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24 DE MAIO DE 2013

073ª SESSÃO ORDINÁRIA

 

Presidentes: JOOJI HATO e OSVALDO VERGINIO

 

Secretário: WELSON GASPARINI

 

RESUMO

PEQUENO EXPEDIENTE

001 - JOOJI HATO

Assume a Presidência e abre a sessão.

 

002 - RAMALHO DA CONSTRUÇÃO

Comunica encontro, ontem, com especialistas, empreiteiros e entidades sindicais para discutir a criação de selo de qualidade para empreiteiras. Afirma que o setor é prejudicado por empresas que oferecem contratos precários e não têm medidas de segurança. Argumenta que más empreiteiras frequentemente vencem licitações, em razão do preço baixo. Acrescenta que o cidadão comum também será beneficiado caso a iniciativa se concretize.

 

003 - Presidente JOOJI HATO

Anuncia a presença de alunos e professores do curso "Mulheres: direitos e políticas públicas", do Instituto do Legislativo Paulista, acompanhados pela coordenadora Fernanda Matsuda.

 

004 - WELSON GASPARINI

Cobra mais atenção do Poder Público à epidemia de dengue no Interior de São Paulo. Enfatiza a gravidade do problema. Propõe parceria da Secretaria de Saúde com a Secretaria de Educação, dirigentes de entidades de classe e líderes religiosos, com o objetivo de ensinar à população ações preventivas. Lembra a iminência da Copa das Confederações. Manifesta pesar pelo falecimento do pai de Berenice Lima Paula, funcionária desta Casa.

 

005 - OLÍMPIO GOMES

Informa que foi escolhido, por unanimidade, para a pré-candidatura ao Governo do Estado pelo PDT, em reunião liderada por Carlos Lupi, presidente nacional do partido. Acrescenta que seu objetivo é mudar o referencial de fazer política no estado de São Paulo. Afirma que tem recebido milhares de mensagens diárias de apoio desde a divulgação do fato pela mídia. Garante que lutará pela causa dos servidores públicos. Comunica que o PDT está, agora, em busca de alianças. Critica candidaturas que fazem uso da máquina pública.

 

006 - OSVALDO VERGINIO

Assume a Presidência.

 

007 - JOOJI HATO

Cita caso de assassinato, ocorrido ontem, em Santana de Parnaíba. Cobra medidas preventivas de segurança. Lamenta que projeto de lei, de sua autoria, a respeito da instalação de sistemas de som em automóveis, tenha sido vetado pelo Executivo, após ser aprovado neste Parlamento. Lembra que lei análoga está em vigor em Osasco. Traça relação entre veículos sonorizados e criminalidade. Afirma que em bairros de alto padrão a fiscalização é mais intensa.

 

008 - JOOJI HATO

Assume a Presidência.

 

009 - OSVALDO VERGINIO

Culpa o estresse da vida contemporânea pelo crime ocorrido em Santana de Parnaíba. Critica a realização de exames de corpo de delito no mesmo local em que se dá a liberação de corpos, no IML. Acrescenta que a população está desiludida por conta da violência e da desvalorização da vida humana. Manifesta sua crença de que a situação pode melhorar.

 

010 - LECI BRANDÃO

Pede por maior espaço na mídia dedicado a atividades positivas desta Assembleia, como audiências públicas. Menciona seminário, ocorrido em 23/05, sobre jovens escritoras negras, em que foi lançada coletânea de textos do Coletivo Louva Deusas. Afirma que direitos sexuais e reprodutivos foram discutidos no evento. Parabeniza o PT pela realização de audiência pública contra a redução da maioridade penal, e o deputado Olímpio Gomes pela pré-candidatura ao Governo do Estado, pelo PDT. Responsabiliza a frieza nas relações humanas pela violência.

 

011 - Presidente JOOJI HATO

Parabeniza a deputada Leci Brandão pelo seu exemplo e por seu trabalho musical.

 

012 - OLÍMPIO GOMES

Comunica sua participação, em 23/05, em vigília promovida pela Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo. Acusa o secretário de Segurança Pública, Fernando Grella, de prejudicar a Polícia. Critica o "pacote de insegurança pública". Pede investigação sobre os motivos de falha no som durante pronunciamento seu a respeito do assunto. Menciona evento, em 11/06, no vão livre do Masp, tendo como pauta possível greve da Polícia Civil. Lê e comenta documento do Sindasp.

 

013 - OLÍMPIO GOMES

Requer o levantamento da sessão, com a anuência das lideranças.

 

014 - Presidente JOOJI HATO

Defere o pedido. Parabeniza a cidade de Nova Odessa pelo seu aniversário. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária de 27/05, à hora regimental, sem Ordem do Dia. Lembra a realização de sessões solenes: hoje, às 20 horas, para "Comemorar os 350 anos dos Correios"; e em 27/05, às 10 horas, para "Comemorar o Dia da Defensoria Pública". Levanta a sessão.

 

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- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Jooji Hato.

 

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O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Com base nos termos da XIV Consolidação do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.

Convido o Sr. Deputado Welson Gasparini para, como 1º Secretário “ad hoc”, proceder à leitura da matéria do Expediente.

 

O SR. 1º SECRETÁRIO - WELSON GASPARINI - PSDB - Procede à leitura da matéria do Expediente, publicada separadamente da sessão.

 

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- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Srs. Deputados, Sras. Deputadas, tem a palavra o primeiro orador inscrito, nobre deputada Telma de Souza. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Celso Giglio. (Pausa.) Tem a palavra a nobre deputada Regina Gonçalves. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado João Paulo Rillo. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Itamar Borges. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Reinaldo Alguz. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Ramalho da Construção.

 

O SR. RAMALHO DA CONSTRUÇÃO - PSDB - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, telespectadores da TV Alesp, colaboradores desta Casa, visitantes desta tarde, gostaria de comentar sobre a reunião que tivemos ontem com o especialista do setor da construção civil, Roberto de Souza, o vice-presidente do Sinduscon, Haruo Ishikawa, e alguns representantes de empreiteiros de São Paulo.

A ideia é criar um selo de qualidade para os empreiteiros. Hoje nós temos dois tipos de empreiteiros: os primeiros, que equivalem a 10% do total, são ótimos, dão bons exemplos, trabalham com equipe formalizada e qualificada. Os outros 90% são os chamados “gatos”, que trabalham na informalidade, pagam baixos salários e não se preocupam com a segurança do trabalho.

Esses “gatos” acabam atrapalhando, e muito, os bons empreiteiros, e isso infelizmente está espalhado por todos os lados, inclusive na terceirização e na quarteirização dos serviços. Por exemplo, no Governo do Estado, a FDE tem 2.315 pequenas obras em andamento, como reformas de escolas. Aqueles que participam das licitações, na hora de ganhar, não olham custo nenhum, mas depois repassam o custo para os terceirizados e quarteirizados, que então atrapalham e prejudicam quem faz direito.

Outro exemplo é a Caixa Econômica Federal. Somente no estado de São Paulo, há mais de 3 mil obras, e o procedimento é o mesmo já citado. No projeto “Minha Casa, Minha Vida”, que usa parte do dinheiro do Fundo de Garantia dos trabalhadores, a construtora gericada apresenta toda a documentação necessária. Mas o “gato”, aquele que contrata o pessoal, é um estelionatário, picareta mesmo, que não recolhe quase nada. E quem paga a conta disso são os trabalhadores.

Nós fizemos um levantamento dessas empresas que aplicam golpes, e 92% delas quebram em um período de menos de 24 meses, dando um prejuízo imenso não só aos trabalhadores, mas também aos prestadores de serviço, pois ficam devendo desde o pãozinho do café da manhã até a enxada, a betoneira, os equipamentos que eles acabam financiando para trabalhar em obras.

Se tivéssemos um selo de qualidade, talvez toda a sociedade contrataria apenas quem o possuísse, mesmo o cidadão comum.

Afinal, na Grande São Paulo, existem 38 mil condomínios, inclusive com dez prédios, havendo, em média, 3,8 trabalhadores realizando pequenas reformas. Assim, apenas nos condomínios da Grande São Paulo, há mais de 150 mil trabalhadores informais. Sem mencionar as reformas de lojas que acontecem no dia a dia.

À medida que criarmos um selo para esses empreiteiros, iremos convencer o próprio consumidor a contratar gente séria, porque é muito complicado para a pessoa leiga contratar um pedreiro para fazer a reforma em sua própria casa, o qual desperdiçará material e realizará uma reforma mal feita.

No entanto, se fizermos algumas contas e mostrar que o selo de qualidade acaba sendo mais barato e seguro, nosso próprio consumidor optará pela coisa direita.

Gostaria de pontuar essa questão, posto que o governador encontra-se hoje mesmo visitando várias cidades para inaugurar e entregar obras, estando no fim da tarde, no distrito de São Miguel Paulista.

É importante que pensemos no ser humano. Embora o governador tenha acabado de assinar uma lei que proíbe o trabalho análogo nas obras e serviços públicos, seria bom se qualificássemos as empreiteiras e os empregadores para que possam trabalhar a partir de uma concorrência leal. Sr. Presidente, muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Esta Presidência tem a grata satisfação de anunciar a ilustre presença dos alunos e professores do curso “Mulheres: direitos e políticas públicas”, do Instituto Legislativo Paulista, acompanhados pela responsável Fernanda Matsuda. Desejo boas-vindas a todos e solicito uma salva de palmas. (Palmas.)

Srs. Deputados, Sras. Deputadas, tem a palavra o primeiro orador inscrito, nobre deputado Aldo Demarchi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Luiz Cláudio Marcolino. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Marcos Martins. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Enio Tatto. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado José Zico Prado. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Gerson Bittencourt. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Rafael Silva. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Welson Gasparini, pelo tempo regimental.

 

O SR. WELSON GASPARINI - PSDB –  - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados: Um problema muito grave está acontecendo no estado de São Paulo, requerendo uma atenção ainda maior do governador e,  principalmente, do secretário estadual  da Saúde.

Estou falando da epidemia de dengue,  já alcançando  mais de 60 cidades do interior. O “Folha Ribeirão” destaca esse fato em reportagem.Pelo menos 63 cidades do Estado já atingiram níveis epidêmicos de dengue neste ano, segundo levantamento daquele jornal.  A situação mais crítica  está no corredor formado por Ribeirão Preto, Barretos e São José do Rio Preto, com 25 mil casos da doença. São 32 cidades só da região de Rio Preto e outras 31 do Estado - incluindo a Baixada Santista – sofrendo as conseqüências da epidemia de dengue em 2013.

Em Ribeirão Preto, oficialmente somando  9.642 casos de janeiro a abril, a situação é tão grave que o frei Mauro Luiz de Oliveira, da paróquia Santo Antônio Maria Claret, celebrando uma missa, perguntou para cerca de mil pessoas presentes naquela igreja  quantas já tiveram o problema da dengue; quatrocentos  fiéis levantaram a mão.

Os números são realmente impressionantes. Em Rio Preto, sete pessoas morreram por causa da dengue nos últimos dois meses, numa média de uma  morte a cada 10 dias. Naquela região, a epidemia é realidade em quase dois terços dos municípios.

É um assunto, realmente, muito grave.  Foram 12 mortes registradas,  no mesmo período,  na Capital e nas regiões de Bauru, Baixada Santista, Presidente Prudente, Sorocaba, Rio Preto, Taubaté e Registro. Até o último dia 4 de abril, a Secretaria Estadual da Saúde confirmou 42.445 casos de dengue.

O que é preciso fazer? Quero fazer um apelo ao governador Geraldo Alckmin e ao secretário da Saúde salientando a importância de uma grande reação para   se enfrentar essa epidemia ora presente em mais de 60 cidades do estado de São Paulo. É preciso uma reação muito forte.

Acredito que o governador do Estado, por meio da Secretaria da Saúde, poderia convidar para uma reunião - isso é muito importante - os secretários da Educação e o da Saúde; também os dirigentes das entidades de classe, a imprensa e,   principalmente, os líderes religiosos do estado de São Paulo para fazer uma grande união de forças, bem como o governo do Estado, por meio de suas secretarias e das suas diretorias administrativas, envolvendo, principalmente, a área da Educação.

Há escolas em profusão em todas essas cidades. Que os diretores e professores das escolas possam se reunir nas associações e nos encontros de  pais e mestres. Conversem com os pais, orientem e dêem educação para eles entenderem quais medidas podem ser tomadas para evitar o problema da dengue. Aos alunos também. Que sejam entregues prospectos para os alunos levarem para casa orientação para seus pais e familiares de como evitar o problema da dengue - combatendo e promovendo a eliminação do  mosquito transmissor dessa doença.

Além das escolas, seria importante a  adesão das diversas entidades religiosas. Todas elas: o catolicismo, os evangélicos e os espíritas. Que todos os líderes dessas religiões, nas reuniões e cultos religiosos das cidades, possam dedicar um pequeno espaço para orientar sobre a gravidade da questão  atravessada para que providências possam ser tomadas.

Vamos ter o Campeonato Mundial de Futebol no Brasil. Muita gente virá de fora para assistir os jogos. Se eles encontrarem nos jornais esta notícia dizendo que dezenas e dezenas de cidades estão com epidemias de doença,  como será a recepção?

Além de evitar as mortes ora acontecendo, temos de preservar a imagem de nosso Estado e de nosso País. Isso é possível  mas depende de  uma reação muito grande envolvendo todas essas forças que eu acabei de citar.

As secretarias administrativas, as escolas, as famílias e também as igrejas - além de fazer a pregação espiritual - podem dedicar um pouco de tempo para conscientizar as pessoas da necessidade de tomar  providências para evitar que a epidemia da dengue mate mais gente no estado de São Paulo.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Esta Presidência quer registrar o falecimento do Sr. Ivanhoé de Almeida Lima, pai da nossa querida funcionária Berenice Lima Paula. Em meu nome, em nome da bancada do PMDB - deputados Itamar Borges, Jorge Caruso, Baleia Rossi, Vanessa Damo - e de todos os deputados registramos os votos de condolências e de pesar. Certamente o Sr. Ivanhoé está com o Nosso Senhor pelo trabalho e exemplo que deu a todos nós.

Tem a palavra o nobre deputado Dilador Borges. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Antonio Salim Curiati. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Edson Ferrarini. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado André do Prado. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Edinho Silva. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Luciano Batista. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Vitor Sapienza. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Orlando Bolçone. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Alencar Santana Braga. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Cauê Macris. (Pausa.) Tem a palavra a nobre deputada Maria Lúcia Amary. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Olímpio Gomes.

 

O SR. OLÍMPIO GOMES - PDT - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, cidadãos que nos acompanham pela TV Assembleia, esta semana tivemos uma reunião do PDT no estado de São Paulo presidida pelo presidente nacional do partido Carlos Lupi, que veio a São Paulo acompanhado de toda a executiva do PDT, dos nossos deputados federais e estaduais de São Paulo. Também estavam presentes vários pré-candidatos a deputado estadual e federal.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Osvaldo Verginio.

 

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O partido entende que passamos por um momento de crescimento no estado de São Paulo e, para que isso se concretize, é mais do que necessário que o partido tenha uma chapa sólida de deputados federais e estaduais e candidatura majoritária para governador neste Estado. Para minha surpresa, por decisão unânime, o partido entende que eu deva me lançar como pré-candidato a governador de São Paulo para uma difícil missão, mas não impossível: mudar o referencial das ações de governo e de se fazer política no estado de São Paulo.

Resignadamente, aceitei o desafio dessa pré-candidatura e devo dizer que estou muito agradecido, porque após a divulgação na mídia tenho recebido não centenas, mas milhares de mensagens por dia através da internet, das redes sociais, de contatos diretos e de telefonemas. Devo dizer que não se trata de uma iniciativa do partido para fazer um ensaio, porque nunca na minha vida fui dado a ensaios ou a ludibriar momentaneamente a opinião pública. Levo com toda a seriedade e respeito o que o desafio me impõe.

Sei da necessidade de se resgatar a autoestima dos mais de um milhão de servidores públicos estaduais do estado de São Paulo, porque sou um deles. Para realizar melhores serviços públicos temos que prestigiar os servidores. Sinto que o Estado abandonou completamente seus servidores e, por consequência, os serviços públicos à população.

Percebo isso em cada manifestação de professores, de profissionais da Saúde, da polícia, de funcionários do DER, das universidades, dos transportes - servidores que fazem a grandeza de São Paulo e são completamente esquecidos, com carreiras estagnadas e salários completamente aviltantes, se comparados a outros estados.

Repito que é um grande desafio, mas não fujo. O PDT não vai fugir dos desafios. Com a pré-candidatura, sairemos numa grande peregrinação, respeitando neste instante a legislação eleitoral, mas buscando a multiplicação de partidos que possam convergir para os mesmos princípios e ideais.

Quero dizer à população para não acreditar que somente os poderosos que estão no Governo e conseguem mobilizar a máquina pública em prol de candidaturas serão vencedores nos próximos pleitos. Cada vez mais, a população está se educando, se informando e querendo mudanças.

Quero, mais uma vez, agradecer a todos aqueles que estão se irmanando nesta luta e dizer que os covardes nunca tentam, os fracassados nunca terminam e os vencedores nunca desistem. O povo paulista e os servidores públicos são vencedores. Por maior que seja a luta, seremos vencedores no final.

Obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - OSVALDO VERGINIO - PSD - Vossa Excelência será, com toda certeza, um bom candidato ao Governo do Estado de São Paulo, deputado Olímpio Gomes.

Dando sequência ao Pequeno Expediente, tem a palavra o nobre deputado Ed Thomas. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Alexandre da Farmácia. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Roberto Morais. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Hamilton Pereira. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Carlos Giannazi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Dilmo dos Santos. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Jooji Hato.

 

O SR. JOOJI HATO - PMDB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Caríssimo deputado Osvaldo Verginio, presidindo a sessão neste momento, Srs. Deputados, telespectadores, trazemos hoje, infelizmente, mais uma notícia triste que poderia, eventualmente, ser evitada se tivéssemos aplicado a segurança preventiva.

Quem for para Tamboré e Alphaville - onde moram empresários, em sua maioria -, vai sentir o que é uma região elegante, rica e com muita qualidade de vida.

Num lugar de primeiro mundo como esse, por uma briga fútil entre vizinhos, Vicente D'Alessio, um empresário de 60 anos, assassinou um casal com uma arma de fogo. Miriam Cecília, uma dentista de 37 anos, e Fábio de Rezende, de 40 anos, deixaram órfã uma criancinha, um bebê.

Assim é a nossa sociedade, infelizmente. Assim é o Governo, que não faz a sua parte, que não cumpre sua tarefa.

Por que ter arma? Por que não orientar para que as pessoas respeitem o próximo?

Por barulho, tivemos estas mortes. O vizinho de baixo, reclamando do barulho que o apartamento superior fazia, sacou uma arma, matou o casal e acabou deixando uma criança órfã. Nós aprovamos aqui um projeto que controla a regularização sonora, mas que, infelizmente, foi vetado pelo Poder Executivo.

Fico me perguntando o que a assessoria do governador falou a ele para que ocorresse este veto. Trata-se de um projeto de sua autoria, nobre deputado Osvaldo Verginio, aprovado em Osasco quando V. Exa. era vereador. Há dez anos, quando exercia o mandato de vereador, apresentei este projeto na Câmara Municipal de São Paulo. O projeto foi aprovado, mas vetado. Novamente, apresentei na Assembleia Legislativa e houve o veto do governador.

Carros pequenos como Gol, Palio, Chevette e Escort são utilizados como trios elétricos, pois colocam alta sonorização. É um aparelhamento que os fazem parecer trios elétricos. Os condutores encostam estes carros nas praças públicas do litoral e do interior, encostam na frente de botecos e ligam aquele som ensurdecedor, que toca música pornográfica, música com apologia ao crime e às drogas. E o projeto foi vetado. Eu não consigo entender.

São pancadões que acontecem, verdadeiras baladas a céu aberto que não respeitam o entorno. Perturba-se o trabalhador que quer descansar para trabalhar no dia seguinte, o estudante, o adolescente que quer descansar para estudar no dia seguinte e não consegue. Não se respeita isso. E o governo também não respeita, não garante qualidade de vida, não garante sossego, tão importante.

Imaginem se embaixo desse prédio no Tamboré houvesse um carro desses que parecem um trio elétrico. Imagine o que o Sr. Vicente D´Alessio, que acabou assassinando o casal, teria feito. Talvez ele teria descido com uma metralhadora AR-15 e teria acabado com a raça dessas pessoas que não respeitam os outros, que não respeitam aqueles que querem descansar.

Isso acontece comigo também. Às vezes estou no litoral, procurando meu descanso por um ou dois dias, já que não tenho muito tempo. Encostam o carro na frente da minha casa. Eles se embebedam na frente de um quiosque, que contrata esse carro, um verdadeiro trio elétrico. Eles bebem na rua, na praça e no jardim que há em frente à minha casa.

Acabam usando drogas, como crack e cocaína, dando mau exemplo às pessoas que passam. Mexem com as pessoas que andam nas ruas por lá. Perturbam a todos.

Chamamos a polícia, que diz que tenho de descer para fazer o boletim de ocorrência. Então, desço de pijama, pois isso ocorre de madrugada. Já ocorreu sete vezes. Eu não aguentei e acabei colocando isolamento acústico nas portas e janelas da minha casa para poder dormir um pouco. Só que não posso respirar a aragem do mar, que é o que queremos na verdade. As pessoas não deixam.

Imagine, meu caro deputado Osvaldo Verginio, se fosse lá no Tamboré que chegasse um desses aparelhos. Mas lá é lugar de rico. Lá não acontece isso. Em Bertioga, a polícia e o prefeito não dão bola para a vila onde se localiza a minha casa. Não moro no bairro elegante de Riviera de São Lourenço. Lá moram os bacanas. Eu moro em um lugar mais humilde e, na frente da minha casa, esses carros barulhentos estacionam. Na Riviera, eles não estacionam, pois lá é proibido estacionar após as 22 horas. Peço que o prefeito e as autoridades proíbam o estacionamento, pelo menos de madrugada, mas eles não aceitam. E o prefeito Mauro Orlandini é meu amigo. Mas eles não proíbem, deixam tudo a céu aberto. É uma terra de ninguém, uma anarquia.

Tentei vender a minha casa pela metade do preço e não consegui. Afinal, quem quer comprar uma casa localizada no meio da bagunça, da desordem pública? As pessoas constroem prédios naquela região e não conseguem vender. Na Riviera, eles vendem, pois lá há ordem pública, a polícia atua, prende e faz prevalecer a ordem. Mas na vila, não.

Termino meu discurso dizendo que precisamos fazer as blitze do desarmamento. O diabo entra nas pessoas que possuem armas e elas acabam fazendo asneiras, como o Sr. Vicente, empresário de 60 anos, casado. A Miriam Cecília e o Fábio de Rezende foram assassinados por motivos fúteis, o que é muito grave.

Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - OSVALDO VERGINIO - PSD - Obrigado, deputado Jooji Hato. Vossa Excelência apresentou um projeto contra os “pancadões”, mas ele foi vetado. Acho que deveria ser reapresentado, pois é um projeto muito bom.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Jooji Hato.

 

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O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Gostaria de agradecer as palavras do nobre deputado Osvaldo Verginio, que aprovou um projeto sobre o controle de sonorização na cidade de Osasco, evitando os “pancadões” e a desordem pública. Quero parabenizá-lo por este projeto. Talvez possamos aprová-lo para o estado inteiro. Não é apenas Osasco que deve ter o privilégio do sossego e da ordem pública.

Tem a palavra o nobre deputado Osvaldo Verginio.

 

O SR. OSVALDO VERGINIO - PSD - Sr. Presidente Jooji Hato, deputada Leci Brandão, grande companheira, deputado Major Olímpio, grande defensor da polícia, do funcionalismo público e do povo brasileiro e que será um grande pré-candidato ao governo do estado de São Paulo, venho a esta tribuna falar também sobre o fato ocorrido em Santana de Parnaíba. Foi muito triste.

Osasco teve uma noite cheia de tragédias. Tivemos também um marido que esfaqueou e matou a esposa. A cidade de Osasco teve que lidar com ambos os casos, pois o IML ali localizado atende as seis cidades daquela região.

No caso de Santana de Parnaíba, tivemos duas famílias destruídas, a do Vicente e a do Fábio e da Miriam. Ambas foram destruídas pelo nervosismo, por esse estresse maluco por que o ser humano passa no estado de São Paulo e no Brasil. Acho que estamos todos à beira da loucura. Hoje, para ir de São Paulo a Osasco, temos um trânsito caótico. Nos bancos, há vários problemas, e quem fica devendo paga juros altíssimos. Não sabemos mais o que fazer. E podemos enxergar isso no rosto do povo. Ele está ficando muito problemático.

Mas gostaria de falar sobre a enorme tristeza que este caso nos trouxe. E ficamos ainda mais tristes no IML. Estávamos liberando os corpos do Vicente, da Miriam e do Fábio quando, de repente, chegaram viaturas trazendo dez elementos para a realização do exame de corpo de delito. As pessoas saíram correndo, pois não sabiam o que estava acontecendo.

Sempre tratamos deste assunto nesta tribuna: o IML não pode funcionar desta maneira! O exame de corpo de delito deve ser realizado em outro lugar, em outro prédio. Não pode acontecer no mesmo local que a liberação de corpos, onde estão os familiares dos mortos. A pessoa está liberando o corpo de um ente querido, que foi morto a tiros e, de repente, entra o elemento que matou aquela pessoa, autuada em flagrante, para fazer exame de corpo de delito.

É muito difícil. O povo está cansado e desiludido. Essas questões atingem a mente das pessoas, que acabam ficando descrentes de tudo.

Mas tenho muita fé em Deus e creio que mudanças estão por vir. Costumo dizer que se Jesus viesse hoje à Terra teríamos problemas. Tenho visto tanta coisa ruim ocorrendo no mundo que somente Deus poderia ter misericórdia.

A vida do ser humano, hoje, tem o mesmo valor de um palito de dente, ou seja, não vale nada: se quebra ao meio, joga-se fora. As pessoas estão matando umas às outras como se estivessem lidando com animal. É claro que animais também têm vida, mas o ser humano não está valendo mais nada. Estão atirando como se atingissem uma parede: se são xingadas no trânsito, dão tiros; se olham sem querer para a sua mulher, atiram também. Não sei mais o que pode acontecer no País e no mundo.

Aquele que possui a maldita arma de fogo não tem os dez segundos para pensar quando estiver discutindo. Um caso assim ocorreu em um prédio e acabou em tragédia. Duas famílias foram destruídas devido a uma discussão boba. A Miriam ligou o aparelho de som em seu aniversário e o Vicente, incomodado com o barulho, se desentendeu com a vizinha e seu marido, atirando em ambos. É uma tragédia que não tem como ser explicada nem entendida. Há outras tragédias também que não conseguimos compreender, são tantas coisas acontecendo na vida do ser humano e não sabemos o que estão pensando.

No decorrer do tempo as coisas irão se encaixando e as pessoas vão enxergar o que é certo e o que é errado. Hoje as famílias estão se destruindo por muito pouco. Acho que o estresse do dia a dia está acabando com o sossego da população.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Srs. Deputados, Sras. Deputadas, tem a palavra o nobre deputado Carlos Neder. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Roque Barbiere. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Milton Leite Filho. (Pausa.)

Srs. Deputados, Sras. Deputadas, esgotada a lista de oradores inscritos para falar no Pequeno Expediente, vamos passar à Lista Suplementar.

Tem a palavra o nobre deputado Rui Falcão. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Itamar Borges. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado André do Prado. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Antonio Mentor. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Dilmo dos Santos. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Edson Ferrarini. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Enio Tatto. (Pausa.) Tem a palavra a nobre deputada Leci Brandão.

 

A SRA. LECI BRANDÃO - PCdoB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, funcionários desta Casa, público presente e telespectador da TV Alesp, os meios de comunicação, principalmente jornais, têm se preocupado em apontar somente os aspectos negativos desta Assembleia Legislativa.

Assim, como já temos ouvido tantas notícias tristes e dolorosas, peço à grande mídia de São Paulo para que também se atenha a coisas importantes e esclarecedoras, como as audiências públicas e os seminários que acontecem nesta Casa.

É importante que o povo saiba que aqui as pessoas cumprem o seu dever e trazem discussões importantes. O que estou falando é algo suprapartidário, porque todos os que aqui estão trazem pautas importantes. Acho que esse aspecto tem ficado um pouco escondido.

A mídia faz questão de tratar de assuntos que não são relevantes, e acaba o povo achando que os políticos da Assembleia Legislativa estão aqui passando o tempo sem fazer nada de importante; acho que isso também é uma injustiça.

Quero agradecer a todas as pessoas que compareceram ontem a esta Casa no seminário realizado por iniciativa do nosso mandato, mostrando aqui as jovens negras, escritoras, poetizas e que fizeram aqui um encontro muito importante e maravilhoso onde jovens, não só de universidade, mas também do curso médio enfim, outras que nem curso têm, mas que trouxeram aqui para dentro poesias, contos muito importantes.

O tema foi “Jovens Negras, Temas e Dilemas”; direitos sexuais e reprodutivos, falamos sobre o trabalho e o diálogo da literatura negra que também quase ninguém tem o olhar, o olhar pelo menos de entendimento, um olhar de respeito para essa literatura.

Houve aqui o lançamento do livro “Coletâneas de Literaturas Feminina Negra” do coletivo “Louva Deusas”. Quero publicamente agradecer a esse coletivo por terem procurado o nosso mandato para fazer esse evento. O auditório Teotônio Villela ficou lotado. As discussões foram muito boas. As palestrantes que lá estiveram também falaram sobre assuntos que nem sempre a sociedade brasileira gosta de dissertar, mas que nós tivemos a felicidade de tê-las aqui ontem tratando deles.

E quero, sendo líder do PCdoB, parabenizar o Partido dos Trabalhadores por essa audiência pública, que foi de iniciativa do nobre deputado Alencar Santana Alencar Santana Braga, da nobre deputada Telma de Souza e do deputado Francisco Campos Tito, do “não” à redução da maioridade penal.

Essa discussão está na pauta. É um assunto que o Brasil está discutindo todos os dias. E nós, deputados desta Casa, temos que ter muito cuidado, muita atenção e equilíbrio para discutir essa questão.

Aproveito o tempo restante para parabenizar o meu amigo e colega, deputado Olímpio Gomes, pelo seu partido PDT tê-lo indicado para ser pré-candidato ao governo de São Paulo; afinal nós vivemos numa democracia e só posso desejar a ele bons resultados, caminhos abertos pelo seu combate aqui nesta Casa, que é um combate permanente.

Já quero antecipar que na próxima semana teremos aqui um evento que é o “Dia do Enfermeiro” - afinal de contas todos nós precisamos das enfermeiras e enfermeiros - e vamos fazer também uma audiência pública.

Nobre deputado Jooji Hato, que neste momento preside esta sessão, quero lembrar aqui que as pessoas precisam cuidar um pouco mais das relações humanas - parece que jogaram as relações humanas na lata do lixo. Se as pessoas soubessem quanto é importante desejar ao próximo um “bom dia”, uma “boa tarde”, uma “boa noite”, enfim um simples cumprimento, acho que não haveria tanta violência.

Dentro desta Casa tem pessoas que nem parece que trabalham no mesmo lugar; tem gente que às vezes entra no elevador e não dá bom dia para quem está dentro; eu me espanto com isso, afinal nós estamos numa Casa de leis, uma Casa onde todos deveriam cumprimentar-se. Afinal todos são deputados, todos têm a legitimidade do eleitorado; o povo nos colocou aqui. Então, todos somos importantes; todos; absolutamente todos. E nem sempre vemos as pessoas nesta Casa se cumprimentarem.

Quero deixar essa reflexão para que tenhamos mais orgulho ao abrir o jornal e ver notícias positivas em relação à Assembleia Legislativa do estado de São Paulo, que é a maior do Brasil. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Parabéns, nobre deputada Leci Brandão, pelas palavras, pelo seu comportamento e pelo seu exemplo. Logicamente que quando fizemos a lei para controlar a sonorização, jamais objetivávamos deixar de ouvir as lindas músicas cantadas pela nobre colega, deputada Leci Brandão. É uma música que enobrece, que dá sua mensagem de paz, de fraternidade, carinho e amor. Tem a palavra o nobre deputado Ramalho da Construção. (Pausa.) Tem a palavra o nobre deputado Olímpio Gomes, pelo tempo regimental.

Eu não estava sabendo que o partido de V. Exa. o havia indicado para candidato a governador do estado. Desejo-lhe boa sorte.

Isso é ser um país democrático. Na época da ditadura não tínhamos oportunidades como as que temos agora, com vários partidos apresentando seus candidatos. Também acho muito importante que os partidos apresentem sua candidatura própria e que façam coligações no segundo turno. Assim, nos permitirá cada vez mais escolher melhor o governador que será melhor dirigente.

Parabéns por seu trabalho, nobre deputado Olímpio Gomes.

 

O SR. OLÍMPIO GOMES - PDT - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, funcionários desta Casa e cidadãos que nos acompanham pela TV Alesp, eu só posso agradecer a manifestação dos colegas, deputada Leci Brandão e deputado Jooji Hato. Tenho uma certeza muito grande de que no segundo turno das eleições estaremos todos juntos e de mãos dadas para o bem da cidade de São Paulo.

Venho à tribuna mais uma vez no dia de hoje para dizer que ontem participei de uma vigília de policiais civis. A grande maioria dos participantes eram delegados de Polícia porque o evento foi promovido pela Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo, mas também estavam presentes policiais civis e outras categorias policiais, por exemplo, o Sindicato dos Investigadores e o Sindicato dos Escrivães.

Essa vigília aconteceu no Largo São Francisco, ao lado da Secretaria de Segurança Pública, como um gesto simbólico da Polícia dizendo: “Pelo amor de Deus, secretário Fernando Grella.” Eu acho que nem se o Marcola fosse o secretário de Segurança Pública prejudicaria tanto a Polícia quanto este senhor está prejudicando, e com o aval do Governo do Estado.

Lançaram um pacote da ‘insegurança pública’, um pacote de mentiras. Alías, Sr. Presidente, anteontem durante a minha fala sobre o pacote, 40% da minha voz sumiu, não por conta do áudio da Assembleia Legislativa, mas muito provavelmente por conta da retransmissora. Encaminhei uma solicitação de investigação à Presidência da Casa porque isso só ocorreu no período em que eu falava do descalabro com a Segurança Pública, com esse desrespeito aos policiais, com esse pacote de mentiras, com essa desconsideração toda com os policiais mortos e com suas famílias abandonadas. Vamos ver se hoje essa minha fala estará no áudio para que as pessoas a ouçam.

Mas, nessa vigília os policiais estão clamando e se mobilizando para um grande evento a realizar-se no dia 11 de junho, às 14 horas, no vão livre do Masp, aonde poderemos até desencadear uma greve. Isso não sou eu, porque não sou sindicalista, não sou dirigente sindical de entidade policial, quem vota são os sindicalizados e associados, mas estará na pauta. Inclusive a deliberação para que a Polícia Civil entre em greve no estado de São Paulo. A Polícia Militar constitucionalmente não pode, mas para um evento aberto os policiais militares inativos têm a obrigação de estarem lá com os seus familiares. Os policiais da ativa que quiserem participar não têm direito a voto, mas é bom para engrossar o volume de pessoas, para dizer à sociedade “Olha o que está acontecendo.”

Anteontem o carro de uma senhora quebrou na Marginal Tietê e por orientação da CET ela estacionou seu carro. Ela foi estuprada.

É isso que nós estamos vivenciando no estado de São Paulo e vai piorar porque anúncios - e incompetentes - só pioram e tiram o estímulo do policial.

E mais, eu recebi um documento e quero encerrar o meu pronunciamento fazendo sua leitura porque ele também tem um cunho muito importante, pois são os agentes penitenciários que também estão insatisfeitos e, através do Sindasp, Sindicato dos Agentes Penitenciários do Estado de São Paulo, dizendo-se esquecidos por esse pacote de mentiras que o governador apresentou à imprensa. Os agentes penitenciários estão se queixando de haverem sido esquecidos por esta ninharia, por esta mentira de prêmio de produtividade de dez mil reais para os 10% melhores. Para eles é nada. É zero.

O secretário de Segurança Pública, ontem, na TV Bandeirantes, disse que os policiais tiveram 27.5% de aumento nos últimos dois anos. É mentira! O aumento foi de 27.5% sobre o padrão, o que corresponde a pouco mais de 13%, ou seja, menos do que a inflação nos dois períodos. Secretário, pela sua história, idade e profissão, não se preste a um papel desses.

Passo a ler documento enviado pelo Sindasp, Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de São Paulo:

Ofìcio Sindasp-SP n° 266/2013

Presidente Prudente, 23 de maio de 2013

À Vossa Excelência Olímpio Gomes MD. Deputado Estadual

Assunto: insatisfação dos agentes de segurança penitenciária, pelo “esquecimento” do governador e exclusão da categoria no programa “São Paulo Contra o Crime”

Excelentíssimo deputado

A Diretoria Executiva do Sindasp-SP (Sindicato do Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de São Paulo), vem, por meio deste, manifestar a insatisfação e a indignação da categoria dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de São Paulo, por não ter sido lembrada pelo Governador Geraldo Alckmin no programa “São Paulo Contra o Crime”, anunciado na quarta-feira (22), e que consiste em um conjunto medidas e ações da área da Segurança Pública.

Como sempre, mais uma vez, essa heróica categoria, que atua dentro das unidades prisionais do Estado, em condições salariais e de trabalho precárias, foi esquecida pelo governador Geraldo Alckmin.

Somente temos a lamentar pelo abandono às “traças” no qual temos sido deixados nos últimos anos. No entanto, pelo abandono, tudo indica que o Excelentíssimo governador Geraldo Alckmin ainda não entendeu que somos fundamentais para o perfeito funcionamento do sistema penitenciário.

Diante disso, mais uma vez, lamentamos, manifestamos, nossa indignação, e solicitamos que tal mensagem seja lida no Plenário da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) para que seja partilhada com todos os parlamentares, bem como, com a sociedade em geral.

Desde já agradeço e reitero protestos de estima e consideração.

Atenciosamente,

Daniel Grandolfo

Presidente do Sindasp-Sp

Peço que esta manifestação seja tecnicamente analisada e encaminhada ao Sindasp, à Secretaria de Assuntos Penitenciários, à Secretaria de Gestão Pública, à Casa Civil e ao gabinete do governador.

 

O SR. OLÍMPIO GOMES - PDT - Sr. Presidente, havendo acordo entre as lideranças presentes em plenário, solicito o levantamento da presente sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, havendo acordo entre as lideranças presentes em plenário, esta Presidência vai levantar a sessão.

Antes, porém, gostaria de anunciar o aniversário da cidade de Nova Odessa. Cumprimento todos os cidadãos daquela cidade, aos quais desejo muito sucesso, qualidade de vida e saúde. Podem contar com esta Assembleia Legislativa e com este deputado.

Assim, esta Presidência, antes de levantar a presente sessão, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de segunda-feira, à hora regimental, sem Ordem do Dia, lembrando-os da sessão solene, a realizar-se hoje, às 20 horas, com a finalidade de comemorar o “Aniversário de 350 anos dos Correios”, solicitada pelo deputado Antonio Mentor, e da sessão solene de segunda-feira, às 10 horas, com a finalidade de comemorar o “Dia da Defensoria Pública”, solicitada pelo deputado José Bittencourt.

Está levantada a sessão.

 

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- Levanta-se a sessão às 15 horas e 29 minutos.

 

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