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12 DE DEZEMBRO DE 2011

154ª SESSÃO ORDINÁRIA

 

Presidentes: CELSO GIGLIO e JOOJI HATO

 

Secretário: JOOJI HATO

 

RESUMO

PEQUENO EXPEDIENTE

001 - CELSO GIGLIO

Assume a Presidência e abre a sessão.

 

002 - OLÍMPIO GOMES

Tece comentários acerca da sessão solene, ocorrida nesta manhã, em homenagem aos 180 anos de existência da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Relembra a criação e a trajetória da Corporação, presente nos 645 municípios paulistas. Informa que o efetivo policial gira em torno de 94 mil homens. Explica as funções da PM, como a repressão imediata e o combate à criminalidade. Acrescenta que o resgate a vitimas acidentadas e o combate a incêndios também são atividades desenvolvidas pela Polícia, através do Corpo de Bombeiros. Lamenta o número de policiais mortos em serviço, a quem chama de heróis anônimos.

 

003 - JOOJI HATO

Lê e comenta notícia, publicada no "Jornal da Tarde" de hoje, sobre o assassinato da vendedora Wanessa de Souza Peixoto, de 23 anos. Explica que a moça foi baleada por um carona de moto, na Avenida do Cursino, na sexta-feira passada. Acrescenta que o projeto de lei, de sua autoria, que aguarda sanção do Governador, tem o objetivo de reduzir esse tipo de crime. Lembra a morte de policial militar, atingido também pelo garupa de uma moto.

 

004 - EDSON FERRARINI

Discorre sobre solenidade em homenagem aos 180 anos da Polícia Militar, da qual se orgulha em ser membro. Diz que o ato representa a gratidão do povo paulista à Corporação. Cita a redução nos índices de criminalidade. Elogia a atuação do coronel Álvaro Batista Camilo, comandante-geral da PM/SP. Destaca o reajuste salarial da categoria e as incorporações ao holerite, recentemente conquistadas. Enfatiza a promoção ao posto imediato, aprovada por lei, e as vantagens da união dos quadros das polícias feminina e masculina. Informa que a Polícia Militar não será atingida pelo projeto de previdência complementar, que será votado nos próximos dias, neste Parlamento. Comenta a aquisição de 23 helicópteros, pela PM, o que facilita o desempenho de suas funções. Discorre sobre o sistema carcerário no Estado.

 

005 - JOOJI HATO

Assume a Presidência.

 

006 - CELSO GIGLIO

Manifesta apoio às bandeiras defendidas pelo Deputado Jooji Hato. Informa que, no próximo sábado, receberá o título de "Cidadão Viradourense", uma iniciativa do Vereador Lindoia, a quem agradece. Fala da importância da homenagem. Menciona a trajetória política de seu pai, prefeito de Viradouro, por três mandatos. Lembra as viagens que fazia com seu pai e as lições que aprendeu.

 

007 - CARLOS GIANNAZI

Reforça o pedido para que o PLC 71/11 seja aprovado ainda nesta semana. Diz que apresentará emendas à propositura. Informa que a matéria corrige, parcialmente, erros cometidos aos professores, através da aprovação da Lei 1093. Explica que o PLC reduz a duzentena, de 200 para 45 dias, mas critica o fato de este período coincidir com as férias do magistério. Lamenta que a propositura não resolva a questão das falsas avaliações.

 

008 - WELSON GASPARINI

Fala de audiência, com o Governador Geraldo Alckmin, para apresentar resultado de trabalho, desenvolvido em Ribeirão Preto, por este Deputado. Ressalta sua luta para que o município tivesse um parque tecnológico. Informa que a USP preparou edital de licitação para a construção de dois prédios do parque. Destaca os investimentos para a primeira etapa das obras, na ordem de 12 milhões de reais. Explica que 7,5 milhões serão repassados pelo Executivo, e outros 4,5 milhões, pela USP. Fala de sua expectativa para a construção de fábrica de medicamentos populares, no sentido de reduzir os preços abusivos na venda pelas farmácias.

 

009 - OLÍMPIO GOMES

Lembra divulgação, pela "Folha de S. Paulo", de resultado de licitação da Linha 5 do Metrô, seis meses antes da concorrência. Traz nova denúncia sobre a duplicação da SP-463, em Araçatuba, até o Rio Tietê. Explica que a abertura dos envelopes seria dia 16 de novembro, mas seis dias antes, a imprensa divulgava economia de 30%, no custo da obra, em relação à previsão do Estado. Acrescenta que foi informado o nome da empresa vencedora, a Elenco Construtora. Questiona a redução de custo apresentada pela Elenco, de 89 para 56 milhões de reais, percentual 38% menor que o inicial. Pede ao Tribunal de Contas que suspenda a licitação e apure possíveis fraudes no certame. Fala de requerimento de informação à Secretaria dos Transportes, solicitando esclarecimentos sobre o caso.

 

010 - EDSON FERRARINI

Enaltece a proibição da venda de bebida alcoólica nos estádios, por meio de lei estadual. Diz que o modelo foi copiado por vários outros Estados. Critica a exigência da Fifa em liberar a comercialização de álcool nos estádios durante a Copa do Mundo e, após o término do campeonato mundial, de forma permanente. Acusa a Federação de ignorar a legislação brasileira. Critica o PT, pela articulação em favor da mudança. Elogia o Governador Geraldo Alckmin, que vetou o retorno das bandeiras com mastro aos estádios.

 

011 - EDSON FERRARINI

Pelo art. 82, condena a venda de bebidas alcoólicas nos estádios de futebol. Considera que o consumo de álcool pode causar episódios de violência durante as partidas. Critica o interesse econômico das grandes empresas de bebidas na comercialização de álcool em eventos esportivos.

 

012 - CARLOS GIANNAZI

Pelo art. 82, defende a apreciação, nesta semana, do PLC 71/11, que propõe redução da "quarentena" dos professores da rede pública estadual. Pede a aprovação do PL 1142/11, que institui o programa "Aprimoramento da Gestão Participativa", destinado às Associações de Pais e Mestres das escolas estaduais. Enfatiza que a contratação de professores e profissionais de apoio das escolas deve ser realizada através de concurso público de provas e títulos.

 

013 - CARLOS GIANNAZI

Pelo art. 82, informa que o Supremo Tribunal Federal, nesta quarta-feira, deverá julgar Adin, impetrada em 2009, pelo PSOL, que alega a inconstitucionalidade de projeto de lei que extinguiu a Carteira Previdenciária de Advogados pelo Ipesp. Comunica que a OAB Federal também protocolou Adin no mesmo sentido, que deverá ser apreciada no mesmo dia. Combate o PLC 840/11, que cria regime de previdência complementar para os servidores públicos do Estado de São Paulo.

 

014 - CARLOS GIANNAZI

Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.

 

015 - Presidente JOOJI HATO

Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária de 13/12, à hora regimental, com ordem do dia. Lembra a realização da sessão solene hoje, às 20 horas, para prestar homenagem aos "10 anos da Câmara Brasil-China de Desenvolvimento Econômico". Levanta a sessão.

 

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- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Celso Giglio.

 

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O SR. PRESIDENTE - CELSO GIGLIO - PSDB - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Com base nos termos da XIV Consolidação do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.

Convido o Sr. Deputado Jooji Hato para, como 1º Secretário “ad hoc”, proceder à leitura da matéria do Expediente.

 

O SR. 1º SECRETÁRIO - JOOJI HATO – PMDB - Procede à leitura da matéria do Expediente, publicada separadamente da sessão.

 

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- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - CELSO GIGLIO - PSDB - Srs. Deputados e Sras. Deputadas, tem a palavra o primeiro orador inscrito, nobre Deputado Rui Falcão. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Luiz Claudio Marcolino. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado José Zico Prado. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Marcos Martins. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Simão Pedro. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Donisete Braga. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado João Antonio. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Marcos Neves. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Adriano Diogo. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Olímpio Gomes.

 

O SR. OLÍMPIO GOMES - PDT - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, funcionários desta Casa e cidadãos que nos acompanham pela TV Assembleia, hoje pela manhã tivemos nesta Casa uma bela Sessão Solene presidida pelo Deputado Edson Ferrarini, Coronel da Reserva da PM, que foi o proponente dessa sessão que comemorou os 180 anos de existência da Polícia Militar de São Paulo. Esta Corporação teve o seu início em 1831, através de um ex-Presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, o Brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar, e hoje a Polícia Militar se tornou uma instituição mais do que fundamental à segurança e à tranquilidade pública em todo o Estado de São Paulo.

É a única instituição que se faz presente nos 645 municípios durante as 24 horas. Nenhuma outra instituição tem essa mesma disposição e capilaridade para atender a todos os cidadãos no Estado de São Paulo.

Os efetivos fixados da Polícia Militar são de 94 mil homens e mulheres, mas o efetivo existente é 15% menor e possui em seus quadros, atualmente, aproximadamente seis mil funcionários ou soldados, com investidura temporária.

Logicamente todo esse contingente ainda tem se mostrado insuficiente diante de tanta demanda e de tanta necessidade de segurança que têm os paulistas em todos os municípios.

É importante frisar que, constitucionalmente, a Polícia Militar é responsável pelas ações preventivas em relação ao combate a criminalidade e a repressão imediata, mas também tem em sua dinâmica de trabalho uma série de outras atividades que não combater diretamente aos criminosos convencionais de arma em punho. Para criminosos ambientais, dispõe do Comando de Policiamento Ambiental, com o Serviço de Combate a Incêndio e Resgate de Pessoas, através de mais de nove mil homens e mulheres que compõem o Corpo de Bombeiros da Polícia Militar.

Enfim, uma grande legião, e se diz em sua canção, “Legião de Idealistas”. Realmente uma grande Legião de Idealistas.

Fiz questão, hoje, de lembrar em minha fala nesta Sessão Solene que perdemos até o dia de hoje, dia 12, e tomara que fique nisso, 16 policiais militares, que foram mortos em serviço no ano de 2011. Houve anos no passado em que 50 policiais militares foram mortos em serviço. Logicamente que a técnica, o equipamento e novas doutrinas de enfrentamento do crime vão minimizando a violência dos agressores, mas até citava, como já falei aqui neste plenário, a recente morte do nosso Major Sandro, para demonstrar e mostrar para a população que ela tem grandes motivos para confiar e acreditar no trabalho da Polícia. Nós não titubeamos. Se tiver que correr riscos, nós vamos correr. Se tivermos que enfrentar a morte, nós a enfrentaremos com destemor, com coragem, com técnica e com compromisso com a sociedade. Queremos sempre que o resultado seja o menos grave possível e que passamos fazer a prisão dos marginais, salvar as pessoas e preservar a nossa integridade física. Mas, muitas vezes isso não é possível. E quando ocorre essa impossibilidade, o policial está disposto a se sacrificar pela a sociedade.

Por isso Sr. Presidente, para concluir, digo que tenho grande orgulho, profissional de ter servido por 29 anos a Polícia Militar, em serviço ativo até o momento em que me tornei Parlamentar. Contudo, assim como os companheiros que terminam a sua jornada no serviço ativo, não deixei de ter as minhas obrigações como profissional de segurança em relação à sociedade.

Que o povo paulista tenha a certeza inequívoca que, realmente, tem uma grande legião de heróis anônimos dispostos a dar a vida em defesa dessa sociedade. Obrigado.

 

 O SR. PRESIDENTE - CELSO GIGLIO - PSDB - Tem a palavra o nobre Deputado Fernando Capez (Pausa.). Tem a palavra o nobre Deputado Jooji Hato.

 

O SR. JOOJI HATO - PMDB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados e telespectadores, em uma segunda-feira como esta em que estamos comemorando os 180 anos da Polícia Militar, mais uma vez, iremos falar de mais um caso triste que aconteceu nesta capital, na sexta feira, dia 9 de dezembro.

“Taxista é suspeito de mandar matar a ex-namorada - crime teria ocorrido com a ajuda de moto e garupa.

Neste último dia 09 de novembro, há três dias, a vendedora Wanessa de Souza Peixoto, de 23 anos, foi baleada no cruzamento da Avenida do Cursino com a Rua Marcos Fernandes, no Jardim da Saúde, Zona Sul, por volta das 7 horas da manhã.

Ocorre, que imagens das câmeras de segurança de uma academia vizinha, segundo a notícia publicada no Jornal da Tarde de hoje (12/12/11), mostraram que os assassinos são dois homens em uma moto.

Como havia suspeita de que teriam levado a bolsa de Wanessa, o crime acabou sendo registrado como latrocínio, apesar de não terem sido levados outros objetos de valor, como o celular, o GPS e o rádio do Fiat Uno.

Wanessa chegou a ser socorrida, mas não resistiu.

Alguns fatos, entretanto, chamaram a atenção da polícia, como a quantidade de disparos feitos pelos motoqueiros, reforçando a hipótese de que a intenção do criminoso era matar a vítima e não somente roubá-la.

As suspeitas então recaíram sobre o ex-namorado da vendedora, o taxista Carlos Eduardo Vaz, 40 anos.

No dia 14 de setembro, a vendedora chegou a registrar um boletim de ocorrência de dano no 35º Distrito Policial (Jabaquara), denunciando que seu carro havia sido danificado com ácido. No documento, Vaz não consta como suspeito, mas a família da jovem disse, em depoimento, que ele teria sido o responsável pelo dano, por não aceitar o término do relacionamento há cinco meses.

Na tarde de ontem, os investigadores do 16º DP (Vila Clementino) localizaram Vaz e encontraram um revólver calibre 38 com ele.

O carro da vendedora será periciado e a polícia pretende identificar, através das imagens, a motocicleta usada no crime.

Wanessa vendia pacotes de viagem e atualmente estava em um novo relacionamento amoroso.”

Estou trazendo esse fato aqui, entre tantos outros, pessoas que são assaltadas por garupa de moto como em Osasco, na Av. Politécnica, no posto de gasolina, um capitão da PM tomou três tiros pelas costas. Queremos evitar isso. Queremos ajudar a Policia Militar e a Polícia Civil para que fatos como esse não aconteçam em São Paulo e em outras cidades também.

Aprovamos o projeto da moto sem garupa. Em nenhum momento pensamos que estamos errados. Se alguém da oposição tiver uma ideia melhor para que crimes como esse não aconteçam, assim como o caso do capitão da PM que levou três tiros pelas costas, tudo bem. Não vejo outra solução porque vejo na moto um veiculo muito rápido, junto com um capacete que é uma máscara, ao lado da arma de fogo formam um conjunto para assassinar, assaltar, infelicitar as pessoas.

Espero que o Governador Geraldo Alckmin sancione esse projeto, mesmo que em caráter experimental, por seis meses um ano, porque certamente irá diminuir a violência e principalmente os acidentes. Na capital e em outras cidades do nosso estado temos um grande número de acidentados sobreviventes que serão futuros cadeirantes.

 

O SR. PRESIDENTE - CELSO GIGLIO - PSDB - Tem a palavra o nobre Deputado Edson Ferrarini, pelo tempo regimental.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Jooji Hato.

 

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O SR. EDSON FERRARINI - PTB - Sr. Presidente, Srs. Deputados e Sras. Deputadas, amigos da TV Assembleia, hoje comemoramos nesta Casa, numa sessão solene muito importante, os 180 anos da Polícia Militar do Estado de São Paulo, corporação à qual eu e o deputado major Olímpio, que fez uso da palavra, servimos por muitos anos. Hoje foi o dia de agradecermos, em nome do povo de São Paulo, à Polícia Militar. Contamos com a presença do comandante geral e grande parte dos oficiais e pudemos verificar que essa Polícia está atingindo seus objetivos. Ela está baixando os índices de criminalidade, está fazendo tudo que pode. O coronel Camilo é um comandante geral, dos melhores e mais brilhantes que já tivemos. Além da sua energia, além do seu comando, ele se preocupou em valorizar o ser humano. Terminamos o ano dizendo que se tivemos 15% de aumento, foi melhor do que em alguns anos atrás porque não foi sob a forma de abono. O governo mandou para esta Casa sob a forma de aumento sobre o padrão, o que implica em aumento no seu quinquênio.

Já conseguimos 11% de aumento para 1º de agosto. Já tínhamos incorporado o Auxílio Localidade, que só atendia ao pessoal da ativa, e agora está incorporado também ao pessoal da reserva, que já está recebendo. Conseguimos uma vitória, e lutávamos há 20 anos por ela, a promoção ao posto imediato. Agora todos os oficiais terão essa vantagem. Lembrei ao Comandante Geral, nos três últimos encontros que tivemos com o Governador, essa promoção ao posto imediato. Conseguimos.

Quero dizer que 1.314 oficiais não tiveram esse aumento porque já estavam na reserva. Estive na última semana no Palácio dos Bandeirantes e obtive algumas informações de pessoas próximas ao Governador, de que no próximo ano esses 1.314 oficiais também serão beneficiados.

Tivemos a oportunidade de elogiar ao Comandante Geral a união dos quadros da polícia feminina com os policiais masculinos, o que permite até que uma Comandante Geral seja policial feminina.

Vamos aprovar aqui uma lei da Previdência especial. Queriam colocar a Polícia Militar nessa legislação, onde, para obter uma aposentadoria maior, é necessário pagar 7% durante toda a sua vida, um absurdo. Já pagamos 11% da Previdência, mais os 27,5% de Imposto de Renda, e com mais esses 7%, seriam mais de 40% para pagar do seu salário; você ia trabalhar para o Governo.

A Polícia Militar tem um trabalho diferenciado, ela está fora dessa forma de Previdência que vai ser aprovada na Assembleia, nos próximos dias. O saldo conquistado é grande, foi bom. Pudemos hoje homenagear essa corporação.

Os índices de criminalidade, por que não baixam mais ainda? A Presidente Dilma, a pedido do Ministério da Justiça, assinou, há alguns meses, uma lei que permite que não se faça mais flagrante em qualquer crime, se for de até quatro anos de pena. Isso já é considerado, nos meios jurídicos, a lei da impunidade, e não podemos atuar nisso.

Quanto a ouvir o bandido através de videoconferência, a OAB é contra. Não faz mal. A Polícia Militar comprou aviões, 23 helicópteros, e quando necessário ela transporta o delinquente em segurança, para que ele seja ouvido. Não podemos atuar na morosidade do sistema judiciário. Se um homicídio leva 60 meses para ser julgado, isso gera impunidade. Não podemos atuar nessa forma, nessa situação. Se o Poder Judiciário é moroso, não tem efetivo suficiente, não faz mal. A Polícia Militar faz a sua parte.

Quanto ao sistema penitenciário, 70% dos 180 mil presos em São Paulo vão ficar lá por cinco ou 10 anos, e vão voltar ao crime. Ele entrou no primário do crime e sai na Universidade. É difícil prendermos esse homem com uma rosa na mão.

Mas a Polícia Militar se prepara. Ela vai lá. O povo de São Paulo tem orgulho dessa corporação, à qual tenho o orgulho de pertencer, assim como o nobre Deputado Olímpio Gomes também tem orgulho de pertencer. Hoje esta Casa estava repleta com os nossos oficiais. Portanto, 180 anos dessa corporação fantástica. É a melhor do Brasil em equipamentos. É comparável às melhores do mundo. Tive a oportunidade de falar, ao lado do Presidente Barros Munhoz, que participei da Constituinte de 1988. Todos queriam acabar com a Polícia Militar, pois vinha de uma revolução. Como deputado, não permiti que a Polícia Militar fosse arranhada em nada. Pude colocar o Art. 195, que criou a Polícia Ambiental de hoje. Pude colocar, nas Disposições Transitórias, o Art. 29, no qual promovi três mil soldados a vários postos de promoção, pois era a união com a Guarda Civil. Tudo isso pudemos dizer hoje neste dia em que a Polícia Militar completa 180 anos.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Tem a palavra o nobre Deputado Alex Manente. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Celso Giglio.

 

O SR. CELSO GIGLIO - PSDB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, telespectadores da TV Assembleia, ouvimos dois representantes legítimos da Polícia Militar falando a respeito da Segurança. Cada um mostrou suas preocupações, como também o faz sempre o ilustre deputado que preside a Mesa Diretora nesta tarde, Jooji Hato. Queremos nos somar a eles, somar suas preocupações com as questões de segurança que eles tão bem têm defendido. Eu os acompanho e essa também é uma bandeira nossa e de todos os deputados desta Casa que desejam ver as famílias paulistas mais tranquilas e livres de tantos pesadelos como temos tido.

Sr. Presidente, assomo à tribuna porque no próximo sábado serei agraciado na minha pequena Viradouro com o título de cidadão viradourense. Passei os primeiros anos da minha vida, até a adolescência, nessa cidade, no norte do Estado de São Paulo. Cidade de terra boa, terra vermelha. Morei logo que nasci na zona rural. Nessa cidade, meu pai foi prefeito três vezes. Duas antes mesmo do meu nascimento e uma, quando se elegeu, em 1956, e ocupou a prefeitura até o final de 1959. Acho que o gosto pela política veio daí. Nessa época, eu acompanhava meu pai nos comícios, nas andanças pelos sítios, pelas fazendas, pelas ruas da cidade. Depois, quando ele era prefeito, tive a oportunidade de vir algumas vezes a São Paulo com ele, caminhando de Secretaria em Secretaria, com chapéu na mão, pedindo recursos, pedindo obras para os secretários, para o Governador. Na Assembleia Legislativa, que ficava no Parque Dom Pedro, ele buscava a força dos deputados, como os prefeitos vêm hoje a esta Casa em busca de auxílio.

No próximo sábado, serei agraciado com o título de Cidadão Viradourense, de cuja cidade meu pai foi prefeito três vezes. Meu pai é um homem muito desprendido, um homem que recebia todos na nossa casa e que transformou, já naquela época, aquela linda cidadezinha num local com água encanada, com esgoto, com asfalto em todas as ruas. Obstinado, fazia sempre o melhor. Agora, a Câmara Municipal vai me agraciar com esse título, por meio de uma propositura do Vereador Luiz Geraldo Cardoso, o Lindoia, que é ex-Prefeito de Viradouro. E o título foi aprovado por unanimidade.

Quero agradecer, pois, à Câmara Municipal de Viradouro, na pessoa do Vereador Lindoia, e gostaria que esse agradecimento fosse feito pela Assembleia Legislativa, expressando o meu sentimento e o de minha família de orgulho e de alegria por esse título que, para nós, é tão importante.

Tenho outros títulos de cidadão - de Guarujá, de Campos do Jordão, de Bebedouro, de Avaré, da minha querida Osasco - e tenho esse de Viradouro que toca o nosso coração, o coração da minha família, de uma forma toda especial.

Portanto, à Câmara Municipal de Viradouro, por meio do Vereador Lindoia, ao povo de Viradouro, o meu muito obrigado e o de toda a família Giglio, que ama aquela cidade como se fora realmente a nossa cidade. Obrigado.

 

O Sr. Presidente - Jooji Hato - PMDB - Esta Presidência congratula-se com a Câmara Municipal de Viradouro, com o Vereador Lindoia e também com V. Exa., nobre Deputado Celso Giglio, um dos parlamentares mais combativos e que também ornamenta esta douta Mesa.

Sras. Deputadas, Srs. Deputados, tem a palavra o nobre Deputado Carlos Giannazi.

 

O SR. Carlos Giannazi - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, telespectador da TV Assembleia, assomo à tribuna novamente para reforçar o nosso pedido, sobretudo a nossa exigência, para que o Projeto de lei Complementar nº 71/2011 seja aprovado ainda nesta semana.

Esse projeto corrige parcialmente um grave erro do ex-Governador José Serra, que aprovou a Lei nº 1.093. O projeto de lei que desembocou nessa lei foi aprovado pela base governista, pelos partidos aliados do ex-Governador José Serra que, agora, são os partidos que dão sustentação ao Governador Geraldo Alckmin. É a mesma bancada que votou vários projetos que prejudicaram os professores da rede estadual de ensino, e que continuam votando com o atual Governador. O fato é que a Lei 1.093 criou a figura da quarentena, que é um espaçamento de tempo em que um professor, ao ser contratado por essa lei, só pode ficar um ano lecionando na rede estadual. Depois de 200 dias letivos, só pode voltar a ser contratado após um ano. É um verdadeiro absurdo.

Na época da aprovação, além de votar contra, obstruímos as votações e alertamos tanto o Governo como a própria base do Governo dos efeitos negativos daquele projeto de lei. Mas não fomos ouvidos, como sempre, nem a base aliada e muito menos o Palácio dos Bandeirantes, o ex-Governador José Serra, com a sua postura autoritária e prepotente. O fato é que a lei foi aprovada e os estragos já estão feitos na rede estadual. Essa lei vem prejudicando imensamente não só os professores OFAs e ACTs, que são obrigados a entrar em processo de quarentena na rede estadual, mas também os próprios alunos matriculados na rede. E agora, depois de muito apelo e não ter mais como esconder a verdade, o Governador Geraldo Alckmin enviou o Projeto de lei 071, que deu entrada na semana passada para fazer uma correção parcial da Lei 1093. A quarentena continua, há uma diminuição de 200 para 45 dias em que o professor agora ficará afastado da rede estadual de ensino. E o PLC é perverso também porque afasta o professor no período de férias, justamente para que o professor não receba as férias. Isso é um absurdo. Diminui de 200 dias para 45 dias, mas os 45 dias vão2 coincidir com as férias dos professores. Então, o professor vai trabalhar durante um ano e não terá direito às férias. Quando chegar o período de férias, entra na quarentena de 45 dias.

O fato é que nós apresentamos uma emenda para corrigir essa perversidade, que é desnecessária, seja de 45 dias, 200 dias ou 30 dias. A nossa proposta é que não haja quarentena alguma, que os professores sejam contratados como sempre foram e que o Estado inicie imediatamente a realização dos concursos públicos de provas e títulos para efetivar os professores, principalmente nessa situação. Ao mesmo tempo, esse PLC do Governador Geraldo Alckmin não corrige uma questão gravíssima, que é a das falsas avaliações da provinhas, dos provões que foram criados justamente para tentar desmoralizar e criminalizar os professores OFAs/ACTs. Apresentamos outra emenda para acabar com as falsas avaliações da rede estadual de ensino, sobretudo do processo de humilhação a que são submetidos os nossos professores, principalmente no período de escolha de aulas. O fato é que essas falsas avaliações se mostraram ineficientes e trouxeram mais prejuízos ainda para a rede estadual.

O apelo então que fazemos é que esse PLC seja aprovado imediatamente, logicamente com as nossas emendas para que não iniciemos o ano de 2012 com atraso. Se o projeto não for aprovado ainda nesta semana, ou no máximo na outra, vamos iniciar o ano letivo de 2012 sem professores. Vamos ter um déficit de no mínimo 10 mil professores não contratados na Rede Estadual de Ensino. Vamos ter o atraso do início do ano letivo ou mesmo a falta desses professores. Milhares e milhares de alunos ficarão sem aula em 2012.

Fica aqui o nosso apelo a todos os 94 Srs. Deputados e Deputadas, aos líderes partidários, ao Presidente da Assembleia Legislativa para que possamos, nesta semana ainda, votar o PLC nº 71, com as nossas emendas para acabar definitivamente com essa perversidade, que é a quarentena, e, também, com as falsas avaliações com provinhas e provões para os professores OFAs e ACTs.

Queremos a realização de concurso público de provas e títulos para regularizar a situação dos mais de 80 mil professores OFAs e ACTs. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Tem a palavra o nobre Deputado Adilson Rossi (Pausa.) Esgotada a lista de oradores inscritos, vamos passar à Lista Suplementar. Tem a palavra o nobre Deputado Rui Falcão. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Itamar Borges. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Welson Gasparini.

 

O SR. WELSON GASPARINI - PSDB – Ilustríssimo Sr. Presidente Jooji Hato, Sras. Deputadas e Srs. Deputados; venho  emocionado a esta tribuna porque hoje,  às 17 horas, numa audiência com o Governador Geraldo Alckmin, pretendo apresentar o resultado de uma campanha que eu desenvolvo em Ribeirão Preto, desde quando fui  prefeito municipal, para dotar minha cidade de  um Parque Tecnológico.

Há poucos instantes, depois de várias audiências,  recebo da Universidade de São Paulo uma  boa notícia: já está pronto o  Edital de Licitação para a construção dos dois primeiros prédios do Parque Tecnológico de Ribeirão Preto nos quais serão instalados a parte administrativa e também a incubadora de empresas..

Vou lembrar ao  Governador a importância de Ribeirão Preto como grande centro de  pesquisas e  mostrar-lhe que esse Parque Tecnológico -  através de um convênio entre a Prefeitura, Governo do Estado e  a Universidade de São Paulo - vem na hora certa

As verbas para esse primeiro Edital de Licitação, visando a  construção desses dois prédios de três andares cada um,  são de 12 milhões de reais. Por aí podemos ter uma idéia do que realmente representa o início das obras do Parque Tecnológico!.

Dessa verba a ser aplicada,  sete milhões e 500 mil reais foram repassados pelo Governo do Estado de São Paulo à Universidade de São Paulo para o início dessas obras; já a USP investe 4 milhões e 500 mil reais,  num total de 12 milhões de reais que representam a soma de esforços e de recursos do Governo do Estado e da Universidade de São Paulo.

Fico muito agradecido pela atenção e gentileza como a Universidade de São Paulo me tratou durante toda a seqüência dos entendimentos para a realização dessa licitação. Esses dois prédios serão construídos pela firma vencedora da licitação a ser divulgada, no máximo,  até o próximo  dia 22. Foi a informação que recebi,  há poucos minutos, do gabinete do Reitor da Universidade de São Paulo. Está tudo resolvido; a  controladoria jurídica da USP está analisando os termos da licitação, mas prometeu ao reitor devolvê-los, no máximo, até  quinta-feira,  para publicação.

Também irei tratar hoje com o Governador Geraldo Alckmin das demais obras a serem  realizadas naquele local. Pelo convênio firmado o Governo do Estado estabeleceu a instalação, no Parque Tecnológico de Ribeirão Preto, da  Fatec e  para isso já tem recursos disponíveis; através do edital de licitação acredito em mais essa obra no Parque Tecnológico.

Vamos iniciar trabalho para concretizar a instalação, no  Parque Tecnológico, de  um laboratório da Embrapa, de alta relevância cultural e científica

Também vou reivindicar do Governador a instalação, naquele local, de um laboratório da Furp - Fundação do Remédio Popular. Ribeirão Preto é um dos maiores centros médicos e hospitalares do Estado de São Paulo e é muito importante a instalação desse laboratório bem como também, se possível, uma fábrica de  medicamentos populares.

Já denunciei desta tribuna, várias vezes,  o abuso atualmente verificado na produção e venda de remédios; pesquisa feita e divulgada pela imprensa dá conta de diferenças de até mil por cento em remédios nas diversas farmácias, num verdadeiro crime contra a economia popular.

Devemos  dinamizar mais a ação da Fundação do Remédio Popular - porque não basta a consulta ao médico e a  receita: é preciso que os nossos governantes forneçam remédios ou de graça ou, pelo menos, a preço de custo..

Ao governador  Geraldo Alckmin e ao  Reitor João Grandino Rodas registro meus parabéns e os agradecimentos  da região de Ribeirão Preto pela transformação em realidade do nosso sonho de um Parque Tecnológico.”

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Tem a palavra o nobre Deputado Donisete Braga. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Maria Lúcia Amary. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Luiz Claudio Marcolino. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Alencar Santana. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Enio Tatto. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Fernando Capez. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Olímpio Gomes.

 

O SR. OLÍMPIO GOMES - PDT - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, funcionários desta Casa e cidadãos que nos acompanham pela TV Alesp, eu protocolei um requerimento de informações dirigido à Secretaria de Logística e Transporte do Estado de São Paulo em que comunico ao Tribunal de Contas algo, minimamente, inusitado. Tivemos, Deputado Carlos Giannazi, no ano passado uma licitação da Linha 5 do Metrô, a Linha Lilás, em que a “Folha de S. Paulo” conseguiu antecipar em seis meses o resultado da licitação.

Não são valores tão vultosos quanto os do Metrô, mas o Governador Geraldo Alckmin, anunciou em Araçatuba que a partir do primeiro semestre de 2012 iniciaria a duplicação da Rodovia Eliezer Montenegro Magalhães, a SP 463, que vai até o Rio Tietê. A obra é mais que necessária, pois antes que digam que o Major Olímpio é contrário a este trabalho, eu me coloco totalmente a favor porque o local é muito perigoso, existem muitos acidentes e há uma briga na região para que haja a duplicação desse trecho da rodovia.

Há algo estranho, e eu preciso descobrir quem são essas pessoas que fazem essas antevisões porque pedirei que nos façam bilhetes de Loteria e da Mega Sena, pois no dia 16/11 seria a data da abertura dos envelopes com os valores e a homologação da empresa vencedora da licitação. No dia 10, seis dias antes, a assessoria de imprensa do PSDB de Araçatuba, mandou um comunicado à imprensa em que o dirigente do Partido da Social Democracia Brasileira local, o suplente de Deputado Estadual, Dilador Borges Damasceno, antecipou a notícia que haveria uma economia de 30% no valor do projeto inicial de 89 milhões, e que a Elenco Construções seria a vencedora do certame. Não preciso nem dizer, Deputado Carlos Giannazi, que, realmente, depois da abertura dos envelopes é apresentada a vencedora Elenco Construtora com um valor 38% a menos do que o aprazado, que passou de 89 milhões para 56 milhões de reais.

Estamos fazendo é uma série de questionamentos. Solicitaremos, se as fraudes forem constatadas, que o Tribunal de Contas suspenda a licitação, e encaminharemos a solicitação ao Ministério Público, se já não o fez ainda por meio de oficio, a instauração dos procedimentos para a apuração em relação a eventuais fraudes e vícios licitatórios.

Diante disso faço algumas perguntas: estão corretas as informações pertinentes as datas e as fases da concorrência pública informados pela imprensa de Araçatuba? Quais as datas de todas as etapas da concorrência da duplicação da SP 463, principalmente, da entrega e abertura da documentação e habilitação, e da entrega e abertura dos envelopes contendo as propostas? Qual o valor previsto inicialmente para a referida concorrência? Alguma empresa apresentou o valor menor e foi desclassificada em alguma etapa do processo? Como o suplente de Deputado, Dilador Borges, sabia antecipadamente e em detalhes o nome e a proposta da empresa vencedora da concorrência? A Secretaria de Estado e Transporte tem conhecimento das importantes e intrigantes informações veiculadas pela imprensa de Araçatuba sobre a concorrência da SP 463? A empresa Elenco possui ou já possuiu outros cadastros e contratos com o Estado? Quais? Para que obras? Em quais períodos e valores? O contrato da empresa Elenco já foi assinado? Quando as obras serão efetivamente iniciadas e qual o prazo de conclusão?

Mais uma vez essas vidências colocam uma interrogação sob a lisura de todos os processos. Como é que alguém antecipa a vencedora, e antecipa até os valores em relação ao valor médio previsto pelo Estado e apresentado pelas demais concorrentes e o que foi apresentado por esta empresa.

Sr. Presidente, tem gato na tuba. Quando se toca a tuba, está saindo miado de gato. Então eu gostaria que regimentalmente também, a minha fala fosse encaminhada, para o Gabinete do Governador, para o Gabinete do Secretário dos Transportes, para a Superintendência do DER e para a Prefeitura de Araçatuba.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Tem a palavra o nobre Deputado Edson Ferrarini, pelo tempo remanescente do Pequeno Expediente.

 

O SR. EDSON FERRARINI - PTB - Sr. Presidente, nobre Deputado Jooji Hato, um grande batalhador da área da Segurança Pública, Sras. Deputadas, Srs. Deputados e amigos da TV Assembleia, nós conseguimos aprovar nesta Casa uma lei que proíbe a venda de bebidas alcoólicas nos estádios. Eu trabalhei por dez anos na Polícia Militar, nessa área, e posso garantir aos senhores que com a aprovação dessa lei, houve uma redução de ocorrências graves nos estádios. Há três anos que não temos ocorrências graves nos estádios de São Paulo.

Esse modelo nosso é copiado por vários estádios de futebol, mas, agora, a pretexto da Copa do Mundo que será realizada aqui no Brasil em 2014, a Fifa é a toda poderosa! Viola o Estatuto do Idoso, que foi aprovado em 2003 pelo ex-Presidente Lula, não permitindo o pagamento de meia-entrada para o idoso, e agora quer aprovar a venda de bebidas alcoólicas nos estádios. É muito complicado misturar emoção com bebida alcoólica.

Deputado Jooji Hato, V. Exa. que é médico, sabe que misturar emoção com bebida alcoólica é muito complicado, e o estádio de futebol é realmente um imenso consultório psiquiátrico. O cidadão vai lá com seus recalques e com seus problemas. Cada vez que ele grita o gol do seu time, é uma catarse, é uma liberação de tensão. Essa emoção somada ao uso de bebida alcoólica leva muitas vezes à prática de crime.

E estão autorizando a venda de bebidas alcoólicas e não apenas nos estádios, olhem a grande maldade que estão fazendo, estão propondo que isto seja permanente no Brasil.

É um desrespeito com o torcedor brasileiro porque está se dizendo o seguinte: ele não pode beber na arquibancada, mas pode beber no bar que está dentro da arena. É o mesmo que dizer que o jogador enquanto está jogando não pode beber, assim como se bater a falta, beber um gole de cerveja, ou beber uma caipirinha. Não. Eles fizeram uma mutreta, em que será permitida a venda de bebidas alcoólicas dentro dos estádios, valendo para todo o Brasil e para sempre.

Aprovamos aqui em 1996, a lei que proíbe bandeiras nos estádios, porque dentro do cabo da bandeira, o sujeito levava uma faca e utilizava a bandeira como arma quando brigava.

Aqueles que não estão preocupados com a segurança, os presidentes de alguns clubes, dizem: “Não, a bandeira é alegria.” Mas quando estoura o problema, é a Polícia Militar que lá estará, é o policial quem estará lá.

Recentemente, o Governador vetou qualquer iniciativa de ter bandeiras nos estádios e vetou também qualquer possibilidade de se ter bebida alcoólica nos estádios.

Contudo, temos aqui a Ambev, os fabricantes de cervejas, que são os mesmos que gastam milhões em estádios, na Rede Globo, e nas estações. Eles estão por trás de tudo. Por isso, é claro que querem um jogo de futebol com 50 mil pessoas bebendo. Olha que fortuna! Mas isso é ruim para a Segurança Pública. Por essa razão, o Conselho Nacional dos Procuradores Gerais e o Ministério Público dos Estados e da União são contra essa medida. Mas o PT e a relatoria estão utilizando de artifícios para que se venda bebidas nos estádios, para que se volte a violência nesses locais. Portanto, não deixemos que isso aconteça!

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Srs. Deputados, Sras. Deputadas, esgotado o tempo destinado ao Pequeno Expediente.

 

O SR. EDSON FERRARINI - PTB - PELO ART. 82 - Imaginem introduzir bebidas nos estádios, Deputado Jooji Hato, V. EXa. que se pronuncia sobre a proibição da garupa da moto em favor da Segurança. Os torcedores irão beber, ficarão bêbados, depois irão brigar dentro e fora dos estádios, ou seja, irão arrumar confusão.

Argumentam que não será permitido beber na arquibancada e dentro do campo. É claro! O jogador que vai bater o pênalti não beberá um champanhe para comemorar!

Nós aprovamos a proibição das bandeiras nos estádios. Mas, observei muitas pessoas dizendo que a bandeira é alegria, festa e que será numerada. Contudo, aquele que quer delinquir irá aceitar a numeração e achar tudo bonito?

A bomba consegue entrar nos estádios por meio dos ônibus que trazem os jogadores, por isso agora estão soltando do lado de fora do estádio. Tudo bem! Mas, usar o pretexto da Copa do Mundo para vender bebidas dentro dos estádios, para trazer essa insegurança é um erro. Isso é péssimo para a tranquilidade porque o estádio de futebol é um imenso consultório psiquiátrico e, uma pessoa ou um gesto de um jogador, ou um erro do juiz se torna um rastilho e se transforma em turba, no descontrole da multidão. Depois que isso acontece fica difícil controlar essa situação sem bomba e sem tiro.

A Polícia Militar é a melhor polícia do Brasil, a mais experiente no que diz respeito aos estádios, tanto que até países da Europa vêm fazer estágio aqui no 2º BP Choque, hoje comandado pelo Coronel Savioli. A Polícia Militar já está fazendo cursos para a Copa do Mundo de 2014. Mas querem colocar bebidas alcoólicas dentro dos estádios e isso dificultará o trabalho desses policiais.

Irão arrumar um jeito de fazer isso. Por exemplo, para se permitir cerveja basta colocar na lei “Não é permitido bebida acima de certa graduação alcoólica”, então abaixo de 10 estará incluída a cerveja que, portanto, poderá ser vendida a vontade.

Isso é péssimo para São Paulo e para o Brasil. Isso é mutreta!

Se perguntássemos à AmBev e às fabricantes de cerveja quanto pagariam para ter essa vantagem, responderiam que pagariam milhões por isso. O Ronaldo já fez campanha a favor da cerveja. Dinheiro maldito, ele não precisava desse dinheiro! As empresas pagam duplas sertanejas caríssimas para fazerem campanhas com mensagens sobre o álcool. Imaginem para ter de volta a liberação nos estádios. Não quero que possa estar acontecendo. Mas o interesse econômico está muito grande. Os que vão morrer dentro do estádio, os que vão se embriagar - dane-se. O que vale é a autorização para que a bebida seja introduzida nos estádios. Eles estão desrespeitando e não querer vender meio ingresso para idosos. Acima de 60 anos está garantido no Estatuto do Idoso e no Estatuto do torcedor, sancionado pelo presidente Lula em 2003, apoiado no Brasil inteiro. Agora eles estão jogando isso fora dizendo que uma cervejinha não vai fazer mal para ninguém; mas uma caipirinha vai fazer mal. Deixa vender. Não só pode vender na arquibancada nem dentro do campo na hora em que o jogador vai chutar o pênalti. Mas ele bebe lá atrás, fica bêbado, depois ele apronta.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - PELO ART. 82 - Sr. Presidente, Srs. Deputados e Sras. Deputadas, telespectador da TV Assembleia, estou de volta à tribuna para reforçar além da aprovação ao PLC nº 71, de 2011, que diminui a quarentena dos professores OFAs/ACT da rede estadual, para que não iniciemos o ano letivo de 2012 sem professores ou com atraso. Se esse projeto não for aprovado nessa semana vamos iniciar o ano letivo de 2012 com pelo menos 10 mil professores a menos na rede estadual de ensino. Com isso vamos atrasar o início do ano letivo ou prejudicar Metrô milhões de alunos matriculados na rede estadual.

Além desse projeto temos que aprovar o PL 1142, encaminhado na semana à Assembleia Legislativa, que representa uma antiga reivindicação que fizemos aqui durante praticamente quatro anos para que a Secretaria da Educação assuma sua responsabilidade com a manutenção e desenvolvimento do ensino, não transferindo mais responsabilidade para as APMs, para a comunidade escolar, como tem feito, como fez durante anos no Estado de São Paulo, transferindo a responsabilidade da contratação de funcionários de quadro de apoio - pessoal da limpeza, da merenda escolar, da secretaria. Até recentemente essas contratações eram feitas pelas APMs. O estado jogava essa responsabilidade para as APMs das escolas estaduais e quando o Ministério Público Federal fez uma intervenção dizendo que isso era proibido, que o estado tinha que realizar a contratação através de concurso público de provas e títulos, o estado abandonou as APMs e não repassou as verbas para que elas pagassem as rescisões contratuais desses servidores. E as dívidas recaíram sobre a própria comunidade escolar. E até hoje muitas escolas têm dívidas, muitas escolas respondem processo na Justiça do Trabalho. E quem está pagando a conta são pais de alunos e professores, porque esses que respondiam pelos cargos executivos das APMs das escolas estaduais.

Depois de uma ampla mobilização que nós fizemos com essas escolas, com os pais, com a comunidade escolar, depois da realização de audiências públicas aqui dentro da Assembleia Legislativa, também de reuniões na Secretaria da Educação, o governo enviou o PL 1142, que tem que ser aprovado com urgência porque tem muitas APMs com dívidas, e as escolas não têm recursos. Muitas escolas tiveram que fazer rifas, festas para arrecadar recursos para pagar os servidores que foram demitidos, por conta da intervenção do Ministério Público Federal.

Essas dívidas são do Estado, e não das escolas. O Estado lavou as mãos e entregou as escolas e as APMs à própria sorte. Esse projeto tem que ser aprovado urgentemente, para que possamos canalizar o dinheiro do orçamento da Educação, porque é obrigação do Estado e não dos pais e diretores pagar dívidas trabalhistas com funcionários contratados pela APM, que foram induzidas, foram forçadas a contratar esses funcionários, porque o Estado não contratava, repassava o dinheiro para que as APMs fizessem então esse tipo de contratação.

O fato é que esse processo foi um verdadeiro caos. Houve intervenção do Ministério Público e agora o Estado tem que repassar o dinheiro para as APMs, porque muitos pais, professores e diretores foram processados, por conta dessa irresponsabilidade e dessa leviandade do Governo estadual e da Secretaria de Educação.

Queremos a urgência da aprovação desse projeto, para que as APMs não fiquem mais reféns dessa situação. É obrigação do Estado a manutenção e desenvolvimento do ensino, como reza a Constituição Federal e a LDB da Educação nacional.

Batemos na mesma tecla: o Governo tem que realizar concurso público para contratar funcionários, inspetores de alunos, merendeiras, pessoal de limpeza. Hoje assistimos a um verdadeiro processo de terceirização, que também o Ministério Público criticou. Há uma legislação aqui aprovada, que proíbe a terceirização e contratação de funcionários do quadro de apoio por cooperativas ou por APMs. Tem que ser pelo concurso de provas e títulos.

Apelamos à Assembleia Legislativa para que possamos fazer a votação ainda nesta semana, tanto do PLC nº 71, como desse Projeto de lei 1.142, para que possamos entrar no ano letivo sem falta de professores e também sem dívidas com as APMs, que têm um caráter auxiliar. A APM é uma instituição auxiliar da escola, e não tem obrigação de financiar a escola; ela auxilia, assim como temos o Conselho de Escola e temos o grêmio estudantil. Mas o Governo estadual querer atribuir à APM essa função de contratar funcionários e de fazer compra de materiais, isso é obrigação do Estado, um verdadeiro absurdo. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - PELO ART. 82 - Sr. Presidente, eu não poderia deixar aqui de me manifestar mais uma vez, para registrar que na próxima quarta-feira, dia 14, às 13 horas, no STF haverá o julgamento da nossa Adin - Ação Direta de Inconstitucionalidade - nº 4291, que impetramos em 2009, por ocasião de um Projeto de lei aprovado aqui na Assembleia Legislativa, que foi sancionado pela Lei 13.549.

Essa lei simplesmente colocou em processo de extinção a carteira previdenciária de 40 mil trabalhadores e operadores do Direito do Estado de São Paulo, que sempre pagaram e continuam pagando a sua carteira de Previdência.

Essa carteira foi criada pelo próprio Governo estadual, nos anos 50, tem a chancela do Governo estadual. Do dia para a noite o ex-Governador José Serra, do PSDB, apresentou essa proposta. O projeto foi aprovado pela base do Governo, aliás, com exceção do PSOL, toda a Assembleia Legislativa votou a favor desse projeto. Na época, alertamos, dizendo que o projeto era ilegal, inconstitucional, que o projeto representava um duro golpe nessa Carteira Previdenciária, que o projeto violava o princípio do direito adquirido, o direito à aposentadoria. Violava vários princípios constitucionais. Não fomos ouvidos, mais uma vez, o projeto foi aprovado. Então, só nos coube ir ao Supremo Tribunal Federal, onde ingressamos com essa Adin pelo PSOL. Essa Adin está na pauta de julgamento, provavelmente acontecerá na próxima quarta-feira, às 13 horas. Vamos acompanhar ansiosos para que a justiça seja feita e os direitos dos advogados contribuintes do Ipesp sejam restituídos, que os advogados tenham de volta sua carteira funcionando como era antes.

O governo estadual criou, no Estado de São Paulo, a figura do desaposentado. As pessoas estão perdendo o direito à aposentadoria, mesmo quem já tem garantida sua aposentadoria ou pensão. Essas pessoas correm o sério risco de ficarem desaposentadas. É algo inédito. O PSDB criou no Estado de São Paulo a figura do desaposentado. Imaginamos uma pessoa que pagou, durante toda sua vida, sua carteira de previdência e, depois de cinco, dez anos aposentado, essa carteira desaparece, é colocada em processo de extinção. Essa pessoa fica na mão, perde sua aposentadoria. Vai viver como? Foi isso que a Assembleia Legislativa aprovou. Por isso recorremos ao Supremo Tribunal Federal. O mesmo ocorreu um ano depois com a Carteira Previdenciária dos cartorários, dos serventuários extrajudiciais. Os funcionários dos cartórios ainda têm uma carteira previdenciária, mas também foram vítimas do mesmo golpe. Ingressamos também com uma Adin pelo PSOL no Supremo Tribunal Federal. Mas, por enquanto, o que temos de julgamento será essa Adin nº 4291, juntamente com uma da OAB federal, a 4424.

Após o ingresso da nossa Adin, a OAB federal - não a OAB de São Paulo - entrou com uma Adin. Ambas serão julgadas no próximo dia 14, às 13 horas, no plenário do Supremo Tribunal Federal. Estamos ansiosos, torcendo para que os ministros do Supremo tenham bom senso, tenham senso de justiça e revoguem a Lei nº 13.549, que colocou em processo de extinção a Carteira dos advogados, prejudicando 40 mil famílias no Estado de São Paulo.

Discutimos isso no momento em que a Assembleia Legislativa está prestes a votar o Projeto de lei nº 840, de 2011, do Governador Geraldo Alckmin, que cria a SPPrev Complementar. Na prática, é a privatização da Previdência dos servidores públicos do Estado de São Paulo. Nós, do PSOL, somos contra esse projeto. É a mesma proposta que tramita em Brasília, um projeto do Governo Federal. Ambos têm como foco central privatizar a Previdência dos servidores públicos do Estado de São Paulo. Por isso, vamos votar contra, já estamos em processo de obstrução contra esse projeto.

Sempre que a Assembleia Legislativa vota um projeto sobre a Previdência, prejudica os trabalhadores do Estado de São Paulo. Prejudicou os servidores públicos em 2007 com a reforma da Previdência, quando foi sancionada a Lei nº 1.010, de 2007. Prejudicou os advogados, colocando em processo de extinção a Carteira dos advogados, depois dos serventuários extrajudiciais, os cartorários, os servidores dos cartórios. Agora, teremos a privatização da Previdência no Estado de São Paulo. Parece-me que o Governador Geraldo Alckmin é mais realista que o rei, porque o projeto de privatização em Brasília nem foi aprovado e o Governador já se antecipou, querendo ser mais privatista. É lógico que o PSDB é mais privatista, porque foi o PSDB que inaugurou as privatizações no Brasil. Não precisa concorrer com a Presidente Dilma.

É nesse sentido que vamos acompanhar a aprovação da nossa Adin na próxima quarta-feira, às 13 horas, para que seja feita justiça e os direitos dos advogados contribuintes do Ipesp sejam restituídos. Não podemos permitir que haja violação da lei, que haja agressão ao direito adquirido, à aposentadoria e à ordem jurídica, sobretudo num estado democrático de direito. Muito obrigado.

 

O SR. Carlos Giannazi - PSOL - Sr. Presidente, havendo acordo entre as lideranças presentes em plenário, solicito o levantamento da presente sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - Jooji Hato - PMDB - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, havendo acordo entre as lideranças presentes em plenário, esta Presidência vai levantar a sessão. Antes, porém, cumprindo disposição constitucional, adita à Ordem do Dia da Sessão Ordinária de amanhã o Projeto de lei nº 489/2011, vetado. Adita, também, o Projeto de lei Complementar nº 66/2011 e os Projetos de lei nºs 883/2011 e 1.008/2011, com Urgência.

Esta Presidência convoca V. Exas. para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental, com a mesma Ordem do Dia da Sessão Ordinária de 8 de dezembro de 2011 e os aditamentos anunciados, lembrando-os ainda da Sessão Solene a realizar-se hoje, às 20 horas, com a finalidade de comemorar os 10 Anos da Câmara Brasil-China de Desenvolvimento Econômico.

Está levantada a sessão.

 

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- Levanta-se a sessão às 15 horas e 52 minutos.

 

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