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26 DE JUNHO DE 2012

087ª SESSÃO ORDINÁRIA

 

Presidentes: JOOJI HATO, WELSON GASPARIN, CARLOS GIANNAZI e JOÃO ANTONIO

 

Secretário: MARCO AURÉLIO

 

RESUMO

PEQUENO EXPEDIENTE

001 - JOOJI HATO

Assume a Presidência e abre a sessão. Convoca as seguintes solenes: dia 24/08, às 10 horas, com a finalidade de "Dar Posse ao CAU (Conselho de Arquitetura e Urbanismo)", por requerimento do Deputado Marcos Martins; e dia 23/11, às 10 horas, com o intuito de "Homenagear os 100 Anos da CPFL", por solicitação do Deputado Gerson Bittencourt.

 

002 - CARLOS GIANNAZI

Fala de projetos, de sua autoria, visando à melhoria da rede Estadual de ensino. Afirma que a base governista tem obstruído a apreciação de proposições importantes, como o que limita o número de alunos por classe. Combate a superlotação das salas de aula. Solicita o apoio dos Deputados nessa causa. Comenta o projeto que dispõe sobre a redução de número de estudantes por turma, quando houver alunos que necessitam de atendimento especial. Critica a falta de investimento do Estado no setor.

 

003 - MARCO AURÉLIO

Faz críticas à Segurança do Estado. Lamenta a falta de adesão de Deputados para a abertura de CPIs relevantes. Registra a presença de cidadãos do município de Jacareí nas galerias desta Casa. Comemora a entrega de prêmio da Abrinq, "Prefeito amigo da criança", ao Senhor Hamilton Mota, prefeito de Jacareí. Lamenta a violência cometida contra presidiários de Caraguatatuba.

 

004 - WELSON GASPARINI

Assume a Presidência.

 

005 - JOOJI HATO

Comenta casos de violência ocorridos no Estado. Considera importante a realização de blitz do desarmamento. Critica a liberação de presidiários em datas comemorativas.

 

006 - CARLOS GIANNAZI

Assume a Presidência.

 

007 - WELSON GASPARINI

Reflete sobre a violência no Estado. Considera importante para a formação de cidadãos de bem a família, as escolas e as igrejas. Critica a lotação do sistema penitenciário. Pede ao Governador que os presidiários sejam distribuídos em cadeias próximas a seus familiares. Considera o ensino profissionalizante importante para a recuperação de detentos.

 

008 - Presidente CARLOS GIANNAZI

Registra a presença dos alunos da Fatec (Faculdade de Tecnologia de São Paulo), unidade "Jornalista Omair Fagundes de Oliveira", do município de Bragança Paulista, acompanhados pelo professor José Carlos Fassina, a convite do Deputado Edmir Chedid.

 

009 - WELSON GASPARINI

Assume a Presidência.

 

010 - CARLOS GIANNAZI

Critica a Segurança Pública do País. Afirma que esta e outras áreas, como a Educação e a Saúde, encontram-se abandonadas pelo Estado. Combate o projeto que prevê o repasse de parte da verba da Saúde para o sistema privado. Defende a aprovação da PEC 300, que estabelece o piso nacional aos profissionais da Segurança pública. Lamenta o atraso na implantação das medidas estabelecidas na Emenda nº 19, que trata da carreira de escrivães e investigadores da Polícia Civil. Fala da violência cometida contra policiais. Recorda os ataques do PCC, em 2006.

 

011 - JOÃO ANTONIO

Critica a Segurança Pública estadual. Menciona os recorrentes arrastões em restaurantes, condomínios e prédios. Lamenta os atuais assassinatos de policiais no Estado. Considera a ausência do Estado em áreas sociais e a falta de aparelhamento policial fatores que contribuíram a esta situação. Solicito ao Governo de São Paulo medidas eficazes no combate ao crime.

 

012 - LUIZ CARLOS GONDIM

Comenta reportagem sobre coletes da Polícia Militar que estavam vencidos. Lamenta a desapropriação de famílias de Poá, em decorrência de obras do Rodoanel. Critica os valores oferecidos pelos terrenos, abaixo dos praticados no município. Faz críticas ao posicionamento da empresa concessionária SPMar.

 

GRANDE EXPEDIENTE

013 - CARLOS GIANNAZI

Comenta projeto, de sua autoria, que trata do limite de alunos por sala de aula, bem como de matéria que trata das vagas para alunos especiais. Recorda a violência, por meio de arrastões, a restaurantes e prédios, bem como ataques a policiais. Considera que razão da violência é a falta de investimento em educação. Argumenta que o crime organizado cresceu nas gestões do PSDB. Repudia o descumprimento, por parte do Executivo, de lei federal que trata da jornada do piso nacional do professorado. Cita projeto, de sua iniciativa, de respeito à citada lei federal. Fala de tratativas sobre o tema. Pede investimentos de 10% do PIB em educação. Tece considerações sobre o Plano Nacional de Educação. Cita projeto que aumenta o valor do vale-refeição.

 

014 - MARCO AURÉLIO

Lamenta o veto ao seu primeiro projeto, deliberado por esta Casa, no qual propõe que a falta de professor, por motivo de óbito em família, não afete os benefícios por assiduidade. Tece considerações sobre o processo de reintegração de posse no bairro do Pinheirinho, em São José dos Campos. Informa a realização de ato simbólico na Faculdade de Direito da USP, que resultou em denúncia sobre o caso, que será encaminhada à OEA - Organização dos Estados Americanos. Dá conhecimento do teor do documento. Fala de reunião de advogados de Jacareí e São José dos Campos, sobre parecer da OAB, favorável à nota do Governo do Estado sobre o caso (aparteado pelo Deputado Marcos Martins).

 

015 - JOOJI HATO

Assume a Presidência.

 

016 - JOÃO ANTONIO

Assume a Presidência.

 

017 - JOOJI HATO

Cita problemas de hospital-escola. Argumenta que o aumento da violência dificulta o acesso geral da população à saúde. Recorda a imagem dos japoneses quanto ao Brasil. Lembra as condições ideais do Brasil, em paralelo com a nação oriental. Repudia o consumo de bebidas e drogas, bem como os armamentos. Cita emendas, de sua autoria, destinadas à saúde. Pede mudança de tratamento sobre a segurança pública, com ações preventivas. Solicita o fim do desarmamento, com controle das fronteiras. Dá conhecimento de temas tratados na Comissão de Esportes, de convocação de líderes de torcidas. Faz comentários sobre os jogos de Corinthians e Palmeiras.

 

018 - JOOJI HATO

Pede a suspensão dos trabalhos até às 16 horas e 30 minutos, por acordo de lideranças.

 

019 - Presidente JOÃO ANTONIO

Defere o pedido e suspende a sessão às 16h08min.

 

020 - JOOJI HATO

Assume a Presidência e reabre a sessão às 16h29min.

 

ORDEM DO DIA

021 - Presidente JOOJI HATO

Encerra a discussão, coloca em votação e declara aprovados requerimentos de urgência: da Deputada Regina Gonçalves, ao PL 411/10; do Deputado Alencar Santana Braga, aos PLs 193/08; 997/11 e 711/11; do Deputado Carlos Cezar, ao PL 1134/11; do Deputado André do Prado, ao PL 942/11; da Deputada Regina Gonçalves, ao PL 1094/11; do Deputado Carlos Bezerra Jr., aos PLs 211/12; 719/09; e 803/05; do Deputado Estevam Galvão, ao PL 154/11; da Deputada Leci Brandão, ao PL 754/11; do Deputado José Bittencourt, ao PL 823/09; do Deputado Olímpio Gomes, ao PL 923/11; e do Deputado Alencar Santana Braga, ao PL 17/12.

 

022 - RITA PASSOS

Solicita a suspensão dos trabalhos por 20 minutos, por acordo de lideranças.

 

023 - Presidente JOOJI HATO

Anota o pedido. Convoca as Comissões de Constituição, Justiça e Redação; de Administração Pública e Relações do Trabalho; e de Finanças, Orçamento e Planejamento, para uma reunião conjunta, a realizar-se hoje, às 16 horas e 45 minutos. Suspende a sessão às 16h36min; reabrindo-a às 16h59min. Convoca os Srs. Deputados para duas sessões extraordinárias, a serem realizadas hoje, a primeira, com início dez minutos após o término da presente sessão.

 

024 - CARLOS CEZAR

Requer o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.

 

025 - Presidente JOOJI HATO

Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária de 27/06, à hora regimental, com ordem do dia. Lembra a realização de sessão extraordinária, hoje, com início às 19 horas. Levanta a sessão.

 

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- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Jooji Hato.

 

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O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Com base nos termos da XIV Consolidação do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.

Convido o Sr. Deputado Marco Aurélio para, como 1º Secretário “ad hoc”, proceder à leitura da matéria do Expediente.

 

O SR. 1º SECRETÁRIO - MARCO AURÉLIO - PT - Procede à leitura da matéria do Expediente, publicada separadamente da sessão.

 

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- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Tem a palavra o primeiro orador inscrito, nobre Deputado José Zico Prado. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado João Antonio. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Olímpio Gomes. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Giannazi.

Antes de dar a palavra ao nobre Deputado, esta Presidência, atendendo solicitação do nobre Deputado Marcos Martins, convoca V. Exas., nos termos do Art. 18, Inciso I, letra “r ”, da XIII Consolidação do Regimento Interno, para uma Sessão Solene a realizar-se no dia 24 de agosto de 2012, às 10 horas, com a finalidade de dar posse ao CAU, Conselho de Arquitetura e Urbanismo.

Esta Presidência, atendendo solicitação do nobre Deputado Gerson Bittencourt, convoca V. Exas., nos termos do Art. 18, Inciso I, letra “r ”, da XIII Consolidação do Regimento Interno, para uma Sessão Solene a realizar-se no dia 23 de novembro de 2012, às 10 horas, com a finalidade de homenagear os 100 anos da CPFL.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, nobre Deputado Jooji Hato, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, telespectadores da TV Assembleia, público presente, gostaria de dizer que o nosso mandato tem apresentado muitos projetos de lei aqui na Assembleia Legislativa, relacionados à melhoria da qualidade de ensino na Rede Estadual.

Desde 2007, quando ingressamos aqui no nosso primeiro mandato, apresentamos esses projetos e continuamos apresentando propostas que possam potencializar e melhorar o processo ensino/aprendizagem da nossa Rede Estadual, que tem mais de cinco mil escolas, mais de cinco milhões de alunos matriculados e com quase 300 mil professores. Apresentamos propostas, projetos de lei, organizamos audiências públicas. Fazemos cobranças, denúncias, para que haja, de fato, a oferta de uma Educação pública gratuita e de qualidade no nosso Estado.

Um dos projetos que estamos tentando aprovar, que é um projeto estratégico para a Rede Estadual de Ensino, é o projeto que limita o número de alunos por sala, ou seja, é um projeto de lei que acaba, na prática, com a superlotação de salas. Esse nosso projeto é de 2007; é o Projeto de lei nº 517/07, ou seja, foi um dos primeiros projetos que o nosso mandato protocolou aqui em 2007 para acabar com a superlotação de salas.

Deputado Marco Aurélio, V. Exa. que já foi prefeito de Jacareí, fez um bom mandato lá, sabe que é muito importante que tenhamos um limite de alunos por sala de aula, senão a escola não funciona, o professor não consegue desenvolver corretamente o processo ensino/aprendizagem. Esse projeto tramita na Casa; já foi aprovado em todas as comissões, com parecer favorável, e agora só falta ser votado aqui no plenário. E é aí que estamos encontrando obstáculos, porque a base do Governo não autoriza, não permite que o projeto seja votado aqui.

Tenho dito exaustivamente, e continuarei dizendo, enquanto não houver alteração nesse tipo de comportamento, é que o Palácio dos Bandeirantes manda na Assembleia Legislativa. É o Palácio dos Bandeirantes que pauta o que vai ser votado e o que não vai ser votado na Assembleia Legislativa. É Geraldo Alckmin quem comanda a Assembleia Legislativa. A Assembleia Legislativa não tem autonomia, na prática, só no papel, só na Constituição Federal, Estadual, que diz que o Poder Legislativo é independente, tem autonomia. Na prática, o Governador Geraldo Alckmin tem 66 deputados aqui na sua base de sustentação. Logicamente, é o Governador quem decide o que entra e o que não entra em votação, através das suas lideranças, dos seus operadores que estão aqui dentro da Assembleia Legislativa.

O nosso projeto não entra em votação justamente por isso. Mas é inconcebível que tenhamos ainda na Rede Estadual de Ensino salas superlotadas, com 40, 45, e até com 50 alunos. É impossível oferecermos qualidade de ensino numa Rede Estadual com superlotação de salas. É por isso que nós queremos aprovar imediatamente esse projeto que limita o número de alunos por salas instituindo 25 alunos de 1ª a 4ª série, ou seja, nas séries iniciais do Ensino Fundamental, 30 alunos de 5ª a 8ª, e no Ensino Médio, no máximo, 35 alunos.

Já seria um bom começo, uma aceno do Governo Estadual, que daria início a melhoria na oferta da qualidade de ensino nas mais de suas cinco mil escolas da Rede Estadual. Logicamente esse projeto dá um prazo para que o Estado se organize, faça o planejamento correto da demanda escolar e, sobretudo, faça a construção de novas escolas porque nenhum aluno pode ficar fora da sala de aula. Esse projeto prevê que nenhum aluno ficará sem ter acesso a uma escola pública no Estado de São Paulo, pois ele obriga o Estado a fazer o planejamento e a construção de novas escolas. É um projeto que será implantado gradativamente e teremos esse problema resolvido no máximo em cinco anos, na sua totalidade. Mas para isso o projeto precisa ser aprovado aqui na Assembleia Legislativa.

É por isso que eu venho à tribuna, mais uma vez, pedir o apoio dos Srs. Deputados e das Sras. Deputadas, para esse projeto que é suprapartidário que trata da Educação pública para beneficiar os nossos cinco milhões de alunos matriculados na Rede Estadual.

Para finalizar, Sr. Presidente, temos outro projeto que vai no mesmo diapasão do PL nº 517/07, que é o PL nº 07, de 2009, que também dispõe da redução do número de alunos por sala quando houver inclusão, alunos que são matriculados com necessidades especiais de aprendizagem. Esses alunos devem ser acolhidos na Rede Pública, que deve estar preparada para recebê-los.

Então a nossa proposta é que nessa sala de inclusão, por exemplo, para uma sala com 25 alunos, que recebe um aluno com necessidades especiais de aprendizagem, com a aprovação desse projeto, essa classe passará a ter 20 alunos para que a professora tenha mais tempo para prestar um atendimento personalizado e, ao mesmo tempo, individualizado para esse aluno de inclusão. Defendemos a inclusão, desde que seja com qualidade, oferecendo condições adequadas para que, de fato, ela ocorra. E não como vem acontecendo, uma inclusão que ao mesmo tempo já é uma exclusão, ou seja, o aluno é incluído e ao mesmo tempo é excluído porque a Rede não está preparada, não se preparou, pois não há investimentos do Governo nessa área da Educação Especial.

É por isso que apresentamos esses projetos e pedimos apoio, Sr. Presidente, tanto para o PL nº 517, de 2007 que limita o número de alunos por sala, acabando com a superlotação, quanto para o PL nº 07, de 2009, que diminui o número de alunos quando a sala de aulas recebe um aluno de inclusão. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Tem a palavra o nobre Deputado Itamar Borges. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Celso Giglio. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Antonio Salim Curiati. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Enio Tatto. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Samuel Moreira. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado André Soares. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Marco Aurélio.

 

O SR. MARCO AURÉLIO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Srs. Deputadas, funcionários desta Casa e telespectadores da TV Alesp e os companheiros que nos acompanham das galerias, inicialmente eu quero fazer alusão a fala do meu antecessor, o Deputado Carlos Giannazi, dizendo que quando V.Exa. coloca esse projeto, que é muito bom no sentido de diminuir o número de alunos, é evidente que terá que ter mais investimentos na Saúde, pois terão mais salas e evidentemente, mais gastos. Mas, em minha opinião, já que o Governo do Estado de São Paulo não gasta na Educação acaba gastando mais nas prisões ou nas Fundações Casas.

Um dos problemas que nós temos aqui no Estado de São Paulo é que a segurança acabou e com isso estão acontecendo arrastões e a falência do Sistema Penitenciário. Esse sistema de segurança falida, no Estado de São Paulo, se deve também a falta de investimentos na Educação.

Então aquilo que ele não gasta, fazendo o trabalho que deveria fazer, para ter uma melhor Educação - como, por exemplo, aprovando o projeto de V.Exa., que não é aprovado nesta Casa porque não temos maioria para isso -, é gasto na questão das penitenciárias e Fundações Casas.

Agora o Governo Estadual está dizendo que é favorável a diminuir a maioridade penal. Isso é uma incoerência porque o número de pessoas que se recupera na prisão é mínimo, enquanto na Fundação Casa, consegue recuperar um pouco mais. Então ele pensa o seguinte: “Já que se recuperam na Fundação Casa, ao invés de mandá-los para lá, é melhor que mandá-los à prisão.”

Olhem a lógica do Governador de São Paulo! Ao invés de querer que as pessoas se recuperem, colocando na Fundação Casa aqueles que têm até 18 anos, não, ele fala para diminuir a maioridade penal e mandar para as cadeias e centros de detenção, aonde eles não se recuperam. Essa é a lógica do Governo do Estado de São Paulo, o maior estado do país, que tem o menor governo em termos de competência nas áreas de Segurança e Educação.

Eu quero dizer também, Sr. Presidente, que a falta de maioria mais independente aqui na Assembleia, não só impede a aprovação de projetos como esse que foi dito pelo Deputado Carlos Giannazi, como também e impede, por exemplo, instalações de CPIs nesta Casa para fazer investigações daquilo que acontece no Estado de São Paulo como, por exemplo, o massacre no bairro do Pinheirinho, o problema do transporte e do metrô. Não conseguimos abrir essas CPIs para apurar porque nós não temos 32 parlamentares que possam assiná-las.

Essa é a realidade que temos aqui Assembleia Legislativa, mas eu espero que mude porque o atual Governo ainda não tem nem dois anos, e já tem tantos desastres assim.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Welson Gasparini.

 

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Então espero que mude para termos uma Assembleia um pouco mais independente e assim o povo será melhor representado nesta Casa Legislativa.

Por falar em “povo melhor representado nessa Casa Legislativa”, Sr. Presidente, eu queria saudar dois amigos de Jacareí que estão aqui: o Mineiro queijeiro e o Gilson do Pitoresco, um grande defensor da cidadania. Muito obrigado pela presença de vocês que vieram de Jacareí para acompanhar esta sessão da Assembleia Legislativa. Eles são pessoas que defendem a cidadania e lutam pela melhoria da qualidade de vida das pessoas, são pessoas que, inclusive, nem têm mandato, mas são líderes na comunidade e dedicam suas vidas e seu tempo em prol de outras pessoas. Parabéns pela luta popular que vocês fazem. Muito obrigado e que Deus os abençoe.

Sr. Presidente, também quero registrar que vamos ter nessa semana, em Brasília, a entrega do prêmio “Prefeito Amigo da Criança” para 181 prefeitos do Brasil. O Brasil tem mais de cinco mil municípios, mas apenas 181 conseguiram esse prêmio que é dado pela Fundação Abrinq, que é ligada a ONU - Organização das Nações Unidas, portanto uma organização ímpar, que tem uma total autonomia e não tem nenhuma cor partidária, mas investiga e analisa quais os municípios que efetivamente fizeram doações voltada à questão da criança e do adolescente.

Quero registrar nesta Casa com muita alegria que o Município de Jacareí, hoje comandado pelo Prefeito Hamilton Ribeiro Motta conseguiu esse prêmio, o prêmio “Prefeito Amigo da Criança”.

Tem o relatório da Fundação Abrinq atestando que a Cidade de Jacareí investiu fortemente na criança e no adolescente nestes últimos quatro anos. Isso me alegra muito porque eu fui prefeito da cidade de Jacareí por dois mandatos e também recebi esse prêmio. Portanto, pela terceira vez consecutiva a cidade de Jacareí recebe esse prêmio, que não é fácil. Tem cidades grandes que concorreram, mas não conseguiram porque não atenderam os princípios e investimentos para área da criança e do adolescente.

Quero concluir minha fala dizendo, Sr. Presidente, que nós precisamos fazer com que os municípios do Brasil invistam na criança e no adolescente e que o Governo do Estado de São Paulo invista muito mais em Educação, porque um dos problemas que temos em relação à questão da Educação no Estado de São Paulo é que não há de fato investimento na Educação.

Outra coisa, evidentemente, é o não investimento no Sistema Penitenciário que não recupera as pessoas que lá estão. Ontem, tivemos mais uma denúncia de problemas com presos na cidade de Caraguatatuba: eles estão sendo espancados e torturados. Essa denúncia veio por advogados da Comissão de Direitos Humanos da OAB de Caraguatatuba.

Portanto, um sistema como esse, que não recupera, devolve à sociedade elementos que entraram para crimes comuns e pequenos, porém, aptos a fazerem crimes hediondos. É uma pena essa lógica que Geraldo Alckmin coloca no Estado de São Paulo, o estado mais rico da Nação. Muito obrigado.

 

O Sr. Presidente - Welson Gasparini - PSDB - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, tem a palavra o nobre Deputado Jooji Hato.

 

O SR. Jooji Hato - PMDB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Caríssimo Deputado Welson Gasparini, Presidente em exercício, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, telespectadores da TV Alesp, em 2012, 40 policiais militares foram assassinados em São Paulo, fora do horário de serviço. A informação é do Comandante Geral da PM, Coronel Roberval França.

No ano passado inteirinho, 47 PMs foram assassinados. O Comandante informou que foram presos cinco envolvidos nos assassinatos e seis outros foram identificados. Um dos criminosos já havia assassinado um policial e tinha sido preso, no ano de 2000. Em 2008, o homem saiu da prisão, no Dia dos Pais, e não voltou. Segundo o Comandante Roberval, 5.000 homens da PM foram mobilizados de maneira adicional em nosso Estado, por causa da onda de ataques, e uma série de condutas de segurança emitidas entre os policiais em folga no Estado.

Passamos pelas ruas de São Paulo e vemos blitz, a todo instante. Essas blitz, a meu ver, são o que resolve. Blitz que tirem a arma ilegal de pessoas que estão portando uma AR-15, armas de uso especial, de uso do Exército. Essas blitz são extremamente importantes porque são a prevenção na área da Segurança. Se o policial quiser tirar a arma engatilhada de um indivíduo é muito mais difícil. Mas se a arma estiver, por exemplo, no porta-malas ou em outro compartimento do carro, ou ainda no cinto do indivíduo, até ele sacar, o elemento surpresa que a Polícia tem é maior, é melhor, mais eficaz e mais seguro para fazer a abordagem e o desarmamento.

No entanto, se o marginal estiver com a arma engatilhada, é o contrário. Seja policial ou civil, a pessoa terá muito pouca chance de escapar. E eles atiram porque a impunidade no nosso País é muito grande. Não há vagas nas penitenciárias. No Dia das Mães, no Dia dos Namorados, no Natal, no Ano Novo, soltam os presos e muitos deles não retornam. Soltam-nos por não sei quais critérios, tanto é que numa cidade do Vale do Paraíba soltaram um indivíduo que estuprou e assassinou duas moças. Da mesma forma, um indivíduo foi liberado, doze anos atrás, para visitar a família no Dia dos Pais. Só que ele não voltou mais. Agora, depois de quatro anos, está assassinando PMS. De quem é a responsabilidade? Eu sou responsável? A Assembleia Legislativa é responsável? Os deputados são responsáveis? É o juiz que liberou? Quem assume? Quem assume é a família da vítima; quem assume é a vítima que foi assassinada. Nem sabemos quem foi o juiz que liberou.

É correto isso? Por que não se faz uma reforma na penitenciária? Esses indivíduos que assassinaram, que cometeram crimes hediondos, têm que ficar num lugar do qual não possam fugir, ou mesmo serem liberados em datas especiais. Indivíduos que cometeram pequenos delitos - roubaram uma bicicleta, um par de tênis ou um relógio - têm que ir para uma colônia penal e aprender a trabalhar, fazer laborterapia. Esses indivíduos têm que ir para uma penitenciária agrícola e industrial, por exemplo, para sustentar os filhos e não deixá-los nos faróis ou cruzamentos aprendendo o que não presta. Por isso fiz a Lei do Cruzamento, para que não criemos mais marginais. Há crianças que não alcançam no retrovisor do automóvel e ficam lá, pedindo dinheiro. Têm pai e mãe de rua, que compram drogas, ensinam o que não presta. Depois, elas vão para a Fundação Casa, para a penitenciária, se a Polícia não matar antes disso.

Portanto, a penitenciária agrícola e industrial é fundamental porque lá se faz laborterapia; lá se ensina às pessoas que cometeram pequenos delitos o amor ao trabalho e como sustentar os familiares.

Temos assomado à tribuna, todos os dias, dizendo que a blitz para o desarmamento é fundamental. Quando o torcedor entra no estádio de futebol é revistado e não leva arma para dentro do estádio. Lá, não acontece nada. O torcedor deixa a arma no ônibus, nos carros. Hoje mesmo, falei com o ex-Comandante Camilo e disse: “Comandante, não acontece nada.” Ele falou: “É mesmo. As blitz para tirar armas ilegais são fundamentais.” Outro, que estava perto de nós, disse: “Não pode tirar arma do cidadão.” É claro que ninguém quer tirar arma do cidadão de bem, mas as armas ilegais têm que ser retiradas, sim! E isso se faz com blitz. Hoje, temos 5.000 homens pelas ruas de São Paulo fazendo blitz. Isso tem que ser constante. Acho que deveriam recrutar mais 5.000 homens do Exército, da sociedade civil organizada. Até posso ser um dos voluntários e ajudar nas blitz de desarmamento.

A Polícia está correta, tem que fazer blitz para o desarmamento. O que não pode é fazer blitz e congestionar tudo. Estava indo para o Shopping Morumbi, no domingo, e acabei demorando quase 15 minutos só na avenida que dá acesso ao shopping. Isso porque estavam fazendo blitz no local, o que congestionou todo o entorno. Muito obrigado.

 

O Sr. Presidente - Welson Gasparini - PSDB - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, tem a palavra o nobre Deputado Simão Pedro. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Edson Ferrarini. (Pausa.)

Esgotada a lista de oradores inscritos para falar no Pequeno Expediente, vamos passar à Lista Suplementar.

Tem a palavra o nobre Deputado Luiz Claudio Marcolino. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Marcos Martins. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Itamar Borges. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Maria Lúcia Cardoso Amary. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Hamilton Pereira. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Simão Pedro. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Enio Tatto. (Pausa.)

 

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- Assume a Presidência o Sr. Carlos Giannazi.

 

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O SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Srs. Deputados e Sras. Deputadas, tem a palavra o nobre Deputado Edson Ferrarini. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Welson Gasparini.

 

O SR. WELSON GASPARINI - PSDB Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados: estamos vivendo uma época, verdadeiramente absurda,  de grande violência.  Ao assistirmos os noticiários televisivos ou lermos os jornais predominam as notícias policiais: todos os dias repetem-se assaltos e assassinatos; muitos desses criminosos são presos, apesar da grande maioria continuar impune porque a Polícia não consegue conter os ataques realizados contra o bem comum e a iniciativa privada. Gostaria, neste instante, de expor meu pensamento sobre o porquê dessa grande violência: por que a bandidagem está tomando conta do meio social em todos os níveis?

A violência passa por todas as classes sociais, desde as menos até as mais favorecidas, sendo impressionante a escalada da bandidagem.

 Em minha opinião essa crise de valores morais e de conduta tem três culpados fundamentais: a primeira é a família não educando e preparando as crianças e os jovens como se deveria para viver em sociedade respeitando o direito do próximo. A família precisa ser sacudida para atuar com maior responsabilidade.

 Em segundo lugar destaco as escolas, também falhando redondamente. É incrível! Nas escolas, infelizmente, se o ensino acadêmico já está difícil, mais ainda está o ensino moral, o de valores de vida.

 É preciso também sacudir a área escolar para permitir uma formação conjunta com as famílias complementando, assim, o sistema educacional básico.

 Em terceiro lugar coloco o papel das igrejas. O que está acontecendo? Por que as igrejas perderam a força junto às pessoas na sua pregação de amor e de respeito ao próximo? É preciso haver uma atuação missionária muito mais forte. Não importa qual a igreja: o importante é a existência, em todas elas, de uma pregação de amor e contra a violência; uma pregação voltada para impedir o crescimento da marginalidade entre os fiéis.

Como consequência dessa violência, dispomos de um sistema penitenciário terrivelmente precário. Penitenciárias, presídios, projetadas para abrigar 700 presos, estão abrigando de mil a mil e quinhentos detentos. Existem algumas cidades possuindo dois  presídios; somados os  detentos dessas unidades prisionais chega-se a um número aproximado do  total da população da própria cidade.

 É preciso recuperar essa área. E é esse o apelo que fazemos ao Governador do Estado de São Paulo, Dr. Geraldo Alckmin, obrigado, pelas circunstâncias, a construir presídios. É necessária a construção de mais presídios mas, também, é importante eles serem  regionalizados, abrigando apenas os marginais da própria cidade e ou da região onde forem construídos para facilitar às famílias um contato direto com o detento,  ajudando-o na sua recuperação.

O outro apelo que faço ao Governador, sobre o qual já me ocupei algumas vezes desta tribuna, é sobre a implantação do ensino profissionalizante nas penitenciárias, pois ninguém será recuperado se ficar só jogando bola ou sentado vendo televisão.

Vamos implantar o ensino profissionalizante colocando as Etecs nos presídios. Sessenta por cento dos presos não tem, sequer, o ensino fundamental. Portanto, já que estão presos e não têm nenhuma atividade prática, vamos fazê-los aprender a recuperar o tempo perdido ensinando uma profissão e, ao mesmo tempo, valores de vida. Tenho certeza de que, com essa medida, o sistema penitenciário brasileiro e paulista será transformado em uma escola de formação de novas vidas para todas essas pessoas.

Tenho a convicção de que o Governador de São Paulo – homem bem intencionado, capaz e dinâmico - será sensível aos meus apelos!

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - A Presidência tem a grata satisfação de registrar a honrosa visita dos alunos e professores da Fatec - Faculdade de Tecnologia de São Paulo - Jornalista Omair Fagundes de Oliveira, do Município de Bragança Paulista, acompanhados do professor José Carlos Fassina, a convite do nobre Deputado Edmir Chedid. A S. Senhorias as homenagens do Poder Legislativo. (Palmas.)

 

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- Assume a Presidência o Sr. Welson Gasparini.

 

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O SR. PRESIDENTE - WELSON GASPARINI - PSDB - Srs. Deputados e Sras. Deputadas, tem a nobre Deputado Olímpio Gomes. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Alex Manente. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Paulo Alexandre Barbosa. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Orlando Bolçone. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Milton Vieira. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado José Bittencourt. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Vanessa Damo. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Celso Giglio. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Luiz Carlos Gondim. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Dilmo dos Santos. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Vinícius Camarinha. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Giannazi.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, funcionários desta Casa e telespectadores da TV Alesp, gostaria de fazer alguns comentários e apresentar a nossa opinião em relação a essa onda de violência, de arrastões, de crimes e de assaltos que vem ocorrendo em todo o Estado de São Paulo. Muitos Deputados têm usado a tribuna para manifestar a indignação em relação a todos esses fatos, mas é importante que não fiquemos somente na indignação, mas que tenhamos acesso e conhecimento das verdadeiras causas dessa violência. Em primeiro lugar, gostaria de registrar que em nossa opinião temos a falência da Segurança Pública no nosso País e, sobretudo aqui no Estado de São Paulo. Assim como tivemos a falência da Saúde e da Educação públicas do Estado de São Paulo.

O PSDB, que governa o nosso Estado há mais de 16 anos, tem levado ao colapso áreas estratégicas para a população, inclusive a Segurança Pública. Essas áreas foram totalmente abandonadas nos últimos anos e não receberam investimento. Por isso, temos uma educação pública sucateada, uma saúde pública que não funciona e extremamente privatizada. O Governo estadual lavou as mãos em relação à saúde pública, entregando-a para as Organizações Sociais de caráter privado, transferindo recursos do Orçamento estadual para essas organizações. Como se não bastasse isso, para agravar mais ainda, o Governador Geraldo Alckmin aprovou na Assembleia Legislativa - o nosso partido PSOL votou contra - o projeto que autoriza a entrega de 25% dos leitos hospitalares, das consultas médicas e dos atendimentos dos hospitais públicos para os convênios médicos, criando na rede estadual de saúde a dupla porta. É um absurdo, um crime contra a população e uma violação aos princípios essenciais do SUS, Sistema Único de Saúde. É uma situação muito séria.

Na Segurança Pública, aconteceu a mesma coisa. A falta de investimento dos Governos do PSDB tem levado a essa onda de violência, de assaltos, de arrastões em bares, restaurantes e condomínios. Temos toques de recolher em vários bairros da cidade de São Paulo e da Grande São Paulo, e temos inclusive estado de sítio em várias regiões, onde o narcotráfico manda. E nada é feito. Ou seja, há falência, não houve investimento na Segurança Pública, tanto é que nós, do PSOL, estamos até hoje defendendo a aprovação da PEC 300, que estabelece um piso salarial nacional para os servidores da Segurança Pública. Os salários dos profissionais da Segurança Pública são aviltantes, e aqui no Estado de São Paulo a situação é muito pior do que no resto do País.

Por isso, continuamos empenhados na aprovação da PEC 300 no Congresso Nacional. Não desistimos dessa luta, da aprovação deste projeto que pode melhorar muito a Segurança Pública. Quem efetiva a Segurança Pública é o seu servidor. Se o servidor da Segurança Pública, seja civil ou militar, é desvalorizado do ponto de vista salarial, da formação e das condições de trabalho, não teremos condições de oferecer a Segurança Pública para a população.

A primeira consideração que gostaria de fazer em relação a esses temas: a Segurança Pública está falida no Estado de São Paulo porque ela não recebeu, e não recebe o investimento correto, principalmente os servidores da Segurança Pública. Só agora recentemente é que aprovamos a Emenda 19, que transforma a carreira de delegados de Polícia em carreira jurídica. Mas a lei ainda não saiu do papel e, de concreto, nada aconteceu ainda. Não houve a melhoria salarial. Um delegado de Polícia no Estado de São Paulo ganha menos de cinco mil reais. Imagine, telespectadores e presentes, o salário dos outros servidores da Segurança Pública! Da Polícia Civil, um escrivão ou um investigador ganham muito menos dos outros técnicos.

Sr. Presidente, tem de investir na Segurança, temos de ter uma política de Segurança Pública no Estado de São Paulo, que está à deriva. Não é à toa que a criminalidade só tem aumentado no nosso Estado, e que o crime organizado está tomando conta do Estado de São Paulo, inclusive matando policiais que estão de folga, fora do serviço. Nesses últimos dias vários policiais foram mortos. Se a própria polícia está sendo atacada pela criminalidade, pelo crime organizado, o que será da nossa população indefesa? O Governo do PSDB abandonou mesmo a Segurança Pública do Estado de São Paulo.

Lembro-me daquele ataque do PCC em 2006, se não me engano, quando o Governador estava saindo para se candidatar à Presidência da República. Foi quando tivemos o crescimento do crime organizado, e agora está crescendo novamente. Só que a imprensa não está falando nada, está publicando matérias marginais, escanteadas, mas a situação hoje é muito grave nessa área da Segurança Pública no Estado de São Paulo. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - WELSON GASPARINI - PSDB - Tem a palavra o nobre Deputado João Antonio.

 

O SR. JOÃO ANTONIO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, telespectadores da TV Assembleia, resolvi ocupar esta tribuna dando continuidade ao pronunciamento do Deputado Carlos Giannazi, para falar um pouco destes fatos negativos que ocorrem no que diz respeito à Segurança Pública no Estado de São Paulo. Em primeiro lugar, quero dizer que uma das funções primeira do Estado é exatamente cuidar da harmonia, da paz social. Isso implica numa série de medidas por conta do Estado em diversas áreas, envolvendo diversas políticas públicas.

Uma coisa é certa. Se a Segurança Pública tem falha e vai mal, não há como sustentar a paz social. É exatamente nesta área que o Estado exerce sua função, seja no sentido de coibir desvios àqueles que desrespeitam a ordem política, seja no sentido de fazer valer da sua força para parcela importante da sociedade, conduzindo a um bom comportamento social.

Por que falo isso? Porque recentemente estamos vendo aumentar algumas modalidades de condutas ilícitas na cidade de São Paulo que antes não havia; os frequentes arrastões em restaurantes no Estado, principalmente na cidade de São Paulo; os arrastões em condomínios de luxo, em prédios; o assassinato de policiais; o ataque ao patrimônio com incêndio em diversos ônibus na grande metrópole. São ações de verdadeiras organizações criminosas que foram se instalando na nossa sociedade, no Estado de São Paulo, por ausência de um estado forte, de uma inteligência policial efetiva e eficaz, mais do que isso: por ausência do aparelhamento do nosso Estado para enfrentar o crime organizado.

Eu costumo dizer - e não vai só a crítica, eu sei que o problema é complexo - que o crime organizado no Estado de São Paulo nasceu, cresceu e se proliferou no governo dos tucanos. Aí ouço na CBN ontem que um policial civil mandou um e-mail - e pediu para não ser identificado - dizendo ‘na minha delegacia o computador eu trago de casa, o toner eu trago de casa, a impressora eu trago de casa, uma parte das viaturas estão paradas porque não tem dinheiro para fazer a manutenção de peças de reposição.

Ora, como fazer o enfrentamento ao crime organizado que sabemos está presente em cada uma das cidades desta grande metrópole e agora proliferando pelo interior com o Estado despreparado? Polícia sem investimento na Inteligência, Polícia ganhando mal e a máquina do Estado completamente enfraquecida para fazer esse enfrentamento?

Quero registrar esta posição porque acho que nós da Assembleia Legislativa devemos organizar seminários para ajudar o Governo do Estado a desenvolver políticas eficazes porque a ausência de um estado forte tem gerado insegurança e incerteza na população, prejudicando a população paulista.

É um assunto do cotidiano paulista. Nós, na Assembleia Legislativa, não podemos nos calar e para além da crítica, temos de levar sugestões porque do jeito que está não pode continuar. O Governo do Estado precisa tomar medidas concretas e eficazes para que o crime organizado seja combatido e exterminado do nosso Estado.

Vá à periferia de São Paulo, fique cinco minutos num boteco, converse com os cidadãos de bem que frequentam o lugar. Em menos de meia hora qualquer cidadão descobre quem é o chefe do crime organizado naquele bairro.

Por que será que o Estado não tem vontade política de combater o chefe do crime organizado? O que está por trás desta ausência e omissão do Estado de São Paulo e dos seus responsáveis na área da Segurança Pública?

 

O SR. PRESIDENTE - WELSON GASPARINI - PSDB - Tem a palavra o nobre Deputado Luiz Carlos Gondim.

 

O SR. LUIZ CARLOS GONDIM - PPS - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, vou entrar na seara do pronunciamento do Deputado João Antonio.

Hoje, na Bandeirantes, um major falava que os coletes de proteção dos policiais estão vencidos e que a compra de novos vai demorar aproximadamente de 30 a 45 dias. Alguns coletes são chamados por policiais de baby look. São tão curtos que aparece o umbigo do policial.

Então a Polícia precisa tomar cuidado, porque precisamos proteger os nossos policiais, que por sua vez fazem a proteção da população. Realmente procede o comentário do Deputado João Antonio. Temos de tomar uma atitude.

Mas, Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, estou indignado com o que vem acontecendo no trecho leste do Rodoanel. A desapropriação de 69 casas na Rua Zenite, distrito de Calmon Viana, tem causado insatisfação aos moradores daquela localidade. A empresa SPMar, concessionária que executa o serviço de construção do trecho leste do Rodoanel, está oferecendo para desapropriação preço abaixo do praticado na cidade.

Um terreno de cinco por vinte e cinco neste local custa 80 mil reais. A SPMar, através da empresa Itazi, chega aos moradores - a maioria com crianças - e diz: nós só vamos pagar o equivalente a um terço, ou seja, uma casa de 200 mil reais eles pagam 60; uma casa de 80 mil eles querem pagar dezessete. E os moradores rebatem dizendo: e eu vou morar onde? Onde vou matricular o meu filho? ‘Não sei. Procurem os seus direitos.’ O dinheiro é depositado dessa maneira.

Fui até a Secretaria da Habitação e disseram: em relação aos outros trechos estamos juntos, fizemos pesquisa de preço e não houve reclamação. Mas não é conosco. Aí fui para a Secretaria de Transportes, que também disse ‘Não é conosco. A parte da concessão é nossa, mas a SPMar hoje é a responsável.’

Pasmem! É impressionante a maneira como eles chegam na população - está tudo gravado: amedrontam dizendo que eles têm de sair porque vão pôr a casa abaixo e tudo para se passar uma alça do Rodoanel. Sessenta e nove famílias sendo pressionadas e apavoradas pensando que terão de sair de uma hora para outra. E eles falam por telefone ‘Aqui é da empresa Itazi. Por determinação do Governador - está tudo gravado, usam o nome do Governador - vocês têm de sair dentro de 30 dias.

Ora, com o que está sendo oferecido, eles não compram uma casa ou um terreno. Eles vão morar onde?

Quero fazer um alerta ao Secretário Saulo, por quem tenho muito respeito. Essa empresa responsável pela concessão está fazendo um verdadeiro estrago com o nome do nosso Governador, está fazendo um verdadeiro estrago na vida dessas famílias, que não têm onde morar. Com o que eles querem pagar, nem um apartamento da CDHU eles compram.

Vou agora para a reunião de líderes e deixar esta queixa por escrito para que se tome cuidado com o que está acontecendo. A Artesp é a responsável, a Secretaria de Transporte é a responsável, mas não deixem resvalar para nós deputados, como se todos os políticos são safados e colaboram com o que está acontecendo na cidade de Poá.

Queremos justiça. Queremos que a CDHU e pelo menos três empresas façam uma avaliação que depois façam o depósito, e não “o depósito foi feito conforme essa empresa Itazi e essa SPMar. Parafraseando o Boris Kasoy “isso é uma vergonha!.

Pelo amor de Deus, não vamos deixar essa população na rua. Mais gente sem teto. Por favor Governador, olhe isso com muito carinho. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - WELSON GASPARINI - PSDB - Srs. Deputados, Sras. Deputadas esgotado o tempo destinado ao Pequeno Expediente, vamos passar ao Grande Expediente.

 

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- Passa-se ao

 

GRANDE EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - WELSON GASPARINI - PSDB - Por permuta de tempo com o Deputado Pedro Bigardi, tem a palavra o nobre Deputado Carlos Giannazi, pelo tempo regimental.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente em exercício, Deputado Ulysses Tassinari, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, telespectadores da TV Assembleia que nos assiste aqui na Capital, na Grande São Paulo, no interior paulista, na Baixada Santista, no Pequeno Expediente eu tive a oportunidade de fazer da tribuna e falei um pouco sobre dois projetos importantes do nosso mandato, por nós aqui protocolados, um em 2007, outro em 2009. Eles tratam da limitação do número de alunos por sala de aula.

Um deles é o Projeto de lei nº 517/2007, que nós protocolamos e encaminhamos no primeiro ano do nosso ingresso aqui na Assembleia Legislativa. O segundo nós protocolamos em 2009, que é o Projeto de lei nº 07/2009.

O primeiro projeto, é o Projeto de lei nº 517/2007, estabelece o número máximo de alunos por sala. O objetivo central desse projeto é acabar com a superlotação de salas na rede estadual de ensino, que, como disse, é uma das grandes mazelas, hoje, da Educação nas nossas cinco mil escolas. Que tem prejudicado imensamente os mais de cinco milhões de alunos matriculados, como também, inviabilizado o trabalho pedagógico dos nossos professore e professoras.

O segundo, Projeto de lei nº 07/2009, ele aprofunda essa redução de alunos por sala, em salas onde há inclusão de alunos com necessidades especiais de aprendizagem. Esses alunos que precisam de um atendimento mais qualificado, mais personalizado, mais individualizado, precisam logicamente, de salas menos lotadas, com menos alunos, para que o professor possa dar esse tipo de atendimento.

Sr. Presidente, estamos discutindo ao mesmo tempo toda essa questão da violência no Estado de São Paulo, o crescimento dos arrastões em restaurantes, bares, em condomínios da classe média, os toques de recolher na periferia de São Paulo, e agora, mais ainda, os ataques aos policiais; policiais estão sendo mortos pelo crime organizado.

Essa nossa luta em defesa da Educação, ataca, na verdade, na raiz o problema da violência. Logicamente que o Governo do Estado tem culpa, porque não investe em Segurança Pública, como disse também no Pequeno Expediente.

A falta de investimento na Segurança Pública tem gerado essa crise toda. Não podemos aqui nos esquecer que o PCC cresceu e ganhou espaços no Governo do PSDB. Foi no Governo do PSDB que tivemos o crescimento do crime organizado. O crime organizado encontrou guarida aqui na administração dos Governos do PSDB; de Mário Covas até agora ele só tem crescido e mostrado as suas garras, principalmente em momentos como esse.

Mas temos que atacar a questão central que é a questão da Educação. Quando se melhora a Educação, nós melhoramos as outras áreas também. Por isso que nós do PSOL estamos nessa luta para aprovar os projetos que coloquem fim à superlotação de salas na rede estadual de ensino.

Ao mesmo tempo nós estamos numa luta imensa aqui no nosso Estado para que o Governo do Estado de São Paulo respeite a lei federal da jornada do piso, Lei 11.738, aprovada em 2008 no Congresso Nacional, pela Câmara dos Deputados, pelo Senado Federal. Essa lei foi sancionada logicamente pela Presidência da República, ainda em 2008, sendo posteriormente confirmada pelo Supremo Tribunal Federal. Mesmo assim o Governo Estadual não cumpre essa lei. Uma lei importante para valorização do magistério, e para toda Educação Estadual.

Essa é a lei que estabelece uma jornada mínima de um terço do total de aulas de um professor para que ele, também, possa preparar as aulas, preparar as avaliações, corrigir as avaliações. Para que ele possa, também, ter contato com a comunidade escolar, com os alunos, com os pais de alunos, para que ele possa discutir o projeto pedagógico, para que possa fazer pesquisas.

É essa a importância da jornada do piso. Professor tem que ser remunerado também pelo trabalho que ele realiza fora da sala de aula, quando ele prepara suas intervenções, e as suas aulas. E para isso ele tem que ser remunerado. Mas isso não ocorre no Estado de São Paulo, porque o Estado afronta, viola a legislação federal.

Sr. Presidente, com isso nós temos a queda da qualidade de ensino. A nossa luta aqui em São Paulo tem sido, entre outras, essa pela aprovação, pelo respeito na verdade, porque não é aprovação. Até encaminhamos também o nosso mandato para fortalecer o cumprimento da lei federal. Nosso mandato encaminhou o projeto que está tramitando aqui na Assembleia Legislativa, que obriga o Estado a respeitar a lei federal e oferecer a jornada mínima também de um terço aqui na rede estadual; mas o Governo não respeita a legislação.

Portanto, vamos continuar pressionando, denunciando, acionando o Ministério Público em relação a esse fato, ou seja,, ao não cumprimento da jornada do piso.

Ao mesmo tempo - não posso deixar de me referir a isso - estamos na luta do investimento dez por cento do PIB na área da Educação Pública.

O Plano Nacional da Educação está tramitando no Congresso Nacional, sendo que aqui no Estado nós não temos Plano Estadual de Educação. Nunca tivemos um único Plano Estadual de Educação, nem há sinal de que tenhamos, porque o Governo do Estado de São Paulo não toma a iniciativa de encaminhar um projeto para a Assembleia Legislativa para que seja discutido com as entidades representativas do Magistério, com a Sociedade Civil Organizada.

Mas em Brasília, onde tramita o projeto do Plano Nacional de Educação, que estabelece metas e diretrizes para a Educação Nacional, desde a Educação Infantil, passando pelo ensino técnico e tecnológico, até o ensino superior, até os cursos de mestrado, de doutorado e de pós-doutoramento, esse projeto que tem 20 metas estabelece também o financiamento da Educação. Esse é o ponto central da discussão hoje em Brasília, Sr. Presidente. Infelizmente o Governo só quer aprovar que o nosso País invista oito por cento do PIB em Educação, e o Brasil precisa de no mínimo dez por cento de investimento em Educação Pública; oito por cento não é suficiente. Dez por cento já é insuficiente. Seria algo possível um investimento de dez por cento, mas não resolve o problema da Educação.

Agora, diminuir para oito por cento, como quer o Governo Federal não resolve a situação da Educação Pública no Estado de São Paulo. Não resolve a situação do acesso, da permanência e da oferta da qualidade de ensino. Por isso que a nossa grande luta em todo o Brasil tem sido essa de pressionar o Governo Federal e o Congresso Nacional aprovarem no Plano Nacional de Educação esse dispositivo do financiamento de dez por cento em Educação Pública gratuita e de qualidade.

Voltando para São Paulo, Sr. Presidente, porque nossa luta não é só em Brasília, mas também aqui em São Paulo, nos municípios em várias prefeituras. Voltando para São Paulo não posso aqui deixar de fazer menção a outro projeto que tramita aqui na Casa que aumenta o vale refeição dos professores e dos servidores, não só da Educação, mas de todas as secretarias.

Hoje, um servidor público tem um vale refeição de apenas oito reais. Há dois ou três meses o vale refeição do professor era conhecido como “vale coxinha”, porque era de quatro reais; desde 1998 que esse é o valor do “vale coxinha” dos servidores do Estado de São Paulo, dos servidores da Segurança Pública, da Saúde, da Educação, do Sistema Penitenciário.

Depois de tanta pressão, de tantas denúncias que fizemos, o Sr. Governador não tinha mais como manter esse valor de quatro reais e anunciou que daria um aumento de 100% no vale refeição, que foi para oito reais. Mas ninguém consegue se alimentar com oito reais. É impossível. Então apresentamos um projeto, já em 2007, que depois foi reformulado em 2011, que é o Projeto de lei nº 134/2011, que reajusta o valor do vale-refeição de acordo com o salário mínimo. E hoje, se o nosso projeto já estivesse aprovado, o vale-refeição dos professores, dos policiais civis e militares, dos agentes penitenciários seria de, no mínimo, 20 reais, ou 25 reais. Mas o projeto não foi ainda aprovado, está na relatoria especial, mas continuamos aqui lutando para que ele seja aprovado imediatamente e que os servidores tenham acesso a um vale-refeição minimamente digno, que os servidores possam se alimentar com dignidade.

Essas são as nossas lutas em defesa da Educação pública de qualidade, que vai contribuir muito para a diminuição da violência, porque se um adolescente tem acesso a uma Educação pública de qualidade, se tem acesso a uma Educação técnica e tecnológica, se ele tem acesso à cultura, melhora muito a sua vida e de toda a sociedade. Isso não resolve totalmente, mas ajuda muito. Então o PSDB, aqui em São Paulo, o Governador Geraldo Alckmin tem que investir na Educação, na cultura e na Segurança Pública, para que possamos ter um mínimo de paz social no Estado de São Paulo. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - WELSON GASPARINI - PSDB - Tem a palavra o nobre Deputado Marco Aurélio, em permuta com a nobre Deputada Analice Fernandes.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Jooji Hato.

 

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O SR. MARCO AURÉLIO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, telespectadores da TV Assembleia, há 30, 40 dias tive a alegria por ter sido aprovado nesta Casa meu primeiro projeto de lei, que falava inclusive sobre a questão da Educação, porque foi aprovado no Governo anterior, no Governo Serra, um benefício por resultado, um valor que é pago aos educadores em função da assiduidade e do mérito. A assiduidade é o ato de não faltar, e esse não faltar incluía a possibilidade de faltar por alguns motivos, como licença-doença, férias, licença-prêmio, faltas que, evidentemente, não há como não ocorrer. Quando acontece esse tipo de falta, o valor do benefício por resultado não é afetado. Mas verifiquei na lei que quando a pessoa falta por motivo de óbito em família, essa falta é descontada do valor do benefício. Então fiz um projeto de lei dizendo que esse tipo de falta, a licença-nojo, não pode impactar o benefício por resultado. Fiz esse projeto de lei e foi aprovado aqui na Assembleia Legislativa por unanimidade.

No entanto, o que aconteceu? O projeto foi vetado pelo Governador e voltou aqui para a Casa. Portanto esse projeto não é lei, porque o Governador Geraldo Alckmin o vetou. E em público quero pedir aos nobres pares que derrubem o veto do Governador, porque não há coisa mais ilógica do que descontar daqueles que faltam por motivo de óbito em família. Espero que a Assembleia derrube o veto e com isso possa corrigir essa distorção.

 

O SR. MARCOS MARTINS - PT - COM ASSENTIMENTO DO ORADOR - Agradeço o aparte, Deputado. Não há dois professores em cada sala?

 

O SR. MARCO AURÉLIO - PT - É a propaganda, não é? A diferença entre o que se fala e a realidade é muito grande no Estado de São Paulo.

 

O SR. MARCOS MARTINS - PT - Há muitas salas sem professor no Estado de São Paulo. Ouvimos as reclamações da população, dos pais, que faltam professores no Estado de São Paulo, principalmente de Matemática, de Português, Geografia e Artes. Tenho duas irmãs que são professoras, cunhado professor, portanto acabamos tendo uma relação com esse segmento também.

Mas gostaria de abordar outro tema: fizemos uma visita, aprovada pela Comissão de Saúde, na Cidade de Bauru, para verificar a situação caótica em se encontra a saúde nessa cidade. Recebemos uma denúncia de dois vereadores dessa cidade que estiveram na Comissão de Saúde. Encontramos uma situação crítica. O único pronto-socorro existente é municipal, vizinho ao Hospital de Base, que é do Estado. Acabamos visitando o Hospital de Base, o pronto-socorro. O pronto-socorro tinha pessoas nos corredores e elas tinham que ser encaminhadas para os hospitais, a segunda etapa do atendimento, que não era feito. Aí os doentes ficam nos corredores sem nenhuma condição. Esse pronto-socorro, que é pequeno, tinha aproximadamente 25 pessoas. Não dava nem para andar. E o Hospital de Base é chamado de Faixa de Gaza, porque não pode atravessar, tem que ficar aguardando autorização da regulação de vagas.

Durante a visita, conversando com o pessoal do hospital, averiguamos que de 210 leitos, 178 são ativos, 120 ocupados, portanto 58 leitos sobrando. Então esse Centro de Regulação de Vagas precisa dar uma explicação. São os hospitais que não oferecem as vagas? Lá há um hospital estadual bem avaliado, porque há uma seleção na hora de se encaminhar os servidores para lá, e o que sobra para a população pobre é esse Hospital de Base, que tem uma dívida relativamente grande, houve uma roubalheira, parecida com o Complexo Hospitalar de Sorocaba, há uns dois anos. Houve um inquérito, que foi arquivado e depois a Polícia Federal esteve lá e prendeu várias pessoas. E alguns constam desse inquérito arquivado.

Peço ao Secretário de Saúde do Estado uma atenção, uma vez que aprovamos um empréstimo internacional para a Saúde e essa situação é grave demais, porque atende toda aquela região, não apenas uma cidade. Muito obrigado pelo aparte.

 

O SR. MARCO AURÉLIO - PT - Deputado, quero parabenizá-lo pelo trabalho na área da Saúde. E já que falávamos de duas versões, a versão oficial do Governo e a realidade do povo, existe também outro fato aqui no Estado de São Paulo, que é conhecido como massacre do Pinheirinho. Há também duas versões: a do Governo de São Paulo, do Tribunal de Justiça, da OAB de São José dos Campos e a versão da verdade, dos fatos, a versão do que de fato aconteceu.

Mas hoje, graças a Deus, não dá para esconder as coisas para sempre, há mais mecanismos para se trazer a transparência. Passados cinco meses do massacre, tivemos um ato simbólico na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, para divulgar a decisão de encaminhar o caso à OEA, Organização dos Estados Americanos, e formalizar a denúncia do massacre do Pinheirinho, como foi feito na última sexta-feira. Essa denúncia, que está sendo encaminhada para a OEA, é assinada pela Rede Social de Justiça de Direitos Humanos; pela Associação por Moradia e Direitos Sociais; Sindicato dos Advogados de São Paulo; Marcio Sotelo Felippe, que é Procurador do Estado; Fábio Konder Comparato, advogado; César Brito, advogado; Celso Antonio Bandeira de Mello, advogado; José Geraldo de Souza Jr., reitor da Universidade de Brasília; Dalmo de Abreu Dallari, advogado; Aristeu César Pinto Neto, advogado; Antonio Donizete Ferreira, advogado; Nice Bosco, advogada; Jane Ambrosio Álvares, advogada e Camila Gomes de Lima, advogada.

Nessa peça de denúncia à Comissão de Direitos Humanos Internacional são denunciados: o Governador de São Paulo, Dr. Geraldo Alckmin; o Prefeito de São José dos Campos, Eduardo Cury; o Presidente do Tribunal de Justiça, Ivan Sartori; o Juiz Assessor da Presidência do Tribunal de Justiça, Rodrigo Capez; a Juíza da 6ª Vara Civil da Comarca de São José dos Campos, Márcia Faria Mathey Loureiro; o Comandante da operação policial, Coronel Manuel Messias; o Desembargador do Tribunal de Justiça, Cândido Além e o Juiz da 18ª Vara Civil do Fórum Central João Mendes de São Paulo, Dr. Luiz Beethoven Giffoni Ferreira. Todos esses estão sendo denunciados à Organização dos Estados Americanos por violação aos Direitos Humanos.

 

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- Assume a Presidência o Sr. João Antonio.

 

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Resumo dos fatos é a ordem judicial que violou os direitos fundamentais das vítimas: a morte do senhor Ivan Ivo Telles da Silva; o caso David Washington Furtado, morador baleado durante a desocupação; a situação das vítimas após a destruição do bairro; as condições atuais, a moradia precária e a atuação do Poder Judiciário e dos Poderes Executivos do Estado de São Paulo e de São José dos Campos no episódio.

Pede-se o seguinte na peça: que o Estado adote as medidas legislativas necessárias como a reforma dos dispositivos do Código Civil e Código de Processo Civil relativos à posse ao lado de políticas públicas; que se indenize os danos morais e materiais de forma justa e compensatória de todas as pessoas desalojadas do Pinheirinho; que apure as responsabilidades civis e penais e puna os responsáveis pelos fatos ocorridos em 22 de janeiro, em São José dos Campos; que como meio de reparação simbólica o Estado realize pedido formal de desculpas aos moradores da comunidade do Pinheirinho; a submissão do caso à Corte Interamericana dos Direitos Humanos caso não haja adequada solução.

Foram qualificadas 489 vítimas, mas a listagem não é exaustiva uma vez que o local contava com a presença de cerca de 6 mil moradores.

Portanto, se temos uma versão do Governo do Estado de que tudo correu da maneira mais tranquila, pacífica e correta, graças a Deus nós temos pessoas sérias neste País e cujo nome ninguém pode contestar. E quando o PSDB vai fazer a defesa diz que estamos politizando, partidarizando e querendo tirar proveito.

Repetirei: as pessoas que assinam esta denúncia são Fábio Konder Comparato, Celso Antônio Bandeira de Melo e Dalmo Abreu Dallari. São pessoas, meus amigos, que como aqueles que têm uma atuação no âmbito da Justiça e do Direito, ímpar, ilibada e digna de aplauso, não conseguem ficar tranquilas com o que aconteceu no Pinheirinho, que até agora não foi reparado e o Estado nega o que aconteceu. Não adianta negar porque a denúncia está sendo encaminhada e, inclusive no dia de hoje, advogados de Jacareí e de São José dos Campos se reúnem às 19 horas, no Cedeca, em São José dos Campos e o tema da reunião de hoje é a discordância da postura da diretoria da OAB de São José dos Campos sobre o caso Pinheirinho. Aliás, uma das coisas mais estranha que temos é o parecer da OAB de São José dos Campos que foi favorável a nota oficial do Governo está no site do Tribunal de Justiça. Se o Tribunal de Justiça colocou no site o que a OAB de São José dos Campos fez, eu desafio o Tribunal de Justiça a colocar no site a denúncia que está sendo feita à Organização dos Estados Americanos por denúncia aos Direitos Humanos ocorridos no episódio do Pinheirinho, no dia 22 de janeiro de 2012, na cidade de São José dos Campos.

Espero, ainda que venha a demorar, que tenhamos o reparo e a justiça, porque não podemos conviver em um país que se diz democrático e apresenta ações como essas que carecem de apuração, justiça, punição dos responsáveis e reparação as vítimas que por serem pobres e estarem em uma terra que pertencia a um especulador financeiro e imobiliário, sofreram e continuam sofrendo como estão até hoje na cidade de São José dos Campos. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - JOÃO ANTONIO - PT - Srs. Deputados e Sras. Deputadas, tem a palavra o nobre Deputado Jooji Hato, por permuta de tempo com o nobre Deputado André Soares.

 

O SR. JOOJI HATO - PMDB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente desta sessão, Deputado João Antonio, que foi meu companheiro na Câmara Municipal de São Paulo por muito tempo e Presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação, inclusive com quem aprendi muito, saúdo as Sras. Deputadas, os Srs. Deputados e telespectadores da TV Alesp. Ao ouvir o Deputado Marcos Martins que esteve em Bauru, avaliando, ouvindo e auscultando os médicos, os funcionários dessa cidade, no Hospital de Base, e vendo o problema da Saúde que na verdade é uma amostragem do que acontece em todas as cidades do nosso Estado e País. Aqui em São Paulo vemos diuturnamente pessoas que ficam nos prontos-socorros internados em macas desconfortáveis, em estado desumano. Como se não bastasse, quando todas as macas estão espalhadas pelos corredores, os pacientes utilizam a cadeira do papai. Isso vem acontecendo em hospitais-escolas, de porte, tecnologia e de grandes equipamentos. Infelizmente é essa a situação.

Eu sempre digo que a causa disso é exatamente esse grau elevado de violência que consome recursos do SUS, ocupando leitos cirúrgicos e leito de UTIs, impedindo que a população de bem, pessoas que trabalharam a vida inteira, tenha um atendimento médico-hospitalar decente e humano. Eu lembro o caso de uma senhora de 68 anos, diagnosticada como leucêmica. Ela ficou na cadeira do papai por mais de 30 horas enquanto eu pedia que ela fosse colocada em um local mais confortável, no mínimo, em uma maca, mas não conseguimos. É triste e constrangedor.

Eu, como brasileiro descendente de japoneses, não consigo entender como esse país que é tão rico, com um PIB elevado e está entre os sete orçamentos mundiais, possa ter um atendimento médico-hospitalar precário, possa ter problemas com o transporte, com mobilidade, problema com a segurança. Está uma violência radical: temos problemas educacionais e problemas esportivos. Não dá para aceitar porque o Japão, aquele país que fica do outro lado do globo terrestre, um país-irmão, dá exemplos. Lá tem terremotos, recentemente ocorreu o tsunami e o vazamento da Usina de Fukushima, por exemplo, que prejudicou toda a produção de peças automobilísticas. Eles enfrentaram, mas reconstruíram em alguns meses o que foi destruído pelo maremoto, esse vazamento radioativo que pode causar câncer e leucemia.

Nosso país é abençoado por Deus: não temos terremoto, maremoto, deserto, não tem nada que atrapalhe a produção, nem neve, só em São Joaquim, no Sul. Muitos brasileiros vão para lá, tentar ver o que é neve porque não sabem e às vezes alguns até acham que neblina é neve. Para morar aqui, neste país que pode produzir muito e ser muito rico, que pode comprar equipamentos médico-hospitalares, construir hospitais e evitar problemas, como os que temos em Bauru, Santos e tantas outras cidades, inclusive na Capital.

Esse atendimento médico-hospitalar não pode ser negado. O Governo tem que tomar medidas, fazer a prevenção na área da Segurança, que está intimamente ligado à Saúde. Se fizermos segurança preventiva, certamente teremos recursos, construiremos mais hospitais, teremos mais leitos e impediremos que os pacientes vão aos pronto-socorros, aos hospitais porque não são baleados, não são esfaqueados, não são atropelados, não sofrem acidentes, não chegam em casa bêbados e espancam mulher e filhos, que vão para o pronto-socorro, quando não para o IML.

Se fizermos a prevenção e controlarmos esses dois pilares que sustentam a violência - bebida alcoólica/drogas e armas - certamente teremos melhores condições de atendimento médico-hospitalar. Talvez, não vivamos esse pesadelo das Santas Casas, que estão sendo fechadas. Na terra onde nasci, a Santa Casa estava fechando as portas. Graças a Deus, consegui fazer uma emenda, pequena, mas que está deixando a Santa Casa de Pacaembu aberta. Essa emenda conseguiu colocar uma ambulância naquela cidade de 20 mil habitantes. É assim o nosso País; é assim o nosso Estado; são assim as nossas cidades. Não deveria. Poderíamos mudar o curso dessa história se conseguíssemos controlar a violência. E qual a dificuldade de controlar a violência? Não tem nenhuma!

Não sou expert em segurança, sou médico, sou deputado. Fui vereador durante 28 anos, nesta cidade. É só fazer blitz para o desarmamento! Como é que eles provocam a violência? Como eles conseguem matar, assassinar, estuprar, roubar com armas? De onde vêm essas armas? São contrabandeadas, vêm do Paraguai, da Bolívia e de outros países vizinhos. É só cercar as fronteiras e, se passar por elas, temos a obrigação de controlar as fronteiras interestaduais. Se as armas chegarem à nossa cidade, temos que fazer blitz para o desarmamento em pontos estratégicos.

Há pouco, deixei o Plenário e fui a uma reunião da Comissão de Esportes. Lá, havia um requerimento do Deputado Enio Tatto, chamando a Torcida Mancha Verde e a Torcida Gaviões. Houve uma briga entre as duas torcidas e, de repente, houve mortes. Marcaram pela internet. Eu estava com o Deputado Gabriel Chalita, numa reunião, pertinho de onde aconteceu esse fato tão vergonhoso e constrangedor. Na Comissão de Esportes, disse que temos só uma saída ou, talvez, duas. A primeira é fazer blitz para o desarmamento antes dos jogos, perto dos estádios. O torcedor é examinado antes de adentrar o estádio e lá não acontece nada. Então, tem que examinar os ônibus e os carros. Na saída dos jogos, eles pegam essas armas e agridem. A outra saída é fazer as blitz em torno, logo pela manhã. Com certeza, a Polícia vai ter êxito ao fazer blitz para o desarmamento de torcedores que vão ao estádio, às vezes, não para torcer, mas para brigar.

A outra solução parece até piada, mas não: é fazer com que todos os jogos entre Corinthians e Palmeiras sejam empate. Aí, talvez, não haja briga. No último domingo, gostaria que tivesse um empate, mas o reserva do reserva acabou ganhando o jogo. Isso pode dar briga. Não sei se houve. Naquele domingo, estava indo ao Shopping Morumbi. Próximo ao shopping, havia uma blitz que provocou um congestionamento infernal. Demorei quase 20 minutos para percorrer uma distância de 100, 200 metros.

Ou se faz blitz para o desarmamento em todos os pontos estratégicos e se tira essas armas ilegais de circulação ou estaremos ocupando os leitos hospitalares. E as pessoas de bem, que querem ser atendidas, não terão leitos. Fazer blitz na porta dos estádios dá resultado porque, lá dentro, não acontece nada. Tem que fazer fora também!

Estive no Maracanã, no jogo entre Corinthians e Vasco, pelo Campeonato Mundial. Lá, não teve problema de ingresso: metade do Maracanã era Corinthians e metade era Vasco. Na saída, seguraram a torcida do Corinthians e esvaziaram a do Vasco, porque eles perderam. Não aconteceu nada, só que quando os corintianos chegaram aos seus carros, as placas de São Paulo tiveram os vidros e retrovisores quebrados. É assim futebol, tem que controlar.

Na próxima quarta-feira, o Corinthians irá jogar contra o Boca Juniors. Vão dar 2.400 ingressos. Poderiam dar metade, porque haveria invasão dos corintianos em Buenos Aires. A torcida argentina, muito precavida, não vai deixar a torcida corintiana entrar. Se não, eles perdem o jogo. Em São Paulo, no Pacaembu, poderiam dividir o estádio meio a meio. O esporte ganharia muito com isso. Só que, infelizmente, se eles aceitarem esse acordo na Argentina e derem metade das vagas aos corintianos, quando chegarem no Pacaembu, eles não conseguirão entrar porque o estádio vai estar todo ocupado pelos corintianos. O Pacaembu é a casa do Corinthians. Não tem jeito. Se está tudo ocupado, como eles vão entrar? De qualquer forma, o futebol é alegria, é o grande instrumento na busca da segurança. Se houver segurança, estaremos buscando saúde.

O futebol brasileiro vai estar muito feliz. Na próxima quarta-feira, vamos ganhar dos argentinos, e também na outra semana. Iremos para Tóquio, no Japão, aquele país irmão do outro lado do globo terrestre. País não imperialista, mas que vem ajudar o Brasil. Obrigado.

 

O SR. Jooji Hato - PMDB - Sr. Presidente, havendo acordo entre as lideranças partidárias com assento nesta Casa, solicito a suspensão dos trabalhos até as 16 horas e 30 minutos.

 

O SR. PRESIDENTE - JOÃO ANTONIO - PT - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, tendo havido acordo entre as lideranças, a Presidência acolhe o solicitado pelo nobre Deputado Jooji Hato e suspende a sessão até as 16 horas e 30 minutos.

Está suspensa a sessão.

 

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- Suspensa às 16 horas e 08 minutos, a sessão é reaberta às 16 horas e 29 minutos, sob a Presidência do Sr. Jooji Hato.

 

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O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, vamos passar à Ordem do Dia.

 

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- Passa-se à

 

ORDEM DO DIA

 

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O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, há sobre a mesa os seguintes requerimentos de urgência:

- Requerimento de urgência para o PL 411/10 de autoria do Deputado Chico Sardelli. Assina Deputada Regina Gonçalves.

Em discussão. Não havendo oradores inscritos está encerrada a discussão. Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

- Requerimento de urgência para o PL 997/11de autoria do Deputado Donisete Braga. Assina Deputado Alencar Santana Braga.

Em discussão. Não havendo oradores inscritos está encerrada a discussão. Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

- Requerimento de urgência para o PL 193/08 de autoria do Deputado Rui Falcão. Assina Deputado Alencar Santana Braga.

Em discussão. Não havendo oradores inscritos está encerrada a discussão. Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

- Requerimento de urgência para o PL 711/11 de autoria do Deputado Luiz Moura. Assina Deputado Alencar Santana Braga.

Em discussão. Não havendo oradores inscritos está encerrada a discussão. Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

- Requerimento de urgência para o PL 1134/11 de autoria do Deputado Adilson Rossi. Assina Deputado Carlos Cezar.

Em discussão. Não havendo oradores inscritos está encerrada a discussão. Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

- Requerimento de urgência para o PL 942/11 de autoria do Deputado André do Prado. Assina Deputado André do Prado.

Em discussão. Não havendo oradores inscritos está encerrada a discussão. Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

- Requerimento de urgência para o PL 1094/11 de autoria do Deputado Beto Trícoli. Assina Deputada Regina Gonçalves.

Em discussão. Não havendo oradores inscritos está encerrada a discussão. Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

- Requerimento de urgência para o PL 211/12 de autoria do Deputado Cauê Macris. Assina Deputado Carlos Bezerra Jr.

Em discussão. Não havendo oradores inscritos está encerrada a discussão. Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

- Requerimento de urgência para o PL 719/09 de autoria da Deputada Célia Leão. Assina Deputado Carlos Bezerra Jr.

Em discussão. Não havendo oradores inscritos está encerrada a discussão. Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

- Requerimento de urgência para o PL 803/05 de autoria do Deputado Roberto Engler. Assina Deputado Carlos Bezerra Jr.

Em discussão. Não havendo oradores inscritos está encerrada a discussão. Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

- Requerimento de urgência para o PL 154/11 de autoria do Deputado André Soares. Assina Deputado Estevam Galvão.

Em discussão. Não havendo oradores inscritos está encerrada a discussão. Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

- Requerimento de urgência para o PL 754/11, Programa São Paulo Digital. Assina Deputada Leci Brandão.

Em discussão. Não havendo oradores inscritos está encerrada a discussão. Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

- Requerimento de urgência para o PL 823/09. Assina Deputado José Bittencourt, vice-Líder do PSD.

Em discussão. Não havendo oradores inscritos está encerrada a discussão. Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

- Requerimento de urgência para o PL 923/11 de autoria do Deputado Rafael Silva. Assina Deputado Olímpio Gomes.

Em discussão. Não havendo oradores inscritos está encerrada a discussão. Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

- Requerimento de urgência para o PL 17/12 de autoria da Deputada Telma de Souza. Assina Deputado Alencar Santana Braga.

Em discussão. Não havendo oradores inscritos está encerrada a discussão. Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

 

A SRA. RITA PASSOS - PSD - Sr. Presidente, havendo acordo, solicito a suspensão da sessão por 20 minutos.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - O pedido de V. Exa. é regimental, antes, porém, a Presidência tem a seguinte convocação a fazer em nome da Presidência efetiva da Casa: “Sras. Deputadas e Srs. Deputados, nos termos do disposto no Art. 18, inciso III, alínea ‘d’, combinado com o Art. 68, ambos do Regimento Interno, convoco reunião conjunta das Comissões de Constituição, Justiça e Redação, de Administração Pública e Relações do Trabalho e de Finanças, Orçamento e Planejamento a realizar às 16 horas e 45 minutos, no Salão Nobre da Presidência, com a finalidade de apreciar o PLC 22/12 - reclassificação de salários da Arsesp.

Em face do acordo entre as lideranças esta Presidência suspende a sessão.

Está suspensa a sessão.

 

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- Suspensa às 16 horas e 36 minutos, a sessão é reaberta às 16 horas e 59 minutos, sob a Presidência do Sr. Jooji Hato.

 

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O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Srs. Deputados, Sras. Deputadas, nos termos do Art. 100, inciso I, da XII Consolidação do Regimento Interno, convoco V. Exas. para uma Sessão Extraordinária, a realizar-se hoje, às 19 horas, com a finalidade de ser apreciada a seguinte Ordem do Dia: PDL 04/12, que aprova o nome do Sr. Dimas Eduardo Ramalho para nomeação no cargo de Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo.

Srs. Deputados, Sras. Deputadas, nos termos do Art. 100, inciso I, da XII Consolidação do Regimento Interno, convoco V. Exas. para uma Sessão Extraordinária, a realizar-se hoje, dez minutos após o término da primeira Sessão Extraordinária, com a finalidade de ser apreciada a seguinte Ordem do Dia: PLC 22/2012, que dispõe sobre a reclassificação dos salários fixados pelo Anexo 1 e 2, a que se refere o Art. 58 da Lei complementar nº 1025 de 2007, Arsesp.

 

O SR. CARLOS CEZAR - PSB - Sr. Presidente, havendo acordo entre as lideranças presentes em plenário, solicito o levantamento da presente sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Srs. Deputados, Sras. Deputadas, havendo acordo entre as lideranças presentes em plenário, esta Presidência vai levantar a sessão. Antes, porém, convoca V. Exas. para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental, informando que a Ordem do Dia será a mesma da sessão de hoje, lembrando-os ainda da Sessão Extraordinária a realizar-se hoje, às 19 horas.

Está levantada a sessão.

 

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- Levanta-se a sessão às 17 horas e dois minutos.

 

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