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24 DE OUTUBRO DE 2011

125ª SESSÃO ORDINÁRIA

 

Presidentes: CARLOS GIANNAZI, OLÍMPIO GOMES, MARCOS MARTINS e JOOJI HATO

 

Secretário: OLÍMPIO GOMES

 

 

RESUMO

PEQUENO EXPEDIENTE

001 - CARLOS GIANNAZI

Assume a Presidência e abre a sessão.

 

002 - OLÍMPIO GOMES

Relata encontro de coronéis da PM com o Governador Geraldo Alckmin. Dá conhecimento dos temas tratados na reunião. Questiona afirmação do Governador de que deve atender às reivindicações da categoria. Informa que os projetos de revisão salarial dos profissionais da Segurança Pública ainda não foram sancionados pelo Executivo.

 

003 - OLÍMPIO GOMES

Assume a Presidência.

 

004 - CARLOS GIANNAZI

Repudia pedido por uma Delegacia própria para juízes e desembargadores, do Presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo à Secretaria de Segurança Pública. Recorda greve dos servidores do Poder Judiciário, ocorrida ano passado. Comenta declaração de Ministra do CNJ a respeito do Tribunal de Justiça de São Paulo. Considera necessária maior rigidez no controle externo à entidade. Lembra que o fórum da Lapa realiza audiências na calçada por falta de estrutura interna.

 

005 - Presidente OLÍMPIO GOMES

Registra a presença do Sr. João Carlos, Diretor Presidente do jornal Semanário da Zona Norte.

 

006 - MARCOS MARTINS

Informa que espera há três meses por audiência com o Secretário do Meio Ambiente, Bruno Covas. Afirma que, com a proximidade das chuvas de verão, existe o risco de enchentes na região de Pirituba. Pede urgência na apreciação da matéria.

 

007 - ADRIANO DIOGO

Mostra vídeo, exibido ano passado pelo PcdoB, com depoimento do Ministro dos Esportes, Orlando Silva.

 

008 - MARCOS MARTINS

Assume a Presidência.

 

009 - ADRIANO DIOGO

Pelo art. 82, exibe reportagem da revista Época, com críticas ao PCdoB. Considera exageradas as exigências da Fifa para a realização da Copa do Mundo no País. Questiona mudança de postura do Governo de São Paulo quanto a receber o evento. Destaca o passado de lutas políticas do PCdoB. Faz reproduzir trecho da Internacional Comunista.

 

010 - SIMÃO PEDRO

Parabeniza o Deputado Adriano Diogo pelo pronunciamento. Relata participação em encontro com o Presidente da Caixa Econômica Federal. Destaca o número de moradias geradas pelo programa Minha Casa Minha Vida. Lamenta a pouca adesão do Governo paulista ao projeto durante a gestão de José Serra.

 

011 - ALEX MANENTE

Informa que, dia 06 de novembro, deve ser realizada convenção estadual do PPS. Comemora a adesão de novos membros ao partido. Destaca projeto da Sabesp para tratamento de esgotos na região do ABC. Considera necessária a regularização de moradias localizadas no entorno da Represa Billings.

 

012 - JOOJI HATO

Relata visita da Frente Parlamentar de Enfrentamento ao Crack à Fazenda Esperança, que cuida de dependentes químicos. Lamenta relatório da PM sobre o aumento no consumo de álcool pelos motoristas paulistanos. Sugere a realização de blitz do desarmamento. Menciona caso de estudante que atirou em companheiros na escola. Comenta projeto, de sua autoria enquanto vereador, sobre a instalação de detectores de metal nas escolas.

 

GRANDE EXPEDIENTE

013 - JOOJI HATO

Assume a Presidência.

 

014 - CARLOS GIANNAZI

Pelo art. 82, considera necessária a aprovação de plano estadual de educação pelo Estado de São Paulo. Lamenta a desvalorização do magistério paulista. Combate a divisão dos professores em diferentes categorias pelo Governo Estadual. Informa que o Executivo pretende fragmentar as férias dos profissionais da Educação.

 

015 - ADRIANO DIOGO

Pelo art. 82, informa que, amanhã, a Comissão de Saúde Pública deve realizar audiência pública em defesa do SUS. Afirma que a pauta de discussões incluirá o PLC 79/06, que pretende tornar o Hospital das Clínicas em autarquia.

 

016 - CARLOS GIANNAZI

Para comunicação, critica projeto, de autoria do Executivo, que pretende transformar o Hospital das Clínicas em autarquia. Combate os efeitos da medida. Apoia audiência pública a ser realizada pela Comissão de Saúde para discutir o tema. Lamenta projeto, de autoria do Executivo, que pretende instituir previdência complementar para os servidores públicos do Estado de São Paulo.

 

017 - CARLOS GIANNAZI

Requer o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.

 

018 - Presidente JOOJI HATO

Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária de 25/10, à hora regimental, com ordem do dia. Lembra a realização da sessão solene, hoje, às 20 horas, com a finalidade de "Comemorar o Dia do Cirurgião Dentista". Levanta a sessão.

 

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- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Carlos Giannazi.

 

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O SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Com base nos termos da XIV Consolidação do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.

Convido o Sr. Deputado Olímpio Gomes para, como 1º Secretário “ad hoc”, proceder à leitura da matéria do Expediente.

 

O SR. 1º SECRETÁRIO - OLÍMPIO GOMES - PDT - Procede à leitura da matéria do Expediente, publicada separadamente da sessão.

 

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- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, tem a palavra o nobre Deputado Edson Ferrarini. Tem a palavra o nobre Deputado Rui Falcão. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Vitor Sapienza. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Jooji Hato. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Olímpio Gomes.

 

O SR. OLÍMPIO GOMES - PDT - Sr. Presidente, na ausência dos Srs. Deputados, funcionários, telespectadores da TV Assembleia, na sexta-feira - segundo divulgação do próprio site das entidades policiais militares -, foram recebidos em audiência pelo Sr. Governador os Coronéis Allegretti e Luiz Carlos Santos, Presidentes respectivamente da Afam e da Associação dos Oficiais da Polícia Militar. Foram tratar sobre a Previdência Complementar e a especificidade da atividade policial militar. E também, segundo esses dois presidentes, debateram com o Governador em relação ao posto imediato para os inativos, e foi demonstrada a lacuna deixada entre 2000 e 2011, com a aprovação do Projeto de lei Complementar nº 49 que gera injustiça aos não contemplados durante o período.

Isso irá provocar diversas ações judiciais contra o Estado. Essas ações, caso exitosas, poderão causar impacto adicional ao Erário público por força do efeito retroativo que será solicitado. E aí seria mais uma pinoquice - entenda-se coisa de Pinóquio. O Governador ouviu atentamente às explicações e se comprometeu a examinar as matérias com muito interesse, demonstrando-se sensibilizado pela forma como foram expostas as questões.

Sr. Presidente, ficamos aqui um mês nos esgoelando, fazendo reuniões e audiências públicas, e o Governo se mostrou completamente resistente a essa questão do acolhimento dos inativos do Projeto de lei Complementar nº 49. O próprio Secretário Julio Semeghini disse a mim, como disse também aos demais deputados: “O Governo chegou ao seu limite. Não dá mais!” E agora o Governador recebe os dois presidentes de entidades e fala “Deixa comigo que vou acertar tudo.”

Haja sensibilidade e manifestações concretas! Eu, de minha parte, acredito cem por cento no que dizem o Coronel Alegretti e o Coronel Luiz Carlos dos Santos em seus sites. Agora não acredito no Governador, ele que gosta de escrever tudo num papelzinho. Ele presta atenção, vai escrevendo tudo, é só sorriso, café doce, suco de laranja docinho, mas nada acontece. Aliás, Sr. Presidente, quero lamentar envergonhado por ser parlamentar deste Estado. Vossa Excelência como eu, principalmente os deputados que fazem oposição nesta Casa, fomos pressionados a aquiescer com a votação dos projetos de revisão salarial dos agentes penitenciários, policiais civis e militares e delegados de polícia, digo delegados de polícia separadamente dos policiais civis porque foram projetos distintos, mas fomos pressionados até pelas próprias entidades: ‘É uma migalha, mas é melhor isso que nada; melhor pingar do que faltar.

Vamos para 15 dias que estes projetos foram votados e o Governador ainda não teve tempo de sancioná-los. Pior ainda: divulgou pela imprensa que iria fazer uma folha suplementar para que os policiais e agentes penitenciários recebessem os atrasados de 1º de julho para cá. Estamos no dia 24 e o nariz de Pinóquio vai crescendo mais um pouquinho, porque nada dessa folha suplementar. Sexta-feira é dia do servidor público e logo depois vamos entrar no mês de novembro. Se não sancionar esta semana, corre-se o risco, Deputado Marcos Martins - também o Partido dos Trabalhadores foi pressionado a votar o projeto dos policiais diante do argumento de que era melhor isso que nada, eles estão agoniados - de não receberem em novembro. O Governador se comprometeu pela mídia e o comandante-geral botou no seu blog dizendo que iriam receber em folha suplementar. Quinze dias se passaram e até agora ele ainda não transformou em lei e não é por falta de encaminhamento não, porque o PLC 49 que trata do posto imediato dos oficiais e sua passagem para a inatividade compulsória já foi sancionado sexta-feira. Quando tem de desembolsar alguma coisa não há tempo para sancionar - e o PLC 49 foi o último projeto a ser votado.

Governador e assessoria, pelo amor de deus! Que coisa feia. Palavra empenhada. A tropa morrendo de fome. Uma migalha, mas é um direito agora. Não empurre com a barriga não, não desmoralize mais ainda os comandantes que foram dizer à tropa que receberiam em folha suplementar. Segunda-feira, 24 de outubro e nada. Continua a mesma mentira.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Tem a palavra o nobre Deputado Donisete Braga. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Celso Giglio. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Luiz Cláudio Marcolino. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Simão Pedro. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Fernando Capez. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Ana Perugini. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado José Cândido. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Antonio Salim Curiati. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Marcos Neves. (Pausa.)

 

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- Assume a Presidência o Sr. Olímpio Gomes.

 

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O SR. PRESIDENTE - OLÍMPIO GOMES - PDT - Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Giannazi.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, nobre Deputado Olímpio Gomes, Deputado Marcos Martins, telespectador da TV Alesp, público presente, quero fazer algumas considerações e alguns comentários críticos em relação a um pedido oficial feito pelo Presidente do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, Desembargador José Roberto Bedran, à Secretaria de Segurança Pública para que seja constituída a figura de um delegado especial só para atender casos relacionados a juízes e desembargadores.

Hoje, na “Folha de S.Paulo”, foi publicado um editorial que reflete um pouco da indignação de todos nós em relação a esse pedido e essa tentativa de aumentar ainda mais os privilégios de setores da magistratura, principalmente no Estado de São Paulo. No ano passado, durante a heroica greve de 127 dias dos servidores do Judiciário, os servidores foram reprimidos pela polícia, foram perseguidos politicamente porque denunciaram, entre outras coisas, as grandes contradições existentes dentro do Poder Judiciário do Estado de São Paulo, o déficit de 15 mil servidores, os baixíssimos salários, os altos salários de setores da magistratura. Durante todo aquele período tentamos instalar na Assembleia Legislativa uma CPI do Poder Judiciário para fazer uma investigação, para fazer uma verdadeira devassa nas entranhas do Poder Judiciário do Estado de São Paulo. Segundo a Ministra do Conselho Nacional de Justiça Eliana Calmon, é um tribunal que não obedece ao próprio Conselho Nacional de Justiça. Ela fez severas críticas ao Tribunal de Justiça no Estado de São Paulo.

Agora ficamos perplexos com esse pedido do Presidente do Tribunal de Justiça querendo aumentar ainda mais os privilégios para setores da magistratura do nosso Estado, criando a figura de um delegado especial, na Secretaria de Segurança Pública, para acompanhar os casos de juízes ou desembargadores que por ventura se envolvam em casos ilegais, em acidentes de trânsito, em brigas, enfim, qualquer tipo de contravenção ou de irregularidade. Com isso, não podemos admitir que no estado democrático de direito se crie o cidadão de primeira classe, de segunda classe e de terceira classe. É isso que na prática vai acontecer.

O Presidente do Tribunal de Justiça alega que é uma forma de proteger os juízes de interpretações falsas da imprensa. É muito esquisito que isso esteja acontecendo no maior Tribunal de Justiça do nosso País. Temos o Tribunal de justiça com maior número de juízes, desembargadores, funcionários e processos também.

Gostaria de manifestar a nossa indignação e a nossa perplexidade no momento em que lutamos para que haja o controle externo do Poder Judiciário, o controle social, que haja democratização desse poder, que não é controlado nem pelo Conselho Nacional de Justiça. Faço minhas as palavras da Desembargadora Eliana Calmon, que fez sérias críticas aos TJs de todo o Brasil, falando do corporativismo, que é difícil punir juízes corruptos. Ela até citou uma expressão extremamente polêmica, ela fala dos “bandidos de toga”. O editorial da “Folha de S.Paulo” de hoje fala de “privilégios de toga”.

Nesse sentido, Sr. Presidente, não podemos tolerar que o Poder Judiciário não seja controlado pela sociedade, que não haja controle externo, controle social. Por exemplo, aqui na Assembleia Legislativa não controlamos o Orçamento do Judiciário. Sabemos que os mais de 40 mil servidores do Judiciário têm um dos piores salários deste País e trabalham em condições extremamente precárias, em fóruns sucateados, onde não só os servidores são prejudicados, mas toda a população. Recentemente trouxemos uma denúncia mostrando que no Fórum da Lapa o atendimento a deficientes físicos é feito na calçada, pois não há acessibilidade para os mesmos. A audiência é feita exatamente e literalmente na calçada. Trouxemos um vídeo mostrando uma juíza fazendo uma audiência na calçada do Fórum da Lapa, Sr. Presidente. Estamos na capital, em uma região quase central, que é a região da Lapa.

Imagino uma situação como esta e sabemos da realidade, pois nós conhecemos os fóruns, principalmente do interior, da Grande São Paulo, da Baixada Santista e sabemos o sucateamento, o abandono e a falta de estrutura dos fóruns do nosso Estado. No entanto não há investimento por parte do próprio Tribunal de Justiça que não se moderniza e não elabora um processo de informatização. É por isso que nós temos uma Justiça extremamente cara, morosa e burocrática no Estado de São Paulo e ao mesmo tempo temos o Governo Estadual cortando metade do orçamento do Poder Judiciário, Sr. Presidente.

Temos muito que fazer para avançar na questão da garantia do acesso a Justiça para a nossa população. Não podemos tolerar que haja privilégios para a toga, para os juízes e que seja criada a figura de um delegado pela Secretaria de Segurança Pública para beneficiar esse setor da Magistratura. Isso é uma ofensa, é uma afronta ao Estado Democrático de Direito. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - OLÍMPIO GOMES - PDT - A Presidência tem a grata satisfação de anunciar a presença do meu amigo João Carlos, Diretor-Presidente do jornal “O Semanário da Zona Norte”. Seja bem-vindo a esta Casa e obrigado por tudo o que faz na difusão de coisas positivas pela sociedade em especial pela Segurança Pública. (Palmas.)

Tem a palavra o nobre Deputado José Zico Prado. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado José Bittencourt. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Adilson Rossi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Alencar Santana (Pausa.)

Esgotada a lista de oradores inscritos para falar no Pequeno Expediente, vamos passar à Lista Suplementar.

Tem a palavra o nobre Deputado Rui Falcão. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Simão Pedro. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Edson Ferrarini. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Marcos Martins.

 

O SR. MARCOS MARTINS - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente Olímpio Gomes, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, telespectadores da TV Assembleia e aqueles que nos acompanham pelas galerias e pelo Serviço de Audiofonia, venho a esta Casa hoje fazer uma reclamação com relação a Secretaria do Meio Ambiente. Pedimos uma audiência ao Secretário Bruno Covas há aproximadamente três meses, quando tivemos o lançamento da região metropolitana aqui no Ibirapuera. Eu o encontrei, disse-lhe que estava aguardando um horário em sua agenda para tratar de um assunto importante. Até agora, Sr. Presidente, nenhuma resposta foi dada.

E o assunto a ser tratado é que se avizinham as chuvas e o verão e poderemos ter enchentes ali na região de Pirituba. Lá existe uma canalização de um córrego de responsabilidade do Governo do Estado que se chama Ribeirão Vermelho. Recursos do Governo Federal de 34 milhões e a contrapartida de 6 milhões do Governo do Estado.

O canteiro de obras já foi instalado pela empresa vencedora da licitação, a Prefeitura cedeu o terreno para que ela instalasse o canteiro de obra, colocaram as aduelas na beira do córrego e já estão cheias de mato e a obra não começa. O que dizem é que tem uma paralisação em umas das Secretarias do Governo do Estado.

A população alega que o problema está com a Secretaria do Meio Ambiente e que ela é quem precisa resolver porque não é um córrego, e sim um esgoto a céu aberto. É preciso fazer uma canalização ali, pois com isso irá proteger o meio ambiente e a saúde pública.

Não é possível que esteja parado nesta Secretaria. Faço aqui um apelo a Secretaria do Meio Ambiente da Capital, porque este córrego interfere também no Município da Capital e a canalização irá beneficiar os moradores da região de Pirituba.

Registro aqui esta cobrança, com a intenção de obter uma resposta e a solução do Secretário do Meio Ambiente Fica mais uma vez nosso registro, pois é a segunda vez que faço essa reclamação. Quem sabe ele assistindo a TV Assembleia me receba e soluciona um problema que é da sua pasta para beneficiar a população do Estado de São Paulo e divisa entre Osasco e São Paulo. Precisa canalizar este córrego com urgência. O recurso já existe e já se fez a licitação, mas está parado aqui na Secretaria do Meio Ambiente ou em outra pasta do Estado. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - OLÍMPIO GOMES - PDT - Espero que V.Exa. consiga encontrar o Secretário Bruno Covas porque o Conselho de Ética tentou, mas não conseguiu.

Prosseguindo na chamada dos oradores inscritos neste Pequeno Expediente, na Lista Suplementar, tem a palavra o nobre Deputado Antonio Salim Curiati. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Celso Giglio. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Enio Tatto. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Itamar Borges. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Marco Aurélio. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado José Bittencourt. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Adriano Diogo, pelo tempo regimental de cinco minutos.

 

O SR. ADRIANO DIOGO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Deputado Major Olímpio, na Presidência, Deputado Marcos Martins, Deputado Carlos Giannazi, Srs. Assessores, senhores e senhoras que nos visitam hoje aqui na Assembleia, meu pronunciamento nesta segunda-feira é um desagravo ao PCdoB, às acusações contra o Ministro dos Esportes Orlando Silva, ministro do Governo Lula e da Presidenta Dilma.

Inicialmente vamos apresentar um resumo do que foi o Programa Nacional do PCdoB em cadeia nacional de televisão. Para quem não sabe o PCdoB é o Partido Comunista do Brasil.

Por favor, as imagens do programa do PCdoB.

 

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- É feita a exibição de vídeo.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Marcos Martins

 

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O SR. ADRIANO DIOGO - PT - Sr. Presidente, solicito mais cinco minutos pelo Artigo 82, pela Liderança da Minoria, para concluir meu pronunciamento.

 

O SR. PRESIDENTE - MARCOS MARTINS - PT - É regimental o pedido de Vossa Excelência.

 

O SR. ADRIANO DIOGO - PT - PELO ART. 82 - Vou expor a capa da revista “Época” desta semana que tem o logotipo do PCdoB que diz o seguinte: “Como operam os comunistas que se instalaram no centro do poder e se tornaram foco de escândalos no governo Dilma. As investigações que envolvem o Governador de Brasília”.

A matéria assinada por Mariana Sanches e Ricardo Mendonça diz: “Corrupção, comunismo de resultados. Como o ex-nanico PCdoB instalou-se no centro do poder e tornou-se o foco de escândalos no governo Dilma. O Brasil sempre foi o país do futebol. Na última década, tornou-se também o país do petróleo e das Olimpíadas. Nas três categorias, reina um partido que saiu da clandestinidade nos anos 1980 para se acomodar no centro do projeto petista de poder. Após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições presidenciais de 2002, o PCdoB foi recompensado por ter sido a única legenda, além do PT, a apoiá-lo em todas as suas tentativas de chegar ao Palácio do Planalto.

Desde 2003, lideranças comunistas comandam o Ministério do Esporte e a Agência Nacional do Petróleo, instâncias fortalecidas após a escolha do Brasil para sediar a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos, com a descoberta dos campos da camada Pré-Sal.

Com o poder, veio a descoberta da responsabilidade, seguida de denúncia, de cobrança de propinas, desvio de recursos. Diante das mais graves suspeitas de corrupção, o PCdoB se defende em bloco e tenta não ser induzido a um pastiche dos ideais da esquerda, que sempre disse defender.”

É evidente que sou do PT, mas, nós, do PT, todos os partidos democráticos e todas as instituições, dizemos que isso é um achincalhe baixo e grave. Todos sabem que a Presidente Dilma tem resistido às imposições absurdas da Fifa e da CBF em relação às obras dos estádios - a montanha de dinheiro, as exigências absurdas que a Fifa tem feito, desde a necessidade de vender bebida alcoólica, como estádios caríssimos, completamente fora dos padrões e da realidade.

Existe um plano claro para a derrubada do Ministro Orlando Silva para colocar, em outro lugar, outro ministro da confiança da Fifa e das multinacionais. Se existem denúncias, elas têm que ser apuradas, todas, todas. Em São Paulo, houve uma mudança reconhecida de postura. O Governo do Estado não aceitava a Copa, de jeito nenhum. Nem a Prefeitura. Houve uma mudança de postura e a abertura da Copa vai acontecer em São Paulo.

Repudiamos associar qualquer fato eventual que possa estar ocorrendo à história e à dignidade do PCdoB. Sou testemunha de toda a resistência do PCdoB no período da ditadura militar, das eleições diretas, da recomposição. Se hoje estamos aqui é graças à resistência do PCdoB no Movimento contra a Carestia, nas lutas democráticas, na Guerrilha do Araguaia. Em todos os lugares em que o PCdoB esteve defendeu os interesses nacionais.

Saudações fraternas a todos os companheiros ou que foram do PCdoB - Grabois, Pomar, Amazonas. O PCdoB não vai ser confundido com outra estrutura. O PCdoB não é um partido corrupto, não concorda com a corrupção. O PCdoB ajudou a construir a democracia no Brasil. Repudiamos qualquer achincalhe. Nós, do PT, temos divergências de pontos. É por isso que existe o PCdoB e o PT. São partidos diferentes, mas, na questão de princípios, estamos com o PCdoB.

Viva o PCdoB! Viva o socialismo! Viva as liberdades democráticas! Abaixo a ditadura e seus infiltrados! Esse policial militar que acusa o PCdoB tem a mesma postura que o Cabo Anselmo, um infiltrado, um traidor. Viva o PCdoB!

 

O SR. PRESIDENTE - MARCOS MARTINS - PT - Tem a palavra o nobre Deputado Simão Pedro.

 

O SR. SIMÃO PEDRO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, quero cumprimentar o nobre Deputado Adriano Diogo pelo seu pronunciamento. Eu, pelas redes sociais, fiz questão de manifestar toda minha solidariedade ao Ministro Orlando Silva e a sua gestão. A população está aprendendo a separar o joio do trigo aos poucos. Há muitos interesses escusos por trás dessas tentativas de desqualificar e derrubar o Ministro Orlando Silva. Parabéns pelo pronunciamento.

Quero dizer que participamos - conjunto de deputados, lideranças de desenvolvimentos sociais e prefeitos liderando a sociedade civil - de um encontro nesta manhã com o Presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda e a sua equipe, que veio nos comunicar e debater uma série de iniciativas.

A Caixa Econômica Federal é a intermediária principal dos recursos de vários programas do Governo Federal - PAC, PAC2, Programa Minha Casa Minha Vida, PAC Saneamento, PAC Moradia - no Estado de São Paulo. Darei alguns números para demonstrar o quanto a Caixa Econômica Federal tem apoiado os prefeitos na realização de serviços, fundamentais para melhorar a qualidade de vida do nosso povo. Na área de Habitação, o Presidente Jorge Hereda nos deu o seguinte número: em 2003, primeiro ano do Governo Lula - trabalhando com o Orçamento elaborado pelo Congresso no ano anterior - o volume de recurso que a Caixa Econômica Federal disponibilizou ao Estado de São Paulo foi de 1,5 bilhão; em 2011foi de 19 bilhões.

Isso mostra o quanto Governo Federal tem sido solidário à população, inclusive o Governo do Estado de São Paulo nesta área. Se formos analisar outras áreas de financiamento, esse número sobe para mais de 80 bilhões. O Minha Casa Minha Vida, programa que caiu nas graças do povo, possui algo fundamental para as famílias mais pobres que não conseguem adquirir casa própria com recursos próprios. Eles ganham muito pouco e, para dar conta da educação, da alimentação e dos itens básicos de sobrevivência, não conseguem pagar um financiamento, que é o subsídio que o Governo Federal está disponibilizando. E agora o Governo do Estado também entrou com subsídios à moradia naquilo que é parceria.

Só na primeira fase do Minha Casa Minha Vida foram 1.05 milhão moradias contratadas, das quais mais de 500 mil já foram entregues, e aqui em São Paulo 182 mil unidades foram construídas. Eu era líder do PT em 2008 quando no início da crise econômica - o Brasil já começava a sentir os seus efeitos - o Presidente Lula lançou o Programa Minha Casa, Minha Vida e o então Governador José Serra disse ‘isso é um programa eleitoral, é para ajudar a alavancar a candidatura do seu sucessor, por isso não vamos participar.’ Fizemos aqui um audiência pública com a presença do Presidente da Caixa Jorge Hereda e de Inês Magalhães. Posteriormente o Governo do Estado teve de recuar e assinou um convênio para a construção de 13 mil unidades. Destas, só 200 unidades foram feitas, o que mostrou a má vontade do então Governador José Serra em relação aos programas federais, talvez para dizer que o Governo Federal não ajuda São Paulo.

Das duas milhões de unidades do Programa Minha Casa, Minha Vida fase II que se pretende construir, 282 mil serão aqui no Estado de São Paulo. Destas 282 mil, está na iminência de se chegar a um acordo entre Governo Estado e Governo Federal para que 70 mil sejam feitas em parceria com o Governo do Estado, o que mostra o peso que o Governo Federal está colocando para combater o déficit habitacional que no Estado de São Paulo bate na casa de quase um milhão de famílias sem a sua moradia.

Portanto, quero parabenizar o Presidente Jorge Hereda pela iniciativa de vir aqui e submeter-se aos questionamentos do movimento social, que reclamou da burocracia da Caixa, e também dos prefeitos, que reclamam de alguns passos mais lentos da Caixa, mas veio aqui para discutir os números, os programas, veio aqui para prestar contas. Talvez nunca tenha visto um presidente de uma empresa pública, que vai fazer 150 anos este ano, uma empresa já tarimbada e respeitada pelo nosso povo, vir aqui prestar contas. Quero parabenizar o meu Líder Deputado Enio Tatto por ter feito a intermediação com o Presidente da Caixa e os deputados Luiz Claudio Marcolino e Isac Reis, que comigo coordenam a Frente Parlamentar de Habitação e Reforma Urbana por esta importante iniciativa tão boa para o povo de São Paulo.

Portanto, fiz questão de vir à tribuna reproduzir alguns números e dizer da importância deste ato, aliás, mais do que o ato em si, do que a Caixa Econômica está fazendo para apoiar as prefeituras a terem saneamento e habitação. Os números do Governo Federal através da Caixa Econômica Federal aqui no Estado de São Paulo são impressionantes.

 

O SR. PRESIDENTE - MARCOS MARTINS - PT - Tem a palavra o nobre Deputado Alex Manente.

 

O SR. ALEX MANENTE - PPS - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, público presente, telespectador da TV Alesp, utilizamos da tribuna hoje por duas razões: primeiro para como Líder do PPS nesta Casa informar que realizaremos no dia 6 de novembro a nossa convenção estadual, que determinará as ações do nosso partido para os próximos dois anos, que deverão ressaltar uma política de fortalecimento das nossas bases em todo o Estado de São Paulo, especialmente nos municípios com mais de 100 mil habitantes.

Esta convenção terá oportunidade de receber líderes que entraram no nosso partido e estiveram com a candidatura da presidenciável Marina Silva, como o ex-candidato a Senador Ricardo Young, com mais de quatro milhões de votos, para agregar valores e construir uma dinâmica de trabalho para o futuro, pensando num projeto diferenciado, integrado com a sociedade num desenvolvimento sustentável, com a política pública da cidade sustentável e que certamente agregarão muitos valores para que possamos, no nosso partido, num momento tão difícil político-partidário brasileiro, criar um crescimento com base na sociedade, com base nos verdadeiros interesses da nossa população.

Quero falar da nossa alegria em liderar a bancada nesta Casa. Espero que, juntamente com o nosso presidente estadual, o também deputado licenciado Davi Zaia, que hoje dirige a Secretaria de Emprego e Relações do Trabalho no Governo Geraldo Alckmin, e tem feito um grande trabalho especialmente na qualificação profissional, consigamos dar sequência àquilo que acreditamos. É uma data importante. Realizaremos esse congresso com base no fortalecimento das próximas eleições municipais em todo o Estado de São Paulo.

Quero falar também de algo que, no nosso entendimento, para a região do Grande ABC e em especial à Cidade de São Bernardo do Campo, é fundamental: o nosso manancial. O tratamento de esgoto será iniciado por meio de uma operação que a Sabesp realizará a partir de agora até o ano de 2014 coletando e tratando praticamente 100% do esgoto que hoje é jogado na represa Billings. Os detritos vão direto para essa represa, causando enormes problemas. A Sabesp iniciou esse trabalho extremamente importante. Faz parte da ação integrada da Lei Específica da Billings, que aprovamos no ano de 2009.

Infelizmente, ainda não observamos nenhuma ação concreta para poder gerar os benefícios que a população espera. Parte dessa responsabilidade está ligada ao poder público, que é resolver a questão do saneamento de esgoto e de geração de água potável para a nossa população. A bacia da Billings, que hoje abastece praticamente 4,5 milhões de pessoas da região metropolitana, passará a partir de agora, até 2014, a ter esse tratamento. Será direcionado para a Estação de Tratamento de Esgoto da Cidade de São Caetano do Sul, que contempla toda a região do Grande ABC.

É um passo importante daquilo que precisamos cobrar do poder público: a celeridade para termos a regularização desses loteamentos, das pessoas que vivem de maneira ilegal, irregular por falta de documentação, não porque invadiram, mas porque compraram em locais inapropriados para os loteamentos. Em São Bernardo, por exemplo, são 300 mil pessoas que moram nesses locais.

A lei específica da Billings foi amplamente debatida nesta Casa, envolvendo a cidade, com audiências públicas realizadas na região do Grande ABC. No dia 5 de junho, o Dia do Meio Ambiente, foi aprovada por unanimidade nesta Casa. Em janeiro de 2010 foi regulamentada pelo então Governador José Serra. Precisamos tirar do papel para ter validade, para termos controle dos problemas ambientais de utilização inadequada do nosso manancial, mas também regularizar a situação de moradia das pessoas que lutaram a vida inteira e construíram seus lotes, suas casas, e que hoje não conseguem essa documentação. Esse debate de retirada das famílias foi encerrado com a lei específica. Mas não podemos ficar parados observando. A lei está aí, pronta para ser colocada em prática, infelizmente ainda não temos nenhuma notícia de que isso vá adiante. Hoje as prefeituras dessas regiões são responsáveis por esse levantamento de quem já está morando de maneira consolidada para gerarmos a possibilidade da escritura definitiva, a regularização fundiária. Consequentemente, conseguiremos combater novos avanços desordenados nas áreas de proteção manancial.

Fica o nosso alerta, nossa alegria em ver saindo do papel o tratamento de esgoto que será realizado pela Sabesp. Inclusive estive participando em diversas reuniões com a comunidade de São Bernardo do Campo e os técnicos responsáveis da Sabesp para orientar em relação a esse projeto que será concluído em 2014. Também estamos informando que a Lei Específica da Billings, com essa intervenção da Sabesp, pode começar a produzir documentação para a população que mora em área de proteção aos mananciais da Billings de maneira consolidada.

Fica o nosso alerta, além de externar a nossa alegria e a expectativa de que em 2014 teremos o saneamento resolvido na região do Grande ABC, em especial na região que é margeada pela bacia da Billings em São Bernardo do Campo.

 

O SR. PRESIDENTE - MARCOS MARTINS - PT - Srs. Deputados e Sras. Deputadas, tem a palavra o nobre Deputado Jooji Hato.

 

O SR. JOOJI HATO - PMDB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Meus cumprimentos, Sr. Presidente Marcos Martins, Srs. Deputados, Sras. Deputadas e telespectadores da TV Assembleia, chegamos de uma visita que fizemos juntamente com o nobre Deputado Donisete Braga, que é o nosso coordenador, e também com o Deputado Padre Lobato, nobre Deputado Major Olímpio Gomes, da Frente Parlamentar anti-crack à Fazenda Esperança. Lá fomos recebidos pelo Frei Hans e pela diretoria que nos mostrou o local. Fomos recebidos em um local onde se faz laborterapia, onde se resgata muitos adolescentes e muitos pacientes internados.

Essa entidade socorreu mais de 10 mil usuários e oportunamente quero discorrer sobre essa instituição que presta um relevante serviço a nossa sociedade. Nesse local há três fazendas que contém alas femininas e masculinas, infelizmente não consegui visitar todo o local e posteriormente, se Deus quiser, quero visitar uma dessas fazendas que se chama Pedrinha onde o Papa Bento XVI esteve presente, pois o exemplo deve ser seguido.

Quero falar de um assunto que acredito ser extremamente importante. Um relatório da PM diz que “paulistanos estão bebendo mais antes de dirigir”, e mostra dados de um crescimento no consumo da bebida alcoólica por motoristas. Isso traz acidentes como o que tivemos no final de semana em que um jovem atropelou três pessoas, matando duas e deixando uma gravemente ferida. Isso ocorre a todo instante. Quando fazemos “blitz” principalmente na saída de danceterias e bares estamos fazendo uma prevenção muito grande. A PM realiza essas “blitz” até as seis horas da manhã utilizando o bafômetro.

Peço aqui da tribuna ao Sr. Governador e ao Sr. Secretário da Segurança que estendam esse horário, pois as pessoas saem muitas vezes às sete horas, oito horas da manhã. Jovens são vistos de manhã próximo a Avenida dos Bandeirantes ou na Vila Madalena, depois de passarem a noite inteira bebendo, deixam esses locais e saem provocando acidentes.

Quero parabenizar a PM, pois esse é o caminho. Essa é uma tática que pode ser utilizada pela Polícia Militar sim na realização dessas “blitz”. Peço que essas fiscalizações sejam estendidas e acompanhadas de ação contra o desarmamento porque circulam em nossa cidade, estados e país milhares de armas ilegais, com numeração raspada, roubadas, contrabandeadas e usadas por marginais.

Tivemos, caro Deputado Carlos Giannazi, um depoimento de um jovem, se não me falha a memória, de 13 anos do ABC que atirou em colegas. Ele efetuou dois disparos em um colega da escola na cidade de Santo André, em nosso ABC. Aconteceu na tarde da última quinta-feira, dia 20 de outubro.

Elaborei um projeto de lei na Câmara Municipal de São Paulo quando era Vereador, em que queria aprovar a colocação de câmeras e também detector de metais em portas de colégios, para dificultar o acesso. Se tivesse sido aprovada essa lei em São Paulo, como há em outras cidades, talvez a cidade de Santo André tivesse aderido.

Infelizmente, um vereador, colega e amigo meu, que é professor, me vetou na Comissão de Educação e não permitiu o prosseguimento desse projeto que estava nas comissões. Infelizmente não consegui que esse Vereador e professor ligado a Educação permitisse a aprovação desse projeto.

Para finalizar, caro Presidente, quero dizer que ficamos tristes quando não conseguimos aprovar um projeto que poderia salvar vidas. Se um projeto ou uma lei salvar uma vida, já é razão de ser aprovado e de existir.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Jooji Hato.

 

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O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Srs. Deputados, terminado o Pequeno Expediente, iniciamos o Grande Expediente.

 

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- Passa-se ao

 

GRANDE EXPEDIENTE

 

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O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - PELO ART. 82 - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, público aqui presente e telespectadores da TV Assembleia, na sexta-feira da semana passada, participamos de uma manifestação, uma assembleia da Apeoesp que reuniu os professores e as professoras da rede estadual de ensino em frente a Secretaria Estadual de Educação em que aprovou uma pauta de reivindicações importantes e estratégicas para a valorização do Magistério paulista e sobretudo em defesa da educação pública de qualidade, para resgatar a dignidade da nossa rede e do próprio Magistério.

Estamos sem política educacional em nosso estado há um bom tempo e não temos nenhum Plano Estadual de Educação até hoje. O maior estado da Federação, que tem o maior número de escolas, o maior orçamento estadual e o maior número de alunos matriculados, não aprovou ainda seu Plano Estadual de Educação que é uma exigência da LDB, da Constituição Federal e da própria Constituição Estadual.

Até hoje estamos à deriva, sem norte e sem sul na área da Educação pública. Por isso temos uma rede de ensino sucateada, degradada com a desvalorização do Magistério estadual sendo representada pelos baixíssimos salários e pelas precárias condições de trabalho.

Não há também investimento em educação continuada, numa política que não permita a superlotação em salas de aulas na rede estadual e a violência em nossas escolas. Esse conjunto de fatores vem gerando uma grande crise na Educação estadual em que os sucessivos governos do PSDB não têm conseguido resolver essa questão, o que, aliás, tem agravado a situação da decadência e do declínio na rede estadual de ensino.

Por isso nossa luta aqui na Assembleia Legislativa tem se pautado no sentido de pressionar o Governo a investir mais recursos na educação do Estado de São Paulo. Porque é inconcebível, por exemplo, que o Governo estadual tenha dividido tanto a categoria em vários níveis. Atualmente temos professores OFAs a ACTs, que são os professores admitidos em caráter temporário, divididos em várias categorias: O, F, L entre outras. Isso gera professores de segunda e de terceira classe na rede de ensino, ou seja, professores que possuem menos direitos trabalhistas que os outros. Por exemplo, agora os professores da rede estadual que são admitidos pela famigerada Lei 1.093, aprovada nesta Assembleia Legislativa pela base do Governo, são submetidos à “quarentena”, são contratados por apenas um ano.

De acordo essa lei que votamos contra, apesar Base do Governo ter votado a favor, o professor pode lecionar somente pelo o período de um ano, após isso, ele deve aguardar um intervalo de no mínimo um ano para retornar à rede. Somente depois desse período de geladeira, de Sibéria, é que ele pode retornar. Essa lei é absurda! Ela afronta a toda Educação paulista.

Sr. Presidente, além dessa divisão de professores, o Governo também dividiu as férias dos professores da rede estadual. As férias de janeiro foram divididas. O Governo publicou uma resolução no mês de julho, fragmentando essas férias de trinta dias corridos para 15 dias em janeiro e 15 dias em julho.

Além de o professor já ter uma vida difícil nas escolas, ele ainda é vítima de uma carga excessiva de trabalho, pois precisa trabalhar de 2 a 4 escolas no mesmo dia para sobreviver. Sr. Presidente, essa jornada de trabalho é extremamente estafante e é responsável pelo adoecimento no trabalho.

Em decorrência da superlotação de salas, da violência nas escolas e da excessiva jornada de trabalho, temos professores afastados, licenciados, por causa de doenças que são adquiridas nesse ambiente, como por exemplo, síndrome do pânico, depressão, transtornos mentais, dificuldades físicas, deficiência vocal, entre outras. São inúmeras as doenças que vêm afetando os profissionais da Educação, sejam elas emocionais, psíquicas, ou físicas.

Isso ocorre por falta de investimento no Magistério e na Educação. E, para piorar, fragmentaram as férias desses profissionais assim como dividiram em quatro anos o reajuste que votamos. O Governador ofereceu um pífio e insignificante reajuste para os professores da rede estadual, mesmo assim ele foi parcelado em quatro anos, até 2014.

Está tudo dividido para os professores: as férias foram dividas; o reajuste foi dividido em quatro anos; e as categorias de professores OFAs e ACTs também foram divididas em várias classificações.

Sr. Presidente, não sei como o Governo estadual pretende de fato oferecer uma Educação de qualidade para os nossos 5 milhões de alunos matriculados na rede estadual se ele está atacando dessa maneira, com tanto ódio e intensidade o Magistério paulista, sem ter, ao menos, estabelecido e aprovado um Plano Estadual de Educação.

Para concluir, Sr. Presidente, temos uma Educação à deriva, sem norte e sem sul. Temos um ataque aos professores da rede estadual e a todos os servidores da Educação.

O ataque é tão profundo que um professor da rede estadual, além de ter um dos piores salários da Federação, ele também possuí um vale-refeição de apenas 4 reais, conhecido como “vale -coxinha”.

Nobre Deputado Adriano Diogo, esse é o valor do vale-refeição dos professores e funcionários da Secretaria da Educação. Quatro reais é valor que o Governo estadual permite que o professor tenha como vale-refeição. Isso é um absurdo! Não há saída para a Educação se continuar dessa maneira! É por isso que continuaremos denunciando e exigindo a valorização do Magistério paulista e maior investimento para a Educação do Estado de São Paulo. Obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. Marcos Martins - PT - Sr. Presidente, gostaria de designar o nobre Deputado Adriano Diogo para falar em nome da Liderança do Partido dos Trabalhadores, pelo Art. 82.

 

O Sr. Presidente - Jooji Hato - PMDB - É regimental o pedido de Vossa Excelência. Tem a palavra o nobre Deputado Adriano Diogo, pelo tempo regimental.

 

O SR. Adriano Diogo - PT - PELO ART. 82 - Sr. Presidente, falarei na presença do nobre Deputado Marcos Martins, Presidente da Comissão de Saúde. Amanhã, às 13 horas e 30 minutos, na Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, presidida pelo nobre Deputado Marcos Martins, haverá uma audiência pública em defesa do SUS. Estão os convidados o Ministro da Saúde, Dr. Padilha, e o Secretário de Estado da Saúde, Dr. Giovanni Cerri, entre outros convidados.

Um dos assuntos da pauta na defesa do SUS será o Projeto nº 79/2006, que trata de transformar em autarquia o HC. Estamos convidando representantes do Sindicato dos Médicos, da Associação dos Servidores do HC, do Fórum Popular de Saúde, Paulo Roberto Spina, e todos os companheiros para comparecerem no Ato em Defesa do SUS.

O Governo do Estado mandou um projeto de lei para esta Casa para corrigir os planos e as carreiras da Secretaria de Saúde. Mas qual não foi a nossa surpresa! Para aprovar o projeto, o Governo quer que discutamos e aprovemos a “autarquização” do SUS.

Portanto, amanhã, às 13 horas e 30 minutos, estão todos convidados. A Assembleia Legislativa estará de portas abertas para que saibamos o futuro do Hospital das Clínicas, um patrimônio do povo brasileiro. Para cá, vem se tratar gente de todo o Brasil e até de países da América Latina. O HC não pode ter dupla porta, não pode ser privatizado. Parabéns, Deputado Marcos Martins, por tomar essa iniciativa! Muito obrigado.

 

O SR. Carlos Giannazi - PSOL - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, na esteira do que disse o Deputado Adriano Diogo, gostaria de aproveitar e manifestar não só a posição do nosso mandato, mas também do nosso partido, o PSOL, em relação ao projeto que vai entrar na pauta de votação, tentando privatizar o Hospital das Clínicas, tentando violar, tentando afrontar o Sistema Único de Saúde, resultado de uma luta histórica da população, dos movimentos em defesa de uma Saúde pública universal.

Esse projeto vai na contramão da tentativa de universalizar o acesso à Saúde pública para todas as pessoas no nosso País, sobretudo no Estado de São Paulo. É inconcebível que o Governo Estadual tente, mais uma vez, entregar um patrimônio público de excelência, considerado um dos melhores da América Latina, para as organizações sociais, ou mesmo transformar o hospital numa autarquia e criar - como disse muito bem o Deputado Adriano Diogo - a dupla porta.

O Governo não se contentou em privatizar os hospitais estaduais e entregá-los às organizações sociais de caráter privado, o que já foi uma verdadeira afronta ao Sistema Único de Saúde. Agora, vai privatizar o principal hospital público do Brasil. Vamos votar contra esse projeto. É um crime contra o patrimônio público, contra a Saúde no Estado de São Paulo. Portanto, todo o nosso apoio ao ato que o Deputado Marcos Martins está organizando.

Estamos falando de privatização. Também somos contra ao projeto de lei, que já tramita nesta Casa, privatizando a Previdência dos servidores públicos do Estado de São Paulo. Há um projeto já em trâmite pelas comissões do Governador Geraldo Alckmin, entregando a Previdência dos Servidores do Estado de São Paulo para os novos servidores que ingressarem no serviço público estadual para os bancos, para o sistema financeiro. É isso que vai acontecer. Infelizmente, existe um projeto estadual, copiado de um projeto do Governo Federal que tramita também na Câmara dos Deputados.

Nós somos contra os dois: em São Paulo, ao projeto do Governador Geraldo Alckmin, e em Brasília, ao projeto do Governo Federal, que também vai privatizar. Estamos vendo então uma onda privatizante no Brasil. Quando há crise, normalmente os governos privatizam, atacam a Previdência pública, tiram dinheiro da Educação e da Saúde. Parece-me que essa onda começa a ganhar força novamente no Brasil, tanto aqui no Governo estadual, como no Governo Federal. Nós, do PSOL, estamos atentos e fazendo as obstruções possíveis, e marchando com a população contra a entrega do patrimônio público para o capital privado e internacional. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Sr. Presidente, havendo acordo entre as lideranças presentes em plenário, solicito o levantamento da presente sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, nos termos da Resolução nº 875, de 14 de julho de 2011, retira da Ordem do Dia os Projetos de Decreto Legislativo nºs. 01, 02 e 06, de 2002, e o Projeto de Decreto Legislativo nº 05, de 2004, por perda de objeto, tendo em vista o Ofício GP 267/2011, de 20 de outubro de 2011, da Prefeitura da Estância Turística de Itu.

Sras. Deputadas, Srs. Deputados, havendo acordo entre as lideranças presentes em plenário, esta Presidência vai levantar a sessão. Antes, porém, convoca V. Exas. para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental, informando que a Ordem do Dia será a mesma do dia 20 de outubro de 2011, sem os projetos ora retirados, lembrando-os ainda da Sessão Solene a realizar-se hoje, às 20 horas, com a finalidade de comemorar o Dia do Cirurgião Dentista.

Está levantada a sessão.

 

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- Levanta-se a sessão às 15 horas e 47 minutos.

 

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