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22 DE OUTUBRO DE 2012

146ª SESSÃO ORDINÁRIA

 

Presidentes: GERALDO CRUZ, JOOJI HATO, LUIZ CLAUDIO MARCOLINO e BARROS MUNHOZ

 

Secretário: JOOJI HATO

 

RESUMO

PEQUENO EXPEDIENTE

001 - GERALDO CRUZ

Assume a Presidência e abre a sessão.

 

002 - OLÍMPIO GOMES

Para comunicação, indaga se fora protocolado ofício do presidente do Tribunal de Contas do Estado sobre a aposentadoria do conselheiro Cláudio Ferraz de Alvarenga.

 

003 - JOOJI HATO

Assume a Presidência. Informa que o citado documento já chegara a esta Casa. Acrescenta que o Presidente Efetivo Barros Munhoz daria conhecimento da matéria oportunamente.

 

004 - VITOR SAPIENZA

Cita mensagens encaminhadas a seu gabinete sobre lição de vida. Destaca texto que repercutiu junto a seu eleitorado. Esclarece que, em seu gabinete, tem funcionários de várias origens e religiões. Relata fábula de cunho religioso sobre a inevitabilidade dos fatos da vida.

 

005 - OLÍMPIO GOMES

Recorda a sessão solene, que presidira na manhã de hoje, sobre os 60 anos do Iamspe e os 50 anos do Hospital do Servidor Público Estadual. Destaca a presença da Sra. Neli Cordeiro de Miranda Ferreira, da Apase. Agradece a atitude do Governador Geraldo Alckmin, que atendendo aos apelos da opinião pública, procedeu à alteração contratual com a seguradora dos policiais militares. Informa que a garantia do pagamento de indenização, em decorrência de morte, também, fora do serviço. Lembra a perseguição a policiais não fardados. Recorda indicação, de sua autoria, sobre o caso, feita em 2008. Comenta os desdobramentos da medida. Lamenta a morte de dezenas de policiais ao longo deste ano. Afirma que a iniciativa é um atenuante neste momento de violência contra policiais.

 

006 - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO

Comenta dados oficiais da Secretaria da Fazenda sobre o aumento da arrecadação. Recorda conversas com setores empresariais. Fala da preocupação com a substituição tributária. Lembra gestões do Governo Federal e atitudes contrárias por parte do Executivo estadual. Fala da geração de empregos, em razão de iniciativas federais. Destaca o aumento da arrecadação do ICMS e IPVA. Afirma que o Executivo estadual penaliza a indústria e o comércio varejista e, por extensão, os consumidores.

 

007 - CARLOS GIANNAZI

Apela ao presidente do STF que aprecie embargos declaratórios relativos à Adins, do PSOL e da OAB-Federal, sobre o processo de extinção da Carteira dos Advogados do Ipesp, pelo então Governador José Serra. Recorda que a carteira existia desde 1959. Lembra que julgamento atribuiu ao Estado a responsabilidade para com a carteira dos advogados. Solicita que o mesmo direito seja estendido aos serventuários da Justiça. Informa que a superintendência do Ipesp não obedece a legislação. Pede à instituição que não desconte, especialmente dos aposentados, 20% dos proventos. Lembra que o desconto era de 5%. Comunica que o reajuste deve ser feito com base no salário mínimo, o que não ocorre.

 

008 - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO

Assume a Presidência.

 

009 - JOOJI HATO

Comenta crime, praticado por três jovens, que assassinaram a estudante Caroline Silva Lee, de 15 anos, no bairro de Higienópolis. Faz reflexão sobre a dor materna. Lembra que os marginais têm passagem pela Polícia. Lamenta a rotina da violência no Estado. Pleiteia programa de desarmamento.

 

010 - JOOJI HATO

Assume a Presidência.

 

011 - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO

Faz prestação de contas de seu mandato. Informa a canalização do córrego do Ribeirão Vermelho, na Vila Piauí. Lembra que obras da Autoban soterraram nascentes e afetam, também, a cidade Osasco. Fala do cadastramento de famílias e conversações com o prefeito e a Secretaria da Habitação de Osasco. Cita projetos locais por meio do projeto Minha Casa, Minha Vida.

 

012 - Presidente BARROS MUNHOZ

Assume a Presidência. Dá conhecimento da íntegra de ofício, do Presidente do Tribunal de Contas do Estado, sobre a vacância do cargo de conselheiro da instituição, com a aposentadoria de Cláudio Alvarenga. Acrescenta que a indicação para a respectiva vaga deve ser feita por esta Casa. Dá conhecimento das normas regimentais que regulamentam a matéria. Suspende a sessão, por conveniência da ordem, às 15h21min; reabrindo-a às 15h21min. Lê a íntegra de comunicado do conselheiro Cláudio Alvarenga, de agradecimentos a este Legislativo.

 

013 - JOOJI HATO

Solicita o levantamento da sessão, com anuência das lideranças.

 

014 - Presidente BARROS MUNHOZ

Registra o pedido. Lamenta a aposentadoria dos servidores aos 70 anos de idade, em referência ao conselheiro Cláudio Alvarenga. Informa que a lei sobre o tema está superada, tendo em vista o aumento da expectativa de vida dos brasileiros. Argumenta que uma pessoa de 70 anos está na plenitude de sua atividade e experiência. Elogia o conselheiro Cláudio Alvarenga como funcionário exemplar, de atuação ímpar. Acrescenta que trata-se de pessoa cordial e amistosa, que buscava o apaziguamento no calor das discussões, de maneira ponderada. Adita que o conselheiro marcou a História de São Paulo. Lembra a atividade de Cláudio Alvarenga como Procurador Geral de Justiça, no Ministério Público e como Secretário de Governo. Ressalta a sua competência e a busca de entendimento com a classe política. Enfatiza que a autoridade pontificou o seu desempenho como conselheiro do Tribunal de Contas, sempre disposto ao diálogo. Louva seus aconselhamentos e orientações. Afirma que Cláudio Alvarenga vai continuar a auxiliar o processo de construção de um Estado e do Brasil com que sonhamos. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária de 23/10, à hora regimental, com ordem do dia. Lembra a realização da sessão solene, hoje, às 20 horas, para "Homenagear a Empresa Cimax Engenharia Ltda pelos seus 55 anos de história". Levanta a sessão.

 

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- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Geraldo Cruz.

 

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O SR. PRESIDENTE - GERALDO CRUZ - PT - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Com base nos termos da XIV Consolidação do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.

Convido o Sr. Deputado Jooji Hato para, como 1º Secretário “ad hoc”, proceder à leitura da matéria do Expediente.

 

O SR. 1º SECRETÁRIO - JOOJI HATO - PMDB - Procede à leitura da matéria do Expediente, publicada separadamente da sessão.

 

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- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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O SR. OLÍMPIO GOMES - PDT - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, ao que consta, já foi protocolado nesta Casa um Oficio do Presidente do Tribunal de Contas do Estado comunicando a aposentadoria do Conselheiro Claudio Ferraz de Alvarenga.

Indago V. Exa. que, estando já na Casa, seja lido durante o Pequeno Expediente para ser dado conhecimento público desse Ofício do Presidente do Tribunal de Contas.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Jooji Hato.

 

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O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Esta Presidência comunica ao nobre Deputado Major Olímpio Gomes que realmente essa Mensagem do Tribunal de Contas do Estado já chegou a esta Casa, mas ainda não foi despachada pelo Presidente efetivo desta Casa. Será feito ainda hoje, quando oportunamente daremos resposta a Vossa Excelência.

Tem a palavra o primeiro orador inscrito, nobre Deputado Rui Falcão. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Vitor Sapienza, V. Exa. que é decano desta Casa.

 

O SR. VITOR SAPIENZA – PPS - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, público aqui presente e telespectadores da TV Assembleia, inicialmente quero agradecer pela referência recebida do meu grande amigo, o nobre Deputado Jooji Hato.

Meus senhores, o Deputado, no exercício do seu mandato, está sempre em contato com seus eleitores. Recebe telefonemas, e-mails e visitas. Entre os e-mails que eu recebi, um me marcou muito.

Era uma história relatando uma lição de vivência. Tenho utilizado o conteúdo do e-mail em minhas conversas com eleitores e sinto uma repercussão muito positiva entre eles. Houve alguém até que disse: Deputado, utilize o Pequeno Expediente para transmitir o conteúdo do e-mail. Quero esclarecer aos telespectadores da TV Assembleia e ao público que nos ouve que no meu gabinete uma das minhas secretárias é judia, a outra é espírita. Tenho junto a mim algumas pessoas que são evangélicas. Sou católico praticante.

Por que toda essa exposição? É porque o que vou narrar tem um profundo sentimento religioso. A historinha é mais ou menos a seguinte: Moisés estava passeando no céu, encontrou Cristo e o convidou para jogar uma partida de golfe. Cristo aceitou. Eles se dirigiam a um clube para jogar golfe, quando encontraram um velhinho, e Moisés disse para Cristo: vamos convidar o velhinho também para jogar.

Chegaram ao clube e no sorteio, o primeiro a jogar seria Moisés. Moisés então deu a tacada na bola, que foi em direção ao lago, caiu dentro do lago. Com o cajado, Moisés tocou a água, que se abriu. Ele desceu - repetição do fenômeno do Mar Vermelho -, deu uma tacada na bola, que subiu e pumba! caiu no buraco.

A seguir, foi a vez de Cristo. Ele deu uma tacada, a bola se dirigiu ao mesmo lago. Sobre o lago havia uma vitória-régia. A bola caiu na planta. Cristo andou sobre as águas e lá chegando deu uma tacada na bola, que pumba! Entrou no buraco.

Chegou a vez do velhinho. A bola saiu até fora do clube, por conta da força utilizada na tacada. Estava passando um sapo, e a bola, ao cair, foi engolida pelo sapo. A seguir, atravessou uma cobra, que engoliu o sapo. Instantes depois, uma águia que ali passava apanhou a cobra e iniciou o voo. Era tão pesada que ela deixou cair a cobra. Diante do impacto no chão, a cobra expulsou o sapo e a bola correu e, por incrível que possa parecer, ela entrou no buraco.

Moisés olhou para Cristo e disse: não é possível jogar com teu Pai. Ou seja, quando Deus quer que as coisas aconteçam, elas vão acontecer, independente se a pessoa é católica, se é evangélica, se é espírita.

Lembro bem de uma passagem em Itaquera, com o Deputado Adriano Diogo, meu particular amigo há cerca de 15 anos. Eu disse que Mao Tsé-Tung queria gatos que soubessem matar ratos, independente se era gato siamês, se era gato vira-lata, se tivesse olhos verdes ou olhos azuis. Naquela ocasião me referia à frase de Mao Tsé-Tung: "não importa a cor do gato, desde que ele apanhe os ratos”. Quando eu terminei, o Deputado Adriano Diogo disse: Deputado, conheço a passagem, nunca Mao Tsé-Tung falou da cor dos olhos. Eu falei: mas ele não tinha a cor dos olhos azuis igual aos meus. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

 O Sr. Presidente - Jooji Hato - PMDB - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, tem a palavra o nobre Deputado Antonio Salim Curiati. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Simão Pedro. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado José Zico Prado. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Celso Giglio. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Olímpio Gomes.

 

O SR. Olímpio Gomes - PDT - Sr. Presidente, funcionários desta Casa, cidadãos que nos acompanham pela TV Alesp, pela manhã, tive a honra de presidir uma Sessão Solene nesta Casa, comemorativa aos 60 anos do Iamspe, Instituto de Assistência Médica do Servidor Público do Estado de São Paulo. São 50 anos do Hospital do Servidor Público e 60 anos do Iamspe.

Inúmeras associações e sindicatos dos servidores públicos se fizeram presentes. O Dr. Latif, Superintendente do Iamspe, agradeceu à Assembleia Legislativa, pois foi um ato deste Parlamento, bem como o Dr. Queiroz, Diretor do Hospital do Servidor. São mais de um milhão e 300 mil vidas assistidas pelo Iamspe, a família servidor público do Estado de São Paulo.

Cometi um lapso na solenidade de não citar - e gostaria de fazê-lo agora, mesmo com atraso - a presença da Presidente do Apase, Sindicato dos Supervisores de Ensino do Magistério Oficial no Estado de São Paulo, Neli Cordeiro de Miranda Ferreira. Com muita propriedade, ao final da solenidade, ela me cobrou: “Olha, o Apase se faz presente, como sempre, em todos os atos em que tenha que se representar servidores públicos”.

Neli, peço perdão pelo lapso de não ter chegado às minhas mãos a sua presença, mas fiz questão absoluta de usar este microfone para me redimir. Você é mais do que presente, você está sempre presente com o Apase.

Quero dizer ainda da minha satisfação e do meu agradecimento em relação à atitude do Governador Geraldo Alckmin. Cobrado pela opinião pública, em algo que começou a partir das minhas manifestações, na sexta-feira, o Governador anunciou que promoverá a alteração contratual com a MetLife, seguradora dos policiais do Estado de São Paulo, considerando também o policial que for morto fora de serviço em decorrência da função policial, de agir como policial ou por ser policial - que é o caso de várias dessas 86 mortes de policiais militares e de quatro de policiais civis, neste ano, no nosso Estado.

Vejo como uma medida mais do que salutar. Isso já deveria estar sendo feito desde 2001, quando passou a vigorar. Não era um seguro de vida, porque não se estendia por 24 horas, mas um seguro de acidente de trabalho.

Muito embora tardio, reconheço e agradeço a postura do Governador de fazer a correção desse erro trágico e histórico que vinha se desenvolvendo no Estado de São Paulo.

Em 2008, fiz a Indicação nº 394 por ser algo de competência do Executivo - não cabe um projeto nesta Casa regulando o seguro de vida. Naquele momento, o Governo respondeu que estava em estudos. Quando passei informações à imprensa falando que os policiais e as famílias estariam em desamparo, a “Folha de S.Paulo” repercutiu os meus queixumes. Isso levantou clamor público sobre a injustiça praticada contra a família policial, e o Governo anunciou, na sexta-feira, não mais estudos - anteriormente o Governo tinha falado em estudos -, mas uma decisão de, doravante, estender o seguro àqueles policiais que tombam na condição de estarem nos seus horários de folga. Que tombam ou que se tornam inválidos permanentemente, e que também fazem jus ao seguro.

Como disse, não há momento de comemoração, nenhum de nós tem de se envaidecer de nada, mas acaba sendo o reconhecimento de uma realidade trágica de que ser policial no Estado de São Paulo é extremamente perigoso, seja durante o serviço ou fora do serviço, na aposentadoria ou na inatividade. Gostaria de levar essa mensagem a toda família policial: sempre digo que a luta muda a lei, muda os comportamentos. A luta dos policiais de demonstrarem à sociedade que estão sendo vítimas, justamente por defenderem a sociedade, está fazendo com que governos mudem os seus comportamentos.

Se não podemos aplacar a dor eterna da perda do ente querido, que pelo menos possamos contemplar materialmente, dando um pouco mais de conforto às famílias enlutadas.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Tem a palavra o nobre Deputado Luiz Claudio Marcolino.

 

O SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, funcionários, a população tem percebido o aumento de arrecadação que temos hoje no Estado na cobrança de impostos. A carga tributária tem aumentado, mas o recurso não está voltando na mesma velocidade que deveria para os investimentos no Estado de São Paulo.

Tenho aqui o quadro de arrecadação do ICMS, que são dados oficiais do Governo. Nas informações prestadas pelo próprio Secretário da Fazenda, Andrea Calabi, à Comissão de Finanças e Orçamento, demonstram, em relação à arrecadação de ICMS em 2011, que a indústria arrecadou um crescimento de 37,7%; o comércio varejista de 31,7%; e os pré administrados - combustíveis, serviços de comunicação e energia, de 29,8 por cento.

Temos conversado com os setores empresariais da indústria e a grande reclamação ao comércio varejista é em relação à substituição tributária. Tenho insistido neste tema porque, ao mesmo tempo em que vêm sendo feitas algumas ações importantes pelo Governo Federal para que a indústria paulista passe a acreditar num maior investimento, vemos que este Estado tem penalizado a indústria e o comércio varejista no Estado de São Paulo.

Algumas medidas importantes foram tomadas, como a criação do Supersimples, e agora a redução da taxa de juros, o processo da ampliação do crédito no nosso País. Tudo isso para beneficiar o setor empresarial, que automaticamente beneficia também os trabalhadores do nosso Estado com a geração de mais empregos e tem gerado, por ano, no Governo Dilma - e já no Governo Lula - pelas medidas acertadas, em torno de 1 milhão e meio de empregos por ano.

Conversando com alguns setores empresariais, perguntamos o que garante a ampliação da arrecadação do ICMS no Estado de São Paulo. E, olhando também os dados fornecidos pela própria Secretaria da Fazenda, pelo Secretário Andrea Calabi, percebemos que, em 2010, foram arrecadados em ICMS 98 bilhões de reais e, em 2011, 98 bilhões e 390 milhões de reais.

Percebemos que o ICMS tem aumentado de forma significativa. Esse aumento de quase 9 bilhões de reais estava acima do previsto de arrecadação. São dados do próprio Governo do Estado, da própria Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, demonstrando que o Governo tem aumentado a arrecadação cobrando o ICMS, o IPVA. Ele tem ampliado a arrecadação do Estado de São Paulo penalizado a indústria paulista, o comércio varejista e, automaticamente, o trabalhador e o consumidor.

Parte desse crescimento do ICMS vem da política acertada da Presidente Dilma e do Presidente Lula, que foi fazendo alguns movimentos e cresceu a classe média, classe “a” e “b”, melhorando o consumo. Com o crescimento da classe média, tem se o aumento na arrecadação porque o Brasil cresce. Só que, ao mesmo tempo, com o aumento tributário, a indústria paga o estoque antes de o comércio varejista de fato vender o produto.

A população e o setor empresarial têm reclamado muito do Governo paulista que não tem conseguido fazer a lição de casa. Enquanto o Governo Federal faz movimento para o crescimento do nosso Estado e do nosso País, o Governo do Estado de São Paulo tem andado na contramão porque esse é o momento de começar a estudar e debater o orçamento de 2013.

É o Governo estadual que determina, fixa a alíquota da cobrança do ICMS. Então é o momento agora de fazer o ajuste necessário para que a indústria paulista e o comércio varejista do nosso Estado não continuem sofrendo, como vem sofrendo com a substituição tributária que tem prejudicado o empresariado, o trabalhador e principalmente você, que é consumidor e cidadão do Estado de São Paulo. Muito obrigado, Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Tem a palavra o nobre Deputado Itamar Borges. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Milton Vieira. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Marcos Martins. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Giannazi.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Luiz Claudio Marcolino.

 

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O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, público aqui presente, telespectadores da TV Assembleia, aproveito a oportunidade para fazer um pedido ao presidente do Supremo Tribunal Federal Carlos Ayres Britto no sentido de que o Supremo coloque em votação o julgamento dos embargos declaratórios de duas Adins, que já foram julgadas exatamente no dia 14 de dezembro de 2011.

Refiro-me aqui às Adins 42 e 91, do PSOL, nosso partido, e também a Adin 4929, da OAB federal. Essas duas Adins foram julgadas e revogaram um artigo da Lei 13.549/09, aqui do Estado de São Paulo, fruto de um projeto de lei do ex-Governador José Serra, que colocou em processo de extinção de uma forma inconstitucional e ilegal a Carteira dos Advogados do Ipesp, uma carteira centenária que foi, na verdade, golpeada pelo ex-Governador, pelo PSDB. Também foi golpeada pela própria Assembleia Legislativa, que majoritariamente votou a favor desta nefasta, desta danosa lei. Apenas o PSOL votou contrariamente e na ocasião alertamos a Assembleia do verdadeiro atentado à lei que estabeleceu essa carteira previdenciária do Ipesp desde 1959. Trata-se de uma questão gravíssima. No julgamento ficou muito claro que o Estado tem responsabilidade, sim, com a Carteira Previdenciária dos Advogados do Ipesp e vamos lutar para que isso seja estendido aos cartorários, aos serventuários da Justiça que foram também penalizados por outra lei aprovada aqui na Assembleia Legislativa. Mas o fato é que a superintendência do Ipesp não está respeitando a legislação, a decisão do Supremo Tribunal Federal. Então o que estamos reivindicando? Primeiramente que o Ipesp respeite a decisão do Supremo Tribunal Federal e pare de descontar dos contribuintes do Ipesp, principalmente dos aposentados, que já conseguiram uma vitória importante, os 20% nos seus proventos porque se houve a revogação de um artigo que desresponsabilizava o Estado em relação à carteira, teria-se de retroagir e na legislação anterior à 13.549 o desconto era de 5% e não 20 por cento. Portanto, o Ipesp está cobrando indevidamente, mesmo com a decisão do Supremo Tribunal Federal, 20% dos proventos e das pensões dos advogados aposentados do Ipesp.

Também há outra irregularidade: o reajuste desse desconto tem de ser feito através do salário-mínimo conforme consta na legislação anterior, quer dizer, o reajuste dos salários dos aposentados e pensionistas. Mas isso também não vem acontecendo. Quase um ano se passou e o Ipesp continua desrespeitando a decisão do Supremo Tribunal Federal. Nós entramos, juntamente com os advogados, com os embargos declaratórios e queremos o julgamento imediato a fim de que essa questão seja resolvida o mais rápido possível, sobretudo para que essa vitória já conquistada pelos aposentados seja também estendida aos contribuintes porque temos milhares de contribuintes que não se aposentaram ainda e continuam pagando a sua aposentadoria e estão com o futuro incerto por conta dessa Lei 13.549. Por isso faz-se urgente o julgamento dos embargos declaratórios da Adin 4291, protocolada no Supremo Tribunal Federal pelo PSOL nacional, e da Adin 4429 da OAB federal para que possamos resolver essa situação e restituir os direitos dos advogados contribuintes do Ipesp.

Que se cumpra a determinação do STF. Este é o apelo que faço publicamente através da Assembleia Legislativa ao Presidente do Supremo Tribunal Federal Ministro Carlos Ayres Britto; que ele coloque em regime de urgência o julgamento desses embargos para que possamos trazer luz à Lei 13. 549 e fazer justiça aos advogados que sempre contribuíram com sua carteira previdenciária e da noite para o dia foram golpeados tanto pelo Governo do PSDB, pelo ex-Governador Serra como pela própria Assembleia Legislativa.

Quero aqui registrar mais uma vez que votei contra esse projeto, porque já entendia que ele era uma afronta ao estado democrático de direito, uma afronta ao direito à aposentadoria de milhares de pessoas que tinham expectativa de se aposentar.

Sr. Presidente, gostaria que cópias deste meu pronunciamento fossem enviadas ao Ministro do Supremo Tribunal Federal, Carlos Ayres Britto. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - É regimental o pedido de V. Exa., Deputado.

Tem a palavra o nobre Deputado Milton Leite Filho. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Edson Ferrarini. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Jooji Hato.

 

O SR. JOOJI HATO - PMDB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, nobre Deputado Luiz Claudio Marcolino, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, telespectadores da TV Assembleia, hoje os jornais publicaram a respeito de um crime bárbaro. Vou falar sobre ele, coisa que eu não gostaria de fazer, ou seja, que não tivesse acontecido. Três jovens sanguinários assassinaram uma garota de 15 anos, no Centro da cidade, à queima-roupa. Esses mesmos jovens, num outro assalto, tinham colocado o revólver na cabeça de uma criança.

“A estudante Caroline Silva Lee, de 15 anos, foi assassinada com dois tiros na nuca ao tentar impedir que três adolescentes roubassem a sua bolsa. O crime aconteceu às duas horas deste domingo, dia 22, na Rua Sabará, em Higienópolis, região Central, quando ela voltava a pé com o namorado de uma festa de aniversário. Os ladrões foram presos logo depois, na Avenida 23 de Maio, e na delegacia ainda debocharam da vítima. “Tá vendo o que dá reagir?, dizia, sorrindo, o entregador Marcos Vinícius Correa Gomes, de 19 anos, autor dos disparos.

Também foram presos Alex Rodrigues Venâncio e Claudinei Avelino, ambos de 18 anos. Todos já estiveram internados na Fundação Casa: Marcos, três vezes por tráfico e roubo; Alex, por roubo; e Claudinei, por tráfico, roubo e furto.

A mãe de Caroline, a recepcionista Maria Lee Silva, 40, precisou tomar vários calmantes para encontrar forças e cuidar da liberação do corpo no IML. “Como uma mãe perde sua única filha por causa de um celular, uma câmera fotográfica e alguns trocados? Não precisavam matar por droga. Quero justiça, quero ver eles ficarem quarenta anos na cadeia”, disse. Maria é viúva do acupunturista coreano Sooh Hake, que morreu de câncer havia seis anos, e tem um filho de 17 anos “unha e carne” com a irmã.

“Estou indo buscar forças na minha filha para enfrentar essa dor. Quando o pai se foi, ela me dizia que a única certeza da vida é a morte.”, conta a mãe.

Caroline e o namorado tinham ido ao aniversário de 18 anos da amiga de infância da estudante, Beatriz Araújo. “A comemoração foi em um bar da Rua Frei Caneca, mas ela e o namorado saíram antes de terminar, porque tinha aula de acupuntura. Ela queria ser como o pai.”, conta a mãe de Beatriz, Irani Maria de Araújo.

Segundo ela, o rapaz conta que dois dos ladrões desceram de um carro preto e mandaram a garota entregar a bolsa. “Por impulso, ela colocou a mão na frente para tentar impedi-los e levou dois tiros à queima-roupa. O namorado gritou muito pedindo ajuda para socorrê-la, mas ninguém fez nada”, comenta.

Segundo a mãe de Caroline, o resgate demorou.

O carro preto ocupado pelos ladrões tinha sido roubado na noite do último dia 14, no Jardim Aeroporto, Zona Sul. O trio dominou um pastor da Igreja Renascer em Cristo no momento em que ele chegava em casa com a família, por volta das 23 horas. Enquanto um deles ficou no carro com as crianças, os outros entraram.

Colocaram a arma na cabeça de uma criança.

Um amigo da família do pastor conta que os ladrões chegaram a colocar a arma na cabeça de uma das filhas da vítima e ameaçaram atirar para intimidar. Eles lotaram o carro com computadores, roupas, eletrodomésticos e outros objetos de valor, e antes de fugir com o veículo, trancaram todos em um dos cômodos.”

É assim que caminha a nossa sociedade. É assim o dia a dia do paulistano e de muitos brasileiros. Enfim, nós sempre pedimos para fazer blitz do desarmamento para tirar as armas desses marginais porque é com essas armas que eles atiram e matam. Uma jovem de 15 anos, cheia de vida, de repente deixa a mãe sem filhos, pois ela era filha única. Quanta dor essa mãe está passando! Eu não consigo imaginar o tamanho da dor que essa mãe está sentindo que certamente é uma dor profunda.

Enquanto esses sanguinários, esses marginais, esses jovens que estão nas drogas e no mundo do crime, sem nenhum sentimento fraterno, sem nenhum sentimento humano, mas, que têm sim, um sentimento bestial que estão sacrificando e assassinando como fizeram com uma jovem de 15 anos. E por nada. Por uma bolsa.

Eu pergunto: quanto vale uma vida? Uma vida vale uma bolsa, ou alguns objetos que porventura tenha lá dentro? É esse o valor de uma vida?

E nós ficamos de braços cruzados, assistindo isso a todo instante, vendo esses fatos serem publicados na mídia. Esse é o nosso País; essa é a nossa cidade; essa é a nossa sociedade.

Até quando nós vamos continuar vendo e lendo essas notícias? Até quando talvez um de vocês forem vítimas? Ou até quando um de seus filhos ou parentes, ou até quando os próprios governantes, as autoridades competentes, que também podem ser vítimas dessa situação?

Eu espero que isso não aconteça, mas todos nós somos passíveis e possíveis vítimas dessa marginalidade que alastra e assola a nossa cidade e várias cidades do estado e do País.

Termino nossa fala aqui, agradecendo a Deus por eu poder estar aqui na tribuna no dia de hoje, relatando um fato, está certo que é lamentável e triste, mas que talvez sirva de lição e de reflexão para que as Polícias comecem a fazer as blitz do desarmamento para tirar essas armas ilegais. Armas que estão nas mãos de adolescentes e de marginais, principalmente dos jovens, que estão matando, assaltando, assassinando, estuprando e infelicitando várias famílias. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - Esgotada a lista de oradores inscritos para falar no Pequeno Expediente, vamos passar à Lista Suplementar.

 Tem a palavra o nobre Deputado Olímpio Gomes. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Itamar Borges. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlão Pignatari. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado João Antonio. (Pausa.)

 

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- Assume a Presidência o Sr. Jooji Hato.

 

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O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, em sequência à Lista Suplementar do Pequeno Expediente, tem a palavra o nobre Deputado Dilmo dos Santos. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Luiz Claudio Marcolino.

 

O SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - Sr. Presidente em exercício desta sessão, nobre Deputado Jooji Hato, quero prestar aqui contas do nosso mandato dizendo que nós temos trabalhado desde o primeiro semestre do ano passado em relação à canalização do córrego do Ribeirão Vermelho.

A canalização desse córrego já é um debate antigo na região da Vila Piauí, inclusive na divisa de São Paulo com Osasco, onde as obras estão paralisadas.

Com a obra que a Autoban está realizando na Anhanguera, com entrada à São Paulo, foram soterradas algumas nascentes do ribeirão porque havia problema na estruturação dos piscinões que foram feitos na própria região, e isso estava alagando não só a região do Rochdale, de Osasco, mas toda chuva no final e começo do ano acabava alagando toda a região também da Vila Piauí.

Fizemos algumas reuniões, chamando o DAEE, o pessoal da Sabesp e da CDHU, da prefeitura de Osasco. Alguns encaminhamentos foram dados e começou agora efetivamente a obra. O contrato que a DAEE tinha que ter feito com a empresa, para iniciar as obras, ainda não tinha sido concluído; foi concluído nos últimos dias. A obra é iniciada pela parte de Osasco, Rochdale subindo para São Paulo.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Barros Munhoz.

 

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Mas as obras efetivamente já foram iniciadas. O DAEE já começou o processo do cadastramento das famílias que serão removidas, do lado de Osasco. Tivemos um diálogo também com a prefeitura de Osasco, falamos com o Secretário da Habitação e com todos os seus representantes. Um projeto já foi estruturado. Inicialmente o Governador do Estado tinha barrado o processo, alegando que a CDHU é que faria a construção. Conversamos com o Secretário da Habitação, Sílvio Torres, e já foi acertado que quem fará a construção é a prefeitura de Osasco, com o recurso do Minha Casa Minha Vida, projeto esse já estruturado.

É importante ter esse projeto estruturado. A parte de cima de São Paulo, na Vila Piauí, só será feita a parte da canalização se houver um projeto habitacional para as famílias que moram ao largo do Ribeirão Vermelho.

Então, venho aqui trazer a prestação de contas do mandato. Essa obra já está sendo estruturada, começou a obra. As famílias estão sendo cadastradas. A prefeitura de Osasco já deu entrada no projeto Minha Casa Minha Vida, para a construção, beneficiando mais de 400 famílias. E poderá ser concluído também o Ribeirão Vermelho na parte de São Paulo, eliminando assim a possibilidade de enchentes para a Vila Piauí.

Deve eliminar já, para as famílias da região do Rochdale, e esperamos que até o final do ano e para o começo do ano que vem as famílias da Vila Piauí também fiquem livres das enchentes que acontecem todos os anos, colocando em risco a vida da população.

Presto contas rapidamente aqui do mandato. Mais uma das ações que vimos desenvolvendo na zona Sul de São Paulo: começa já o processo da implementação. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Srs. Deputados, Sras. Deputadas, esta Presidência passa a dar ciência a V.Exas. do recebimento, na data de hoje, do ofício GP nº 3683, de 2012, subscrito pelo Dr. Renato Martins Costa, Presidente do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, lavrado nos seguintes termos:

“Exmo. Sr. Deputado José Antonio Barros Munhoz, DD Presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.

Sr. Presidente, sirvo-me do presente para, respeitosamente, levar ao conhecimento de V.Exa. a vacância do cargo de Conselheiro deste Tribunal de Contas, em razão da aposentadoria voluntária do Dr. Claudio Alvarenga, publicada no Diário Oficial de 20 de outubro do corrente exercício.

Considerando a incidência da Súmula nº 653, do E. Supremo Tribunal Federal, e levando em conta a origem do provimento do cargo até então ocupado pelo eminente Conselheiro ora aposentado, a vaga que se apresenta é destinada para a indicação dessa Augusta Casa, razão da presente comunicação.

Sendo o que se me apresenta, prevaleço-me do ensejo para reiterar a V.Exa. protestos de elevada estima e distinta consideração.”

Sras. Deputadas, Srs. Deputados, tendo dado ciência da comunicação do Tribunal de Contas, e diante da abertura da vaga para o cargo de Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, e sendo certo que esta vaga deve ser preenchida por nome indicado por esta Assembleia Legislativa, informo a Vossas Excelências o procedimento que deverá nortear esta indicação, mediante a observância das normas constitucionais e regimentais.

A indicação de nome para ocupar a vaga de Conselheiro do TCE será oportunizada a todos os Senhores Parlamentares.

Esta Presidência receberá as indicações de nomes para ocupar o cargo de Conselheiro do Tribunal de Contas, até três dias úteis, após a publicação do mencionado Ofício, que se dará no Diário Oficial da Assembleia Legislativa de amanhã, terminando o prazo na próxima sexta-feira, dia 26 de outubro.

A Mesa consubstanciará em projeto de decreto legislativo à indicação do nome que obtiver o maior número de Parlamentares subscritores, observados os requisitos constitucionais.

A Arguição Pública do indicado será realizada antes de se iniciar a discussão e votação do PDL.

Este PDL não figura em Pauta, não recebe emendas, não há audiência de Comissão e será incluído na Ordem do Dia, dentre as proposições em regime de prioridade, para efeito de discussão e votação.

O PDL poderá ser aprovado ou rejeitado por maioria simples de votos, desde que presentes em Plenário, pelo menos 48 Senhores Parlamentares. O voto será público, como determina o § 2º do artigo 10 da Constituição do Estado.

Aprovado o nome e promulgado o Decreto Legislativo, esta Presidência oficiará ao Sr. Governador para que proceda à nomeação do escolhido. Se rejeitado, a Mesa, em seguida, consubstanciará em PDL o segundo nome com maior número de apoiamento. Caso seja rejeitado também o segundo nome, a Presidência abrirá novo prazo para apresentação de nova indicação.

Esta Presidência entende conveniente, oportuno e necessário até ler o Ofício que, com muita satisfação, recebeu, mas antes disso, interrompe por um minuto a sessão.

Está suspensa a sessão.

 

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- Suspensa às 15 horas e 21 minutos, a sessão é reaberta às 15 horas e 21 minutos, sob a Presidência do Sr. Barros Munhoz.

 

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O Sr. Presidente - Barros Munhoz - PSDB - Retomada a sessão, a Presidência quer ler o seguinte Ofício:

“Exmo. Sr. Deputado José Antônio Barros Munhoz, digníssimo Presidente da Assembleia Legislativa.

São Paulo, 18 de outubro de 2012.

Ofício GC-CFA nº 35/2012.

Sr. Presidente, no momento em que deixo o cargo de Conselheiro do Egrégio Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, sinto-me no dever de manifestar a Vossa Excelência e aos Nobres Deputados dessa Augusta Assembleia Legislativa minha profunda gratidão pelo apoio, atenção e cortesia que sempre me dispensaram.

Permito-me lembrar que já tinha sido honrado por essa Veneranda Casa de Leis com a indicação de meu nome para esta Corte, distinção que a fineza e cordialidade dos Ilustres Parlamentares tornou perene ao longo de todos estes dezenove anos.

As graves responsabilidades que nos incumbem no exercício das nossas funções, não obstante cheias de dificuldades, sacrifícios, são atenuadas pelo apreço e reconhecimento de muitos como Vossa Excelência, que nos animam com o calor de seu incentivo e compreensão.

Estejam certos Vossa Excelência e demais Ilustres Parlamentares que guardarei para sempre a recordação da amizade, respeito e estima que me dedicam e que representam para mim motivo de contentamento e satisfação.

Peço a Vossa Excelência a gentileza de transmitir aos seus Respeitáveis Pares meus sentimentos de imensa gratidão e reconhecimento.

Prevaleço-me do ensejo para reiterar a Vossa Excelência e aos demais Nobres Deputados os protestos do meu alto apreço e consideração.

Claudio Ferraz de Alvarenga, Conselheiro.

 

O SR. Jooji Hato - PMDB - Sr. Presidente, havendo acordo entre as lideranças presentes em plenário, solicito o levantamento da presente sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - Barros Munhoz - PSDB - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, havendo acordo entre as lideranças presentes em plenário, esta Presidência vai levantar a sessão.

Antes, porém, esta Presidência adita à Ordem do Dia o Projeto de lei Complementar nº 33/2012 e os Projetos de lei nºs 175/2012 e 396/2012, que tramitam com urgência constitucional.

Esta Presidência quer usar rapidamente a palavra para lamentar, sinceramente, essa determinação constitucional de aposentadoria dos servidores aos 70 anos de idade. É uma lei que está superada. Era válida, era importante no Brasil de alguns anos atrás, onde a longevidade do brasileiro era bastante menor. Hoje, o cidadão de 70 anos está na plenitude da sua atividade, das suas funções, na maior parte dos casos, da sua experiência inclusive, e essa norma é que vai nos privar da convivência com um dos maiores servidores públicos do Estado de São Paulo. O Dr. Cláudio Alvarenga é uma figura ímpar e exemplar que passou por grandes dificuldades e tropeços na sua vida privada, teve acontecimentos fatídicos que marcaram muito a sua vida. Mas que, nem por isso, deixou de ser uma pessoa doce, cordial, amiga e cordata. Tem sempre uma palavra de apaziguamento no calor das discussões, de bom senso, de ponderação.

Ele marca a história de São Paulo com o seu procedimento, tendo ocupado cargos extremamente importantes. Eu entendo que os três maiores - embora não os únicos - foram sem dúvida alguma a Procuradoria Geral de Justiça do Estado de São Paulo - comandou com brilhantismo o Ministério Público do Estado de São Paulo; foi Secretário de Governo com uma competência extraordinária, ajudando o Governador e facilitando o entendimento com a Assembleia, com os prefeitos, com os vereadores, enfim com a classe política do nosso Estado e do nosso país. E depois brilhou e pontificou no Tribunal de Contas como um extraordinário conselheiro, sempre atento, cuidadoso e disposto a ouvir. Eu mesmo, inúmeras vezes, como prefeito, deputado e companheiro de prefeitos e de vereadores, recorri a ele que, no mais das vezes, sempre aconselhava, orientava para evitar o erro, antes de punir. O Dr. Cláudio Alvarenga marcou também a sua passagem pela Presidência do Tribunal de Contas e pelos demais cargos que lá ocupou.

Quero em meu nome pessoal, e tenho a mais absoluta certeza que em nome de todos os parlamentares desta Casa e de todos aqueles que conviveram ao longo desses 19 últimos anos com o Tribunal de Contas do nosso Estado, lamentar a precoce aposentadoria do Cláudio Alvarenga. O Dr. Cláudio tem muito gás e muita lenha ainda para queimar. Se Deus quiser, ele vai nos ajudar ainda em São Paulo para construirmos o Estado com que sonhamos, e ajudarmos a conquistar o Brasil que almejamos.

Dr. Cláudio, ao senhor, a sua esposa, aos seus filhos, aos seus netos, só podemos dizer: parabéns e felicidades. O senhor honrou e dignificou o serviço público, em todos os cargos que exerceu. O senhor é um orgulho para todos nós. A sua amizade é motivo de satisfação e de contentamento; queremos preservá-la para sempre, embora o senhor não seja mais Conselheiro do Tribunal de Contas.

Vai ser difícil a gente olhar o Tribunal sem a sua presença, sem a presença do Fúlvio, do Eduardo e sem a presença daqueles que, ao longo dos últimos anos, têm participado e composto este Tribunal de forma tão brilhante. Assim como Fúlvio já foi substituído pela Dra. Cristiane, o Dr. Dimas Ramalho substituiu o Dr. Eduardo Bittencourt, certamente o senhor será substituído por alguém que vai continuar honrando e dignificando o nosso querido Tribunal de Contas do Estado de São Paulo.

Deus o abençoe sempre, querido Dr. Cláudio Alvarenga!!!

Havendo acordo de líderes, antes de dar por levantado os trabalhos, convoco V. Exas. para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental, com a mesma Ordem do Dia de 18 de outubro, e os aditamentos anunciados, lembrando-os ainda da Sessão Solene a realizar-se hoje às 20 horas, com a finalidade de homenagear a Empresa Cimax Sanhidrel Engenharia pelos seus 55 anos de história.

Está levantada a presente sessão.

 

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- Levanta-se a sessão às 15 horas e 29 minutos.

 

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