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09 DE OUTUBRO DE 2012

138ª SESSÃO ORDINÁRIA

 

Presidentes: OLÍMPIO GOMES, ULYSSES TASSINARI, CARLOS CEZAR e BARROS MUNHOZ

 

Secretário: GERSON BITTENCOURT

 

RESUMO

PEQUENO EXPEDIENTE

001 - OLÍMPIO GOMES

Assume a Presidência e abre a sessão.

 

002 - ULYSSES TASSINARI

Assume a Presidência.

 

003 - OLÍMPIO GOMES

Manifesta seu pesar pela morte do policial Hélio Miguel Gomes Barros, assassinado, ontem, em Taboão da Serra. Relata a morte do policial. Considera que há orquestração, por parte do crime organizado, para atingir os policiais. Relata que 41 casos de morte de policiais caracterizam execução. Afirma evasivas as declarações políticas sobre o caso. Informa que dia 11/10, 25 mil presos ganharão indulto pelo Dia das Crianças. Recorda ações criminais na ocasião do indulto pelo Dia das Mães. Argumenta que a sociedade precisa de resposta efetiva sobre o assunto. Pede mobilização geral dos setores envolvidos.

 

004 - CARLOS GIANNAZI

Manifesta indignação com a proposta do Governo Federal de reduzir o reajuste do piso nacional dos professores das escolas públicas. Considera pequeno o valor pago de 1.451,00 reais. Lembra que Adin reconheceu o valor pago. Informa que, agora, seis governadores pedem nova Adin para mudar o índice. Considera uma afronta essa iniciativa, tendo em vista as declarações de campanha política favoráveis à educação. Questiona o Governador Geraldo Alckmin pelo desrespeito às leis federais sobre o ensino.

 

005 - OLÍMPIO GOMES

Cumprimenta o Deputado Carlos Giannazi pela disputa à Prefeitura de São Paulo, pelo PSOL, por suas atitudes nos debates e entrevistas. Faz convite para audiência pública, dia 15/10, nesta Casa, em razão da campanha pela coleta de assinaturas para projeto, de iniciativa popular, que busca alterações legais, pedindo melhorias para os agentes da lei. Recorda ataques a representantes do Ministério Público bem como a policiais. Lembra projeto de iniciativa popular que gerou a "Lei da Ficha Limpa".

 

006 - CARLOS CESAR

Assume a Presidência.

 

007 - CARLOS GIANNAZI

Elogia a iniciativa do Deputado Olímpio Gomes sobre medidas que favoreçam os agentes da lei. Repudia o crescimento da violência no Estado de São Paulo. Considera que a situação foge ao controle do Executivo. Pede intervenção do Governo Federal, da Guarda Nacional, bem como do Ministério da Justiça no caso. Considera que o crime organizado ameaça os policiais. Lembra que segurança pública é atribuição do Estado e do Governo Federal.

 

008 - LUIZ CARLOS GONDIM

Refere-se aos problemas da segurança pública. Lamenta que a bandidagem esteja mais armada. Apresenta sugestão ao Governo do Estado, para que os policiais reformados possam ser convocados para trabalhar. Relata problemas da segurança na Região do Alto Tietê. Comunica a necessidade do aumento do efetivo policial, para atividade preventiva e ostensiva. Relata a insatisfação da população sobre o tema.

 

009 - LUIZ CARLOS GONDIM

Pede a suspensão dos trabalhos até as 16 horas e 30 minutos, por acordo de lideranças.

 

010 - Presidente CARLOS CESAR

Defere o pedido e suspende a sessão às 15h15min.

 

011 - Presidente BARROS MUNHOZ

Assume a Presidência e reabre a sessão às 16h30min.

 

ORDEM DO DIA

012 - Presidente BARROS MUNHOZ

Coloca em votação e declara sem debate aprovado o requerimento, do Deputado Itamar Borges, de urgência ao PL 533/12. Coloca em votação e declara aprovado requerimento de constituição de Comissão de Representação, de autoria do Deputado Marcos Martins, com a finalidade de participar da "Jornada Internacional das Vítimas do Amianto", a ser realizada de 11 a 17/10, em Paris, França.

 

013 - SAMUEL MOREIRA

Requer o levantamento da sessão, com anuência das lideranças.

 

014 - Presidente BARROS MUNHOZ

Anota o pedido. Convoca reunião conjunta das seguintes Comissões: de Constituição, Justiça e Redação, de Administração Pública e Relações do Trabalho, e de Finanças, Orçamento e Planejamento, a realizar-se hoje, às 16 horas e 40 minutos. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária de 10/10, à hora regimental, com ordem do dia. Levanta a sessão.

 

* * *

 

- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Olímpio Gomes.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - OLÍMPIO GOMES - PDT - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Com base nos termos da XIV Consolidação do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.

Convido o Sr. Deputado Gerson Bittencourt para, como 1º Secretário “ad hoc”, proceder à leitura da matéria do Expediente.

 

O SR. 1º SECRETÁRIO - GERSON BITTENCOURT - PT - Procede à leitura da matéria do Expediente, publicada separadamente da sessão.

 

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- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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- Assume a Presidência o Sr. Ulysses Tassinari.

 

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O SR. PRESIDENTE - ULYSSES TASSINARI - PV - Srs. Deputados, Sras. Deputadas, tem a palavra o primeiro orador inscrito, nobre Deputado José Bittencourt. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Rui Falcão. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Milton Vieira. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Vitor Sapienza. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Celso Giglio. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Pedro Tobias. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Adilson Rossi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado José Zico Prado. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Luiz Claudio Marcolino. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Antonio Salim Curiati. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Edson Ferrarini. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Olímpio Gomes.

 

O SR. OLÍMPIO GOMES - PDT - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, funcionários desta Casa, cidadãos que nos acompanham pela TV Alesp, na noite de ontem, dia 8 de outubro, tivemos mais uma execução de policial militar, e desta feita, em Taboão da Serra, o soldado Hélio Miguel Gomes de Barros, do efetivo do 37º BPM/M do Capão Redondo.

O soldado estava num posto de gasolina quando indivíduos, em motocicletas, já chegaram atirando contra ele que foi atingido por cinco disparos. Foi socorrido no PS Antena, na região, mas lamentavelmente é mais uma vítima da violência. Era casado e tinha dois filhos com idade de seis e nove anos. Este é o 81º caso de policiais militares vítimas de homicídio ou de latrocínio.

É necessário adotar medidas cautelares, primeiramente os próprios policiais, todos nós, inclusive nós policiais inativos, aposentados, como é o meu caso, temos que redobrar as cautelas. Desses 81 casos, Sr. Presidente, 17 foram de policiais já aposentados, inativos. Então, os bandidos não estão escolhendo, estão simplesmente atacando e executando.

É profundamente lamentável uma situação dessa natureza. Está mais do que evidente que há orquestração, premeditação, mando para execuções. Sem sombra de dúvidas, desses 81 casos em 41 deles, portanto mais da metade, verificamos sinais claros de que a conduta foi para executar, não foi para roubar, não foi uma possível reação do policial que teria provocado uma resposta com um resultado mais forte, levando-o à morte.

Então, se faz necessário parar com respostas políticas, que de certa forma são evasivas, e que se ponha realmente o dedo na ferida. Aliás, Sr. Presidente, eu tenho muita preocupação, e V. Exa. que é do interior também, de uma região onde tem presídios, sabemos que na quinta-feira serão colocados nas ruas 25 mil presos para a saída temporária do Dia das Crianças. É bom que se diga que não precisa ter filhos, nem se quer ser filho para sair, mas eles sairão.

Talvez a medida emergencial a ser tomada pela Justiça e com o Governo através da Secretaria de Assuntos Penitenciários seja a suspensão dessa saída temporária, porque em 2006, a partir da saída temporária de 12 de maio, o Dia das Mães, desencadearam mais de 20 mil presos. Naquela época só saíam 20 mil presos, mas agora saem 25 mil.

Eles saíram como pombos-correios levando mensagens de criminosos, que mandam no crime de dentro do presídio, ou saíram para executar determinações dos líderes de facções. Com isso nós tivemos aquele resultado trágico, no período de 12 a 20 de maio, com 43 agentes públicos da Segurança mortos - policiais, agentes penitenciários e guardas municipais.

Nós precisamos dar resposta efetiva à sociedade; nós precisamos dar uma garantia mínima para o policial que está atuando hoje. Os policiais estão se sentindo acuados, não amedrontados, mas estão desesperados com essa situação. É necessário ter resposta governamental. É necessário que todos os Poderes constituídos se mobilizem nesse momento.

Não interessa se é o PCC, o Terceiro Comando, uma seita satânica, o CRBC, seja lá a facção que esteja por trás disso, ou as facções ou as quadrilhas, o que não podemos é ficar dizendo “não, isso é lenda” ou “ah, isso é história da carochinha” ou que “isso só acontece em filmes” porque é uma triste realidade: o 81º policial militar foi executado esse ano no Estado de São Paulo.

Manifesto meu profundo pesar, meu lamento e as minhas orações para o soldado Hélio Miguel e as minhas condolências à sua família e amigos.

 

 

O SR. PRESIDENTE - ULYSSES TASSINARI - PV - Tem a palavra o nobre Deputado Edinho Silva. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado André Soares. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Jooji Hato. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado João Antonio. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Milton Leite Filho. (Pausa.)

Esgotada a lista de oradores inscritos para falar no Pequeno Expediente vamos passar à Lista Suplementar.

Tem a palavra o nobre Deputado Marcos Martins. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Itamar Borges. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Rui Falcão. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Dilmo dos Santos. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlão Pignatari. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Giannazi.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, público aqui presente e telespectadores da TV Assembléia, eu gostaria de manifestar aqui a minha preocupação e, sobretudo, a minha indignação com a intenção do Governo Federal em reduzir o reajuste do piso nacional salarial dos professores das escolas públicas.

Já existe essa possibilidade, que está sendo discutida entre o MEC - o Ministério da Educação e o Ministério da Fazenda, no sentido de reduzir o reajuste que será concedido no próximo ano.

Hoje, o piso salarial para o Magistério público é de R$ 1.451,00 por 40 horas semanais, que é um valor muito baixo, pois é inferior inclusive ao piso salarial de vários estados e de vários municípios. Mas é o que se ofereceu até agora: 1.451 reais.

A intenção do Governo agora, é dar um reajuste muito baixo, Sr. Presidente, inferior a 10% para o ano de 2013. Para termos uma ideia de quanto é baixo esse reajuste, no ano passado o Governo Federal reajustou em 22%, que também não foi grande coisa, para chegar a esse valor de 1.451 reais.

Essa decisão do Governo - que será concretizada se não houver uma grande mobilização da sociedade, sobretudo dos servidores da Educação, do Magistério público nacional - vai consolidar uma política de ataque aos professores e ao Magistério. Primeiramente, porque alguns estados já vêm se posicionando contra o piso nacional salarial. Em 2008, após a aprovação da Lei 11.738, que instituiu o piso nacional salarial juntamente com a jornada do piso, cinco governadores entraram com uma Adin no Supremo Tribunal Federal. Perderam. O Supremo julgou a Adin e reafirmou a legalidade dessa lei federal. Agora, há uma nova investida; desta vez, de seis estados. Seis Governadores protocolaram outra Adin no Supremo para mudar o índice de reajuste do piso nacional salarial, tentando diminuir o valor do já baixíssimo salário dos professores em âmbito nacional.

Entendemos como uma afronta. Tanto se fala em Educação pública neste País. Há um consenso na sociedade, na imprensa, entre os educadores, no mundo político, nas eleições, de que a Educação é o principal instrumento de desenvolvimento humano, social, econômico, cultural, tecnológico. Mas não se investe nele. Então, há um grande abismo entre o discurso e a prática. Na hora de financiar a Educação é que sabemos quem está do lado dela.

Infelizmente, estamos assistindo a esse verdadeiro ataque à Educação pública brasileira, sobretudo ao Magistério público nacional. Se essa medida de reduzir o índice de reajuste do piso nacional salarial for colocada em prática, toda a sociedade vai perder. Não perderão somente os professores e alunos das escolas públicas, mas toda a sociedade brasileira perderá com os baixíssimos salários dos nossos professores.

Nós, do PSOL, repudiamos essa tentativa do Governo Federal de diminuir o índice de reajuste do piso nacional salarial. Repudiamos, também, a tentativa de seis estados de entrarem com uma Adin para tentar mudar o índice de reajuste. Isso é péssimo; é lamentável que isso esteja acontecendo. Ao invés de os estados se mobilizarem para investir mais recursos na Educação pública, estão fazendo o contrário.

Em São Paulo, vamos continuar cobrando e denunciando o Governo Geraldo Alckmin, do PSDB, que não cumpre a jornada do piso. A Lei 11.738, que instituiu o piso nacional salarial, também estipulou a jornada do piso de um terço. E São Paulo, o estado mais rico da Federação, não respeita a jornada dos professores. Aqui, temos uma das piores jornadas de trabalho da Federação, que não chega a ser de um terço, está longe da média nacional de hora/atividade, aquele momento que o professor é remunerado para preparar as aulas e avaliações, para corrigir as avaliações. Repito a jornada do piso não é respeitada em nosso Estado.

Além desse agravante, desse movimento todo contra o reajuste dos servidores da Educação em âmbito nacional, São Paulo consegue ser muito pior porque não respeita a jornada do piso, inviabilizando, de fato, a carreira do Magistério estadual. Muito obrigado.

 

O Sr. Presidente - Ulysses Tassinari - PV - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, tem a palavra a nobre Deputada Analice Fernandes. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Mauro Bragato. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Edson Ferrarini. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Antonio Mentor. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Simão Pedro. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Olímpio Gomes.

 

O SR. Olímpio Gomes - PDT - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, funcionários desta Casa, cidadãos que nos acompanham pela TV Alesp, inicialmente, gostaria de cumprimentar o Deputado Carlos Giannazi, que foi candidato a Prefeito de São Paulo pelo PSOL, pelo resultado, pelo seu esforço, pela sua luta em mobilizar o PSOL. Tenha certeza V. Exa. de que a sua participação só engrandeceu o pleito municipal e engrandece a todos nós. Como parlamentares desta Casa, tivemos a oportunidade de assistir ao seu desempenho nos debates, nas entrevistas, dando orgulho ao Legislativo a sua postura e a de seu partido.

Quero voltar ao tema “policial vítima”, convidando toda a população, todos os segmentos da sociedade, todos os parlamentares e partidos com representação nesta Casa, para que, na próxima segunda-feira, dia 15 de outubro, no Auditório Paulo Kobayashi, participem de uma grande audiência pública. Será o pontapé inicial de uma campanha de coleta de assinaturas para um projeto de iniciativa popular, cujo teor altera o Código Penal e a Lei de Crimes Hediondos, impondo penas maiores e maior rigor no cumprimento da pena e transformando em crime hediondo os crimes praticados contra agentes da lei.

Agentes do Estado que trabalham como agentes da lei são os guardas municipais e portuários, passando pelos policiais civis, militares, federais, rodoviários e ferroviários; são representantes do Ministério Público, do Poder Judiciário; são servidores do Sistema Prisional, sejam guardas prisionais, agentes de segurança penitenciária ou agentes de escolta e vigilância. Enfim, são aqueles que trabalham no chamado círculo de persecução criminal - que começa com as ações ostensivas e culmina com o cumprimento da pena e reinserção do condenado ao contexto da sociedade -, vítimas preferenciais dos criminosos.

Se neste momento a mira está direcionada para os policiais militares, em alguns estados, aqui mesmo no Estado de São Paulo, há momentos em que os ataques foram contra representantes do Ministério Público, agentes penitenciários. O que vamos fazer é coletar um milhão e quatrocentas mil assinaturas. O Art. 61 da Constituição tem a previsão da iniciativa popular. Assim como foi com o Projeto Ficha Limpa, em que a sociedade se mobilizou e apresentou um projeto, a ideia não é do Deputado Olímpio Gomes, mas da sociedade paulista. Não é um deputado, é a Assembleia Legislativa puxando a bandeira e a coleta de assinaturas para que se mude a Legislação Penal e a Legislação Penal Especial, como é o caso da Lei de Crimes Hediondos, a Lei nº 8072/90. Para que isso aconteça, é necessário 1% dos eleitores brasileiros em pelo menos cinco estados do Brasil.

Vamos desencadear. Já é possível se fazer a assinatura eletrônica, vamos disponibilizar e já está no meu site, mas vamos tentar disponibilizar pelo site da Assembleia Legislativa, de todos os sites dos Parlamentares. E também relações que serão distribuídas pelas associações; sindicatos e pelas entidades policiais. Já está confirmada a presença de comandantes-gerais e delegados-gerais de várias Polícias Militares e Polícias Civis do Brasil e representantes sindicais e associativos de todas essas entidades de agentes públicos. E aí não é um ato de político-partidário, ninguém é a favor ou contra. São atos pró-sociedade e pró-defesa dos policiais civis, militares, federais, agentes penitenciários, guardas municipais, membros do Ministério Público, funcionários, servidores e magistrados do Poder Judiciário.

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Carlos Cezar.

 

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Contamos com a presença, no próximo dia 15/10/2012, ou com mobilização em todos os pontos do País.

Vamos tentar, em tempo mais ágil do que foi a coleta de assinaturas para o Projeto Ficha Limpa, obter 1,4 milhão de assinaturas para que possamos dar essa ferramenta ao Congresso Nacional visando o aperfeiçoamento da lei, impondo o maior rigor aos criminosos e colocando em defesa, ou um pouco mais em defesa, os agentes da lei que estão sendo executados em todo o Brasil.

 

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PSB - Srs. Deputados e Sras. Deputadas, tem a palavra o nobre Deputado Simão Pedro. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Giannazi. (Pausa.)

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, funcionários desta Casa e telespectadores da TV Alesp, gostaria de parabenizar o Deputado Olímpio Gomes pela organização desse movimento, dessa audiência pública aqui na Assembleia Legislativa. Nós, do PSOL, vamos apoiar e cerrar fileiras junto com V. Exa. na defesa da Segurança Pública não só do Estado de São Paulo, mas de todo o Brasil. Essa iniciativa é muito importante. É importante que toda a população participe, nobre Deputado Olímpio Gomes.

Pode contar com o nosso total apoio.

E dentro dessa discussão de Segurança Pública, Sr. Presidente, e dessa crise que estamos vivendo no Brasil, mas, sobretudo no Estado de São Paulo, nesse momento e contexto do acirramento da violência, do crescimento da criminalidade em todos os níveis e em todas as regiões. Temos toques de recolher em vários bairros e cidades, temos arrastões em prédios, restaurantes e em bares. Estamos assistindo, principalmente na Capital, aqui em São Paulo, na Grande São Paulo e na Baixada Santista o aumento assustador dos homicídios, da criminalidade em geral, e tudo isso culmina com o extermínio de policiais, dos servidores da Segurança Pública.

Praticamente, todos os dias, temos notícias de que um policial militar ou civil foi morto pelo crime organizado. E logicamente, essa situação também acirra a violência contra os pobres e os negros na periferia, porque tenho insistido em denunciar que há também, por outro lado, o que chamamos de uma espécie de “esquadrão da morte” exterminando aleatoriamente os nossos meninos da periferia. Meninos, adolescentes, negros e pobres que estão pagando por conta desse tipo de enfrentamento. Mas na verdade o que temos em São Paulo é a falta de Segurança Pública, já entramos em um processo de calamidade pública.

Sr. Presidente, quero aqui defender como se perdeu o controle da situação, essa é a grande verdade. E a mídia não está noticiando isso, o Governador Alckmin está escondendo a verdadeira realidade dos fatos. O Governo Estadual esconde a situação em que se encontra hoje a Segurança Pública, não admitindo que perdeu o controle, um dos motivos é por conta do processo eleitoral, mas a população já entendeu que não há mais controle na Segurança Pública no Estado de São Paulo.

Por isso defendemos uma intervenção do Governo Federal. Precisa ter uma intervenção da Polícia Federal, da Guarda Nacional e do Ministério da Justiça, que já deveria ter interferido.

É inconcebível, Sr. Presidente, que todos saibamos que o Governador Geraldo Alckmin perdeu completamente o controle da Segurança Pública do Estado de São Paulo. É público e notório. Não há dúvidas em relação a isso.

Agora, também, estamos assistindo a omissão do Governo Federal que não toma nem uma atitude. Defendemos uma intervenção! A Polícia Federal, a Guarda Nacional e, sobretudo o Ministério da Justiça têm de agir.

Precisamos criar aqui uma força-tarefa para debelar essa crise na Segurança Pública, porque enquanto isso não acontece, as mortes continuam ocorrendo em todo o Estado não só dos policiais que estão sendo exterminados e mortos diariamente, possivelmente pelo crime organizado. O Deputado Olímpio Gomes já fez várias observações nesse sentido, deu entrevistas apresentando a situação caótica em que se encontra a Segurança Pública no Estado de São Paulo e mostrando que é o crime organizado que está, de fato, exterminado os policiais.

Além disso, temos a grande preocupação com a população em geral que está refém de toda essa situação, que já é refém da criminalidade mais geral que mata até mais que esse enfrentamento do crime organizado com a Polícia. Então, para nós, o Governador Geraldo Alckmin perdeu o controle da Segurança Pública do Estado de São Paulo.

Reivindicamos e exigimos a intervenção do Governo Federal porque se trata de uma questão de segurança nacional, segurança das pessoas, dos 41 milhões de habitantes do Estado de São Paulo.

Temos que ter a presença da Polícia Federal, principalmente da inteligência da Polícia Federal, da Guarda Nacional e, sobretudo do Ministério da Justiça, porque a questão da Segurança Pública, Sr. Presidente, é uma atribuição do Governo Estadual e também do Governo Federal. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PSB - Srs. Deputados e Sras. Deputadas, tem a palavra o nobre Deputado Luiz Carlos Gondim.

 

O SR. LUIZ CARLOS GONDIM - PPS - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, funcionários desta Casa e telespectadores da TV Alesp, realmente a situação da Segurança Pública chama atenção, e muito. Temos Deputados aqui que falam muito da Educação, outros falam de Saúde, só comentando de Segurança Pública. E estamos pasmos com o que está acontecendo. Realmente a bandidagem está se armando mais, não está tendo pena de maneira nenhuma, ataca com a intenção de matar e a preocupação nossa aumenta, e muito, aqui no Estado de São Paulo.

Estamos apresentando uma sugestão ao Governo do Estado: todo o policial que está reformado, aposentado, mas que hoje tem condição de trabalho e que tem a vontade de voltar ao trabalho que seja feito um estudo pelo Governo do Estado para convocá-lo ao trabalho novamente.

Qual a razão? Eles têm salário baixo, têm vontade de estar na ativa e o governo gasta um absurdo para formar um policial, enquanto que esses policiais, que estão aí aposentados e com vontade de voltar ao trabalho, não podem porque já tiveram tempo de serviço, estão reformados. Com isso queremos que o Governo do Estado encontre uma solução, uma brecha para solucionar esse problema e aumentar o policiamento.

Há muito tempo estamos aqui pedindo maior policiamento no Alto Tietê, Mogi das Cruzes, Ferraz de Vasconcelos, Itaquá, Poá, Suzano, Salesópolis, Biritiba e Guararema. O que tem acontecido? Não temos tido aumento do policiamento. Com isso, os bandidos invadem a casa lotérica causando mortes, sacrificando o trabalho dos nossos policiais que ao invés de terem duas viaturas fazendo trabalho preventivo ou acessivo, como é o caso de Salesópolis, Biritiba, o que acontece? Tem uma. Com isso temos invasão, bandidos que não se amedrontam mais com nada.

Precisamos aumentar o efetivo. Então, uma sugestão, Sr. Governador, Sr. Secretário: façam estudo e perguntem quem deseja voltar para a Força Pública, para a Polícia Militar. São pessoas que conhecem, são treinadas, sabem dos seus limites. Alguns podem trabalhar internamente e liberar outros policiais para a rua. Façam alguma coisa. O que não pode é o que está acontecendo: braços cruzados e a população sem saber o que fazer e com medo de sair de casa. Façam esse levantamento de quantos vão aparecer de 30 ou 40 mil que estão reformados. Talvez, apareçam mil, 10 mil, quem sabe. Precisamos retornar ao policiamento tanto preventivo como ostensivo no Estado de São Paulo. Encontrem uma brecha para que as organizações sociais não contratarem pessoas. Encontrem uma brecha para contratar policiais. Eles sabem dos seus limites.

Não pode ficar do jeito que está. Os policiais sendo mortos andando com animais, com cães. A gente vendo essas pessoas sendo sacrificadas porque, às vezes, não podem ter uma reação adequada ou não têm o policiamento do seu lado adequado para fazer seu trabalho policial.

Sr. Governador, vai aqui uma sugestão: vamos fazer o convite para quem deseja voltar para a ativa e ver como essa condição pode ser feita. Existe brecha para isso? Já sabemos dos países que fizeram isso. Por exemplo, no Japão. Então, vamos tentar fazer esse estudo e voltar esses policiais que foram reformados. Há muitos que ainda são jovens voltarem ao trabalho dentro da sua vontade. Não pode ser nada forçado.

O que não pode é fazer com que aumente esse efetivo e não dar condição para os próprios policiais de, além de fazer a segurança das pessoas, também fazerem segurança dos outros policiais.

O apelo que estamos fazendo aqui ao Governo do Estado é de não ficar de braços cruzados porque é essa a sensação que a população tem do secretário de Segurança do Estado. “Ah, não é nele mesmo. Está preocupado com o quê?”

Sr. Governador, estude esse fato. É importante uma solução. “Olha, tem uma luzinha ali no fundo do túnel. Vamos fazer alguma coisa.” Estamos preocupados com a Segurança Pública porque é o apelo contínuo da população. Em todos os lugares que saímos na campanha eleitoral, seja na região de Prudente, Araçatuba, São José, Rio Preto, Ribeirão Preto, a pergunta é: “Gente, estamos com medo. Falta segurança na região”. Muito obrigado.

 

O SR. LUIZ CARLOS GONDIM - PPS - Sr. Presidente, havendo acordo entre as lideranças, solicito a suspensão dos trabalhos até as 16 horas e 30 minutos.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PSB - Sras.Deputadas e Srs. Deputados, havendo acordo de líderes, esta Presidência suspende os trabalhos até as 16 horas e 30 minutos.

Está suspensa a sessão.

 

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- Suspensa às 15 horas e 15 minutos, a sessão é reaberta às 16 horas e 30 minutos, sob a Presidência do Sr. Barros Munhoz.

 

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O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Srs. Deputados, Sras. Deputadas vamos passar à Ordem do Dia.

 

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- Passa-se à

 

ORDEM DO DIA

 

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O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Há sobre a mesa requerimento nos seguintes termos: requeremos nos termos regimentais tramitação em regime de urgência para o Projeto de lei nº 533/2012, de autoria do Exmo. Sr. Governador, que autoriza o Poder Executivo a instituir Bônus por Participação nos Resultados, BPR. O requerimento está assinado pelo Deputado Itamar Borges, e tem o número regimental de assinaturas.

Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que estiverem de acordo queiram permanecer como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

Há sobre a mesa requerimento para constituição de Comissão de Representação, com a finalidade de participar da Jornada Internacional das Vítimas do Amianto (Journée Internationale des Victimes de l’amiante) em Paris, de 11 a 17 de outubro de 2012, sem ônus para o Poder Legislativo. Esse pedido corrige um pedido anteriormente aprovado e é formulado pelo Deputado Marcos Martins, contendo o número regimental de assinaturas.

Em votação. Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que estiverem de acordo queiram permanecer como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

 

O SR. SAMUEL MOREIRA - PSDB - Sr. Presidente, havendo acordo de lideranças, solicito o levantamento da presente sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Srs. Deputados, Sras. Deputadas, nos termos do disposto no art. 18, inciso III, alínea “d”, combinado com o art. 68, ambos do Regimento Interno, convoco V. Exas. para uma reunião conjunta das Comissões de Constituição, Justiça e Redação; Administração Pública e Relações do Trabalho e Finanças, Orçamento e Planejamento, no Salão Nobre da Presidência, hoje, às 16 horas e 40 minutos, com finalidade de apreciar o Projeto de Lei nº 533/12, de autoria do Sr. Chefe do Poder Executivo.

Srs. Deputados, Sras. Deputadas, havendo acordo de lideranças esta presidência, antes de dar por levantados os trabalhos, esta a Presidência convoca V. Exas. para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental, com a mesma Ordem do Dia. Está levantada a presente sessão.

 

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- Levanta-se a sessão às 16 horas e 33 minutos.

 

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