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DIVISÃO TÉCNICA DE TAQUIGRAFIA                  111ªSO

DATA:990927

RODs.Nºs.:04/05/06/07/08/09/10/11/12/13/15/16/17/18/19/20/21/22/23/24/25/26/27/28    G

DATA: 27/09/99

 

- Passa - se ao

 

P E Q U E N O    E X P E D I E N T E

 

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O SR. PRESIDENTE - VANDERLEI MACRIS - PSDB  - Tem a palavra o nobre Deputado Luís Carlos Gondim.(Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Edmur Mesquita. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado. Junji Abe. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Newton Brandão.

 

O SR. NEWTON BRANDÃO - PTB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente,  Srs. Deputados, assessores, imprensa e amigos, há algum tempo este deputado pretendeu apresentar um projeto de lei a respeito dos radares, que são pragas e andam infernizando a vida dos motoristas e dos proprietários de veículos do nosso Estado. No entanto, a assessoria da Casa nos informou que não poderíamos tomar essa atitude, exercendo esta atividade, porque era privilégio somente do setor federal.

É evidente que acatamos essa idéia. Mandamos uma moção às autoridades federais a respeito desse descalabro que são esses radares, sejam os fixos, móveis, etc. É evidente que não acreditávamos numa resposta positiva à  essa nossa iniciativa, mas queríamos marcar o desagrado e o inconformismo que essa situação traz à nossa população.

“O jornal”, órgão oficial dos motoristas do Estado de São Paulo, apresentou em editorial essa moção e tiveram a oportunidade de tecer comentários a respeito.

O que está acontecendo com esses radares? Transformaram-se  naquilo que se convencionou chamar de indústria de multas. É um absurdo o que ocorre com esses radares. Quando se toma uma atitude dessas, não há santo que consiga mudar essa realidade. Quando se fala em modificar CPMF e essa coisas, não conseguimos. Quando se fala em radar, eles ficam permanentemente. O mais interessante é que já tive oportunidade de falar nesta Casa a respeito do absurdo que são esses radares. Agora, essas multas, que são absurdas, as próprias prefeituras já estão pondo no seu orçamento como um código; já estão prevendo o número de pessoas que serão lesadas durante o ano. Nunca vi uma coisa dessas: saber antecipadamente quantas pessoas serão multadas.

Existem as juntas para reclamação, que são organizadas pelo próprio poder que multa. É uma coisa extraordinária você querer julgar aquele mal que fez. Além dessa sigla, acontece que esses radares não são próprio do Município ou do Estado. São firmas particulares que ganham vultosas comissões sobre aquilo que está acontecendo.

O que é pior, Sr. Presidente, esses aparelhos não estão bem regularizados e regulamentados. O próprio Inmetro já se manifestou que eles não estão regulados. Sabemos que o Serviço Nacional de Transporte dá uma distância entre um radar e outro. O jornal da nossa região está dizendo que não tem essa distância.

Os nossos radares ficam ao bel-prazer dessa indústria que condenamos hoje e voltamos aqui para condenar novamente até que tenham sensibilidade neste País para mudar essa desgraçada realidade.

 

O SR. PRESIDENTE - VANDERLEI MACRIS - PSDB - Tem a palavra o nobre Deputado Salvador Khuriyeh. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado José de Filippi.

 

O SR. JOSÉ DE FILIPPI - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, nobres Deputados, cidadãos, cidadãs, gostaria de abordar hoje um tema muito atual, e que tem a ver inclusive com uma atividade que está sendo realizada neste momento, neste horário, em São Vicente, que é a realização daquilo que o governo Mário Covas acha que é uma audiência pública para se debater o orçamento do ano 2.000.                         Hoje de manhã estivemos na Fundação Prefeito Faria Lima, CEPAM, onde a partir das nove horas deveria se realizar uma audiência pública para se debater com a população da Grande São Paulo, portanto, da Capital e de todos os municípios da Grande São Paulo, 38 municípios, que perfazem um contingente de aproximadamente 17 milhões de cidadãos e de cidadãs, com mais de 10 milhões de eleitores.                         Este encontro seria com técnicos da Secretaria da Planejamento, porque o secretário mesmo não estava lá.       Aliás, eu queria ressaltar que tivemos neste ano a perda do ex-Governador André Franco Montoro, pai do atual secretário. Fizemos aqui a homenagem devida e necessária pelo que significou o Governador Franco Montoro no processo de redemocratização do país. Tínhamos, evidentemente, as nossas divergências no campo partidário, mas em determinado momento da redemocratização deste país estivemos juntos.

O Governador Franco Montoro teve em 1982, 1983, e principalmente em 1984 quando foi governador, mais coragem do que muitos governadores atuais quando colocou o peso político do Estado para lutar pelas Diretas Já. Lembro-me que o Metrô e  todo o sistema de transporte foram liberados para que os cidadãos de São Paulo pudessem expressar no Vale do Anahangabaú, na Praça da Sé, a sua discordância com o regime militar da época, apontando claramente o caminho que deveríamos seguir por este país, que é elegendo o presidente da República. Esta personalidade, Sr. André Franco Montoro, tinha uma tese, a tese da democracia participativa.

E, lamentavelmente, vejo que o seu filho não acredita nisto. O Governador Mário Covas também não acredita na democracia participativa. Acho que  a maior homenagem que tanto o filho como o governador poderiam fazer ao político André Franco Montoro não era  a homenagem fúnebre e nem levar o velório do ex-governador para o Palácio  dos Bandeirantes; a maior homenagem ao ex-governador era defender as teses que ele defendia, que era exercer a política que nós achamos que deveria avançar muito mais. Nós, do PT, achamos que a concepção da democracia participativa do governador Franco Montoro ainda era incipiente, ainda era preliminar, e que precisaria avançar. Fazemos isto quando somos governo, como em Porto Alegre, no Estado do Rio Grande do Sul. Hoje, lamentavelmente eu pude ouvir um comentário, que acredito ser irônico, de um técnico da Secretaria do Planejamento e Economia quando havia 12 pessoas na audiência pública que debateu o orçamento do ano 2.000, orçamento simbólico da Grande São Paulo.  Hoje de manhã, no CEPAM, havia 12 pessoas, provavelmente metade da Secretaria do Planejamento. E o responsável pelo evento, cuja responsabilidade política não é dele, mas do Governador e do Secretário, dizia: “está vendo, Deputado, como é difícil, o pessoal não se interessa, o povo de São Paulo nem quer saber sobre o orçamento do ano 2.000”. Esta conclusão eu a repito e protesto. Quero expressar aqui a minha indignação, porque não é através do “Diário Oficial ”, que poucas pessoas lêem, que se convoca uma audiência pública para se debater os destinos de 32 bilhões de reais. A  previsão do orçamento do ano 2.000  foi apresentada lá nesta audiência, e que tem a ver com a vida de milhões dos mais de 33 milhões de paulistas. Já falei desta tribuna: no Rio de Janeiro foram 70 mil pessoas que participaram, em Minas Gerais foram mais de 100 mil pessoas, no Rio Grande do Sul 190 mil pessoas, porque o governo acredita, fez um debate antecipado durante 60 dias, e não simplesmente uma audiência pública vazia, pró forma, simplesmente para cumprir um artigo da LDO, como lamentavelmente foi feito hoje de manhã para tentar ouvir a opinião de 17 milhões de paulistas que moram na Grande São Paulo.

 

O SR. PRESIDENTE - VANDERLEI MACRIS - PSDB - Tem a palavra o nobre Deputado Vanderlei Siraque. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Alberto Turco Loco Hiar. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Conte Lopes.

 

O SR. CONTE LOPES - PPB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, nobres Deputados, o jornal  “O Estado de S. Paulo” de hoje traz a condenação, à pena de quatro anos e um mês, ao Capitão Cleodir Fioravante Nardo, capitão da Polícia Militar que foi preso nesta Assembléia durante a CPI do Crime Organizado. Ele foi condenado pela Justiça Militar, e também está respondendo a processo pela Justiça comum.

Espero, Sr. Presidente, que este Capital Cleodir seja expulso da Polícia Militar. Ele é um bandido, um bandoleiro. Um bandoleiro da maior periculosidade.

O Capitão Cleodir, repito, Sr. Presidente e nobres Deputados, contratou um marginal para matar este Deputado, pagando a quantia de 50 mil reais, dando inclusive o local onde este Deputado mora e onde fazia o seu “cooper”. Esse elemento contratado procurou um delegado de Polícia, Dr. Marcelo Lima, que veio procurar-me, nesta Casa, informando-me sobre o plano. O matador alugado tinha o telefone da casa do capitão e aonde ele freqüentava, inclusive o quartel do Corpo de Bombeiros onde o capitão serve até hoje.

O que nos causa espécie, Sr. Presidente, e vamos cobrar do Sr. Secretário e do Sr. Governador do Estado, é como até hoje um bandoleiro deste continua a servir na Polícia Militar.

Como ele continua até hoje na Central do Corpo de Bombeiros?

É isto o que não conseguimos entender, porque fala-se muito em combate ao crime organizado. Se fosse um soldado da Polícia Militar, um cabo, um sargento, tenho certeza que por causa de um sanduíche teria sido mandado embora, nobre Deputado Renato Simões. Manda-se embora por causa de um sanduíche, por causa de cinco reais se manda um PM embora.. Como é um oficial, fica neste chove e não molha.

Será que a Justiça Militar vai manter na corporação um bandoleiro com quatro anos e um mês de condenação?

Ele vai continuar exercendo o cargo e sendo chamado de capitão da Polícia Militar? Será que o Tribunal da Justiça Militar vai permitir isto? Ou o Tribunal realmente está deixando de dizer a que veio? Todo mundo já está batalhando para acabar, e agindo desta maneira pior é. Porque, até agora a Justiça Militar dizia que não havia condenação, agora há uma condenação, para que ele perca a patente e vá para a rua, para que ele vire bandido de uma vez, bandoleiro de uma vez, que é a função dele, ele é bandido, não é capitão coisa alguma.                         Mas, na Polícia Militar tem isto, quando é praça se dá um pontapé nos fundilhos e manda embora, quando é oficial fica enrolando e não manda embora coisa alguma. Um bandoleiro destes, quadrilheiro, que participa de quadrilhas. Apenas a título de ilustração, o advogado dele é o Dr. Thomaz Bastos, um dos criminalistas mais caros do Brasil. Não sei como ele consegue isso, porque na minha vida toda como Capitão da Polícia Militar, quando entrei em entrevero com bandido eu tinha advogado  do Estado; aquele advogado gratuito. E eles conseguem contratar advogados como o Dr. Thomaz Bastos. É isso que não conseguimos entender.

O pior é que continua na Corporação, continua fazendo as mesmas falcatruas, continua  falsificando veículos, e o pior de tudo, contratando gente para nos matar.

Quero cobrar desta Assembléia, do Secretário  - fui ao secretário, juntamente com o Deputado Elói Pietá, Líder do PT e com o Deputado Afanasio  Jazadji, que era o Presidente da CPI do Crime Organizado, porque quero saber o que aconteceu até agora, com relação a um processo e  à ameaça. Porque acho que temos que morrer primeiro ou então matar. Então,  pelo menos que nos  dê autorização para andarmos armados; porque  sei  me defender. Não é justo o camarada continuar na corporação!

Passo a ler a matéria do jornal “O Estado de S.Paulo”,  para que a Polícia Militar,  a Justiça Militar, a justiça de São Paulo e a justiça brasileira vejam isso. Pois o capitão saiu preso daqui, deveria ter sido expulso da polícia, mas continua fazendo as mesmas coisas, cometendo os mesmos ilícitos dentro do quartel dos bombeiros, onde serve. Vamos  batalhar até o final para que ele seja expulso e vire bandido! Porque o pior bandido, Sr. Presidente, é o bandido policial, porque ele se espalda na corporação, no uniforme, na viatura e nas armas, para cometer os seus crimes.

A primeira coisa  que deveria ter sido  feita era expulsá-lo da polícia.  Espero que agora o Capitão Cleodir realmente vá para a cadeia. Se a Polícia Militar não sabia que ele já foi  condenado, agora já está .

 

(ENTRA LEITURA)

 

 

O SR. PRESIDENTE - VANDERLEI MACRIS - PSDB - Tem a palavra o nobre Deputado Milton Vieira.  (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Zarattini. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Petterson Prado. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Celso Tanaui. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Campos Machado. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Ramiro Meves. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Elói Pietá. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Renato Simões, por cinco minutos.

 

O SR. RENATO SIMÕES - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, quero dirigir-me especialmente ao nobre Deputado Vanderlei Macris, Presidente desta Casa, visto que na última sexta-feira travamos neste plenário uma discussão muito forte sobre os episódios que envolveram a denúncia do Deputado Cabo Wilson contra a Deputada Mariângela Duarte, perante o Conselho de Ética desta Casa, por uma absoluta falta de transparência  nos procedimentos que motivaram esta representação. Voltamos ao assunto hoje, na presença do Presidente efetivo da Casa. , porque o episódio nos parece muito grave. A Deputada  Mariângela Duarte é uma figura respeitada desta Casa. Ao longo do seu primeiro mandato consolidou uma imagem , independentemente de ser uma parlamentar do nosso partido, onde precisamos reconhecer sua inteireza de propósito e sua capacidade de trânsito entre todas as bancadas desta Casa, pelo  respeito e dignidade  com que  cumpre o seu mandato parlamentar. Evidentemente que os episódios que levaram o Cabo Wilson, utilizando uma grotesca falsificação  de documentos atribuídos à Deputada Mariângela Duarte para tomar uma atitude drástica como esta, de representá-la perante o Conselho de Ética, merece ser melhor discutido nesta Casa.  Merece ser discutido não apenas como uma falha individual daquele Deputado, que poderia ter buscado junto à Deputada Mariângela  Duarte o esclarecimento sobre aquele material.      Afinal de contas, um policial militar deve saber, ainda mais com a experiência política que tem como líder sindical , diferenciar uma armação de um documento legítimo. É grotesco o documento que serviu de base para a representação  do nobre Deputado cabo Wilson. Também nos chamou a atenção, e quero aqui me somar ao nobre Deputado Jilmar Tatto, que expressou da tribuna essa sua preocupação, o fato de que não fosse a atitude do deputado de colocar nos gabinetes dos outros parlamentares, cópia da sua representação, não estaríamos sabendo do assunto.

A própria Deputada Mariângela Duarte usou da tribuna na sexta-feira, e não mencionou o assunto, porque somente depois da minha chegada ao plenário, com cópia do documento que recebi no meu gabinete,  tomou conhecimento de que estava sendo representada perante a Comissão de Ética.

Verificando posteriormente os documentos com a assessoria da mesa, pudemos verificar que esse documento já estava há mais de 10 dias protocolado junto ao Presidente efetivo da Casa, que também não deu ciência nem ao líder da bancada e nem à deputada de que isso teria acontecido.  Consideramos esse episódio grave para as relações entre os parlamentares, porque não podemos ver a bancada da oposição sujeita a esse tipo de procedimento, por parte de um parlamentar da situação, que busca azedar, no bom português, as relações que existem entre os parlamentares da Casa. Queremos também mencionar que na origem da denúncia está uma questão que nos preocupa. Havia um acordo construído na legislatura passada, com relação à designação de relatores especiais nos projetos dos senhores deputados. E hoje, o que  verificamos? A maioria parlamentar, que tem o rolo compressor, para aprovar o que bem entende nas comissões da Casa, obstaculiza muitas vezes a tramitação dos projetos dos deputados da oposição nas comissões, e agora os relatores especiais são designados para refendar a posição que a maioria não quis  assumir no voto na comissão.  Queremos  registrar aqui, Sr. Presidente, formalmente a nossa queixa, para que o colégio de líderes volte a discutir essa questão, porque não é possível que um projeto, que foi concebido, discutido com a sociedade, apresentado e não considerado pelas Comissões Permanentes, seja derrubado pela penada de um relator  especial governista. Não admitimos isso porque acreditamos que o jogo parlamentar deve ser jogado com lealdade, e por isso protestamos contra o que foi feito com a Deputada Mariângela Duarte na semana passada, e protestamos também contra os critérios que estão sendo adotados para a designação de relatores especiais da base do Governo, que estão fritando os projetos dos parlamentares de oposição nesta Casa. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - VANDERLEI MACRIS - PSDB -  Tem a palavra o nobre Deputado Edson Ferrarini. (Pausa.)  Tem a palavra a nobre Deputada Edir Sales. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Edson Gomes. (Pausa.)  Tem a palavra o nobre Deputado Cícero de Freitas.

 

O SR. CÍCERO DE FREITAS - PFL - SEM REVISÃO DO ORADOR -  Sr. Presidente, Srs. Deputados, imprensa, funcionários,  volto à tribuna hoje em razão de fatos que ocorrem, e  ás vezes, pessoas que não têm conhecimento, chamam ou indiretamente usam algumas palavras que as pessoaso se chocam, e hoje estou relatando isso, porque fui procurado por uma comissão de agentes da saúde do Hospital Pérola Byington, e me fizeram um relatório muito importante.

Educadamente procurei colaborar com o Governo, mas parece que não devemos colaborar, assim não querem as lideranças. Liguei para o Celino, que me aconselhou falar com o Dr. Guedes. Não consegui, mas consegui um contato. Encaminhei essa comissão ao Líder do Governo, Deputado Walter Feldman, que foi recebida, por dois minutos, pelo nosso comandante Neto e, em seguida, pela Dona Matilde, que atendeu fazendo pouco caso, talvez por pensar que as pessoas teriam ido fazer fofoca. Ela não sabia que as pessoas estavam munidas de relatórios oficiais e dados para que tentássemos, junto ao Governo, melhorar a situação daquele hospital. Falo isso, Sr. Presidente, porque em 1998, num determinado departamento foram atendidas 37.428 pessoas. No primeiro semestre de 99 esse número, no mesmo setor de atendimento, caiu para 4.900. Fomos fazer um levantamento, inclusive trata-se de um setor importante, o de câncer de mama, que realizava um atendimento especial num “trailer” numa área da periferia, um atendimento de tirar o chapéu, mas não sabemos porque cargas d’água ultimamente caiu o atendimento a quatro mil pessoas. Mas fomos checar por quê. Faltam funcionários, ambulâncias, cortaram os “trailers”, cortaram diretores, quem sabe não estejam querendo salvaguardar o emprego de alguém? Talvez o diretor do hospital, o próprio Secretário da Saúde. Acho que o Sr. Governador não sabe o que está acontecendo, porque há alguns dias S.Exa. deu uma entrevista à televisão dizendo que aquele hospital estava atendendo 100%.

Sr. Governador, com certeza o senhor não mentiu. Por quê? Porque o senhor não está sabendo da realidade, não passando ao senhor o que de fato está acontecendo naquele hospital. Gostaria que o senhor, de surpresa, visitasse o Hospital Pérola Byington, na Brigadeiro Luiz Antônio, o que um dia disse ser a menina dos seus olhos. Realmente era, Sr. Governador. O atendimento era fantástico, mas hoje é péssimo. Possivelmente várias pessoas tenham perdido a vida por não serem atendidas em tempo hábil. É um absurdo ficar quatro, cinco, seis meses numa fila para tentar marcar uma consulta.

Sr. Governador, não viemos aqui para dividir. Estamos aqui para somar, para  elogiar, mas na hora de criticar, vamos fazê-lo. Sr. Governador, tome uma atitude. O senhor não terá nada a perder, mas a lucrar, especialmente com as pessoas da periferia de São Paulo. Faça voltar ao que era antes. Dizem-nos que estão reformando, mas até  quando? O povo está morrendo!

 

O SR. PRESIDENTE - VANDERLEI MACRIS - PSDB - Tem a palavra a nobre Deputada Mariângela Duarte. (Pausa.). Tem a palavra o nobre Deputado Edson Aparecido.

Srs. Deputados, a Presidência tem a grata satisfação de anunciar a presença, no plenário desta Casa, do Vereador da cidade de Cubatão Sr. Francisco Leite da Silva Bigode.

A S.Exa as homenagens do Poder Legislativo de São Paulo. (Palmas.)

 

O SR. EDSON APARECIDO - PSDB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, na última quinta-feira a Comissão de Constituição e Justiça desta Casa iniciou os debates sobre o Projeto de lei Complementar nº11, de autoria do Executivo. Num primeiro momento tivemos uma audiência pública com as entidades representantes do funcionalismo público e vários Srs. Deputados desta Casa, que compareceram àquela reunião para iniciar o debate não só quanto ao mérito do projeto, como também o que era tarefa daquela comissão sob o ponto de vista jurídico e constitucional. Foi um debate extremamente importante, de certa forma foi a ante-sala da grande audiência pública que teremos na próxima quarta-feira convocada pela Presidência e pelos novos líderes desta Casa. Naquela oportunidade discutiu-se duas questões centrais do ponto de vista daquela Comissão e do ponto de vista da origem do projeto que vão orientar o debate deste que é, sem dúvida nenhuma, um dos elementos importantes na proposta do Sr. Governador Mário Covas de realizar o ajuste fiscal iniciado há quatro anos. Todos sabem que era proposta do Governador trazer o projeto que reestrutura a Previdência do Estado ao debate da sociedade até pela importância, pelos reflexos que irá trazer para o Estado e pela repercussão que terá para o conjunto da sociedade,   enfim, com os mais variados segmentos organizados, seja dos trabalhadores, dos empresários, do setor produtivo. Nessa audiência pública da Comissão de Justiça, realizada na última quinta-feira, duas questões centrais foram objetos de debate. Uma delas é o modelo do Estado que queremos. Algumas lideranças do funcionalismo colocaram, muito claramente, a posição que têm em relação ao Estado. Esse foi exatamente o debate de alguns representantes da base do Governo que ali estavam: este Deputado e os nobres Deputados Walter Feldman e Ary Fossen.

A história do Estado brasileiro sempre foi, ao longo desses últimos 50 anos, o de favorecer os grandes cartórios, as grandes empresas que se apoderavam de parcela significativa dos recursos orçamentários da União e dos Estados e na outra ponta o segmento que se favoreceu deste modelo de Estado, sem dúvida nenhuma, foram as corporações.        Esse foi, um pouco, o debate que realizamos na última quinta-feira: a proposta de reestruturar a Previdência não só a nível nacional, mas também aqui em São Paulo é uma atitude que visa, na linha do que defende o PSDB e os partidos coligados ao Sr. Governador, promover as mudanças que achamos absolutamente fundamentais para esse processo de ajuste. Na outra ponta tínhamos a discussão da questão jurídica e constitucional.  Argumentávamos que o substitutivo apresentado pela Bancada do Partido dos Trabalhadores era o atestado, sob o ponto de vista jurídico e constitucional, de duas das grandes teses apresentadas no projeto original do Sr. Governador Mário Covas. A primeira, a progressividade na cobrança apresentada no projeto original e que também o PT defende. A segunda, a cobrança aos inativos, aos pensionista que também o projeto do PT contempla. Aliás, aí é uma demonstração de coerência, assim como a proposta da Prefeitura de Porto Alegre de reestruturação da Previdência. Independente de discutirmos e debatermos ali, ficou muito claro na Comissão de Justiça que essas duas grandes teses vão, em um primeiro momento, orientar os debates nesta Casa, até porque é de consciência de todos os Srs. Deputados, que participaram daquela primeira audiência pública na Comissão de Justiça, que caberá à  Comissão de Justiça a análise sob o ponto de vista jurídico e constitucional e, depois, algumas questões de mérito deverão ser analisadas, estudas e debatidas pelas outras comissões que vão analisar esse projeto. De qualquer maneira, avizinha-se um grande debate nesta Casa não só dessa reforma de Estado, mas, também, um grande debate sob o ponto de vista da reforma específica que a Previdência trará para o Estado de São Paulo. Então, vim ao debate na quinta-feira, exatamente em um momento extremamente rico que deveremos ter na próxima quarta-feira e que, obviamente, irá se desdobrar na votação da aprovação do PL 11, que esta Casa irá analisar nos próximos 30 dias.

 

O SR. PRESIDENTE - VANDERLEI MACRIS - PSDB - Tem a palavra o nobre Deputado  Jilmar Tatto.

 

O SR. JILMAR TATTO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR -  Sr. Presidente, Srs. Deputados, gostaria de solicitar ao Sr. Governador que retirasse o Projeto de lei n.º 11/99, que trata da Reforma Providenciaria. Esse Governo que aí está acaba com o Estado de São Paulo, porque não tem desenvolvimento econômico, aumentou a violência, todos os índices sociais diminuíram. Por que prejudicar mais de um milhão de funcionários público do Estado de São Paulo? É um governo que não tem capacidade. Trabalhou quatro anos dizendo que fez uma grande reforma no Estado O que estamos vendo é que as condições de vida neste Estado  tem piorado. Para que serve o governo se não é para melhorar a vida das pessoas, se não é para ter um desenvolvimento econômico orientado, se não é para ter uma melhor qualidade de vida? Qual a função, se não é para atender a crianças, os adolescentes? Se formos verificar item por item, esse foi um governo que não está servindo para o Estado de São Paulo. A FEBEM está aí. Todos estão vendo a falência, a incapacidade, a incompetência desse governo em tratar das crianças e dos adolescentes neste Estado.  A criminalidade está aumentando cada vez mais. Para fazer bem ao Estado de São Paulo e ao funcionalismo, vamos discutir para valer, com seriedade e, de preferência, com transparência. É uma pena que essas audiências públicas, que o governo mandou publicar no “Diário Oficial”, acabou não acontecendo. Por isso, pedimos ao Governo que retire o projeto, para ganharmos tempo, e  abra uma ampla discussão com todas as entidades do funcionalismo e com esta Casa.

 Sr. Presidente, a Comissão de Valores Imobiliários entrou com uma representação contra a Telefônica.  Como se não bastasse vir a Telefônica para cá para explorar o serviço de telefonia no Estado de São Paulo,  trouxe alguns amiguinhos com ela. Como, por exemplo, a Tento, uma empresa terceirizada que atende pelo 102, 103 e 104 as reclamações dos usuários. Essa Tento, uma amiguinha da Telefônica da Espanha, é uma empresa espanhola. A Telefônica deu esse serviço para a Tento, que gira em torno de 100 milhões de reais por mês no faturamento, sem passar por um processo onde os acionistas pudessem opinar.  Denunciamos, na CPI da Telefônica, que poderia estar aí uma remessa de lucros feita de forma não muito lícita. A “Folha de S. Paulo” tem uma matéria extensa em relação a isso.

A preocupação do sindicato das empresas de telemarketing e da Comissão de Valores Mobiliários é proteger os seus acionistas minoritários, porque, a forma como eles estão usando a contratação desse serviço, pode estar aí a remessa de lucro ilegal.

É importante que a Anatel, essa Anatel incompetente, fruto de uma política inconseqüente deste governo em privatizar o sistema de telefonia do Brasil sem ter um controle dessas empresas, averigue o mais urgente possível porque o que essa Tento está fazendo junto com a Telefônica é terceirizar cada vez mais, demitindo funcionários. E, ao terceirizar esse serviço, o funcionário passa de um patamar de R$750,00, por mês, para ganhar de R$ 300, 00 a R$ 350,00, por mês.

O Brasil não é a casa da mãe Joana, com todo o respeito à mãe Joana. Eles não podem fazer do Brasil o que estão fazendo. Não temos governo, mas vamos ver se pelo menos a Justiça aja de uma forma melhor do que o tucanato neste País.

 

O SR. PRESIDENTE. VANDERLEI MACRIS - PSDB - Tem a palavra o nobre Deputado Wilson Morais. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Paschoal Thomeu. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Antonio Salim Curiati. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Jamil Murad.

 

O SR. JAMIL MURAD - PC DO B - SEM REVISÃO DO ORADOR- Sr. Presidente e Srs. Deputados, venho à tribuna para defender a universidade pública e gratuita. Temos no Brasil algumas línguas de aluguel e também algumas canetas de aluguel, que escrevem certos artigos para grandes jornais. De tempo em tempo, eles agridem a universidade pública em nosso País, contam mentiras e calúnias, tentam tergiversar e jogar areia no olho do povo, como se a existência da universidade pública fosse algo dispensável, uma coisa onerosa para a sociedade e que seria melhor se ela não existisse.

Uma dessas canetas de aluguel, chamado Gustavo Franco, foi o presidente do Banco Central, demitido por incompetência e por absoluta falência das suas idéias,  das suas opiniões  e da sua política. Mas, agora, ao comentar o artigo do Prof. Goldenberg, que defende a universidade pública e gratuita, ele diz que o Brasil não deveria gastar investindo na educação. Para ele significa que a universidade pública está gastando, quando, para nós, o dinheiro da universidade pública é um investimento na ciência, na tecnologia, na juventude e no progresso do País, e não só daquelas pessoas que estão freqüentando o curso. Todos os países do mundo que se desenvolveram fizeram investimento na educação em todos os níveis, inclusive, na universidade. A primeira universidade é do ano 1.100, na Bolonha, então, praticamente tem 900 anos. A primeira universidade americana, a Universidade de Harvard, é de 1.636. A Universidade de São Paulo é de 1.934, é ainda uma criança.

Sr. Presidente, gostaria de citar um estudo feito pela Unesp que mostra, na pesquisa feita com 20 mil alunos, que 51% vêm de escolas públicas e 62%, desses 20 mil alunos, vêm de famílias que ganham de dois a 15 salários mínimos. Portanto, são pessoas pobres ou de camadas médias, desmentindo o principal argumento dessa  caneta de aluguel, Gustavo Franco, que já faliu diante da direção do Banco Central e que também vai perder o emprego de caneta de aluguel, porque não serve nem para estudar a realidade brasileira e quer ganhar escrevendo mentiras, caluniando,  tergiversando, inventando números e agredindo a juventude brasileira.  Mais do que isso, agredindo o destino do Brasil porque sem a universidade pública um País como o nosso  vai para o atraso, para a dependência e vai ficar pior do que está hoje.

 

O SR. PRESIDENTE - VANDERLEI MACRIS - PSDB- Esgotado o tempo destinado ao Pequeno Expediente, vamos passar ao Grande Expediente.

 

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-  Passa-se ao      

              

 

GRANDE   EXPEDIENTE

                                              

 

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O SR. PRESIDENTE - VANDERLEI MACRIS - PSDB- Tem a palavra o nobre Deputado João Caramez pelo tempo regimental de 15 minutos.

 

O SR. JOÃO CARAMEZ - PSDB - SEM REVISÃO DO ORADOR- Sr. Presidente e Srs. Deputados, quero, neste momento, congratular-me com o município de Cotia, com as suas autoridades, com a sua população e em especial com a Câmara Municipal de Cotia. Nesse sábado, estivemos lá acompanhando o Governador  do Estado que, ao contrário do que muitos dizem que é um governo que não trabalha, foi entregar à população daquela cidade o primeiro terminal de troncalização rodoviário da Região Metropolitana. É um conjunto de 34 terminais, e o de Cotia é o primeiro a ser entregue à região.

O mais importante na entrega dessa obra é que não apenas vem facilitar o transporte urbano para aquela população, mas é a primeira experiência que temos na integração na área de transporte de ônibus e perua, regulamentado pelo Governador Mário Covas.

Quero dar os parabéns àquela população e à Câmara, porque foi uma luta iniciada, há dois anos e meio, com o grupo de vereadores naquela oportunidade, reunindo-se com os técnicos da área de transportes metropolitanos, e que autorizou o prefeito daquele município a ceder uma área onde era realizado grandes eventos comemorativos,  principalmente a tradicional Festa de Peão Boiadeiro.

              

( ENTRA  LEITURA )

 

                - Assume a Presidência o Sr. Newton Brandão.

 

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O SR. PRESIDENTE - NEWTON BRANDÃO - PTB - Tem a palavra o nobre Deputado Renato Simões, por permuta de tempo com o nobre Deputado Nelson Salomé.

 

O SR. RENATO SIMÕES - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, nobres Deputados e Deputadas, na última 4ª feira o órgão especial do Tribunal de Justiça do Estado decidiu sobre um processo que ao longo de um ano e meio movimentou a opinião pública de São Paulo, com grande participação desta Casa.

Trata-se do procedimento de investigação sobre a atuação do juiz Luiz Beethoven Giffoni Ferreira, no caso de mais de 200 adoções internacionais promovidas durante a sua passagem pela Vara da Infância e da Juventude do Município de Jundiaí.

O Dr. Beethoven se transformou, nestes últimos meses, em objeto de investigação por parte de muitas instituições.

A Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa realizou durante alguns meses a oitiva de dezenas de depoimentos de mães que se queixaram de procedimentos irregulares na destituição do seu pátrio poder sobre as suas crianças, que via de regra eram encaminhadas a Programas de Adoção Internacional, caso que levou a uma mobilização permanente destas mães na porta do fórum do Município de Jundiaí e teve repercussão nacional e internacional. Estivemos em Brasília discutindo essa questão, em várias oportunidades, junto à Secretaria Nacional de Direitos Humanos da Presidência da República, junto ao Itamaraty, junto às autoridades do Poder Judiciário, e mais recentemente na própria CPI instalada no Senado da República, para apurar irregularidades do Poder Judiciário, e que tratou, em várias das suas audiências, sobre esse caso de Jundiaí.

O resultado das investigações da Corregedoria Geral de Justiça do Estado e a própria decisão do órgão especial do Tribunal de Justiça causaram uma profunda decepção  a todos aqueles que esperavam procedimentos transparentes e adequados à indignação popular com os procedimentos denunciados em Jundiaí. Nesse sentido, gostaria nesta tarde de deixar  consignado nos Anais desta Casa o nosso comentário e posicionamento sobre essa decisão do Poder Judiciário.

Passo a ler nota oficial que divulgamos, na última sexta-feira, comentando a decisão do órgão especial, emitida no último dia 21:

 

(ENTRA LEITURA)

 

Sr. Presidente, esta é a nota que emitimos a respeito desta  lamentável  decisão do Órgão Especial do Tribunal de Justiça, da última quarta-feira, juntamente com a expectativa que possamos continuar em outros fóruns, que não aqueles “interna corporis” do Poder Judiciário, esse processo de avaliação. Ainda corre na Corregedoria Geral do Ministério Público do Estado de São Paulo um procedimento de investigação sobre esse caso. Não queremos imaginar que a decisão do Tribunal de Justiça, protegendo  o magistrado das acusações fortíssimas contra ele comprovadas, possa levar agora, numa resposta igualmente corporativa,  o  Ministério Público a redirecionar o trabalho sério de investigação, que está sendo feito. Queremos registrar a nossa confiança de que o Ministério Público, que avançou em muitas oportunidades, muito mais do que a Corregedoria-Geral da Justiça para deslindar os fatos que montaram o caso Beethoven Ferreira, em Jundiaí, possa manter-se neste caminho. E dar ele sim, como guardião da sociedade a resposta que o Poder  Judiciário infelizmente não deu a todos nós, que lutamos para que justiça seja feita no caso destas mães, em Jundiaí, que estiveram por inúmeras oportunidades em vários locais pleiteando justiça nos seus processos. Queremos ainda, Sr. Presidente, neste minuto que nos resta, apenas fazer coro à fala do nobre Deputado José de Filippi, há pouco desta tribuna.

Uma farsa se montou para burlar a lei no Estado de São Paulo, tendo como responsável o Sr. Secretário de Planejamento do Estado. O que se chamou de audiência pública, para discutir o anteprojeto de Lei Orçamentária nas regiões, foram  na verdade, apenas pequenas reuniões de convidados pelo Governo, para convalidar o projeto encaminhado pelo Secretário de Planejamento, e que  por determinação da LDO, deveria ser discutido com a sociedade. No entanto, essas quatro pequenas reuniões que juntavam as regiões administrativas em pequenas reuniões, acabaram sendo apenas uma formalidade para que o Governo do Estado de São Paulo, não fosse acusado de infringir frontalmente à lei.

Quero falar especialmente no momento em que o Governo do Estado retoma o discurso de criação da região metropolitana de Campinas. Não podemos admitir que um projeto, que tem por objetivo, descentralizar e democratizar as relações entre o Poder Executivo e a sociedade, democratizar a relação entre o Governo do Estado e as prefeituras, descentralizar decisões que tenham por objetivo dar conta das demandas sociais de cada região, possa vir amparado em procedimentos torpes, como esses que foram aqui utilizados, nessas audiências fantasmas, que juntaram meia dúzia de pessoas para dizer que foi cumprida a lei.

Vejam, Srs. Deputados, que o Governo do Estado, que diz querer criar a região metropolitana de  Campinas, que prometeu na primeira eleição e não cumpriu, que prometeu na segunda eleição e também não cumpriu, agora, como uma forma de prestígio dessa região, que ele diz querer institucionalizar, marca a audiência pública, para que a região de Campinas discuta as suas questões, na cidade de Sorocaba. Como também obriga várias regiões administrativas, como São José do Rio Preto, Araçatuba, Bauru, Marília,  Presidente Prudente, a deslocar-se para São José do Rio Preto, se quiser tomar conhecimento do que o Estado tem a propor na Lei Orçametária.              Obriga Ribeirão Preto, Barretos, a região central e Franca, a dirigir-se até Ribeirão Preto para fazer essa discussão, quando a Lei de Diretrizes Orçamentárias é clara, no sentido de que o Governo do Estado de São Paulo, através da Secretaria de Planejamento, deveria realizar audiências públicas nas regiões administrativas do estado, Sr. Presidente. E é graças a fraudes como essas, que buscam a enganar a opinião pública, para criar a fachada de um governo pretensamente democrático, que nos damos o poder de criticar o governo e de lamentar, que no ano em que o governo diz que vai saldar a sua dívida com a região metropolitana de Campinas, sejamos obrigados a perceber mais uma vez esse golpe contra a democracia direta, contra a participação regional na definição das prioridades de governo. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - NEWTON BRANDÃO - PTB -  Tem a palavra a nobre Deputada Terezinha da Paulina. Sobre a mesa, requerimento de permuta de tempo entre a Deputada Terezinha da Paulina e o Deputado Gilberto Nascimento. Tem a palavra o nobre Deputado Gilberto Nascimento, por permuta de tempo.                            

              

O SR. GILBERTO NASCIMENTO - PMDB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, senhores telespectadores que nos acompanham pela  TV Legislativa, já se falou hoje do editorial do “Estadão” sobre as barreiras políticas contra São Paulo.

Estive em Brasília, no Senado, quando da discussão de um projeto sobre aporte de recursos que deveriam ir para o BNDES, que repassa financiamentos para os estados dentro de programas definidos, inclusive programas na área social.            Durante o debate observamos que um determinado senador, que não vou citar  o nome para que não causar qualquer constrangimento ou críticas a este respeito, aparteava um senador de São Paulo que fazia a defesa desse recurso, já que o BNDES não é um banco de fomento só para o Estado de São Paulo, mas para o Brasil todo. Dizia aquele senador que ele não aceitaria o Governo Federal disponibilizar um bilhão e duzentos do BNDES, porque esse dinheiro seria para financiar projetos em São Paulo.

Eu que estava assistindo àquela sessão, comecei a ficar indignado. Aquele senador, que é de um estado do Nordeste, talvez não saiba que provavelmente existam mais pessoas do seu estado morando em São Paulo, do que propriamente no estado que representa.

São Paulo é um estado que hoje aglutina famílias, que polariza famílias de todo o Brasil. As pessoas que aqui estão são do Rio de Janeiro, do Rio Grande do Norte, do Rio Grande do Sul, de Brasília, de Goiás, da Bahia, de Sergipe, enfim, pessoas que aqui vieram para ajudar a construir este Estado, inclusive reconhecemos esse lado positivo, aliás, todos nós, paulistas e paulistanos, recebemos a todos de braços abertos. Infelizmente o que existe em Brasília é uma barreira muito grande contra São Paulo, porque acham que aqui já foi feito tudo. Porém, esses políticos, principalmente os técnicos que hoje dominam a área financeira do Governo Federal, esquecem-se de que aqui também temos os maiores bolsões de misérias. Ah, mas São Paulo tem uma das maiores rendas “per capita” do país. Mas, nós aqui também temos os grandes bolsões de misérias. Vou ler o editorial do “Estadão” e fazer alguns comentários a respeito. “Barreiras políticas contra São Paulo:

O Governador Mário Covas não fez uma ameaça vã quando afirmou, em depoimento prestado na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, que São Paulo poderá deixar de pagar as parcelas da renegociação da dívida do Estado.’ Convém observar que o Governador Mário Covas quando assumiu, entendendo as dificuldades que o Estado estava vivendo e sabendo também que jamais poderia deixar de cumprir suas obrigações para com o Governo Federal,  tendo em vista ser responsável por 43% do PIB deste país, achou por bem não tomar uma medida radical e dizer: Vou fazer minha lição de casa. Vou cumprir minhas obrigações para com o Governo Federal.

Continua a nota dizendo o seguinte:

‘A bravata da moratória continua sendo exclusividade do Sr. Itamar Franco.’ Respeitamos o Governador Itamar Franco, que achou que naquele momento não poderia pagar e não pagou. Mas, tendo em vista que se tratava de uma dívida menor, um estado que representa - em que pese sua grande importância - um PIB menor, fez sua moratória. Não estamos aqui para criticá-lo, pelo contrário, achamos que teve razões para fazê-lo.

‘O governador paulista nada mais fez do que expor, com clareza lógica, uma relação de causa e efeito: se rejeitar dois pedidos de empréstimos externos que constavam da repactuação das dívidas estaduais, o Senado estará revogando unilateralmente o contrato por ele mesmo aprovado e, assim, o governo paulista estará desobrigado de pagar as parcelas da dívida. Não houve ameaça, mas sim uma constatação lógica. E o argumento do governador parece ter sido levado em consideração pelos membros da comissão: tão logo terminou o depoimento de Covas, o presidente da CAE encaminhou ofício ao Banco Central, solicitando os pareceres técnicos sobre os pedidos de empréstimo. Como se recorda, o relator da matéria, Senador Osmar Dias, do PSDB do Paraná, devolveu os pedidos de empréstimo porque o Banco Central havia atestado que São Paulo não tinha condições financeiras para contratar novos empréstimos. Foi no Banco Central, de fato, que começou o imbróglio. A área técnica do banco não poderia ter analisado os pedidos de empréstimo sem considerar que, fazendo parte de um contrato prévio, não se subordinavam aos limites convencionais de endividamento do Estado. Mas a decisão do senador Osmar Dias foi ainda mais estranha, porque o senador pelo Paraná não poderia ignorar que os dois pedidos de empréstimos - US$ 55 milhões para o Projeto de Manejo e Conservação do Solo e de US$ 45 milhões para o Projeto Integrado de Transporte Urbano de São Paulo - integravam o acordo de renegociação da dívida de São Paulo, que o Senado ratificou.’

O transporte público de São Paulo não transporta só paulistas e paulistanos, mas brasileiros. Ele transporta pessoas de todos os estados que vieram para cá e aqui foram recebidos de braços abertos, porque aqui também produzem.

‘A decisão contra São Paulo teve óbvia motivação política. Pretendeu-se usar o caso para dar-se uma demonstração da inflexibilidade com que o Senado estava analisando os pedidos de endividamento dos Estados e municípios. A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado escolheu, porém, o exemplo errado.

Em plena vigência da resolução que limita o endividamento dos Estados e municípios, essa mesma comissão aprovou projeto que autorizou a rolagem das dívidas de prefeituras, inclusive a de São Paulo, que emitiu precatórios irregulares. Aprovou, também, um projeto pelo qual a União capitalizará o fundo de previdência de Santa Catarina - Estado que também emitiu títulos lastreados em precatórios irregulares - com mais de R$ 600 milhões. Na véspera do depoimento do Governador Mário Covas, a mesma comissão que se recusou a examinar o pedido de São Paulo aprovou a rolagem das letras financeiras do Estado do Rio de Janeiro, numa operação que contraria as normas fixadas pelo Senado. E o senador Osmar Dias, rigoroso no tratamento dispensado a São Paulo, encontrou explicações para a leniência demonstrada com o Rio: “O Senado vai tomar uma decisão política e não técnica.”

O fato é que, técnicos ou políticos, não têm faltado argumentos para contrariar os interesses de São Paulo e não apenas no Congresso. A multa de R$ 2,8 bilhões aplicada pela Receita Federal ao Banespa tem duvidoso respaldo técnico e legal - é o que está dizendo o Estadão - mas as autoridades fazendárias não hesitaram em lavrar o auto, mesmo sabendo que o banco está sob intervenção federal e é administrado pelo Banco Central, e que o único efeito da autuação é o adiamento do leilão do Banespa, o que prejudicará o ajuste das contas públicas que o governador Mário Covas tem conduzido com grande rigor. No Congresso, hesita-se em prorrogar os incentivos da Lei de Informática, sob a alegação de que isso beneficiaria São Paulo.’

Senhores, como lutam os nossos técnicos, em Brasília, com ódio de São Paulo! Como trabalham com ódio de São Paulo! Imaginando o quê? Que se São Paulo tiver algum benefício, vai fazer o quê com o dinheiro, a não ser aplicar neste Estado, que vive momentos tão difíceis, de tão poucos recursos financeiros?

‘Embora as principais indústrias do setor estejam instaladas em São Paulo, o Deputado Inocêncio Oliveira quer “tratamento diferenciado” para o Norte e o Nordeste. E o projeto fica empacado.  Há cinco anos o governador Mário Covas vem fazendo a lição de casa, saneando as finanças estaduais destruídas por uma década de irresponsabilidade fiscal. Quando precisa do apoio e da compreensão do Congresso e de setores do governo para facilitar o ajuste, encontra barreiras “técnicas”. Barreiras que não existem para outros Estados, para os quais as soluções são sempre “políticas”.’ 

Nobres Srs. Deputados, aqui está o nobre Deputado Jamil Murad, que também tem vindo a esta tribuna para dizer que São Paulo precisa ser visto. São Paulo, que já tem uma representação capenga, em termos proporcionais, em que pese ter grandes deputados, o nosso voto vale muito menos, às vezes, na representatividade, do que o voto de um deputado de um estado pequeno. Não podemos, portanto, curvar-nos, neste momento, diante de uma situação como esta.

Vejam o que fizeram com o Banespa. Até hoje não se deu uma solução. Até hoje não se disse à entidade qual é sua real situação. Um banco que está vivendo com dificuldades e que, de qualquer forma, está na conta-corrente do Estado em termos da rolagem de dívida. É um banco que pertence ao Estado, um banco que, na hora em que o Governo Federal resolver seus problemas, fará com que o Estado esteja  credor em relação às contas públicas para com o Governo Federal. Não é este, no entanto, o tratamento que os técnicos do Banco Central e do Governo Federal estão dando a São Paulo.

Quero dizer aqui o seguinte: há necessidade, sim, de darmos forças, neste momento, ao Governador Mário Covas, um governo que tem tentado sanear as dívidas do Estado, um governo que tem, com muita clareza, dito o que tem feito com cada real que o Estado tem. É, como tenho dito, um exemplo de homem público a ser seguido. Infelizmente, no entanto, aqueles que estão pisando nos altos tapetes de Brasília, não conseguem ver tal situação, sempre dizendo que São Paulo não precisa de nada, que está aquinhoado com tudo, em sua melhor fase. Se está em uma fase razoável é porque o Governador Mário Covas tem procurado cuidar de cada centavo deste Estado.

O que não podemos aceitar, Srs. Deputados, é que, com essa desculpa, tentem dificultar e criar barreiras políticas - como diz o editorial - contra São Paulo, porque, na medida em que estiverem criando barreiras políticas contra São Paulo, estarão criando barreiras políticas não contra paulistas ou paulistanos, mas contra brasileiros que moram neste Estado, contra brasileiros que para cá vieram com o intuito de tentar sua vida, contra brasileiros que às vezes precisam internar seus filhos e não têm condições de o fazer pelos escassos recursos, contra brasileiros que sofrem neste Estado. São Paulo representa um grande Brasil, representa este grande Estado, representa um Estado que, com sua força e pujança, tem tal perfil, porque aqui há pessoas de todos os estados,  juntando-se aos estrangeiros, aos paulistas e paulistanos que vieram trabalhar para a construção deste Estado.

Finalizando, quero dizer o seguinte: nós, na Assembléia Legislativa, vamos, enquanto pudermos, levantar a nossa voz e dizer, em alto e bom som que não aceitamos barreiras políticas contra São Paulo, mas que queremos aquilo a que temos direito. Não queremos tratamento diferenciado, não. Não queremos tratamento que os possa levar a dizer que houve benefício destinado a São Paulo. Não, queremos aquilo a que temos direito. Queremos aquilo que os outros estados estão tendo e que não podemos ter porque, eventualmente, algum técnico do Governo não aceita a política definida em São Paulo.

São estas as minha palavra, Sr. Presidente e Srs. Deputados.  Muito obrigado. 

 

O SR. PRESIDENTE - NEWTON BRANDÃO - PTB  -  Tem a palavra o nobre Deputado Edmur Mesquita.

O SR. WALTER FELDMAN - PSDB  -  Sr. Presidente, em nome do PSDB, gostaria de ocupar o tempo destinado ao nobre Deputado Edmur Mesquita.

 

O SR. PRESIDENTE - NEWTON BRANDÃO - PTB  -  Tem a palavra o nobre Deputado Walter Feldman.

 

O SR. WALTER FELDMAN - PSDB  - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, inicialmente gostaria de agradecer ao nobre Deputado   Edmur Mesquita, extraordinário deputado da Baixada Santista que, neste momento, nos concede seu tempo para que possamos apresentar algumas questões relativas aos interesses do Estado de São Paulo, particularmente ao importante pronunciamento feito, neste momento, pelo nobre Deputado  Gilberto Nascimento, não como govenista ou situacionista, mas como um deputado preocupado com a defesa intransigente dos interesses do Estado de São Paulo.

Um pronunciamento como este que gostaríamos de ouvir do nobre Deputado Renato Simões naquilo que diz respeito não às relações que existe entre PT,  PSDB, Governo, oposição, mas, particularmente, ao chamado interesse público. Nós, paulistas, não por uma defesa regionalista ou  bairrista de nosso Estado,  devemos, a todo momento, levantar nossas lanças no sentido de fazer valer não nossos interesses específicos, mas, particularmente, porque sabemos que defendendo os interesses de São Paulo estaremos defendendo os interesses de todos os brasileiros que aqui moram mas, também, os interesses do Brasil. Não podemos esquecer que, de tudo que é arrecadado nos cofres do Tesouro Nacional, 47% vem do Estado de São Paulo, construído pela geração de riquezas não por paulistas, mas por alagoanos, pernambucanos, gaúchos todos aqueles que aqui vieram buscando melhorar sua qualidade de vida e, também, ajudar no crescimento deste Estado e deste País. Particularmente, porque apenas três por cento do que levamos a Brasília retorna para São Paulo. O que, inclusive, pode explicar as dificuldades que ainda temos, apesar de ser o Estado mais desenvolvido economicamente, para fazer valer nosso desejo social-democrata de destinar recursos cada vez maiores, particularmente para a área social.

Quero cumprimentar o nobre Deputado  Gilberto Nascimento, cumprimentar esse editorial do jornal o “Estado de S. Paulo”, que levanta uma voz importante para que possamos, de maneira transparente e contundente, dizer o que achamos sobre determinadas políticas que o Governo Federal vem implantando e que não interessam a nós que vivemos, trabalhamos e defendemos o nosso Estado.

 

O SR. RENATO SIMÕES - PT - COM ASSENTIMENTO DO ORADOR - Nobre Deputado  Walter Feldman, aceitando a provocação que V. Exa. me fez para o debate, não podemos deixar de registrar, aqui, as vezes em que o Estado de São Paulo foi desprotegido pela omissão do Governo Mário Covas em defendê-lo. Vossa Excelência  se recordará dos apelos que fizemos, nesta Casa, para que o Governo Covas defendesse o Banespa diante da ação do Banco Central  em retomar nosso banco estadual. Como, também, as queixas que fizemos  sobre a omissão do Governo Covas na defesa da economia de São Paulo diante da guerra fiscal incentivada pelo Presidente Fernando Henrique e promovida, contra São Paulo, pelos governos tucanos do Rio de Janeiro, do Governador Marcelo Alencar, de Minas Gerais, do Governador Eduardo Azeredo e do Rio Grande do Sul, do Governador tucano filiado ao PMDB, Sr. Antônio Brito. Vossa Excelência se recordará das reclamações que fizemos com relação aos termos da negociação da dívida do Estado com a União. Há anos, já  alertávamos da incapacidade de pagamento que o Estado teria pelo comprometimento de 13% da receita do Estado,  do ICMS, nossa principal fonte de arrecadação, com o pagamento dessas parcelas mensais. Veja V. Exa. que demos ao Governo central o Banespa, a FEPASA, aeroportos, ações de CESP e Eletropaulo e vamos pagar, durante 30 anos, 300 milhões de reais por mês para a União. Isso é, de fato, um crime contra o Estado de São Paulo, cometido pelo Governo Mário Covas que era subserviente  ao Governo central durante todo seu primeiro período. Nós nos congratularmos com V. Exa. pelo pronunciamento que realça apenas a posição que o PT sempre adotou nesta Casa, que é a de defender o Estado de São Paulo contra os ataques do Sr. Fernando Henrique, contra a omissão do Sr. Governador Mário Covas na defesa dos interesses do povo paulista. Muito obrigado.                 

O SR. WALTER FELDMAN - PSDB  - É impressionante como o nobre Deputado  Renato Simões e a bancada do PT tem se somado à vozes federais contra São Paulo. Ninguém lutou mais pelo Banespa do que o Sr. Governador Mário Covas. Só que havia uma legislação que forçava o Banco Central a intervir no Banco do Estado de São Paulo antes mesmo da posse do Sr. Governador Mário Covas. Tudo fizemos porque o Banco do Estado de São Paulo, patrimônio dos paulistas e dos brasileiros, voltasse para as mãos daquele governante que, em relação às outra empresas do Estado também eram encontradas em situação pré-falimentar, soube e pôde recuperá-las. Em relação ao Banespa, nunca tivemos essa oportunidade. A todo instante, fizemos críticas de que  a gestão do Banco Central, através de seus interventores, não levava em conta as características da necessidade daquele momento,  de gestão moderna, racional, exatamente como foi realizada com as outras empresas do Estado, para que pudéssemos recuperá-las da sua dívida, pagar aquilo que era devido e fazer o que foi feito nas nossas mãos, nas mãos dos  paulistas, que é o processo do Programa Estadual de Desestatização que, se estivesse nas mãos do Governo do Estado, já estaria em franco progresso, talvez já resolvido. O Governo Federal não permitiu que isso acontecesse senão fica um debate retórico de idéias, de opiniões e sugestões, da mesma forma que é o debate sobre a Febem.

Gostaria que V. Exa. atentasse - e o nobre Deputado Alberto Hiar Turco Loco tem isso em mãos - que são críticas ferozes da situação da Febem no Estado do Rio Grande do Sul, críticas violentíssimas que são feitas talvez pela oposição de lá, já que o Governo do Estado também tenta responder da maneira que é possível. Sabemos das dificuldades que o Governo Olívio Dutra vem enfrentado. Mas, na verdade, o que mostra esse debate é a facilidade com que as áreas políticas de oposição têm de fazer crítica aos governos sem compreender suas dificuldades, sem compreender que na sua própria casa as dificuldades são semelhantes. A questão do Banespa, na verdade, traduz apenas um exemplo. A questão da Febem é outra. Nós, do PSDB, ficamos indignados com a postura demonstrada nesta Casa pelos companheiros do PT no apoio às manifestações levianas e irresponsáveis do Senador Renan Calheiros dando a impressão que tudo que possa contribuir para o trabalho da oposição é benvindo, independente da sua origem. Por isso questionamos essa estranha aliança tão pouco sagrada entre o PT e o Senador Renan Calheiros que foi convidado pelo nobre Deputado  Elói Pietá para vir a esta Casa prestar pronunciamentos, S.Exa. que, de Alagoas e de Brasília, tantos desserviços prestou à sociedade brasileira nos apoios que realizou na sua recente tragetória política.

 

O SR.  ALBERTO HIAR TURCO LOCO - PSDB - COM ASSENTIMENTO DO ORADOR -  Sr. Presidente, Srs. Deputados, gostaria de falar sobre um assunto que V. Exa. colocou em pauta a respeito da Febem do Rio Grande do Sul.  A Associação dos Funcionários da Febem colocam aqui a questão da Febem do Rio Grande do Sul dizendo, claramente, que o problema que tanto acaba envolvendo São Paulo como o Rio Grande do Sul, do Norte ao Sul do País, é o crescimento dos jovens infratores envolvidos com drogas e no questionamento familiar. Gostaria que o deputado também nos ajudasse em relação à Febem de São Paulo,  que ajudasse principalmente a Febem do Rio Grande do Sul, porque tem sido crítico ao Governo Mário Covas. Segundo a Associação dos Funcionários Públicos da Febem,  “depois de 30 anos transformando crianças em prisioneiros, a Febem gaúcha pode ruir ao final de 1.999. O atual governo aposta que o sistema esteja, pelo menos  simbolicamente, em escombros. As dependências da Febem do Rio Grande do Sul foram construídas sem segurança e com material de baixa qualidade. Tentam desenvolver, na Febem do Rio Grande do Sul, diversos projetos, criando, por exemplo, o Instituto Padre Cacique - IPC - e o Instituto Central de Menores - ICM - sem condições nenhuma de melhorar esse serviço”. É um governo que é oposição aqui em São Paulo. A associação também fala em funcionários mortos pelos internos da Febem e colocam aqui a preocupação com esses funcionários e na omissão do próprio governo gaúcho. A Febem tem sido temas de vários jornais, falam de vereadores no interior que estão fazendo leis, acho que até inconstitucionais, proibindo a construção de Febem no interior. Cinqüenta por cento desses menores são do interior e os próprios governos municipais não têm nenhuma preocupação e nenhuma vontade de tratar esse problema, jogando muitas vezes essa questão, que trata de seres humanos, nas costas do Governo do Estado. Peço ao Deputado Roberto Gouveia que nos ajude, e ao governo gaúcho. Com certeza, o problema de lá é muito mais grave e não foi abordado pela “Folha de S.Paulo” e pelo “Jornal Nacional”, mas, com certeza, foi abordado pelos jornais gaúchos locais. Que o deputado possa ajudar a Febem do Rio Grande do Sul, porque, segundo a Associação dos Funcionários, a situação de lá é tão perigosa quanto a daqui.

 

O SR. WALTER FELDMAN - PSDB - Nessa linha interessante que o PT está propondo de transformamos a Assembléia de São Paulo numa Assembléia Nacional, talvez convidaremos Renan Calheiros, Olívio Dutra, o presidente da Associação dos Funcionários já que aqui os problemas são tão poucos. Talvez pudéssemos convocar aqueles que têm opiniões sobre São Paulo para nos ajudar na resolução de problemas tão complexos que talvez só os deputados desta Assembléia não consigam resolver.

 

O SR. JAMIL MURAD - PC DO B - COM ASSENTIMENTO DO ORADOR- Obrigado, ilustre Deputado Walter Feldman. Quero abordar por outro ângulo: os jornais, de hoje, falam que o Brasil é o quarto país do mundo em desemprego. Uma notícia recente, dessa semana, fala que o governo brasileiro fez um contrato de exploração de petróleo com empresas estrangeiras, permitindo que elas importem 95% das máquinas e equipamentos que vão utilizar na exploração do petróleo, sendo que temos condições, e a Petrobrás o faz aqui,  no Brasil, na compra desses equipamentos e dessas máquinas. Fazer um contrato, permitindo que se compre 95% das máquinas fora do Brasil, significa desemprego no Brasil e exportar emprego para outros países que já estão em  situação melhor do que a nossa. Ao mesmo tempo, além da desnacionalização da economia, das falências das nossas empresas e do desemprego brutal, notamos que o governo de São Paulo na hora “h” acaba dando a principal sustentação para o governo federal.  Não acho que o governo paulista pense exatamente como o governo federal, no entanto, em horas críticas é o principal sustentáculo do governo federal. Ninguém mais suporta a política do governo federal - ainda temos três anos e três meses - e a situação é insustentável.  São 10 bilhões de dólares por mês e 120 bilhões que iremos pagar este ano. Então, o dinheiro que falta para o desenvolvimento e para a criação de empregos no Brasil, é São Paulo que sofre muito por ser  o estado mais industrializado do Brasil. Ele sofre muito com a política do governo federal.   Portanto, é aqui em São Paulo que deveríamos protestar e exigir outro rumo para a política econômica.

O Governo do Estado, dava muitas vezes demonstração que estava contra a intervenção do Banespa. Nesta tribuna o Secretário da Fazenda disse que qualquer país que queira se desenvolver tem um banco de fomentos. Ele dava a entender que defendia o Banespa, mas espremido pelo governo federal,  cedeu. Então, este Deputado acha que precisa dar um rumo político em São Paulo, quer dizer, tem que se ter uma política de confronto com essa política nacional, porque se for apoiar essa política nacional acaba trazendo sofrimento para o Estado onde o próprio governador jurou defender a sua população.

Obrigado.

 

O SR. WALTER FELDMAN - PSDB - Para encerrar, Sr. Presidente, o Governador Mário Covas nunca cedeu sobre a questão do Banespa. Todas as vezes, ao ser perguntado sobre o que achava  a respeito, ele dizia que era contra a intervenção. Queríamos o Banespa em nossas mãos para poder equacionar as suas dívidas e os seus problemas, e levá-lo ao caminho que os paulistas quisessem. Da mesma forma que V.Exa. esteve na Marcha dos 100 mil, fazendo a pressão devida porque a oposição considerava adequada, quais foram as alterações ? A pressão não é apenas um jogo de presença de massa. É um jogo político em cima das questões legais do jogo democrático.

O Governador Mário Covas, a todo instante, cumpriu o papel de Governador do Estado, defendendo os interesses dos paulistas na representação que teve sobre o mandato popular. Mas nos damos o direito de criticar  não só o episódio da intervenção como as medidas economicamente insanas que a Receita federal, em contradição com a política econômica geral, gestando no sentido de desagregar o Banco do Estado de São Paulo, mesmo no seu processo de privatização.

 Sr. Presidente e Srs. Deputados voltarei a esse assunto, e agradeço á concessão adicional de tempo.

 

O SR. RENATO SIMÕES - PT - PELO ART. 82. - Sr. Presidente, acompanhei com muita atenção o pronunciamento do Deputado Walter Feldman e o aparte do nobre Deputado Alberto Turco Loco Hiar sobre a questão da Febem no Rio Grande do Sul. É evidente que eu teria vergonha em utilizar essa linha de argumentação, porque qualquer pessoa que está assistindo a esse debate sabe que é impossível comparar um governo que tem  oito meses de trabalho com um governo que está há cinco anos negligenciando as suas tarefas de restruturação da Febem.

Em 1.996, quando a Comissão de Direitos Humanos foi instalada pela primeira vez, a Secretária Marta Godinho esteve  aqui nesta Casa anunciando os seus planos de descentralização,  de regionalização e de modificação do modelo pedagógico, a própria oposição deu-lhe crédito pelo passado democrático que a ilustre Secretária tem e pelos planos com os quais concordamos.

S. Exa., nobre Deputado Walter Feldman, com certeza vai se recordar porque já era deputado naquela época, foi a oposição que pôs-se a campo para viabilizar a doação dos terrenos.

Quero testemunha aqui que a votação do terreno de São José dos Campos para a construção do mini-internato foi feita mediante requerimento de urgência deste Deputado, que discutiu com a administração petista de São José dos Campos, juntamente com outros Deputados. Na minha cidade, Campinas, embora eu seja de oposição ao governador e ao prefeito, o internato também está lá construído. Apenas a obra não termina nunca, porque ela deveria ter sido inaugurada em 22 de dezembro e agora o governo está anunciando sua conclusão para o final deste ano, um ano de atraso. De modo que temos enfrentado mesmo dificuldades na descentralização. É o caso de Rio Claro, por exemplo. Sua Excelência há pouco, no microfone de apartes, mencionou vereadores que estão colocando obstáculos à aprovação de terrenos. Alguns deles são do PSDB de Rio Claro. Gostaria de dizer que o Prefeito Cláudio de Mauro, que não é do meu partido, mas participamos da administração, disponibilizou um terreno que está sendo obstruído pelo ex-Deputado Kal Machado, pelos vereadores do PSDB de Rio Claro que estão impedindo a aprovação deste terreno para a FEBEM. Então, nobres Deputados, nós topamos qualquer comparação entre o governo do companheiro Olívio Dutra e o Governador Mário Covas.     Está feito aqui o desafio. Em todas as áreas vamos demonstrar que em oito meses de governo o governo do Rio Grande do Sul fez mais pelo seu povo do que governo Covas em cinco anos. Vamos discutir aqui, com todas limitações orçamentárias, nobre Deputado Walter Feldman, porque V. Exa. que o orçamento do primeiro ano do governador Olívio Dutra é o orçamento votado pela maioria governista que apoiava o governador Antonio Brito. Estivemos há pouco tempo no Rio Grande do Sul, relatamos da tribuna, numa audiência com o ilustre governador, que aceitou, por exemplo, sediar o Encontro Nacional pela Ratificação da Convenção 138 da OIT, que será feito em conjunto pelo governo gaúcho, pela Assembléia Legislativa, convenção esta que combate o trabalho infantil e que já deveria ter sido mandada pelo governo Fernando Henrique ao Congresso Nacional, e que agora o governo Fernando Henrique não mandou. Já discutimos aqui, por exemplo, antes da televisão, o projeto dos pedágios. Demonstramos como o governo gaúcho, com base numa política de fiscalização severa, muito anterior a essas questões que o governador tem levantado agora sobre alguns lotes de São Paulo, e baixou o preço do pedágio em 14 regiões do Rio Grande do Sul. Discutimos aqui neste Parlamento iniciativas do governo do Rio Grande do Sul em relação a várias políticas assistenciais. A luta, por exemplo, para fazer o orçamento participativo naquele Estado, não este arremedo de audiências públicas fantasmas que a Secretaria de Planejamento organizou na semana passada, aonde meia dúzia de pessoas pretensamente discutem o orçamento do Estado de São Paulo. Não. O governo do Rio Grande do Sul está fazendo, apesar da oposição de partidos da oposição que foram à Justiça contra o orçamento participativo, uma real participação do povo gaúcho na discussão do seu orçamento. De modo que, Sr. Presidente, vamos topar o desafio feito aqui pelo nobre Deputado Walter Feldman. E teremos oportunidade, nas próximas sessões, de continuar discutindo as imensas vantagens que vemos no modo petista de governar o Rio Grande do Sul na comparação com este lamentável governo Mário Covas.

 

O SR. WALTER FELDMAN - PSDB - PELO ARTIGO 82 - Sr. Presidente, primeiro a nossa perplexidade, a nossa admiração em ter que ouvir afirmações deste teor, deste conteúdo.

O Governo Mário Covas é um governo reconhecido nacionalmente pela prática do saneamento das contas públicas, com problemas gravíssimos deixados por governos anteriores. Infelizmente, talvez, a única referência deste quilate. Gostaríamos que outros Estados tivessem realizado gestões semelhantes.

Um governo absolutamente preocupado com a questão social, com o desenquadramento de políticas públicas inadequadas, vis a vis o interesse público, e nós estamos dispostos a este desafio. Sim, estamos dispostos. Isto nos agradaria muito. Até podemos descontar o tempo. Como diz o bom jogador, damos o “handcap” do tempo favorável  a V. Exas. Não nos preocupa, não nos dificulta, inclusive nos estimula qualquer tipo de comparação em relação ao que está sendo realizado nos dois estados. Gostaríamos, inclusive, que os irmãos gaúchos estivessem contentes com o trabalho que vem sendo desenvolvido pelo Governador Olívio Dutra. Mas, não são as informações que nos chegam; pelo contrário. Mas deveremos contribuir, já temos mais tempo de casa, no sentido de levar ao Rio Grande do Sul as políticas que foram positivas, que deram certo aqui no Estado de São Paulo. Não questionamos um ítem na figura do governador do Rio Grande do Sul,é um homem sério, honesto, correto. Por isto é que estranhamos tanto o espaço dado pelo PT em relação ao Senador Renan Calheiros. Jamais entraríamos neste debate se estivéssemos no Rio Grande do Sul. E se o PSDB de lá encaminhar qualquer iniciativa neste sentido terá a nossa crítica pública. Porque governos com essas características, apesar das diferenças ideológicas, têm que ser preservados, e diferenciados da vala comum, nesta vala onde se encontra o Senador Renan Calheiros. Por isto, esta é uma questão que deve ser preservada. Da mesma forma que temos obrigação, Sr. Presidente, de vir a esta tribuna, a este microfone de apartes, pelo artigo 82, e dizer da nossa indignação a respeito do  que vimos ontem no jornal “Folha de S. Paulo”, que tenta acrescentar elementos impossíveis de serem acrescentados nas manifestações anteriores do Senador Renan Calheiros.        A entrevista não acrescenta nenhum ítem. São apenas jogadas ao vento, na tentativa de justificar a saída do senador do ministério, que nada mais foi, como todo sabemos, de uma prática estranha de tentar atrair para o governo federal o Programa de Inspeção Veicular. Aí, sim, aí caberia uma investigação dos nobres deputados federais do PT, senadores, talvez até dos nobres deputados estaduais aqui de São Paulo, do porque o Senador Renan Calheiros queria tanto que este programa fosse desenvolvido a partir de Brasília, quais eram os interesses em jogo. Ao contrário do que a Bancada do PT vem fazendo aqui em São Paulo, dar guarida, espaço, crédito a afirmações de quem não construiu uma carreira política para tal. Portanto, causa-nos indignação qualquer tentativa de macular a imagem de um homem público, que interessa a todos nós que estamos do lado daqueles que acreditam em gestões públicas comprometidas com o interesse social.                Revoltamo-nos contra qualquer tentativa de veicular esta prática ao filho do Governador Mário Covas, Mário Covas Neto, conhecido como Zuzinha, um profissional extraordinário veículado à sua atividade. Jamais teve vinculação com qualquer outra iniciativa de caráter público ou administrativo. Todos sabem disto, todos que convivem com ele, ou todos que têm informações à distância sabem que jamais utilizou-se da condição de ser filho do Governador Mário Covas para qualquer facilidade, tráfico de influências ou a conquista de uma causa que possa beneficiá-lo.                Muito pelo contrário. Nós não temos qualquer semelhança com figuras como PC Farias, Zé Português, ou essas outras figuras que muitas vezes são vinculadas a próprios setores de esquerda, que nós nunca acreditamos. Não damos guarida a estas informações. Esperamos que os progressistas, da mesma forma, façam o mesmo. Não se confundam, ou não ajudem a confundir a opinião pública. Cabe a nós, a todo instante, defender a moral, a ética daqueles que durante toda a sua carreira se preocuparam em construir esta imagem, seriamente, corretamente, sinceramente.       Portanto, Sr. Presidente e nobres Srs. Deputados, não poderia deixar de manifestar a indignação do PSDB,  não apenas às afirmações do Senador Renan  Calheiros, mas àqueles que dão guarida, apoio e espaço a essas afirmações.

 

O SR. JAMIL MURAD - PELO ARTIGO 82 - A Bancada do PC do B manifesta sua solidariedade  à Deputada Mariângela Duarte, que está sendo acionada na Comissão de Ética da Assembléia, a nosso ver de maneira injusta e sem fundamento, mesmo porque o documento, no qual o Deputado se baseou é  nitidamente falso.                 Aqui na Assembléia Legislativa  devemos preservar o respeito entre os Deputados,e  esta comissão deveria ser acionada  se houvesse motivação óbvia, o que está longe de acontecer no caso da Deputada Mariângela Duarte.                 Assim, a Bancada do PC do B espera que isso seja resolvido, não dando seqüência a uma denúncia falsa e a uma representação sem fundamento.

              

O SR. RENATO SIMÕES - PT - Sr. Presidente, havendo acordo entre as lideranças presentes em plenário, continuaremos o debate na sessão de amanhã, e solicitamos o levantamento desta sessão.

 

O SR. WILLIANS RAFAEL - PL-PELO ARTIGO 82 - Sr. Presidente, quero fazer uso da palavra para hipotecar todo o apoio e toda a solidariedade a  tudo o que o Líder do Governo, Deputado Walter Feldman, aqui disse.     Como membros do segundo maior Parlamento da Nação, não podemos permitir, de forma alguma, que esta Casa se transforme num verdadeiro circo e  palco para que um dos  asseclas da República de Alagoas faça uso e tente denegrir a imagem deste que é o nosso Governador, uma pessoa séria, uma pessoa realmente comprometida com as causas populares. De forma alguma a Bancada do PL vai permitir  que esta Casa se transforme em circo.

 Sr. Presidente, não pactuamos, de forma alguma e não daremos guarida a essas pessoas que pretendem vir aqui, tentar denegrir e comprometer a imagem de uma pessoa muita séria, que hoje é o orgulho do povo paulista, e quem sabe no futuro poderá ser o orgulho do povo brasileiro.                Não vamos permitir que pessoas venham aqui se esconder atrás da imunidade, que vai gerar uma verdadeira impunidade.          De forma alguma permitiremos que esta Casa sirva para estas coisas.    Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - NEWTON BRANDÃO - PTB - Srs. Deputados, antes de dar por levantados os trabalhos, esta Presidência convoca V. Exa. para a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, com a mesma Ordem do Dia de hoje.

A Presidência lembra ainda os Srs. Deputados da sessão solene, com início previsto para as 20 horas, com a finalidade de prestar homenagem à Terceira Idade, no Ano Internacional do Idoso.

Está levantada a sessão.

 

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- Levanta-se a sessão às 16 horas e 49 minutos.

 

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