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14 DE DEZEMBRO DE 2011

156ª SESSÃO ORDINÁRIA

 

Presidentes: JOOJI HATO, ULYSSES TASSINARI, HEROILMA SOARES, MARCO AURÉLIO, BARROS MUNHOZ, ALDO DEMARCHI e GILMACI SANTOS

 

Secretário: HAMILTON PEREIRA

 

RESUMO

PEQUENO EXPEDIENTE

001 - JOOJI HATO

Assume a Presidência e abre a sessão.

 

002 - PEDRO TOBIAS

Informa que houve aumento no número de passageiros por dia no Metrô de São Paulo. Defende investimentos federais na área da Saúde Pública. Pede atenção do Ministro da Saúde ao Estado de São Paulo. Destaca o problema do financiamento das Santas Casas de Misericórdia.

 

003 - EDSON FERRARINI

Comenta a aprovação, em 13/12, do PLC 840/11, que cria regime de previdência complementar para os servidores públicos do Estado de São Paulo. Informa que a regra não deverá ser aplicada aos policiais militares, devido à atuação da consultoria jurídica da instituição. Considera que os policiais militares devem seguir o regramento aplicado aos servidores públicos de regime civil e também militar, de natureza mais rígida.

 

004 - ULYSSES TASSINARI

Assume a Presidência.

 

005 - JOOJI HATO

Comemora a aprovação, neste Legislativo, de projeto de lei, de sua autoria, conhecido por "moto sem garupa". Apresenta episódio do programa televisivo "Profissão Repórter", que trata do tema. Agradece o apoio de autoridades e da população à matéria. Destaca que o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, condenou a prática de garupa em motocicletas.

 

006 - MARCOS MARTINS

Comunica que, em 13/12, o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, esteve presente em reunião da Comissão de Saúde desta Casa, visando apresentar programa nacional de combate às drogas. Rebate o pronunciamento do Deputado Pedro Tobias sobre a questão. Lamenta que o Governo do Estado de São Paulo não contribua com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. Informa posição da Procuradoria Geral da República contrária ao uso da substância química amianto.

 

007 - HAMILTON PEREIRA

Tece comentários sobre lei orçamentária anual do Estado de São Paulo, que deverá ser aprovada nos próximos dias. Considera que foram apreciados mais projetos de autoria do Executivo, nesta Casa, do que aqueles de iniciativa parlamentar. Defende a aprovação do PL 463/11, de sua autoria, que propõe política de busca a pessoas desaparecidas no Estado de São Paulo. Lamenta que o Governador tenha vetado alguns artigos da matéria. Faz votos de boas festas a todos.

 

008 - WELSON GASPARINI

Enaltece o Governador Geraldo Alckmin pela liberação de verbas para a realização de diversas obras no município de Ribeirão Preto e região. Cita dados das medidas orçamentárias e as cidades que deverão ser beneficiadas.

 

009 - OLÍMPIO GOMES

Defende que a lei orçamentária anual do Estado de São Paulo seja votada após a apreciação de projetos de lei que versam sobre o reajuste salarial de servidores públicos, como a categoria dos pesquisadores científicos. Menciona a aprovação de matérias, em 13/12, sobre temas diversos.

 

010 - JOOJI HATO

Assume a Presidência.

 

GRANDE EXPEDIENTE

011 - JOÃO ANTONIO

Para comunicação, critica a possibilidade da designação de relatores especiais nas Comissões Permanentes deste Legislativo. Sugere alterações ao Regimento Interno da Casa quanto ao tema.

 

012 - LUIZ CARLOS GONDIM

Pelo art. 82, destaca a participação, ontem, nesta Casa, do Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que falou sobre programa de prevenção ao crack do Executivo Federal. Enaltece a importância do projeto para o País. Dá conhecimento de outros temas discutidos com a autoridade. Considera insuficiente o número de policiais na região do Alto Tietê.

 

013 - ADRIANO DIOGO

Faz balanço sobre os trabalhos da Casa neste ano. Parabeniza os novos Deputados, empossados no início desta sessão legislativa. Defende a realização de reforma política no Brasil. Sugere mudanças à TV Assembleia. Fala sobre a possibilidade de ter um projeto aprovado ainda este ano. Deseja melhoras ao ex-Presidente Lula (aparteado pelo Deputado João Antonio).

 

014 - DONISETE BRAGA

Destaca a qualidade do trabalho desempenhado pelos funcionários da Casa. Ressalta as conquistas alcançadas pelos Parlamentares deste Legislativo no corrente ano. Relata participação em audiência pública com o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, para discutir políticas de combate às drogas. Solicita a aprovação de emenda ao orçamento com o intuito de garantir mais verbas para o combate ao crack no Estado de São Paulo. Demonstra satisfação pelo cargo que ocupa (aparteado pela Deputada Telma de Souza).

 

015 - Presidente JOOJI HATO

Recorda encontro da Frente parlamentar de Enfrentamento ao Crack com o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, este ano, em Brasília.

 

016 - WELSON GASPARINI

Combate a superlotação dos presídios do Estado de São Paulo. Sugere ao Governo que ofereça cursos profissionalizantes e de alfabetização aos presidiários. Lamenta os altos índices de reincidência de ex-detentos (aparteado pelo Deputado Edson Ferrarini).

 

017 - HEROILMA SOARES

Assume a Presidência.

 

018 - EDSON FERRARINI

Parabeniza o trabalho realizado pelo Comandante geral da Polícia Militar, Álvaro Batista Camilo. Destaca o caráter, segundo o Deputado, pouco violento da PM Estadual. Ressalta a atuação da corregedoria da instituição. Explica as razões que o levaram a ser candidato a Deputado Estadual pela primeira vez. Fala sobre sua participação na constituinte estadual de 1989.

 

019 - SEBASTIÃO SANTOS

Pelo art. 82, exibe e comenta reportagem, da TV Record de São José do Rio Preto, sobre a Cachoeira do Talhadão, ameaçada pela possível construção de hidrelétrica no local. Posiciona-se contrariamente à construção da obra. Dá conhecimento de moções, enviadas por Câmaras Municipais, contrárias à obra.

 

020 - JOÃO PAULO RILLO

Para reclamação, apoia depoimento do Deputado Sebastião Santos sobre a Cachoeira do Talhadão. Questiona os interesses por trás da construção da usina. Menciona a existência de alternativas à realização da obra.

 

021 - JOSÉ CÂNDIDO

Para comunicação, destaca a diversidade ambiental do País. Fala sobre a importância da preservação das belezas naturais da nação.

 

022 - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO

Para comunicação, tece comentários acerca da votação do PL 840/11. Opina que a propositura prejudica as mulheres, aumentando, em 10 anos, o prazo para a aposentadoria. Critica a falta de contrapartida por parte do patrocinador.

 

023 - ANTONIO MENTOR

Pelo art. 82, lê manifesto sobre protestos na África e no Oriente Médio, contra regimes autoritários.

 

024 - MARCO AURÉLIO

Assume a Presidência.

 

025 - JOOJI HATO

Pelo art. 82, comenta assalto ocorrido na Capital paulista, envolvendo dupla de motociclistas. Defende projeto, de sua autoria, aprovado recentemente neste Parlamento. Apresenta justificativas para a sanção da matéria, pelo Governador. Cita a visita do Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ontem, a esta Casa. Menciona manifestação do Ministro, sobre o projeto que proíbe o garupa de moto.

 

026 - CARLOS GIANNAZI

Pelo art. 82, comenta denúncia de grupo de alunos, pais e professores da Escola Mauro de Oliveira, de proibição de matrícula de estudantes para o lº ano do segundo ciclo do ensino fundamental, o que corresponde à antiga 5ª série. Faz críticas ao PSDB pelo fechamento de escolas. Defende que alunos estudem em instituições escolares próximas de suas residências. Repudia o fechamento da Escola de Música Tom Jobim, unidade localizada no Bairro do Brooklin. Pede a votação do PLC 71/11, a fim de se acabar com a quarentena do Magistério. Sugere concursos públicos para a contratação de mais professores.

 

027 - JOOJI HATO

Assume a Presidência.

 

028 - CARLOS GIANNAZI

Solicita a suspensão dos trabalhos por 30 minutos, por acordo de lideranças.

 

029 - Presidente JOOJI HATO

Defere o pedido e suspende a sessão às 17h04min.

 

030 - Presidente BARROS MUNHOZ

Assume a Presidência e reabre a sessão às 17h43min. Por conveniência da ordem, suspende a sessão às 17h43min; reabrindo-a às 17h52min.

 

ORDEM DO DIA

031 - Presidente BARROS MUNHOZ

Coloca em votação e declara sem debate aprovados os seguintes requerimentos de urgência: do Tribunal de Contas, ao PL 45/11; do Deputado Gilmaci Santos, ao PL 710/11; do Deputado Enio Tatto, ao PL 463/11, e aos PRs 28/11 e 36/11; do Deputado Orlando Morando, ao PL 459/11, e ao PLC 23/11; do Deputado Jorge Caruso, ao PL 1055/11; do Deputado Campos Machado, ao PLC 70/11; e do Deputado Ed Thomas, aos PLs 927/11 e 426/11.

 

032 - VINÍCIUS CAMARINHA

Solicita a prorrogação da sessão por uma hora e trinta minutos.

 

033 - Presidente BARROS MUNHOZ

Coloca em votação e declara aprovada a prorrogação da sessão por uma hora e 30 minutos. Coloca em votação e declara aprovado requerimento,de alteração da ordem do dia. Coloca em discussão o PLC 66/11.

 

034 - MARCO AURÉLIO

Discute o PLC 66/11 (aparteado pelo Deputado João Paulo Rillo).

 

035 - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO

Discute o PLC 66/11 (aparteado pelos Deputados José Zico Prado e Roberto Morais).

 

036 - ORLANDO MORANDO

Para comunicação, manifesta apoio ao projeto em debate, de autoria do Governador Geraldo Alckmin, que trata da criação da Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte. Lembra a criação da Região Metropolitana de São Paulo, bem como do Aglomerado Urbano de Jundiaí. Saúda o Deputado Helio Nishimoto, pela atuação parlamentar.

 

037 - AFONSO LOBATO

Discute o PLC 66/11 (aparteado pelos Deputados Olímpio Gomes, Marco Aurélio e Ana Perugini).

 

038 - HELIO NISHIMOTO

Discute o PLC 66/11 (aparteado pelo Deputado Luiz Carlos Gondim).

 

039 - ALDO DEMARCHI

Assume a Presidência.

 

040 - GERSON BITTENCOURT

Discute o PLC 66/11 (aparteado pelo Deputado Afonso Lobato).

 

041 - Presidente BARROS MUNHOZ

Assume a Presidência.

 

042 - MARCOS MARTINS

Discute o PLC 66/11.

 

043 - Presidente BARROS MUNHOZ

Encerra a discussão do PLC 66/11. Coloca em votação e declara aprovado requerimento, do Deputado Samuel Moreira, de método de votação ao PLC 66/11. Coloca em votação o PLC 66/11, salvo emendas, subemendas e substitutivo.

 

044 - ENIO TATTO

Encaminha a votação do PLC 66/11, salvo emendas, subemendas e substitutivo, pelo PT.

 

045 - ALENCAR SANTANA

Encaminha a votação do PLC 66/11, salvo emendas, subemendas e substitutivo, pela Liderança da Minoria.

 

046 - VINÍCIUS CAMARINHA

Requer a prorrogação da sessão por uma hora.

 

047 - Presidente BARROS MUNHOZ

Coloca em votação e declara aprovada a prorrogação da sessão por uma hora.

 

048 - CARLOS GIANNAZI

Encaminha a votação do PLC 66/11, salvo emendas, subemendas e substitutivo, pelo PSOL.

 

049 - SAMUEL MOREIRA

Encaminha a votação do PLC 66/11, salvo emendas, subemendas e substitutivo, pela Liderança do Governo.

 

050 - Presidente BARROS MUNHOZ

Saúda a visita dos ex-Deputados Evandro Mesquita e Helio Cesar Rosas. Coloca em votação e declara aprovado o PLC 66/11, salvo emendas, subemendas e substitutivo. Coloca em votação e declara aprovadas as emendas de nºs 4, 8, 9, 10, 11 e 16. Coloca em votação e declara aprovada a emenda constante no Parecer 1926/11. Coloca em votação e declara aprovadas as subemendas às emendas de nºs 1, 3, 5, 6, 14 e 19, restando prejudicadas as respectivas emendas. Coloca em votação conjunta e declara rejeitadas as emendas de nºs 2, 7, 12, 13, 15, 17, 18, 20 e 21, restando prejudicado o substitutivo nº 1.

 

051 - MARCO AURÉLIO

Declara voto favorável às emendas do PT, em nome da bancada.

 

052 - CELSO GIGLIO

Pede a suspensão dos trabalhos por uma hora, por acordo de lideranças.

 

053 - Presidente BARROS MUNHOZ

Anota a solicitação. Congratula-se com Deputados e Lideranças e com a Frente Parlamentar em Defesa da Criação do Vale do Paraíba. Elogia a atuação do Deputado Federal Carlinhos Almeida, bem como a do Secretário Edson Aparecido, do Governador Geraldo Alckmin e do Sr. "Luizão", no processo, que terminou por acolher 12 emendas. Convoca as seguintes Comissões para reunião conjuntas, com cinco minutos de intervalo entre elas, a partir da suspensão desta sessão: de Constituição, Justiça e Redação, Administração Pública e Relações do Trabalho, Educação e Cultura, e Finanças, Orçamento e Planejamento; de Constituição, Justiça e Redação, Administração Pública e Relações do Trabalho, e Finanças, Orçamento e Planejamento; de Constituição, Justiça e Redação, Educação e Cultura e Finanças, Orçamento e Planejamento; de Constituição, Justiça e Redação e de Infraestrutura; reunião extraordinária da Constituição, Justiça e Redação; reuniões conjuntas das Comissões de Constituição, Justiça e Redação, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e a de Assuntos Metropolitanos e Municipais; de Constituição, Justiça e Redação, Assuntos Metropolitanos e Municipais; de Constituição, Justiça e Redação e Finanças, Orçamento e Planejamento; de Segurança Pública e Assuntos Penitenciários e Finanças, Orçamento e Planejamento; reuniões extraordinárias das Comissões de Finanças, Orçamento e Planejamento; e a de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana. Convida o Colégio de Líderes para uma reunião às 20 horas e 05 minutos. Suspende a sessão às 19h51min.

 

054 - GILMACI SANTOS

Assume a Presidência e reabre a sessão às 20h58min. Convoca a Comissão de Constituição, Justiça e Redação para uma reunião extraordinária a realizar-se hoje, às 21 horas e 05 minutos.

 

055 - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO

Solicita a suspensão dos trabalhos por 10 minutos, por acordo de lideranças.

 

056 - Presidente GILMACI SANTOS

Defere o pedido e suspende a sessão às 20h59min.

 

057 - Presidente BARROS MUNHOZ

Assume a Presidência e reabre a sessão às 21h12min. Convoca sessão extraordinária a realizar-se hoje, com início 10 minutos após o término desta sessão.

 

058 - SAMUEL MOREIRA

Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.

 

059 - Presidente BARROS MUNHOZ

Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária de 15/12, à hora regimental, com ordem do dia. Lembra a realização de sessão extraordinária, hoje, com início às 21 horas e 27 minutos. Levanta a sessão.

 

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- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Jooji Hato.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Com base nos termos da XIV Consolidação do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.

Convido o Sr. Deputado Hamilton Pereira para, como 1º Secretário “ad hoc”, proceder à leitura da matéria do Expediente.

 

O SR. 1º SECRETÁRIO - HAMILTON PEREIRA - PT - Procede à leitura da matéria do Expediente, publicada separadamente da sessão.

 

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- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Srs. Deputados e Sras. Deputadas, tem a palavra o primeiro orador inscrito, nobre Deputado Rui Falcão. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Luiz Claudio Marcolino. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Pedro Tobias.

 

O SR. PEDRO TOBIAS - PSDB - Sr. Presidente, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, hoje recebi alguns dados em relação ao metrô que apresentarei nesta tribuna, pois algumas pessoas de diversos partidos criticam São Paulo, porém sem dados de outros lugares para tais observações.

O metrô da nossa cidade apresentou de novembro do ano passado até o mesmo mês deste ano, um aumento significativo de passageiros/dia. Este meio de transporte recebe hum milhão e 100 mil passageiros por dia. Entre os trens da CPTM e metrô nos recebíamos 5,9 milhões de passageiros e, atualmente, recebemos 7 milhões e 100 mil passageiros. Se compararmos com Rio de Janeiro e Brasília, cujos Governadores são muito elogiados, o número total de passageiros que esses dois Estados juntos recebem em seu transporte ferroviário e metroviário anualmente não se compara ao aumento que nós apresentamos em um ano. Eles apresentam 1 milhão e 100 mil, e nós 1 milhão e 200 mil em um ano. Esta é a prova, Deputado Hamilton Pereira. Não adiantam discursos, a prova está aí. O número de passageiros que nós atendemos aumentou em 1,2 milhões de passageiros num ano, enquanto Brasília juntamente com a cidade do Rio de Janeiro apresentou 1,1 milhão de passageiros.

Ontem vimos na audiência pública a maneira idealizada que o nosso Ministro mostrou a Saúde, o que na realidade é bem diferente. As Santas Casas estão quebradas e esperando ajuda financeira do Governo do Estado porque a tabela do SUS está baixa. No seu discurso o Ministro expôs o problema do álcool e das drogas. Concordo que estes problemas são graves, porém alguém precisa arcar com as despesas financeiras. Se as despesas financeiras não são bancadas, o Estado e Município não aguentam. Situação similar aconteceu com o Samu, fizeram muito estardalhaço em relação a este serviço. Na época o ministro era do PT. Atualmente nenhum prefeito quer uma ambulância do Samu, pois é “presente de grego”, porque as ambulâncias são baratas, mas o custeio do serviço é muito alto. Em um momento anterior chamei o ministro de “fanfarrão”, porque ao invés de fazer a sua campanha permanentemente, ele deveria repassar o recurso que permeia esse processo para as prefeituras e Santas Casas. É isso que reivindicamos!

E a situação fica pior quando se fala de metrô, pois o Prefeito de São Paulo e o Governo Federal quando proferem os seus discursos prometem que ajudarão e investirão, mas até hoje não investiram nada. Mesmo diante dessa precariedade no investimento, conseguimos apresentar números favoráveis em relação ao aumento de passageiros que em um ano totalizam 1,2 milhões de pessoas. Parabenizo o Secretário Jurandir e o Presidente do Metrô, Sérgio Avelleda, que por mais críticas que recebem ainda assim conseguem proporcionar um bom serviço aos usuários que por sua vez reconhecem esse trabalho. Precisamos de pessoas assim e não de fanfarrões que proferem discursos rebuscados e depois desaparecem. Igual ao Ministro da Saúde que floreia a Saúde diante da situação deplorável em que ela se encontra.

São Paulo realiza hoje 50% dos transplantes e trata 60% dos casos de câncer, e a maioria é de pacientes de outros estados, pois vêm se tratar em nosso Estado, que é o que recebe menos. Temos como exemplo Alagoas que recebe duas ou três vezes mais que São Paulo. Isso precisa ser falado, e é para essa situação que o Ministro precisa olhar. Expus ao Ministro que o Centrinho de Bauru atende somente 30% dos casos do Estado de São Paulo e os outros 70% são de outros estados, porém 100% dos atendimentos são debitados na nossa cota. O Estado de São Paulo precisa ser olhado com mais carinho pelo Ministério. Sabemos que o Governo do PT, o Governo Federal, quando o governo é de outro partido, a população é esquecida. A Saúde é apartidária..

Volto a esse tema porque ontem o Ministro não esclareceu a nossa pergunta, e mesmo diante dessa omissão, ele foi muito elogiado. Mas eu quero ver resultados futuros para os nossos pacientes: se receberemos mais recursos para os hospitais atenderem mais pessoas; se haverá assistência para as Santas Casas, com aumento da tabela do SUS e para que os hospitais não quebrem e arquem com prejuízos. Daqui a alguns meses, voltarei a cobrar esses itens para o nosso Estado, e especialmente sobre o discurso de álcool e drogas, cujo projeto é muito bonito na teoria, mas daqui a pouco é jogado nas mãos do Estado e da Prefeitura, que infelizmente não têm estrutura para aguentar esse sobrepeso financeiro na Saúde. O Governo Federal não pode lavar as mãos, fazer discursos e simplesmente desaparecer. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Srs. Deputados e Sras. Deputadas, tem a palavra o nobre Deputado Carlos Bezerra Jr. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Marco Aurélio. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Dilmo dos Santos. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Maria Lúcia Amary. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Edson Ferrarini.

 

O SR. EDSON FERRARINI - PTB - Sr. Presidente, Deputado Jooji Hato, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, amigos da TV Assembleia, ontem, aqui na Assembleia Legislativa, foi aprovado o projeto do Executivo que instituiu o Regime Previdenciário Complementar do funcionalismo estadual.

Um assunto bastante debatido. O que significa isto? Significa que o funcionalismo tem um teto e se você quiser receber acima deste teto, deve pagar, além do que já paga normalmente, mais 7% durante toda sua vida.

Esse projeto se aplica as carreiras do funcionalismo. O que nós tivemos de importante? A Polícia Militar ficou fora desse projeto. Por que ela ficou fora? O que fez a Consultoria Jurídica da Polícia Militar? Tive o privilégio de ser o Chefe da Consultoria Jurídica da Polícia Militar, que é o órgão que trabalha ao lado do Comandante- Geral juntamente com Procuradores do Estado, pois todas as ações contra a Polícia têm que ser justificadas. Essa é a função da CJ - Consultoria Jurídica. E o que a Polícia Militar alegou? E o que ela tem em seu benefício? Sempre que for para prejudicar o policial militar, em algumas vezes ele é considerado funcionário público, e em outras vezes ele é considerado policial militar. Agora desta vez, ele foi compreendido. Por que o policial é diferente? O que a Polícia Militar alegou, com muita propriedade, para que isto acontecesse e ela pudesse ficar fora deste regime?

É absolutamente diferente o trabalho do policial do trabalho do cidadão comum, por exemplo, quanto aos direitos políticos e filiação partidária. Policial militar em atividade, tendo cinco anos de serviço, sendo eleito vereador de uma cidade do interior, ao assumir o posto de vereador ou de deputado, imediatamente passa para a inatividade. Vamos supor que tivesse 10 anos de tempo de serviço, o policial receberá apenas 10/30, dez trinta avos, do seu salário.

Além disso, qualquer pessoa está sujeita ao Código Penal, se um trabalhador cometer um crime, ele está sujeito à lei. Mas o policial militar além do Código Penal está sujeito ao Código Penal Militar, ele será julgado pela Justiça Militar, onde eu tive o privilégio de ter sido juiz várias vezes do Conselho de Justiça, no Tribunal de Justiça. Se o policial militar faltar sete dias, ele cometerá o crime de deserção cuja pena mínima é de seis meses de prisão.

Então vejam quantas situações diferentes vão acontecendo. Quanto ao regime disciplinar, o militar se submete ao regramento muito rigoroso, que é o nosso regimento disciplinar. Um atraso, uma falta, tudo isso é punido de forma muito severa.

Quanto aos direitos trabalhistas, tem também uma grande diferença do policial militar para o trabalhador comum. Ele tem um tratamento restritivo porque não pode se filiar em nenhuma entidade sindical, não pode em hipótese alguma ter o direito de greve, é vetado pela Constituição Federal. Por isso a Polícia Militar ficou fora desse projeto de previdência complementar para o funcionalismo público.

Quanto aos direitos sociais, ele tem direito ao 13º salário, salário-família, férias anuais remunerada, licença-gestante, licença-paternidade.

Quanto ao regime de trabalho, quem tem funcionário sabe como é, quando o funcionário faz horas extras aos domingos, sua remuneração é dobrada, quando passa do horário de trabalho, o patrão lhe paga hora extra. Para o policial, terminando seu expediente de oito horas, quando há um flagrante, é preciso ir para a delegacia para ser elaborado, que leva de quatro a cinco horas. O policial é obrigado a ficar ali, e não ganha um centavo de hora extra. Olha que regime bastante diferenciado.

Quanto ao regime de mobilização: para um funcionário normal, ele não pode ser convocado para uma emergência, para uma greve. Essa situação é diferente do policial militar. Eu me lembro de ter ficado uma vez no quartel por 10 dias porque a Polícia Militar estava em prontidão.

Quanto as suas missões constitucionais: a Polícia Militar como reserva do Exército, pode ser convocada para uma revolução ou para uma necessidade maior.

A Consultoria Jurídica da Polícia Militar elaborou essas razões que chegaram ao Governador, que entendeu serem justas, além do que, colocar a Polícia Militar no regime jurídico que estava sendo proposto, era inconstitucional.

Por isso, amigos da Polícia Militar, o regime previdenciário complementar será aplicado a todos os funcionários que ingressarem a partir de agora no serviço público, mas a Polícia Militar está absolutamente fora desse regime. Voltarei oportunamente a comentar sobre esse assunto. Obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Tem a palavra o nobre Deputado Alex Manente. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado José Zico Prado. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado José Bittencourt. (Pausa.). Tem a palavra o nobre Deputado Alencar Santana. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado João Antonio. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Roberto Engler. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Gerson Bittencourt. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Welson Gasparini. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Vitor Sapienza. (Pausa) Tem a palavra o nobre Deputado Antonio Salim Curiati. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Sebastião Santos. (Pausa) Tem a palavra o nobre Deputado Orlando Bolçone. (Pausa.)

 

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- Assume a Presidência o Sr. Ulysses Tassinari.

 

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O SR. PRESIDENTE - ULYSSES TASSINARI - PV - Tem a palavra o nobre Deputado Celso Giglio. (Pausa). Tem a palavra o nobre Deputado Milton Vieira. (Pausa). Tem a palavra o nobre Deputado Carlão Pignatari. (Pausa). Tem a palavra o nobre Deputado Geraldo Vinholi. (Pausa). Tem a palavra a nobre Deputada Analice Fernandes. (Pausa). Tem a palavra o nobre Deputado Rodrigo Moraes. (Pausa). Tem a palavra o nobre Deputado João Caramez. (Pausa). Tem a palavra a nobre Deputada Telma de Souza. (Pausa). Tem a palavra o nobre Deputado Jooji Hato, pelo tempo regimental.

 

O SR. JOOJI HATO - PMDB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, telespectadores, quero hoje mais uma vez, parabenizar esta Casa pelo Projeto de Lei da Moto sem Garupa, que irá resgatar a ordem pública e ajudará todos a buscarmos o que é mais importante, que é evitarmos acidentes gravíssimos que ocupam leitos cirúrgicos e ortopédicos, leitos de UTIs e também na área de Segurança, evitando assaltos realizados por garupas de motos, e que infelicitam muitas famílias.

Solicito que seja exibido trecho de uma reportagem do jornalista Caco Barcellos.

 

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- É feita a exibição do vídeo.

 

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Para concluir, Sr. Presidente Ulysses Tassinari, em nome de todas as vítimas de acidentes e assaltos e da maioria que apoiam o projeto da “Moto Sem Garupa”, quero aproveitar esta oportunidade para agradecer o apoio do nosso Eminente Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que esteve ontem nesta Casa para lançar o Plano de Combate ao Crack. Ele deu apoio total e restrito ao projeto “Moto Sem Garupa”. Isso porque, ele também é médico assim como eu e por isso entende a importância de se preservar a vida dos pilotos, dos garupas de moto, das crianças que andam sem capacete em motos e de outras tantas que sofrem acidentes e acabam sendo internadas, ou perdem a vida como o caso do Alan.

Por essa razão, quero dizer ao Ministro Alexandre Padilha que eu o conheço e o admiro. Quero também agradecê-lo, de coração, por seu apoio que veio em uma hora muito boa porque esse projeto ainda não foi vetado e nem examinado pelo Governador.

Espero que o Governador Geraldo Alckmin, que também é médico assim como nós, sancione esse projeto que irá salvar muitas vidas, irá ajudar na prevenção na área da Segurança e, principalmente, na da Saúde.

O Ministro disse que esses tipos de acidentes consomem muito recurso do SUS. Eles causam abarrotamento nos hospitais, muitos pacientes ficam enfileirados nos prontos-socorros e nas UTIs consumindo leitos fundamentais e impossibilitando que outros pacientes com outras patologias ou outras moléstias possam ser atendidos neste país.

Deixo aqui um grande abraço ao Ministro Alexandre Padilha e o nosso respeito e gratidão, porque com sua declaração ele nos deu um norte e deixou fortalecido este Deputado e esta Casa de Lei.

Nós não erramos, caros Deputados Hamilton Pereira, Marcos Martins, Edson Ferrarini, e Ulysses Tassinari, que preside esta sessão e é médico assim como eu. O Ministro deixou o seu apoio a esta Casa mostrando que não erramos em ter aprovado esse projeto de lei.

Esperamos que o Governador Geraldo Alckmin, como médico, sancione esta lei, pois ela não é ilegal. Se essa lei for considerada ilegal, então teremos que revogar a minha lei que proíbe a circulação de caminhões na capital e, também, a lei do rodízio, a da Zona Azul, a lei do cinto de segurança e outras leis que salvam vidas e ajudam a ter melhor qualidade de vida. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - ULYSSES TASSINARI - PV - Tem a palavra o nobre Deputado Pedro Bigardi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Donisete Braga. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Itamar Borges. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Adilson Rossi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Enio Tatto. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Marcos Martins, pelo tempo regimental.

 

O SR. MARCOS MARTINS - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Srs. Deputados, Sras. Deputadas, telespectadores da TV Assembleia, aqueles que nos acompanham pelas as galerias, por meio do Serviço de Audiofonia da Casa, ontem, recebemos aqui na Comissão de Saúde, juntamente com três Frentes Parlamentares - a da Saúde, a do Combate ao Crack, e a da Defesa das Santas Casas), o Ministro de Estado da Saúde do Brasil, Alexandre Padilha.

Foi muito importante a demonstração de interesse do Ministro pela saúde do país, em especial por São Paulo. Ele apresentou um programa antidrogas do Governo Federal que precisa ser integrado aos Estados e Municípios. Além disso, deu uma demonstração de apreço por esta Casa, pois esteve no plenário. Pudemos observar diversas manifestações de elogios ao comportamento do Ministro.

Há alguns minutos, o Deputado Pedro Tobias, a quem respeitamos muito, estava criticando. Contudo, na época do Governo FHC, os Ministros sequer vinham aqui a esta Casa. Mas, no Governo atual, já tivemos mais de uma vez a presença de Ministros aqui no Estado de São Paulo, inclusive aqui nesta Casa, com a nossa bancada. Ontem mesmo esteve presente neste plenário um ministro. Falávamos do Samu, Serviço de Atendimento Móvel de Ambulância, que é lembrado sempre que precisamos de uma ambulância. Por que as prefeituras têm dificuldade em manter o Samu? É porque o Governo do Estado, do PSDB, não dá um tostão para ajudar. O Governo Federal paga 50% e a parte que deveria ser paga pelo Governo do Estado é a prefeitura que tem de arcar. Cadê a aplicação do regime do SUS, que é compartilhado entre os entes da Federação?

O Governo do Estado não paga um tostão também às UPAs, Unidades de Pronto Atendimento, que é intermediário entre o atendimento básico e de média complexidade. O Estado não contribui com a sua devida parte para a Saúde, que é a Emenda 29, tão falado aqui. São então duas coisas que o Governo não contribui. O Samu atende a acidentes pelo País todo e, se não me engano, São Paulo é o único estado que não contribui com o Samu. E ainda vem aqui reclamar do Governo Federal, que está disposto a enfrentar com projetos e programas o problema das drogas. Ao contrário, temos de elogiar. Que o Governo do Estado faça a sua parte.

Quero falar também sobre o banimento do amianto, um material cancerígeno. O amianto ainda é utilizado em caixas d’água, telhas, tubos de água, e a Sabesp ainda tem tubos de amianto que leva água às residências. Há um parecer que foi publicado pela Procuradoria Geral da República, ao pedido de Adin da Lei Federal 9.055: Esta ação de inconstitucionalidade é preliminar, é claro, mas diz: “Ante o exposto, o parecer é em caráter preliminar pela abertura de prazo para que a ANPT, Associação Nacional dos Procuradores de Trabalho, apresente procuração com poderes específicos para a propositura da ação e no mérito pela procedência do pedido.”

Isso demonstra que estamos chegando próximo ao banimento do amianto, que mata no mundo mais de cem mil pessoas por ano. Seremos o nº 67 dos países que proíbem o uso desse material cancerígeno. Esperamos que a nossa lei continuasse sendo cumprida e avancemos para a proibição no âmbito nacional, inclusive internacional. O movimento tem um lobby muito forte, e mesmo existindo matérias-primas alternativas, ainda insistem em usar o produto cancerígeno.

Registro isso neste final de ano, mas com certa alegria. Sabemos da caminhada que temos ainda pela frente, mas é um parecer do Procurador Geral da República, favorável ao pedido de inconstitucionalidade dessa lei federal. Eles se utilizam dessa lei para tentar desqualificar a lei paulista, de nossa autoria, aprovada por esta Casa. Esperamos que no próximo ano o banimento do amianto seja definitivo no Brasil. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - ULYSSES TASSINARI - PV - Tem a palavra o nobre Deputado Roberto Morais. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Giannazi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Luiz Carlos Gondim. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Reinaldo Alguz. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Geraldo Cruz. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Baleia Rossi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Cauê Macris. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Estevam Galvão. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Regina Gonçalves. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Afonso Lobato. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Simão Pedro. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Edinho Silva. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado João Paulo Rillo. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Vanessa Damo. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Gil Arantes. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Vinícius Camarinha. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Marcos Neves. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Aldo Demarchi. (Pausa.)

Sras. Deputadas, Srs. Deputados, esgotada a lista de oradores inscritos para falar no Pequeno Expediente, vamos passar à Lista Suplementar.

Tem a palavra a nobre Deputada Maria Lúcia Amary. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Vanessa Damo. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Donisete Braga. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Rafael Silva. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Itamar Borges. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Alencar Santana. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Olímpio Gomes. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Dilmo dos Santos. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Giannazi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Roberto Massafera. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Hamilton Pereira.

 

O SR. HAMILTON PEREIRA - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, público presente nas galerias, telespectadores da TV Assembleia, nos aproximamos do final do ano legislativo e ontem tivemos mais algumas matérias aprovadas por este plenário. Projetos que estavam com solicitação de urgência em sua tramitação por parte do Sr. Governador foram aprovados pelos deputados desta Casa. Temos ainda alguns projetos em pauta e o principal deles é o Projeto de Lei Orçamentária, com a previsão de arrecadação, e de investimentos e gastos para o ano que vem, 2012. É um orçamento que prevê para o Estado de São Paulo, no ano que vem, uma arrecadação de cerca de 160 bilhões de reais. São Paulo é o Estado, sem dúvida, mais pujante do ponto de vista econômico, e mais dinâmico em sua economia, visto que aqui temos os maiores conglomerados das indústrias, do sistema financeiro, dos serviços, do comércio. Enfim, é o Estado que mais arrecada e é o maior Orçamento público depois do Orçamento Geral da União. É obvio que temos muito recurso no Estado de São Paulo para investirmos em todas as áreas sociais.

Quero me ater a uma questão mais específica. Esta Casa, infelizmente, aprovou ao longo deste ano muito mais projetos do Executivo do que os dos Srs. Deputados e das Sras. Deputadas. Apresentei neste ano um projeto que reputo dos mais importantes. Todos sabem que a matéria-prima do trabalho dos legisladores são os dilemas que a sociedade enfrenta. Problemas nos são trazidos por muitos segmentos da sociedade civil organizada, sindicatos, associações, e mesmo por cidadãos comuns. Na medida em que nós andamos pelo Estado e mantemos contato com as populações dos municípios pelo Interior do Estado, também nos deparamos com muitos problemas. A Capital, sem dúvida, é um grande foco de problemas que se arrastam ao longo dos anos sem solução.

Este ano, para eu me referir a um dos grandes problemas do Estado de São Paulo, eu apresentei o Projeto de lei 463/11, que propõe no Estado de São Paulo uma política de busca às pessoas desaparecidas.

Já tive a oportunidade de falar desta tribuna a respeito deste projeto de lei algumas vezes, inclusive exibir aqui, na tela do painel eletrônico da Assembleia Legislativa, alguns filmes que foram feitos por alguns canais de televisão sobre esse dilema que enfrentam as famílias que têm um ente desaparecido no Estado de São Paulo.

O Estado de São Paulo por ser o Estado mais populoso hoje, com pouco mais de 40 milhões de habitantes, é, sem dúvida, o Estado onde mais desaparecem pessoas.

Nobre Deputado Welson Gasparini, só para que o senhor e os telespectadores tenham uma ideia, no Estado de São Paulo, de janeiro de 2008 até fevereiro deste ano, desapareceram 13.089 pessoas, pessoas que nunca mais foram vistas nem encontradas pela família nem pelos órgãos policiais, o que dá uma média, por dia, de 11 desaparecimentos. Grande parte deles inclusive de crianças e de adolescentes. Mas, também, temos desaparecimentos de adultos, pessoas de idade, que, por uma ou outra razão, acabam se perdendo. Saem de casa, depois, não aparecem mais e não são encontrados em lugar algum.

Tivemos aqui, inclusive, uma audiência pública a respeito desse tema e o Dr. Arlindo Negrão, do DHPP, cunhou uma frase que achei muito interessante. Ele falou: “É impressionante como investigamos e não encontramos vestígio de muitas dessas pessoas que desaparecem”, dando a impressão até que elas foram abduzidas por algum ser alienígena porque não há pistas dessas pessoas.

Trabalhei, pesquisei muito a respeito do tema, auxiliado por pessoas do meu gabinete, pessoas desta Casa, notáveis servidores que se dedicaram a nos ajudar nessa tarefa de elaboração deste projeto.

Apresentamos uma política de busca às pessoas desaparecidas no Estado de São Paulo. Lamentavelmente, apesar de todo cuidado em fazer um projeto muito bem pensado, construindo um banco de dados no Estado de São Paulo, inclusive com dados genéticos das pessoas desaparecidas, tipagem sanguínea, DNA das pessoas, recentemente, o Governo do Estado, analisando o nosso projeto para autorizá-lo ou não a ser votado, acabou propondo uma mutilação, eliminando vários artigos, inclusive o artigo que propõe a criação do banco de dados - o que é um absurdo.

Então, o nosso projeto não será aprovado este ano, mas voltaremos a este tema no ano que vem.

Quero aproveitar, inclusive, neste momento em que encaminhamos para o final do ano, o ensejo para desejar um feliz Natal a todos e a todas que nos assistem neste momento. Aos telespectadores muita luz, muita paz e muita saúde para o Ano Novo que se aproxima. Aos Srs. Deputados, as Sras. Deputadas e a todos os servidores desta Casa, que nos ajudaram nessa nossa luta pelos projetos na área da Saúde, na área Social, o meu muito obrigado. Enfim, muito obrigado a todos, um feliz Natal e próspero Ano Novo!

 

O SR. PRESIDENTE - ULYSSES TASSINARI - PV - Tem a palavra o nobre Deputado Antonio Mentor. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado José Bittencourt. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Samuel Moreira. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Luiz Claudio Marcolino. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Jooji Hato. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Welson Gasparini.

 

O SR. WELSON GASPARINI - PSDB - Exmo. Sr. Presidente, Ulysses Tassinari; Sras. Deputadas e Srs. Deputados:

 Feliz  do Estado de São Paulo por ter sob o comando de seu  Poder Executivo o Governador Geraldo Alckmin, cuja capacidade, honestidade e idealismo são demonstrados diariamente pela sua própria conduta.  

Gostaria de, neste instante, registrar algumas obras do Governo de São Paulo  autorizadas para a cidade de Ribeirão Preto e para a nossa região, demonstrando bem o dinamismo e  capacidade do atual governo.

Estive com o Governador Geraldo Alckmin em audiência, na última segunda-feira, quando  agradeci pessoalmente a sua atenção para com os nossos pedidos e as reivindicações de  Ribeirão Preto e de municípios da nossa região, entre tais a liberação de sete milhões de reais para reforma e ampliação da Escola Técnica - Etec - de Ribeirão Preto. Também o Governador liberou cerca de seis milhões de reais para a realização das obras de reformas e ampliações no  Aeroporto Leite Lopes de Ribeirão Preto. O Governador do Estado também mandou para esta Casa - e isto é de grande importância  - projeto de lei autorizando,  para os próximos 30 anos,   área de propriedade do Governo do Estado para a realização da Agrishow,  a maior feira agrícola de todo o Brasil e da América Latina.

Gostaria de agradecer, ainda,   a autorização do governador para a construção do viaduto na Avenida Henry Nestlé, solucionando  um grande problema no trânsito de Ribeirão preto e das cidades vizinhas.

Gostaria também de anunciar oficialmente,  porquanto autorizado pelo governador e pelo  Reitor da Universidade de São Paulo, Dr. João Grandino Rodas, para a segunda quinzena de janeiro a assinatura da licitação para contratação da empresa que vai construir os dois primeiros grandes prédios do Parque Tecnológico de Ribeirão Preto, num investimento de 12 milhões de reais do  Governo do Estado e da  USP nessa importante obra. Na segunda quinzena de janeiro, portanto,  estaremos no Palácio Rio Branco com as principais personalidades da Universidade de São Paulo e com os dirigentes da cidade de Ribeirão Preto, autoridades, dirigentes de entidades para assistir à assinatura da licitação para a construção dos dois prédios iniciais do Parque Tecnológico de Ribeirão Preto.

Quero noticiar, por outro lado,  que o governador me autorizou a  continuar mantendo entendimentos com a Fundação Paula Souza para,  em breve, possivelmente já em janeiro, também poder  ser assinada  a licitação para a construção da Fatec de Ribeirão Preto na qual serão aplicados cerca de 15 milhões de reais.

Gostaria de relatar, por fim, que o governo do Estado autorizou e assinou convênios de cerca de 19 milhões de reais para a região de Ribeirão Preto, incluindo  200 unidades de moradias em Guariba e  44 em Cajuru.  Brodowski  vai receber 250 mil para obras de infra-estrutura urbana; Cravinhos terá 150 mil para investir em infra-estrutura; Jaboticabal terá o aporte de 561 mil reais para a compra de veículo, iluminação de ciclovia, reforma, ampliação e revitalização do mercado municipal e aquisição de equipamentos; Jardinópolis vai receber 160 mil reais para recapeamento de vias públicas; Luis Antonio,  terá 150 mil para investir em obra municipal, construção de uma praça; Monte Alto receberá 250 mil reais para infra-estrutura urbana; Santa Rosa de Viterbo receberá 590 mil para aplicar em infra-estrutura, em espaço de realização de feiras de artesanato e similares, recapeamento em diversas vias do município, cobertura de quadra esportiva no centro de lazer do trabalhador; Serra Azul terá 60 mil reais para a prefeitura recapear vias públicas daquela cidade.

Eu fico entusiasmado e venho à tribuna, assim, para agradecer ao Governador Geraldo Alckmin pelo dinamismo da sua administração. Não falei tudo o que precisava  porque acabou meu tempo, mas deixo registrada minha gratidão pela liberação de  verbas tão importantes para  Ribeirão Preto e região.

Em nome da minha cidade, Ribeirão Preto, peço a Deus para iluminar o caminho do  Governador Geraldo Alckmin para continuar, como até aqui, beneficiando todos os paulistas!

 

O SR. PRESIDENTE - ULYSSES TASSINARI - PV - Tem a palavra o nobre Deputado Olímpio Gomes.

 

* * *

 

- Assume a Presidência o Sr. Jooji Hato.

 

* * *

 

O SR. OLÍMPIO GOMES - PDT - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, funcionários desta Casa, cidadãos que nos acompanham pela TV Alesp, estamos chegando ao final deste exercício, que deve acontecer no momento em que se votar - se for votada - a proposta orçamentária do Governo, que sofreu emendas e que teve o relatório aprovado pela manhã.

Mas eu gostaria de lembrar aos Srs. Deputados e aos líderes partidários do compromisso de só votarmos o orçamento se votarmos também os projetos de revisão de salários de servidores públicos que estão tramitando nesta Casa: pesquisadores científicos, funcionários técnicos da agricultura, engenheiros, especialistas e analistas da gestão pública, enfim. Não tem qualquer espécie de acordo, pelo menos de minha parte, para se votar o orçamento sem que se cumpram esses compromissos mínimos com setores de serviços públicos, que já estão sendo esquecidos. Observem que estes projetos foram encaminhados na semana que passou, com revisão de salário a contar de novembro quando a lei desta Casa diz que é a contar de 1º de março e as categorias profissionais estão abrindo mão da apresentação de emendas em função do chamado estado de necessidade.

Encareço a todas as lideranças o cumprimento do que ficou acertado com os segmentos de serviços públicos. Houve encaminhamento de projetos para as categorias com maior número de servidores, como da Educação, da Saúde e da Segurança e agora não podemos, de forma alguma, deixar de fazer o mínimo de justiça - que não é tão grande não. São projetos que dividem em dois, três anos algo que deveria ser minimamente para agora, para este período. Não se está considerando perdas salariais anteriores, mas que minimamente se votem esses projetos, se faça a redação final, o autógrafo da Assembleia e encaminhamento célere para que o Governo não tenha a argumentação de dizer ‘olha, foi a Assembleia que segurou o projeto’. Que estes projetos possam ser votados e encaminhados rapidamente para sanção a fim de que os servidores possam receber o parco reajuste já no pagamento de janeiro.

Votamos ontem projetos que estabelecem ou dão continuidade à revisão de carreiras desta Casa, à revisão de salários do governador e vice-governador, à revisão de salários nossos e moralmente não estaremos fazendo nenhum favor a nenhum desses servidores em cumprirmos a nossa obrigação. Não existe qualquer motivo, seja de ordem orçamentária, seja de ordem política, que possa obstruir. Não podemos sacrificar aqueles que estão na ponta da linha tentando fazer a diferença em relação a uma boa prestação de serviço no Estado de São Paulo.

Vamos entrar agora para uma reunião de líderes e temos de sair com uma definição: antes de votarmos o orçamento, que cumpramos os nossos compromissos e votemos os projetos que possam dar o mínimo de dignidade a esses servidores públicos. (Manifestação das galerias.)

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Esgotado o tempo destinado ao Pequeno Expediente vamos passar ao Grande Expediente.

 

* * *

 

- Passa-se ao

 

GRANDE EXPEDIENTE

 

* * *

 

O SR. JOÃO ANTONIO - PT - PARA COMUNICAÇÃO - Sr. Presidente, tenho notado nesta Casa que precisamos de fato conversar um pouco mais e modificar o nosso Regimento. Tenho notado um constante esvaziamento das comissões permanentes.

Sou das Comissões de Justiça e de Infraestrutura. Quando estou me preparando para debater uma matéria da mais alta importância, de repente aparece um tal de relator especial. Vem um pedido de urgência para a matéria, designa-se um relator especial e desconsidera-se tudo o que foi o debate. Ou seja, as comissões existem por mera formalidade. Não tem de fato nenhuma interferência real na vida desta Casa para as matérias que importa.

Se nós não alterarmos essa figura estranha ao Parlamento, que é o relator especial, as comissões, que é um espaço de debate e aperfeiçoamento das proposituras, sejam elas de iniciativa do Governador do Estado, ou dos nobres deputados desta Casa, as comissões não terão nenhuma importância.

Faço este comunicado para que chegue aos ouvidos de todos os parlamentares desta Casa e da Mesa Diretora para que possamos, de fato, valorizar o parlamento na sua integralidade, ou seja, o Pleno da Casa e principalmente as comissões, que são um momento tão importante para fazer com que os projetos em tramitação sejam enriquecidos. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. LUIS CARLOS GONDIM - PPS - PELO ART. 82 - Sr. Presidente, Srs. Deputados, uso esta tribuna para falar da maneira, do comportamento espetacular do ministro Padilha, ontem, na Comissão de Saúde, falando sobre o programa da Presidente Dilma de combate ao crack.

Sabemos da necessidade de haver clinicas que seriam para a prevenção terciária para os já dependentes de drogas. Sabemos, também, que a prevenção primária e secundária são o ideal para se fazer um combate às drogas. Sabemos, ainda, que as portas de entrada das drogas não estão sendo fiscalizadas. Para se fazer um programa como esse tem de haver a união do Ministério da Saúde, do Ministério da Educação e do Ministério do Esporte. E as secretarias dos estados também têm de fazer as fiscalizações em barreiras dos estados em relação a drogas.

O programa da presidente é espetacular. Eu fiquei contente com a apresentação, diga-se de passagem, humilde, porém, com muito conteúdo, do ministro Padilha. Em dado momento abordei situações para as quais é necessário que o ministério tome uma atitude. Primeiro, para que não haja a falência de todas as santas casas, e, de quem atende SUS, aumentar a tabela SUS. Isso faz parte de um consenso.

A emenda 29 é importante demais em todos os sentidos. Que todos cumpram: o governo federal, o estadual e os municípios. Não se jogar tudo para os municípios. Existe essa possibilidade de o governo estadual e federal jogar tudo para o município.

Comentamos sobre a falta de vagas para pacientes com câncer. A demora entre o diagnóstico e o início do tratamento é muito grande. Sobre isso entreguei projeto de nossa autoria ao ministro para que ele resolva esse problema de vagas. Que o paciente diagnosticado tenha imediato início de tratamento, como no caso do Presidente Lula, que reduziu em 75% a massa tumoral em sua laringe.

Comentamos também em um relatório o problema da hemodiálise, de pacientes renais crônicos, com insuficiência renal. Só há vagas para 200 pacientes por clínica. Não se aumenta o número de vagas. A população aumentou, o numero de idosos também.

Ele mostrou que o ministério vai investir em psiquiatras para, principalmente, cuidar de pacientes dependentes químicos. E nós tivemos outra ideia. Por que não dar curso rápido de formação para tratar dependentes químicos? Assim haveria um contingente maior de médicos para esses casos.

Então, a situação é bastante séria, no Brasil, em relação às drogas. Temos que vencer essa guerra e a estamos perdendo. Sente-se isso em todos os lugares. Mas o pontapé foi dado, e com muita grana - 4 bilhões de investimentos -, o que é muito importante. Mas a separação de adolescentes e adultos é uma coisa muito séria e é preciso trabalhar nisso.

Temos de estar ao lado do ministério, a Presidente Dilma e exigir do governo do estado que também faça um trabalho como esse, ofertando clínicas e principalmente prevenção primária e secundária. O investimento do governo do estado é necessário.

Outro assunto é comunicar que há a formatura de 1.667 novos policiais militares e estou pedindo aumento para os policiais do 17º, 32º e 35º Batalhão do Alto Tietê - Itaquaquecetuba, Suzano e Mogi das Cruzes. Soubemos, hoje, que nenhum desses homens vai para os nossos batalhões, porque vão fazer a Ação Verão no Vale do Paraíba e Litoral.

Quero dizer ao comandante que, a cada dia que passa, aumentam os números de assaltos e de mortes em nossa região. É preciso uma atitude do governo do estado em relação ao que acontece com a falta de policiamento e a transferência de policiais, indevidamente, principalmente dos municípios de Mogi, Itaquá e Suzano. Faltam homens em nossa região e estamos convivendo com crimes contínuos em nossa cidade e região. Obrigado, Sr. Presidente e Srs. Deputados.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Tem a palavra o nobre Deputado Adriano Diogo.

 

O SR. ADRIANO DIOGO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, meus companheiros do PT, pessoas que nos visitam na galeria, estamos encerrando o ao de 2011, um ano que aqui na Assembleia transcorreu bem. Tivemos problemas muito sérios para resolver, mas acho que o balanço do ano é altamente positivo. Os deputados que para cá vieram na primeira legislatura deram, sem dúvida, uma contribuição importantíssima.

Refiro-me, inicialmente, aos meus colegas, aos meus companheiros jovens deputados do PT, como os Deputados Alencar, João Antonio e Marco Aurélio. Uma safra de renovação incrível. Assim como pessoas experientes que vieram de Itapeva, de Ribeirão Preto, de Rio Preto, a Deputada Heroilma Tavares, de Itaquá. Acho que esta Assembleia, com a conjugação de deputados, dos mais antigos e dos mais novos e experientes, que veem com experiência, com tradição, com currículo tem tudo para um processo produtivo.

É verdade que o Poder Executivo não contribui muito para que possamos nos desenvolver mais. Por exemplo, essa limitação de termos direito a aprovar apenas um projeto palatável por ano limita muito. Mas nas comissões permanentes houve um processo de riqueza impressionante. Na Comissão de Direitos Humanos conseguimos um equilíbrio, uma democracia e uma conjugação de deputados, por que não dizer a maioria deles de primeiro mandato, como Marco Aurélio, Heroilma, Leci Brandão, Dilmo dos Santos, Carlos Alberto Bezerra Jr. Foi um ano excelente.

Na tarde de hoje gostaria de ter um projeto de lei aprovado. Faz muitos anos que não consigo aprovar um projeto de lei. E quando tive oportunidade, os projetos foram vetados.

Acho que terminamos o ano num clima bom, satisfatório, produtivo. Em que pese algumas matérias que tenham sido feitas que colocam a Assembleia num patamar mais rebaixado, acho que todos nós estamos conscientes que tivemos um ano bom, produtivo, equilibrado, de grandes debates.

Não acredito que a Assembleia seja o melhor lugar para fazer política. Acho que existe muita frustração de nós todos, que temos uma vontade enorme de contribuir, de favorecer, de sugerir, de projetar; nem sempre nossas expectativas são realizadas.

Também acho que deveria haver uma reforma política no Brasil. Não sei qual o tamanho dessa reforma, mas acho que hoje em dia o processo político está muito contaminado pelos financiamentos das campanhas. Hoje o financiamento das campanhas tem uma prevalência tão grande. Acho que a TV Assembleia faz um excelente trabalho, mas em si só ela não é um instrumento suficiente para divulgação das nossas iniciativas e da nossa preocupação.

Tenho a expectativa de aprovar um projeto, não tenho o mínimo vislumbre, nenhuma sinalização. Acho que foi um ano bom

Quero agradecer a todos os deputados e deputas pelo clima de debate fraterno, democrático, de disputa, de ideias, de projetos, de propostas. Acho que foi um ano da melhor qualidade.

Agradeço a receptividade que tiveram comigo, com meus projetos, com meus debates. Acho que a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo tem muito a dar, muito a contribuir com nosso estado e por que não dizer, com o Brasil.

Concedo um aparte ao nobre deputado João Antonio. V.Exa. é uma das grandes contribuições da renovação, um jovem que veio do Paraná, foi para o Itaim Paulista, com toda a família; deu uma contribuição enorme para o PT, para o Brasil, para a democracia, e está concluindo o mestrado em Direito. V.Exa. é um exemplo da renovação política que o Brasil precisa e merece.

 

O SR. JOÃO ANTONIO - PT - Deputado Adriano Diogo, em primeiro lugar, venho a esse microfone de apartes porque V.Exa. está fazendo um pronunciamento de balanço do ano, elogiando os nobres deputados desta Casa. Mas quero fazer um destaque porque esta Casa, quando o escolheu para ser presidente da Comissão de Direitos Humanos, fez uma das melhores escolhas desse ano, pelo seu passado de compromisso com a causa, e muito mais do que isso, pela sua coerência de vida e de militância política ao longo de toda a sua história.

V.Exa. nunca abriu mão de princípios na defesa da dignidade humana e faz um trabalho na Comissão de Direitos Humanos que dignifica esta Casa. Tenho acompanhado quase todas as semanas e tenho presenciado o ganho político que o Estado de São Paulo teve nesse período que V.Exa. preside com dedicação a causa dos direitos humanos, esta comissão tão importante nesse legislativo tão importante que é Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.

 

O SR. ADRIANO DIOGO - PT - Obrigado. Não mereço tantos elogios, mas quero concluir dizendo o seguinte: felizmente a saúde do nosso companheiro Luiz Inácio Lula da Silva melhorou. A quimioterapia reduziu 75% do tumor. Tomara que com a radioterapia ele conclua o tratamento e não precise fazer uma perfuração na traqueia para remover o tumor, o que inevitavelmente tiraria sua voz, faria com que ele tivesse que respirar quase que artificialmente e usar um aparelho para amplificar a voz. Por que estou falando do Lula? Porque nesse breve momento, lembrei-me de sua família no Itaim, ainda no tempo do Monte Taó, de Dom Angélico, de todos vocês e seus irmãos, Juscelino, a grande contribuição que deram.

Uma família que veio do Paraná, com tantas dificuldades, o contato que vocês tinham com Paulinho Vanuck naquela época e tudo que vocês representaram. Se Lula fez uma escola, vocês dos grandes alunos dessa escola. Sinceramente, sem rapa-pé, sem troca de falsos elogios, a família de vocês, Juscelino - um dos primeiros vereadores do PT, hoje lá em Itaquá, todos vocês deram uma grande contribuição. Seguiram a escola do Lula. Ele não teve tempo para estudar, só estudou na escola da vida. Mas V.Exa. estudou e fez o ponto da virada. Parabéns! Muito obrigado a todos. Feliz Natal! Feliz Ano Novo!

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Por permuta com o nobre Deputado Antonio Salim Curiati, tem a palavra o nobre Deputado Donisete Braga, pelo tempo regimental.

 

O SR. DONISETE BRAGA - PT - Sr. Presidente, Srs. Deputados e Sras. Deputadas, público presente nas galerias, quero saudar todos os servidores da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Deixo um agradecimento muito especial não só à nossa equipe de taquígrafos que registra as nossas manifestações, como também à nossa assessoria da bancada do PT e todas as assessorias que são um elo fundamental no processo de informação e de atualização dos parlamentares da Assembleia Legislativa. Um abraço carinhoso aos membros do Diário Oficial e da TV Assembleia. Sabemos que é uma equipe que cumpre sua tarefa com muita competência levando nossa mensagem aos habitantes do Estado de São Paulo. Quero cumprimentar a Polícia Militar e a Polícia civil que nos assessoram 24 horas na Assembleia Legislativa.

Gostaria, Sr. Presidente, de aqui fazer uma saudação especial ao meu amigo, Deputado Antonio Salim Curiati, que deve estar no Colégio de Líderes ou no seu gabinete, ouvindo-nos. Agradeço por essa permuta de tempo, para que eu pudesse conversar com a população do Estado de São Paulo. O Deputado Curiati é o nosso decano de grande experiência para os mais diferentes assuntos e problemas de Assembleia Legislativa. Sendo sempre muito consultado e ouvido. Quero, carinhosamente, agradecer por esta oportunidade.

Agradeço aos Deputados deste Parlamento, especialmente a V. Exa., Sr. Presidente, que conheci pessoalmente neste ano, mas me dá a impressão de que V. Exa. já faz parte da minha relação há muitos anos. Tem sido um grande amigo, e tem me ajudado muito na Frente Parlamentar de Enfrentamento ao Crack e outras drogas.

É a primeira vez que coordeno uma Frente Parlamentar, e sei que o seu resultado, o seu reconhecimento só aconteceu graças ao empenho não só dos 29 parlamentares que compõem a Frente Parlamentar, mas de todos os companheiros. Recebi apoio dos Deputados desta Casa, conseguimos fazer um trabalho com começo, meio; o fim não, porque queremos persistir no debate desse tema.

Ontem foi motivo de muita honra contar com a presença do Ministro da Saúde, Alexandre Padilha que, com muita paciência, sem nenhuma correria, atendeu todos os Deputados e ouviu a sociedade civil na audiência pública que realizamos ontem na Assembleia Legislativa.

É dessa forma que acreditamos, e queremos, que o poder público possa agir e interagir com o cidadão que paga os nossos salários, que paga imposto e que aguarda com muita expectativa decisões e leis que possam interferir de forma positiva na vida das pessoas no nosso Brasil, especialmente no Estado de São Paulo.

Portanto, eu me sinto muito feliz por ter tido ontem a honra de receber o Ministro Alexandre Padilha. Depois de muito diálogo conseguimos estabelecer um processo muito democrático, coordenado brilhantemente pelo meu Presidente da Comissão de Saúde, o Deputado Marcos Martins, possibilitando que os Deputados se manifestassem. Vai aqui o meu agradecimento especial ao Deputado Marcos Martins, pelo seu comprometimento ontem nessa importante audiência pública.

Espero que possamos apresentamos uma proposta ao orçamento do Estado, para obter recursos direcionados aos programas de combate às drogas no Estado de São Paulo. Não sei se o Governo do Estado terá a sensibilidade de, pelo menos, aportar recursos para esse programa, mas a Presidente Dilma estabeleceu investimentos de quatro bilhões de reais para o próximo período.

Ontem o Ministro anunciou 565 milhões de reais para os programas de prevenção e combate às drogas no Estado de São Paulo. Fico muito feliz, porque é um passo extraordinário.

Cedo um aparte à nobre Deputada Telma de Souza.

 

A SRA. TELMA DE SOUZA - PT - Penso que ontem tivemos um dia praticamente histórico. Não conheço país no mundo que tenha tido a coragem, a vanguarda de oferecer um programa de combate às drogas, seja ela qual for, no caso nosso o crack, com tal volume financeiro e com tal excelência de projeto, uma vez que teremos comissões e ações multifacetadas e multidisciplinares.

Quero deixar registrado que o seu esforço tem sido fantástico. Vossa Excelência já esteve na minha região, faço parte da Frente, mas sem essa posição do Governo Federal nós não temos muito a ir adiante, se não soubermos as diretrizes de políticas públicas para tal.

E ontem, lamentavelmente, pela televisão, quando cheguei a minha casa, depois de a mídia anunciar a presença do Ministro aqui, um representante, posteriormente, não no lugar da Secretaria de Saúde do Estado, disse que não haverá a possibilidade de consultórios volantes, consultórios públicos itinerantes, que são, de longe, uma das joinhas da coroa dessa política pública, porque ela procura o dependente; disse que não haverá essa possibilidade no Estado de São Paulo.

Quero já pedir o seu aval para que nós, através da nossa Frente, possamos continuar essa luta, e mais uma vez fazer da minha palavra a palavra de todos os Deputados da Frente, pelo seu esforço nessa questão, e vamos continuar lutando, porque com certeza isso é inédito, e haveremos de vencer. Aliás, o slogan é "crack, nós vamos vencer".

 

O SR. DONISETE BRAGA - PT - Seguramente, Deputada Telma. Vossa Excelência governou a prefeitura de Santos, juntamente com nosso saudoso Dr. Davi Capistrano, e estabeleceu na Baixada Santista um importante debate, não só na questão da Aids, nas campanhas educativas e de investimentos.

Sei da sua luta, até de forma pessoal, com relação ao tema Vossa Excelência, com a sua experiência, com as suas palavras carinhosas, muito reforça e me ajuda a continuar nessa luta para a qual V. Exa. tem contribuído de forma espetacular. Agradeço a sua manifestação.

Sr. Presidente, este Parlamento, sempre que é indagado, provocado, dá a sua parcela de contribuição. Acredito piamente que conseguimos aqui, na medida do possível, dentro dos nossos limites constitucionais, fazer a nossa tarefa.

Tenho muito orgulho e honra em ser Deputado Estadual, de poder representar o meu Estado, representar os 645 municípios. Ficamos felizes quando praticamos o que gostamos. Dedico o maior tempo da minha vida para que as pessoas possam, minimamente, ter as suas expectativas atendidas.

Temos as frustrações, mas temos também as conquistas, os momentos positivos. Quero compartilhar este momento que vivo na Assembleia Legislativa, o meu carinho a todos que participam, que procuram desempenhar as suas funções com responsabilidade. É gratificante ter uma interação, uma sintonia com o cidadão que muitas vezes não pode participar, nem sabe muitas vezes onde fica a Assembleia Legislativa. Mas só o fato de aprovar uma lei aqui na Assembleia Legislativa, o Governador sancionar uma lei que vai interferir de forma positiva na vida do cidadão, isso já é uma grande conquista. Muito obrigado mais uma vez.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Quero me congratular com V. Exa., porque sou testemunha de que quando estávamos no gabinete do Ministro Alexandre Padilha, em Brasília, V. Exa. o convidou e ele respondeu que viria a esta Casa discutir esse grande problema, o crack. O ministro, com dedicação, humildade, numa audiência pública de mais de três horas, ainda atendeu a Frente Parlamentar do Deputado Itamar Borges e os representantes da Santa Casa. Com paciência, demonstrou humildade como homem público que é. Quero agradecer a V. Exa. pela oportunidade de o Ministro vir aqui e, inclusive, dar apoio ao projeto da moto sem garupa. Segundo o ministro, o projeto economizaria muitos recursos do SUS, que poderia atender muitas pessoas que precisam de atendimento médico-hospitalar.

Tem a palavra o nobre Deputado Welson Gasparini, por permuta de tempo da nobre Deputado Célia Leão.

 

* * *

 

- Assume a Presidência a Sra. Heroilma Soares.

 

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O SR. WELSON GASPARINI - PSDB - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas:

Quero retornar a um assunto de muita importância mas, infelizmente, sem a  devida atenção por parte dos nossos representantes da área governamental: a questão dos presídios! Tomei conhecimento de levantamentos feitos mostrando, no  Brasil, uma superlotação de tal forma que,  se um presídio estiver habilitado a abrigar 700 presos, em média já está com  1.800.  Não cabe mais um preso sequer nos presídios e, no Estado de São Paulo, o governo  está construindo mais presídios.

É muito importante a construção de mais presídios, mas é fundamental a recuperação de quem já está preso sob pena de,  ao sair, voltar a cometer novos crimes, estimulado pela premissa de que, num país como o nosso, o crime muitas vezes compensa.

Uma das sugestões ao  Governador de São Paulo é desenvolver uma política nos presídios para, em primeiro lugar, alfabetizar os analfabetos; há um levantamento estatístico apontando  60% dos presos em nosso País como analfabetos. Não é uma tarefa difícil. Vamos alfabetizar aqueles que estão presos; pelo menos, quando saírem da cadeia não serão mais analfabetos e terão a  oportunidade de uma vida melhor devido ao aprendizado na  prisão.

Além de alfabetizar, devemos também ensinar uma profissão aos presos. Na cidade de Franca, por exemplo, uma indústria de calçados montou uma oficina em um presídio para fabricar calçados. Vários presos estão participando, aprendendo uma profissão e tendo rendimentos. Esse dinheiro pode ir tanto para a poupança do preso para que, ao sair, já tenha uma poupança; para ajudar a família, do lado de fora ou ressarcir prejuízos de eventuais vítimas de seus delitos. É muito importante não só o aprendizado de uma profissão mas, também, o preso se tornar produtivo, sentir a importância de entrar no processo produtivo como trabalhador. Quando sair do presídio, não será  apenas um bandido que cumpriu sua pena, mas alguém alfabetizado e profissionalizado, diminuindo assim a possibilidade do chamado “retorno”.

Hoje, há um índice impressionante de pessoas mostrando que, quando terminam de cumprir suas penas, ficam fora do presídio no máximo alguns meses e logo são recolhidos de novo pela polícia.  Se o Governo do Estado de São Paulo realmente levar a sério a profissionalização dos presidiários,  com a responsabilidade de um Plano de Governo, iríamos mudar em muito a situação dos presídios em nosso País.

Cedo um aparte ao nobre Deputado Edson Ferrarini, por quem tenho uma admiração muito grande; sempre acompanhei sua vida, seu ideal e os trabalhos por V.Exa.  desenvolvidos  não apenas como deputado mas também ajudando muita gente.

 

O SR. EDSON FERRARINI - PTB - Muito obrigado, nobre Deputado Welson Gasparini, essa amizade é recíproca para com  V. Exa,  durante quatro vezes  o prefeito que marcou Ribeirão Preto. Como deputado federal, teve também uma atuação brilhante. Agora aqui, na Assembleia Legislativa, está engrandecendo seu mandato com seu posicionamento. É maravilhosa a linha seguida por  V. Exa.;  São Paulo tem hoje 173 mil presos, em média. Chegaremos em breve a 180 mil. A reincidência é de 70%, como V. Exa. falou. Estão falando em internar o pessoal da Cracolândia. Se 50% dos presos têm envolvimento com drogas, por que não fazemos um projeto para que o preso, querendo  se recuperar do álcool e das drogas, possa fazê-lo no presídio? Não precisa juiz nenhum determinar. Ele já está preso mesmo, já está internado.

Vossa Excelência propôs a escola profissionalizante dentro do presídio; é fantástico. Podemos solicitar, V. Exa. e eu – pois  terei o prazer de assinar junto -  uma requisição ao Governador dessa escola profissionalizante. O preso fica lá dez anos, em vez de ficar jogando futebol e não fazendo nada - cabeça vazia é oficina do diabo - vamos encher a cabeça desse homem. Vamos encontrar com ele aqui fora de novo. Vamos recuperá-lo de verdade nas cadeias. Parabéns pelo pronunciamento. Quero me associar a essa idéia  maravilhosa.

 

O SR. WELSON GASPARINI - PSDB - Muito obrigado, nobre Deputado Edson Ferrarini; suas observações completam muito bem o teor do meu pronunciamento. Arrependo-me de uma coisa. Tive uma audiência longa com o Governador Geraldo Alckmin. Focalizei vários assuntos, mas não focalizei essas idéias  sobre o sistema penitenciário. Mas acho que o Governador de São Paulo poderia colocar isso como prioridade. O Coronel Edson Ferrarini falou sobre o percentual de retorno. É impressionante mesmo. Agora os nossos presídios, na realidade, são universidades do crime. Os presos ficam parados o dia todo, sem ter o que fazer; quando muito, jogam futebol, tomam sol. Cabe-nos fazê-los sentir o braço amigo de quem, do lado de fora, lhes estende a mão; se eles falharam no convívio social e cometeram absurdos, devemos dar-lhes a oportunidade de reverterem tudo isso e se transformarem em motivo de orgulho para os seus familiares passando a levar uma vida normal, respeitando a sociedade e por ela também sendo respeitados.

Portanto, ao Governador do Estado, fica a  observação e a nossa sugestão: faça um plano de governo objetivo para os  nossos presidiários, dando-lhes oportunidades de alfabetização e profissionalização; o futuro haverá de demonstrar o acerto desse passo, acredito,  a ser dado pelo Governo de São Paulo.

 

A Sra. Presidente - Heroilma Soares - PTB - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, tem a palavra o nobre Deputado Edson Ferrarini.

 

O SR. Edson Ferrarini - PTB - Muito obrigado, Sra. Presidente, Deputada Heroilma, que no seu primeiro mandato faz um trabalho marcante na Assembleia Legislativa. Muito obrigado, Deputado Ulysses Tassinari, que também está no primeiro mandato, com grande participação nesta Casa. Da mesma forma, o Deputado Welson Gasparini. Estamos falando de três deputados muito atuantes na Assembleia.

Muito obrigado também ao Deputado Vicente Cândido, brilhante, atuante. Obrigado também ao Deputado Alencar. O Deputado Cândido já está sendo chamado de Deputado Federal, pelo seu trabalho.

Estamos chegando ao final deste ano. Nos próximos dias, aprovaremos o Orçamento e a Assembleia entrará em recesso. Quando falo da Polícia Militar, estou falando da Segurança Pública. Sou integrante da Polícia Militar, onde trabalhei por 35 anos. Vi o crime de perto e posso dizer que houve muita mudança na Polícia Militar. É um privilégio ter o Coronel Camilo como atual Comandante da Corporação. É uma pessoa com carisma, competência, energia necessária. Os 93 mil homens da Polícia Militar levam a paz, a tranquilidade.

Hoje, temos uma Polícia Militar enérgica, jamais violenta. O que é uma polícia violenta? É aquela que prende uma pessoa, que é algemada, espancada, vilipendiada. O que é uma polícia enérgica? É aquela que vai ao crime, que vai atender à ocorrência. Tocou o telefone 190, sai uma viatura. Os policiais sabem o nome da rua e o número, mas não sabem o que vão encontrar. Quando chegarem ao local, usarão os meios necessários e, por energia, pode-se chegar ao confronto e à morte do delinquente. Mas o soldado sabe que vai atirar em legítima defesa. Ele sabe que legítima defesa é usar os meios necessários, repelindo agressão injusta, atual ou iminente a direito seu ou de outrem. Ele sabe disso.

Essa é a sua Polícia Militar. Os excessos cometidos são reprimidos imediatamente pela Corporação, que tem a mais atuante Corregedoria do Brasil. Setecentos homens vão buscar aquele que manchou o nome da Corporação, que não deveria ter usado aquela farda, que foi para o caminho do mal. Ele será alcançado pela Corregedoria da própria polícia. É o próprio soldado digno que vai prendê-lo - e a grande maioria é formada pelos dignos.

Por que tenho orgulho de representar e defender a Polícia Militar? Por que vim para cá? Numa prestação de contas aos meus irmãos, ao povo de São Paulo. Em 1986, terminava o Regime de Revolução. Só o tempo vai dizer o bem e o mal que aconteceram naquela época. Diretas Já, liberdade, Constituinte. Foi feita uma Constituição no Congresso Nacional, a nova Constituição do Brasil, que tinha que ser adaptada a São Paulo.

O clima no Estado de São Paulo era de pouco apreço à Polícia Militar. A Constituição do Estado de São Paulo, que eu assinei, é de 5 de outubro de 1989. Todos queriam acabar com a Polícia Militar. Neste plenário, ficou uma mesa comprida. O Deputado Barros Munhoz era o Presidente da Constituinte. Ele tinha 34 microfones nesta sala, cada deputado dando o seu aparte. Cabia a mim defender a Polícia Militar, e todos queriam tirar tudo dela. Tínhamos que defender e mostrar que essa Corporação não tinha nada a ver com a Revolução. Ela foi convocada como reserva do Exército. Repito, só o tempo vai dizer o bem e o mal da Revolução. Posso dizer que também tem muita coisa boa.

A Constituição foi finalizada. Assinei a Constituição; está aqui o meu nome como constituinte. A Polícia Militar não perdeu nenhuma das suas atribuições. Por que vim eu? O Comandante-Geral da época era o Coronel Theseo Darcy Bueno. Ele precisava de alguém que tivesse algum conhecimento jurídico. Por coincidência, eu era professor de Direito Constitucional, tinha sido chefe da Consultoria Jurídica da Polícia Militar, aquele que dá os pareceres junto com os procuradores do Estado. Enfim, e eu amava a Corporação. Meu pai já tinha sido soldado, eu nasci enrolado numa farda da Força Pública. Meu pai foi soldado de 1932 e seus restos mortais estão no Mausoléu de 32. Vim aqui, com a minha alma, a defender a Polícia Militar. Não perdemos nada.

Hoje, temos a Polícia Ambiental, a maior do Brasil, fantástica - e que antes recebia o nome de Polícia Florestal. Esta corporação não tinha nenhum respaldo na Constituição. A Polícia Ambiental ficava a mercê do Secretário da Agricultura, pois se ele gostasse da Força Pública da PM, ele aceitava essa corporação, caso contrário, ele a desprezava. Nem sempre o Secretário eleito tem bom senso. Existem alguns que já foram, inclusive, cassados. Eles não toleravam a Polícia Militar e nós conseguimos fazer com que eles reconhecessem o que diz o Art. 195, em seu Parágrafo Único: “O sistema de proteção e desenvolvimento do meio ambiente será integrado pela Polícia Militar mediante suas unidades de policiamento florestal de mananciais incumbidas da prevenção e repressão das infrações.” Está na Constituição. Eu fui o patrono dessa Polícia Ambiental, e agora não precisa ninguém reconhecer, pois, repito, está na Constituição.

Os Artigos 29 e 30 das Disposições Transitórias fazia justiça a todos aqueles que um dia na união com a Guarda Civil perderam as suas vantagens. Eles poderiam ser promovidos e não foram. “Fica assegurada a promoção da inatividade aos desintegrantes da Força Pública, Guarda Civil e Polícia Marítima e de fronteiras que se encontravam no serviço ativo em 09/04/1970. Hoje nativo e inatividade vinculados a Polícia Civil e Militar mediante requerimento feito a 90 dias após esta Constituição, exceto aqueles que tiveram o beneficio das Leis nº 418, 4798, 5455 e 86471.” Estou falando nesse tema porque vejo muitas pessoas sendo promovidas. Eu promovi de três a cinco mil soldados, concedi a eles três promoções, e hoje vejo que as pessoas não reconhecem isso. É como no interior que quando se mata uma onça todos querem tirar fotografias do lado do animal morto, porém quando o felino estava vivo ninguém chegava perto.

O Art. 30 diz que “aos integrantes e inativos da Polícia Militar do Estado a partir de 15/03/1968 em virtude de invalidez é pedido após 30 anos ou mais de serviço ou por haver atingido a idade limite para a permanência no serviço ativo, que não foram beneficiados por lei posterior àquela data. Fica assegurado a partir da promulgação desta Constituição o apostilamento ao posto de graduação imediatamente superior a que possui enquanto da transferência.”

Três a cinco mil pessoas eu promovi. Não faz mal! Alguns eu encontro hoje e pergunto: “Meu amigo, o senhor sabe quem lhe deu esta promoção?” Outro dia um me respondeu que esqueceu. Coitados eles sofrem de “magnésia” e não amnésia!

“Os componentes da extinta Força Pública do Estado, que em 08/04/1970 se encontravam em atividade na graduação de Subtenente terão seus títulos apostilados ao posto superior ao que se encontravam na data da promulgação dessa Constituição, restringindo-se esse benefício ao 2º Tenente.”

E a Justiça Militar? Todos queriam acabar com ela. Imaginem! O ex-Governador Mário Covas quando assumiu o governo de São Paulo e o primeiro ato dele foi se trancar com José Afonso da Silva, seu Secretário jurista, e fez um projeto extinguindo a PM de São Paulo e reduzindo a três batalhões. Esse projeto foi para o Congresso Nacional e deve estar dentro de alguma lata de lixo.

A Polícia Militar sempre foi o pronto-socorro de todas as falências do Estado. O doente não tem para onde ser levado? A Polícia se encarrega de encontrar um hospital para ele. O soldado está andando na rua e ocorre algum problema, ele está de prontidão para ajudar. Esses 93 mil policiais são comandados por um dos mais brilhantes comandantes gerais que tivemos, o Coronel Camilo. Parabéns, meus irmãos da PM, estou prestando contas dizendo que terminamos o ano, e direi em um pronunciamento futuro, todas as vantagens e benefícios que alcançamos para a nossa querida corporação.

Nunca me esquecerei das palavras do meu pai: “Filho, Deputado você é, mas antes de tudo você é um oficial da Polícia Militar e será até a sua morte. Defenda essa corporação com muita dignidade.” Muito obrigado, meu pai.

 

O SR. SEBASTIÃO SANTOS - PRB - PELO ART. 82 - Sra. Presidente, Heroilma Soares, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, nesta tarde apresento um vídeo que foi transmitido pela TV Record, na região de São José do Rio Preto, Região Noroeste que possui 140 municípios. O vídeo trata da Cachoeira do Talhadão, assunto que acabamos de tratar com o Secretário da Cultura, Andrea Matarazzo, que está presente na Casa, e que nos reafirmou a posição de estar trabalhando em prol de que possamos futuramente ver esse espaço sendo beneficiado por uma legislação estadual e sendo tombado, para que os nossos filhos e netos possam ver esta beleza.

 

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- É feita a exibição do vídeo.

 

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Sra. Presidente, quero deixar claro que uma emissora que atinge 11 pontos de audiência pública, principalmente um programa que passa no horário de almoço, enfatiza quase quatro minutos de matéria sobre a questão do Talhadão.

Já protocolamos um pedido ao Condephaat, a partir de 10 de agosto deste ano, e recebemos várias Moções de Apoio das Câmaras Municipais, que chegaram apenas agora no final do ano, justamente pelo trâmite que leva as Casas de Leis, para chegar a nós.

Temos moções de algumas Câmaras Municipais para notificar nesta tarde: Araraquara, Taquaritinga, Itu, Macabaul; Poloni; Olímpia; São Paulo e o da nossa Casa de Leis, da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, com a assinatura de inúmeros deputados, apoiando mais esse fato e apoiando a continuação da vida, na região noroeste, na cidade de Palestina. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. JOÃO PAULO RILLO - PT - PARA RECLAMAÇÃO - Sra. Presidenta, quero cumprimentar o Deputado Sebastião pela iniciativa e pela intensidade com que entrou nesta luta, que é de todos nós da região, e o Deputado tem direcionado o mandato utilizando sua energia na preservação dessa beleza que foi mostrada aqui.

De fato não se justifica. O Deputado deve ter falado sobre isso, e se falou quero enfatizar que é uma empresa que se aproveita de um programa de expansão de energia, um programa estratégico e sério do Governo Federal, para construção de mini-usinas hidrelétricas, no sentido de garantir a estabilidade energética do País, para que não falte energia e para que não ocorram apagões.

E a empresa se aproveita disso, argumenta que está nesse programa, mas na verdade o que está por trás dessa intenção é futuramente quem sabe, construir condomínios luxuosos, a custa de uma devastação ambiental desnecessária.

As duas mini-usinas juntas vão gerar 28 megawatts de energia, o que não justifica porque tem alternativas renováveis, muito mais inteligentes e compatíveis com o meio ambiente, do que a construção dessas mini-usinas, que irá criar um enorme prejuízo ambiental e ecoturístico, é uma das últimas reservas daquela região. Uma cachoeira belíssima e de fato, é uma tristeza a empreitada da empresa nesse sentido.

Felizmente houve uma unidade política geral suprapartidária, ecumênica inclusive, no sentido de defender o nosso patrimônio. O Deputado Sebastião, é baluarte dessa luta, é pioneiro e eu quero aqui, parabenizá-lo e parabenizar todo o seu mandato e toda a sua equipe por essa luta.

 

O SR. JOSÉ CÂNDIDO - PT - Eu ouvi com muita atenção a preocupação do nosso companheiro Sebastião. Nós temos também algumas ameaças aqui no Vale do Ribeira, de barragens e construção de usinas.

O Brasil é um país rico de florestas, rico de turismo e muitas vezes a especulação imobiliária e seus interesses falam mais alto. Muitas vezes aqui nós defendemos a preservação do meio ambiente, mas os interesses às vezes falam mais alto e quem sofre com isso são os menos favorecidos.

Tenho acompanhado ali na divisa do Mato Grosso do Sul, entre Presidente Epitácio, que até hoje os pescadores profissionais sofrem dificuldades por causa de uma barragem construída no Rio Paraná. É difícil quando recebemos visitas de alguns turistas estrangeiros, que alegam a dificuldade sobre o que perderam no passado e admiram o Brasil com as belezas naturais, com seus pontos turísticos e muitas vezes eles que já sofreram essas perdas, brigam pela preservação mais do que nós brasileiros.

É lamentável quando vemos uma especulação desse tipo que às vezes independe de nossa vontade. Eu percebi o protesto das pessoas ali, pedindo a conservação e continuidade da cachoeira, do rio e do meio ambiente, mas muitas vezes independe disso, porque quando eles querem, passam por cima de tudo e de todos. Isso é lamentável.

 

O SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - PARA RECLAMAÇÃO - Sra. Presidenta, ontem tivemos um debate nesta Casa, em relação ao PL 840, que trata da Previdência Complementar.

Vários debates foram feitos, inclusive a discussão da Previdência Complementar, que está na pauta para ser discutida no Congresso Nacional, tanto na Câmara como no Senado. Uma proposta que vem sendo discutida desde 2007 na Câmara dos Deputados, mas que o Governo de Geraldo Alckmin apresentou de forma açodada. E ontem a base do Governo acabou votando um projeto que prejudica as mulheres, as futuras servidoras do Estado de São Paulo. O prejuízo que as futuras servidoras terão pode chegar ao impacto de quase 10 anos, se for comparado com o tempo de contribuição e o tempo de execução do Fundo da Previdência Complementar.

Outro ponto nesse projeto é em relação a proposta que o Governo apresenta, pois contraria inclusive a legislação. A Lei 109 é clara e determina que todo superávit ou déficit que venha a ter a partir de um Fundo Previdenciário, tem que ser coberto pelo patrocinador, que neste caso é o Estado de São Paulo.

O projeto aprovado ontem pela base do Governador Geraldo Alckmin prejudica as mulheres e prejudica os futuros aposentados, que poderão ter sobrevida e ficar um tempo de sua vida sem complementação, mas o eventual risco desse déficit ao longo dos próximos 35 anos será prejudicado porque não terão a contrapartida por parte do patrocinador.

Então, deixo aqui a minha reclamação em virtude desse projeto que prejudica as mulheres, os futuros aposentados e os próprios trabalhadores servidores que constituirão fundo, mas que no eventual déficit, não terão cobertura do patrocinador. Obrigado, Sra. Presidente.

 

O SR. ANTONIO MENTOR - PT - PELO ART. 82 - Sra. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, saúdo a todos que nos assistem pela TV Assembleia e ao publico aqui presente, neste momento, quero abordar um tema que tem sido objeto das preocupações do mundo, por razões humanitárias

Estamos recebendo notícias vindas do Oriente Médio acerca de vários movimentos populares em questionamento a regimes de força que vêm sendo derrotados por ações que nascem quase que espontaneamente nos setores populares daqueles países.

Sr. Presidente, passo a ler este manifesto:

Os acontecimentos no Oriente Médio e no norte da África nos últimos meses, especialmente os retratados pela mídia mundial no Egito, na Líbia e mais recentemente na Síria, entre outros, sugere ao mundo uma cuidadosa reflexão sobre os direitos inalienáveis dos povos e os interesses internacionais.

Após a dominação turca, por mais de seiscentos e cinquenta anos, com a queda do Império Otomano, ao final do século XIX, cujo colapso em 1918, entrecortado pela primeira grande guerra mundial, levou à divisão dos territórios árabes até então reunidos na Grande Síria. Dando origem à Síria, ao Líbano, à Jordânia e à Palestina, dividida a partir de 1947, com a criação de Israel, os povos do Oriente Médio passaram a viver um novo e longo período, que já dura quase um século, sob interferência direta dos interesses ocidentais, especialmente, da Inglaterra, da França e dos Estados Unidos, patrocinadores da divisão árabe nos primórdios do século passado.

A partir da partilha do território árabe entre os três líderes ocidentais, o mundo conheceu a história de uma região assentada sobre gigantescas reservas de petróleo, riquíssima, que, porém, teve sua riqueza distribuída entre poucas famílias aliadas do ocidente dominador, e que serviu para a construção de enormes fortunas destas poucas famílias ao mesmo tempo em que legiões de árabes sentiram o atraso, a pobreza, e até mesmo o desrespeito aos mais elementares direitos humanos.

Mais recentemente, além dos conflitos no território Palestino que nos põem a todos, já há sete décadas, em grande perplexidade diante do fato de a Palestina dividida para criação do Estado de Israel não ser até hoje reconhecida e nem mesmo ter assento na Organização das Nações Unidas (ONU) como país autônomo. O mundo assiste a uma gigantesca operação internacional, com a conivência da própria ONU, lastreada nas forças da Otan (Organização "armada" para o Tratado do Atlântico Norte), que, em nome da paz, da democracia e dos direitos humanos, interfere diretamente nos países e nos direitos inalienáveis dos povos árabes.

Assim, em nome da paz, da democracia e dos direitos humanos, o mundo assistiu atônito o enforcamento do Saddam Hussein no Iraque, a derrubada e a condenação de Hosni Mubarak no Egito, a caçada e o escalpo de Muammar Gaddafi na Líbia, a condenação do programa nuclear do Irã e de seu Presidente Mahmoud Ahmadinejad, entre outros, e assiste a insistente exigência de renúncia de Bashar Al Assad, Presidente da Síria, para construção da democracia na Síria.

Diante de tamanha complexidade, venho a esta Tribuna relatar a grave situação vivida pelo povo sírio: de um lado, aqueles que denunciam a situação imposta pela ditadura violenta do Presidente Bashar Al Assad, que reprime o movimento pela democracia do país com mortes e desaparecimento de pessoas; de outro, aqueles que denunciam a interferência de interesses internacionais que, em nome da paz, da democracia e dos direitos humanos, patrocinam a intervenção em territórios e em Nações, para defesa de seus interesses estratégicos políticos e econômicos.

Segundo notícias, uma comissão especial de peritos da ONU afirma que o Presidente Bashar Al Assad é responsável por vários atos de violação de direitos humanos, como estupros, assassinatos, prisões indevidas e até mortes de crianças. Do mesmo modo, segundo notícias, a Síria não permite a entrada em seu território de uma comissão internacional para apurar e constatar o que de fato ocorre em suas vísceras. De outro lado, a Síria denuncia uma grande farsa construída por interesses internacionais para intervenção em seu território.

O Conselho de Direitos Humanos - CNH da Organização das Nações Unidas - ONU condenou "as violações extensas, sistemáticas e flagrantes" dos direitos humanos e das liberdades fundamentais pelas autoridades da Síria. Segundo o Conselho, 4 mil pessoas foram mortas desde o início das manifestações em março p.p., além de prisões ilegais e desaparecimento de pessoas. A Liga Árabe, formada por 23 nações, tenta negociar o fim do conflito na Síria. Para isso, exige que Assad autorize a entrada de observadores estrangeiros no país.

No entanto, é, ao mundo, muito difícil entender o que, de fato, ocorre no território Sírio e nos demais territórios árabes, já que há muito pouco tempo, os mesmos "líderes" ou "ditadores", conforme convém, eram aliados entre si, e ao mesmo tempo, aliados, amigos e alinhados das políticas e dos líderes das Nações que se apresentam paladinas da paz, da democracia e dos direitos humanos. Assim foi o governo sírio do Presidente Bashar Al Assad até ontem e que, hoje, é acusado de assassinar pessoas e praticar graves violações de direitos humanos.

O mundo assiste a esse quadro estarrecedor, ou de violação dos direitos humanos, ou de uma grande farsa internacional, e o Brasil, que amargou longos anos de ditadura militar, que deixou marcas na nossa história, é chamado a adotar uma posição firme de repúdio e de denúncia ao que de fato ocorre na Síria.

Desta forma, apelamos para que o Governo Brasileiro, cuja política e posição internacional vêm se revelando exemplar, como que em uma "comissão da verdade", acompanhe as justas, necessárias e verdadeiras investigações internacionais, repudie veementemente as violações aos direitos humanos, da parte de quem e onde quer que seja, denuncie, se houver, falsos interesses internacionais, e auxilie na revelação da verdade ao mundo.

Solicito, pois, seja encaminhada cópia desse pronunciamento à Excelentíssima Presidente da República Dilma Rousseff, à Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados e ao Ministro das Relações Exteriores, Embaixador Antonio Patriota.

São Paulo, dezembro de 2011.

Deputado Antonio Mentor

Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo

Sr. Presidente, este é meu pronunciamento, desejo que fique registrado nos Anais desta Casa, como forma de manifestação, de minha posição pessoal e desta Casa de Lei, de repúdio à violência impetrada na Palestina, nos países do Oriente Médio e, neste momento, especialmente na Síria.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Marco Aurélio.

 

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O SR. JOOJI HATO - PMDB - PELO ART. 82 - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, telespectadores, assomo a esta tribuna, mais uma vez, para relatar um fato curioso.

Irei ler uma publicação sobre um garoto de 18 anos, que roubou uma moto e, em seguida, foi assaltado. Esse fato ocorreu na madrugada da segunda-feira, dia 12 de dezembro, em São Bernardo do Campo, São Paulo.

Vejam que interessante! O suspeito e seu comparsa, o garupa da moto, assaltaram um casal obrigando-os a entregarem a moto em que estavam. O garupa assumiu a direção da moto roubada. É sempre assim: emparelham empunhando o revólver, fazem descer os dois ocupantes da moto e, em seguida, o garupa assume a direção da moto roubada e vai embora. O garupa então assumiu o controle do veiculo roubado. Porém, momentos depois, outros dois homens armados apareceram na mesma rua e atiraram contra o suspeito que estava na moto roubada. É então ladrão roubando ladrão. Após ficar ferido, o ladrão tentou fugir, mas só conseguiu andar mais 800 metros. Ele foi encontrado por socorristas na estrada Samuel Aizemberg, no bairro Cooperativa de São Bernardo do Campo.

De acordo com a Polícia Civil, o suspeito ferido contou que os dois homens queriam levar a moto que ele havia acabado de roubar. O dono da motocicleta disse em depoimento que não conhece os atiradores. Apesar de tentar se passar por vítima, o ladrão foi autuado em flagrante por roubo. Segundo a polícia, ele já tinha sido preso quando adolescente. O caso fio registrado no 3º Distrito Policial de São Bernardo do Campo.

Trago a notícia para ilustrar o projeto que aprovamos na Assembleia Legislativa, o maior Parlamento do Hemisfério Sul. Fico cada vez mais convicto de que nós não erramos aprovando este projeto de lei salva-vida e que traz mais segurança. Mas o que toca o meu coração é que estaremos preservando a vida do piloto, do garupa, da esposa gestante - quando o marido oferece a garupa - que acaba morrendo, como aconteceu na Ponte João Dias há três domingos. Um dos fatos que mais me alegrou neste projeto foi o dia de ontem, quando recebemos o Ministro da Saúde que cuida do nosso bem maior: a nossa saúde.

O Ministro Alexandre Padilha ficou na audiência pública durante mais de três horas, atendendo a todos com carinho, humildade e dedicação. Ele demonstrou ser um verdadeiro homem público atendendo a Frente Parlamentar, comandada pelo meu companheiro de partido, Deputado Itamar Borges, e a todos os representantes das Santas Casas. Quero cumprimentar o ministro, que dá força a este Projeto de lei da Moto Sem Garupa. Ele disse: “Este projeto economiza o recurso do SUS, previne para que não tenhamos mais cadeirantes, evita que mais pessoas ocupem o leito hospitalar. Este projeto faz com que hospitais, que estão falidos, atendam a pacientes com outras patologias, e talvez vá diminuir as despesas das Santas Casas, que estão falidas.”

Tivemos na última década 65 mil mortes - mais que na Guerra do Vietnã - no solo brasileiro. São brasileiros que morreram em acidentes de moto. Estamos então corretos. Fiquei feliz porque recebemos o apoio do ministro da pasta mais importante deste país, que é o Ministério da Saúde. Sem saúde não somos nada, não temos nada e não podemos fazer absolutamente nada. Deputado José Cândido, quero dizer que o ministro do vosso partido, PT, deu apoio total e irrestrito ao nosso projeto de lei. Tenho então esperança de que o Governador Geraldo Alckmin, médico como eu e Ministro Alexandre Padilha, vai se sensibilizar com este projeto que tem a opinião pública favorável. Pesquisas indicam 80% de aprovação: a Folha deu 68%; a Globo deu 61 por cento.

Estou certo de que o Governador atenderá o desejo da maioria e não da minoria barulhenta. Este projeto ganha força porque tem a opinião do Ministro da Saúde, que disse que ele economizará recursos para atender pessoas que estão aguardando, às vezes até morrendo, nas filas dos pronto-socorros por falta de vagas. No PS é necessário decidir quem vai morrer e quem vai viver. É então necessário aumentar o número de leitos para salvar esses pacientes que estão na fila.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Jooji Hato.

 

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O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - PELO ART. 82 - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, público presente, telespectadores da TV Assembleia, na data de ontem recebemos um grupo de alunos, professores e de pais de alunos da Escola Estadual Mauro de Oliveira, da Capital, zona Oeste. É da Diretoria de Ensino Centro-Oeste e os pais trouxeram uma grave denúncia de que a escola, parece-me, sob orientação da própria Diretoria, em não aceitar mais matrículas para o 1º ano do segundo ciclo do ensino fundamental, que corresponde exatamente a 5ª série. Há um desmonte da escola e me parece que a Secretaria da Educação quer o esvaziamento ao não permitir matrículas para os alunos da 5ª série. A escola vai perdendo seus alunos logicamente, e a comunidade nos trouxe a informação de que existe demanda. No entanto, a escola não tem autorização para matricular essas crianças e esses adolescentes.

É uma denúncia grave porque é inconcebível que num bairro, que tem demanda escolar, que tem uma escola estadual funcionando, a Secretaria da Educação proíba as matrículas. É mesmo o desmonte, o desmantelamento da escola. Se não tem aluno para a 5ª série, no ano que vem não vai ter para a 6ª, depois para a sétima. Vai ter um efeito dominó. Exigimos que a Secretaria tome providências. Estamos entrando em contato com a Diretoria de Ensino Centro-Oeste, já fizemos um requerimento de informação para a própria Secretaria da Educação, e também estamos levando o caso, gravíssimo, para a Comissão de Educação. Não podemos tolerar que uma escola estadual, patrimônio público, não matricule alunos na cidade de São Paulo.

Esta tem sido uma prática histórica do PSDB, de fechar salas o tempo todo em várias regiões da Grande São Paulo, até do interior. Nesse sentido, gostaríamos que providências sejam tomadas imediatamente e matrículas sejam abertas para que as crianças que moram no bairro possam estudar na escola. A LDB determina, por exemplo, que a criança, ou o adolescente, estude sempre próximo da sua residência. Como a escola não está aceitando matrículas, essas crianças terão de se deslocar para regiões distantes.

Aproveitando a oportunidade, quero dizer que acabamos de sair agora da Comissão de Educação e Cultura. Tivemos lá debate com o Secretário de Cultura, Andrea Matarazzo.

Levamos a esse debate uma denúncia gravíssima, que é o fechamento da escola do Brooklin, escola de música do Estado. O curso vai ser desativado aqui na região da Zona Sul. Inclusive, tivemos a presença de alguns pais, na verdade, confirmando essa denúncia.

Estranhamente, o secretário disse que não era o fechamento, que era a transferência para o prédio central da Luz. O fato e que, na prática, essa transferência vai significar o fechamento.

Digo isso, Sr. Presidente, porque essa tem sido a prática: fecha-se uma escola de música no Brooklin, alunos são impedidos de fazer as matrículas na 5ª Série na Escola Estadual Mauro de Oliveira. É grave isso que vem acontecendo aqui no Estado de São Paulo.

Gostaria de registrar que a Assembleia Legislativa não pode entrar no recesso parlamentar, não pode aprovar o Orçamento sem antes votar alguns projetos importantes e estratégicos na área da Educação. Como, por exemplo, o PLC 71, que, se for aprovado com as emendas que apresentamos, vai acabar definitivamente com a famosa quarentena para os professores OFAs, ACTs e, também, acabar com a exigência das falsas avaliações, como o provão para os professores OFAs e ACTs.

Esse segmento importante hoje representa quase a metade da Rede Estadual de Ensino, que é contratada precariamente há muitos anos e o Estado não realiza concursos públicos de provas e títulos em número suficiente. Então, temos essa distorção na rede.

Defendemos a estabilidade para esses professores e, sobretudo, concurso público de provas e títulos para que haja regularização desse professores que estão sendo duramente penalizados por essa política do Governo Estadual de arrocho salarial, compressão salarial e criminalização dos professores.

É muito importante a aprovação deste PLC 71, mas, repito, com as nossas emendas porque o projeto, do jeito que foi encaminhado para a Assembleia Legislativa, vai manter ainda a quarentena, mesmo que diminuída, prejudicando ainda os nossos professores, principalmente prejudicando as férias.

O professor trabalha durante todo o ano e vai ter direito às férias porque vai ser mantida uma quarentena de 45 dias, justamente no período de recesso ou de férias.

Nesse sentido que exigimos aqui, repito, antes da aprovação do Orçamento, que o PLC seja votado porque, se ele não for votado, corremos o risco de iniciar o ano letivo de 2012 sem professores e, inclusive, com atraso.

Vamos ter a falta de mais de 10 mil professores por conta dessa irresponsabilidade, dessa leviandade do Governo em ter aprovado na Assembleia Legislativa essa perversa Lei 1.093, que votamos contra e alertamos a base do governo dos prejuízos que a lei traria não só aos professores, mas como para os nossos cinco milhões de alunos.

Temos que corrigir esse grave erro cometido pelo PSDB, pelos partidos aliados, pelo Ex-Governador José Serra que impôs a aprovação desse projeto.

Sr. Presidente, havendo acordo de líderes, solicitamos a suspensão desta sessão por 30 minutos.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Havendo acordo de líderes, esta Presidência suspende a sessão até as 17 horas e 35 minutos.

 

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- Suspensa às 17 horas e 04 minutos, a sessão é reaberta às 17 horas e 43 minutos, sob a Presidência do Sr. Barros Munhoz.

 

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O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Esta Presidência suspende os trabalhos por mais cinco minutos, por conveniência da ordem.

Está suspensa a sessão.

 

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- Suspensa às 17 horas e 43 minutos, a sessão é reaberta às 17 horas e 52 minutos, sob a Presidência do Sr. Barros Munhoz.

 

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O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Srs. Deputados, Sras. Deputadas, vamos passar à Ordem do Dia.

 

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- Passa-se à

 

ORDEM DO DIA

 

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O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Srs. Deputados, Sras. Deputadas, há sobre a mesa os seguintes requerimentos:

“Requeiro, nos termos regimentais, tramitação em regime de urgência para o Projeto de lei nº 45, de 2011, de autoria do Tribunal de Contas.” O requerimento tem o número regimental de assinaturas.

Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que estiverem de acordo queiram permanecer como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

“Requeiro, nos termos regimentais, tramitação em regime de urgência para o Projeto de lei nº 710, de 2011.” Assina o requerimento o nobre Deputado Gilmaci Santos.

Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que estiverem de acordo queiram permanecer como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

“Requeiro, nos termos regimentais, tramitação em regime de urgência para o Projeto de lei nº 463, de 2011, de autoria do nobre Deputado Hamilton Pereira.” O requerimento é assinado pelo nobre Deputado Enio Tatto.

Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que estiverem de acordo queiram permanecer como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

“Requeiro, nos termos regimentais, tramitação em regime de urgência para o Projeto de Resolução nº 28, de 2011, de autoria da nobre Deputada Telma de Souza.” O requerimento é assinado pelo nobre Deputado Enio Tatto.

Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que estiverem de acordo queiram permanecer como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

“Requeiro, nos termos regimentais, tramitação em regime de urgência para o Projeto de Resolução nº 36, de 2011, de autoria do Adriano Diogo.” O requerimento é assinado pelo nobre Deputado Enio Tatto.

Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que estiverem de acordo queiram permanecer como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

Esta Presidência faz questão de esclarecer, pois acho que deve chocar a quem assiste à sessão que se proceda a discussão e votação dessa forma. Acontece que o que se está colocando em votação e discussão é apenas o requerimento de urgência dos projetos. Já foi feita uma discussão prolongada, de vários dias, no Colégio de Líderes, onde têm assento os líderes dos 16 partidos representados na Casa.

 

O SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSB - Sr. Presidente, para o telespectador entender, qual é a vantagem, qual é o procedimento de o projeto ter sua urgência votada?

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - O projeto se torna apto para passar pelas comissões em congresso, e não individualmente, e ser colocado na Ordem do Dia para ser discutido e votado.

 

O SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSB - Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Continuando os requerimentos.

“Requeiro, nos termos regimentais, tramitação em regime de urgência para o Projeto de lei nº 459, de 2011, de autoria do nobre Deputado Orlando Morando.”

Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que estiverem de acordo queiram permanecer como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

“Requeiro, nos termos regimentais, tramitação em regime de urgência para o Projeto de lei Complementar nº 23, de 2011, de autoria do Carlão Pignatari.” O requerimento é assinado pelo nobre Deputado Orlando Morando.

Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que estiverem de acordo queiram permanecer como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

“Requeiro, nos termos regimentais, tramitação em regime de urgência para o Projeto de lei nº 1.055, de 2011, de autoria do Jorge Caruso.”

Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que estiverem de acordo queiram permanecer como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

“Requeiro, nos termos regimentais, tramitação em regime de urgência para o Projeto de lei Complementar nº 70, de 2011.” O requerimento é assinado pelo nobre Deputado Campos Machado.

Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que estiverem de acordo queiram permanecer como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

“Requeiro, nos termos regimentais, tramitação em regime de urgência para o Projeto de lei nº 927, de 2011, de autoria do Marcos Neves.” O requerimento é assinado pelo nobre Deputado Ed Thomas.

Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que estiverem de acordo queiram permanecer como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

“Requeiro, nos termos regimentais, tramitação em regime de urgência para o Projeto de lei nº 426, de 2011, de autoria do Vinicius Camarinha.” O requerimento é assinado pelo nobre Deputado Ed Thomas.

Em discussão. Não havendo oradores inscritos, está encerrada a discussão. Em votação. Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que estiverem de acordo queiram permanecer como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

Há sobre a mesa requerimento, com o número regimental de assinaturas dos senhores líderes, com o seguinte teor:

“Requeiro, nos termos regimentais, que a Ordem do Dia da presente sessão se processe na seguinte conformidade: que o item 29, referente ao Projeto de lei Complementar nº 66, de 2011, passe a figurar como item 1, renumerando-se os demais itens.”

 

O SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSB - Sr. Presidente, requeiro a prorrogação dos nossos trabalhos por uma hora e 30 minutos.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - O pedido de V. Exa. é regimental.

Em votação. Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que estiverem de acordo queiram permanecer como se encontram. (Pausa.) Aprovada a prorrogação.

Em votação o requerimento de inversão da Ordem do Dia. Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que estiverem de acordo queiram permanecer como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

Item 1 - Discussão e votação - Projeto de lei Complementar nº 66, de 2011, de autoria do Sr. Governador. Cria a Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte. Com 01 substitutivo e 21 emendas. Parecer nº 1926, de 2011, do Congresso das Comissões de Justiça e Redação, de Assuntos Municipais e de Finanças, favorável ao projeto com emenda; às emendas nºs 04, 08, 09, 10, 11 e 16; às emendas 01, 03, 05, 06, 14 e 19 com subemendas; e contrário as demais emendas e ao substitutivo.

Em discussão.

Para discutir a favor, tem a palavra o nobre Deputado Marco Aurélio, pelo tempo regimental.

 

O SR. MARCO AURÉLIO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, nobres pares, público que acompanha esta sessão, funcionários da Assembleia Legislativa, este momento, no dia 14 de dezembro, é muito especial porque vamos dar um grande passo, iniciado há mais de dez anos.

Em 2001, o então Deputado Estadual Carlinhos Almeida fez uma proposta para criar a Região Metropolitana do Vale do Paraíba. Parecia um sonho, uma utopia. Em 2007, a Frente Parlamentar do Vale do Paraíba assumiu o comando desse projeto, junto com o Deputado Carlinhos, e fez um novo projeto, assinado por todos os deputados que compunham a frente.

Terminado o tempo da legislatura, esse projeto nunca foi à votação. Agora, começada uma nova legislatura, o Governo do Estado de São Paulo manda para esta Casa o projeto que cria a Região Metropolitana, fundamentalmente com base no que foi proposto em 2001.

Gostaria de fazer justiça ao Deputado Carlinhos Almeida e parabenizá-lo por essa iniciativa, por ter colocado o assunto na Pauta da Assembleia. Acabei de receber um telefonema do Carlinhos. Disse-lhe que o projeto vai entrar em discussão agora. Ele pediu para transmitir um abraço a todos os parlamentares desta Casa, especialmente ao Deputado Afonso Lobato, que, desde 2001, assumiu a liderança da Frente Parlamentar do Vale do Paraíba.

Sob o comando do Deputado Afonso Lobato, este Deputado, junto com os Deputados Helio Nishimoto, André, Luiz Carlos Gondim e o próprio Carlinhos Almeida, fizemos expedições a várias cidades do Vale do Paraíba, levando a discussão dessa região metropolitana. O nosso mandato fez sete seminários; foram feitas cinco audiências públicas pela frente parlamentar, nas quais estiveram presentes o Secretário de Assuntos Metropolitanos, Edson Aparecido.

Foi, portanto, um processo rico de discussão. Estamos falando de uma região que tem 39 municípios, que contribui com 5% do PIB do Estado de São Paulo, que está em dois eixos: São Paulo e Rio de Janeiro. Numa outra ponta, temos Minas Gerais. É um local altamente privilegiado. Já nasce sendo a 10º região metropolitana mais importante do País.

Tornando-se região metropolitana, de imediato, teremos o fim do DDD. Os 39 municípios não vão mais pagar DDD para se comunicar entre eles. É economia tanto para as pessoas físicas quanto para as pessoas jurídicas. De imediato, também, aumenta o valor do Programa Minha Casa, Minha Vida. O Governo Federal tem uma tabela diferenciada para os municípios que participam de regiões metropolitanas.

Trata-se de uma região que tem um polo industrial fantástico ao longo da Rodovia Presidente Dutra, que tem cidades litorâneas com enorme capacidade turística. Tem capacidade turística com o Vale Histórico; tem capacidade turística com as cidades da região das montanhas - Santo Antônio do Pinhal, São Bento do Sapucaí, Campos do Jordão. É uma região que tem também atrativos religiosos: Aparecida, Cachoeira Paulista, Guaratinguetá. É uma região altamente diversificada, plural, rica, bem localizada, com portos, aeroportos, rodovias. Finalmente, vai-se transformar numa região metropolitana.

Como região metropolitana, pela primeira vez, ela terá a possibilidade de ter um planejamento regionalizado. E eu falo pela primeira vez, porque na região do Vale do Paraíba nós já temos o Codivap, que é uma associação de prefeitos que se reúne mensalmente para buscar soluções para os seus municípios. No entanto o Consórcio de Desenvolvimento Integrado do Vale do Paraíba não tem poder deliberativo, recursos financeiros e, muitas vezes, age na indicação de um pedido do prefeito, de uma solicitação ou pressão, e a região metropolitana não. Este projeto cria o Conselho de Desenvolvimento Econômico, com a participação dos 39 municípios. Os 39 prefeitos participarão desse Conselho, que é deliberativo, e é nesse momento que os projetos e planos acerca da região metropolitana serão deliberados. Portanto um grande salto de qualidade que não abafa de maneira nenhuma o poder e a função do Codivap, pelo contrário, ele ganha nova formatação. As reuniões serão feitas antecipadamente proporcionando que levemos uma pauta pronta à reunião de Conselho e Desenvolvimento feita a partir da discussão dos prefeitos. Assim sendo teremos maior capacidade de obter recursos, projetos, obras e ações para poder vencer os obstáculos e desafios.

Fui prefeito da cidade de Jacareí e sei o quanto os municípios atuam no seu limite, chegando a momentos que apesar das carências, necessidades e demandas não há como agir. Apresentarei alguns exemplos começando com a questão da Saúde. É difícil imaginar que uma cidade e prefeitura consigam resolver todos os seus problemas de saúde. Isso é impossível! A partir do momento que se tem um plano regionalizado, pode-se ter construções de hospitais regionais e saídas regionalizadas para questão da Saúde. Temos o Rio Paraíba que precisa ser despoluído e mantido limpo. Não é um município que sozinho poderá realizar este trabalho, mas toda a região, até porque, se um município conseguir realizar este trabalho e os outros não, esse empreendimento não terá valor, pois o rio é um só. O que precisamos é de um projeto regionalizado para que faça a defesa da manutenção e despoluição do Rio Paraíba como um todo, e isso será possível através da criação da região metropolitana.

Outro ponto que consta no projeto é a redução das desigualdades sociais, e essa situação é muito acentuada no Vale do Paraíba. Existem alguns municípios que possuem belos orçamentos, porém a grande maioria apresenta dificuldade financeira, mal tem a capacidade de investimento e muito precariamente o orçamento cobre o seu custeio. E agora participando da região metropolitana poderemos ter projetos, obras e ações de caráter regional em que o Estado coloca os seus recursos para fazer a diferenciação, igualar, melhorar e ou elevar a capacidade dos municípios que passam por dificuldades financeiras.

Com este projeto as pessoas não sentirão as diferenças da noite para o dia, e somente serão notadas imediatamente as reduções no DDD e no financiamento do programa Minha Casa Minha Vida. Contudo sentiremos a diferença a médio e longo prazo, pois é inconcebível que uma região tão diversificada, com mais de 2,2 milhões de habitantes não possua um planejamento regionalizado.

Apesar de não possuir uma estrutura regionalizada nós tivemos no último censo do IBGE, - Deputado Enio Tatto, líder do PT, que soube conduzir muito bem para que pudéssemos votar no dia de hoje -, mais de 20 mil habitantes, ou seja, o crescimento de habitantes no último ano se compara a uma nova cidade. É essa a região do Vale do Paraíba! Uma nova cidade que nasceu nesse último ano, segundo os números do IBGE. É uma região que apresenta muita riqueza, cresce e se desenvolve. Imaginem como estará daqui a 10 ou 15 anos com o planejamento regionalizado, integrado e feito a partir de consensos construídos no Conselho de Desenvolvimento do Vale do Paraíba.

Peço aos nobres Pares que votem de maneira unânime, visto que será uma grande conquista. Será uma vitória da Assembleia, do Governo do Estado de São Paulo, do povo do Vale do Paraíba e do nosso Estado porque quando nos transformarmos em uma região metropolitana participaremos de programas e projetos do Governo Federal, e a partir desse momento teremos acesso a alguns esses benefícios. É uma vitória de todos! Do Estado, do Executivo, do Legislativo, da Assembleia, da população, das lideranças e de todos os que nos antecederam nesta Casa para fazer a defesa da Região Metropolitana. Um dos desafios que temos, com esse planejamento, é gerar mais empregos e capacidade para os nossos estudantes, mais escolas técnicas para que tenham melhor instrução e qualidade nos seus serviços. Essa região, da maneira como está se desenvolvendo, evidentemente precisará de bons técnicos e pessoas devidamente preparadas.

Foram feitas cinco audiências públicas. Através delas, muitas emendas vieram a esta Casa. Além dessa emendas, tivemos as da Frente Parlamentar do Vale do Paraíba, assinadas por mim e pelo Padre Afonso, e há as emendas feitas pela bancada do Partido dos Trabalhadores. Ao todo foram 21 emendas subscritas, fora as emendas das audiências públicas. Uma delas - das audiências públicas - é para que o Conselho de Desenvolvimento aponte indicadores e metas para que possa auferir, daqui a alguns anos, os avanços obtidos através da criação da Região Metropolitana. Selecionei inclusive um conjunto de índices que quero deixar à disposição não somente da Assembleia, mas de todos os prefeitos e da Secretaria de Assuntos Metropolitanos.

São índices para medir do ponto de vista da governança, dos bens autorais comuns, da equidade, ciência-social, cultura, paz, distribuição e transferência de rendas, mortalidade infantil, gestão local, sustentabilidade. Enfim, são diversos índices para que o Conselho de Desenvolvimento possa discernir de que forma, daqui a cinco, 10, 15, 20 anos, essa Região Metropolitana possa melhorar em todos os sentidos. Essa emenda é fruto das audiências públicas, e que consta do parecer. Pedimos então a aprovação do parecer tal como está porque contempla aquilo que foi colocado na audiência pública.

Cedo um aparte ao nobre Deputado João Paulo Rillo.

 

O SR. JOÃO PAULO RILLO - PT - Não poderia deixar de fazer uma referência a todos os deputados do Vale que se empenharam, mas em especial a Vossa Excelência, que foi prefeito de uma cidade importante no Estado. Com a sua visão de gestor generoso, que compreende que não comporta mais uma administração em que o prefeito olhe apenas para a sua cidade, fez um debate altamente qualificado. Em nome da bancada da oposição, queremos agradecer a sua intervenção, a qualidade com que pautou o projeto, e que, junto com os demais deputados, conseguiu fazer chegar este momento especial, que é a sua votação. Quero então cumprimentar todo o trabalho de V. Exa. como prefeito, e agora como deputado, em nome de uma região que merece uma atenção especial.

 

O SR. MARCO AURÉLIO - PT - Muito obrigado, nobre Deputado. Suas palavras são para todos os deputados da Frente Parlamentar, inclusive ao nobre Deputado Carlinhos Almeida que, em 2001, colocou este projeto na Ordem do Dia desta Casa. É então um momento de muita felicidade. Penso que estamos terminando o ano de 2011 com um presente para o Vale do Paraíba. Quero fazer justiça e agradecer ao jornal “O Vale”. É um jornal que tomou como ponto de honra a votação e aprovação deste projeto. Desde que foi iniciado o procedimento de sua discussão, este jornal tem dado ampla cobertura, acompanhando cada passo e todos os pontos. Eles se deslocaram ontem, de São José dos Campos para cá, para acompanhar a votação. O projeto não foi votado ontem, mas hoje. Eles se deslocaram novamente e estão aqui cobrindo esta sessão para fazer a melhor cobertura possível na mídia regional, o jornal O Vale. Agradeço e cumprimento o jornal O Vale.

Aproveitando, quero dizer que lançamos no dia 29 de novembro a Frente Parlamentar pela Mobilidade e Acessibilidade. Coincidência ou não, depois do lançamento dessa frente, estamos vendo a transmissão televisiva em linguagem de sinais. Meus cumprimentos a V. Exa., Sr. Presidente, a esta Casa, à TV Assembleia. Isso é um grande ganho de cidadania. Quando falamos em acessibilidade e mobilidade, estamos falando de democracia. Só podemos falar de democracia quando pessoas podem participar. Já faz alguns dias, a Assembleia deu esse grande passo, colocando a linguagem de Libras para que pessoas com dificuldade de audição possam compreender. É um grande avanço. Parabéns, Sr. Presidente.

Conto com o apoio de todos os pares, meus agradecimentos a todos os deputados, ao Colégio de Líderes que pautou este projeto na Ordem do Dia. Que possamos dar este presente ao Vale do Paraíba que, agora, ao virarmos o ano, seremos então Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte. Deus abençoe a todos. Muito obrigado. (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Esta Presidência agradece as palavras do nobre Deputado Marco Aurélio. Tem a palavra para falar contra o nobre Deputado Luiz Claudio Marcolino.

 

O SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, no dia de ontem elogiei bastante a postura da Assembleia Legislativa. No primeiro semestre, conseguimos não só fazer a reestruturação da Região Metropolitana da Grande São Paulo, conseguimos avançar bastante no aglomerado de Jundiaí, de Sorocaba, Campinas e Santos. Nesse intuito, quero cumprimentar o nobre Deputado Marco Aurélio, que foi prefeito da cidade de Jacareí. Essa Região Metropolitana do Vale do Paraíba é um ícone para a Assembleia Legislativa quando pensamos em desenvolvimento regional, em fortalecimento do Estado. Quando se constitui uma Região Metropolitana, passamos a olhar o conjunto das cidades da região, não é mais o olhar individualizado. E o Vale do Paraíba é uma região que tem tido bastante investimento, o Governo Federal tem investido bastante nessa região, como em Queluz. Há o investimento também da Petrobras, e é uma região com potencial para ajudar no desenvolvimento do nosso Estado.

Não poderíamos deixar de vir à tribuna em consideração ao esforço de V. Exa. em todas as audiências públicas para consolidar o desenvolvimento dessa região. Da mesma forma em que estamos debatendo a criação dessa Região Metropolitana, e essa Frente Parlamentar que se constituiu, temos de ter o mesmo esforço para aprovarmos o Orçamento. Estamos debatendo a regionalização do Orçamento. Nada vale a criação da Região Metropolitana do Vale do Paraíba, a reestruturação da Região Metropolitana de São Paulo, de Campinas, de Santos, do aglomerado de Jundiaí e a reestruturação do Aglomerado de Sorocaba, se não pensarmos no Orçamento e o Estado também descentralizado e regionalizado.

Na audiência pública que tivemos em Taubaté, a população apresentou a construção de um hospital regional no Vale Histórico, para atender a região do Litoral Norte.

Como se pode ter a construção de um hospital regional? Quando se tem o olhar do conjunto dos prefeitos da região, mostrando que o hospital é importante nessa região. Isso não é a construção do hospital regional, é a ampliação do número de leitos. Mas, quando se tem a ampliação no número de leitos, é uma vontade de vários prefeitos e não apenas de um único prefeito de uma cidade.

Para nós, é muito importante, no momento de hoje, aprovarmos a criação da Região Metropolitana do Vale do Paraíba, mas é importante também debatermos o Orçamento do Estado, numa perspectiva de constituir o orçamento descentralizado para fortalecer a região metropolitana. Então, vocês estão de parabéns pelo esforço feito até o dia de hoje.

Concedo aparte ao Deputado José Zico Prado.

 

O SR. JOSÉ ZICO PRADO - PT - Primeiro, quero cumprimentar os Srs. Deputados do Vale pela luta antiga travada aqui. Tenho que parabenizá-los porque não é fácil.

Quero, pegando o raciocínio de V. Exa., discutir para que serve a criação de uma Região Metropolitana. Podemos pegar o Vale do Paraíba, a Região Metropolitana de Campinas, da Baixada Santista, se não tiver políticas integradas da região, como o caso que V. Exa. estava dizendo sobre a questão do hospital.

Quero levantar mais uma preocupação, que é a questão do transporte regional. O Vale do Paraíba hoje tem que integrar todas aquelas cidades, assim como a região metropolitana. Para isso, o secretário tem que chamar os prefeitos dos municípios e discutir a integração com bilhete único para a região, para que a população possa ter um ganho com isso porque se não aprovamos um projeto aqui que não há eficácia no dia a dia do trabalhador que mora em Taubaté, em Caçapava, que vai trabalhar em São José dos Campos se ele não tem bilhete único para viajar nessa região.

O Deputado Padre Afonso, que mora lá, e todos os Deputados da região sabem que temos que travar a luta para que as secretarias também integrem nos seus projetos. E um deles, que eu defendo, é a questão do bilhete único metropolitano.

Já tenho um projeto de lei, criando, aqui na Região Metropolitana de São Paulo, o bilhete único metropolitano, mas que ele possa se estender para todas as Regiões Metropolitanas porque isso, sim, o trabalhador, a população vai perceber que a região realmente está integrada. Pode-se viajar de um município para outro, pagando muito menos que paga hoje pela EMTU, pela empresa que cobram duas ou três passagens.

Nobre Deputado, parabéns por discutir a questão da Saúde.

 

O SR. ROBERTO MORAIS - PPS - COM ASSENTIMENTO DO ORADOR - Nobre Deputado Luiz Claudio Marcolino, quero agradecer a V. Exa. pelo aparte, quero cumprimentá-lo e também os nossos Deputados do Vale pela criação do Região Metropolitana do Vale do Paraíba.

Recordo da luta do Deputado Carlinhos Almeida que já, em 2001, estava aqui nesta Casa. Mas quero apenas lembrar que já no processo de transição, após o final da eleição do ano passado, a única secretaria que o Governador Geraldo Alckmin tinha acabado de ganhar a eleição foi a Secretaria Metropolitana e já havia fortes indícios que o Sr. Edson Aparecido seria o seu secretário.

Temos um projeto nosso, que foi protocolado em 2004 nesta Casa, da criação do Aglomerado Urbano. O Governador nos chamou, na época, dizendo da sua disposição de criar quatro aglomerados. O primeiro de Jundiaí. A Deputada Vanessa Damo apresentou e daí o projeto se torna do Executivo. Depois o de Piracicaba, Sorocaba e São José estavam no aglomerado, mas acabou virando Região Metropolitana pela importância dessa grande região do Estado de São Paulo.

Ontem, inclusive, uma agência francesa, que está em parceria com o Estado, esteve em Piracicaba com o representante da Emplasa. O Dr. Pedretti fez contato conosco. Tivemos uma reunião no gabinete do Prefeito Barjas. No início do próximo ano, iremos protocolar o projeto, que já está pronto, de criação do segundo Aglomerado Urbano, que será o de Piracicaba, congregando de 23 a 24 cidades.

Peço também apoio a todos os Deputados que estão aqui, Helio Nishimoto, Pedro Bigardi, Ary Fossen, entre outros. Espero que quando houver o anúncio oficial de Jundiaí, digam que estarão lá para nos apoiar.

O segundo Aglomerado será o de Piracicaba, não deu tempo de protocolá-lo porque precisamos formatá-lo para o apresentarmos nesta Casa para ser votado. O Deputado Edson Aparecido já fez duas audiências públicas em Piracicaba, e a próxima será em Rio Claro.

O Governador Geraldo Alckmin e o Secretário Edson Aparecido assumiram o compromisso de que o segundo Aglomerado Urbano será lá na nossa cidade. Muito obrigado pelo o aparte, Deputado Luiz Claudio Marcolino.

 

O SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - Continuando a fala, estão de parabéns todos os Deputados da região do Vale do Paraíba.

Para concluir, digo que é importante combinar investimento regional e criação de Regiões Metropolitanas com o Orçamento descentralizado. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. ORLANDO MORANDO - PSDB - PARA COMUNICAÇÃO - Quero também expressar aqui a nossa satisfação, a nossa alegria e, mais uma vez, insistir que o Parlamento tem o seu tempo.

Ontem, houve algumas insinuações que nós não queríamos votar o projeto. Mas quero dizer que esse projeto é nosso, visto que o Governador é do nosso partido. Dentro do Colégio de Lideres, há sempre a busca pelo o entendimento para o avanço da votação dos projetos.

Por essa razão, essa votação nos dá muita alegria, especialmente, porque temos um Deputado do Vale do Paraíba, Helio Nishimoto, que é de São José dos Campos. Ele vem insistindo em favor do projeto e trabalhou por sua aprovação junto a outros Deputados. Seu mandato foi marcado aqui na Assembleia Legislativa pelo interesse que demonstrou por toda região do Vale do Paraíba, São José dos Campos, entre outras.

Por isso, para nós é uma grande alegria que, por ser um deputado do nosso partido e daquela região, o Deputado Helio Nishimoto tenha trabalhado em favor desse projeto. Além disso, também nos alegra que os 22 deputados da Bancada do PSDB, incluindo-me, estejamos dentro deste programa que vem sido muito bem conduzido pelo Deputado Edson Aparecido, da criação dos Aglomerados Urbanos e regiões administrativas.

Demos um grande passo quando votamos a Região Administrativa da Região Metropolitana de São Paulo. Criamos o Aglomerado Urbano de Jundiaí e a Região Metropolitana do Vale do Paraíba. Isso provoca uma mudança positiva à sociedade, uma concepção nova, um reordenamento sobre o aspecto jurídico, a questão do transporte e do desenvolvimento urbano.

Portanto, nós, da Bancada do PSDB, estamos cumprindo fielmente o desejo da população de São Paulo que são os Aglomerados Urbanos para melhorar a vitalidade e, acima de tudo, a nossa colaboração com o desenvolvimento.

Por esse motivo, quero também expressar o nosso contentamento e saudar o Deputado Helio Nishimoto, que é de São José dos Campos. Seguramente, ele pautou o seu mandato, pelo menos nesse seu primeiro ano, plenamente empenhado. Sei disso porque, como Líder eu recebi, diariamente, a sua cobrança, seu apelo e sua pressão para que no momento oportuno, desde quando o projeto deu entrada nesta Casa, ele pudesse se tornar uma prioridade e ser aprovado, razão pela a qual, comemoramos na noite de hoje esse avanço para a o Estado de São Paulo e para o Vale do Paraíba. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Em votação. Para falar a favor, tem a palavra o nobre Deputado Afonso Lobato.

 

O SR. AFONSO LOBATO - PV - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, nobres pares, sem dúvida o dia de hoje, como bem disse o Deputado Marco Aurélio, é histórico para nós do Vale do Paraíba porque há mais de dez anos, quando o ex-Deputado Estadual Carlinhos de Almeida deu entrada nesta Casa do projeto de criação da Região Metropolitana, nós também iniciamos uma compreensão sobre o que seria uma Região Metropolitana.

Como bem disse o Deputado que me antecedeu “Não basta criar a Região Metropolitana, é preciso mudar a forma de se governar”, é preciso encontrarmos mecanismos para fazer com que o Orçamento seja melhor dividido porque, por exemplo, temos cidades muitos pobres na nossa região, com um IDH baixo e se de fato não dividirmos melhor as riquezas do nosso Estado, os pobres vão continuar cada vez mais pobres e os ricos cada mais ricos. Nesse sentido, a região metropolitana é um excelente instrumento de planejamento regional, um excelente instrumento de organização regional.

Por isso, um agradecimento especial ao Deputado Carlinhos Almeida, à Universidade de Taubaté, que deu todo o aparato técnico para que o deputado e a frente parlamentar pudessem embasar as discussões. Aliás, muitos desses dados que a Universidade de Taubaté trouxe, a própria Emplasa incorporou aos seus estudos. Nossos agradecimentos ao Deputado Carlinhos Almeida, aos deputados da frente parlamentar que faço questão de citar: Helio Nishimoto, Marco Aurélio, André do Prado, Luiz Carlos Gondim e também aos da legislatura passada Aloísio Vieira e Mozart Russomanno, que participou ativamente dessa discussão.

 

O SR. OLÍMPIO GOMES - PDT - COM ASSENTIMENTO DO ORADOR - Nobre Deputado, quero dar o testemunho da força da frente parlamentar constituída por parlamentares do Vale do Paraíba. Cheguei a acompanhar algumas das reuniões da frente parlamentar, inclusive com apresentação de emendas para a região e sei que o sonho maior era justamente o que os senhores estão conquistando no dia de hoje por mérito e por bem representarem a população do Vale do Paraíba. Ao cumprimentá-lo o faço a todos os parlamentares que empreenderam esta luta.

Tenho certeza de que a criação da região metropolitana vai fortalecer os pleitos da região e principalmente com a disponibilização de recursos mais do que necessários, quer da área federal, quer da área estadual. Agora não mais para o município ‘a’ ou ‘b’, mas para os 39 municípios que acabam agregando força à região metropolitana. Parabéns a V. Exa. e a todos os parlamentares do Vale do Paraíba.

 

O SR. AFONSO LOBATO - PV - Exatamente o que você disse, Major Olímpio, é o que temos percebido. A reunião do Codivap, consórcio de prefeitos da região, funciona mais ou menos como uma reunião de alcoólicos anônimos. Cada um desabafa e volta para casa com o seu problema. Falou, mas ninguém ouviu porque não se tem um instrumento viável que possa garantir a execução dos pleitos. Aí o prefeito vem até o deputado e junto com ele - quando não o prefeito sozinho - vai até o Secretário de Estado, se não até o próprio Governador de pires na mão pedir por uma questão pontual.

O deputado do PT que nos antecedeu, agora me foge o nome, é tanto Marco - aliás, estão dizendo que o Carlinhos ficou dez anos e não conseguiu, o padre está aqui há nove e também não conseguiu, mas o Marco Aurélio, que acabou de chegar, logo no primeiro ano consegue a aprovação do projeto da região metropolitana - dizia da regionalização do orçamento.

Temos de pensar o Vale como um todo. Nós temos um turismo muito forte no Vale. Na Cidade de São Paulo são onze milhões de turistas ao ano, no Vale são mais de doze milhões ao ano. Você tem o turismo - entre aspas - religioso, Canção Nova, Aparecida, Guaratinguetá, você tem serra, você tem praia no litoral norte, quer dizer, há todo um instrumento para fazer com que aquela região se desenvolva de maneira mais justa. Que a riqueza não fique apenas e tão-somente em São José dos Campos, mas que possa ser redistribuída para todo o Vale. A região metropolitana é um excelente instrumento para isso.

Obrigado aos deputados desta Casa pelo apoio, obrigado ao Colégio de Líderes, obrigado ao nosso Presidente Barros Munhoz que conhecendo a região e entendendo a importância deste projeto pautou a matéria para hoje, nossos agradecimentos também ao Secretário Edson aparecido. Na verdade, Marco Aurélio, nós tínhamos uma grande dificuldade. Quando queríamos conversar não sabíamos com quem conversar, mas o Governador Geraldo Alckmin criou uma Secretaria e o nosso Secretário é uma pessoa atuante, trabalhadora, uma pessoa extremamente atualizada e o que aconteceu? Passamos a ter um interlocutor, passamos a ter com quem falar. Por isso os nossos agradecimentos ao Secretário Edson Aparecido que participou ativamente de todas as audiências públicas esclarecendo as dúvidas, debatendo o projeto com a região juntamente com os deputados da região.

 

O SR. MARCO AURÉLIO - PT - COM ASSENTIMENTO DO ORADOR - Nobre Deputado, quero reiterar as palavras de V. Exa. em relação ao Secretário, inclusive depois de terminadas as audiências públicas fizemos uma reunião nesta Casa com a participação do Luiz, seu assessor, de tal forma que a gente pudesse encaminhar todas as emendas possíveis ao projeto. Então foi um processo muito rico.

Agora quero também registrar o meu agradecimento às suas generosas palavras e para fazer justiça quero parabenizar V. Exa. pelo trabalho que tem feito, o Deputado Carlinhos Almeida e todos os deputados da frente parlamentar. Se Deus quiser este projeto vai ser aprovado porque todos votarão favoravelmente, logo, são todos co-autores e merecem os nossos agradecimentos. Esta é a Assembleia. A gente vota através de consensos construídos. Aprovado este projeto, deixo registrado o meu agradecimento a todos os deputados desta Casa porque o mérito é de todo o coletivo.

 

O SR. AFONSO LOBATO - PV - Por falar em mérito, não poderíamos esquecer do nosso ex-Governador Alberto Goldman. Quando o assunto tinha sido praticamente esquecido o ex-Governador Goldman deu uma entrevista no jornal “O Vale” trazendo à baila novamente o problema. É possível, sim, o Vale se tornar uma região metropolitana. E “O Vale” - que está presente - foi um grande parceiro nessa discussão fazendo com que os deputados da região não deixassem esquecer o assunto porque sempre pautava nas matérias. O ex-Governador Alberto Goldman reacendeu a discussão. O Governador Geraldo Alckmin assumindo este mandato, cria a Secretaria. Nós tínhamos agora com quem conversar. A Emplasa fez os estudos que viabilizaram a criação da região metropolitana entendendo que o grande elemento que aglutina a nossa região era a diversidade, não a unidade. Temos uma área de proteção ambiental como nenhuma outra região metropolitana tem. Isto é importante.

Não posso deixar de agradecer o Líder do Governo Deputado Samuel Moreira, que participou de algumas audiências públicas, que se preocupou junto com o Presidente em pautar este projeto para hoje, antes do recesso, para dar ao Vale do Paraíba este excelente instrumento de organização e planejamento regional. Ao nosso querido Líder do Governo Deputado Samuel Moreira o nosso agradecimento. O nosso agradecimento aos líderes desta Casa. O Deputado Campos Machado dizia ‘Padre Afonso, fale em nosso nome, nós não vamos falar para ganhar tempo, e também o apoio dos outros líderes.

Isso muito nos alegra e fará com que a nossa região tenha não somente um prefeito discutindo as suas reivindicações. Será o Estado atuando com os 39 prefeitos para estabelecer as prioridades, fazer o desenvolvimento do Vale acontecer integrando, principalmente, as cidades mais necessitadas, as cidades que não têm praticamente nenhum orçamento e que dependem única e exclusivamente de repasses do governo federal e de emendas parlamentares.

Sem dúvida haverá um grande salto de qualidade na forma de fazer política. É obvio que temos que nos converter. Cada município tem sua autonomia, cada município tem a sua forma de fazer política, mas, quando for discutir região precisamos pensar regionalmente.

O Deputado Marcolino abordou a questão da saúde, que é um dos principais desafios do Vale. No mandato anterior o governador criou lá um Hospital Regional que hoje absorve a demanda de toda a região. É importantíssima, urgente e necessária a duplicação da Tamoios, os contornos de São Sebastião e Caraguatatuba, mas é urgente e necessária também a criação de um hospital no litoral norte. É importantíssimo. Aquela região não pode mais perecer da forma como tem perecido por falta de instrumentos. Os hospitais estão extremamente sucateados, sem condições de atendimento. É preciso investir e ampliar o que já está dando certo, que o Hospital Regional do Vale do Paraíba.

 

A SRA. ANA PERUGINI - PT - COM ASSENTIMENTO DO ORADOR - É apenas para fazer um registro. Vale a pena, em se tratando da votação da região metropolitana do Vale do Paraíba.

Quando estivemos na audiência pública sobre a peça orçamentária que será votada em breve nesta Casa, na cidade de Taubaté, fomos convidadas pela Vereadora Naomi e outras mulheres que a acompanhavam, para ver a situação do cárcere de uma trabalhadora rural que lutava por terra e estava encarcerada na cidade de Caçapava. Quando chegamos à cidade de Caçapava aguardamos e fomos atendidas por um único carcereiro. Não havia revezamento e ele não tinha nem como ir ao banheiro. Ele disse: “É preciso denunciar na Assembleia, na Secretaria de Justiça e na Secretaria de Segurança a situação da delegacia de Caçapava.” Naquele dia ele falou do perigo de fuga. No dia seguinte houve uma fuga na cadeia de Caçapava.

V.Exa. abordou, ainda, o problema da saúde e das estradas e, em contato com o secretário Edson Aparecido, quando fomos tratar da regulamentação da região metropolitana de São Paulo e de Campinas, lembramos a necessidade de o Estado, no ato da regulamentação e no ato da criação tanto dos aglomerados urbanos quanto das regiões metropolitanas levar em consideração a necessidade de cada prefeito dentro do seu município. Somente assim conseguiremos fazer de fato a integração, visando àquilo que é o bem e o problema comum. Porque o prefeito sente o problema dentro de sua cidade. E, no caso de Caçapava, não poderia deixar de fazer esse registro.

Lembro, ainda, que temos um problema na região metropolitana de Campinas que pode ocorrer também na região ora aprovada que é a questão do corredor metropolitano. Com o corredor inacabado, o Estado prometeu a obra para o final de 2014, e a prefeitura teve de assumir. Porque, com a obra inacabada, o trânsito fica congestionado desde a saída do trevo da cidade de Hortolândia, passando por Monte Mor, que também já tem congestionamento, chegando ao trevo da Bosch, na Avenida N. da Cunha.

É válido, então, reivindicar a criação da regionalização do orçamento, e ouvir todos os prefeitos em relação aos problemas de cada município. Parabéns, Deputado, eu acompanho o seu empenho, e parabéns Deputado Marcolino.

 

O SR. AFONSO LOBATO - PV - Obrigado pelo aparte, nobre Deputada. E chega de presídios na região do Vale do Paraíba. É uma região em que os presídios estão extremamente concentrados e é preciso pensar numa humanização disso.

Concluo dizendo que a nossa região nasce, com a votação de hoje, como a décima maior região metropolitana do país e a quarta região do Estado de São Paulo. Obrigado a todos os Deputados pelo empenho, pela votação de hoje. Obrigado Vale do Paraíba.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Para falar a favor, o nobre Deputado Helio Nishimoto.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Aldo Demarchi.

 

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O SR. HELIO NISHIMOTO - PSDB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, nobres Deputados, hoje é um dia de grande alegria. Vimos a essa Tribuna para comemorar, porque confiamos que o projeto que ora discutimos, será aprovado por unanimidade por esta Casa, pelos 94 deputados. Visto que é um projeto de suma importância para todo o nosso Estado, e não apenas para uma região do Estado, que proporcionará sem dúvida, um desenvolvimento e crescimento da economia e da qualidade de vida, de grande parte da população do Estado de São Paulo.

Por isso, quero cumprimentar a todos nesta noite, já com essa alegria de podermos votar após essa discussão, em um projeto de tamanha importância. Quero cumprimentar também nosso o Presidente e toda a mesa diretora, pelo que nós vimos nas telas, a Linguagem Brasileira de Sinais. Isso é importantíssimo para transmitir aos que têm alguma deficiência, principalmente auditiva, e quantos que possuem essa deficiência, mas podem acompanhar as sessões da Assembleia Legislativa? Parabéns a mesa diretora por essa iniciativa tão importante, para que sejam incluídas as pessoas nessa discussão e nesses processos da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.

Comemoramos então essa discussão e votação que se realiza hoje, porque após grande tempo, aproximadamente há 10 anos quando iniciou em 2001, quando era Deputado Estadual aqui nesta Casa, o ex-Deputado Carlinhos Almeida, apresentando proposta nessa Casa, em seguida a frente parlamentar do Vale do Paraíba também encabeçando um trabalho de levar a diante esta discussão, por intermédio do Padre Afonso Lobato, pelo Deputado Gondim e pelo Deputado Russomano, que fazia parte da Frente Parlamentar do Vale do Paraíba, e demais deputados que ajudaram ao Vale do Paraíba, que hoje é composto pelos Deputados André do Prado, Samuel Moreira e outros que no dia a dia, acompanham o desenvolvimento do Vale do Paraíba e do Litoral Norte.

Quero agradecer a cada um dos que nesta Casa, durante esses dias discutiram o projeto no Colégio de Lideres, e concordou em trazer para votação no dia de hoje esse projeto que é tão importante, principalmente para o Vale do Paraíba.

Quero comemorar com cada um de vocês, e dizer a alegria que temos, porque depois de um longo tempo de discussão, eu também acho justo exaltar uma decisão do nosso Governo do Estado, porque quando ele assumiu, ele criou uma Secretaria para cuidar desse desenvolvimento Metropolitano. Trabalhando em cima do que é conhecido hoje como Macro Metrópole Paulista, compondo aí muitas cidades, mas principalmente tendo como foco, a população existente nesta região com aproximadamente, Deputado Gondim, 80% da população do Estado de São Paulo, e aproximadamente 80% do PIB do Estado de São Paulo, já existindo a região metropolitana de Campinas e a região metropolitana da Baixada Santista.

Neste ano, criando oficialmente a região metropolitana de São Paulo, partiu para criar o aglomerado urbano de Jundiaí, e agora a região metropolitana do Vale do Paraíba e do Litoral Norte e na sequência, sabemos que essa Secretaria cuidará da região também de Piracicaba e Sorocaba. Regiões que compõe essa Macro metrópole Paulista para pensar em um desenvolvimento desses grandes ajuntamentos de cidades, para que haja um desenvolvimento integrado com esse grupo de cidades.

Então, é importante ressaltar, que o Governo do Estado criando essa Secretaria de Desenvolvimento Metropolitano, faz com que o nosso estado cresça e ganhe por meio dessa nova etapa, uma aceleração em seu desenvolvimento.

E hoje quero elogiar o trabalho do secretário Edson Aparecido, que fez por sua competência e pelo conhecimento que tem de administração pública, um trabalho brilhante e rapidamente conquistamos no Estado, o aglomerado urbano de Jundiaí, e hoje podemos votar a Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte. Hoje é um dia de grande alegria para todos nós e queria compartilhar isso com toda Assembleia e com o povo do Estado de São Paulo. Devemos comemorar.

Quero agradecer a cada um dos deputados que vai votar favoravelmente, agradecer à Casa toda, principalmente aos líderes que concordaram em colocar o projeto em votação ainda nesse ano para que em 2012 a região metropolitana se desenvolva rapidamente, seja criado o conselho de desenvolvimento, depois a Agência de Desenvolvimento, que é uma autarquia, criando o Fundo de Desenvolvimento, para ter recursos próprios do Vale do Paraíba para projetos e execução de obras, criando os conselhos consultivos com suas câmaras temáticas e especiais. Por tudo isso nos alegramos juntamente com todo o Vale do Paraíba, com o Litoral Norte, pensando daqui para frente em todos os projetos que vão integrar as 39 cidades, pensando o aterro sanitário para atender várias cidades, pensando o transporte para atender várias cidades através das empresas de transporte metropolitano, pensando no uso racional e conjunto da bacia hidrográfica do Rio Paraíba do Sul. Por tudo isso, temos a convicção de que teremos um desenvolvimento integrado muito melhor a partir de agora.

Concedo um aparte ao Deputado Luiz Carlos Gondim, para falar sobre esse projeto importante.

 

O SR. LUIZ CARLOS GONDIM - PPS - Obrigado pelo aparte. Quando começamos esse projeto, em 2007, a Frente Parlamentar do Vale do Paraíba fez um trabalho muito grande ouvindo a sociedade. Agora, com o Secretário Edson Aparecido, foram feitas audiências públicas para ouvir os problemas da região, como na área da Saúde, como nosso deputado comentou, ex-prefeito de Jacareí, grande parceiro da Frente Parlamentar, e todos os membros dessa frente colaboraram muito com esse projeto. A criação dessa região metropolitana dá condição para que se dê a integração para resolver problemas de cada área específica.

Quero agradecer ao Colégio de Líderes e a todos os deputados que se envolveram para que esse projeto fosse colocado em votação e quero permitir para ler o artigo que trata da subdivisão das regiões metropolitanas.

“Artigo 4º - Os Municípios da Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte serão agrupados na seguinte conformidade:

I - Sub-região 1: Caçapava, Igaratá, Jacareí, Jambeiro, Monteiro Lobato, Paraibuna, Santa Branca e São José dos Campos.

II - Sub-região 2: Campos do Jordão, Lagoinha, Natividade da Serra, Pindamonhagaba, Redenção da Serra, Santo Antônio do Pinhal, São Bento do Sapucaí, São Luis do Paraitinga, Taubaté e Tremembé.

III - Sub-região 3: Aparecida, Cachoeira Paulista, Canas, Cunha, Guaratinguetá, Lorena, Piquete, Potim e Roseira.

IV - Sub-região 4: Arapeí, Areias, Bananal, Cruzeiro, Lavrinhas, Queluz, São José do Barreiro e Silveiras.

V - Sub-região 5: Caraguatatuba, Ilhabela, São Sebastião e Ubatuba.”

Como foi comentado aqui, para se ter a exploração religiosa e turística a riqueza é muito grande. O deputado Afonso Lobato fez um comentário dizendo que se pede e não se é escutado. Com a criação da região metropolitana poderemos ser escutados, principalmente quando se faz reuniões de prefeitos e vereadores de toda a região. Tenho certeza da aprovação desse projeto. Vamos ter um respaldo do governo federal, do governo estadual e dos governos municipais. Parabéns pela exposição e parabéns a todos os deputados que se envolveram na criação dessa região metropolitana.

 

O SR. HELIO NISHIMOTO - PSDB - Obrigado, Deputado Luiz Carlos Gondim. Temos bastante paciência em relação a essa solicitação do Vale do Paraíba. Principalmente aqueles que estão envolvidos diretamente com o vale e com o litoral norte têm de agradecer. Deputados que sempre participaram da discussão, dez anos de espera. Mas acreditamos que a hora certa é agora uma vez que a legislação federal proporciona maior condição para as regiões metropolitanas receberem recursos, terem seus projetos atendidos prioritariamente.

O governo do estado lembrou que agora poderia apresentar esse projeto na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, recebendo apoio de todos os deputados, com a contribuição dos deputados para aperfeiçoar o projeto. É um projeto que podemos considerar “redondinho’. Foi votada no início do ano a Região Metropolitana da Grande São Paulo, que teve uma série de aperfeiçoamentos se comparada a regiões antigas como Campinas e Baixada Santista. O momento melhor é realmente agora. Esperamos dez anos, mas o projeto vem aperfeiçoado para o bem da região do Vale do Paraíba e Litoral Norte e acreditamos que é hora de agradecer a contribuição de cada deputado, principalmente do Colégio de Líderes, da Mesa diretora, ao governador Geraldo Alckmin, juntamente com seu secretário Edson Aparecido, que fez um brilhante trabalho.

Temos que reconhecer a eficácia desse trabalho, o empenho do secretário em todas as reuniões, audiências públicas, a qualidade de sugestões recebidas nas cinco audiências públicas. Tudo isso fez com que chegássemos a esse momento com um projeto muito aperfeiçoado e moderno para ser implantado e receber todos os cuidados para colocá-lo em prática. Parabéns ao governo! Parabéns ao secretário Edson Aparecido! Parabéns a todos!

 

O SR. PRESIDENTE - ALDO DEMARCHI - DEM - Para discutir a favor, tem a palavra o nobre Deputado Gerson Bittencourt, pelo tempo regimental.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Barros Munhoz.

 

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O SR. GERSON BITTENCOURT - PT - Sr. Presidente, Srs. Deputados e Sras. Deputadas, público presente no plenário e que nos assiste através da TV Alesp, assim como os deputados que me antecederam penso que hoje temos um momento muito importante de comemoração em função da criação da Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte. Esse momento tem que ser compartilhado com os deputados e com a Mesa diretora desta Casa, com o Executivo estadual, com os Executivos dos 39 municípios que compõem essa nova região metropolitana, com os vereadores, com a sociedade civil, com os meios de comunicação, não só da região, mas de todo o Estado, que fizeram o acompanhamento, o monitoramento e que chegaram até esse momento em que esta Casa discutiu um projeto dessa magnitude, em breve vai votar, na certeza absoluta de que será favorável a um projeto construído com a participação de todos os deputados, enfim, com a participação da sociedade civil, dos legislativos e executivos daquela região.

Quero dizer, Sr. Presidente, que no processo de discussão nesta Casa avançamos desde o primeiro semestre quando oficializamos, depois de muito tempo, a Região Metropolitana da Grande São Paulo. Essa discussão também foi comum e teve a concordância de todos os deputados desta Casa. Aperfeiçoamos a constituição da região metropolitana de São Paulo. Fizemos a discussão e formatamos a proposta do aglomerado urbano de Jundiaí. E agora, finalmente, formatamos e aprovaremos a região metropolitana do Vale do Paraíba. Se somarmos a região metropolitana de Campinas, que também precisa, assim como a região metropolitana da Baixada Santista, ter a sua legislação adequada e alterada, incorporando aquilo que esta Casa já fez para a região metropolitana de São Paulo, e agora faz para a região metropolitana do Vale do Paraíba.

O Deputado Antonio Mentor, da nossa bancada, apresentou a esta Casa, ao Secretário Edson Aparecido e a todos os Deputados da região metropolitana de Campinas, um Projeto de lei. O Deputado Mentor disse da sua disposição de compartilhar a autoria desse projeto com os demais Deputados. E se for entendido pelo Executivo como prerrogativa única do Executivo apresentar esse projeto, ele poderia então, ser incorporado e apresentado pelo Executivo, no sentido de dotar a região metropolitana de Campinas também com os mesmos instrumentos com que está sendo constituída a região do Vale do Paraíba, para que possamos - não só Campinas, mas a Baixada Santista também -, incorporar os avanços discutidos e legislados por esta Casa neste ano.

Cedo um aparte ao nobre Deputado Afonso Lobato.

 

O SR. AFONSO LOBATO - PV - Nas discussões que tivemos nas audiências públicas o próprio Secretário Edson Aparecido dizia exatamente que houve um avanço na criação da região metropolitana de São Paulo e do Vale do Paraíba, nos estudos e projetos, e que aquele avanço que houve seria aplicado às regiões que não tinham com referência à questão do conselho consultivo e do administrativo. Então, já existe um entendimento do próprio Secretário nesse sentido.

 

O SR. GERSON BITTENCOURT - PT - Muito obrigado pelo aparte, nobre Deputado Lobato. O Secretário Edson Aparecido fez essa manifestação, não só a este Deputado, mas a todos os Deputados da região metropolitana, exatamente conforme V. Exa. aqui proferiu, no sentido de incorporar esses avanços. Estamos sabendo, e obviamente vamos trabalhar juntos.

Se nós somarmos a região metropolitana de Campinas, com 19 municípios, o aglomerado urbano de Jundiaí, com outros sete municípios, a região metropolitana de São Paulo, com 39 municípios, e mais a região que vamos criar agora, outros 39 municípios, teremos 104 municípios, que vão participar de um mesmo eixo, não exatamente dessa macro metrópole feita nas suas colocações aqui, mas um conjunto de regiões e aglomerados importantes, estratégicos para o nosso Estado e o País.

A região metropolitana de Campinas, o aglomerado urbano de Jundiaí, a região metropolitana de São Paulo, e agora a região do Vale do Paraíba, e depois seguindo para o Rio de Janeiro, com a região metropolitana do Rio de Janeiro, estaremos conectados não só por rodovias importantes do País, mas também, no futuro, estaremos conectados pelo Trem de Alta Velocidade, que vai circular de Campinas ao Rio de Janeiro, passando pelo aglomerado e por todas essas regiões metropolitanas.

Esta Casa avançou neste ano de forma significativa no debate da regionalização. Mas estão colocadas na pauta, em minha opinião, para o próximo ano, em primeiro lugar, essas adequações a que me referi, para a Baixada Santista e para Campinas, a discussão dos novos aglomerados urbanos, como o Deputado Helio falou.

Precisamos, para o ano que vem fazer uma discussão que possa avançar ainda mais as discussões travadas e aprovadas por esta Casa neste ano. Precisamos, em 2012, formatar as políticas públicas na área do Transporte, como disse aqui o Deputado José Zico Prado, com a implantação do bilhete único metropolitano, inclusive com o projeto do Deputado Zico Prado há muitos anos em discussão nesta Casa.

Também temos que aprofundar as políticas públicas na área da Segurança, na área ambiental e de saneamento básico. Temos que aprofundá-las na área da Educação e, sobretudo, pela característica da região metropolitana do Vale do Paraíba e das demais regiões metropolitanas, avançar de forma significativa nos debates da qualificação profissional.

A região do Vale do Paraíba, que será criada aqui hoje, aprovada por esta Casa hoje, também é uma região extremamente pujante, importante do ponto de vista científico e tecnológico, para o Estado de São Paulo e para o Brasil. Por isso é importante adotar essas políticas públicas, mas também uma política de qualificação profissional para atender o mercado cada vez mais exigente e, sobretudo cada vez mais vigoroso, que dinamiza e dá uma qualidade de vida substancial à população do Vale do Paraíba.

Se não me engano, estamos aqui aprovando a 10ª região mais importante do País. Estamos aqui aprovando a 37ª região metropolitana constituída no nosso Brasil, a quarta do Estado de São Paulo. Mas outras 36 têm composição nos demais Estados da Federação.

Parabéns a todos os Deputados que participaram diretamente desse processo, ao nosso colega Deputado Carlinhos Almeida, um grande defensor e articulador dessa proposta, quando esteve nesta Casa, mas que continua, na condição de Deputado Federal, discutindo e trabalhando pelas questões do Vale do Paraíba e, principalmente pela constituição dessa importante região metropolitana.

Portanto, deixo aqui o desafio a todos nós. Da mesma forma que fizemos o pacto de constituição e de legalização dessas regiões, que possamos, no próximo ano, desdobrar essa organização legal que fizemos aqui para as políticas públicas de fato, que são aquelas que envolvem aquelas que impactam na qualidade de vida da população, aquelas que podem trazer uma dinamização fundamental para a região metropolitana, mas também para o Estado de São Paulo de uma forma geral.

Mais uma vez, parabéns a todos, mas, sobretudo parabéns aos moradores da região do Vale do Paraíba, recém-criada, e especialmente aos batalhadores da região, os Deputados estaduais que estão aqui na primeira fileira comemorando como todos nós, mas certamente com a sensação do dever cumprido, no sentido de que as cidades que ajudaram a eleger V. Exas. agora se sentem representadas, que uma das propostas fundamentais foi aprovada neste primeiro ano desta legislatura. Parabéns e um abraço a todos.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Tem a palavra o nobre Deputado Marcos Martins, para falar a favor.

 

O SR. MARCOS MARTINS - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, telespectadores da TV Assembleia, aqueles que nos acompanham através das galerias e serviços de alto-falantes da Casa, cumprimentamos os Deputados que direta ou indiretamente se envolveram desde o início, desde os tempos do Deputado Carlinhos Almeida, Deputado Federal hoje, os Deputados Afonso Lobato, Helio Nishimoto e Marco Aurélio.

Estivemos numa visita à Santa Casa de Caraguatatuba, onde observamos os muitos problemas que tem a Saúde da região, o que não é novidade. Saúde não é problema só naquela região, mas ali é, e tem uma população que aumenta em temporada e cria uma demanda maior em todos os tipos de serviço. Esperamos que essa região metropolitana consiga levar recursos regionais também, porque senão não vai adiantar muito, e vai fazer com que possa unir os vários municípios para fazer cobranças, para pressionar. A maneira como o Orçamento do Estado é feito, já vem acabado, montado, não pode sofrer alterações aqui. Se não houver pressão, o resultado será temeroso. Mas de qualquer forma, quero cumprimentar a todos. Esperamos que seja votado e que haja uma coordenação da região bastante unida para melhorar a região, para que todas as 39 cidades tenham algum tipo de benefício. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Encerrada a discussão.

Em votação o projeto.

Há sobre a mesa um requerimento de autoria do nobre Deputado Samuel Moreira com o seguinte teor:

“Requeiro, nos termos regimentais, que a votação do Projeto de lei Complementar nº 66, de 2011, constante da presente Ordem do Dia, processe-se na seguinte conformidade:

1 - Projeto de lei Complementar nº 66, de 2011, salvo emendas, subemendas e Substitutivo nº 1;

2 - Emendas de números 4, 8, 9, 10, 11 e 16;

3 - Emenda apresentada no Parecer nº 1.926, de 2011;

4 - Subemendas às emendas números 1, 3, 5, 6, 14 e 19;

5 - Emendas de números 1, 3, 5, 6, 14 e 19;

6 - Emendas de números 2, 7, 12, 13, 15, 17, 18, 20 e 21;

7 - Substitutivo nº 1.”

Em votação o requerimento. Os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas que estiverem de acordo queiram permanecer como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

Em votação o Projeto de lei Complementar nº 66, de 2011, salvo emendas, subemendas e Substitutivo nº 1.

 

O SR. ENIO TATTO - PT - Sr. Presidente, peço a palavra para encaminhar a votação pelo PT.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Tem a palavra o nobre Deputado Enio Tatto, para encaminhar a votação pelo PT.

 

O SR. ENIO TATTO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, telespectadores da TV Assembleia, os deputados que me antecederam, principalmente os três deputados do Vale do Paraíba - Afonso Lobato, Helio Nishimoto e Marco Aurélio - já abordaram devidamente o assunto. Mas queria fazer algumas referências. Acompanhei esse projeto há muito tempo. Quero fazer justiça - alguns deputados já fizeram - ao Deputado Carlinhos Almeida. O Deputado Carlinhos Almeida apresentou dois projetos criando a Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte. O primeiro foi arquivado. Depois, na segunda legislatura dele, apresentou novamente. O Presidente da Casa, Barros Munhoz, indicou-me como relator do projeto, que foi aprovado. Mas há um debate se o projeto é constitucional, se caberia a iniciativa de um parlamentar. O projeto, então, está parado. Mas isso fez com que o Governo do Estado de São Paulo mandasse o projeto criando a Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte.

Não podemos deixar de fazer uma referência à criação da Região Metropolitana de São Paulo e ao Aglomerado de Jundiaí. Não podemos deixar de elogiar o papel importante do Secretário Edson Aparecido. Quero também fazer um elogio ao grande companheiro Luizão, que se encontra no plenário. Leve um abraço ao Secretário Edson Aparecido. Todas as vezes que ele foi procurado para participar de uma reunião ou audiência pública, participou. E o Luizão junto com ele. Sempre esclarecendo, atendendo aos deputados. Por falar em assessor, nobre Deputado Marco Aurélio, quero reiterar o papel importante do nosso assessor Edsinho, que trabalhou muito nesse projeto. É bom lembrarmos que são pessoas que se empenharam.

Parabéns a todos vocês e a todo o Vale do Paraíba. Foram feitas audiências públicas em São José dos Campos, em Taubaté, em Cruzeiro. Cruzeiro foi a segunda cidade onde fizemos a audiência pública do Orçamento, em 2006, quando fazíamos audiências públicas por região de Governo. O pessoal de Caraguatatuba e Guaratinguetá está de parabéns. De parabéns está a Assembleia Legislativa. Como foi bom a decisão que o presidente homologou e tomou para ele a responsabilidade de fazer cinco audiências públicas na Região Metropolitana de São Paulo. Nas audiências públicas melhoramos o projeto, surgiu a ideia de criar sub-regiões. Nas audiências públicas houve o consenso para criar o fundo, que não estava claro no projeto. Graças à contribuição da população conseguimos avançar.

Quero parabenizar os deputados do Vale do Paraíba, pois vocês avançaram. Na medida em que vão se criando outras regiões metropolitanas, vamos aperfeiçoando. Por exemplo, vocês acrescentaram um item que prevê indicadores de desempenho e metas e prazos a serem cumpridos. Isso saiu das audiências públicas. Se não há audiência pública, essas coisas maravilhosas não acontecem. Precisamos fazer audiências públicas. Muitas vezes, as pessoas pensam que é perda de tempo. Mas em todos os projetos avançamos quando não temos pressa, fazemos audiências públicas e ouvimos as entidades, a sociedade organizada. Muitas vezes o projeto passa pela comissão e só o deputado da comissão participa. Os demais deputados têm outros afazeres, não têm a oportunidade de participar e debater. Nas audiências públicas, vocês viram a quantidade de deputados que participaram. Participei de todas na Região Metropolitana. Houve audiência pública, como em Mogi das Cruzes, com mais de 10 deputados e mais de 200 pessoas.

Parabéns a todos vocês. Parabéns aos deputados da região, que se empenharam. Confesso que o Deputado Marco Aurélio, desde que o projeto chegou a esta Casa, cobrava todas as semanas, na reunião da Bancada do PT. No último mês não era toda semana, era todo dia. Nos últimos dois dias, era toda hora para que esse projeto fosse colocado em pauta.

É muito bom aprovarmos um projeto como esse, que tem uma importância enorme para a região em termos de desenvolvimento em todos os setores da economia. É um projeto que foi melhorado, construído por cabeças, inteligências tanto dos parlamentares, como da população que participou. Agora, é cobrarmos do Governo para que haja um fundo e o projeto possa sair do papel. Temos o exemplo da Baixada Santista e da região de Campinas. Sem o fundo e sem a autarquia, não ficou uma região eficaz. Agora, tem que ser melhorado.

Parabéns a todos os membros da frente parlamentar - Deputados Helio Nishimoto, Afonso Lobato, Marco Aurélio. Parabéns, especialmente, a toda a população do Vale do Paraíba por essa grande conquista, que é uma forma ordenada de desenvolver aquela linda e próspera região. Um grande abraço a todos vocês! (Palmas.)

 

O Sr. Presidente - Barros Munhoz - PSDB - Em votação.

 

O SR. ALENCAR SANTANA - PT - Sr. Presidente, peço a palavra para encaminhar a votação pela Minoria.

 

O SR. PRESIDENTE - Barros Munhoz - PSDB - Tem a palavra o nobre Deputado Alencar Santana.

 

O SR. ALENCAR SANTANA - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, colegas deputados, público presente, funcionários desta Casa, cidadão que nos acompanha pela TV Assembleia, boa noite.

Hoje, estamos votando a criação de uma nova região metropolitana que engloba o Vale do Paraíba, uma região importante do nosso Estado, assim como são as outras regiões metropolitanas existentes, seja de Campinas, da Baixada Santista ou de São Paulo, cuja criação já foi objeto de votação nesta Casa.

Na ocasião, destaquei que talvez estivéssemos dando um grande exemplo para o País, inclusive na organização do Estado. Afinal de contas, poderia ser um embrião dentro do sistema federativo. Existem doutrinadores que defendem o sistema federativo por região. Alguns, entre o Estado e o município; outros, entre o Estado e a União. Estamos dando o exemplo de uma organização para podermos elaborar política, para podermos organizar e fazer ações de governo numa região metropolitana dentro do Estado de São Paulo.

As cidades possuem particularidades, problemas comuns, e o Estado poderá atuar buscando soluções para fazer uma política pública que garanta o desenvolvimento, a qualidade de vida. Poderá ser o início de um novo sistema de organização de governo. Esperamos que seja, indo além, para termos, de fato, outra estrutura administrativa.

Quero também destacar e parabenizar os deputados que compõem aquela região, que lutaram neste ano e ao longo de outros mandatos. Essa luta iniciou-se lá atrás pelo Deputado Carlinhos Almeida, hoje, Deputado Federal fazendo um grande mandato. Essa luta teve continuidade com o Deputado Marco Aurélio, ex-Prefeito de Jacareí, que desde o primeiro dia de mandato nesta Casa tem defendido isso. Lembro-me, Deputado Marco Aurélio, de que nas primeiras reuniões de bancada V. Exa. colocou esse debate na Pauta. Na discussão sobre a Região Metropolitana de São Paulo, V. Exa. falou da importância da Região Metropolitana do Vale do Paraíba. Vossa Excelência está conseguindo uma grande vitória. De certa forma, o coroamento de todo o trabalho do ano.

Quero cumprimentar também o Deputado Helio Nishimoto, de São José dos Campos, que, com certeza, cobrou muito, participou dos debates. Cumprimento também o Deputado Afonso Lobato, assim como os demais parlamentares. Vossas Excelências estão de parabéns, dando exemplo de unidade, de compromisso com a região e de que querem ver o Estado de São Paulo se desenvolver não só na Grande São Paulo, mas também como um conjunto. Precisamos olhar para cada região do Estado com suas potencialidades, com suas características específicas, para podermos acertar na ação e no desenvolvimento.

Nessa região, temos o Vale Histórico. Como exemplo, a Cidade de Bananal, onde Dom Pedro passeou - e muito. Temos a região do Litoral Norte, belíssima. Conhecemos a qualidade das praias, que precisam ser preservadas, mas que sofrerão também os reflexos do Pré-Sal. O desenvolvimento do Pré-Sal, em Santos, irá impactar o Litoral Norte.Temos a Região Serrana, com Campos do Jordão, São Bento do Sapucaí. São cidades bonitas, conhecidas pelo turismo cultural e gastronômico, com a característica do frio gostoso que se curte ali, bem como o turismo de aventura, por exemplo, na Pedra do Baú. Temos também cidades grandes, importantes comercialmente, industrialmente, tecnologicamente. São José dos Campos tem um parque tecnológico que é referência para cidades do Estado e do País. O Prefeito Almeida, da Cidade de Guarulhos, tem feito debate sobre o parque tecnológico com as universidades e os centros empresariais e já visitou o Centro Tecnológico de São José dos Campos. Temos um conjunto de indústrias nas cidades de Jacareí, Taubaté, Caçapava e em outras.

Temos também o turismo cultural e arquitetônico, se pensarmos no Carnaval em São Luiz do Paraitinga. É uma cidade bonita, com casarões, que sofreu recentemente o impacto das fortes chuvas. Esperamos que a cidade seja restaurada por completo, o mais rápido possível.

Quero também parabenizar a nossa Liderança, o Deputado Enio Tatto, que atuou muito nesse sentido, dizendo da importância desse projeto para aquela região e para a organização do nosso Estado.

Hoje, com certeza, é mais um dia importante na Assembleia Legislativa, que marcará história. Estamos dando um passo em relação a uma nova forma de organização de governo. No futuro, veremos isso. Os desafios das cidades não são enfrentados tão somente por uma cidade. é preciso um diálogo intenso com os outros municípios, mas é preciso que essa integração seja apoiada pelo Governo do Estado. Se o Governo Estadual não atuar efetivamente, não chamar os municípios para o diálogo, não investir para que as políticas públicas sejam executadas, perderemos uma grande oportunidade.

Sabemos que o Secretário Edson Aparecido participou de audiências e debates importantes, e o parabenizamos por isso. Mas precisamos que todo o governo garanta o investimento adequado, por meio de um espaço democrático, no qual não só as lideranças políticas sejam ouvidas, mas também a população.

Naquela região há também o turismo religioso, afinal de contas temos a Cidade de Aparecida. Estamos no eixo São Paulo-Rio e um pedaço de Minas Gerais. A Região Serrana faz divisa com Minas, por exemplo, a região de Gonçalves. Estamos entre os dois principais polos econômicos, entre os dois principais centros empresariais do País: São Paulo e Rio de Janeiro. Essa região já sente, e vai sentir ainda mais esse desenvolvimento e crescimento do Brasil, que se intensificou com o Governo Lula e vai continuar a se intensificar com o Governo Dilma.

É necessário que aquela região receba o Trem de Alta Velocidade (TAV), que vai impactar. Muitos ainda não acreditam, mas quando o Presidente Lula disse da importância de ligar São Paulo e Rio de Janeiro, por meio do trem-bala, ele estava olhando o futuro, a grande circulação de pessoas que já temos e que vai aumentar ainda mais entre as duas cidades. E toda essa região vai sofrer o impacto positivo de ter mais turistas, mais desenvolvimento, crescimento, geração de emprego e melhor qualidade de vida.

Mais uma vez, cumprimento a todos vocês, colegas daquela região que acompanharam e batalharam de perto. Com certeza, teremos uma grande aprovação deste projeto, e digo que o Estado de São Paulo, nesse sentido, está dando exemplo, neste primeiro momento, enquanto marco legal. Vamos cobrar e acompanhar para que de fato aconteça no desenvolvimento e no investimento das políticas públicas.

 

O SR. VINÍCIUS CAMARINHA - PSB - Sr. Presidente, para que possamos continuar o debate e preparar os outros projetos para a Sessão Extraordinária, requeiro a prorrogação dos nossos trabalhos por mais uma hora.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - O pedido de V. Exa. é regimental e está em votação. As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovada.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Sr. Presidente, para encaminhar pela Liderança do PSOL.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Giannazi, para encaminhar pelo PSOL.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, público presente, servidores da Educação e de outras Secretarias, telespectadores da TV Assembleia, antes de encaminhar favoravelmente pela Liderança do PSOL a criação da Região Metropolitana do Vale do Paraíba e do Litoral Norte, gostaria de fazer um comunicado importante que tem muito a ver com a Assembleia Legislativa. É referente a nossa Adin, Ação Direta de Inconstitucionalidade, que foi votada hoje no Supremo Tribunal Federal. É a Adin 4291 que protocolamos no Supremo Tribunal Federal, através do Diretório nacional do PSOL, ainda em 2009, quando a Assembleia Legislativa aprovou o projeto de lei que foi sancionado através da Lei 13.549, de 2009, e colocou em processo de extinção a Carteira Previdenciária de Advogados contribuintes do Ipesp.

Na ocasião, no auge dos debates, em vários momentos insistimos para que a Assembleia Legislativa não fosse cúmplice da aprovação daquele projeto de lei do ex-Governador José Serra. Porque se tratava abertamente de um golpe contra uma carteira de Previdência que tinha sido formada e construída pelo próprio Estado. Era uma carteira cinquentenária que fazia parte do Ipesp. Nós, de forma insistente, dizíamos que o projeto era inconstitucional, além de imoral e ilegal, e que afrontava o direito à aposentadoria, à própria ordem jurídica brasileira. Enfim, não fomos ouvidos e o projeto foi aprovado, e acho que só nós, do, PSOL, votamos contra - só dois votos contrários.

Gostaria de informar que nós acabamos de ganhar. Todos os ministros votaram pela revogação da lei que a Assembleia Legislativa aprovou. Então, a Lei 13.549, que foi um golpe mortal na aposentadoria dos advogados, prejudicando a 40 mil advogados do Estado de São Paulo, acabou de ser considerada inconstitucional através da nossa Adin 4291. Recebemos com muita alegria o resultado dessa votação. Há o movimento organizado, advogados participaram desse movimento sem o apoio da OAB de São Paulo, que referendou a aprovação da lei. Parece-me que legitimou muitos deputados que, talvez, estavam com um acúmulo de discussão nesse assunto, e acabaram seguindo a orientação da OAB. Foi um erro porque todos os ministros deram voto favorável a nossa Adin.

Há também uma segunda Adin da OAB Federal. Como a OAB de São Paulo não entrou com uma ação, a OAB Federal entrou com outra após o protocolo da nossa. As duas Adins foram julgadas exatamente há uma hora, e o resultado é esse. Temos outra Adin em relação a outra carteira, que foi também colocada em processo de extinção. É a dos trabalhadores dos cartórios, que estão na mesma situação. O caso é ainda mais grave porque a ilegalidade é muito maior em relação a esses 10 mil servidores. Temos uma Adin que será julgada em breve. Temos certeza de que será julgada favoravelmente também.

Se a lei não fosse revogada, teríamos no Estado de São Paulo o surgimento do desaposentado, de pessoas que já tinham contribuído com a sua carteira de Previdência e já estão recebendo beneficiadas pela carteira, e que perderiam a aposentadoria. A pessoa contribuiu durante toda a sua vida com o seu instituto de Previdência, com a sua carteira, e, de repente, do dia para a noite, ela é extinta. A pessoa que já está aposentada perde a sua aposentadoria. É isso que foi aprovado na Assembleia Legislativa. Era tão óbvio que era inconstitucional que o Supremo Tribunal Federal, praticamente, derrubou a Lei 13.549.

Gostaria de dizer que foi lamentável ontem a votação do PL 840, que privatizou a Previdência dos servidores do Estado de São Paulo. A Assembleia Legislativa legitimou mais um ataque aos servidores do Estado de São Paulo. Gostaria de frisar que mantemos a nossa coerência, somos contra o 840, projeto que criou a suposta Previdência Complementar que, para nós, é a privatização. É um projeto que está dentro da lógica, do ajuste fiscal, mas também somos contra em Brasília, no Congresso Nacional, do PL 1.192 que inspirou o projeto do Governador Geraldo Alckmin.

A nossa bancada, no Senado Federal, vai votar contra, e também na Câmara dos Deputados. Trata-se de mais um ataque aos direitos dos servidores públicos do Estado de São Paulo. Como disse ontem, a fundamentação de ambos os projetos não tem lógica, até porque na prática não existe mais a aposentadoria integral para os servidores públicos, principalmente no Estado de São Paulo onde os servidores são vítimas de uma política de arrocho e de compressão salarial organizada em cima de gratificação e de bonificação. O servidor do Estado de São Paulo se aposenta quase que com a metade do seu salário porque não há incorporação de gratificação, nem de bonificação. O que a Assembleia Legislativa votou ontem prejudicou os servidores do Estado de São Paulo, e abre uma brecha para que, na primeira crise - e a crise está chegando -, penalize os servidores que já estão hoje no seu regime de Previdência.

Mais uma vez a Assembleia Legislativa votou uma lei inconstitucional. Ainda bem que foi corrigido hoje pelo Supremo Tribunal Federal, como também cometeu um grande erro aprovando o projeto de lei que culminou com a Lei 1.093, que agora o próprio Governo teve que enviar projeto para corrigir a lei.

Apresentamos emendas ao PLC nº 71, para acabar definitivamente com a quarentena e com as falsas avaliações dos professores OFAs e ACTs com uma provinha e o provão. Espero que sejamos agora ouvidos para não reproduzirmos novamente um erro contra dessa vez com os professores da Rede Estadual de Ensino. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Esta Presidência quer saudar o sempre Deputado Evandro Mesquita, que honrou, dignificou este Parlamento e que aqui está presente.

Conversando com o Deputado Edson Ferrarini, ele não está percebendo a nossa saudação. Mas reiteramos a alegria de receber aqui o Deputado Evandro Mesquita. Está presente também o Deputado Helio César Rosas. Um abraço a V. Excelências. (Palmas.)

Tem a palavra o nobre Deputado Samuel Moreira, para encaminhar a votação.

 

O SR. SAMUEL MOREIRA - PSDB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, telespectadores da TV Assembleia, quero cumprimentar aqui inicialmente o Deputado Padre Afonso Lobato, coordenador da Frente Parlamentar do Vale do Paraíba, o Deputado Helio Nishimoto, o Deputado Marco Aurélio, o Deputado André do Prado, o Deputado Luiz Carlos Gondim pela luta que fizeram e por representarem tão bem, com tanta dedicação e com tanta luta a região do Vale do Paraíba.

Quero saudá-los, cumprimentá-los, saudar toda a Casa, cumprimentar também o Governador Geraldo Alckmin que tomou uma iniciativa, no início do seu governo, de criar a Secretaria de Desenvolvimento Metropolitano e a partir daí as iniciativas do projeto de lei que organiza a sociedade em regiões metropolitanas. Reorganizou a Região Metropolitana de São Paulo, criou aglomerado de Jundiaí, sempre com o apoio, a luta e, além do mérito no procedimento adequado nesta Casa, fazendo audiências públicas com a participação das bancadas, dos Deputados e, especialmente, dos Deputados ligados a essas regiões.

Quero cumprimentar muito o Governador Geraldo Alckmin, mas também destacar a luta dos Deputados da região. Quero dizer que isso não tira a responsabilidade dos entres federativos, como Governo Federal, Governo Estadual, municípios de continuarem o seu trabalho. Governar não é só gestão. É criar formulas de organizar melhor a sociedade em aglomerados, em regiões metropolitanas que permitam esse planejamento.

Quero cumprimentar a Casa, o Sr. Presidente, na sua pessoa, por mais este projeto importante. Quero, mais uma vez, destacar aqui a luta do Deputado Padre Afonso, coordenador da Frente Parlamentar, um grande Deputado que luta muito pela Região do Vale do Paraíba, e, igualmente, os Deputados de lá também: Deputado André do Prado, o Deputado Helio Nishimoto, o Deputado Marco Aurélio e o Deputado Luiz Carlos Gondim. Parabéns ao Vale do Paraíba e vamos à votação. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Em votação o PLC 66/11, salvo emenda, subemenda e substitutivo de nº 1.

As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que forem favoráveis queiram conservar-se como se encontram. (Pausa.) Aprovado.

Em votação as Emendas de nº 4, 8, 9, 10, 11 e 16.

As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que forem favoráveis queiram conservar-se como se encontram. (Pausa.) Aprovadas.

Em votação a emenda apresentada no Parecer 1926/11.

As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que forem favoráveis queiram conservar-se como se encontram. (Pausa.) Aprovada.

Em votação as subemendas às Emendas de nº 1, 3, 5, 6, 14 e 19.

As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que forem favoráveis queiram conservar-se como se encontram. (Pausa.) Aprovadas. Prejudicadas as Emendas 1, 3, 5, 6, 14 e 19.

Em votação as Emendas de nº 2, 7, 12, 13, 15, 17, 18, 20 e 21.

As Sras. Deputadas e os Srs. Deputados que forem contrários queiram conservar-se como se encontram. (Pausa.) Rejeitadas as emendas com o voto favorável da Bancada do PT. Prejudicado o substitutivo nº 1.

 

O SR. CELSO GÍGLIO - PSDB - Sr. Presidente, havendo acordo de liderança, peço a suspensão dos trabalhos por 1 hora.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Antes de suspender a sessão, esta Presidência quer também se congratular com toda a Casa, todos os Srs. Líderes e, especialmente, com os Deputados da Frente Parlamentar do Vale do Paraíba e do Litoral Norte.

Parabéns Deputado André do Prado. Parabéns, coordenador da Frente Parlamentar, Deputado Padre Afonso Lobato. Parabéns, Deputado Helio Nishimoto. Parabéns, Deputado Luiz Carlos Gondim. Parabéns, Deputado Marco Aurélio.

Quero fazer aqui justiça a um batalhador dessa causa, Deputado Carlinhos Almeida. Quero fazer justiça também a esse Secretário dinâmico, extraordinário, que é o nosso querido Secretário Edson aparecido, ao Governador Geraldo Alckmin, que está empenhado na questão das regiões metropolitanas, nas regiões urbanas do Estado de São Paulo, e fazer coro ao nosso Líder do PT, que também parabenizou aqui o Luisão.

O Luisão é uma figura que se tornou quase que o 95º deputado, tão presente aqui na Casa, tão respeitador. Ele é de todos nós e tão credor da nossa consideração e da nossa estima.

Mas o importante é que o trabalho de construção legislativa é fantástico. Doze emendas foram aprovadas. Isso mostra realmente a seriedade, a competência dos parlamentares mais diretamente envolvidos e, posso dizer, de toda a Casa.

Fico muito feliz em presidir esta sessão. Parabéns e, se Deus quiser, a Nossa Senhora da Aparecida, cujo santuário fica no Vale do Paraíba, há de abençoar muito e há de cobrir com seu manto azul essa região do Vale do Paraíba e do nosso Litoral Norte. Um grande abraço a todos.

Esta Presidência convoca reunião conjunta das Comissões de Constituição, Justiça e Redação, Administração Pública e Relações do Trabalho, Educação e Cultura e Finanças, Orçamento e Planejamento a realizar-se hoje, às 19 horas e 55 minutos, no Salão Nobre da Presidência, para apreciar os PLCs nº 71 e 72/11.

Após 5 minutos do término de cada congresso, que está sendo convocado, convoca a realização da reunião conjunta das Comissões de Constituição, Justiça e Redação, Administração Pública e Relações do Trabalho, Finanças, Orçamento e Planejamento, hoje, no Salão Nobre da Presidência, para apreciação do PL 1.143/11, do PLC 74/11, do PLC 75/11, do PLC 76/11 e do PLC 77/11.

Convoca reunião conjunta das Comissões de Constituição, Justiça e Redação, Educação e Cultura, Finanças, Orçamento e Planejamento com a finalidade de apreciar o PL nº 1.142/11 e o PL nº 426/11.

Convoca reunião conjunta das Comissões de Constituição, Justiça e Redação e Infraestrutura, para apreciar, no Salão Nobre da Presidência, o PL 1156/11.

Convoca reunião extraordinária da Comissão de Constituição, Justiça e Redação para a redação final dos PL nº 840/11, PL 1.139/11 e do PLC 45/11.

Convoca reunião conjunta, no Salão Nobre da Presidência, das Comissões de Constituição e Justiça, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e Assuntos Metropolitanos e Municipais para apreciar o PL nº 1.055/11.

Convoca reunião conjunta das Comissões de Constituição, Justiça e Redação, Assuntos Metropolitanos e Municipais, Finanças, Orçamento e Planejamento, com a finalidade de apreciar os PLC nº 23/11.

Convoca reunião conjunta das Comissões de Constituição, Justiça e Redação, Finanças, Orçamento e Planejamento, com a finalidade de apreciar o Projeto de Resolução nº 36/11.

Reunião conjunta das Comissões de Segurança Pública e Assuntos Penitenciários e de Finanças, Orçamento e Planejamento com a finalidade de apreciar o PL 463/11.

Reunião extraordinária da Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento com a finalidade de apreciar o PL 459/11.

Reunião extraordinária da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana com a finalidade de apreciar os PLs 710/11 e 927/11.

Tendo em vista a quantidade de projetos em via de serem votados, a ordenação final dos nossos trabalhos e o que ainda precisamos votar, esta Presidência convoca uma reunião do Colégio de Líderes a realizar-se às 20 horas e 05 minutos na Sala da Presidência a fim de discutirmos os próximos passos.

Está suspensa a presente sessão.

 

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- Suspensa às 19 horas e 51 minutos, a sessão é reaberta às 20 horas e 58 minutos, sob a Presidência do Sr. Gilmaci Santos.

 

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O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - PRB - Sras. Deputadas e Srs. Deputados, nos termos do Artigo 18, inciso III, alínea “r”, do Regimento Interno, convoco reunião extraordinária da Comissão de Constituição, Justiça e Redação, a realizar-se hoje, às 21 horas e 05 minutos, com a finalidade de apreciar o PLC 66, de 2011, redação final.

 

O SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - Sr. Presidente, havendo acordo entre as lideranças solicito a suspensão dos trabalhos por 10 minutos.

 

O SR. PRESIDENTE - GILMACI SANTOS - PRB - Havendo acordo de lideranças, a presidência suspende a sessão por 10 minutos.

 

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- Suspensa às 20 horas e 59 minutos, a sessão é reaberta às 21 horas e 12 minutos, sob a Presidência do Sr. Barros Munhoz.

 

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O Sr. Presidente - Barros Munhoz - PSDB - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, nos termos do Art. 100, inciso I, da XIV Consolidação do Regimento Interno, convoco V. Exas. para uma Sessão Extraordinária, a realizar-se hoje, dez minutos após o término da presente sessão, com a finalidade de ser apreciada a seguinte Ordem do Dia:

 

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- NR - A Ordem do Dia para a 54a Sessão Extraordinária foi publicada no D.O. de 15/12/2011.

 

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O SR. SAMUEL MOREIRA - PSDB - Sr. Presidente, havendo acordo entre as lideranças presentes em plenário, solicito o levantamento da presente sessão.

 

O Sr. Presidente - Barros Munhoz - PSDB - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, Srs. Deputados, havendo acordo entre as lideranças presentes em plenário, esta Presidência vai levantar a sessão. Antes, porém, adita à Ordem do Dia da Sessão Ordinária de amanhã o Projeto de lei nº 954/2011, que orça a receita e fixa a despesa do Estado para o exercício de 2012, e o PDL nº 13/2011, que considera regulares e aprova as contas do Sr. Chefe do Poder Executivo relativas ao exercício de 2010.

Esta Presidência, convoca V. Exas. para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental, com o remanescente da Ordem do Dia da sessão de hoje e o aditamento anunciado, lembrando-os ainda da Sessão Extraordinária, a ter início às 21 horas e 27 minutos.

Está levantada a sessão.

 

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- Levanta-se a sessão às 21 horas e 17 minutos.

 

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