http://www.al.sp.gov.br/web/images/LogoDTT.gif

 

07 DE AGOSTO DE 2012

095ª SESSÃO ORDINÁRIA

 

Presidentes: JOOJI HATO, DONISETE BRAGA, HEROILMA SOARES, LUCIANO BATISTA, LUIZ CLAUDIO MARCOLINO e BARROS MUNHOZ

 

Secretário: EDSON FERRARINI

 

RESUMO

PEQUENO EXPEDIENTE

001 - JOOJI HATO

Assume a Presidência e abre a sessão. Registra a presença do Sr. Clóvis Volpi, ex-Deputado e atual Prefeito de Ribeirão Pires.

 

002 - DONISETE BRAGA

Cumprimenta o ex-Deputado Clóvis Volpi, presente na Casa. Destaca a importância dos servidores estaduais de segurança pública. Solidariza-se com o movimento em prol da classe. Aponta a defasagem salarial e a falta de investimentos no setor como pontos cruciais à melhoria da segurança pública.

 

003 - EDSON FERRARINI

Reflete a respeito da segurança pública do Estado. Lamenta a sanção da lei federal nº 12.403, que permite a prisão preventiva apenas em delitos cuja pena máxima seja superior a quatro anos. Critica lei que garante visita íntima a menores infratores. Faz paralelo entre a legislação penal brasileira e a norte-americana. Pede por reajuste salarial dos policiais militares.

 

004 - Presidente JOOJI HATO

Registra a presença do ex-Deputado Federal Hélio Rosas.

 

005 - OLÍMPIO GOMES

Saúda os familiares de policiais militares assassinados e as autoridades presentes nas galerias. Lembra a realização de audiência pública, hoje, nesta Casa, em apoio à Polícia Militar. Pede aos Deputados que se mobilizem a favor da moção de apoio à entidade. Informa que, até o momento, 54 policiais militares foram mortos em 2012. Parabeniza a corporação.

 

006 - DONISETE BRAGA

Assume a Presidência.

 

007 - JOOJI HATO

Parabeniza os Deputados da Casa pela audiência pública, a ser realizada hoje, em apoio à Polícia Militar. Considera importante o projeto de lei, de sua autoria, que prevê a proibição de ocupante em garupa de moto. Cita como pilares da violência as bebidas alcoólicas, as armas ilegais e as drogas. Lembra casos de violência ocorridos no município de São Paulo. Solicita "blitz" do desarmamento.

 

008 - MARCOS MARTINS

Critica o sucateamento das viaturas policiais do Estado. Lamenta a falta de recursos para a Polícia Militar Estadual. Solidariza-se com o movimento em prol da classe. Afirma ser necessária a contratação de novos servidores para as Polícias Militar, Civil e Científica.

 

009 - JOOJI HATO

Assume a Presidência.

 

010 - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO

Fala sobre o programa do Governo Federal "Minha Casa, Minha Vida", no município de São Paulo. Apresenta fotos da favela do Jardim Humaitá, atingida por incêndio. Critica a falta de estrutura e de preparo do município e do Estado de São Paulo para atender as famílias que perderam suas moradias. Solicita que medidas de apoio aos desabrigados sejam adotadas.

 

011 - Presidente JOOJI HATO

Solicita dos presentes nas galerias comportamento regimental.

 

012 - LUIZ CARLOS GONDIM

Destaca o trabalho realizado pela Polícia Militar do Estado de São Paulo.

 

013 - VANESSA DAMO

Demonstra apoio à Polícia Militar. Parabeniza o ginasta Arthur Zanetti, de São Caetano do Sul, pela conquista da medalha de ouro nas Olimpíadas de Londres. Destaca a importância dos investimentos em esporte.

 

GRANDE EXPEDIENTE

014 - FERNANDO CAPEZ

Faz menção ao Dia do Agricultor, comemorado no dia 28 de Julho. Destaca a atuação da Polícia Militar ao longo da história do País. Comenta sua atuação ao lado da PM no combate a violência das torcidas de futebol. Parabeniza o Comandante Geral da PM, Coronel Roberval Ferreira França. Destaca o papel exercido pelos agricultores no Estado de São Paulo.

 

015 - HEROILMA SOARES

Assume a Presidência.

 

016 - CARLOS GIANNAZI

Para comunicação, atribui aos sucessivos Governos Estaduais do PSDB o aumento na violência do Estado de São Paulo. Defende a aprovação da PEC 300 na Câmara Federal. Combate pronunciamento do Deputado Fernando Capez, que, segundo o Deputado, considerou positiva a repressão exercida pela força policial durante uma série de movimentos históricos, como Canudos. Traça paralelo com episódio de conflito entre as polícias Militar e Civil, ocorrido durante a gestão do ex-Governador José Serra.

 

017 - JOOJI HATO

Menciona reunião, a ser realizada ainda hoje, entre o Comandante Geral da PM, Roberval Ferreira França e o Presidente desta Casa. Reflete acerca das razões que levam ao atual estado de violência em São Paulo. Informa que, hoje, o 13º DP, localizado na Casa Verde, foi atacado. Lamenta veto do Governador Geraldo Alckmin a projeto, de sua autoria, que proibia a garupa em motos. Parabeniza o trabalho exercido pela Polícia Militar.

 

018 - LUCIANO BATISTA

Assume a Presidência.

 

019 - EDSON FERRARINI

Recorda eventos históricos dos quais seu pai, ex-soldado da Polícia Militar, participou. Destaca o tamanho da força policial do Estado de São Paulo. Combate a morosidade do sistema judiciário paulista. Lembra sua participação na constituinte de 89. Pede por atualizações no Código de Processo Penal. Fala sobre conquistas obtidas em prol da Polícia Militar do Estado de São Paulo.

 

020 - JOOJI HATO

Assume a Presidência.

 

021 - ITAMAR BORGES

Recorda sua relação com a Polícia Militar do Estado de São Paulo quando prefeito de Santa Fé do Sul. Afirma que este Legislativo é favorável à defesa da força policial paulista. Defende a aprovação da PEC 300, em tramitação no Congresso Nacional. Dá conhecimento das autoridades presentes em sessão solene, realizada dia 06/08, em homenagem ao Dia do Agricultor. Fala sobre os trabalhos da Frente Parlamentar em apoio aos pequeno e micro empreendedores. Comenta ações realizadas em prol das Santas Casas do Estado de São Paulo.

 

022 - SIMÃO PEDRO

Demonstra apoio à força policial do Estado de São Paulo. Pede por melhorias salariais para a categoria. Comenta a proximidade de eventos como a Copa do Mundo e as Olimpíadas, ambas a serem realizadas no Brasil. Traça comentários acerca da ampliação da Linha 6 do Metrô. Afirma que 70% dos empregos existentes na cidade de São Paulo estão concentrados em apenas 5 distritos. Considera insuficiente o número de linhas de Metrô existentes em São Paulo. Informa que o Governador vetou item da Lei de Diretrizes Orçamentárias no qual o Estado se comprometia a prestar contas quanto ao andamento das obras relacionadas aos eventos mencionados.

 

023 - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO

Assume a Presidência.

 

024 - VANESSA DAMO

Pelo art. 82, comenta projeto, em tramitação nas comissões desta Casa, que prevê a contratação de profissionais capacitados no auxílio de deficientes auditivos.

 

025 - Presidente BARROS MUNHOZ

Assume a Presidência.

 

ORDEM DO DIA

026 - Presidente BARROS MUNHOZ

Encerra a discussão, coloca em votação e declara aprovado requerimento de urgência ao PL 1009/01. Coloca em votação e declara aprovado requerimento, do Deputado Itamar Borges, para a criação de Comissão de Representação, com a finalidade de participar do Congresso Nacional das Santas Casas, a ser realizado em Brasília, nos dias 21 e 23/08.

 

027 - OLÍMPIO GOMES

Requer o levantamento da sessão, com anuência das lideranças.

 

028 - Presidente BARROS MUNHOZ

Registra o pedido. Convoca a Comissão de Infraestrutura para uma reunião extraordinária, às 17 horas de hoje. Convoca sessão extraordinária, a realizar-se hoje, às 19 horas. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária de 08/08, à hora regimental, com ordem do dia. Lembra a realização da sessão extraordinária, hoje, às 19 horas. Levanta a sessão.

 

* * *

 

- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Jooji Hato.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Com base nos termos da XIV Consolidação do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.

Convido o Sr. Deputado Edson Ferrarini para, como 1º Secretário “ad hoc”, proceder à leitura da matéria do Expediente.

 

O SR. 1º SECRETÁRIO - EDSON FERRARINI - PTB - Procede à leitura da matéria do Expediente, publicada separadamente da sessão.

 

* * *

 

- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - A Presidência tem a grata satisfação de anunciar a presença do nosso sempre Deputado Clóvis Volpi, um dos grandes prefeitos de Ribeirão Pires. A V. Exa. as homenagens deste Poder Legislativo. (Palmas.)

Parabenizo ainda o nobre Deputado Major Olímpio Gomes, que vai realizar essa reunião extremamente importante, em prol da paz, da harmonia e da fraternidade, em prol da vida.

Srs. Deputados, Sras. Deputadas, tem a palavra o primeiro orador inscrito, nobre Deputado Rui Falcão. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Itamar Borges. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Geraldo Vinholi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado José Zico Prado. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Giannazi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Enio Tatto. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Donisete Braga.

 

O SR. DONISETE BRAGA - PT - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, amigo prefeito, ex-Deputado estadual, Clóvis Volpi, da bela estância turística de Ribeirão Pires, que nos visita e que acompanha essa atividade importante no dia de hoje aqui na Assembleia Legislativa. Cumprimento também a nossa assessoria, os funcionários da Casa e os telespectadores da TV Assembleia,

Aproveito o ensejo dessa audiência pública, que vai ser realizada daqui a pouco no Plenário Paulo Kobayashi, para discutir o tema da Segurança Pública no Estado de São Paulo, o Estado mais rico da Federação. Ao mesmo tempo faço um reconhecimento da importância dos servidores da Segurança Pública do nosso Estado, especialmente a Polícia Militar, e aqui rendo as nossas homenagens em nome da Bancada do PT, com relação aos eventos acontecidos recentemente.

Quero prestar nossa solidariedade a esse movimento que se faz necessário e justo em função da importância do tema para o Estado de São Paulo. É fundamental que através desse movimento possamos estabelecer um processo de reflexão e, ao mesmo tempo, cobrar do Governado do Estado de São Paulo uma política efetiva que garanta a segurança à população do nosso Estado e o reconhecimento dos trabalhadores, os policiais militares.

Nosso Estado ainda tem uma grande dívida com a Polícia Militar na questão da Segurança e dos investimentos, porque ainda se paga o pior salário no Estado de São Paulo. Quero dizer que este evento é importante e fundamental para que não aconteçam atos que infelizmente abalaram o coração, o sentimento e a alma de muitas famílias que estão aqui, nesta tarde.

Portanto, quero prestar minhas homenagens e meus sentimentos a todos vocês que estão presentes. Nós temos que aproveitar esse período do segundo semestre, quando estaremos discutindo o Orçamento do nosso Estado. A nossa bancada, a maior na Assembleia Legislativa, tem feito as audiências públicas e participado efetivamente, apontando a defasagem salarial e dos investimentos que são fundamentais no Estado de São Paulo.

Este ato na Assembleia Legislativa é um momento até importante, Deputado Jooji Hato, para fazer valer a importância e a riqueza do Estado de São Paulo, o estado mais importante da Federação, mas ainda temos um grande passivo com relação à Segurança Pública. Eu sempre digo, Sr. Presidente, que a questão da Saúde e da Segurança são temas que prevalecem apenas para casos de caráter negativo, pois, quando um policial salva uma vítima, evita um assalto ou um crime, muitas vezes passa despercebido.

Então, acho importante neste momento registrar e fazer essa reflexão. Sem dúvida, os 94 deputados e deputadas estão solidários a esse movimento capitaneado pelo nosso colega Deputado Major Olímpio, juntamente com o Deputado Ferrarini.

Enfim, são vários parlamentares que têm atuado e fortalecido as políticas públicas relacionadas à Segurança Pública do nosso Estado. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Tem a palavra o nobre Deputado Edson Ferrarini.

 

O SR. EDSON FERRARINI - PTB - Sr. Presidente, Deputado Jooji Hato, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, amigos da TV Assembleia, companheiros que lotam as galerias da Assembleia Legislativa - a Casa do povo, quero mostrar a nossa indignação e o quanto todos nós doamos nossas vidas para a população e para a sociedade. A incompreensão às vezes passa dos limites. É o que está acontecendo nesse instante no Estado de São Paulo.

A Polícia Militar - 93 mil homens na ativa, 40 mil da reserva e 33 mil pensionistas - está sendo atacada e incompreendida por pessoas do Governo que falam coisas que nos magoam e nos ofendem. Mas o problema da Segurança Pública não é apenas a questão salarial, que é muito importante e lutamos aqui para isso, mas passa por situações, como por exemplo, essa em que a Presidente da República, Dilma Rousseff assinou a Lei nº 12.403, a qual determina que ninguém mais pode ser preso. Não faz mais flagrante quando a pena for de até quatro anos de cadeia. Isso acaba com a autoridade do Juiz ou do Delegado. É o caso de dizer “a Presidente Dilma está defendendo a sociedade ou o bandido?” Eu não sei, mas eu votei na Presidente, portanto, quero saber dela.

Vocês querem saber o que mais está sendo feito em favor do bandido? A Lei garante visitas íntimas a menores infratores. Foi assinado este ano, no dia 08 de maio de 2012, imaginem, o beneficio previsto na Lei nº 12.594, que permite para o menor de 14 anos internado na Fundação Casa, em todo o Brasil, receber visita íntima. Ou seja, pode ter relação sexual dentro do presídio.

Você quer mais ainda? Quer dizer que, no Brasil, o crime compensa. Nos Estados Unidos, o cidadão só pode ter o beneficio após cumprir 85% da pena. Nós, da Polícia Militar, temos que ir lá. Os caras vão para a cadeia, mas 62% deles, quando saem da cadeia, voltam para o crime. Agora, nos recebem com metralhadora e temos que enfrentá-lo. A sociedade está do nosso lado, mas muitas pessoas do Governo não. Imagine, ninguém pode ser preso se a pena for de quatro anos. Isso inclui casos de roubo, cárcere privado e formação de quadrilha. Ou seja, para o ladrão, todos os benefícios. Para o policial, nenhum. Nós damos a nossa vida e juramos isso. Mas o crime hediondo era a única coisa que mantinha o bandido preso. E crime hediondo é: homicídio, latrocínio, extorsão qualificada com morte ou estupro. O criminoso ficava preso, mas agora não fica mais.

Quando Márcio Thomaz Bastos era Ministro eu o ouvi falar que isso atrapalhava a progressão da pena, atrapalhava o regime. Sabem o que eles fizeram? Acabaram com isso também. Os que cometem crimes hediondos também vão para as ruas. Sabem o que o Supremo votou outro dia? Um cidadão foi preso com quatro quilos de cocaína e algumas pedras de crack. O supremo decidiu que até o julgamento ele ficará em liberdade. Ele fundou alguma igreja? Ele montou alguma entidade evangélica ou católica? Não, ele está roubando, ele está matando.

Por tudo isso, a Polícia Militar é o pronto-socorro de todas as falências do Estado. Tudo aquilo que faliu no Estado, chamem a Polícia Militar que ela vai lá e concerta. Não tem aonde levar o louco? Chamem o Resgate que a Policia Militar faz. Essa Corporação precisa ser, sem dúvida alguma, muito mais bem paga, muito mais.

Um homicídio vai levar 60 meses para ser julgado e nós, da polícia, atuamos na consequência. É isso que a sociedade tem de saber. Estamos todos aqui em defesa da sociedade dizendo que esta Polícia Militar, que é a melhor do Brasil, merece muito mais respeito. Muito obrigado, senhores. (Manifestação nas galerias.)

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Esta Presidência registra a ilustre presença do nobre Deputado Federal Hélio Rosas. Seja bem-vindo. (Palmas.)

Tem a palavra o nobre Deputado Adilson Rossi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Olímpio Gomes.

 

O SR. OLÍMPIO GOMES - PDT - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, funcionários, cidadãos que nos acompanham em todo o Estado de São Paulo neste momento pela TV Assembleia e pela Internet, a toda família policial e a toda a sociedade de bem deste Estado que ocupam não só este plenário lotado, mas também outros plenários menores já ocupados por entidades representativas de policiais; Conselhos Comunitários de Segurança; prefeitos como o Prefeito Clóvis Volpi, que está aqui hipotecando solidariedade à Polícia Militar; vereadores de todo o Estado de São Paulo; o sempre Deputado Federal Hélio Rosas; e também o sempre Deputado e Coronel Paes de Lira; vejo representantes da Ordem dos Advogados do Brasil; sindicatos de entidades públicas e privadas. Meus cumprimentos a Elcio Inocente, Presidente da Associação dos Policiais Militares Deficientes Físicos do Estado de São Paulo, que comparece mais uma vez com seus diretores e associados que perderam mobilidade física em defesa da sociedade. Eles jamais perderam suas dignidades e se fazem presentes para defender os nossos irmãos, que estão nas ruas dos 645 municípios, 24 horas por dia.

Quero agradecer de forma muito especial ao Presidente da Assembleia Legislativa, Deputado Barros Munhoz, que teve sensibilidade política, além do seu amor manifesto à Polícia de São Paulo, à Polícia Militar do Estado de São Paulo, e que neste momento receberá, com o Colégio de Líderes, o Comandante Geral da Polícia Militar, Coronel Roberval, que, no Colégio de Líderes apresentará rapidamente a sua plataforma de comando, as suas diretrizes, o que tem feito à organização policial militar em todo o Estado, e a sua visão de futuro em defesa da sociedade. Em seguida teremos início à audiência pública, quando teremos a manifestação de parlamentares, de representantes da sociedade, de entidades representativas de policiais para um apoio maciço à Segurança Pública, à instituição Polícia Militar.

Tudo isso porque a Polícia Militar vem sofrendo um achincalhamento covarde por alguns irresponsáveis, que são de instituições sérias como a Procuradoria da República. O Procurador Matheus Baraldi, que é um psicótico midiático, tem surtos e acaba tentando ter os seus 15 minutos de fama estimulando a violência e criminalidade no Estado de São Paulo, e a Defensora Pública, Daniela Albuquerque, de igual forma, achincalha dizendo que o Ministério Público de São Paulo é omisso para ser o fiscal da lei, para, simplesmente, fazer proselitismo político partidário.

Que nesta audiência pública, os parlamentares, os partidos políticos, nós todos - é o apelo que faço -, os 94 deputados, assinem a moção de apoio à Polícia Militar que vai ser apresentado pelo Presidente da Assembleia, Deputado Barros Munhoz. Neste momento não somos nem da situação, nem da oposição. Temos de nos unir por um propósito, de uma instituição que há 180 anos atua em defesa da sociedade. Na rampa de entrada, na Mário Kozel Filho, 54 cruzes simbolizam os policiais que morreram no Estado de São Paulo neste ano. Uma instituição que tem esse compromisso merece muito mais respeito, merece o apoio das demais instituições. Tenho dito: se não quer ajudar a carregar o piano, que pelo menos saia de cima. Para de fazer peso!

Queremos que as instituições ajudem a polícia no combate ao crime, e não o crime a combater a polícia. Gostaria de dizer do meu agradecimento a todos os partidos políticos, a todos os deputados desta Casa, por acolher - tenho certeza que acolherão maciçamente - a Moção de apoio à Polícia Militar. Isso significa que os representantes dos 42 milhões de habitantes do Estado de São Paulo estão reconhecendo o trabalho que é realizado em defesa da sociedade. Quero agradecer a todos pela presença. Daremos continuidade às atividades do Pequeno Expediente com as manifestações dos parlamentares, teremos a reunião do Colégio de Líderes e, logo em seguida, a audiência pública, quando a população, através de seus representantes, e os policiais, através de seus representantes, ou por inscrição individual, poderão se manifestar livremente.

Muito obrigado a todos pela presença. É uma demonstração inequívoca de que o povo do Estado de São Paulo apoia maciçamente a instituição Polícia Militar. Parabéns ao povo paulista, parabéns à Polícia Militar do Estado de São Paulo.

 

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Donisete Braga.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - DONISETE BRAGA - PT - Tem a palavra o nobre Deputado Reinaldo Alguz. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Jooji Hato.

 

O SR. JOOJI HATO - PMDB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, telespectadores da TV Assembleia, quero saudar as ilustres presenças que ornamentam as galerias e reacendem a esperança por uma qualidade de vida melhor da população. Meus cumprimentos a todos os parlamentares por essa audiência pública que acontecerá daqui a pouco. Essa audiência é um protesto, pois não dá para aceitar que 54 ou mais PMs sejam assassinados pelas ruas de São Paulo.

Não podemos mais aceitar ver um delegado de polícia sendo assassinado na Marginal Pinheiros, como o que aconteceu no último sábado, à noite. Não podemos consentir que um turista venha da Europa e Itália, países de primeiro mundo, para ser assaltado e assassinado na Avenida Nove de Julho com a Avenida São Gabriel, a 500 metros da maior Casa Legislativa do Hemisfério Sul, a Assembleia Legislativa.

Por isso, eu fiz a lei da moto sem garupa, para ajudar a Polícia. Os marginais em cima de um veículo tão rápido como é uma moto, com um capacete que se torna uma máscara, atacam as bases militares, como tem acontecido recentemente; matam policiais, como o episódio que ocorreu no último sábado e assaltam até o filho do Governador, Thomaz Alckmin , em plena luz do dia, na Marginal Pinheiros. É o garupa de moto. Aprovamos nesta Casa, um projeto de lei referente a esse assunto, mas que infelizmente não foi sancionado.

Há dois pilares que sustentam a violência, e todos sabem quais são eles: o primeiro são as drogas, que mantêm os nossos adolescentes na bebedeira, indo para o crack e o oxi, as piores drogas na sua escala. O segundo pilar que sustenta e mantém a violência, e todos sabemos qual é, são as armas ilegais que são vendidas pelas ruas de São Paulo, e que infelicitam várias vidas. A mídia divulgou há três meses que existem garotos de 16 anos, no Jardim Miriam, que cometem assaltos portando metralhadoras modelo AR15. É isso que queremos para a nossa sociedade? É isso que queremos deixar como legado aos nossos futuros herdeiros? Já estamos apresentando essa situação aos nossos filhos, mas temos que reagir para não deixar uma herança tão ruim, constrangedora e violenta aos nossos netos, bisnetos e tataranetos. E hoje, creio que a esperança renasce.

Vocês que aqui estão presentes estão reagindo contra essa banalização da criminalidade, do latrocínio, do assassinato e do fuzilamento aos nossos policiais que querem preservar a nossa vida, dar segurança a todos nós.

Parabéns a cada um de vocês, que deixaram os seus afazeres. Parabéns a essa luta que pertence a todos nós. Não dá mais para aceitar esse grau de violência tão radical. Não podemos mais permitir essa situação. Parece-me que só as autoridades competentes não enxergam isso. Por que não se faz “blitz” com desarmamento? Tirem as armas desses marginais!

Quando se adentra os estádios de futebol como o Pacaembu e o Morumbi, e a revista é feita, não ocorre nem um acontecimento desagradável porque as armas são retiradas. Se os torcedores têm a opção de deixar as armas nos ônibus e carros, revistem os ônibus e os pontos estratégicos de São Paulo.

Se os governantes, se o governo não consegue bloquear as nossas fronteiras internacionais deixando passar as armas que vêm da Cidade de Leste, compradas por R$ 700,00, como, por exemplo, um revólver modelo 38 que é entregue por “delivery” nos hotéis de Foz do Iguaçu. Se deixam passar essas armas entre a Bolívia e o Brasil - que as detêm nas fronteiras interestaduais -, se essas armas conseguem passar, e elas passam, façam as “blitz” em pontos estratégicos como pontos de ônibus, metrôs, bares, entre outros, para que essas armas não matem.

Nobre Deputado Donisete Braga, parabenizo V. Exa. por essa luta. Sendo V. Exa. coordenador da Frente Parlamentar antidroga e eu vice-coordenador, temos que combater esses pilares que sustentam a violência, que são as armas e as drogas.

Termino a nossa fala, agradecendo e parabenizando a todos vocês. E digo que temos uma esperança de ter um país e cidade melhores, para isso basta reagirmos e deixarmos de ficar com os braços cruzados diante dessa situação.

 

O SR. PRESIDENTE - DONISETE BRAGA - PT - Srs. Deputados e Sras. Deputadas, tem a palavra o nobre Deputado Milton Leite Filho. (Pausa.)

Esgotada a lista de oradores inscritos para falar no Pequeno Expediente, vamos passar à Lista Suplementar.

Tem a palavra o nobre Deputado Rui Falcão. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Marcos Martins.

 

O SR. MARCOS MARTINS - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, funcionários desta Casa, telespectadores da TV Alesp e público aqui presente no plenário da Assembleia Legislativa para a outra atividade que será realizada em seguida, um ato de reclamação pelos seus direitos em função da grande demanda que tem a Segurança Pública em um Estado que apresenta muitos problemas nessa área e muitas vítimas por todas as partes.

É importante ressaltar que precisamos reiterar as cobranças referentes à Segurança Pública do Estado de São Paulo, ao Governo do Estado e lhe atribuir essa responsabilidade. Por não ter recursos, a Secretaria de Segurança Pública, muitas vezes, acaba transferindo a realidade para os municípios, que, com recursos parcos, acabam arcando com o aluguel das instalações da Polícia e o combustível para as viaturas, que, em muitos casos, estão sucateadas devido ao tempo de uso, precisando pedir uma pecinha aqui e outra acolá para continuar andando.

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Jooji Hato.

 

* * *

 

Há cerca de sete meses, algumas viaturas foram para a região de Osasco e ficaram estacionadas no pátio, localizado na Avenida Cruzeiro do Sul e Rochdale. Todas aquelas viaturas novas ficaram aguardando a chegada do Governador, ou sua autorização para a entrega, e os policiais precisando, necessitando delas porque as outras estavam com vários problemas, por isso, a compra de novas viaturas.

Não podemos deixar de lado esses problemas. Devemos estar presentes, pois há uma falta de estrutura, de maneira geral, para a Polícia no que se refere às delegacias, aos computadores, às armas, enfim, várias coisas relacionadas à Segurança Pública em que a responsabilidade principal é da Secretaria de Segurança Pública do Estado e do Governo do Estado.

Por exemplo, há um IML na Cidade de Osasco, em um terreno que foi doado pela prefeitura. A prefeitura doou esse terreno para ser construído um IML para a Polícia-Científica, para atender sete, oito cidades da região. O terreno está lá até agora, faz cerca de três anos e sequer foi iniciada a construção. Eles estão atendendo em um cubículo, com muita dificuldade e têm que dar conta de todos os seis, sete municípios.

Diante disso, gostaria de manifestar a nossa solidariedade à luta justa de vocês. Além dos salários que, sem dúvida, são importantes e estão achatados comparados com os de outros estados, também existe uma porção de outras coisas como Adicional de Local de Exercício. Os que trabalham em prefeituras que têm o número de habitantes pequeno ganham menos do que os outros. E muitos vêm procurar o deputado para conseguir transferência, mas nem sempre se consegue isso porque nem sempre existem vagas - e não dá para deixar descoberta a falta de policiais para cobrir os quatro cantos do Estado. Então, deve haver gente que passou no concurso e ainda não foi chamado. É bem provável que isso aconteça.

Há necessidade de novos concursos para suprir a demanda tanto da Polícia Civil, da Polícia Militar e da Polícia Científica. Grande abraço a todos e boa sorte. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Tem a palavra o nobre Deputado João Caramez. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Antonio Salim Curiati. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Hamilton Pereira. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Welson Gasparini. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Luiz Claudio Marcolino.

 

O SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, funcionário da Assembleia Legislativa, tenho acompanhado desde o início do meu mandato a questão da moradia no Estado de São Paulo. Inclusive, tivemos ontem, na reunião da “União de Moradias da Zona Oeste de São Paulo”, firmado o primeiro convênio da “Minha Casa, Minha Vida 2” com 530 unidades para a zona Oeste de São Paulo. Mas, do mesmo jeito que vem sendo construído via Governo Federal a estruturação da “Minha Casa, Minha Vida” e tem conseguido ampliar alguns convênios, temos encontrado algumas dificuldades no Município de São Paulo.

Quero, inclusive, apresentar aqui vídeo, algumas fotos do incêndio que aconteceu na favela do Jardim Humaitá, zona Oeste. Mais de cem famílias perderam suas casas. Procuramos a Prefeitura do Estado de São Paulo para tentar uma solução para os moradores. Apresento aqui um pouco do desespero que as famílias vêm passando.

Inicialmente, vou mostrar o vídeo da Favela Humaitá, na zona Oeste, próxima a Ceagesp.

Esta a situação de mais de cem famílias na zona Oeste de São Paulo. Aqui são as famílias e as fotos de como ficou a situação.

A Defesa Civil foi até a região onde aconteceu esse incêndio e fez o cadastramento das famílias. Essas são as famílias no Clube Pelezão, na zona Oeste de São Paulo. Essas famílias estão praticamente sem nenhum acompanhamento por parte da Prefeitura da Cidade de São Paulo. Inclusive, marcamos uma reunião com a Subprefeitura para o dia de amanhã, às 14 horas e 30 minutos.

Estamos com várias famílias num Clube Escola. Mulheres e crianças praticamente dentro desse espaço com alguns homens. Temos lá também uma região que foi totalmente destruída: a Favela do Humaitá. É um problema sério. Não temos no Estado de São Paulo uma estrutura para esses problemas porque aconteceu o incêndio e mais de cem famílias estão hoje desabrigadas. As famílias se encontram no Clube Escola da Subprefeitura e, ao mesmo tempo, não se tem uma atuação mais efetiva dela.

Marcamos uma reunião com um dos representantes do Subcentro, que é o Alonso, responsável por essa atuação na região da zona Oeste. Mas, simplesmente, um dia antes da reunião, no dia de hoje, ligam falando que a reunião para amanhã está desmarcada. Então mais de cem famílias que passaram por incêndio na zona Oeste de São Paulo estão totalmente desassistidas. Simplesmente as famílias da zona Oeste estão, nesse momento, sem a atenção da Subprefeitura.

É importante que esse fato seja trazido para a população do Estado de São Paulo porque esse processo não é isolado. Esse processo acaba sendo para outras regiões também do Estado de São Paulo, como Itaquaquecetuba, Cidade de Osasco, Barueri onde acontece acidente como esse e não tem uma preparação hoje das prefeituras ou do Governo do Estado para atender a nossa população.

É importante que não só haja solidariedade com os familiares da Favela Humaitá, mas que haja o envolvimento, uma solução de fato das prefeituras e do Governo do Estado. São mais de cem famílias que tiveram suas casas destruídas e é importante que haja uma solução.

Ao lado do Jardim Humaitá também está sendo construído um conjunto habitacional porque essas famílias têm que ser atendidas. A moradia é o sinônimo da dignidade da família no Estado de São Paulo. Então, se aconteceu um acidente como esse na zona Oeste de São Paulo, com mais de cem famílias que perderam suas casas, é necessário uma solução. É um desrespeito da Prefeitura de São Paulo num caso grave como esse desmarcar a reunião sem arrumar uma solução para essas famílias.

Como eu disse, a moradia é o principal ponto de dignidade da família brasileira. Sem moradia não há dignidade. Então é importante no caso da Favela Humaitá, com mais de cem famílias desapropriadas, o compromisso da Prefeitura de São Paulo de criar a condição de atendê-la.

Já estamos acompanhando essas famílias. É importante voltar a marcar a data da reunião com a Subprefeitura para conseguir uma solução para essas famílias. Não podemos tratar só com o paliativo e só quando acontece um incidente como esse.

Outros incêndios aconteceram na Cidade de São Paulo. É importante que a Prefeitura de São Paulo tenha um mecanismo para atender essas famílias, mas demonstrou, mais uma vez, o despreparo em relação à habitação. Se você tem um processo de construção, atuação em caso como de “Minha Casa, Minha Vida 2”, que é o programa federal, a Cidade de São Paulo teria que ter uma estrutura. A Secretaria de Habitação do Município de São Paulo teria que buscar uma alternativa para o caso como esse.

Estamos acompanhando os familiares da Favela Humaitá e queremos, o mais rápido possível, uma solução para a sua moradia. Sempre acompanhamos a luta de todos os trabalhadores, mas o mais importante nesse processo é respeito às famílias do Jardim Humaitá, que estão desalojadas. Muito obrigado, Sr. Presidente. (Manifestações nas galerias.)

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Esta Presidência esclarece aos senhores que não poderão estar armados e deverão guardar silêncio. Não é lícito aplaudir ou reprovar o que se passa no plenário, Art. 280.

Esta Presidência solicita às pessoas que estão nas galerias respeito aos oradores na tribuna.

Tem a palavra o nobre Deputado Aldo Demarchi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Luiz Carlos Gondim.

 

O SR. LUIZ CARLOS GONDIM - PPS - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, quero aqui cumprimentar o Sargento Elcio e, na sua pessoa, cumprimentar todos os policiais militares, os familiares e membros representantes das vítimas do que tem ocorrido com a Polícia Militar do Estado de São Paulo.

Quero deixar o meu mandato à inteira disposição de vocês. A Polícia Militar sofre uma grande baixa nos seus quadros. Temos um grande respeito por vocês, são vocês que nos garantem o direito de ir e vir, mas a Polícia brasileira hoje, principalmente no Estado de São Paulo, precisa ter uma atenção maior dos Poderes Judiciário, Executivo e Legislativo.

Quero parabenizar o Deputado Olímpio Gomes pela feliz iniciativa de trazê-los a esta Casa e ouvi-los numa audiência pública para mostrar o que está acontecendo em São Paulo. É uma das melhores maneiras que temos de mostrar ao Poder Legislativo, que é a casa de vocês, o que tem acontecido no nosso Estado.

Deixo o nosso mandato à disposição de vocês. Contem conosco, que somos do PPS. (Manifestação das galerias.)

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Tem a palavra a nobre Deputada Vanessa Damo, Líder do PMDB, uma deputada valente, uma grande liderança na região do ABC, com destaque na região de Mauá. Uma deputada intransigente em busca da paz, harmonia e fraternidade.

 

A SRA. VANESSA DAMO - PMDB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, quero cumprimentar a todos os policiais militares e familiares, bem como os representantes das vítimas, colocando-me, assim como o Deputado Gondim, à disposição da causa da PM no Estado de São Paulo, uma corporação composta por pessoas que muitas vezes arriscam a própria vida para proteger as famílias do Estado de São Paulo. (Manifestação das galerias.) Faço especial menção ao 3º Sargento PM Elcio Inocente, Presidente da Associação dos Policiais Militares Portadores de Deficiência no Estado de São Paulo. Quero parabenizar também o Deputado Major Olímpio pela iniciativa da audiência pública, deputado combativo atuando sempre em busca da justiça. Aliás, somos eleitos para isso.

Quando colocamos nosso nome e nossa história à disposição da população do Estado de São Paulo o fazemos justamente para ser a voz de vocês, buscando sempre o que é justo, o que é correto e a Polícia Militar precisa de mais vozes que se levantem diante das injustiças e do esquecimento em alguns setores. Não podemos permitir que isso ocorra. São pessoas que devem ser valorizadas pelo que são e, portanto, têm o total apoio do meu mandato. Sei da situação por que passam e me coloco à disposição.

É importante que todos os deputados da Casa tenham conhecimento deste importante manifesto da Assembleia Legislativa para que possam também apoiá-los.

Venho hoje à tribuna num momento de felicidade. Sempre venho para denunciar, para colocar o dedo na ferida, para cobrar algumas questões no Estado de São Paulo, mas hoje venho para parabenizar.

Hoje tivemos a grata surpresa e a alegria de ver um atleta de São Caetano do Sul, da região do Grande ABC, o Arthur Zanetti, conquistar a medalha de ouro nos jogos olímpicos na ginástica artística modalidade argolas. (Manifestação das galerias.) Ele merece o nosso total apoio. Representa a todos nós, mas veio da região do Grande ABC.

Portanto, quero parabenizar esse valoroso jovem que mostra que quando há do Poder Público investimento na juventude, na qualificação de atletas, o resultado é positivo e a vitória é de todos nós. É do Brasil.

Ao Arthur Zanetti dou os parabéns e os votos de muito sucesso. Quero agradecê-lo por nos representar tão bem.

Nesse sentido, quero deixar aqui uma frase que ele usou hoje ao falar da medalha de ouro que conquistou e que serve a todos nós que estamos aqui. É uma frase que se encaixou muito bem na minha forma de enxergar as coisas e acho que devemos levar isso para a nossa vida também. Ele disse: “Não fiquei prestando atenção nos outros. Me preocupei só com a minha atuação.”

Então quem faz o seu trabalho com amor, quem faz o seu trabalho com atenção, sem olhar a vida do outro, sem ficar criticando, mas construindo um caminho de vitórias, um caminho pró-ativo, o resultado é alcançado, seja no esporte, seja na política, seja no trabalho, seja dentro de casa. Por isso faço questão de, como a deputada mais jovem da Assembleia Legislativa, como uma das deputadas mais jovens do País e uma das poucas mulheres aqui da Assembleia Legislativa, construir a unidade através do trabalho e da verdade. Isso quer dizer que temos de seguir em frente prestando atenção a uma única voz: a da população do Estado de São Paulo que nos confiou a honra de poder representá-la aqui como deputados estaduais, sem críticas a outras pessoas, sem ofensas, mas com trabalho, que é o que dignifica o homem e mulher. Parabéns aos policiais militares e ao Arthur Zanetti. (Manifestação das galerias.)

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Esgotado o tempo destinado ao Pequeno Expediente vamos passar ao Grande Expediente.

 

* * *

 

- Passa-se ao

 

GRANDE EXPEDIENTE

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Por permuta de tempo com o nobre Deputado Mauro Bragato, tem a palavra o nobre Deputado Fernando Capez.

 

O SR. FERNANDO CAPEZ - PSDB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, venho à tribuna inicialmente com a intenção predeterminada de falar sobre a data 28 de julho, o Dia do Agricultor, e tenho algumas palavras a dizer em relação à nossa Agricultura, mas eu não poderia deixar de, em sentindo o momento, fixar alguns pontos com relação a nossa gloriosa instituição Polícia Militar, em especial a do Estado de São Paulo.

Não fosse a atuação dos 130 de 1831 desta Instituição - que será bicentenária daqui a 19 anos - sobretudo no período do Império, o Brasil teria se esfacelado e se dividido em inúmeras regiões pequenas tais eram as rebeliões separatistas que dominavam o nosso País no período do Segundo Império: Balaiada, no Maranhão; Cabanagem, no Pará; Sabinada, na Bahia; Revolução Farroupilha, no Sul. Em todos os pontos explodiam rebeliões. E o trabalho valoroso da Polícia Militar manteve íntegro o nosso País. Graças a essa atuação o País hoje mantém suas dimensões continentais.

Foi a Polícia Militar, que sufocando a rebelião de Canudos no final do Século XIX início do Século XX, mais uma vez restabeleceu a ordem em nosso território.

Desde que ingressei no Ministério Público do Estado de São Paulo - completarei 25 anos de carreira nesta Instituição em janeiro do ano que vem - mantenho laços de trabalho, de sentimento e de relações institucionais com a Polícia Militar. Nos momentos mais dramáticos desta Instituição, que passou por um período difícil, sobretudo nos anos 90, eu lá me encontrava ao seu lado. Particularmente em relação à violência das torcidas organizadas de futebol - e eram as torcidas organizadas as principais responsáveis pelos atos de violência - eu como promotor fui designado para coibir esses atos de violência. Qual não foi minha surpresa ao ser pressionado para colocar no banco dos réus não as torcidas violentas, mas a Polícia Militar sob a alegação de que não havia número suficiente no estádio na fatídica briga de 95. Quando tivemos o incidente da Favela Naval, houve uma investida irresistível contra a instituição da Polícia Militar, confundindo-a com alguns policiais que erraram e foram condenados pelo seu crime em ações movidas pelo Ministério Público.

Desde que cheguei a esta Casa como Deputado Estadual - nosso Comandante Elso, que está aqui, é testemunha disso -, temos nos esmerado em procurar trazer melhores condições de trabalho e remuneração aos servidores de Segurança Pública.

Temos uma luta incessante para que as policiais femininas consigam o que a Constituição lhes garante. Chegamos a ingressar com uma representação perante o Procurador Geral para que, se não conseguirmos no plano Legislativo, venhamos a conseguir no plano judicial, que é um direito constitucional, que elas têm de se aposentar aos 25 anos de trabalho.

Quando fomos relatores do Projeto de lei Complementar nº 49/2007, acrescentamos duas emendas a esse projeto, que proporcionaram aos policiais que a mera instauração de uma sindicância não mais lhes interromperia o período aquisitivo de licença-prêmio. E o policial que fosse ferido - vemos aqui esses valorosos heróis feridos em serviço servindo nossa sociedade - enquanto estivesse de recuperação, não deixasse de receber os seus adicionais a que tinha direito e a que faz jus.

Hoje, nós evoluímos bastante. O último projeto que pretendia aumentos de remuneração à Polícia Militar aprovado nesta Casa, teve a sua aprovação retardada em 40 dias. De certa forma, fui o culpado disso, porque apresentei uma emenda extinguindo cargos de soldado e criando cargos de Terceiro Sargento para melhorar a movimentação e a promoção vertical dos Praças e, com isso, configurar uma maior agilidade na carreira.

Por essa razão, membro do Ministério Público do Estado de São Paulo, Deputado Estadual, não posso deixar de vir aqui prestar a minha solidariedade a essa instituição que apoiei no trabalho, como representante do Ministério Público, instituição que diuturnamente trabalho aqui, atuo em defesa dos seus interesses, porque defender os seus interesses é defender os interesses da sociedade. E não poderia aceitar qualquer tipo de intromissão, pretensamente judicial, mas com finalidade claramente política, que pudesse promover uma alteração do comando, sem que houvesse razões para isso, ou que colocasse o nosso comandante geral - um homem que conheço há mais de 15 anos, uma pessoa íntegra, uma pessoa de caráter, que respeita os direitos humanos, que tem da nossa parte o mais claro e resguardado respeito - numa situação de tamanho desconforto.

Fizemos uma homenagem a ele aqui na Assembleia Legislativa, na semana passada. Tivemos a presença do meu querido colega e amigo, Deputado Olímpio Gomes, quando fizemos uma justa homenagem. Hoje, iremos ao Auditório Paulo Kobayashi fazer clara a nossa posição e trazer o apoio de inúmeras cidades que prestam a sua solidariedade à Polícia Militar. Por isso não poderia deixar de fazer esse registro.

De outra banda, tenho também que fazer uma justa homenagem. O Deputado Itamar Borges, aqui presente, realizou uma brilhante sessão solene em homenagem ao Dia do Agricultor. A sensibilidade de S. Exa. faz com que nós, Deputados, nos somemos a esse esforço. Hoje, se o Brasil mantém um superávit na balança comercial, mantém a estabilidade econômica, mantém uma moeda forte, isso se deve, sobretudo, ao valor de suas commodities, que são exportadas, dentre elas com destaque a agricultura, os produtos agrícolas.

A exportação de produtos agrícolas, meu querido Deputado Welson Gasparini, brilhante Prefeito de Ribeirão Preto, corresponde a um terço das nossas exportações, a 20% do nosso Produto Interno Bruto. Nos últimos 16 anos, provocamos um superávit de mais de 500 bilhões na balança comercial.

Temos, então, que nos somar aos esforços daqueles que pedem maior incentivo, à produção da cana de açúcar, incentivos fiscais, para que o combustível limpo, ecologicamente correto, que decorre da produção do etanol, tenha os mesmos incentivos que hoje são dados à produção do combustível fóssil; que haja incentivos tributários, porque a mesa do brasileiro será cada vez mais farta, quanto maior o número e a diversidade de alimentos produzidos.

Por isso estamos aqui, parabenizando o Deputado Itamar Borges, assim como também a todos aqueles que trabalham na produção agrícola, que empregam as pessoas na produção agrícola. Temos que trabalhar para melhorar as condições de trabalho dessas pessoas, muitas delas atuando em condições desumanas. Precisamos também nos somar a esses esforços. Enfim, estarmos juntos para que esse, que é um dos principais baluartes de sustentação da economia brasileira, seja cada vez mais incentivado.

Por essa razão, vim a esta tribuna fazer este registro, registro que acho justo, adequado.

Vejo aqui cartazes com as seguintes inscrições: “Itaquá em defesa da instituição da Polícia Militar”; “A vida e a profissão do policial militar esquecida quando está em jogo”; primeiro lugar na mídia a frase “Sempre que estamos numa situação de perigo, primeira coisa que lembramos é o número 190”.

Estamos aqui para lembrar a vocês uma frase que foi cunhada em 1997, quando a Polícia Militar se encontrava numa situação de pressão, injustiça e de falta de reconhecimento, que já houve e no futuro voltará a ocorrer. Que nunca nos esqueçamos, desta frase: “Somos muitos, não somos alguns.” E somos muitos porque não são apenas aqueles que têm a honra de envergar a farda da Polícia Militar, mas todos os amigos, silenciosos ou não, que atuam em defesa dessa instituição, a Polícia Militar, que tanto respeitamos e tanto admiramos.

 

* * *

 

- Assume a Presidência a Sra. Heroilma Soares.

 

* * *

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - PARA COMUNICAÇÃO - Sra. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, quero saudar a presença de todos os servidores da Segurança Pública, bem como os seus familiares, e dizer que nós, do PSOL, há muito estamos denunciando, não só aqui na Assembleia Legislativa, mas nas ruas e nos movimentos da nossa sociedade, o abandono de investimento na Política de Segurança Pública no Estado de São Paulo.

O PSDB provocou, aqui, vários colapsos: o colapso da Educação Pública, o colapso da Saúde Pública. E agora assistimos, também, ao colapso na área da Segurança Pública, marcado pelo crescimento do crime organizado - matando, inclusive, policiais civis e militares no nosso Estado,- pela onda de arrastões em condomínios, em shoppings, em toques de recolher, que ocorrem em várias regiões da Cidade de São Paulo, e pelo número assustador de assaltos e crimes no nosso Estado.

Continuamos também na luta lá em Brasília, através da nossa bancada no Senado e na Câmara dos Deputados, pela aprovação imediata da PEC 300, que estabelece o piso nacional salarial para todos os policiais civis e militares.

Gostaria apenas de deixar claro, fazendo aqui uma pequena retificação em relação ao pronunciamento feito pelo Deputado Fernando Capez quando citou movimentos populares, movimentos sociais da história do Brasil, como foi a Balaiada, a Sabinada, a Cabanagem, Canudos. Foram movimentos revolucionários, movimentos importantes que tentaram, na verdade, libertar o Brasil da opressão e da desigualdade social, criando inclusive a Reforma Agrária no País.

Mas, parece-me que a colocação do Deputado Fernando Capez foi muito equivocada, infeliz, dando a impressão de que a repressão feita pelas forças policiais, a cada um desses momentos históricos por ele citados, foi positiva. Digo que os servidores da Segurança Pública sempre foram também trabalhadores e trabalhador não reprime trabalhador.

Nunca vou me esquecer daquele triste episódio que tivemos em São Paulo, em 2008, quando o Governador José Serra jogou, de uma forma criminosa e irresponsável, a Tropa de Choque da Polícia Militar em cima dos servidores da Polícia Civil, na frente do Palácio dos Bandeirantes, durante a greve da Polícia Civil. Nós estávamos lá, eu, o Deputado Major Olímpio e o Deputado Roberto Felício, apoiando o movimento dos trabalhadores.

Portanto, não vamos permitir que Deputado nenhum venha aqui jogar trabalhador contra trabalhador. Estamos todos na mesma situação, servidores da Segurança Pública e trabalhadores em geral, lutando por melhores condições de trabalho, sobretudo por investimento em salários dignos.

Gostaria de fazer este registro para que não paire nenhuma dúvida em relação ao nosso apoio aos servidores públicos do Estado de São Paulo, sobretudo aos servidores da Segurança Pública, da Polícia Militar e da Polícia Civil. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

A SRA. PRESIDENTE - HEROILMA SOARES - PTB - Tem a palavra o nobre Deputado Jooji Hato.

 

O SR. JOOJI HATO - PMDB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sra. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, telespectadores da TV Assembleia, gostaria de avisar a todos que o Comandante Roberval está reunido neste instante no Salão Nobre, juntamente com o Presidente Barros Munhoz e os líderes dos partidos desta Casa, já tentando acertar essa audiência pública, para que possamos ter um pouco mais de esperança, segurança e qualidade de vida no nosso Estado.

Vou repetir o que sempre digo: há dois pilares que sustentam a violência. A violência mata e consome recursos fundamentais do SUS, da Educação, do Esporte, da Cultura, da geração de emprego. A violência acaba com o atendimento médico-hospitalar. Como médico, sabemos que um indivíduo baleado vai para o centro cirúrgico, vai para a UTI, quando não morre, e dá uma despesa enorme, ocupando um leito por vários dias. É assim que a violência consome os nossos leitos de emergência, os leitos cirúrgicos e de UTI.

E quando alguém precisa, por uma patologia, por uma moléstia, qualquer que seja, uma úlcera perfurada, uma apendicite, às vezes fica sem vaga. Os médicos no pronto-socorro hoje têm que escolher quem vai viver, quem vai morrer, por falta de vagas para internar os pacientes graves, porque a violência consome esses leitos, consome recursos fundamentais do SUS, e todos nós acabamos pagando muito caro.

Vivemos num país abençoado por Deus, um país que não tem terremoto, maremoto, deserto, neve, nada que atrapalhe a produção. Mas, infelizmente, temos a violência, que acaba com nossos recursos, não permitindo pagar bem aos policiais civis e militares, que tentam manter a ordem pública, tentam dar ao cidadão o direito de ir e vir, o direito à saúde, o direito à vida.

Agradeço ao Mauro Frysman, nosso jornalista, que me informa que uma delegacia e uma base da Polícia Militar são atacados a tiros em São Paulo, na Casa Verde, no 13º DP, por garupa de moto.

Esta Casa aprovou uma lei proibindo garupa de moto nos dias úteis, quando os bancos estão abertos, em que há uma ocorrência muito grande de assaltos: 62% dos assaltos de saída de banco são feitos por garupa de moto. Nós aprovamos aqui, nós cumprimos a nossa função para ajudar a Polícia Militar e a Polícia Civil, o Poder Judiciário, a penitenciária sobrecarregada, para ajudar os médicos do IML, que estão também sobrecarregados, mas infelizmente esse projeto foi vetado.

E continuamos assistindo a assassinatos de delegados de polícia, assassinato de um turista italiano que veio buscar aqui um futuro, um jovem de 25 anos, assassinado na Av. Nove de Julho com a Av. São Gabriel. Tivemos muitos casos de assassinados por garupa de moto. E a polícia tem dificuldade, porque a moto é muito rápida. Eles usam capacete, que é uma máscara, e dão um grande trabalho para a polícia.

Meus opositores falavam que então temos que proibir o uso do carro e da bicicleta. Mas assaltar a pé, de bicicleta ou de carro, nesse trânsito caótico, a polícia pega. Mas em garupa de moto a polícia tem muita dificuldade. Por isso é que aprovamos essa lei. Queríamos ajudar a polícia a cumprir a sua tarefa.

Saúdo a todos e desejo que a PM e todas as polícias nos ajudem, porque não podemos aceitar esse grau de violência, que afugenta investimentos, não gera emprego. E não gerando emprego aumenta mais ainda a violência.

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Luciano Batista.

 

* * *

 

Parabéns a cada um de vocês que, deixando os seus afazeres, vieram aqui. Unidos, se Deus quiser, iremos sensibilizar os governos para que paguem melhor, que aprovem a PEC 300, que ajudem nos salários, que muitos dos policiais tombam nessa crise da violência instalada na Cidade de São Paulo, com arrastões em restaurantes, em prédios. Não podemos aceitar isso de braços cruzados.

É por isso que essa audiência pública será profícua, vai sensibilizar os governos. Não podemos viver com esse grau de violência. Não temos o direito de ir e vir. Não sabemos se voltamos vivos para casa, quando vamos ao trabalho. Quando nós vimos à Assembleia, a um hospital, nossos filhos vão à escola, não sabemos se vamos voltar.

Damos o total apoio a vocês todos, à Polícia Militar, às polícias. Falo em nome do meu partido, do PMDB. Contem com o PMDB. Sou vice-Presidente regional do PMDB. Nossa luta é grande.

Disse há pouco que existem dois pilares que sustentam a violência - álcool e drogas. Hoje nossos jovens estão se embebedando muito, e o caminho para o crack e para o oxi é exatamente o álcool, porque antes era a maconha. E quando digo que o outro pilar são exatamente as armas ilegais, contrabandeadas, roubadas, com numeração raspada, sabemos da importância que isso tem.

Por isso propomos que façam o controle da bebida alcoólica. Por isso fiz a Lei Seca, que controla a bebida alcoólica. Aprovei como vereador, na Cidade de São Paulo. Essa lei municipal se transformou numa lei nacional. Diadema seguiu essa lei e assim diminuiu em mais de 80% o índice de violência. Era a 5ª cidade mais violenta do País, e hoje Diadema recebe investimentos, está crescendo muito. Através do prefeito Mario Reali está fazendo um trabalho importante. Veja a cidade de Diadema hoje e há 10 anos. Ela seguiu a lei que nós aprovamos aqui em São Paulo, e que foi seguida por todas as cidades do País, tornando-se uma lei nacional, ou seja, uma lei municipal que se tornou uma lei nacional e que está salvando muitas vidas. Para que essa lei? Para ajudar todos vocês. Ajudar meus filhos, minha família e a mim mesmo. Nós fizemos essa lei também para ajudar todos os Deputados.

Quero dizer ao finalizar, meu caro Presidente, que estou muito feliz por estar neste plenário, junto com vocês. Neste maior Parlamento do hemisfério sul, não é possível que não sensibilizemos os Governos. Será que eles vão ficar com uma venda nos olhos para não enxergar que precisamos nos organizar? Precisamos pagar bem os policiais e trazer ao nosso povo uma esperança. Não essa violência tão radical, tão nefasta, que ceifa várias vidas todos os dias.

Quero, em nome do PMDB, trazer aqui e hipotecar a todos vocês total apoio e solidariedade. Quero parabenizar a todas as Polícias, principalmente a PM, que tem cumprido sua tarefa de uma forma tão honrosa, mas infelizmente luta contra a desigualdade; luta contra marginais que dinamitam, saqueiam e, inclusive, acabam roubando caixas eletrônicos e cometendo tantos outros delitos. Parabéns a todos vocês. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - LUCIANO BATISTA - PSB - Por permuta de tempo com o nobre Deputado José Bittencourt, tem a palavra o nobre Deputado Edson Ferrarini.

 

O SR. EDSON FERRARINI - PTB - Sr. Presidente, Deputado Luciano Batista, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, amigos da TV Assembleia e companheiros da Polícia Militar, este encontro é de uma Corporação que defende a sociedade por 180 anos. E nós sempre temos que ter paciência ao encontrar a incompreensão.

Meu pai era soldado e participou da Revolução de 32. Seus ossos estão no Mausoléu de 32. Ele dizia: “Filho, em 32, nós lutamos pela Democracia, mas espalharam que São Paulo queria se separar do Brasil”. Ele contava isso na sala da minha casa, com toda emoção e mostrando aquele capacete de 32 enquanto dizia: “Filho, eu chorei um dia ao subir no bonde, que tinha na época, quando as pessoas desceram ao ver-me usando a farda da Força Pública. Isso porque espalharam que São Paulo queria se separar do Brasil”. Quanta incompreensão. E é sempre assim.

Esse telefone, o 190, que atende 150 mil chamados por dia; a melhor Corporação do Brasil, a mais bem equipada, a mais bem treinada, que tem 25 helicópteros, oito aviões, 16 mil carros, 193 mil homens. E eles imaginam que a Polícia Militar sozinha é capaz de acabar com a criminalidade. A imprensa está dizendo que São Paulo tem mais de 500 mil quarteirões e 500 mil cruzamentos.

Não adianta pôr um soldado ao lado de cada cidadão quando você sabe que passando na rua o cidadão assalta. Mas aquele assaltante já foi preso pelas Polícias Militar e Civil de 10 a 30 vezes e sua folha criminal chega a 5 metros. E mais uma vez o jornal só sabe falar mal da Polícia Militar. Ele não fala que o homicídio que acontece agora em São Paulo leva 60 meses, cinco anos para ser julgado. Essa sensação de impunidade é que alimenta o crime.

Nós prendemos os bandidos, os tiramos de circulação, mas entra no Sistema Judiciário, que é uma coisa que não anda, é uma coisa complicada. Apenas 2% cumprem a pena completa. Depois, o Sistema Penitenciário: no Brasil são 510; em São Paulo em torno 190 mil presos; 72% daqueles que cumprem a pena voltam à rua. Entraram no primário do crime e saem na universidade do crime. E nós temos que prendê-los com uma rosa na mão. Eles querem que soldado morra, aliás, o bairro mais populoso do inferno é onde estão os inimigos da Polícia Militar. Vão todos para lá.

Nós atuamos na consequência, na causa do crime nós não podemos influir, pois 72% dos que cumpre pena voltam para a rua e mais uma vez nós temos que recebê-los com uma rosa na mão.

Todos nós queremos a maioridade penal. Está todo mundo implorando que seja reduzida para 14 ou 16 anos, porque a bala que sai do revólver do criminoso de 14 ou 16 anos mata do mesmo jeito que a bala do revólver do adulto. O ECA, Estatuto da Criança e do Adolescente, é uma fábrica de bandidos. Aquilo é um incentivo ao crime. É por isso que o adulto usa o menor, mas ninguém fala isso. Eles só querem falar da Polícia Militar. Mas como nós vamos botar um policial em cada quarteirão se temos 500 mil quarteirões e 500 mil cruzamentos, no mínimo?

Nós não podemos pôr um policial ao lado de cada cidadão, mas temos a melhor Polícia do Brasil. Não é a mais bem paga, mas é a melhor. São 54 mortos em defesa da sociedade. Nós não estamos preocupados, pois escolhemos essa profissão. Fiquei 35 anos na ativa e quando nasci meu pai já era soldado. Nós estamos aqui para rebater todas as injustiças contra a Polícia Militar.

Por que eu sou Deputado? Entendam. Até a Reforma da Constituição Estadual, na época o Comandante-Geral Coronel Teseu exigia que alguém se elegesse Deputado. E aqui estava eu, me elegi Deputado. Neste plenário tinha uma mesa com 53 microfones e a grande alegria era complicar e acabar com a Polícia Militar. Eu estava aqui em um dos microfones. São 35 anos de serviço, lembrando do meu pai. Lembrando de tudo que ele falou: “Meu filho, Deputado você está. Oficial da Polícia Militar você será até a morte. Defenda essa Corporação com o maior entusiasmo.”

Vou dizer aos senhores. Eles queriam acabar com o Serviço de Informações, com a Academia do Barro Branco, com a Escola de Soldados. Queriam controlar tudo, mas não mudaram uma vírgula; não permiti que fosse mudada uma vírgula. O Tribunal de Justiça Militar era com o que eles mais queriam acabar.

Não acabaram e eu ainda aumentei uma vaga, porque o Tribunal da Justiça Militar não é da Polícia Militar. Eles confundem isso, mas é o Tribunal do Poder Judiciário. Criei a Polícia Ambiental na Constituição; pensionista nenhuma saiu perdendo; coloquei o Art. 2930 da Constituição e três mil dos senhores tiveram duas ou três promoções. Nada perdemos, promulgamos a Constituição em 89, mas todo mundo era contra. E o momento atual é o mesmo. Quem está falando? Um promotor, alguém da Procuradoria. Aqueles que assistem a filmes de bandido e mocinho só para torcer ao bandido ficam felizes quando a bala mata um soldado. Eles batem palmas em suas casas. Eles são os inimigos da Polícia Militar, que vão para o inferno, ao bairro que falei que está populoso. (Manifestação nas galerias.)

Não podemos atuar nesta lei que foi assinada pela Presidente Dilma, de nº 12.403. Não sei qual a razão de ninguém mais poder ser preso em flagrante se o crime tiver apenado com quatro anos; a lei que permite ao menor de idade - foi no mês de maio - relação sexual, a partir de 14 anos, dentro da Fundação Casa. Tudo para o bandido. Prender um bandido parece ser uma ofensa, mas ele pode nos matar. Estamos em regime de pré-guerra civil, pois 80% das pessoas já mudaram o seu hábito. A vontade federal precisa mudar o Código de Processo Penal e o bandido precisa se conscientizar que ficará preso na cadeia. Aqui no Brasil isso não acontece - só sabe reclamar da Polícia Militar. E por que a Polícia Militar?

Temos de ficar com a consciência tranquila pelo nosso trabalho. Lamentamos profundamente pelos erros, quando há um equívoco, uma falha humana. Mas nós enterramos 54 policiais militares e os malditos inimigos da Polícia Militar estão batendo palmas. Não faz mal. São 180 anos de bom serviço, atendendo a 150 mil chamados por dia no 190. Vamos ficar em paz com a nossa consciência. Esses malditos têm um lugar reservado para eles, certamente, no inferno. Mas nós nos aprimoramos, foi um ano preparando o policial. De cada 10 pessoas que se apresentam para servir na Polícia Militar, só um é aprovado. Nove são reprovados no exame psicotécnico, nos exames psicológicos e médicos através da investigação social. Nós depuramos tudo da melhor forma possível, mas isso ninguém fala, Seja realização de um parto na viatura, seja qualquer outro trabalho maravilhoso, sai uma pequena nota no jornal.

Quero saudar a todas as entidades presentes, a todos vocês. Na pessoa do meu amigo Elcio Inocente, da Associação dos Policiais Militares Portadores de Deficiência, saúdo a todos. Estamos todos de mãos dadas. Promulgamos essa Constituição e estamos aqui cumprindo o nosso dever. A cada dia que passa a Polícia Militar deveria ser aplaudida na rua, mas o jornal se encarrega em mostrar que a polícia comete seus erros. Nós fazemos a Polícia Militar, a Polícia Ambiental, a Polícia Florestal, a Proerd. Somos o pronto-socorro de todas as falências do Estado, que não dá nenhuma aula de prevenção às drogas. Vai o Proerd, ou é o soldado que vai lá. Você, meu amigo da reserva, amiga pensionista, podem ficar tranquilos. Estamos aqui defendendo vocês. Sou também da reserva. Conseguimos o compromisso do Governador de que nunca mais será dado um aumento sob forma de abono, para não prejudicar o pessoal da reserva, nem a pensionista. Continuamos lutando e, lá na rua, os nossos companheiros - que estão nas 16 mil viaturas, nos 25 helicópteros, nos oito aviões - estão honrando e defendendo a sociedade com o sacrifício da própria vida. É a melhor e a maior organização policial militar do Brasil. As outras entidades vêm aqui fazer curso e aprender como é que faz.

Um grande abraço a todos. O Comandante Geral está neste momento na reunião de Líderes prestando contas do muito que a Polícia Militar faz, falando a todos os partidos. E só está falando coisas maravilhosas. Há um momento em que você fala “Mas essa polícia consegue tudo isso?” Consegue. “Mas com o salário que tem?” É a alma do policial que está lá.

Meus irmãos, este encontro foi muito feliz e saudável. Mas a sociedade sabe que nas horas de grandes dificuldades liga para 190, a melhor polícia do Brasil, a Polícia Militar de São Paulo que vai buscar os delinquentes, seja qual for o calibre da sua arma. Esta é a nossa Polícia Militar. Fiquem com Deus. (Manifestação nas galerias.)

 

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Jooji Hato.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Tem a palavra, por permuta de tempo com o nobre Deputado João Caramez, o nobre Deputado Itamar Borges.

 

O SR. ITAMAR BORGES - PMDB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, telespectadores da TV Assembleia, público presente, representantes e atuantes da Polícia Militar do Estado de São Paulo, assomo a esta tribuna para abordar três temas, mas não posso deixar de iniciar fazendo uma referência à manifestação do Deputado Edson Ferrarini. Fui vereador e, depois, prefeito de Santa Fé do Sul por três mandatos, durante 12 anos. Foram quatro anos como vereador. Convivi muito, como prefeito e vereador, com a família Polícia Militar e com o policial militar, e foi ali na pequena cidade que aprendi a conviver, a respeitar, a admirar e a apoiar o trabalho da Polícia Militar. Depois tive o privilégio de estar aqui, agora, como Deputado Estadual, e convivendo por todo o nosso Estado e com as instituições. Sempre primei a relação com a Polícia Militar e com a Segurança Pública e implantamos lá, com o apoio do Comando da Polícia Militar do Estado de São Paulo, a Guarda Municipal integrada com o Comando da Militar local para que pudéssemos.

Da mesma forma, criamos diversas parcerias com o intuito único de valorizar, de apoiar e de melhorar a estrutura como reconhecimento. Posso dizer com muita tranquilidade que, depois de ter convivido lá na base, e agora no dia-a-dia no nosso Estado como um todo, que a Polícia Militar do Estado de São Paulo representa um dos mais importantes orgulhos de todos nós paulistas. Por quê? Por tudo o que ela significa e faz. É por isso que eu digo com muita tranquilidade, e faço coro e eco às palavras do Deputado Jooji Hato, que, aliás, não tem um dia ou semana que deixa de passar por essa tribuna para defender, falar da importância da Polícia e do apoio de se investir cada vez mais na Segurança. Da mesma forma, temos os Deputados Edson Ferrarini, Olímpio Gomes, Fernando Capez, Luiz Claudio Marcolino, e todos que por aqui já deixaram a sua manifestação.

Venho dizer, apenas aquilo que todos disseram com muita tranquilidade: Governador Geraldo Alckmin, Secretário Ferreira Pinto, Comandante Roberval França e querida família da Polícia Militar do Estado de São Paulo, tenham certeza de que a Casa do Povo de São Paulo, a Assembleia Legislativa, está de mãos dadas pelo apoio, pela valorização e pelo fortalecimento da instituição da nossa Polícia Militar do Estado de São Paulo e dos nossos policiais.

Como disse o nobre Deputado Jooji Hato, “existem outras causas e bandeiras”, aquelas que não são da nossa competência como, por exemplo, a PEC 300. Temos atuado nesta Casa com moções e encaminhamentos para o Congresso Nacional, ao nosso partido e aos nossos representantes de São Paulo para que apoiem, cada vez mais, medidas que fortaleçam, reconheçam, melhorem as condições de trabalho, valorizem o pessoal e deem, cada vez mais, estrutura para a nossa Polícia.

Aproveito, Sr. Presidente, para citar três pontos importantes que ocorreram e que ocorrerão. Um deles foi o que ocorreu no dia de ontem. A Assembleia Legislativa realizou uma Sessão Solene em homenagem ao Dia do Agricultor. O Grupo Guarani e os seus parceiros foram homenageados com a presença de quatro ex-Secretários de Agricultura do Estado - o Presidente desta Casa, Deputado Barros Munhoz; Roberto Rodrigues, que, posteriormente, tornou-se ministro, juntamente com o Deputado Barros Munhoz; José Pilon; e Duarte Nogueira - e a atual Secretária da Agricultura, Mônika Bergamaschi. O Deputado Fernando Capez também participou dessa solenidade junto com outros companheiros Deputados e o grupo Guarani, representado pelo Sr. Jacyr.

Fica aqui o registro da importância do produtor rural para o desenvolvimento, para a geração de emprego e de renda, e a importância da iniciativa desta Casa em prestar essa homenagem a esses importantes contribuintes do desenvolvimento do nosso Estado.

O outro item a que quero fazer referência é sobre o meu momento com o vice-Governador, Guilherme Afif Domingos, Deputado Luiz Claudio Marcolino, meu companheiro de coordenação da Frente Parlamentar do Empreendedorismo e do Enfrentamento à Guerra Fiscal. Avançamos, temos mais agenda e pauta para avançar. O Deputado Luiz Claudio Marcolino coordenou o nosso penúltimo encontro sobre crédito. Temos outra etapa.

Estivemos no Cescon falando da questão da substituição tributária. E temas como compras públicas, apoio ao microempreendedor individual, inovação tecnológica, retomada do fórum do desenvolvimento de São Paulo e implantação do Estatuto da Micro e Pequena Empresa para o fortalecimento e apoio são algumas das bandeiras da Frente Parlamentar. Eu, o meu companheiro Luiz Claudio Marcolino, os companheiros desta Casa e os parceiros da Frente queremos dar continuidade a esses temas, neste segundo semestre, e também durante todo o nosso mandato, para apoiar, cada vez mais, o fortalecimento, a desburocratização e a desoneração tributária.

Por fim, quero falar das Santas Casas e hospitais filantrópicos. Cumprimento o Governo de São Paulo e o Secretário José Aníbal, que, no próximo dia 15, estará na Santa Casa de São Paulo anunciando uma importante iniciativa que vem ao encontro dos trabalhos desta Casa na Frente Parlamentar de Apoio às Santas Casas e Hospitais Filantrópicos, que eu tenho o privilégio de presidir.

Além de buscar recursos e apoio do Governo do Estado, do Governo Municipal e do Governo Federal, estaremos no próximo dia 21, em Brasília, no Congresso Nacional de Hospitais Filantrópicos e Santas Casas, no qual o Ministro Padilha ficou de encaminhar mais algumas medidas de apoio às Santas Casas. A mais recente medida do Estado de São Paulo é que a concessionária Eletropaulo, que atua na Capital, na Grande São Paulo, abriu a sua parceira para que, a partir de agora, os contribuintes voluntariamente interessados em contribuir e apoiar a causa dos hospitais que necessitam - como era no passado, quando as irmãs tocavam as Santas Casas - poderão doar de 5 a 100 reais na conta de energia em apoio a essas instituições. Começará uma campanha de apoio nesse sentido. E a nossa reivindicação é que se estenda para as demais 14 concessionárias de energia de todo o Estado para atender os hospitais do interior.

Dessa forma estaremos, com certeza, dando mais um apoio a essa instituição que tanto trabalha pela saúde do nosso povo. Aliás, mais de 50% da população do Estado de São Paulo, e 45% do País, têm como atendimento único hospitalar uma Santa Casa. Por isso, temos que estar juntos, de mãos dadas apoiando essa instituição.

Finalizo agradecendo a oportunidade de mais uma vez, estar aqui e, junto como os meus nobres pares desta Casa, poder participar de um momento como este. Encerro com a manifestação que abri, cumprimentando o Deputado João Paulo Rillo, que também tem deixado a sua manifestação de apoio a esses movimentos para dizer: Polícia Militar de São Paulo, policial militar, vocês sempre foram, são e continuarão, com certeza, o orgulho de todos nós. E nós, apoiando cada um de vocês na valorização, no apoio à estrutura e no reconhecimento da importância. Esta Casa estará sempre pronta em defender a instituição e o seu comando. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Srs. Deputados e Sras. Deputadas, tem a palavra o nobre Deputado Simão Pedro.

 

O SR. SIMÃO PEDRO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente desta sessão, nobre Deputado Jooji Hato, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, funcionários desta Casa, telespectadores da TV Alesp, público presente, policiais militares e seus representantes que estão aqui participando desta atividade, primeiramente, manifesto a nossa solidariedade, principalmente aos policiais que foram vítimas de ataques e violências por parte da bandidagem no Estado de São Paulo.

Chamo a atenção, neste momento, evidentemente prestando essa solidariedade a vocês, para a falta de uma política de Segurança Pública mais efetiva em nosso Estado e uma valorização mais forte dos profissionais começando pela questão salarial, que é sempre um tema de muita reclamação.

Sr. Presidente, aproveito também este momento para chamar a atenção, já que temos tido pouca oportunidade de falar aqui na tribuna, para algumas preocupações que eu tenho como parlamentar, como morador da Cidade de São Paulo e com relação ao futuro da nossa Cidade e Estado. Estamos vivendo um momento, assistindo pela televisão à grandiosidade dos Jogos Olímpicos, em que observamos como este momento de congraçamento e de integração pelo esporte do mundo todo e das várias nações é muito importante. Um evento como esse atrai investimentos para o País. Estamos na expectativa de realizarmos uma grande Copa do Mundo no Brasil, realizarmos uma grande Olimpíada no Rio de Janeiro daqui a quatro anos, e tenho certeza que a nossa nação brasileira fará um grande evento.

A Cidade de São Paulo está se candidatando para, em 2020, receber a Exposição Mundial, que também acontece de quatro em quatro anos. A Cidade de São Paulo oferecerá uma proposta para que a Exposição Mundial ocorra aqui, na Região de Pirituba. O prefeito e o governador de São Paulo já manifestaram a intenção de construir um novo Centro de Exposições maior do que o do Anhembi para candidatar São Paulo para esse momento.

Quero chamar a atenção para um problema que já percebemos e constatamos. O governo lançou um edital para elaboração do projeto do metrô, a chamada Linha 6, que é um prolongamento, na verdade, para a Região Noroeste de São Paulo. Há uma expectativa muito grande da população da região da Brasilândia, região da Freguesia do Ó, da região Noroeste, que sofre muito com a falta de estrutura. São bairros em grande parte fruto de ocupações irregulares que o Estado e a Prefeitura pouco a pouco vão regularizando.

A população pobre sofre com o problema do transporte público e almeja investimentos lá para dar uma virada na situação. Hoje é uma das regiões dormitórios da nossa cidade. Aliás, a maioria das nossas regiões, dos nossos distritos, é dormitório.

Tem uma notícia que me chamou muita atenção: 70% dos empregos existentes na Cidade de São Paulo estão concentrados em apenas cinco distritos, como Centro, região de Pinheiros e agora nessa região da Avenida Berrini, onde estão concentradas grandes empresas. Na maioria dos bairros é a população que sai de manhã sofrendo com o transporte e voltando à noite, perdendo uma, duas, três quatro horas. São trabalhadores e estudantes.

O Estado de São Paulo precisa responder a esse tema com mais agilidade, mais planejamento e competência. No mês de julho, a Assembleia Legislativa aprovou com o nosso apoio um projeto de lei do Governo. Nós autorizamos o Governo a contrair empréstimos na ordem de 7 bilhões e meio.

Ao longo dos últimos seis anos, já aprovamos aqui projetos de lei permitindo o Estado a contrair empréstimos junto ao Banco Mundial, junto a outras instituições financeiras internacionais. No último mês de junho, 7 bilhões e a maioria dos recursos é para ampliação das linhas de metrô. Nem preciso dizer que estamos muito atrasados. A população sabe disso porque ela vive isso no seu dia a dia.

Tem um problema, a população da região de Pirituba, Brasilândia, Freguesia do Ó, Casa Verde luta para ter uma universidade pública nessa região para formar mão-de-obra, atrair empresas. O Ex-Ministro da Educação, Fernando Haddad, esteve nessa região e fez acordo para que a Prefeitura doe um terreno e o Governo Federal construir um instituto técnico federal.

Há uma expectativa em relação a esse projeto do Centro de Exposições que pode atrair investimentos, emprego, virar a página em termos de região dormitório oferecendo oportunidades. Só que o problema que constatamos é que a Linha 6 do metrô, projetada pelo governo, vai só até Brasilândia. Como vamos fazer um Centro de Exposições, um evento mundial aqui na nossa cidade? Evidentemente que está um pouco longe, mas de um lado isso é bom porque permite rever o projeto, fazer os acertos necessários. Então é preciso que a Linha 6 não seja um mero discurso, uma mera promessa, dizendo: “Vamos levar o metrô até Brasilândia”. Queremos que passe pela Brasilândia, Freguesia do Ó, região da Lapa que precisa de investimento como infraestrutura de transporte como do metrô. Mas, se a Cidade de São Paulo vai se candidatar para exposição em 2020, o metrô precisa chegar lá.

Precisamos ter essa modalidade de transporte porque senão a nossa candidatura já vai chegar capenga com grande chance de ser derrotada por outras cidades que têm elaborado projetos também importantes e querem essa exposição lá. Então é uma oportunidade para a nossa cidade voltar a ter a perspectiva de atenção mundial. O investimento como esse, inclusive se o governo pretende fazer Parceria Público Privada - a PPP - precisa ser um bom projeto e é inadmissível que num projeto como esse não se preveja o metrô até lá. Então é preciso haver um melhor planejamento. A prefeitura precisa conversar com o Estado. O Metrô precisa conversar com o Governo Municipal porque senão vamos correr sério risco de perder uma grande oportunidade. São Paulo tem perdido oportunidades com poucos investimentos, poucas obras importantes.

Eu vi uma notícia, na semana passada, no jornal “Valor Econômico” de que a Cidade de São Paulo tem 8 bilhões e meio em caixa, aplicados. Precisamos que tenha investimentos em obras concretas e em parcerias para gerar emprego, para a economia da nossa cidade não pare.

A Cidade de São Paulo não é isolada, ela tem importância na Região Metropolitana. Então, é preciso um melhor planejamento, melhor articulação entre a Prefeitura e o Estado, chamar a atenção da diretoria do Metrô para que reveja esse projeto da Linha 6 para que ela chegue até Pirituba porque senão vamos correr o risco de perder mais uma vez uma oportunidade de um grande investimento na Cidade de São Paulo.

Vamos ter a Copa do Mundo no meu Bairro Itaquera, com a construção do Estádio do Corinthians. Mas, chamo a atenção do Governo do Estado porque tive a notícia negativa hoje, na Comissão de Finanças. O Governador vetou um item que nós aprovamos, na Lei de Diretrizes Orçamentárias, em junho. O Deputado Luiz Claudio Marcolino chamou a nossa atenção que se vetou a regionalização do orçamento e vetou o item que o Estado tem que prestar contas de quatro em quatro meses para dizer como estão as obras de infraestrutura para receber a Copa do Mundo.

Fico muito preocupado porque corremos o risco sério de ter problema por fazer as coisas às pressas em relação à Copa do Mundo e perder essa chance de a Cidade de São Paulo receber a Exposição 2020, se não tem um projeto adequado. O projeto adequado tem que incluir o metrô, senão vai ficar capenga e corremos o risco de perder investimentos importantes para outras cidades da América Latina e para outras regiões do mundo.

Era esta a nossa crítica, o nosso chamamento para a atenção para que o Governo do Estado e a Prefeitura se entendam e resolvam esse problema da extensão da Linha 6 para a região Noroeste. Muito obrigado.

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Luiz Claudio Marcolino.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - Está encerrado o tempo do Grande Expediente.

 

A SRA. VANESSA DAMO - PMDB - PELO ART. 82 - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, senhores que estão nas galerias, telespectadores da TV Assembleia, recebemos a visita do Colégio de Líderes. Eu, como líder do PMDB, recebi o Comandante da Polícia Militar do Estado de São Paulo, Sr. Roberval, que é da região do Grande ABC. Quero cumprimentá-lo agradecendo a sua visita e a exposição da Polícia Militar em defesa de alguns índices. Quero reafirmar que estamos à disposição das causas justas e a causa da Polícia Militar deve ser defendida.

Sr. Presidente, assomo a esta tribuna agora porque hoje, na Comissão de Finanças da qual fazemos parte eu e V. Exa., tive a felicidade de ter um projeto de lei, de minha autoria, aprovado. O relator foi o Deputado Enio Tatto que torna obrigatória a presença de profissionais capacitados e habilitados a atuar como intérpretes da língua brasileira de sinal - libra - em estabelecimentos comerciais, financeiros ou prestadores de serviços públicos ou privados com mais de 20 funcionários, para atender pessoas portadoras de deficiência auditiva.

Esse projeto chega ao fim da sua tramitação nas comissões. É um projeto importante porque pessoas portadoras de deficiência auditiva no Estado de São Paulo têm de ser atendidas sempre com um acompanhante. Elas têm de ir ao banco com um acompanhante - um familiar ou um amigo - elas têm de ir ao supermercado com um acompanhante porque não temos a disseminação da Língua Brasileira de Sinais no Estado de São Paulo. Então a permanência de um profissional habilitado em Libras para poder se comunicar com as pessoas portadoras de deficiência auditiva certamente ampliará e muito o canal de comunicação dessas pessoas fazendo com que elas possam ser inseridas ainda mais na sociedade, no seu núcleo social, no mercado de trabalho, na interação com os serviços públicos como uma agência bancária, um comércio. É algo importante, trata-se de um projeto que visa a resguardar um direito destas pessoas.

O projeto chega ao fim de sua tramitação e está pronto para a Ordem do Dia, para sua votação.

Nesse sentido, peço, como defensora das pessoas portadoras de deficiência auditiva no Estado, a gentileza e a sensibilidade dos demais Pares para a aprovação deste projeto possibilitando a sua inclusão na sociedade, bem como terem esse canal de comunicação ampliado.

Como disse, muitas vezes elas têm de sair com o pai, com a mãe, com um acompanhante para que este possa se comunicar por elas.

Deixo aqui também uma dica para que possamos, quem sabe, colocar na grade curricular das escolas o ensinamento básico da Língua Brasileira de Sinais para ampliarmos ainda mais o canal de comunicação com essas valorosas pessoas, que merecem todo respeito e dignidade.

Este o meu posicionamento e o agradecimento pelo projeto ter passado na Comissão de Finanças, agora pronto para sua votação em plenário. (Manifestação das galerias.)

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Barros Munhoz.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Vamos passar à Ordem do Dia .

 

* * *

 

- Passa-se à

 

ORDEM DO DIA

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Há sobre a mesa requerimento, com número regimental de assinaturas, solicitando urgência para o PL 1009/11, de iniciativa do Sr. Governador.

Em discussão. Não havendo oradores inscritos está encerrada a discussão. Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

Há sobre a mesa requerimento, com número regimental de assinaturas, de constituição de uma comissão de representação com a finalidade de participar entre os dias 21 e 23 de agosto do Congresso Nacional das Santas Casas, que acontecerá no Centro de Eventos Brasil 21, na cidade de Brasília. Assina Deputado Itamar Borges. Em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

 

O SR. OLÍMPIO GOMES - PDT - Sr. Presidente, havendo acordo entre as lideranças solicito o levantamento da presente sessão para que possamos dar início à audiência pública de apoio à Polícia Militar.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - O pedido de V. Exa. é regimental, antes, porém, a Presidência, nos termos do Art. 18, inciso III, alínea ‘d’ do Regimento Interno, convoca reunião extraordinária da Comissão de Infraestrutura a realizar-se hoje, às 17 horas, no Salão Nobre da Presidência, com a finalidade de apreciar a seguinte matéria em regime de urgência: PL 1009/11.

Sras. Deputadas e Srs. Deputados, nos termos do Art. 100, inciso I, do Regimento Interno, convoco V. Exas. para uma Sessão Extraordinária a realizar-se hoje, às 19 horas, com a finalidade de apreciar a seguinte Ordem do Dia: PL 320/12, de autoria do Sr. Governador do Estado, que altera a Lei 12.548/07 que consolida legislação relativa ao idoso e PLC 40/02, de autoria do Sr. Governador do Estado, que cria a Procuradoria de Procedimentos Disciplinares na Procuradoria-Geral do Estado.

Em face do acordo entre as lideranças esta Presidência, antes de dar por levantados os trabalhos, convoca V. Exas. para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental, com a mesma Ordem do Dia da sessão de hoje lembrando-os ainda da Sessão Extraordinária a realizar-se hoje, às 19 horas.

Está levantada a sessão.

 

* * *

 

- Levanta-se a sessão às 16 horas e 34 minutos.

 

* * *