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07 DE MAIO DE 2004

62ª SESSÃO ORDINÁRIA

 

Presidência: ROMEU TUMA

 

Secretário: VINICIUS CAMARINHA

 

DIVISÃO TÉCNICA DE TAQUIGRAFIA

Data: 07/05/2004 - Sessão 62ª S. ORDINÁRIA Publ. DOE:

Presidente: ROMEU TUMA

 

PEQUENO EXPEDIENTE

001 - ROMEU TUMA

Assume a Presidência e abre a sessão. Cumprimenta todas as mães do Estado pela passagem, domingo próximo, de seu dia.

 

002 - UBIRATAN GUIMARÃES

Considera que PMs que cometem crimes graves devam enviados a presídios comuns, e não ao Romão Gomes, que deveria receber apenas os que cometem delitos no exercício de sua função.

 

003 - ARNALDO JARDIM

Expressa satisfação com os rumos do cooperativismo no Estado. Refere-se à 14ª Assembléia Geral da Cooperdata, realizada por videoconferência. Repudia atuação do Ministério do Trabalho, que discrimina as cooperativas de trabalho.

 

004 - Presidente ROMEU TUMA

Manifestando-se da Presidência, fala do Parque Zoológico e de evento que realizará, denominado Ação Conjunta pela Consciência Cidadã. Homenageia as mães policiais.

 

005 - VINICIUS CAMARINHA

Comemora notícias que apontam a pujança econômica do Interior do Estado. Reivindica do Governador mais investimentos para manter aquela conquista.

 

006 - UBIRATAN GUIMARÃES

De comum acordo entre as lideranças, pede o levantamento da sessão.

 

007 - Presidente ROMEU TUMA

Acolhe o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária de 10/05, à hora regimental, sem Ordem do Dia, lembrando-os da realização hoje, às 20h, de sessão solene para homenagear os Conselhos Comunitários de Segurança - Consegs, e também de sessão solene às 10h do dia 10/05, em comemoração do Dia Estadual de Combate ao Câncer de Mama. Levanta a sessão.

 

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O SR. PRESIDENTE - ROMEU TUMA - PPS - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Convido o Sr. Deputado Vinicius Camarinha para, como 2º Secretário “ad hoc”, proceder à leitura da Ata da sessão anterior.

 

O SR. 2º SECRETÁRIO - VINICIUS CAMARINHA - PSB - Procede à leitura da Ata da sessão anterior, que é considerada aprovada.

 

O SR. PRESIDENTE - ROMEU TUMA - PPS - Convido o Sr. Deputado Vinicius Camarinha para, como 1º Secretário "ad hoc", proceder à leitura da matéria do Expediente.

 

O SR. 1º SECRETÁRIO - VINICIUS CAMARINHA - PSB - Procede à leitura da matéria do Expediente, publicada separadamente da sessão.

 

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- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - ROMEU TUMA - PPS - Esta Presidência em seu nome próprio, em nome do conjunto dos Deputados desta Casa e também em nome a Presidência efetiva, Deputado Sidney Beraldo, cumprimenta todas as mães do Estado de São Paulo bem como as nossas funcionárias que têm o privilégio de serem mães, rogando a Deus para que todas tenham mais paz, mais tranqüilidade e muitas felicidades pelo dia de domingo.

Tem a palavra o nobre Deputado Ricardo Tripoli. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado João Caramez. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Aldo Demarchi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Paulo Sérgio. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Said Mourad. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Geraldo Lopes. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Souza Santos. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Edson Gomes. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Milton Vieira. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Maria Almeida. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Baleia Rossi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado José Zico Prado. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Maria Lúcia Amary. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Vitor Sapienza. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Enio Tatto. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Cândido Vaccarezza. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Ary Fossen. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Pedro Tobias. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Ubiratan Guimarães.

 

O SR. UBIRATAN GUIMARÃES - PTB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, nobre Deputado Romeu Tuma, Sras. e Srs. Deputados, senhores funcionários, aqueles que nos assistem pela TV Assembléia e aqueles que nos ouvem pela Rádio Assembléia, venho hoje aqui, embora triste, para defender uma posição que sempre adotei enquanto na ativa na Polícia Militar.

Hoje, li com tristeza que PMs foram acusados de seqüestrar uma aposentada de 86 anos, em Suzano. De fato, pelo que ouvi e pelo que li, isto realmente aconteceu. Os PMs foram recolhidos ao presídio Romão Gomes, o presídio para policiais militares. Este é exatamente o ponto que falo. Ao longo da vida, sempre defendi a Polícia Militar e sempre defendo os policiais militares, aqueles que agem no cumprimento do dever. Agora, quando praticam crimes, crimes hediondos como este, acho e sempre entendi, sempre lutei para que o policial militar, ao cometer esses crimes - de seqüestro, latrocínio, enfim, essas coisas bárbaras - seja colocado em presídio comum. O Presídio Romão Gomes é um presídio para os policiais que cometem crimes no exercício da função, mas nos casos de seqüestro, roubo, latrocínio, tráfico, o policial tem de ir para um presídio comum. É duro assumir isso. Muitos contestam minha posição, mas temos de ser justos.

Todos se lembram daquele seqüestrador na área de Campinas, um tal de Andinho, que infernizou e matou uma senhora. Quem era o segurança do Andinho? Um policial militar da ativa. Se o Andinho tem de ser condenado pelos crimes que fez, esse policial tem de ser condenado o triplo porque bandido é bandido e polícia é polícia. Lúcio Flávio já dizia isso há 30 anos. O travestido de policial, esse é bandido. Quem seqüestra uma senhora de 86 anos e deixa no cativeiro à mingua, largada, é um bandido. Esse tem de ser tratado com os rigores da lei, num presídio comum.

Muitos policiais militares contestam e dizem: “Mas se o policial for para um presídio comum e descobrirem que ele é policial militar, matam-no.” Sinto muito. O policial tem de ter consciência de que ele veste a farda e é um funcionário do Estado para defender a Segurança Pública. Se ele mata, rouba, estupra, tem de pagar na mesma medida. Se ele morrer no presídio, sinto muito, mas não podemos continuar deixando que esses bandidos - não são policiais, são bandidos - tenham prisão especial.

Essa luta vem de longo tempo. Não é de hoje que estou nesta Assembléia Legislativa. Continuo lutando juntamente com o Deputado Conte Lopes e outros colegas que viveram o policiamento, viveram na rua, comandando tropa. O Presídio Romão Gomes é para policiais militares que cometem crimes no exercício da sua atividade fim, não para esses monstros.

 

O Sr. Presidente - Romeu Tuma - PPS - Tem a palavra o nobre Deputado Carlinhos Almeida. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Eli Corrêa Filho. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Edson Ferrarini. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Havanir Nimtz. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Arnaldo Jardim.

 

O SR. Arnaldo Jardim - PPS - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, tenho tido a incumbência nesta Assembléia Legislativa de coordenar a Frente pelo Cooperativismo.

O cooperativismo tem enfrentado uma série de desafios e tem sido vitorioso em boa parte deles, atestando aquilo que é uma forma importante de organização, possibilitando diminuir distâncias e promover uma distribuição mais equilibrada de renda. Refiro-me, particularmente, a uma empreitada que todo movimento cooperativista travou recentemente: evitar a bitributação a partir da nova regulamentação do PIS/Cofins, determinado pelo Governo Federal. Conseguimos evitar isso, que seria um grande mal e quero festejar.

Aproveito também para cumprimentar a recondução, para mais um mandato à frente da Organização das Cooperativas do Brasil, do Dr. Márcio Freitas, ocorrida ontem em Brasília, após a realização da assembléia da OCB. Doutor Márcio, meu amigo de muito tempo, originário da região de Franca, dirigiu a Organização das Cooperativas no Estado de São Paulo e permanece à frente de mais um mandato na OCB.

E gostaria de testemunhar, para que isso não fique simplesmente como uma manifestação retórica, aquilo que vivenciei recentemente quando tive oportunidade de participar da 14ª Assembléia Geral da Cooperdata Processamento de Dados, uma cooperativa que iniciando com algumas pessoas, como uma cooperativa de trabalho que prestava serviços na área de processamento de dados, conta hoje com mais de 30 mil associados. Pude verificar que além de ser uma cooperativa significativa, pelo seu tamanho, busca exercitar princípios absolutamente corretos, democráticos de funcionamento.

A assembléia geral a que me refiro, e que teve a participação, aqui na cidade de São Paulo - e lá estive - de mais de mil e 400 pessoas, foi realizada por videoconferência ao mesmo momento em outras quatro capitais do país, dentro de um processo absolutamente interessante, onde todas as decisões, sejam as que estabeleceram um novo plano de gestão da Cooperdata para os dois próximos anos, sejam as da eleição da sua diretoria, do seu conselho diretor, ocorreram tomando-se votos em cada uma das capitais ao mesmo tempo.

Além disso, várias questões de estratégia do funcionamento da cooperativa também foram tomadas. Quando se tratavam de questões polêmicas, as mesmas mereciam intervenções que defendiam uma opinião, contraditas, defendendo-se outras posições, questões como: a constituição de um fundo previdenciário, um abono anual, uma caderneta de poupança, um instrumento para se decidir se deveria comprar ou não a sede da própria coordenação administrativa da cooperativa. Essas questões eram decididas após o debate e o voto por manifestação direta desses mais de dois mil cooperados, que representando todos os demais eleitos na base, constituíram a Assembléia Geral Ordinária da Cooperdata.

Quero salientar que afora essas questões atinentes ao funcionamento da Cooperdata, lá também se fez uma moção de repúdio, que neste instante reitero, com relação à atuação de alguns órgãos do Governo Federal, especificamente do Ministério do Trabalho, que numa atitude que confunde alho com bugalho, não separando as cooperativas que têm realmente os seus princípios claros de funcionamento, com aquelas outras que reconhecemos são meros arremedos no sentido de burlar alguns direitos trabalhistas, acabam fazendo uma perseguição, e não há outra expressão, generalizada e discriminatória contra as cooperativas de trabalho no nosso Estado e no nosso País.

Somos a favor de se verificar quando as empresas se constituem sob o signo de cooperativa como mera fachada para burlar o direito trabalhista. Mas isso é profundamente diferente de cooperativas como essa que descrevi neste instante. Quero salientar que, integrando esse conselho, lá se manifestando, tivemos um dos maiores especialistas em sociedades cooperativas, o Dr. Reginaldo Ferreira Lima, que também preside o Instituto Brasileiro de Direito Cooperativo.

Quero, portanto, dar este testemunho da seriedade, competência e transparência com que se conduz essa cooperativa, a Cooperdata, e cumprimentar a todos os seus associados, membros do Conselho Diretor, na figura da sua Presidente Sra. Maria Dulcelina Vaz da Costa. Além de presidir a Cooperdata, ela preside também o Sindicato Nacional das Cooperativas de Trabalho. Receba, Sra. Maria Dulcelina e todos da Cooperdata, os respeito da Frencoop, Frente do Cooperativismo do Estado de São Paulo.

 

O SR. PRESIDENTE - ROMEU TUMA - PPS - Tem a palavra o nobre Deputado Antonio Salim Curiati. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Ana Martins. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Sebastião Almeida. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Waldir Agnello. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Rogério Nogueira. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Mário Reali. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Romeu Tuma.

 

O SR. PRESIDENTE - ROMEU TUMA - PPS - PRONUNCIANDO-SE DA PRESIDÊNCIA - Srs. Deputados presentes em plenário, bem como nos seus respectivos gabinetes, telespectadores da TV Assembléia, ouvintes da Rádio Assembléia, leitores do Diário Oficial do Poder Legislativo, senhoras e senhores presentes nas galerias desta Casa, caros funcionários e assessores, quero tratar de duas questões: Parque Zoológico e o Poder Legislativo, uma Ação Conjunta pela Consciência Cidadã, evento que realizaremos após aviso que tivemos hoje, junto com outros parlamentares, bem como em relação às Homenagem às Mães Policiais.

Senhores Deputados, neste domingo estaremos comemorando o Dia das Mães. É uma data que alegra e comove a todos. Não há quem não se emocione e quem não relacione mãe com amor, segurança, carinho, afeto, enfim, eu poderia passar horas aqui falando de qualidades que as mães possuem de sobra, que transbordam de seus seres e ainda estaria sendo vago, impreciso.

Ser mãe é um ministério, que não exige preparação, não exige curso nem qualificação. Basta iniciar a fecundação, para a mulher passar por uma grande transformação, pois seu corpo e sua mente, num átimo passam a encarnar um dos maiores milagres reservados a nós, pelo Criador: o da preservação da espécie.

A comemoração do dia das mães é mitológica, começou na Grécia antiga, com a entrada da primavera, quando se fazia uma festa em honra de Rhea, a Mãe dos Deuses.

No início do século XVII, a Inglaterra começou a dedicar o quarto domingo da Quaresma às mães das operárias inglesas. Era nesse dia que as trabalhadoras tinham folga para ficar em casa com suas mães.

Nos Estados Unidos, em 1872, Júlia Ward Howe, autora da letra do hino do país, foi a primeira a sugerir a instituição da data. Mas foi outra americana, Ana Jarvis, da Filadélfia, que em 1907 iniciou a campanha para instituir o Dia das Mães. Ela vivia uma profunda depressão em virtude do falecimento de sua mãe. Preocupadas com aquele sofrimento, algumas amigas tiveram a idéia de perpetuar a memória de sua mãe com uma festa. Ana quis que a homenagem fosse estendida a todas as mães. E em pouco tempo a comemoração se alastrou por todo o país e, em 1914, o presidente Wilson oficializou o 9 de maio, como Dia das Mães.

No Brasil, o Dia das Mães é celebrado no segundo domingo de maio, conforme decreto assinado em 1932 pelo presidente Getúlio Vargas.

Eu quero aproveitar este momento, para homenagear as mães policiais do Estado de São Paulo. Essas mulheres merecem todo o nosso respeito, porque sem perder o carinho, a ternura, que caracterizam o amor materno, enfrentam no seu dia-a-dia a criminalidade e a violência.

As mães policiais, que lutam tanto e às vezes sacrificam até a própria vida para a defesa e o bem-estar da sociedade, muitas vezes são privadas nos bairros onde moram, de poder criar seus filhos em liberdade, com segurança.

A policial que sai numa viatura, armada e com colete à prova de balas, enfrentando perigosos marginais, muitas vezes teve que preparar o almoço do marido e dos filhos, antes de sair de casa para o trabalho.

Há um provérbio judeu, que diz: - "As mães compreendem o que os filhos não dizem". Eu quero parodiar esse belo provérbio, dizendo que: “Dentro desse clima de insegurança e de baixos salários, eu que tenho uma carreira na polícia, compreendo o que as mães policiais não dizem...”.

Para finalizar, quero registrar nos Anais desta Casa, a minha homenagem a todas as mães policiais, professoras, médicas, telefonistas, estenografas, faxineiras, cozinheiras, engenheiras, cabeleireiras, arquitetas, agricultoras, bóias-frias, balconistas, estudantes, enfim, para todas, sem exceção, lendo o poema “Com licença poética”, de Adélia Prado: ”Quando nasci um anjo esbelto, desses que tocam trombeta, anunciou: vai carregar bandeira. Cargo muito pesado pra mulher, esta espécie ainda envergonhada. Aceito os subterfúgios que me cabem, sem precisar mentir. Não sou tão feia que não possa casar, (...) ora sim, ora não, creio no parto sem dor. Mas o que sinto escrevo. Cumpro a sina. Inauguro linhagens, fundo reinos - dor não é amargura. Minha tristeza não tem pedigree, já a minha vontade da alegria, sua raiz vai ao meu mil avô. Vai ser coxo na vida é maldição pra homem. Mulher é desdobrável. Eu sou“.

Senhores Deputados, hoje pela manhã, participei de uma reunião na Fundação Parque Zoológico de São Paulo, juntamente com os deputados Waldir Agnello, Donisete Braga e Giba Marson, para nos inteirarmos da investigação que apura a matança de animais naquele parque, por envenenamento.

Nos reunimos com o Presidente da Fundação Parque Zoológico, Paulo Magalhães Bressan e entre outros assuntos tratados, propusemos a ele a redução do preço do ingresso ao zôo e a distribuição de material educativo de prevenção ao tráfico de animais silvestres.

Quando trouxemos esse assunto do Parque Zoológico de São Paulo para a Comissão de Segurança Pública desta Casa, queríamos apenas cumprir nosso papel constitucional de agir em consonância com os anseios de nossa população.

Temos um mandato delegado pelo voto. E dentro dessa incumbência agimos para fiscalizar o Poder Executivo, já que a investigação dos crimes, propriamente dita, compete à Polícia.

Mas ao atuarmos como “caixa de ressonância” da sociedade, fomos atrás dos fatos que estavam chocando toda a população da cidade, do estado e do país.

E agimos dentro de nossa competência constitucional. Não procuramos em momento algum, avocar o poder de polícia.

Nossa sociedade não pode mais suportar a violência praticada contra os cidadãos e como se tais barbáries não bastassem, agora até os animais do Zoológico de São Paulo, são vítimas da violência. O caso teve repercussão internacional.

Conseguimos agilizar o encaminhamento dos Laudos, por parte do Instituto de Criminalística. Analisamos o Inquérito Policial e trouxemos para o debate esse tema tão pungente e delicado.

Agora estamos esperando a conclusão do Inquérito Policial e o encaminhamento do caso à Justiça.

Mas ainda nos resta a ação política. E, nessa vertente, resolvemos programar uma manifestação de apoio ao Zoológico de São Paulo, que é considerado um dos melhores do mundo, pelo esclarecimento da matança de animais por envenenamento, na semana Mundial do Meio Ambiente, de primeiro a sete de junho.

O dia 5 de junho é o Dia Mundial do Meio Ambiente. Ele foi criado em 1972 pela Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Estocolmo, na Suécia. Mas a semana inteira, do dia 1 ao dia 7, é dedicada à natureza e ao planeta.

No mundo todo ocorrem celebrações cujo principal objetivo é chamar a atenção de todos para os graves problemas ambientais da Terra. O caso das mortes no zoológico de São Paulo leva a uma indagação preocupante: os animais ameaçados de extinção, que estão sob a guarda do zoológico, estão seguros?

Essa constatação coloca em cheque o papel que o zoológico teria na conservação das espécies ameaçadas. Desde 24 de janeiro, mais de 100 animais morreram no zoológico de São Paulo. Na autópsia de 61 deles, foram encontrados sinais de dois venenos (um deles de venda proibida). Dos animais mortos, a sua maioria não era exposta à visitação pública.

Um olhar atento traz a questão: qual é o papel dos zoológicos hoje? Vamos agir como cidadãos conscientes, fazendo nossa parte para ajudar a preservar o planeta, pois se a Terra morre, nós morremos junto com ela. Preservar o meio ambiente é questão de sobrevivência.

 

O SR. PRESIDENTE - ROMEU TUMA - PPS - Tem a palavra o nobre Deputado Sebastião Arcanjo. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Marquinho Tortorello. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Rafael Silva. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Roberto Morais. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Luiz Gonzaga Vieira. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Roberto Felício. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Giba Marson. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Luis Carlos Gondim. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Ricardo Castilho. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Conte Lopes. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Donisete Braga. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Vicente Cândido. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Hamilton Pereira. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Marcelo Cândido. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Orlando Morando. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Maria Lúcia Prandi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado José Bittencourt. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Wagner Salustiano. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Roberto Alves. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Nivaldo Santana. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado José Dílson. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Vanderlei Siraque. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Valdomiro Lopes. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Afonso Lobato. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Simão Pedro. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Célia Leão. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Marcelo Bueno.

Srs. Deputados, esgotada a lista de oradores inscritos para falar no Pequeno Expediente, vamos passar à Lista Suplementar. Tem a palavra o nobre Deputado Vinicius Camarinha.

 

O SR. VINICIUS CAMARINHA - PSB - Sr. Presidente em exercício, nobre Deputado Romeu Tuma, Srs. Deputados, assinantes do sistema de comunicação da TV Assembléia, funcionários desta Casa, tenho, com veemência, cobrado desta tribuna, feito indicações, requerimentos e moções, atendendo lideranças comunitárias, Prefeitos, Vereadores e sociedade civil organizada em propósito e em defesa principalmente do nosso interior. Às vezes pode parecer, pelo fato de ser eu um Deputado do interior, de Marília, um bairrismo meu, de cobrar, com constância, investimentos para o nosso interior.

Para surpresa nossa, o jornal “O Estado de S.Paulo” da semana passada, no caderno de Economia, publicou o que sempre cobramos desta tribuna: “Agricultura acelera retomada no interior do País.” Que alegria para nós, do interior, do Oeste do Estado de São Paulo: “Interior lidera criação de empregos em São Paulo. Pesquisa da Fiesp aponta saldo positivo em 60% das regiões do interior, ante 30% na Grande São Paulo. O levantamento da Fiesp mostra que as regiões, onde o nível de emprego” - olha a preocupação de todo o País e da sociedade com a questão do emprego - “teve crescimento mais vigoroso no período. Foram pesquisados Piracicaba, com 4,54%, Marília, 3,54%, Limeira, Botucatu e outras cidades.”

Isso demonstra que o governo tem trabalhado, e não deixamos de reconhecer mais infra-estrutura, mais recursos e mais verbas no bolo orçamentário do Estado de São Paulo. O orçamento do Estado de São Paulo é o maior da federação: 64 bilhões. E, esse montante deve ser distribuído também no interior, para mantermos o desenvolvimento sustentado, nobre Deputado Arnaldo Jardim, para que possamos escoar a produção, para que possamos duplicar as nossas rodovias. Temos a questão da Rodovia Marília-Bauru, que não está duplicada; temos as questões do nosso intermodal, a questão das ferrovias e do aeroporto. Como vamos escoar a produção, por exemplo, das empresas de alimento da cidade de Marília?

Sr. Presidente, dentre as grandes empresas nacionais do ramo de alimento, a revista “Exame” desta semana trouxe em destaque a nossa empresa de Marília, de propriedade da família Barion, reconhecida como uma das maiores empresas de balas e confeitos do nosso país, e que é motivo de muita alegria para nós. E, quero mostrar aqui a saga da Dori, que começou como uma modesta doceira do interior paulista e hoje é líder no setor de balas e confeitos do país.

Sr. Presidente, essas são as nossas reivindicações desta tribuna, e as reivindicações apresentadas na emenda do orçamento, por este Deputado. A questão das rodovias, dos trens, do escoamento da nossa produção, do agronegócio; o coco, o trigo, o milho, a pecuária que sai do interior e colabora para manter o superávit da balança comercial do nosso País, nobre Deputado Ubiratan Guimarães, pessoa que vem batalhando pela questão da segurança pública do nosso Estado. Nobre Deputado Arnaldo Jardim, não fôssemos nós, do interior, com a soja, com o trigo e com o milho, não teríamos alcançado o superávit da balança comercial.

Sr. Presidente, o tempo é curto, gostaria de dizer aqui das nossas emendas que foram contempladas pelo Governador, os recursos na área da Saúde, das Santas Casas do nosso interior, alguns recursos que conseguimos para a estrutura asfáltica, tratamento de esgoto, que num momento oportuno, com mais tempo, terei a oportunidade de especificar as nossas emendas liberadas pelo governo.

Cumprimento o povo do interior, a agricultura, os industriais, os trabalhadores, os comerciantes que colaboram para o crescimento e desenvolvimento do nosso País, principalmente no momento de difícil, de arrocho salarial, em que as nossas empresas e as nossas indústria estão sobrecarregadas de tarifas, impostos, taxas, e o nosso interior apresenta índices positivos de crescimento acima da Grande São Paulo; um índice histórico.

Aproveito para cumprimentar também todas as mães do nosso País e do nosso Estado. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ROMEU TUMA - PPS - Tem a palavra a nobre Deputada Ana Martins. (Pausa.)

 

O SR. UBIRATAN GUIMARÃES - PTB - Sr. Presidente, havendo acordo das lideranças presentes em plenário, solicito o levantamento da sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - ROMEU TUMA - PPS - Srs. Deputados, tendo havido acordo de lideranças esta Presidência vai levantar a sessão. Antes, porém, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de segunda-feira, à hora regimental, sem Ordem do Dia, lembrando-os ainda da sessão solene a realizar-se hoje, às 20 horas, com a finalidade de homenagear os Conselhos Comunitários de Segurança - Consegs e, ainda da sessão solene, a realizar-se na segunda-feira, às 10 horas, com a finalidade de comemorar o Dia Estadual de Prevenção ao Câncer de Mama.

Está levantada a sessão.

 

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-         Levanta-se a sessão às 14 horas e 59 minutos.

 

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