27 DE OUTUBRO DE 2010

129ª SESSÃO ORDINÁRIA

 

Presidentes: EDSON GIRIBONI, OLÍMPIO GOMES e ED THOMAS

 

Secretário: CARLINHOS DE ALMEIDA

 

RESUMO

PEQUENO EXPEDIENTE

001 - EDSON GIRIBONI

Assume a Presidência e abre a sessão.

 

002 - OLÍMPIO GOMES

Informa a presença do Prefeito Sérgio Miyashiro, de Pedro de Toledo, do Prefeito, Dinamérico Peroni, de Itariri, do Vereador Luiz Antônio, de Itariri, do Presidente do PDT em Pedro de Toledo, Sr. Rodrigo de Jesus Oliveira, e do Sr. Sebastião Ferreira Sobrinho, diretor jurídico da Prefeitura de Pedro de Toledo. Cita a perda política que o País teve devido ao falecimento do Senador Romeu Tuma. Comenta proposta de CPI envolvendo empreiteiras, a direção do Metrô e o Governo do Estado. Questiona a supervisão da licitação para as obras da linha lilás do Metrô. Ressalta que este Parlamento precisa investigar a matéria.

 

003 - CARLOS GIANNAZI

Informa a presença do músico Pedro Santana. Manifesta apoio à proposta de CPI para investigar obras do Metrô. Dá conhecimento de audiência pública, a realizar-se no dia 19/11, no auditório Teotônio Vilela, para debater o fechamento de salas destinadas à educação de jovens e adultos, nas redes estadual e municipal de ensino. Ressalta que tais medidas são inconstitucionais e violam o direito à Educação. Menciona tratativas de sua bancada sobre o tema.

 

004 - OLÍMPIO GOMES

Assume a Presidência.

 

005 - ED THOMAS

Comunica a assinatura de convênio com mais de 170 unidades das APAEs no Estado. Ressalta a importância da inclusão de crianças com necessidades especiais. Cita projeto "Casa Especial" da entidade para atendimento às famílias dos pacientes.

 

006 - EDSON GIRIBONI

Manifesta pêsames pela morte do Senador Romeu Tuma. Agradece à população pela reeleição de Deputados do PV. Informa a inauguração de obras de recuperação de estradas na região Sudeste do Estado.

 

007 - ED THOMAS

Assume a Presidência.

 

008 - OLÍMPIO GOMES

Solicita que os Parlamentares desta Casa assinem o pedido de CPI, de sua autoria, para investigar denúncias de irregularidades nas obras do Metrô. Relata que o requerimento tem 25 assinaturas, até o momento. Tece críticas ao Governo do Estado com relação à matéria. Repudia gastos públicos desnecessários.

 

009 - SIMÃO PEDRO

Apresenta matéria da "Folha de S. Paulo" sobre despejos realizados na Capital e atribui tais ações à Prefeitura. Questiona o valor da bolsa-aluguel pago pelo Executivo. Ressalta que tais medidas visam favorecer a especulação imobiliária em regiões nobres. Repudia remoções de cidadãos sem que haja planejamento.

 

010 - SIMÃO PEDRO

Solicita a suspensão dos trabalhos até as 16 horas e 30 minutos, com anuência das lideranças.

 

011 - Presidente ED THOMAS

Defere o pedido e suspende a a sessão às15h20min; reabrindo-a às 16h36min.

 

ORDEM DO DIA

012 - Presidente ED THOMAS

Coloca em votação e declara sem debate aprovado o Requerimento nº 2393/10, do Deputado Antonio Salim Curiati.

 

013 - CARLOS GIANNAZI

Para comunicação, reitera audiência pública no dia 19/11, para tratar sobre fechamento de salas de aula para EJA. Afirma que as Secretarias da Educação do Estado e do Município estão impedindo as matrículas dos alunos. Ressalta que isso é uma afronta ao direito constitucional. Cita que o referido curso será fechado nas escolas "Almeida Júnior" e "Cacilda Becker".

 

014 - CARLOS GIANNAZI

Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.

 

015 - Presidente ED THOMAS

Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária de 28/10, à hora regimental, com ordem do dia. Levanta a sessão.

 

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- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Edson Giriboni.

 

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O SR. PRESIDENTE - EDSON GIRIBONI - PV - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Com base nos termos da XIII Consolidação do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.

Convido o Sr. Deputado Carlinhos Almeida para, como 1º Secretário, proceder à leitura da matéria do Expediente.

 

O SR. 1º SECRETÁRIO - CARLINHOS ALMEIDA - PT - Procede à leitura da matéria do Expediente, publicada separadamente da sessão.

 

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- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - EDSON GIRIBONI - PV - Srs. Deputados, Sras. Deputadas, tem a palavra o primeiro orador inscrito, nobre Deputado Orlando Morando. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Geraldo Vinholi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Davi Zaia. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Mozart Russomanno. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Marcos Martins. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado José Augusto. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Olímpio Gomes.

 

O SR. OLÍMPIO GOMES - PDT - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, funcionários desta Casa, cidadãos que nos acompanham pela TV Assembleia, quero manifestar mais uma vez meu sentimento e meu pesar pelo falecimento do Senador Romeu Tuma, que logo mais será sepultado, com o cortejo fúnebre saindo do Hall Monumental da Assembleia Legislativa. O Brasil perdeu um grande cidadão, um grande policial, um grande representante legislativo. Que Deus dê força à família e a seus amigos para que suportem essa ausência irreparável.

Sr. Presidente, gostaria de manifestar, com extrema alegria, a presença nesta Casa do Prefeito Sérgio Miyashiro, de Pedro de Toledo, do Prefeito de Itariri, Dinamérico Peroni, do Vereador de Itariri, Luiz Antônio, do Presidente do PDT em Pedro de Toledo, Rodrigo de Jesus Oliveira, e do diretor jurídico da Prefeitura de Pedro de Toledo Sebastião Ferreira Sobrinho. Sejam muito bem-vindos a esta Casa e que façam da Assembleia Legislativa o local onde realmente os municípios, seus representantes e os representantes dos partidos políticos têm que buscar o abrigo, o apoio e a intervenção de todos os deputados em favor da sua região e do seu município.

Minha fala de hoje está afeta na convocação que faço aos deputados de todos os partidos. Ontem, iniciei a coleta de assinaturas para a instauração de uma CPI para apurar os crimes praticados em conluio por empreiteiras, agentes públicos do Metrô, quiçá, autoridades de segundo e até de primeiro escalão do Governo do Estado e, por que não dizer, chegando ao próprio Governador.

Deputado Carlos Giannazi, V. Exa. foi o primeiro parlamentar a assinar o requerimento para a instauração da CPI, essa vergonha de se lotear seis meses antes. O jornal “Folha de S.Paulo” antecipou em 20 de abril o resultado de uma licitação de quatro bilhões de reais para a construção dos lotes dois a oito da Linha Lilás, a Linha 5 do Metrô. Isso fere a Lei de Licitações, provoca os crimes de formação de cartel. Vão para o espaço o menor preço e a qualidade técnica, que são fundamentais na Lei de Licitações.

O pior de tudo é que se a Assembleia Legislativa não assumir o seu papel de fiscalização também estará colocando o pé, o corpo e, talvez, a própria cabeça dentro da lama. Constitucionalmente, antes até de legislar, o papel da Assembleia é fiscalizar pela população. Quem deveria estar identificando esses crimes praticados no Metrô e em outros órgãos com o dinheiro público deveria ser a Assembleia Legislativa, a Polícia, o Ministério Público, o Tribunal de Contas. Mas como há falta de condições ou falta de vontade - ou as duas coisas juntas -, ou ainda omissão deliberada, como tem demonstrado esta Casa, muitas vezes quem acaba trazendo à luz o que era responsabilidade nossa é a imprensa.

Estou com 25 assinaturas: 20 do PT; duas do PSOL; da Deputada Patrícia Lima, do PR; da Deputada Haifa Madi, do PDT; e a minha. Encareço a todos os partidos que, em nome da decência e da necessidade, mostrem à população a que serve a Assembleia Legislativa. Peço um esforço maior para que consigamos não apenas sete deputados que faltam para subscrever esse pedido de instauração de CPI, mas muito mais deputados.

Se eu estivesse no Governo e, desculpem a expressão, não tivesse o rabo preso, seria o primeiro a orientar as bancadas de apoio que subscrevessem logo para dizer: “O Governo não está com o pé na lama ou com a mão no bolso do cidadão.” Mas quando percebo esse tipo de manobra menor que tem caracterizado esse Governo e, infelizmente, a prostração do Legislativo, a submissão dos partidos, sinto-me envergonhado.

Deputado Carlos Giannazi, no passado, nas minhas funções, prendi e algemei ladrão de toca-fitas de cem reais. Agora, vejo o desmando, a canalhice para se fazer o fatiamento de quatro bilhões de reais! E ainda sou obrigado a chamar alguns de Excelência. Isso me dói demais. Tomara que a Assembleia Legislativa não se omita nessa circunstância porque quem vai julgar este Parlamento será a população. A nossa consciência faz o nosso maior julgamento. Este é o momento da verdade, o momento de fazer uma depuração do mau uso, do uso criminoso do dinheiro público.

 

            O Sr. Presidente Edson Giriboni - PV - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, tem a palavra o nobre Deputado Fausto Figueira. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Enio Tatto. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Vitor Sapienza. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Roberto Felício. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Adriano Diogo. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Roberto Engler. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Roberto Morais. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Maria Lúcia Prandi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Giannazi.

 

O SR. Carlos Giannazi - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, nobre Deputado Edson Giriboni, Deputado Olímpio Gomes, telespectador da TV Assembleia, em primeiro lugar gostaria de registrar a honrosa presença nesta Casa do músico e compositor Pedro Santana, que está nos visitando com a esposa Sheila e o filho Eliel. Sejam bem-vindos à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo!

Quero manifestar o nosso total apoio à iniciativa do nobre Deputado Olímpio Gomes em propor a instauração de uma CPI para investigar esse grande escândalo que tomou conta dos jornais do Brasil, esse conluio, esse cartel formado por empreiteiras no nosso Estado na construção da Linha Lilás do Metrô. É um verdadeiro escândalo e confirma o que denunciamos em exaustão na tribuna deste Parlamento, no Ministério Público, no Tribunal de Contas do Estado: a força, o poder econômico, a influência dessas empreiteiras no Governo do Estado. Essas empreiteiras, praticamente, mandam no Governo Estadual.

Como disse bem o Deputado Olímpio Gomes, a Assembleia Legislativa não fiscaliza e, muitas vezes, torna-se cúmplice de tudo isso porque se omite no processo de fiscalização. É muito importante que todos os deputados assinem o pedido para a instauração dessa CPI. Parabéns, Deputado Olímpio Gomes, pela iniciativa!

 

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- Assume a Presidência o Sr. Olímpio Gomes.

 

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Gostaria também de tratar de um assunto muito importante em relação à Educação de jovens e adultos, no Estado de São Paulo como um todo e principalmente na Cidade de São Paulo. No próximo dia 19 de novembro, às 19 horas, no Auditório Teotônio Vilela, realizaremos uma grande audiência pública contra o fechamento de salas de aula voltados à Educação de jovens e adultos.

Há um movimento das duas Secretarias de Educação, da Secretaria Municipal e da Secretaria Estadual, no sentido do fechamento de salas, do impedimento de montagem de salas para atender uma parcela importante da população que não teve acesso à Educação na idade adequada. Essas pessoas não tiveram oportunidade, mas têm o direito constitucional, dado pela Constituição Federal, e também o direito garantido pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), Lei nº 9.394/1996, que garante o Ensino Fundamental gratuito para todos os que não tiveram acesso à idade própria.

Para isso, o poder público tem que oferecer os cursos de Supletivo. Isso vinha acontecendo, com muita precariedade, tanto na Rede Municipal como na Rede Estadual. Porém, isso está sendo alterado agora porque há orientações das duas Secretarias no sentido de que muitos cursos sejam fechados. Estamos vivendo um desrespeito não só à legislação de Ensino e ao direito constitucional à Educação para essa parcela importante da sociedade, mas é uma verdadeira afronta aos alunos dessa faixa etária que querem voltar a estudar. Mas o Governo faz todo um movimento, parece-me, para se livrar desses alunos, dificultando-lhes o acesso a essa modalidade de Ensino.

Temos recebido muita denúncia em São Paulo dizendo que a Secretaria Municipal de Educação não está autorizando a abertura de salas de educação de jovens e adultos. A Escola Municipal de Ensino Fundamental Almeida Júnior, por exemplo, já anunciou que não terá mais o curso de educação de jovens e adultos. No entanto, há demanda de alunos que trabalham perto da escola e querem voltar a estudar. Já apelamos ao secretário municipal da Educação e à Diretoria de Ensino da Capela do Socorro. O mesmo acontece com uma escola de Jabaquara, ao lado da Estação de Metrô Jabaquara. É a Emef Cacilda Becker que também corre um sério risco de ser fechada. Isso acontece com várias escolas da rede municipal e estadual.

Essa medida é inconstitucional. Ela afronta a legislação de ensino do Brasil. É o direito à educação de jovens e adultos de voltarem a estudar que está sendo afrontado. Além de prejudicar os alunos dessa faixa etária, prejudica também os professores da rede municipal e estadual. Fica o nosso apelo e a nossa exigência. Vamos acionar o Ministério Público contra a Prefeitura de São Paulo e contra o Estado. O que vem acontecendo em relação ao fechamento e ao impedimento da abertura e da manutenção dessas salas é um verdadeiro absurdo, um crime à população do nosso Estado.

Deixo aqui um convite a toda a população, que defendem a educação pública, gratuita e de qualidade, para a audiência pública do dia 9 de novembro conforme já citei anteriormente. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - OLÍMPIO GOMES - PDT - Tem a palavra o nobre Deputado André Soares. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Antonio Salim Curiati. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Neder. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Pedro Tobias. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Bruno Covas. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Celso Giglio. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Edson Ferrarini. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Alex Manente. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Afonso Lobato. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Antonio Mentor. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Vicente Cândido. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Uebe Rezeck. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Paulo Alexandre Barbosa. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Maria Lúcia Amary. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Hamilton Pereira. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Simão Pedro. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Ed Thomas.

 

O SR. ED THOMAS - PSB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente em exercício, nobre Deputado Olímpio Gomes, e nobre Deputado Edson Giriboni, merecedores de serem reeleitos. Na bandeira de Presidente Prudente há a inscrição “O trabalho tudo vence”. Acredito que é uma frase grandiosa. Nada é mais digno do que o trabalho. Ocupo esta tribuna no Pequeno Expediente para dizer que ontem foi assinado o convênio com mais de 170 entidades do Estado de São Paulo. Foram liberadas 8,5 milhões com as mais variadas entidades. Falo com muito orgulho e carinho do meu trabalho, humano e sensível. Penso que não é possível falarmos de números em economia se não houver valorização do ser humano.

Foi assinado convênio com várias entidades nesse projeto de vida. Cito especialmente as Apaes de São Paulo e de todo o Brasil. Teremos no ano que vem um debate muito forte que movimentará todo o País. É o debate que tratará da inclusão das nossas crianças especiais. O nome em si é muito bonito, mas precisamos de uma preparação, de um investimento maior, principalmente na escola pública, com o investimento e a valorização dos professores, possibilitando o ingresso das crianças especiais nas salas de aula. As Apaes, com os seus professores, monitores, assistentes sociais e voluntários, têm um trabalho grandioso de crescimento. Com certeza, todos conhecem o trabalho das Apaes, mas vemos ainda um preconceito muito grande em relação às crianças que são levadas à escola pública. Temos de debater sobre isso neste Parlamento, inclusive no Judiciário e no Executivo. É responsabilidade de todos nós. Este é um assunto que muito me preocupa. As Apaes e os seus profissionais são grandiosos e eles precisam ser ouvidos, inclusive os pais dessas crianças. Só têm filhos especiais os pais especiais. É uma benção, uma grandiosidade. Sempre repetirei isso. Essa é a preocupação deste Deputado.

Está findando o ano e estamos saindo de uma eleição. Temos de ter sensibilidade para valorizar as Apaes do Estado de São Paulo e do Brasil, que são mais de trezentas. As nossas crianças não podem simplesmente ser colocadas em salas de aula da rede pública. Precisamos de investimento do Estado para prepararmos os professores para que essas crianças não percam tudo aquilo que aprenderam. Todo o desenvolvimento tido nas Apaes não pode ser perdido de forma nenhuma, até porque temos um outro projeto dentro das Apaes. É a Idade Especial. Ou seja, a mãe e o pai, cronologicamente, podem morrer antes, e o filho especial ficará. A sua irmã ou o seu irmão casa, e com quem é que fica essa criança especial? Precisamos ter uma casa especial da idade especial dentro das Apaes. O trabalho desenvolvido pelas Apaes trouxe qualidade de vida, com esses seres humanos superando os 50, 60, 70 anos, com qualidade de vida. Isso não pode ser jogado e eles não podem viver de favores.

É essa a nossa preocupação e chamo este Parlamento para este debate, inclusive todos os segmentos da sociedade do Estado de São Paulo. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - OLÍMPIO GOMES - PDT - Tem a palavra o nobre Deputado Luis Carlos Gondim. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Vanderlei Siraque. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Conte Lopes. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Otoniel Lima. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Vanessa Damo. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Reinaldo Alguz.

Sras. Deputadas, Srs. Deputados, esgotada a lista de oradores inscritos para falar no Pequeno Expediente, vamos passar à Lista Suplementar.

Tem a palavra o nobre Deputado Mozart Russomanno. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Neder. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado José Augusto. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Donisete Braga. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Edson Giriboni.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Ed Thomas.

 

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O SR. EDSON GIRIBONI - PV - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, nobre Deputado Ed Thomas, a quem quero ser solidário às suas manifestações muito justas, muito corretas, a favor das Apaes no Estado de São Paulo, e que nos próximos quatro anos, nós possamos realmente fazer um grande trabalho a favor dessas entidades que são especiais também; Sras. Deputadas, Srs. Deputados, telespectadores da TV Assembleia, em especial à minha mãe que está me assistindo, público presente nas galerias do plenário, funcionários. Assomo à tribuna para registrar os nossos sentimentos ao ex-Senador Romeu Tuma, que teve um vínculo especial com a minha família. Foi padrinho de casamento da minha irmã, visitou meu pai quando estava doente, e se deslocou até a cidade de Itapetininga quando meu pai faleceu.

Hoje, realmente, de coração e publicamente quero externar os meus sentimentos à família do ex-Senador Romeu Tuma e que Deus a proteja.

Gostaria também como Líder da Bancada do Partido Verde, nesta Casa, de trazer os nossos agradecimentos a toda a população do Estado de São Paulo. Os seis Deputados do Partido Verde foram re-eleitos. Além disso, nós tivemos mais três novos Deputados do Partido Verde eleitos. O Partido Verde passa a contar a partir da próxima legislatura com nove Deputados.

Isso, devido ao trabalho feito pelos Deputados do Partido Verde, procurando ajudar o Estado de São Paulo, sendo parceiros do ex-Governador José Serra, fazendo parte da base de Governo, com a preocupação ambiental, a lei de mudanças climáticas, e com a apresentação de emenda para a redução dos gases do efeito estufa até 2020 em 20% em relação ao que foi emitido pelo nosso Estado em 2005. Entendo que foi um trabalho importante do Partido Verde com a preocupação com as nossas questões ambientais, procurando criar condições para o desenvolvimento do nosso Estado, com responsabilidade ambiental, com vários projetos de iniciativa dos Deputados do Partido Verde.

Gostaria de externar em nome da Bancada, como Líder do Partido Verde, os nossos agradecimentos à população do Estado de São Paulo, que deu uma expressiva votação aos Deputados do Partido Verde, à Senadora Marina Silva. E além da questão partidária, entendo que é um avanço na consciência da população paulista com relação ao nosso meio ambiente, com relação às nossas florestas, aos nossos rios, com relação à responsabilidade que todo cidadão brasileiro tem que ter com a nossa natureza.

Sr. Presidente, Srs. Deputados, gostaria também de externar mais uma vez os agradecimentos ao Governo do Estado de São Paulo. Amanhã, estaremos na região sudeste do Estado de São Paulo, com o Secretário de Transportes, anunciando mais duas grandes obras de recuperação de estradas estaduais na minha região, uma região altamente agropecuária, agrícola, e os acessos, as estradas estaduais, juntamente com as estradas vicinais são fundamentais para o desenvolvimento dessa região, que é uma das menos desenvolvidas do nosso Estado.

Amanhã, será dada a ordem de serviço da recuperação da SP 281, que liga os municípios de Itararé, Riversul, Itaporanga e Barão de Antonina, e também da SP 249, entre as cidades de Coronel Macedo e Itaberá, próximo à divisa com o Estado do Paraná, estradas importantes que há muito tempo lideranças da região pleiteavam e reivindicavam sua recuperação. E agora, finalmente, amanhã, será assinada no município de Itararé, a ordem de início dessas duas estradas estaduais onde mais de 90 milhões de reais serão investidos na sua recuperação.

É assim que devemos trabalhar. Assim como V. Exa. trabalha muito pela região de Presidente Prudente, nobre Deputado Ed Thomas, levando muitas conquistas a sua região, os Deputados têm esse compromisso, além de votar leis, elaborar projetos, o Orçamento, que é o papel institucional que devemos cumprir com muito respeito aos interesses públicos e também com as nossas regiões.

Por isso, venho externar mais uma vez os meus agradecimentos ao Governo do Estado de São Paulo, por estar olhando para a minha região com prioridade como foi nesses quatro anos e amanhã teremos mais duas conquistas. É assim que devemos trabalhar, pensando nos interesses do nosso Estado. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - ED THOMAS - PSB - Esta Presidência agradece a manifestação de V. Exa., nobre Deputado Edson Giriboni. Tem a palavra o nobre Deputado Roberto Massafera. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Edson Ferrarini. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Uebe Rezeck. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Adriano Diogo. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Marcos Martins. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Vanderlei Siraque. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Olímpio Gomes.

 

O SR. OLÍMPIO GOMES - PDT - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, telespectadores da TV Assembleia, público presente nas galerias do plenário, funcionários, eu não vou perder a oportunidade de continuar insistindo com todos os 94 Deputados, de todos os partidos desta Casa, para que subscrevam esse pedido de CPI que estou encabeçando, para apurar os níveis de responsabilidade, porque os crimes já estão escrachados em relação à licitação criminosa, fraudulenta, ferindo a Lei de Licitações, ferindo a Lei de Improbidade Administrativa, formando cartéis, desconsiderando o princípio do menor preço e da qualificação técnica fundamentais na Lei de Licitação, para uma bagatela de 4,2 bilhões de reais, quatro bilhões e duzentos milhões, que foram divididos nessa ação entre amigos.

Deputado Simão Pedro, que tanto tem lutado em função da apuração de circunstâncias envolvendo o Metrô, naquele acidente macabro da Linha 4, em Pinheiros, vergonhoso para o País, vergonhoso para o Governo do Estado, e que se colocou um sol para tapar a peneira. Posteriormente, até a identificação de laudos falsos, o Ministério Público já identificou. Agora, essa vergonha. E uma vergonha que me parece que não afeta tão significativamente a Assembleia Legislativa. Nós acabamos de sair de uma eleição, em que todos escrevem no seu santinho, que vai antes de legislar, fiscalizar pelo povo independentemente do partido onde possa estar militando, cumprindo o estatuto dos seus partidos, mas com os ditames de sua consciência, usando o seu livre arbítrio para exercício do seu mandato.

Estou com 25 assinaturas: dos 20 Deputados do PT, dos dois Deputados do PSOL, da Deputada Haifa Madi, do PDT, da Deputada Patrícia Lima, do PR, e deste Deputado. Precisamos de 32 assinaturas. Eu encareço que cada Deputado, cada bancada, cada partido, faça um exercício de valor sobre a importância ou não do Legislativo. Seiscentos milhões de reais são gastos para a existência da Assembleia Legislativa no ano. A missão principal da Assembleia Legislativa, antes até de legislar, é fiscalizar. E aqui se legisla muito pouco. Projetos de Deputados se apresentam para o Governo vetar. E aqui é só para homologação dos projetos que vêm do Executivo. Já é colocado de joelhos a Assembleia Legislativa.

Em relação à Comissão Parlamentar de Inquérito, ela é um instrumento que constitucionalmente, na legislação infraconstitucional, é competência da Assembleia e é sua obrigação, não é favor que estamos fazendo. Não é por questão político-partidária só, não. As eleições terminam em domingo.

Vai prosseguir a roubalheira com o dinheiro público. Não é porque ontem o Governador Alberto Goldman, para ter um ato político nessa situação, já cancelou o certame. Ele quis dizer: “Olha, está tudo errado mesmo. Mas esqueçam isso. Vamos passar um paninho. Não gastamos nada ainda desses 4.2 bilhões Então, vamos deixar para lá, gente. Já anulo hoje e a vida continua.”

Não. Já foi gasto muito dinheiro público, sim, durante esse certame. Começou em 2008. José Serra foi para a imprensa, no Rio, e disse: “Olha, não tenho nada a ver com isso.” Tem, sim. Vamos ver qual o nome se é Paulo, Antonio ou João e qual o apelido se é preto, branco ou amarelo que está por trás agora dessa safadeza no Metrô com o dinheiro público. Os Deputados que são da chamada base governista, se é que o Governo não tem responsabilidade nisso, o próprio Governo deveria orientá-los: “Olha, vamos assinar logo isso. Vamos apurar logo.” Se não tiver, com o perdão da expressão, “o rabo preso” - entre aspas - não há porque não se apurar aqui.

Alguns Deputados já disseram: “O Major Olímpio acha que a Assembleia é delegacia de polícia, por que ele não ficou na polícia? Lá o jogo é mais franco entre bandido e ladrão. Ladrão atuou, a polícia age.” Aqui é um pouco diferente. Aqui, às vezes, pode um ladrão atuar e quem tem a obrigação de fazer o papel de fiscalizador fica discutindo se é conveniente, se é o caso, se não é. Mas é bom lembrar às bancadas e aos Deputados que é obrigação da Assembleia, sim, porque o dinheiro está rolando, sim, que dos 4.2 bilhões de reais, 1% disso são 42 milhões de reais. Se a corrupção foi muito barata, ficou por conta de 1 por cento. Se foi 1% de corrupção nisso que está prometido, seriam 42 milhões de reais. É bom saber, principalmente se as empreiteiras pagaram a conta antecipada em função das eleições.

 

O SR. PRESIDENTE - ED THOMAS - PSB - Ainda na Lista Suplementar, tem a palavra o nobre Deputado Simão Pedro.

 

O SR. SIMÃO PEDRO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente em exercício, Deputado Ed Thomas, é uma satisfação tê-lo aqui presidindo esta sessão. Quero aproveitar para cumprimentá-lo pela sua reeleição merecida. A Assembleia Legislativa não poderia ficar sem o representante da região de Presidente Prudente. V. Exa. dignifica este Parlamento.

Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, eu me inscrevi mais uma vez para protestar contra a política oficial da Prefeitura de São Paulo e do Governo do Estado de São Paulo assumida hoje nas páginas do jornal “Folha de S.Paulo”, “Caderno Cotidiano”, contra a política oficial de despejos aqui na Cidade de São Paulo, Região Metropolitana. O título da matéria: “Secretário defende despejos, mesmo sem oferta de moradia para titular da habitação” - que, no caso, é o Ricardo Pereira Leite, Secretário Municipal da Habitação. Aluguel de casa é alternativa para quem vive em área de risco.

Só para lembrar o telespectador: anteontem, uma matéria no mesmo jornal mostrava que a Prefeitura está promovendo despejo de 50 mil famílias na Capital, com a desculpa de retirar da área de risco para colocar em prática aqui a operação urbana Águas Espraiadas, na região de Jabaquara. Na região de Pantanal, a obra de compensação pelos danos ambientais causados pela obra da Marginal Tietê e outras ações da Prefeitura.

São 50 mil famílias. Qual a política da Prefeitura? Oferecer 300 reais como Bolsa Aluguel para que essas pessoas procurem uma alternativa. Na verdade, com 300 reais, essa pessoa vai alugar um barraco ou uma casa muito simples numa região mais precária ou vai voltar para seu local de origem como essa mesma matéria ilustra o caso da desempregada Cássia Ferreira Lopes de que pegou auxílio lá no Jardim Pantanal, mas que, depois de três meses, não conseguiu mais pagar o aluguel e voltou para onde sua casa estava sendo demolida.

O interessante é que a Prefeitura e o Governo do Estado defendem essa política. O Secretário fala que defende a retirada de famílias de casas regulares em área de risco, mesmo que a Prefeitura não possa lhes oferecer moradia definitiva. Ou seja, é tirar de um lugar certamente para favorecer especulação imobiliária. Infelizmente, parece que essa Prefeitura, o atual Governo Municipal, está a serviço da especulação imobiliária para valorizar determinadas regiões expulsando os moradores.

Só vamos criar mais problemas sociais, mais problemas urbanos, porque estamos levando essas famílias para periferias, para regiões distantes. Aí a demanda para transporte público vai aumentar e a oferta de transporte público vai piorar, como ocorre hoje já na Cidade de São Paulo. A demanda por creches e por escolas é um tiro no pé para favorecer setores minoritários interessados na especulação imobiliária. É um absurdo a Prefeitura assumir essa política. Quando acontece uma tragédia tem que remover, etc., mas sem uma política habitacional por trás não é possível se fazer isso. Remover 50 mil famílias não é qualquer coisa e é o que a Prefeitura está fazendo, jogando os problemas para o futuro, colocando o problema social nas costas da família, que é pobre.

O Estado de São Paulo e a Prefeitura não conseguiram lidar com o déficit habitacional aqui. Esta Assembleia Legislativa já fez a sua parte criando leis, aprovando 1% a mais no principal imposto que a população paga, que é o ICMS, para colocar recursos nas mãos do Estado e ele lava as mãos.

Ouço agora que o novo Governador Geraldo Alckmin quer transformar a CDHU num banco. Já denunciei aqui que eles privatizaram o Banespa, depois em plena crise econômica colocaram à venda para privatizar a Nossa Caixa. Ainda bem que o Presidente lula determinou que o Banco do Brasil a incorporasse. Agora fala em criar um Banco de Desenvolvimento com a CDHU. A CDHU lava as mãos em relação à demanda, joga para Prefeitura e ela assumidamente defende a remoção e o despejo como política oficial do Estado. Isso está aqui nas páginas dos jornais de hoje.

Quero aqui, mais uma vez, denunciar e ler o artigo da Sra. Mariana Fix, arquiteta e urbanista:

“Opinião

Moradores de favela vivem ciclo de despejo como política pública

Mariana Fix

especial para a Folha

O Brasil é conhecido no exterior por sua experiência em urbanização de favelas e por ter uma legislação considerada progressista no campo do direito à cidade.

Diversos municípios têm se dedicado, no entanto, a desenvolver uma tecnologia de "remoção" de favelas contrária aos direitos sociais.

Em São Paulo, a prática foi institucionalizada por Jânio Quadros (1985-88) com o nome de "desfavelização" e teve na gestão Maluf (1993-96) um dos seus casos mais emblemáticos: a expulsão de mais de 50 mil pessoas para a abertura da avenida Jornalista Roberto Marinho.

Nessas ações, os habitantes das favelas costumam enfrentar pressão e violência, e são forçados a abandonar rapidamente suas casas. Recebem ofertas como verba em dinheiro (o "cheque-despejo"), bolsa-aluguel ou passagens para mudar de cidade. Se tiverem chance de entrar em algum financiamento para habitação, precisarão aguardar em alojamentos por vários anos.

Na mira do trator, na verdade são geralmente empurrados para outras favelas, cada vez mais longe frequentemente, em beiras de córregos ou nas margens das represas de abastecimento de água, protegidas por lei.

O destino não é casual. A lei de proteção ambiental retira aquelas terras do jogo imobiliário, que define o preço de cada pedaço da cidade quase sempre acima dos baixos salários que a maioria dos brasileiros recebe.

Nas margens da represa, sua presença é temporariamente tolerada por não interferir nos circuitos de valorização imobiliária, até serem novamente ameaçados de expulsão.

Na falta de alternativas, essa é a saída que encontram pedreiros, porteiros, vigias, domésticos e diaristas, entre muitos outros, para não ficarem mais longe do lugar no qual trabalham.

O problema aumenta quando, em vez de uma política ambiental, prevalece o discurso supostamente ecológico para criminalizar esses moradores, ignorando a lógica de produção social da cidade. Basta ver o panfleto "É crime", recentemente distribuído pela prefeitura nas escolas aos filhos dos moradores do Jardim Pantanal.

É também grave quando obras como a ponte Octavio Frias de Oliveira absorvem todos os recursos da Operação Urbana, que deveriam ter sido repartidos com a habitação social na região da Água Espraiada. Uma enorme desproporção entre a rapidez para produzir grandes obras viárias e a demora em relação à moradia. Até hoje nenhuma foi construída.

Assim, as favelas não são eliminadas, como dizem, mas deslocadas para áreas de menor interesse imobiliário, onde a população vive em condições ainda piores.

São ciclos implacáveis de assentamento, despejo, reassentamento. Entre as consequências estão o aumento das disparidades sociais, a sobrecarga do sistema de transporte e o agravamento dos problemas ambientais e de saúde pública.

Mariana Fix é arquiteta e urbanista”

 

O SR. SIMÃO PEDRO - PT - Sr. Presidente, havendo acordo entre as lideranças, solicito a suspensão da sessão até as 16 horas e 30 minutos.

 

O SR. PRESIDENTE - ED THOMAS - PSB - O pedido de V. Exa. é regimental.

Em face do acordo entre as lideranças a Presidência suspende a presente sessão até as 16 horas e 30 minutos.

Está suspensa a sessão.

 

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- Suspensa às 15 horas e 20 minutos, a sessão é reaberta às 16 horas e 36 minutos, sob a Presidência do Sr. Ed Thomas.

 

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O SR. PRESIDENTE - ED THOMAS - PSB - Vamos passar à Ordem do Dia.

 

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- Passa-se à

 

ORDEM DO DIA

 

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O SR. PRESIDENTE - ED THOMAS - PSB - Há sobre a mesa requerimento 2393/2010, de autoria do Deputado Antonio Salim Curiati, com número regimental de assinaturas.

Em discussão. Não havendo oradores inscritos está encerrada a discussão. Em votação. Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que forem favoráveis queiram permanecer como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, gostaria de reforçar o convite para a audiência pública que estamos organizando no próximo dia 19 de novembro, no plenário Teotônio Vilela, às 19 horas, contra o fechamento de salas de aula de educação de jovens e adultos.Estamos tendo uma verdadeira afronta ao direito constitucional do acesso à educação, principalmente nessa área porque as duas secretarias de Educação, municipal e estadual, estão impedindo a formação de salas para que esse setor importante da sociedade tenha seu atendimento garantido nos cursos de supletivo, tanto do ensino fundamental como do ensino médio.

Está havendo o fechamento de salas da rede municipal e da rede estadual de ensino do nosso estado. Essa audiência pública terá a presença de alunos, professores, representantes de entidades, das duas secretarias de Educação e do Ministério Público. Está havendo uma violação ao direito constitucional à educação de pessoas que não tiveram acesso à escola na idade própria. Por lei, elas têm direito a frequentar o ensino fundamental e o ensino médio. No entanto, o poder público vem se omitindo e fechando salas, um verdadeiro absurdo, principalmente na cidade de São Paulo onde temos muitos jovens e adultos impedidos de estudar.

No Pequeno Expediente citei a Escola Municipal Almeida Júnior, na região da Capela do Socorro, que vai fechar o curso de educação de jovens e adultos. Se nada for feito, o mesmo vai acontecer Escola Municipal de Ensino Fundamental Cacilda Becker, e em muitas outras escolas da prefeitura. Temos vários CEUs, aqui da Cidade de São Paulo, que já não têm mais a oferta do EJA para alunos que não tiveram oportunidade de frequentar escola em idade escolar.

Sr. Presidente, isso é uma afronta e vamos reagir, vamos organizar a população, porque, como eu disse, o acesso à educação pública, gratuita e de qualidade na área do ensino fundamental, é um direito garantido na nossa sociedade. Era o que tínhamos a falar. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Sr. Presidente, havendo acordo entre lideranças, solicitamos o levantamento da sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - ED THOMAS - PSB - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, havendo acordo de líderes, esta Presidência antes de dar por levantados os trabalhos convoca V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental, com a mesma Ordem do Dia da sessão ordinária de hoje. Está levantada a presente sessão.

 

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- Levanta-se a sessão às 16horas e 41 minutos.

 

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