirá de abrigo. Eu sou trezentos.”
E para terminar essa breve visita, eu os convido a uma visita mais prolongada conhecendo a obra desses gigantes, Oswald, Mario de Andrade e de todos aqueles artistas que criaram a modernidade da nossa cultura. Eu os convido também para conhecer um pouco mais do trabalho da Caixa Cultural.
Para encerrar, mostrando o seu profundo amor por São Paulo, diz Mario de Andrade.
“Quando eu morrer quero ficar.
Não contem aos meus inimigos, sepultado em minha cidade, Saudade.
Meus pés enterrem na Rua Aurora, no Paissandu deixem meu sexo, na Lopes Chaves
a cabeça.
Esqueçam. No Pátio do Colégio afundem o meu coração paulistano: um coração vivo e um defunto. Bem juntos. Escondam no Correio o ouvido direito, o esquerdo nos Telégrafos. Quero saber da vida alheia, Sereia.
O nariz guardem nos rosais, a língua no alto do
Ipiranga para cantar a liberdade.
Saudade... Os olhos lá no Jaraguá assistirão ao que há de vir, o joelho na
Universidade, Saudade...
As mãos atirem por aí, que desvivam como viveram, as tripas atirem pro Diabo, que o espírito será de Deus. Adeus.” Muito obrigado.
A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - VERA BUCHERONI - Enviaram ofícios agradecendo e cumprimentando o Deputado Antonio Mentor e a Caixa Econômica Federal as seguintes autoridades, os Deputados Estaduais Adriano Diogo, Alencar Santana, Ana do Carmo, Ana Perugini, Gerson Bittencourt, Carlos Grana, Donisete Braga, Edinho Silva, Enio Tatto, Geraldo Cruz, Hamilton Pereira, Isac Reis, João Antonio, João Paulo Rillo, José Cândido, José Zico Prado, Luiz Claudio Marcolino, Luiz Moura, Marco Aurélio de Souza, Marco Martins, Rui Falcão, Simão Pedro, Telma de Souza, Beto Trícoli, Itamar Borges. O Prefeito Gilberto Kassab; o Presidente da Câmara Municipal de São Paulo, José Pólice Neto; a Sra. Maria Lúcia Alckmin, Primeira Dama do Estado de São Paulo; Sr. Bruno Caetano, Diretor Superintendente do Sebrae; Sra. Dilma Pena, Diretora Presidente da Sabesp; Sr. Davi Zaia, Secretário do Emprego e Relações do Trabalho; Sr. Oswaldo Duarte Filho, Prefeito de São Carlos; Coronel PM Álvaro Batista Camilo, Comandante da Polícia Militar do Estado de São Paulo; Sidney Beraldo, Secretário Chefe da Casa Civil e o Sr. Mauro Celso, Prefeito Municipal de Santa Bárbara do Oeste.
O SR. PRESIDENTE - ANTONIO MENTOR - PT - Quero informar a todos os presentes, que no próximo domingo, às 22 horas, essa Sessão Solene será transmitida pela TV Assembleia através da NET, canal 13, TVA canal 66. Aqueles que quiserem relembrar o que nós estamos vivenciando hoje, terão a disposição à programação na TV Assembleia Legislativa.
Eu preciso fazer aqui, apesar de pouco restar para falar depois de ouvir Paulo Roberto, Paulo Galli, depois de ouvir a apresentação do vídeo institucional, mas eu vou iniciar agradecendo muitíssimo a todos, especialmente ao Jose Roberto Marti, que abrilhantou essa nossa Sessão. Mais especialmente ainda, a esses meninos e meninas do Instituto Baccarelli, a atenção que a Direção da Caixa ofereceu a essa Sessão Solene, dando todo o apoio necessário, mobilizando todos os esforços para que essa Sessão Solene acontecesse com êxito. Por isso, eu quero também agradecer ao Roberto, Paulo Galli, estendo os meus cumprimentos a todos os funcionários da Caixa Econômica Federal, o meu agradecimento. Quero fazer, aqui, uma menção ao Presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda, que manifestou o desejo de estar conosco e foi impossibilitado, porque foi convocado pelo Governo para outra agenda.
E dizer que de 2003 até aqui, são poucos anos se compararmos com 150 anos de existência da Caixa Econômica Federal. Mas esses últimos nove anos para o Brasil tem sido prodigiosos. Nós que lutamos pela liberdade democrática, enfrentamos o regime militar e depois discordamos da política econômica implantada nesse país, uma política que não valorizou os instrumentos construídos pelo povo brasileiro, política privativista, que não valorizou aquilo que de mais importante nós tínhamos no serviço público, que é o corpo de homens e mulheres, funcionários que trabalharam para oferecer serviços públicos de qualidade. Já em 2003, nós começamos a experimentar uma nova política econômica.
Apesar de alguns, teimosamente, insistirem que a política econômica do Governo do PT, iniciada com o Presidente Lula e que continua agora com a Presidente Dilma seria idêntica com a política do Governo anterior, nós queremos contestar isso veementemente. E nessa homenagem à Caixa Econômica Federal, queremos incluir, de maneira especial, como protagonista dessa mudança esse braço operacional do Governo Federal, que tem sido e continuará sendo a Caixa Econômica Federal. Em outros momentos de crise no nosso país, as medidas adotadas nos Governos anteriores eram medidas recessivas. Aumenta os juros, segura o crédito, investimento zero, provocando desemprego, provocando malefícios à nação brasileira. Esse Governo, essa semana, anunciou a redução da taxa Selic para combater a crise. Esse Governo anunciou nessa semana, a redução das alíquotas do IPI para a linha branca, e esse Governo anunciou mais uma medida, em que a Caixa Econômica Federal será novamente protagonista, abertura de linhas de crédito de cinco bilhões de reais, para financiar bens duráveis. Isso tem um significado muito grande para aquilo que está acontecendo no nosso país nos últimos nove anos.
Incentivar o consumo significa ampliar a capacidade das pessoas comprarem mais. Para comprar mais, a população e as indústrias têm que produzir mais, para produzir mais, têm que gerar mais emprego. Gerando mais emprego, fortalece o mercado interno, mercado consumidor, que vai novamente voltar ao mercado para comprar mais, seguindo uma lógica positiva, uma espiral que gerou mais de nove milhões de empregos no nosso país nos últimos anos, que distribuiu renda e que conseguiu também implementar programas sociais da maior importância para o povo brasileiro, como os que já foram mencionados aqui pelo Paulo Roberto e pelo Paulo Galli. Aquilo que em outros tempos, no início do Bolsa Família, foi considerado “bolsa esmola”. E a injeção de recursos em áreas pouco desenvolvidas do nosso país alterou, de maneira radicalizada, as condições de vida e as condições econômicas daquela localidade. Por isso, a homenagem que se faz hoje à Caixa Econômica Federal, através da Assembleia Legislativa, tem esse condão.
Em primeiro lugar, antes de homenagear, reconhecer a importância da Caixa Econômica Federal para o nosso país e para o nosso Governo. E em segundo, eu queria aqui registrar uma afinidade outra que eu tenho com a Caixa Econômica Federal. Que eu descobri, hoje por sinal. Eu sabia que tinha que ter uma coisa que me ligava tão fortemente à Caixa Econômica Federal. A Caixa Econômica Federal foi fundada no dia 12 de janeiro. Dia que eu nasci, coincidentemente. Então, talvez tenha sido essa uma das razões desconhecidas que me trouxeram para tão próximo da Caixa Econômica Federal, e me levaram a ter essa iniciativa de prestar essa homenagem, singela homenagem a todos os trabalhadores da Caixa Econômica Federal. Aos seus diligentes e parabenizá-los por terem essa importância que tem pelo povo brasileiro. Muito obrigado, Caixa Econômica Federal, muito obrigado, servidores e trabalhadores da Caixa Econômica Federal. (Palmas.)
Nós vamos convidar novamente o Coral da Gente para mais uma apresentação, e fazer uma menção a uma figura humana extraordinária, que é talvez um dos maiores responsáveis por esse projeto do Instituto Baccarelli, meu amigo Edmilson, no qual eu peço a vocês, que homenageiem com uma salva de palmas. (Palmas.)
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- É feita a apresentação.
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O SR. PRESIDENTE - ANTONIO MENTOR - PT - Eu avisei que era uma coisa maravilhosa que nós íamos assistir aqui hoje, e a quantidade de talentos que foram conquistados pelo Instituto Baccarelli e outros tantos, talvez muito mais estejam disponíveis para outros projetos da mesma natureza. É maravilhoso nós sabermos que crianças como essas, tendo uma oportunidade se transformam em artistas, cantores, músicos. Aqueles que tiverem oportunidade de ouvir que a Orquestra do Instituto Baccarelli vai tocar em qualquer lugar, vá. Vale à pena. É tão maravilhoso quanto a apresentação do Coral. Nós recomendamos até para que vocês possam ouvir e se deliciar com a música que esses meninos e meninas apresentam com instrumental. O Instituto Baccarelli já exportou músicos que hoje se apresentam na Orquestra Filarmônica de Israel, sob a regência de um dos maiores maestros do mundo moderno, (ininteligível). Instrutores que trabalham hoje na Alemanha, junto aos maiores músicos instrumentistas dos dias de hoje. Portanto, não é pouca coisa o êxito do Instituto Baccarelli. Nós ainda vamos ver um pouco do Coral. No encerramento dessa Sessão Solene, nós vamos convidar a todos para um coquetel que acontecerá no Hall Monumental, e lá, novamente, nós teremos oportunidade de assistir a apresentação desse Coral.
Agradecer a todos, ao Roberto e ao Paulo Galli. Esgotado o objeto da presente sessão, quero também estender o meu agradecimento a todos que compareceram a esse momento importante da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, a todos que colaboraram para o êxito dessa sessão, especialmente os meus colaboradores do nosso gabinete, Odete, Cleu, Ana, Renato, Eduardo, enfim. Alessandra, e a todos os funcionários também da Assembleia Legislativa, da liderança do PT, meu melhor agradecimento, porque isso que aconteceu aqui hoje, além de ter sido uma justa homenagem a Caixa Econômica Federal, tocou o coração de muita gente que aqui veio. Muito obrigado. Está encerrada a sessão.
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- Encerra-se a sessão às 21 horas e 27 minutos.
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