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31 DE OUTUBRO DE 2012

153ª SESSÃO ORDINÁRIA

 

Presidentes: JOOJI HATO, ULYSSES TASSINARI e CARLOS CEZAR

 

Secretário: OLÍMPIO GOMES

 

RESUMO

PEQUENO EXPEDIENTE

001 - JOOJI HATO

Assume a Presidência e abre a sessão. Parabeniza os Deputados eleitos desta Casa para prefeito e deseja uma feliz gestão.

 

002 - OLÍMPIO GOMES

Informa que a operação policial em Paraisópolis, iniciada segunda-feira, já prendeu diversos criminosos e apreendeu armas de fogo e drogas. Ressalta que a operação foi desencadeada para restabelecer a ordem e prender os criminosos ligados ao PCC. Comenta que o criminoso "Piauí" foi preso em Itajaí, Santa Catarina e, de acordo com o Governo, é o mandante dos crimes contra os policiais. Mostra indignação com a saída temporária do Dia das Mães, quando "Piauí" não voltou para a prisão, sendo preso meses depois, em agosto. Questiona a demora no início da operação, já que o responsável pelos crimes foi preso em agosto.

 

003 - CARLOS GIANNAZI

Comunica que esteve presente, na última segunda-feira, em evento do Hospital do Servidor Público Estadual, em comemoração ao aniversário do Iamspe. Informa que também esteve no evento o Governador Geraldo Alckmin. Relata que sua participação teve o propósito de cobrar medidas do governo, já que não há o que comemorar. Destaca a falta de investimento no hospital. Afirma que hoje, o hospital é sustentado pelos servidores públicos, com desconto em folha de pagamento, e que o Governador Geraldo Alckmin não apresentou nenhuma proposta de participação no financiamento do hospital. Diz que o Iamspe não tem realizado convênios com as santas casas e hospitais regionais, principalmente no interior. Cita medidas necessárias para o melhor funcionamento da entidade. Discorre sobre a falta de infraestrutura do Departamento de Perícias Médicas.

 

004 - LUCIANO BATISTA

Informa que participará, hoje, de reunião da Comissão de Segurança Pública e Assuntos Penitenciários. Menciona que protocolará requerimento solicitando a realização de audiência pública na Baixada Santista para discutir as questões de segurança na região. Elogia a atuação do Deputado Olímpio Gomes em todo o Estado de São Paulo. Diz que convidará comandantes da Polícia Civil, Polícia Militar e integrantes do Ministério Público para debater soluções de combate à violência. Cita os pleitos da população da Baixada Santista, durante as audiências públicas realizadas pela Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento, relacionadas, principalmente, com a segurança pública. Considera as características dos crimes da região semelhantes às do Rio de Janeiro. Destaca o aumento de turistas na região nos próximos feriados e a falta de efetivo para atender a todos.

 

005 - ULYSSES TASSINARI

Assume a Presidência.

 

006 - JOOJI HATO

Informa que o PMDB foi o partido que fez mais prefeitos na eleição de 2012 e continua a ser o maior partido do País. Menciona a quantidade de prefeitos, vice-prefeitos e vereadores eleitos de seu partido. Deseja a todos os prefeitos eleitos uma feliz gestão e sucesso. Ressalta que o partido conquistou prefeituras em todos os estados do Brasil. Compara os dados desta eleição com os de 2008, com crescimento de cerca de um milhão de votos. Parabeniza os prefeitos, vice prefeitos e vereadores do PMDB. Comenta os benefícios da lei seca, de sua autoria, para a melhora da segurança nas cidades. Cumprimenta os sete Deputados Estaduais eleitos desta Casa. Pede que os novos prefeitos adotem a lei seca em seus municípios.

 

007 - OLÍMPIO GOMES

Reforça o discurso do Deputado Luciano Batista e a preocupação com a violência na Baixada Santista. Concorda que a audiência pública será importante para debater o tema. Afirma que estará presente no evento. Pede apoio da comunidade, por meio do disque-denúncia, para ajudar na prisão dos criminosos. Exibe matéria do jornal "Folha de S. Paulo" sobre morte de policiais a cada 32 horas no Brasil. Critica proposta do Governo Federal para redução da pena de condenados em função da leitura e prática de esportes. Destaca a falta de instalações nos presídios. Combate o pagamento de auxílio-reclusão com valor acima do salário mínimo.

 

008 - CARLOS CEZAR

Informa que hoje é comemorado o Dia da Reforma Protestante. Cita o início do movimento em 1517, por Martinho Lutero. Afirma que, no último censo do IBGE, os evangélicos cresceram mais de 60% e que são mais de 22% da população, correspondendo a mais de 42 milhões de brasileiros. Esclarece que não há instituição que recupera mais vidas do que a Igreja. Lembra os dois sacramentos fundamentais: o batismo e a Santa Ceia.

 

009 - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO

Informa que haverá mais duas sessões para a conclusão das emendas ao Orçamento de 2013. Discorre sobre o anexo, enviado pelo Governo Estadual, sobre os investimentos regionalizados. Critica a forma como o anexo foi enviado a esta Casa. Compara os 21 milhões de investimentos previstos no Estado de São Paulo com a proposta orçamentária enviada, de aproximadamente 17 milhões. Ressalta que o Governo deverá justificar a falta desses milhões de reais. Comenta a recusa do Governo Estadual em receber ajuda federal na área da segurança pública, tema sugerido pela população em diversas audiências públicas.

 

010 - CARLOS CEZAR

Assume a Presidência.

 

GRANDE EXPEDIENTE

011 - MARCOS MARTINS

Pelo art. 82, comenta o resultado das eleições municipais. Parabeniza o prefeito eleito de São Paulo, Fernando Haddad, pela vitória. Saúda todos os vencedores do Partido dos Trabalhadores. Critica a operação de ocupação policial que o Governo do Estado fez na favela Paraisópolis, na Capital.

 

012 - CARLOS GIANNAZI

Pelo art. 82, afirma que elaborou requerimentos para que os Secretários de Segurança Pública e de Administração Penitenciária venham a esta Casa prestar esclarecimentos a respeito do aumento da violência. Comenta que a população da periferia é a que mais sofre com este fato. Critica o Executivo por não investir o suficiente na área de segurança pública. Pede que base do Governo neste Parlamento apoie estes requerimentos. Relata que a melhor forma de diminuir a criminalidade é investir na área social.

 

013 - CARLOS GIANNAZI

Pede o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.

 

014 - Presidente CARLOS CEZAR

Anota o pedido. Convoca duas sessões extraordinárias a realizarem-se hoje, sendo a primeira com início 10 minutos após o término desta sessão. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária de 05/11, à hora regimental, sem ordem do dia. Lembra a realização de sessão extraordinária, hoje, com início às 19 horas. Levanta a sessão.

 

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- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Jooji Hato.

 

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O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Com base nos termos da XIV Consolidação do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.

Convido o Sr. Deputado Olímpio Gomes para, como 1º Secretário “ad hoc”, proceder à leitura da matéria do Expediente.

 

O SR. 1º SECRETÁRIO - OLÍMPIO GOMES - PDT - Procede à leitura da matéria do Expediente, publicada separadamente da sessão.

 

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- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Esta Presidência, em nome de todos os parlamentares, gostaria de parabenizar os deputados eleitos: Deputados Paulo Alexandre Barbosa, em Santos; Gil Arantes, em Barueri; Geraldo Vinholi, em Catanduva; Carlos Grana, em Santo André; Donisete Braga, em Mauá; Vinicius Camarinha, em Marília; Pedro Bigardi, em Jundiaí. Todos nós desejamos uma feliz gestão, e que a população seja ajudada.

Srs. Deputados, Sras. Deputadas, tem a palavra o primeiro orador inscrito, nobre Deputado Olímpio Gomes.

 

O SR. OLÍMPIO GOMES - PDT - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, funcionários, telespectadores da TV Assembleia, está em curso uma operação policial na região de Paraisópolis, que foi desencadeada a partir das 6 da manhã, de segunda-feira. Já prendeu vários criminosos procurados, apreendeu armas de fogo, inclusive fuzis, muita cocaína, outras drogas.

Mas devo ressaltar que me deixa extremamente apreensivo, porque essa operação foi desencadeada justamente para restabelecer a ordem e prender criminosos ligados à facção PCC, como agora o Governo do Estado admite, depois de 88 mortes de PMS, quatro policiais civis, 18 agentes penitenciários, dizendo que era um reduto do Piauí, um dos líderes da facção PCC, que foi preso em Itajaí, em Santa Catarina, em 27 de agosto.

Aliás, eu disse aqui, e disse na "Folha de S.Paulo" e alguns canais de televisão, o que o Piauí disse quando estava sendo trasladado para São Paulo: que para cada irmão preso um “bota” iria morrer, para cada irmão morto dois “botas” iriam morrer. “Botas”, entenda-se nesse linguajar, policial. Resposta governamental: é lenda, folclore, mas agora está desencadeando a operação, e o Governo mesmo admitindo que teria sido Piauí e mais alguns criminosos os mandantes das mortes de seis policiais. Mas se ele foi preso em 27 de agosto, por que o desencadeamento da operação só às 6 horas da manhã depois de terminado o segundo turno das eleições? Tomara Deus que não tenha havido nenhuma influência político-partidária para a decisão do início da operação.

Sr. Presidente, que também vem sempre à tribuna falar sobre segurança da sociedade, o que deixa mais indignado, como policial, como cidadão, como parlamentar, é que esse maldito Piauí estava preso pela vigésima vez, por tráfico, por porte ilegal de arma, por homicídio, e ele cumpria pena num presídio na Região Oeste do Estado de São Paulo, é que foi agraciado com a saída temporária do Dia das Mães. Piauí saiu, saiu com tornozeleira. No dia 15 de maio, ele já rompeu a tornozeleira, e foi encontrado em Itajaí, porque ele se comunicava com os presos da facção da região de Presidente Prudente e Presidente Venceslau. O serviço de inteligência da SAP, da Secretária de Segurança, identificou e com o apoio da Polícia Federal ele foi preso lá em Itajaí.

Eu quero registrar que o noticiário está mostrando hoje o que já havíamos denunciado: essa vergonha que é a saída temporária.

Quando perguntaram para a juíza que deu o aval para a saída dele, ela respondeu: “Eu não sabia que ele era de facção.” Então, na dúvida, põe na rua. Era Dia das Mães, eu nem sei se esse maldito tem mãe, mas ele foi com salvo-conduto para visitar a mãe dos outros. E ainda premeditar, determinar e dizer de forma debochada para cada um de nós: “mortes!”

Agora ele está preso, mas ele permanecerá preso até quando? Teremos uma próxima saída temporária.

Será que a SAP e a Justiça de São Paulo não entenderão novamente que ele já cumpriu, pelo menos, um sexto da pena, e que ele tem um ótimo comportamento?

E está aí o seu Piauí!

É uma vergonha esse sistema que nós temos para saída temporária. Ele assim como mais de 1.500 presos não voltaram da saída temporária de maio. Pelo próprio registro da SAP, no dia 15, no dia da saída, ele já cortou a tornozeleira dele. A tornozeleira eletrônica foi feita para preso bonzinho, aquele que quer ser monitorado, que vai sair os sete dias e vai voltar para continuar o cumprimento de pena. Esse saiu pela porta da frente do presídio, Deputado Ulysses, mandou matar policiais, mandando no crime do lado de fora.

E a nossa operação iniciou-se em Paraisópolis, segunda-feira, às seis horas. Estranhamente ele foi preso no dia 27 de agosto, só conseguimos reunir todas as informações às seis horas do dia seguinte quando terminou o segundo turno das eleições. Que vergonha geral!

Eu ficaria com remorso e com vergonha de olhar no semblante de qualquer policial ou agente penitenciário pelo resto da minha vida. Tomara Deus que eu esteja equivocado. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Srs. Deputados e Sras. Deputadas, tem a palavra o nobre Deputado Luiz Claudio Marcolino. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Mauro Bragato. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado João Caramez. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Edinho Silva. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado João Antonio. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Itamar Borges. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Enio Tatto. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlão Pignatari. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Pedro Tobias. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Alencar Santana Braga. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Cauê Macris. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Welson Gasparini. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Edson Ferrarini. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Reinaldo Alguz. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Vitor Sapienza. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Antonio Salim Curiati. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Roberto Morais. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Milton Vieira. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Estevam Galvão. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Rodrigo Moraes. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Celso Giglio. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Alex Manente. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado José Zico Prado. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Simão Pedro. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Luiz Carlos Gondim. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Paulo Alexandre Barbosa. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado José Bittencourt. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Jooji Hato. (Na Presidência.) Tem a palavra o nobre Deputado Baleia Rossi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Giannazi.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, funcionários desta Casa e telespectadores da TV Alesp, tinha dito aqui na data de ontem, que nós estivemos na segunda-feira, no evento no Hospital do Servidor Público Estadual dos 60 anos de aniversário do Iamspe, onde também esteve presente o Governador Geraldo Alckmin. Na verdade, participamos dessa solenidade muito mais com o propósito de cobrar medidas do Governo Estadual do que propriamente para comemorar, pois entendemos que não há muito que se comemorar em relação ao Hospital do Servidor Público Estadual por conta da falta de investimento do próprio Governo que não investe nesse hospital e no Iamspe, não investe na saúde dos seus próprios servidores.

Ficamos estarrecidos, Sr. Presidente, e Srs. Deputados, com a posição do Governador Geraldo Alckmin que teve a cara de pau de participar desse evento e não apresentar nenhuma proposta para que o Estado também ofereça a sua contrapartida no financiamento do Hospital do Servidor Público Estadual, que hoje é praticamente um hospital financiado com o dinheiro dos servidores, com a contribuição, com o desconto em folha de pagamento de 2% dos salários de todos os servidores. É esse desconto que vem sustentando o Hospital do Servidor Público Estadual e o Iamspe. E o Governo tem essa dívida, ele não faz a sua contrapartida, não oferece a contrapartida, não contribui com 2% por servidor. Essa tem sido a grande luta do movimento organizado, das pessoas que militam nessa área da saúde e, sobretudo na área da defesa da saúde dos nossos servidores.

Então, gostaria de tocar nesse ponto. Vamos continuar pressionando, Sr. Presidente. Já apresentamos projetos de lei nesse sentido para obrigar o Estado a financiar também o Hospital do Servidor Público Estadual.

O que temos feito é apresentar algumas emendas. Parlamentares apresentam emendas na época da aprovação do Orçamento, e algumas são liberadas, outras não, de acordo com a vontade e o humor do Governo de plantão. O fato é que o Hospital do Servidor precisa de financiamento.

E essa falta de financiamento tem levado o Iamspe, Sr. Presidente, a não realizar os convênios com as Santas Casas do interior paulista, com os hospitais regionais. Os nossos servidores, principalmente os que estão no interior na Grande São Paulo e na Baixada Santista são os mais prejudicados porque não têm atendimento na suas regiões e são obrigados a se deslocar até São Paulo, no Hospital do Servidor Público, no Ibirapuera, para realizar exames, consultas e cirurgias.

Temos poucos convênios com os hospitais regionais, com as clínicas e com as Santas Casas, principalmente do interior. E muitos desses convênios são interrompidos do dia para a noite, abandonando os servidores nessas regiões. Eu cito aqui o caso específico de Santa Cruz do Rio Pardo que já estamos denunciando um bom tempo, que houve o rompimento do convênio, e os servidores de toda aquela região estão sem atendimento médico, hospitalar, sem poder fazer exames, Sr. Presidente e Srs. Deputados. Cito também o caso da cidade e de toda a região de São José do Rio Preto, cuja situação é a mesma, houve lá uma crise com o convênio do Iamspe e da Santa Casa da região. Temos milhares e milhares de servidores sem atendimento médico. Estamos vivendo aqui na Baixada Santista uma situação difícil, não temos convênio, Sr. Presidente, com o Hospital Regional de Santos, com a Santa Casa de Santos. Os servidores públicos de toda a Baixada Santista são obrigados a se deslocar para o Hospital do Servidor. É inconcebível que o maior Estado da Federação, o Estado mais rico do Brasil trate tão mal os seus próprios servidores.

Faço um apelo aqui para que o Governo faça uma descentralização e invista em mais convênios e no hospital, porque o anúncio que o Governador fez de investir apenas 30 milhões na reforma das instalações do Hospital do Servidor Público, Sr. Presidente, não tem nenhum impacto nesse hospital. Temos que fazer uma ampla reforma nesse hospital, contratar mais funcionários, mais médicos, descentralizar o atendimento e acabar com as terceirizações e esse processo de privatização que vem sendo implantado nesse hospital.

Vários setores já foram terceirizados e houve a queda na oferta dos serviços médicos, de laboratório e até de limpeza do Hospital do Servidor Público Estadual, porque infelizmente essa tem sido a política do PSDB - privatizar, terceirizar, principalmente essa área da Saúde. Vamos continuar pressionando o Governo estadual, o Governo Alckmin, a investir no Iamspe, a investir no Hospital do Servidor Público, na saúde dos nossos servidores.

Também não posso deixar de mencionar aqui que é preciso reformar, do ponto de vista de toda a infraestrutura material e humana, o Departamento de Perícias Médicas do Estado, que está totalmente falida hoje. É necessário contratar novos funcionários, porque os processos continuam paralisados. As perícias médicas são difíceis de serem feitas. Enfim, aqui, à exaustão, fiz várias denúncias em relação ao que vem acontecendo no Departamento de Perícias Médicas.

Faltam investimentos, apesar de toda a boa vontade dos funcionários. Tenho conversado muito com eles. Como o Governo não investe, não há infraestrutura para que esses servidores possam trabalhar adequadamente e atender os servidores públicos - professores, servidores da Segurança Pública, do sistema prisional e da própria Secretaria da Saúde - com dignidade. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Tem a palavra o nobre Deputado Vinicius Camarinha. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Hamilton Pereira. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Marco Aurélio. (Pausa) Tem a palavra a nobre Deputada Regina Gonçalves. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Maria Lúcia Amary. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Geraldo Cruz. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Luciano Batista.

 

O SR. LUCIANO BATISTA - PSB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, às 15 horas e 30 minutos a Comissão de Segurança Pública e Assuntos Penitenciários estará reunida.

Terei o prazer de participar da reunião, em substituição ao Deputado Vinicius Camarinha. Tive já algumas conversas preliminares com alguns membros da comissão, e com o seu Presidente, Deputado Adilson, membro de meu partido, o PSB. Protocolarei lá um requerimento solicitando à comissão e seus membros a realização de uma audiência pública na Baixada Santista, para discutirmos questões de Segurança Pública na região.

Está presente no plenário o Deputado Major Olímpio, que também faz parte da comissão, e que tem atuação brilhante por todo o Estado de São Paulo, em especial sobre os assuntos da Segurança Pública.

A Baixada Santista realmente está um mini-Vietnã. Para essa audiência pública queremos convidar os Comandantes da Polícia Civil e da Polícia Militar, e o Ministério Público, para que possamos unir forças no sentido de encontrarmos soluções para o combate a esse estado de violência.

O Deputado Major Olímpio conhece bem o Coronel Prado, que comanda atualmente a Polícia Militar, um oficial dos mais competentes do Brasil. Mas não adianta somente a presença do Coronel, se ele não tiver o apoio necessário para combater essa onda de violência que está tomando conta daquela belíssima região do Estado de São Paulo.

Ontem tivemos reunião da Comissão de Finanças e Orçamento. Vi o resumo das audiências públicas realizadas neste ano, para o orçamento de 2013, em todo o Litoral paulista, nas macrorregiões do Vale do Paraíba, pegando o Litoral Norte, na região de Registro, que tem praias, assim como Iguape e Cananeia. E na macrorregião da Baixada Santista o que me chamou a atenção? O pleito número um, dessas três regiões, é segurança pública.

O pedido é para aumentar o efetivo Policial Civil e Militar, investimento na Polícia Militar e na Polícia Civil, equipamentos, construção de delegacias e combate às drogas, com construção de casas de recuperação. É diferente das outras regiões. O Deputado Carlos Cezar, líder do meu partido, o PSB, me chamou a atenção, que o problema atinge todo o Litoral de São Paulo, desde o Vale do Ribeira, que faz divisa com o Paraná, até o Litoral Norte, que faz divisa com o Rio de Janeiro.

E a Baixada Santista tem uma característica peculiar: porto e morro. A maneira como estão operando na Baixada Santista, de mortes com 10 ou 15 tiros de fuzis, parece-me uma coisa de guerrilha, de coisas que ouvíamos falar do Rio de Janeiro, tempos atrás. Nós víamos cenas desse tipo, gente andando de moto, com fuzil nas costas e na frente.

Preocupa-me porque a Polícia Militar e a Polícia Civil do Rio de Janeiro estão agindo com rigor lá. E fica a pergunta no ar: será que o crime do Rio está migrando para cá? Existe essa possibilidade? Dadas as características da Baixada Santista, parecidíssimas com as do Rio de Janeiro, não é possível que haja relação entre o que está acontecendo?

Essa audiência que a comissão deverá realizar o mais rápido possível é importante para podermos acabar com essa onda lá. Ontem mataram mais uma pessoa na Rodovia Imigrantes. Um aposentado da Sabesp levou dois tiros no peito. A polícia viu e prendeu dois menores, de 15 e 17 anos. A polícia age, mas a vida já foi.

Portanto, a questão da Segurança Pública na Baixada Santista está realmente gritante. Temos um feriado pela frente. Entre os dias 15 e 20 teremos seis dias de feriado, e teremos uma invasão de turistas na Baixada Santista. Aumento do efetivo policial? Não. O efetivo que temos hoje dará conta dos moradores? Não. Moram, na Praia Grande, pouco mais de 200 mil pessoas, e no final de semana temos quase 500 mil pessoas. O efetivo que existe hoje não dá segurança nem para quem mora lá. Com certeza somente a Praia Grande receberá, no fim de semana, 500 mil pessoas, ainda mais com o sol que temos hoje. Pode até ser mais.

Nós recebemos os turistas de São Paulo e de outros lugares com o maior carinho na Baixada Santista, mas o que me deixa apreensivo é a hora em que eles chegam e em que eles saem, porque as estradas ficam congestionadas e não temos segurança para eles. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Tem a palavra o nobre Deputado Marcos Martins. (Pausa) Tem a palavra a nobre Deputada Célia Leão. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Milton Leite Filho. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Geraldo Vinholi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Adilson Rossi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Dilmo dos Santos. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Antonio Mentor. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Gerson Bittencourt. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Beth Sahão. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Afonso Lobato. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Adriano Diogo.

Srs. Deputados, Sras. Deputadas, esgotada a lista de oradores inscritos para falar no Pequeno Expediente passamos à Lista Suplementar.

Tem a palavra o nobre Deputado Enio Tatto. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Marcos Martins. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Edson Ferrarini. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Donisete Braga. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Maria Lúcia Amary. (Pausa.)

 

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- Assume a Presidência o Sr. Ulysses Tassinari.

 

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O SR. PRESIDENTE - ULYSSES TASSINARI - PV - Tem a palavra o nobre Deputado Itamar Borges. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Célia Leão. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlão Pignatari. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Rui Falcão. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Roberto Massafera. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado José Bittencourt. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Jooji Hato.

 

O SR. JOOJI HATO - PMDB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente em exercício, nobre Deputado Ulysses Tassinari, Srs. Deputados, Sras. Deputadas e telespectadores da TV Assembleia, recentemente nós tivemos uma eleição de primeiro turno, no dia 07 de outubro, e no último dia 28 de outubro nós tivemos o segundo turno. Após esse pleito eleitoral municipal, em todo o País, o PMDB é o partido que mais elegeu prefeito e, continua sendo, o maior partido do País.

Nossa legenda, que também é a do nosso querido vice-Presidente da República, Michel Temer, elegeu 1.032 gestores, prefeitos que iniciarão seus mandatos no dia 1º de janeiro de 2013. Em todo o Brasil, chegamos a 7.964 vereadores, ou seja, são quase 8.000 vereadores em nosso País.

O partido ainda elegeu 90 prefeitos e mais 80 vice-prefeitos no Estado de São Paulo. Nos municípios com maior número de eleitores, acima de 200 mil, e que, portanto realizaram o segundo turno, o PMDB ganhou em seis cidades. Sendo assim, em 2013 vai governar nas cidades de Juiz de Fora, Uberaba, Nova Iguaçu, Volta Redonda, Joinville e aqui no Guarujá, através da Prefeita Antonieta.

Neste instante, desejo a todos os prefeitos que tenham uma feliz gestão e muito sucesso.

O PMDB conquistou prefeituras em todos os estados brasileiros. No Rio de Janeiro, o PMDB é o partido com o maior número de prefeituras: são 25 em todo o estado contra 11 do segundo partido mais votado nesta eleição.

Com o resultado das eleições do último domingo, dia 28, o partido do Governador Sérgio Cabral e do Prefeito Eduardo Paes, representa 55,4% do eleitorado fluminense. No Estado de São Paulo, como já citado, elegeu 90 prefeitos, 80 vice-prefeitos e cerca de 700 vereadores eleitos. Isso significa que o PMDB vai governar quase 20% da população paulista e 17% da população brasileira.

Em comparação às eleições municipais de 2008, a votação do meu partido, o PMDB, este ano foi o que mais cresceu em todo o Estado de São Paulo, pois 12% do eleitorado do Estado optaram pelo PMDB, contra 7,75% em 2008.

Isso significa que o PMDB em São Paulo teve um salto de 1 milhão e 730 mil votos, em 2008, para 2 milhões e 690 mil votos, em 2012 e com esse salto crescemos cerca de um milhão de votos.

Por isso, venho à tribuna no dia de hoje parabenizar todos os vereadores, os vice-prefeitos e os prefeitos eleitos pelo nosso partido, o PMDB, e também desejar que tenham muita felicidade, que tenham uma feliz gestão e que consigam dar à população uma resposta ao voto de confiança. Esse voto que é sagrado e que nós devemos honrar sempre trabalhando com muita dignidade, com honestidade, com coragem e com dedicação. É o que desejamos a todos aqueles que foram eleitos por essa sigla, que combateu a ditadura e que combateu o período de recessão; e que sempre lutou pela justiça social e pela democracia.

Aproveito esta oportunidade para, mais uma vez, desejar aos sete Deputados Estaduais que foram eleitos prefeitos, por exemplo, o nosso querido Deputado Paulo Alexandre Barbosa que vai governar a cidade de Santos.

Também quero agradecer aqui a Gil Arantes, que vai governar a cidade de Barueri. Quero agradecer a esse prefeito que na época em que eu aprovei a Lei Seca, chamada também de a Lei do Silêncio e também de Lei fecha-bar, a lei que controla bebida alcoólica. O nosso querido Gil Arantes era prefeito de Barueri quando aprovei na capital essa lei, antes até de Diadema, decretou, adotou essa lei e conseguiu colocar ordem pública naquela cidade, assim como Diadema o fez. Diadema que era a quarta cidade mais violenta no “ranking” nacional, quando aplicou a nossa lei, essa Lei Seca, Lei fecha-bar, a Lei do Silêncio, conseguiu trazer àquela cidade qualidade de vida.

Infelizmente, a vereadora que pediu e seguiu essa lei, Maria Edith, esposa do ex-Prefeito José Augusto, que foi deputado nesta Casa também, perdeu a eleição assim como eu também quase perdi a eleição. Mas depois de 12 anos, essa lei foi reconhecida e hoje é tida como a Lei Salva-vidas porque ajuda a trazer segurança contra uma violência tão radical que arrasa nossa cidade, a Capital, arrasa as famílias do interior e de várias cidades, com essa violência tão radical que temos vivenciado dia a dia.

Quero continuar agradecendo e parabenizando o Deputado Geraldo Vinholi que vai governar a cidade de Catanduva; Carlos Grana, que vai governar Santos André, uma das maiores cidades deste Estado; quero parabenizar o Deputado Donisete Braga, que vai governar a cidade de Mauá e que foi meu companheiro na Frente Parlamentar de Enfrentamento ao Crack e Outras Drogas; e também o Deputado Vinícius Camarinha, que vai governar a linda cidade de Marília; e o Deputado Pedro Bigardi, do PCdoB, que vai governar Jundiaí, essa cidade que é considerada a capital da uva e que está incrustada na Grande São Paulo. Tenho certeza ele irá honrar esse voto de confiança da população, assim como os demais, ajudando o nosso País a crescer e principalmente a ter segurança e qualidade de vida.

Finalizo, meu caro Deputado Ulysses Tassinari, dizendo para esses prefeitos que foram eleitos, que eles possam adotar em suas cidades a Lei Seca, a Lei fecha-bar e que controla a bebida alcoólica, a também chamada a Lei do Silêncio, pois essa bebida alcoólica ao lado de outras drogas infelicita tantas vidas, traz tanta infelicidade, desagrega a família e deixa as mães e os pais chorando a morte de um filho.

E principalmente, meu caro Deputado Carlos Cezar, V. Exa. que é de Sorocaba sabe que lá também entristece muitas famílias, porque são jovens que estão indo para o caminho da bebida alcoólica, para o crack e outras drogas, infelicitando tantas famílias e tantas vidas. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - ULYSSES TASSINARI - PV - Tem a palavra o nobre Deputado Olímpio Gomes.

 

O SR. OLÍMPIO GOMES - PDT - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, funcionários desta Casa e cidadãos que nos acompanham pela TV Assembleia, quero me dirigir à população da Baixada Santista, em especial ao Deputado Luciano Batista, que é um representante da Baixada e acabou de dizer em seu pronunciamento da preocupação como parlamentar, como cidadão, do que está se passando, principalmente na Baixada Santista.

Deputado Luciano, tenha toda a minha solidariedade. Será muito bem-vinda essa audiência que V. Exa. vai promover na Comissão de Segurança Pública. Tenho certeza de que vai promovê-la com quorum ou sem quorum, com votação ou sem votação. Estaremos lá, não só para prestigiar a sua atuação como representante da Baixada Santista, mas muito mais para fazer coro com a população, os policiais e o cidadão de bem acerca das necessidades mais que emergentes de uma força tarefa especial para o desequilíbrio que está provocando insegurança na Baixada Santista.

E não é só uma solução de Polícia. É também buscar nos órgãos de Justiça, no apoio com a própria comunidade, estimulando o uso do Disque-Denúncia visando a ter informações para inibir a ação, prender criminosos e fazer com que o Litoral seja um local extremamente agradável para se viver e para o turista passear - aquele sonho que todos têm de fazer o veraneio nas férias.

Portanto, conte conosco em todas as circunstâncias. Quanto antes V. Exa. promover essa audiência, a família policial, o cidadão de bem, todos apoiarão a sua iniciativa na Baixada, que está precisando de alguém para mediar, coordenar e exigir a integração entre os órgãos públicos.

Quero aproveitar a questão da violência. Hoje, a “Folha de S.Paulo” traz uma matéria que retrata o que acontece. A cada 32 horas, é morto um policial no nosso País. Logicamente, São Paulo fica com a fatia maior dessa tragédia. Não temos guerras convencionais ou civis que promovam tantas vítimas como acontece em relação à Polícia brasileira - neste momento, em relação à Polícia de São Paulo.

Gostaria de fazer mais um comentário sobre a Segurança - ou a insegurança - Pública. Vejo o Governo Federal fazendo uma proposta bastante interessante para a Segurança Pública: “Prática de esporte ou leitura poderá reduzir penas de condenados”. Vejam que maravilha! O Governo Federal está encaminhando uma proposta de alteração da Lei de Execuções Penais. Hoje, é motivo de remissão de pena, de pagamento de pena, o preso que trabalha e o preso que estuda. Para cada três dias trabalhados, há o desconto de um dia de pena. Doravante, a prática de esportes e a leitura.

Fico imaginando. Tantas bibliotecas nas penitenciárias; coisa bonita... Não temos nem instalações! Só no Estado de São Paulo, há um déficit carcerário de 90 mil vagas; no País, 300 mil. Larguem de hipocrisia! Se com a prática de esportes vai haver remissão da pena, o goleiro Bruno vai voltar para a Seleção. Parabéns ao Governo Federal! Parabéns ao Ministério da Justiça! É disto que estávamos precisando mesmo: muay thai, karatê e kung fu para atacar a Polícia... Rachão vai descontar pena... É o que estou dizendo. O goleiro Bruno, acusado de ser o mandante da morte da ex-namorada, vai acabar na Seleção Brasileira. Mas que coisa mais horrível! Isso dá vergonha na gente. Já não basta termos o Auxílio Reclusão de R$ 915,06, enquanto o salário mínimo nacional é de R$ 622,00, agora teremos essa vergonha.

Ah, é para combater o ócio. Como não tem biblioteca... Eu estava ironizando. É como a remissão de pena para o preso que quer trabalhar, mas não tem o trabalho no presídio. Aí, o advogado entra e peticiona: “Ele quer trabalhar, mas não tem trabalho que atenda o pendor dele.” Aí, pergunta-se para o preso: “Qual a sua profissão? “Ah, sou afinador de oboé. Se não tiver o serviço de afinador de oboé, não tenho o que fazer. Estou querendo trabalhar. O sistema, o Estado e a sociedade não me proporcionam trabalho. Logo, me dê a remissão de um dia a cada três, já que não estou trabalhando porque não tem trabalho.”

Milhares de presos já estão com esse sistema, vergonhosamente. Agora, vamos para mais um. O ludopédio, ou a prática do futebol, o rachão vão ter desconto de pena. Como vamos avaliar o tempo de leitura para poder dizer que estamos criando condições para a reinserção na sociedade? Muitas vezes, fico envergonhado. Devia ter vergonha na cara quem promove ou quem apresenta esse tipo de solução, que só vai piorar a tragédia de segurança da população.

Parabéns, marginais! Parabéns àqueles que estão no mundo do crime! Vocês vão conseguir reduzir um terço do período fechado praticando esportes - rachão, futebol, artes marciais - ou praticando a leitura como forma do cumprimento de pena no País. Parece jabuticaba: só dá no Brasil.

 

            O Sr. Presidente - Ulysses Tassinari - PV - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, tem a palavra o nobre Deputado Carlos Cezar.

 

O SR. CARLOS CEZAR - PSB - Sr. Presidente, Deputado Ulysses Tassinari, Sras. Deputadas, Srs. Deputados hoje, para muitos, comemora-se um dia escuro, um dia em que muitas pessoas se fantasiam de preto. Para uma grande parcela da população mundial e uma parcela extremamente significativa da população do Brasil, hoje é um dia especial porque se comemora o Dia da Reforma Protestante. Foi no dia 31 de outubro de 1517 que Martinho Lutero foi à Catedral do Castelo de Winterberg, Alemanha, e fixou as 95 teses, basicamente lutando contra a venda de indulgências e anunciando a salvação pela fé.

Martinho Lutero, em 1522, traduziu a Bíblia para o alemão e descobriu que o Livro de Romanos, capítulo 1, versículo 17, diz que “o justo viverá da fé.” A partir daí, ele começou a pregar a Palavra e falar a respeito da salvação pela graça. Esse movimento cresceu, ficou conhecido como da “Reforma Protestante”, porque ele estava protestando contra alguma coisa. Tempos atrás, os evangélicos eram conhecidos como crentes. Hoje, somos conhecidos como evangélicos. Se, em 1980, representávamos pouco mais de 6% da população, em 1991, passamos a 9% da população. No último Censo do IBGE, os evangélicos cresceram mais de 60% e passamos a ser mais de 22% da população. Se em 2000 éramos pouco mais de 26 milhões, em 2010, ainda segundo IBGE, somos mais de 42 milhões de brasileiros, que confessam a Jesus e creem em Deus. E no dia de hoje celebramos a Reforma Protestante, a coragem de Martinho Lutero que descobriu a importância da salvação pela fé.

Sr. Presidente desta sessão, Deputado Ulysses Tassinari, Deputado Isac Reis, Deputado Luciano Batista, não há nenhuma instituição que consiga recuperar mais vidas. Ouvíamos, há pouco, manifestações de deputados que me antecederam falando a respeito do crescimento da violência e das drogas. Não há instituição que recupere mais vidas do que a Igreja, que prega as palavras de Deus. Se hoje muitas pessoas estão fantasiadas, é da festa folclórica, de um movimento que nasceu nos Estados Unidos; mas, por outro lado, cremos no que está no Livro de Salmos, capítulo 119, versículo 105: “Lâmpada para os meus pés é tua palavra, e luz para o meu caminho”. Martinho Lutero descobriu isso e, a partir de então, nasceu o movimento protestante, o movimento evangélico, e hoje cremos que a palavra de Deus tem trazido luz a muitas pessoas que caminham na escuridão, nas trevas, de drogas, de morte, de tantas coisas erradas. E quero aqui me somar aos mais de 42 milhões de brasileiros, que hoje se alegram pela coragem de um homem chamado Martinho Lutero, um monge que, naquele tempo, falou contra a venda de indulgências, e falou a respeito de dois sacramentos fundamentais: Batismo e Santa Ceia.

Quero cumprimentar a todos os 42 milhões que, pela coragem deste homem, tomam a decisão, e se alegram pelo dia 31 de outubro que, para nós, é o Dia da Reforma, dia de celebrar a luz, e não a escuridão. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ULYSSES TASSINARI - PV - Tem a palavra o nobre Deputado Luiz Claudio Marcolino.

 

O SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, funcionários, estamos apenas a duas sessões para a conclusão do encaminhamento das emendas para o Orçamento de 2013. Ontem, numa reunião da Comissão de Finanças e Orçamento, foram feitos alguns questionamentos. O primeiro é em relação ao que foi apresentado pelo Governo do Estado, sobre a regionalização do Orçamento para 2013.

Tínhamos debatido nesta Casa a necessidade de um orçamento pelas Regiões Metropolitanas, pelos Aglomerados Urbanos e pelas regiões administrativas. O Governo encaminhou à Assembleia Legislativa um relatório para a estruturação do Orçamento de 2013, e vem, como anexo, “Investimentos Regionalizados”. Só que este anexo tem de fazer parte do corpo do Projeto de lei do Orçamento. A proposta de regionalização do orçamento, mesmo sendo apenas de investimento, e não custeio - seria necessária também a regionalização do custeio -, por constar como anexo, depois de aprovada a Peça Orçamentária pela Assembleia Legislativa, será deixada de lado por não ser parte integrante da Peça Orçamentária para 2013.

Tivemos no começo do ano uma reunião com o Secretário da Fazenda, Andrea Calabi, e foi apresentada a previsão inicial de 21 bilhões de investimento no Estado de São Paulo durante os quatro anos do Governo Geraldo Alckmin. Pela nossa projeção, inclusive para 2013, este investimento deveria já chegar na casa dos 23 bilhões. Mas, quando observamos a proposta apresentada de investimentos para o Estado de São Paulo, percebemos que a proposta orçamentária é de 17 bilhões e 202 milhões. Se existe uma previsão de 23 bilhões para ser executado em 2013, está faltando alguns bilhões de reais na Peça Orçamentária encaminhada pelo Governador.

É um problema sério, pois se há uma previsão de 21 bilhões, e tem aumentado arrecadação do Governo do Estado ano após ano - no ano passado foram 10 bilhões a mais de arrecadação entre ICMS e IPVA, e vai continuar o aumento também em 2012 -, a previsão é de 21 bilhões de investimento para 2013. O Governo tem de justificar essa falta de alguns bilhões de reais e apresentar onde se encontram esses investimentos.

Muito se fala da Segurança Pública, pois todo mundo está assustado com a onda de violência que vem acontecendo. A Presidência da República já disponibilizou a Força Nacional para ajudar a Segurança do Estado, mas até agora o Governador tem se recusado a receber ajuda federal. Nas audiências públicas, percebemos muitas sugestões em relação ao aumento de efetivos, treinamentos e salários - foram 46 sugestões. Em relação à Polícia Civil, pessoal e investimento, foram 48 sugestões ao longo das audiências públicas; construção de delegacias - mais nove sugestões; reaparelhamento da Polícia Civil, da Polícia Militar, do Técnico Científico e do Corpo de Bombeiros, mais 16 sugestões; Polícia Técnico Científica, custeio, pessoal, instalações, mais 16 sugestões; IML, instalações, mais 16 sugestões; e por aí vai. A população já demonstrava nas audiências públicas do Orçamento do Estado que havia problemas sérios de Segurança. Tudo foi apresentado para a Comissão de Finanças e Orçamento, às audiências públicas do Legislativo, inclusive ao Executivo.

O Governo do Estado de São Paulo demonstra dificuldade em perceber que estamos numa guerra. A população já vem apontando isso nas audiências, mas o Governo não consegue construir um plano efetivo para diminuir a violência.

Reitero então que está faltando alguns bilhões de reais na Peça Orçamentária; e também a descentralização do orçamento para mais investimento na Segurança do nosso Estado. Muito obrigado.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Carlos Cezar.

 

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O SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PSB - Srs. Deputados, esgotado o tempo destinado ao Pequeno Expediente, vamos passar ao Grande Expediente.

 

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- Passa-se ao

 

GRANDE EXPEDIENTE

 

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O SR. MARCOS MARTINS - PT - PELO ART. 82 - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, telespectadores da TV Assembleia, não poderíamos deixar de fazer uma constatação da importância que foram as eleições deste ano.

Quem já viveu a ditadura militar sabe da importância da democracia, a população pobre poder se expressar. Certamente não tem a perfeição que gostaríamos que tivesse. Mas a população se expressa e escolhe aqueles que vão conduzir o destino de um país.

Gostaria, aqui, de cumprimentar o Sr. Fernando Haddad, eleito aqui em São Paulo. Nós o apoiamos, ajudamos e foi uma vitória importante para o Partido dos Trabalhadores. É claro que tivemos uma coligação ampla e diversos outros partidos também se sentem contemplados com essa eleição.

Em nome da Cidade de Osasco, quero cumprimentar o Jorge Lapas, eleito prefeito dessa cidade, e todas as prefeituras, em especial os prefeitos eleitos do PT que puderam dar a sua contribuição para o processo democrático deste país.

O nosso respeito àqueles que não foram eleitos e aos nossos adversários também que ganharam prefeituras pelo país afora. Todos acabam ganhando porque significa que estamos vivendo uma democracia. Pode não ser a ideal, mas é uma democracia que podemos nos expressar. Não é como no Egito em que a bala é que resolve.

É claro que estamos vivendo aqui uma crise de segurança pública, a falta de segurança. A população se sente inseguro. Quando ouvimos o Secretário de Segurança Pública fazer declarações na mídia dizendo que aqui não tem operação pacificadora como no Rio de Janeiro, mas o grau de violência que estamos vivendo aqui já está se aproximando o do Rio de Janeiro.

Outra coisa é em relação a Paraisópolis. O candidato do PSDB citava - assisti à televisão e por isso que estou dizendo -, algumas vezes, como um dos maiores feitos a melhoria, a urbanização do Paraisópolis com água, esgoto, etc.

A surpresa é que a primeira investida por falta de segurança foi justamente em Paraisópolis. Então, o que será que foi tanto feito porque lá é que está com problema.

Nossa solidariedade a todos aqueles que tombaram. Sabemos que morrem homens da Força de Segurança, inclusive gente inocente, que é, eventualmente, pego numa rajada de metralhadora e que não tem nada a ver com a guerra civil estabelecida.

Na nossa cidade, também tivemos um problema. Houve tiros de metralhadoras a 200 metros, mais ou menos, da delegacia de polícia e três pessoas foram mortas e cinco feridas. Já tivemos lá o toque de recolher. O Secretário de Segurança Pública disse que o toque de recolher acontece em vários lugares enquanto existem pessoas e constatamos isso lá onde moro.

Quero, aqui, deixar este registro de que o Governo do Estado ainda está devendo a segurança para a população, que é a obrigação do Estado e direito do cidadão. Muito obrigado.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - PELO ART. 82 - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, público presente, telespectadores da TV Assembleia, fiz dois requerimentos nessa semana. Uma na semana passada e uma nesta semana, pedindo a convocação na Comissão de Segurança Pública de dois secretários: o secretário de Segurança Pública e o secretário de Administração Penitenciária, justamente para que possamos aqui apresentar soluções para essa grave situação da violência no Estado de São Paulo.

Tenho dito que o Governo Alckmin perdeu o controle da situação. Estamos vivendo hoje a insegurança pública no nosso Estado por falta de investimento. Não temos aqui um Plano Estadual de Segurança Pública, as nossas polícias estão sucateadas sem a infraestrutura, com os servidores da Segurança desvalorizados do ponto de vista salarial, do ponto de vista funcional, do ponto de vista das condições de trabalho.

Visitamos os batalhões, as delegacias de polícia, conversamos com os servidores e a situação é a mesma, talvez até pior com os servidores do Sistema Prisional. Com essa falta de investimento, com esse sucateamento da Segurança Pública leva ao aumento da violência que atinge basicamente 41 milhões de habitantes. Logicamente alguns serão mais atingidos que outros que têm o maior poder aquisitivo. Quem mora nos bairros centrais, nos Jardins é menos afetado, embora também haja aumento da escala de violência nesses segmentos da sociedade. Temos arrastões em restaurantes da elite da cidade de São Paulo, em condomínios de luxo. Mas o fato é que as pessoas mais pobres quanto mais na periferia mais a situação se agrava. Tanto é que o toque de recolher ocorre normalmente nos bairros mais pobres e abandonados pelo Poder Público.

Se o Governo Alckmin, o Governo do PSDB é omisso, irresponsável, leviano porque não investe numa área tão estratégica como essa, a Assembleia Legislativa tem que ter posição, tem que ser independente, tem que ter autonomia para fiscalizar o Executivo, exigir que o Executivo cumpra sua função. Esta a função do Parlamento. Foi por isso que, além de denunciar exaustivamente o que vem acontecendo nessa área, fiz aqui duas iniciativas pedindo a convocação desses dois secretários. Inclusive, os requerimentos provavelmente serão discutidos agora na Comissão de Segurança Pública. Parece que ela vai iniciar a sua sessão agora, às 15 horas e 30 minutos.

Só espero que a base de sustentação do Governo, os deputados que compõem aqui a base do Governo Alckmin não obstruam, não peçam vistas usando esse artifício do Regimento para impedir a presença dos dois secretários aqui.

Queremos debater com os secretários porque queremos soluções, queremos que eles apresentem aqui um plano de combate à violência, expliquem não só aos deputados, mas também à população, porque o Governo Alckmin tem escondido o que realmente tem acontecido, dizendo que não há crise na Segurança Pública, que não é crime organizado.

Enfim, sabemos que a situação é muito grave, tão grave quanto aquele dia de 2006, onde o PCC parou o Estado de São Paulo. Agora as coisas estão acontecendo gradativamente, aos poucos e o governo não apresenta respostas nem para a sociedade, muito menos aqui para o Parlamento paulista. Mas nós fomos eleitos, temos um mandato popular, temos a prerrogativa de questionar, de investigar e de fiscalizar o Executivo por isso peço o apoio dos deputados da base governista porque a oposição vai aprovar o nosso requerimento, não temos dúvidas em relação a isso, mas a base do Governo, que também vem aqui criticar essa onda de violência, que faz seu discurso contra a violência, depois vota com o Governador Alckmin e contra os projetos que apresentamos para diminuir a violência.

Nesse sentido apelamos aos deputados, aos líderes partidários para que liberem a aprovação dos nossos dois requerimentos porque a Assembleia Legislativa tem de convocar tanto o Secretário de Segurança Pública como o Secretário de Administração Penitenciária para explicarem aos deputados e, sobretudo, apresentarem soluções para este grave problema da Segurança ou insegurança Pública no Estado de São Paulo, a grave situação marcada pelo aumento dos homicídios, dos assaltos, dos roubos, dos arrastões em condomínios e restaurantes, das chacinas generalizadas pela Cidade de São Paulo, Grande São Paulo, Baixada Santista. Eu diria até que talvez estejamos com a volta do esquadrão da morte também com a morte dos policiais, que é tão grave quanto. Policiais são mortos quase que diariamente, principalmente fora do serviço. Isso mostra a atuação do crime organizado. Os agentes penitenciários estão sendo mortos, exterminados. A situação é realmente muito, muito grave.

Além disso, temos ainda um jogo de empurra porque o Secretário de Segurança Pública disse que não há justificativa ou motivo para a presença do Ministério da Justiça, que não há necessidade das forças federais no Estado de São Paulo e que ajuda não foi oferecida. O Ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, por sua vez, diz que ofereceu ajuda para a Secretaria e esta recusou. Ou seja, é um jogo de empurra.

Acho que o Governo Federal tem responsabilidade também, tem de atuar nessa área porque Segurança Pública é também da alçada do Governo Federal e o Governo Federal tem de intervir, sim, dando a sua contribuição através da Polícia Federal, através da guarda nacional para ajudar a combater a violência.

Sabemos que o Governo Federal tem uma função específica: a de combater o tráfico de drogas nas fronteiras, o tráfico de armas, é fundamental que o Governo Federal cumpra esse papel, o que não tem feito porque tem entrado muito armamento inclusive internacional, sinal de que não há fiscalização nas fronteiras, há uma grave falha do Governo Federal, mas pode dar sua contribuição. Essa questão da segurança tem de ser atacada na sua raiz. Quanto mais investimento nas áreas sociais, quanto mais escolas públicas de qualidade, quanto mais casa de cultura, quanto mais bibliotecas, quanto mais investimento em cultura, educação, esporte e lazer mais condições teremos de diminuir a criminalidade no Estado de São Paulo.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Sr. Presidente, havendo acordo entre os líderes, solicitamos o levantamento desta sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - CARLOS CEZAR - PSB - O pedido de V. Exa. é regimental, antes, porém, a Presidência tem as seguintes convocações a fazer em nome da Presidência efetiva da Casa: “Sras. Deputadas e Srs. Deputados, nos termos do Art. 100, inciso I, da XIV Consolidação do Regimento Interno, convoco V. Exas. para uma Sessão Extraordinária a realizar-se hoje, às 19 horas, com a finalidade de apreciar a seguinte Ordem do Dia: Proposta de Emenda à Constituição nº 5/12, que acresce o § 4º ao Art. 52 ‘a’ dispondo sobre o comparecimento dos reitores das universidades públicas estaduais, do presidente da Fapesp e do diretor superintendente do Centro Paula Souza anualmente perante Comissão Permanente da Assembleia Legislativa.

Nos mesmos termos a Presidência convoca uma segunda Sessão Extraordinária a realizar-se hoje, 10 minutos após o término da primeira Sessão Extraordinária, com a finalidade de apreciar a seguinte Ordem do Dia: Proposta de Emenda à Constituição nº 5/12, que acresce o § 4º ao Art. 52 ‘a’ dispondo sobre o comparecimento dos reitores das universidades públicas estaduais, do presidente da Fapesp e do diretor superintendente do Centro Paula Souza anualmente perante Comissão Permanente da Assembleia Legislativa.”

Em face do acordo entre as lideranças esta Presidência, antes de encerrar a sessão convoca V. Exas. para a Sessão Ordinária de segunda-feira, à hora regimental, sem Ordem do Dia, lembrando-os ainda da Sessão Extraordinária a realizar-se às 19 horas.

Está levantada a sessão.

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- Levanta-se a sessão às 15 horas e 46 minutos.

 

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