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07 DE NOVEMBRO DE 2012

156ª SESSÃO ORDINÁRIA

 

Presidentes: BARROS MUNHOZ, RITA PASSOS e ED THOMAS

 

Secretário: MAURO BRAGATO

 

RESUMO

PEQUENO EXPEDIENTE

001 - Presidente BARROS MUNHOZ

Abre a sessão. Registra a presença de alunos da Escola Estadual Professora Renata Graziano de Oliveira Prado, de São Paulo, a convite do Deputado Enio Tatto. Convida os Deputados Ulysses Tassinari, Enio Tatto, Samuel Moreira, Estevam Galvão e Orlando Morando a acompanharem a entrada do Doutor Sidney Beraldo a este Plenário a fim da realizar-se "Arguição Pública para o Cargo de Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo". Registra a presença do ex-Deputado Estadual Marco Antônio Castello Branco. Dá conhecimento da íntegra do comunicado publicado hoje, no Diário Oficial, que informa a realização do presente ato. Abre as inscrições para que os Deputados pudessem realizar perguntas ao Doutor Sidney Beraldo. Demonstra orgulho por presidir esta sessão. Destaca o currículo do Secretário da Casa Civil do Estado de São Paulo, Sidney Beraldo.

 

002 - SIDNEY BERALDO

Recorda sua trajetória profissional e política. Destaca a importância desta Casa para a população do Estado de São Paulo. Demonstra alegria por ser o escolhido deste Legislativo ao cargo de Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo. Reflete sobre as funções do cargo. Discorre acerca da importância de uma boa administração do dinheiro público. Fala sobre os princípios da Administração Pública. Comenta seu trabalho como Secretário da Casa Civil. Ressalta a modernização do Tribunal de Contas.

 

003 - MAURO BRAGATO

Considera acertada a escolha de Sidney Beraldo ao cargo de Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo.

 

004 - OLÍMPIO GOMES

Destaca o currículo do Deputado Estadual e Secretário da Casa Civil, Sidney Beraldo. Critica redução salarial aplicada pelo Executivo Estadual aos Policiais Militares do Estado de São Paulo. Afirma o apoio do PDT à candidatura do senhor Sidney Beraldo.

 

005 - JOÃO ANTONIO

Afirma que o currículo do Deputado Estadual Sidney Beraldo o credencia ao cargo de Conselheiro do Tribunal de Contas. Comenta as funções do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo. Defende uma maior transparência nos atos do órgão e pede por uma maior uniformização de suas decisões e maior aproximação entre este Legislativo e o Tribunal.

 

006 - Presidente BARROS MUNHOZ

Registra a presença do Sr. José do Carmo Mendes Jr., Secretário Adjunto da Casa Civil; Dr. Poyares, Chefe da Assessoria Técnica do Governo; Dra. Márcia e Dr. Marcelo, do Tribunal de Justiça; Dr. Germano, Chefe de Gabinete; Sra. Dilze Lima, Subsecretária de Gestão Estratégica do Governo de São Paulo; e Sra. Rosmary Corrêa, Subsecretária de Assuntos Parlamentares.

 

007 - ORLANDO MORANDO

Recorda a passagem de Sidney Beraldo como vereador à Câmara de São João da Boa Vista. Destaca a importância da "Lei da Ficha Limpa". Demonstra orgulho por pertencer ao mesmo partido do candidato a Conselheiro do Tribunal de Contas. Elogia a carreira do indicado ao cargo do TCE.

 

008 - ENIO TATTO

Destaca o currículo do Deputado Estadual Sidney Beraldo. Associa-se à fala do Deputado João Antônio quanto ao atual momento do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo. Pede por maior celeridade do órgão em relação as suas decisões. Ressalta a importância do Tribunal.

 

009 - JOSÉ BITTENCOURT

Deseja do Sr. Sidney Beraldo o cumprimento dos princípios da Administração Pública, caso seja indicado ao cargo de Conselheiro do Tribunal de Contas. Pede que o órgão priorize a conciliação em suas decisões.

 

010 - CARLOS BEZERRA JR.

Considera que o currículo do Sr. Sidney Beraldo o credencia ao cargo de Conselheiro do Tribunal de Contas. Pondera a respeito das funções do cargo em debate. Questiona o candidato quanto a medidas a serem adotadas a fim de se obter maior eficácia e eficiência do órgão.

 

011 - VITOR SAPIENZA

Lembra episódio envolvendo o Sr. Sidney Beraldo. Afirma que o currículo do candidato o credencia ao cargo de Conselheiro do Tribunal de Contas. Recorda a carreira de Sidney Beraldo.

 

012 - CARLOS CEZAR

Recorda o início da carreira política do Sr. Sidney Beraldo, em São João da Boa Vista. Fala da vitaliciedade do cargo. Deseja maior proximidade entre o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, este Parlamento e os municípios do Estado. Faz citação bíblica.

 

013 - CARLOS GIANNAZI

Registra voto contrário à escolha de Sidney Beraldo ao cargo de Conselheiro do Tribunal de Contas. Considera que o candidato não se encontra apto ao posto. Critica sua passagem frente à Secretaria de Gestão Pública. Afirma que o Secretário foi o responsável pela aprovação de leis que prejudicaram servidores públicos.

 

014 - RITA PASSOS

Recorda a carreira do Deputado Estadual e Secretário da Casa Civil, Sidney Beraldo. Sugere ao candidato a promoção de palestras junto a prefeituras a fim de orientá-las.

 

015 - ALEX MANENTE

Enaltece a carreira do Sr. Sidney Beraldo. Destaca a importância do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo.

 

016 - ESTEVAM GALVÃO

Destaca as qualidades do Sr. Sidney Beraldo. Considera a indicação ao cargo de Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo resultado de seu trabalho.

 

017 - Presidente BARROS MUNHOZ

Registra a presença dos Srs. Gustavo Ungaro, Presidente da Corregedoria Geral da Administração; e Rubens Cury, Subchefe da Casa Civil.

 

018 - SIDNEY BERALDO

Considera essencial a boa gestão de recursos públicos. Destaca a importância do planejamento, do estabelecimento de metas e de indicadores e da uniformização de decisões a fim de se obter eficácia, eficiência e efetividade das ações. Defende a realização de seminários junto a prefeituras. Destaca o trabalho do Governo em prol do funcionalismo público. Compromete-se com o aperfeiçoamento do órgão de fiscalização. Agradece a sua família e a sua equipe. Enfatiza o carinho e o respeito recebido dos servidores deste Parlamento durante a sua passagem por esta Casa.

 

019 - Presidente BARROS MUNHOZ

Reitera o seu orgulho em presidir esta sessão, para além da questão formal. Ressalta a qualificação profissional e a trajetória política do Secretário Sidney Beraldo. Enaltece o seu passado de homem digno e honrado.

 

020 - SAMUEL MOREIRA

Pede a suspensão dos trabalhos por 20 minutos, por acordo de lideranças.

 

021 - Presidente BARROS MUNHOZ

Defere o pedido e suspende a sessão às 16h37min.

 

022 - RITA PASSOS

Assume a Presidência e reabre a sessão às 17h03min.

 

023 - ANDRÉ DO PRADO

Solicita a suspensão da sessão por 15 minutos, com anuência das lideranças.

 

024 - Presidente RITA PASSOS

Defere o pedido e suspende a sessão às 17h04min.

 

025 - ED THOMAS

Assume a Presidência e reabre a sessão às 17h20m.

 

026 - RITA PASSOS

Pede a suspensão dos trabalhos por 15 minutos, com assentimento das lideranças.

 

027 - Presidente ED THOMAS

Defere o pedido e suspende a sessão às 17h20min.

 

028 - Presidente BARROS MUNHOZ

Assume a Presidência e reabre a sessão às 17h37min.

 

029 - SAMUEL MOREIRA

Requer o levantamento da sessão, com anuência das lideranças.

 

030 - Presidente BARROS MUNHOZ

Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária de 08/11, à hora regimental, com ordem do dia. Levanta a sessão.

 

* * *

 

- Abre a sessão o Sr. Barros Munhoz.

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Com base nos termos da XIV Consolidação do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.

Convido o Sr. Deputado Mauro Bragato para, como 1º Secretário “ad hoc”, proceder à leitura da matéria do Expediente.

 

O SR. 1º SECRETÁRIO - MAURO BRAGATO - PSDB - Procede à leitura da matéria do Expediente, publicada separadamente da sessão.

 

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- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

* * *

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Esta Presidência saúda aos alunos da Escola Estadual Professora Renata Graziano de Oliveira Prado, em São Paulo, que nos dão a honra da sua visita. Sejam bem-vindos a Assembleia Legislativa de São Paulo. (Palmas.)

Esta Presidência aproveita para homenagear as professoras Hiael Cristina dos Santos e Marli Aparecida de Godoy Lima, convidadas do nobre Deputado Enio Tatto.

Srs. Deputados e Sras. Deputadas, esta Presidência tem o dever e a honra de comunicar que já se encontra entre nós o nobre Deputado, Secretário, Prefeito e Vereador Sidney Beraldo, acompanhado das presenças também muito honrosas para esta Casa sua esposa Mila Beraldo, a sua filha Fernanda Rodrigues Beraldo Azarias e o seu genro Felipe Rici Azarias.

Esta Presidência solicita uma Comissão composta pelos Deputados Ulysses Tassinari, Enio Tatto, Samuel Moreira e Estevam Galvão, para acompanhar o Secretário Sidney Beraldo até a esta mesa.

Esta Presidência solicita também que o nobre Deputado Orlando Morando faça parte desta Comissão e também saúda, com muita alegria e satisfação, a presença entre nós do sempre Deputado Marco Antônio Castello Branco. Receba a homenagem da Assembleia Legislativa, nobre Deputado Marco Antônio Castello Branco. (Palmas.)

Esta Presidência agradece aos nobres Deputados que compuseram a Comissão que introduziu no plenário o Senhor Secretário Sidney Beraldo.

Srs. Deputados e Sras. Deputadas, conforme já comunicado pelo Diário Oficial, nesta sessão será arguido o Sr. Secretário Sidney Beraldo, indicado pelos Senhores Deputados para ocupar o cargo de Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, em vaga decorrente da aposentadoria do Conselheiro Cláudio Ferraz Alvarenga. Nos termos previstos no inciso XI, do Art. 20º da Constituição do Estado, que atribui competência exclusiva à Assembleia Legislativa para escolher dois terços dos membros do Tribunal de Contas do Estado após arguição em sessão pública.

Assim como procedeu com as indicações anteriores, a Mesa consubstanciou o apoio da maioria absoluta dos Senhores Parlamentares no Projeto de Decreto Legislativo nº 8, de 2012, que sofrerá discussão e votação em plenário após prévia arguição pública do indicado.

Esta arguição, como de praxe, nortear-se-à por analogia naquilo que couber pelas regras regimentais de comparecimento de Secretários de Estado, disciplinadas no Título IX do Regimento Interno.

Por acordo do Colégio de Líderes e por analogia dos dispositivos regimentais, finda a exposição do Sr. Secretário Sidney Beraldo pelo prazo de até vinte minutos, poderão serem formuladas perguntas pelas Sras. Deputadas e pelos Srs. Deputados, assegurando o tempo de até cinco minutos para cada parlamentar, sendo que o Sr. Secretário Sidney Beraldo responderá a todos os questionamentos formulados ao final de todas as manifestações pelo prazo também de até vinte minutos.

O Presidente abre desde já a folha de inscrição às Sras. Deputadas e aos Srs. Deputados para arguir o indicado. Salienta aos parlamentares que as inscrições se encerrarão dez minutos após o término da exposição feita pelo Sr. Secretário Sidney Beraldo.

Repito: enquanto o Sr. Secretário Sidney Beraldo estiver expondo, é possível aos Senhores Parlamentares se inscreverem, mas dez minutos após o término da exposição a lista de inscrições será encerrada.

Esta Presidência, antes de passar a palavra ao Secretário Sidney Beraldo, faz questão de dizer que se orgulha muito de estar presidindo a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo nesta sessão.

Meu caro Secretário Sidney Beraldo, tomo a liberdade de dizer que me sinto emocionado. Eu, que acompanhei a sua carreira desde vereador na querida São João da Boa Vista; como brilhante Prefeito de São João da Boa Vista; como brilhante Deputado Estadual nesta Casa por quatro mandatos; tendo sido líder do seu partido; tendo sido líder do Governo; e tendo sido um brilhante Presidente do Parlamento Paulista, é realmente motivo de muita honra para este seu, quase, conterrâneo da Baixa e da Média Mogiana poder presidir esta sessão.

Tem V. Exa. a palavra pelo prazo que julgar conveniente, respeitando o limite máximo de 20 minutos.

 

O SR. SIDNEY BERALDO - Excelentíssimo Sr. Deputado Barros Munhoz, Digníssimo Presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo; Excelentíssimas Sras. Deputadas, Excelentíssimos Srs. Deputados; autoridades presentes, Senhoras e Senhores, caros colegas Deputados, se me permitem chamá-los assim, pois meu sentimento, ao adentrar esta Casa de leis, é que estou entre os meus pares.

Quero, antes de tudo, registrar meu mais sincero e profundo agradecimento aos representantes do povo paulista, pela honra da indicação do meu nome ao cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, em vaga reservada à Assembleia Legislativa. Retornar a esta Casa, onde passei a maior parte da minha trajetória política, é motivo de grande emoção. Esta Casa que tem sido um posto avançado na luta pelas liberdades democráticas, na defesa do pleno exercício da cidadania, na consolidação do estado democrático de direito. Orgulho-me de poder afirmar que desta virtuosa história participei ativamente.

Em minha vida pública, iniciada ainda na década de 70, tive o privilégio de ser eleito vereador e prefeito da minha cidade natal, a querida São João da Boa Vista. A partir de 1994, fui eleito deputado estadual por quatro mandatos consecutivos. Entre 2007 e 2010, fui Secretário de Gestão Pública, nomeado pelo Governador José Serra. Desde 1º de janeiro de 2011, ocupo o cargo de Secretário-Chefe da Casa Civil, nomeado pelo Governador Geraldo Alckmin. Ao longo período de quatro legislaturas, tive a honra de ser Líder do Governo Mário Covas, Líder da Bancada do PSDB, 1º vice-Presidente e Presidente desta Casa, numa das fases mais frutíferas e gratificantes que pude experimentar em minha carreira.

Digo isso porque desde jovem, ainda estudante universitário, acreditei na democracia como um instrumento fundamental para se construir uma sociedade justa e igualitária, em que todos tenham as mesmas oportunidades para exercer plenamente sua cidadania e viver com dignidade junto a suas famílias.

E o que é o Parlamento, se não a expressão mais completa da democracia? É aqui que a sociedade está representada pelos seus deputados. É aqui que se travam os debates das ideias; é aqui que se fazem e se votam as leis que vão influir na vida das pessoas. Por acreditar no diálogo, sempre me senti à vontade nesta Assembleia, que me ensinou a respeitar as diferenças, a ser tolerante, a acreditar que é possível construir um caminho de convergência, quando o verdadeiro final é o objetivo, o bem estar da população.

Nesta Casa aprendi o poder da transformação da palavra, e acima de tudo o exercício da democracia pela maioria dos votos, mas com respeito absoluto ao direito de divergência da minoria. Aliás, com muita alegria registro que em 2003, por deliberação unânime de meus pares, fui eleito para a Presidência desta Assembleia. Regressar ao maior Parlamento Estadual das Américas como o indicado a uma vaga de membro conselheiro do Tribunal de Contas é ao mesmo tempo motivo de muita honra e também de muita responsabilidade. Entendo a indicação como um gesto verdadeiramente generoso desta Casa.

Quero deixar consignada minha gratidão ao Excelentíssimo Sr. Presidente desta augusta Assembleia, Deputado Barros Munhoz, e aos demais membros da Mesa Efetiva, Rui Falcão e Deputado Aldo Demarchi, 1º e 2º Secretários que permitiram, ao subscrever o Projeto de Decreto Legislativo, participar deste processo democrático de escolha do representante do Poder Legislativo para assumir cadeira ora vaga na Corte de Contas. Agradeço também ao Líder do Governo, Deputado Samuel Moreira, e a todos os demais líderes pela forma republicana na condução desse processo.

Srs. Deputados, Sras. Deputadas, de minha formação acadêmica em administração de empresas, com pós-graduação em gestão empresarial, e do exercício de cargos e mandatos públicos ao longo de mais de 35 anos de carreira política é que extraio fundamento e convicção para, com humildade, dizer que me sinto preparado para corresponder às responsabilidades envolvidas na indicação para o honroso cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, caso a soberania deste egrégio Plenário assim decida.

Sempre acreditei que a tarefa de construir uma sociedade mais justa, onde haja inclusão social, desenvolvimento sustentável, requer o manejo da boa gestão pública. Desde o tempo em que fui prefeito de São João da Boa Vista, quando gestão pública ainda não era expressão da moda, já aplicava, ainda que intuitivamente, o conceito de planejamento com fixação de metas e indicadores na busca de bons resultados.

Tenho comigo que não há nada mais intolerável e condenável do que desperdiçar e aplicar incorretamente o dinheiro público. Nós, agentes públicos, carregamos conosco a obrigação de zelar para que cada centavo arrecadado tenha a destinação certa em benefício da população. Uma das minhas grandes crenças, por que não dizer uma das minhas grandes obsessões, é de trabalhar pela aplicação dos recursos públicos com eficiência, eficácia e efetividade, isto é, garantir que os recursos públicos sejam muito bem aplicados vale dizer eficiência para que o atingimento dos melhores resultados, noutras palavras, eficácia, em benefício do cidadão, ou seja, efetividade.

Nessa tarefa, o Poder Legislativo desempenha um dos papéis mais destacados: é que além da principal e superior função de representação política, porque nela se assenta o princípio democrático do poder que emana do povo, é ao Parlamento que cabe principalmente dispor sobre a aplicação de recursos públicos por meio do Plano Plurianual, da Lei de Diretrizes Orçamentárias e da Lei Orçamentária Anual. Já no plano da execução das leis, a atividade de controle externo no âmbito da fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da administração é também exercida pelo Legislativo com o auxílio do Tribunal de Contas.

Desde a sua criação, os Tribunais de Contas visam fundamentalmente o controle do uso do dinheiro público. E se o dinheiro é público, impõe-se que ele reverta sempre em benefício da população. Bem por isso, a Constituição da República preconiza o dever de prestar contas a quem utilizar, guardar, arrecadar, gerenciar ou administrar bens ou valores públicos, seja o responsável pessoa física ou jurídica, privada ou pública, do Executivo ou do Legislativo ou do Judiciário ou do Ministério Público e da Defensoria Pública, tudo a conformar a concepção de independência, mas também de equilíbrio entre os poderes, expressa no arranjo de pesos e contrapesos das competências condicionais, de modo que as atribuições de um poder possam ser controladas pelos demais, como apregoado por Montesquieu.

Nessa perspectiva, na qualidade de instituições essenciais ao exercício da função de controle dos gastos públicos, os Tribunais de Contas revelam-se imprescindíveis ao Estado Democrático de Direito e a preservação do interesse público. O interesse público está relacionado com a realização dos fins do Estado que se vinculam a observância dos direitos e garantias fundamentais da pessoa, de sua dignidade, da construção de uma sociedade livre, justa e solidária, da erradicação da pobreza e da marginalização bem como da redução das desigualdades sociais. Quando se fala em supremacia do interesse público, pressupõem-se que a sua realização abrigue a própria defesa da dignidade humana, pois esta passa pelo direito à vida, à liberdade, à saúde, à educação, à moradia, à alimentação, ao transporte e previdência social. Enfim, necessidades que ao Estado cabe garantir ou prover mediante a aplicação dos recursos públicos cujo controle é a principal atribuição do Tribunal de Contas.

Cabe assim, ao Tribunal de Contas apreciar se o gestor público aplicou corretamente os recursos públicos em sintonia com os princípios da legalidade, legitimidade, economicidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, razoabilidade, finalidade, motivação e eficiência.

O Estado moderno deve ser eficiente na aplicação de serviços aos cidadãos e executar as políticas públicas com probidade e transparência, para tanto se mostra cada vez mais importantes as funções de fiscalização e controle dos gastos públicos exercida com técnicas e ferramentas modernas não só para evitar o desperdício do dinheiro público, mas, principalmente para orientar a sua correta aplicação.

Debruçando-me sobre o planejamento estratégico do Tribunal de Contas do nosso Estado, constatei ali que está consignada a missão desse órgão: fiscalizar e orientar para o bom e transparente uso dos recursos públicos em benefício da sociedade. Trata-se de uma síntese perfeita das atribuições desta Corte, cujo papel na construção de uma sociedade próspera e, sobretudo justa, é das mais relevantes.

Nota-se que a missão do Tribunal de Contas não se esgota na essencial atividade fiscalizadora, orientar, ensinar como fazer é uma das tarefas primordiais da boa gestão pública, até porque permite distinguir entre um lado, incorreções de natureza formal, e de outro, práticas deliberadas de malversação de recursos públicos. O Tribunal atua e deve atuar de forma preventiva, emitindo alertas e recomendações aos gestores públicos para que tomem as medidas pertinentes quando constatado o risco de infringência à legislação, como nos casos da limitação de empenho, da despesa de pessoal, da dívida consolidada na execução orçamentária. Penso que essa atuação deve ser sobremaneira valorizada também pela sua função pedagógica perante aos gestores públicos.

Nessa linha, verifico que o Tribunal de Contas do Estado já desenvolveu e implantou o sistema Audesp - Auditoria Eletrônica de Órgãos Públicos - e dentre suas funcionalidades, encontram-se alertas às Prefeituras e às Câmaras Municipais. É fora de dúvida ser indispensável para a efetividade do controle externo, que exista muita colaboração e trabalho conjunto entre o Tribunal de Contas, a Assembleia Legislativa e as demais 644 Casas Legislativas dos municípios paulistas.

Permito-me registrar, neste ponto, que tive a oportunidade quando Secretário de Gestão Pública de contribuir para que fosse celebrada uma parceira entre o Tribunal de Conta e a Fundap para a capacitação dos servidores municipais que atuam nas áreas de planejamento, contabilidade e orçamento para a utilização do sistema Audesp.

Intitulada como PGG - Programa de Gestão Governamental -, a iniciativa revelou-se um grande sucesso. Também gostaria de chamar a atenção para o espírito de modernização do Tribunal que pode ser observado com a adoção do seu plano estratégico de tecnologia da informação com metas muito bem definidas até 2015.

Isso demonstra o compromisso da Corte com o controle interno, com a transparência das informações e com a agilidade dos processos, aliás, como Chefe da Casa Civil, tenho atuado intensamente nas áreas de transparência e controle interno. Nada mais efetivo para zelar a eficiência e a eficácia na aplicação dos recursos públicos do que garantir o acesso a sociedade às informações. Nesse sentido tive a oportunidade de contribuir para a regulamentação da Lei de Acesso à Informação, a implantação do Portal de Transparência, a constituição do Conselho de Transparência, a criação do Cadastro Estadual das Entidades e a instituição de um Sistema Estadual de Controladoria. Todas essas medidas vão ao encontro da melhoria da qualidade do gasto público.

Ainda a propósito desse tema, no sítio eletrônico do Tribunal de Contas, verifico a existência do Portal do Cidadão por meio do qual se pode ter acesso às contas dos municípios paulistas incluindo a Administração indireta, propiciando aos interessados conhecimento detalhado e analítico dos correspondentes gastos públicos. Trata-se de um instrumento objetivo para o acompanhamento e avaliação do desempenho das Administrações públicas pelos seus administrados.

Um assunto que também gostaria de enfocar é a questão da imprevisibilidade das decisões dos julgadores singulares, quando se contata que em casos semelhantes há decisões díspares. Evidentemente tal situação cria insegurança jurídica para o gestor público, o que torna imprescindível a unificação jurisprudencial pelo órgão colegiado pleno. E esta Casa de Leis, ao aprovar o Projeto de lei Complementar que resultou na Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado, a Lei Complementar nº 709, de 14 de janeiro de 1993, não descuidou da matéria e disciplinou em capítulo específico a uniformização de jurisprudência no seu Art. 78 a 80. Assim, qualquer conselheiro antes de proferir o seu voto na Câmara, poderá solicitar o pronunciamento prévio do Tribunal de Contas acerca da interpretação do direito quando no julgamento recorrido a interpretação for diversa da que haja dado a outra Câmara. A parte interessada poderá igualmente em petição apartada oferecida no prazo de recurso, requerer que o julgamento se faça na observância na jurisprudência predominante, juntando desde logo a certidão do acórdão divergente ou indicando o repertório oficial de jurisprudência de Tribunal de Contas onde define que se encontre publicado. Constato que várias questões envolvendo interpretação de direito foram objetos de pronunciamento do Tribunal, com vistas a uniformizar as matérias divergentes do que já resultou na edição de 30 súmulas.

Enfim, o Tribunal de Contas está em constante processo de modernização para bem desempenhar o seu papel crucial no desenvolvimento do Estado de São Paulo, ou seja, o de guardião da correta aplicação dos recursos públicos.

Como indicado por esta Assembleia, caso a soberania deste egrégio Plenário venha a confirmar minha indicação, gostaria de registrar, desde já, o meu compromisso de sempre manter as portas abertas para a integração e colaboração desta Casa de Leis com o Tribunal de Contas, em busca da concretização do interesse público.

Quero também reafirmar o compromisso de cumprir a Constituição da República e a Constituição paulista, e observar as leis com responsabilidade, dedicação, probidade e transparência.

Gostaria de cumprimentar esta Assembleia pelas duas últimas indicações. Refiro-me aos hoje Conselheiros Cristiana de Castro Moraes e Dimas Eduardo Ramalho, cuja reconhecida competência, qualificada biografia e ilibada reputação os levaram, merecidamente, à Corte de Contas.

Nesta mesma trilha, não poderia encerrar sem o registro de minha imensa admiração e profundo respeito pelo Conselheiro Cláudio Ferraz de Alvarenga, por seus relevantes serviços prestados em defesa do interesse público, nas elevadas funções que exerceu.

Ao meu colega Jorge Caruso, o meu respeito e consideração, e cujo nome também desfruta de grande apoio entre os seus pares.

Srs. Deputados, Sras. Deputadas, quero novamente externar minha gratidão a cada um dos senhores, a quem ofereço nada mais do que meu passado de trabalho, as minhas convicções presentes, para seguir em frente, abraçando os novos desafios que a vida me reserva no futuro.

Muito obrigado pela atenção, e coloco-me regimentalmente à disposição de V.Exas., para as indagações. Muito obrigado. (Palmas)

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Esta Presidência lembra, então, que nos próximos 10 minutos a lista permanecerá à disposição de todos os que desejarem se inscrever, e começa a arguição, pela primeira inscrição, que é do nobre Deputado Mauro Bragato.

 

O SR. MAURO BRAGATO - PSDB - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, Sr. Sidney Beraldo, Secretário de Estado, colega Deputado estadual, eu não poderia deixar de, nesta tarde, expressar a minha satisfação de ter entre nós uma pessoa que pude conhecer há muitos anos, uma pessoa que tem um passado bastante transparente, uma pessoa efetivamente preparada para ocupar uma vaga no Tribunal de Contas do Estado de São Paulo.

Portanto, venho aqui dizer aos colegas da minha satisfação, porque acima de tudo temos que destacar, além do preparo intelectual, da experiência administrativa acumulada nesses anos todos de vida pública do nosso Deputado Sidney Beraldo, a sua personalidade, e tenho certeza que vai conseguir implementar esse tipo de prática no Tribunal de Contas do Estado: o equilíbrio.

Precisamos ter nas esferas de julgamento da República pessoas com equilíbrio, que saibam discernir o certo do errado, que evite acima de tudo a politização que estamos vendo nas esferas diferentes do Judiciário da República.

Precisamos, acima de tudo, tê-lo no Tribunal de Contas do Estado, porque nós o conhecemos bem e sabemos muito bem que vai saber trabalhar na avaliação daquilo que tem que ser feito. Vai trabalhar com equilíbrio, que é fundamental nos dias de hoje.

O que gostaria de transmitir aos colegas Deputados é a minha satisfação e, acima de tudo, Secretário Sidney Beraldo, a confiança que, indicado pela Casa para ocupar uma vaga no Tribunal de Contas do Estado, vai ter equilíbrio, competência e preparo para nos representar muito bem.

Parabéns pela indicação. Quero dizer mais uma vez: equilíbrio é que nós precisamos ter naquelas pessoas que vão, efetivamente, ocupar cargos como o senhor seguramente ocupará no Tribunal de Contas do Estado de São Paulo.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Tem a palavra o segundo inscrito, nobre Deputado Olímpio Gomes.

 

O SR. OLÍMPIO GOMES - PDT - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, funcionários desta Casa, Secretário Sidney Beraldo e toda a sua comitiva, muito rapidamente venho a esta tribuna para primeiramente desejar toda a sorte a V.Exa. no exercício da nova missão.

Não há que se falar em experiência na área pública, de alguém que foi parlamentar desta Casa, Secretário, ocupou, e ocupa no Governo postos de relevância, tampouco descer a detalhes técnicos em relação ao conteúdo e à esfera de atribuições do Tribunal de Contas do Estado.

Gostaria de aproveitar o momento, enquanto V.Exa. ainda é Secretário, para transmitir a minha preocupação com o que está acontecendo em relação à diminuição do salário dos policiais militares: 85 mil militares estão recebendo hoje salários por uma ação do Governo do Estado, e a partir de hoje também, publicado como Portaria do Comando Geral, acabando com o pagamento de horas-aulas para os sargentos e oficiais, e fazendo a revisão administrativa, 10 anos para trás, das incorporações, fazendo que diminua também o salário de mais 12 mil policiais militares, neste momento crítico.

Sei que V.Exa. agora, a partir do momento da votação desta Casa, deixa o Governo, mas que possa levar a mensagem da preocupação. Hoje o policial militar no Estado de São Paulo tem dois inimigos: o Governo e o PCC. O PCC mata na hora, e o Governo aos poucos. Muito triste. Ontem 85 mil PMS, hoje mais 12 mil sargentos e oficiais. Portaria publicada hoje.

Quero dizer também a V.Exa. que não se carece de falar em recomendação, que V.Exa. teve. Apenas lhe encareceria: pessoas que notadamente têm extremo apreço por V.Exa., como o Deputado Campos Machado, que até na sua experiência recomendou que não nos estendêssemos a questões que fugissem do Tribunal de Contas. Em respeito, assim vamos nos pautar, Deputado Campos Machado, que é uma grande referência para todos nós nesta Casa.

Eu dizia que V. Exa. foi extremamente bem recomendado por pessoas que são muito importantes no seu posicionamento, para que eu pudesse ter o meu posicionamento pessoal. E digo: vou votar, com a consciência tranquila, para que V. Exa. seja um conselheiro no Tribunal de Contas.

Já tivemos oportunidade de nos encontrar, e isso não aconteceu em relação a mim. Também não vejo porque, já que estou fazendo a minha obrigação como parlamentar. O Deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, Presidente Estadual do meu partido, até encareceu que trabalhássemos a união do partido para que houvesse uma indicação dos três parlamentares do partido. Assim o fizemos: o Secretário Carlos Ortiz; o Secretário Ferreira Pinto; e o Comandante-Geral da Polícia Militar, Coronel Roberval. Também quero dizer que V. Exa. teve, na figura do Líder do Governo, Deputado Samuel Moreira, um interlocutor ponderado, que soube conduzir as bancadas para que chegássemos nesse cenário, para que a indicação e a futura votação de V. Exa. fosse uma coisa de maioria nesta Casa.

Encareço a V. Exa. que, tendo a oportunidade - repito, não careço e não careci do seu agradecimento. Mas essas pessoas carecem, sim, do agradecimento porque tiveram um posicionamento decisivo em relação à minha postura.

 

            O Sr. Presidente - Barros Munhoz - PSDB - Tem a palavra o nobre Deputado João Antonio.

 

O SR. JOÃO ANTONIO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, nobres Srs. Deputados, Secretário Sidney Beraldo, público que nos acompanha nesta tarde, em primeiro lugar, quero registrar que o currículo do Secretário o credencia para a função: foi vereador, prefeito, deputado estadual nesta Casa, querido por todos; foi secretário de Estado; um vasto currículo, além da sua formação original como administrador.

A Bancada do Partido dos Trabalhadores tem um posicionamento muito claro a respeito do Tribunal de Contas e da sua função. Para nós, da Bancada do PT, a democracia é um fim, e fortalecer o estado democrático de direito pressupõe fortalecer as diversas instituições que contribuem para a transparência do poder público. Para nós, da Bancada do PT, em que pesem as controvérsias jurídicas, não temos dúvida de que o Tribunal de Contas, previsto na nossa Constituição, é um órgão auxiliar do Poder Legislativo: em todos os estados federativos, na União e nos dois tribunais que existem neste País, na Cidade do Rio de Janeiro e na Cidade de São Paulo.

Entendemos que esse órgão é fundamental para que possamos exercer com eficiência o controle externo do poder público, principalmente do Poder Executivo. Sem esse instrumento, talvez tivéssemos maiores dificuldades para exercer a nossa função.

Num momento solene como este, é importante que aquele que será o futuro conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo se posicione, já que esse órgão dá o instrumental para que fiscalizemos com eficiência e eficácia o Poder Executivo.

Sr. Secretário, ainda não conseguimos enxergar no Tribunal de Contas - por razões burocráticas, talvez, não por má-fé - uma transparência dos atos. Para se ter acesso aos autos de um contrato sobre investigação, os deputados sabem das dificuldades que temos. Para a transparência dos atos desse poder, é fundamental que V. Exa. teça considerações a respeito dessa questão.

A segunda questão fundamental para nós é a uniformização das decisões daquele tribunal. Existem assuntos semelhantes que chegam ao Tribunal de Contas, dizendo respeito à mesma matéria. Caem em câmaras - se é assim que posso denominar - diferentes. Você tem um parecer pela aprovação e você tem, do outro lado, sobre a mesma matéria, parecer divergente, muitas vezes, gerando consequências até para a carreira política de determinados políticos, prefeitos, governador, por conta dessa falta de uniformização nas decisões do Tribunal.

Outra questão que julgamos importante para que V. Exa. se posicione é a respeito da relação entre o Tribunal de Contas e o Poder Legislativo neste Estado. Infelizmente, Secretário, as nossas relações não são facilitadas. Temos que encurtar a distância entre o Tribunal de Contas e os deputados desta Casa. O Tribunal de Contas é um órgão que emite pareceres e, sobre as suas análises, nós, deputados, temos responsabilidades para fazer o controle externo do Executivo. Vossa Excelência sabe muito bem, porque já foi deputado nesta Casa, que precisamos encurtar essa distância entre o Legislativo e o Tribunal de Contas. E temos que criar instrumentos para isso. Se não o fizermos, vamos continuar com essa dificuldade.

Inclusive, vejo na indicação de V. Exa., até por conhecer as dificuldades desta Casa, um sinal para que possamos progredir nesta relação entre os tribunais.

Nós, da bancada do Partido dos Trabalhadores, temos críticas a fazer a respeito do processo que ora estamos finalizando, com a indicação, pelo Sr. Governador do Estado, do Secretário Sidney Beraldo. Temos observações e críticas a fazer porque achamos que a Casa foi atropelada neste processo, o que não diminui em nada o currículo e a competência do nosso candidato a conselheiro. Mas faremos isso na hora certa, no debate da próxima terça-feira.

São essas as questões que gostaria que V. Exa. se posicionasse. O Tribunal de Contas, como órgão auxiliar desta Casa, tem um papel muito importante a cumprir. E nós, Deputados, precisamos dos estudos, dos pareceres do Tribunal para que possamos exercer com muito mais eficiência o nosso trabalho de controle externo do Executivo. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Esta Presidência agradece as honrosas presenças do Dr. Mendes Júnior, Secretário Adjunto da Casa Civil; do Dr. Poyares, Chefe da Assessoria Técnica do Governo; Dra. Márcia Machado e Dr. Marcelo, da TJ; Dr. Germano, Chefe de Gabinete; Dra. Dilze Lima, Subsecretária de Gestão; nossa querida e sempre colega e Deputada, Delegada Rose. É uma equipe extraordinária que é comandada pelo Secretário da Casa Civil, Sidney Beraldo.

Tem a palavra o nobre Deputado Orlando Morando.

 

O SR. ORLANDO MORANDO - PSDB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Deputado Barros Munhoz, Sras. Deputadas e Srs. Deputados que prestigiam a arguição do nosso amigo Sidney Beraldo; Líder do Governo, Samuel Moreira; o Líder da nossa bancada, Deputado Bezerra; saúdo a equipe do Secretário Sidney Beraldo e a todos os líderes que aqui se encontram, inclusive a equipe da Assembleia Legislativa. Tenho a certeza de que, mesmo com posições divergentes, ideologicamente e partidariamente, ninguém pode, nesta tarde, discutir as qualidades, a experiência e a vivência do Deputado Sidney Beraldo.

O Deputado Barros Munhoz fez uma leitura rápida da sua biografia, que foi totalmente complementada e muito bem dita pelo próprio Secretário, Sidney Beraldo. Ninguém duvida da soberania da Assembleia, e o que esta Casa cumpre nesta tarde é o seu papel de soberania, a sua independência em fazer arguição, e ter a certeza de que estaremos indicando, para o maior Tribunal de Contas do País, uma pessoa que dispõe de preparo e experiência. Tribunal de Contas é um órgão político, mas com uma visão técnica.

Sidney Beraldo, fiquei um pouco assustado com a sua experiência de vereador. Quando você foi vereador, na década de 70, eu estava nascendo. Nasci em 74 e estou com 38 anos. Você já margeia 40 anos de vida pública. Tivemos nesta Casa a honra de aprovar a Lei da Ficha Limpa para o Estado de São Paulo, e é um grande orgulho poder fazer arguição a um homem com 40 anos de vida pública. Você chega aqui sem nenhum arranhão na sua biografia.

Infelizmente, esta eleição foi um divisor de águas, fundamental para que pudéssemos começar a manifestar um novo momento da política brasileira, mesmo que, partidariamente, sejamos contrariados. Mas, no íntimo de fazer justiça à sociedade e de purificar o ambiente político - visto pela sociedade como ambiente contaminado -, a Lei da Ficha Limpa é uma realidade que veio para ficar para os detentores de mandato e àqueles que estarão nos cargos públicos.

Eu me orgulho de pertencer ao seu partido e de ter podido conviver com V. Exa. nesta Casa como Deputado, e como Presidente, quando eu chegava à Assembleia Legislativa. Convivi com você na Secretaria de Gestão, que tem hoje conexão direta com esta Casa. Dentre as suas qualidades, admiro uma que é fundamental: tratar as pessoas com a mesma hombridade, honestidade e lealdade. Você diz sim ou não a um pedido de forma gentil. A vida moderna requer coragem, a capacidade de dizer que tal pleito não será atendido. A sociedade não suporta mais ser enrolado, receber tapinhas nas costas e o caso ficar sem solução.

Você sempre pautou a sua vida pela hombridade, honestidade e transparência, o que nos deixa fortemente convictos de que é uma grande escolha para o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo. Adquiriu nesses 40 anos a fineza, o bom trato e, principalmente, a capacidade técnica invejável. É coisa que poucos políticos podem gozar.

Venho a esta tribuna não apenas para destacar as suas qualidades - pois elas já estão escritas na sua história e na sua biografia -, mas para dar o meu testemunho de ser V. Exa. um grande homem público nesses últimos 10 anos que convivo com você, tanto no Parlamento quanto nas Secretarias que ocupou. Tudo isso me deixa muito à vontade, mesmo que V. Exa. diga não aos deputados. Todos aqui têm a capacidade de discernimento, de escolha e de compromisso com o seu eleitor.

Quero dizer ao povo de São Paulo que a indicação de Sidney Beraldo para o Tribunal de Contas é uma das decisões mais acertadas que a Assembleia Legislativa de São Paulo vai tomar. O PDL já está pautado para que esta Casa delibere. Estaremos ao seu lado, convictos de que são pessoas de ficha limpa os indicados para o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo. Que Deus continue te abençoando. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Tem a palavra o nobre Deputado Enio Tatto.

 

O SR. ENIO TATTO - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, nobre Deputado Barros Munhoz, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, secretários que hoje nos visitam, convidados do Exmo. Sr. Secretário, e também sempre Deputado Sidney Beraldo, telespectadores da TV Assembleia, tive o privilégio de conviver com o Secretário Beraldo, que tem a sua indicação para o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, por alguns anos nesta Casa. Primeiro, ressalto o seu currículo como vereador, prefeito, Deputado Estadual por diversos mandatos, Presidente da Assembleia Legislativa, Secretário de Gestão e, hoje, Secretário da Casa Civil. Cumprimento-o por todo seu currículo, transparente, limpa e correta. Penso que V. Exa. está preparado para assumir, caso indicado pela Assembleia, a este cargo no Tribunal de Contas do Estado de São Paulo.

Eu acompanhei a sua trajetória como Presidente da Casa, como Líder do Governo, confesso que todas as vezes que a Bancada do PT, este deputado precisou do senhor para algumas informações, para dialogar, sempre se comportou de forma correta e transparente. Todas as vezes que pedimos audiência na Casa Civil ou na Secretaria de Gestão, imediatamente fomos recebidos. Todas as vezes que ligamos para o senhor sempre atendeu ou nos retornou imediatamente.

Não tenho dúvida que o seu currículo, o seu histórico de vida o credencia para ocupar essa vaga no Tribunal de Constas do Estado de São Paulo. Mas só quero fazer algumas ressalvas a respeito não do senhor, mas do Tribunal de Contas.

O senhor foi recebido ontem na Bancada do Partido dos Trabalhadores e fizemos um grande debate lá da bancada. O Tribunal de Contas hoje - e me associando ao nobre Deputado João Antonio - realmente acho que não vive um momento bom. Os últimos tempos do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo não é um momento que nos orgulha. A forma como tem trabalhado, esteve nas notícias ruins de jornais, revistas e televisão. É muito ruim a um órgão da importância do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo.

Espero que o senhor seja indicado para fazer parte do conselheiro para que possa dar mais transparência, contribuir para que o Tribunal de Contas seja um órgão mais contundente, mais rápido nas análises daquilo que o compete, cuide de todos os municípios do Estado de São Paulo e do Estado de São Paulo.

Gostaria que o senhor contribuísse junto com os conselheiros já indicados, novos, com os últimos dois que permanecem lá, para que tivessem uma relação melhor com a Assembleia Legislativa. Ontem, a bancada se colocou à disposição para interagirmos, para fazermos seminários, encontros para trabalhar de forma mais concatenada.

Gostaria, por exemplo, Secretário Beraldo, que o julgamento dos contratos julgados irregulares no Tribunal de Contas do Estado de São Paulo não demorasse tanto tempo para chegar até a Assembleia Legislativa quando se transforma em PDL. Temos exemplos, aqui, que demoram dois, três, quatro anos e quando chegam na Assembleia Legislativa, na Comissão de Finanças, Orçamento e Fiscalização, já virou fato consumado e nada pode-se fazer. Acho que o senhor pode ajudar, pode contribuir para dar celeridade no Tribunal de Contas.

O Tribunal de Contas ganhou um peso muito maior depois da aprovação da Lei da Ficha Limpa. É uma responsabilidade enorme que o Tribunal de Contas seja simplesmente um órgão não punitivo, mas que contribua para que possa assessorar todos aqueles que tenham problema no Tribunal de Contas a fim de ajudar a resolver o problema não no sentido de privilegiar, mas, sim, no sentido de corrigir determinadas distorções.

Sabemos muito bem que a simples formalidade hoje pode atrapalhar a vida política de um prefeito, de um deputado ou de qualquer cidadão possa ter um cargo público. Então, que esse Tribunal de Contas tenha competência, tranqüilidade, mas que tenha essa preocupação muito maior agora para desempenhar esse trabalho de forma tranqüila e que atenda os interesses de toda sociedade do Estado de São Paulo.

Estas as ressalvas porque aquilo que entendemos que está acontecendo hoje no Tribunal de Contas realmente não está de acordo com as necessidades do maior Estado da Federação, do maior orçamento da Federação.

Desejamos, caso seja indicado aqui, na Assembleia Legislativa, para o Tribunal de Contas, sorte, sucesso, que faça um bom trabalho e que possa realmente aperfeiçoar a conduta do Tribunal de Constas do Estado de São Paulo.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Tem a palavra o nobre Deputado José Bittencourt.

 

O SR. JOSÉ BITTENCOURT - PSD - Sr. Presidente, ilustre Secretário Sidney Beraldo, convidados aqui presentes, caros deputados e todos de modo geral os cumprimentamos neste instante.

A nossa fala é no sentido de em nosso nome e, também, em nome do PSD - a Deputada Rita Passos daqui a pouco, também, falará, o Deputado Milton Vieira certamente - desejar ao ilustre Secretário Beraldo o cumprimento de uma missão com êxito, sucesso e, acima de tudo, com o cumprimento dos princípios que regem a administração pública, que V. Exa., pelo seu currículo, pela sua história de vida conhece e, há pouco, no seu discurso pautou todos eles.

A legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, eficiência, transparência, razoabilidade são princípios que regem a administração pública e que constituem em vetores para ações de V. Exa., hoje mesmo, à frente da Casa Civil.

O nosso desejo é que V. Exa. tenha uma atuação exitosa que contribua para o aperfeiçoamento dessa instituição Tribunal de Contas do nosso Estado.

Ouvi os meus colegas falando, especialmente o Deputado Enio Tatto, em uma de suas colocações, que o Tribunal de Contas não tenha dentro do quadro dos seus conselheiros aquela visão de somente punir, mas que seja um órgão não somente indicando, mas fazendo recomendações devidas nas análises dos contratos e daquilo que é obrigação e atribuição do Tribunal também agir pelo caminho da correção e da conciliação.

No âmbito do contencioso na Justiça comum, encontramos um magistrado tendo a prerrogativa de convocar as partes litigantes. Em qualquer momento, ele tem a prerrogativa de convocar as partes para o momento de conciliação.

Quem sabe, obedecida a regra da Lei Orgânica desse Tribunal, dessa Corte de Conta, agir nessa linha conciliatória, nessa linha de recomendação efetiva antes de pautar o julgamento, antes de julgar efetivamente os procedimentos.

Quando aqui cheguei em 2003, V. Exa. aqui conosco na Casa, inclusive na presidência deste Parlamento, aprendi muito.

No momento em que for pautado o PDL, pelo Presidente Barros Munhoz, quero estar presente para votar. Espero que V. Exa. seja um grande conselheiro no Tribunal de Contas e continue com esse perfil de homem público ilibado, de homem público com alta moralidade, de homem público disposto.

Este o desejo do nosso coração: que Deus lhe dê saúde, discernimento, capacidade reflexiva para que tome decisões acertadas como tem feito até agora na Corte de Contas do nosso Estado.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Bezerra.

 

O SR. CARLOS BEZERRA JR. - PSDB - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, público presente, companheiros de imprensa, assessorias que nos acompanham, convidados, Secretário Sidney Beraldo, muito boa tarde.

Falo nesta tarde em nome da liderança da Bancada do PSDB nesta Casa. Quero registrar a alegria e a satisfação de ter a confirmação do seu nome indicado como Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo.

Sua história de vida, sua capacidade técnica, sua biografia, sua folha de serviços prestados ao Estado de São Paulo nesses anos todos de vida pública, credenciam-no, qualificam-no e o distinguem para o cargo. Eu quero registrar a nossa alegria e a nossa satisfação, e cumprimentá-lo por essa nova etapa e esse novo desafio que se abrem à sua frente. Mas também gostaria de fazer aqui duas ponderações, já que estamos numa sabatina. São ponderações feitas a partir da sua história, da sua caminhada, mas também de expectativas, como Deputado desta Casa e como membro da Bancada do PSDB.

O Tribunal de Contas faz o controle da legalidade dos atos administrativos. Mas não apenas o controle da legalidade. Ele tem uma amplitude ainda maior. Porque também tem a incumbência da supervisão desses mesmos atos administrativos sob os aspectos da eficácia e da eficiência. E aí faço minha primeira ponderação: Vossa Excelência tem currículo diferenciado, foi secretário estadual de gestão do governo do Estado de São Paulo. Seria muito interessante que, a partir da sua experiência, como secretário de gestão do Estado de São Paulo, nos falasse um pouco a respeito exatamente desse aspecto: da busca de maior eficácia e eficiência na prestação do serviço público, e qual a sua expectativa de contribuição a ser dada especialmente pelo Tribunal de Contas do Estado dentro desses aspectos.

Diante de uma experiência como a de Vossa Excelência, com certeza nós temos uma expectativa de que Vossa Excelência trará uma contribuição grande no avanço dos controles dos atos administrativos.

Por último, raros conselheiros do Tribunal de Contas tiveram a felicidade, o privilégio e a alegria de, além de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, ter sido presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Nenhum dos outros conselheiros teve esse privilégio.

 Vossa Excelência tem em seu currículo também essa responsabilidade e essa distinção. E aqui não escondo a expectativa de que a partir dessa experiência legislativa diferenciada no comando do maior Poder Legislativo estadual do País, Vossa Excelência não economize esforços no sentido de aproximar o Poder Legislativo do Estado e o Tribunal de Contas. Pois, apesar de serem órgãos independentes, podem, através de aproximação madura, moderna e republicana realizar maiores esforços no sentido de fiscalização dos atos administrativos, de maior transparência e de modernização de formalismos ainda mantidos pelo Tribunal, que no meu humilde modo de ver, me parecem inadequados.

Encerro aqui a minha fala repetindo: o meu sentimento é de satisfação, de alegria e de honra. É muito bom vê-lo indicado como conselheiro do Tribunal de Contas do maior estado da Federação. Vossa Excelência tem todas as qualificações para fazer um grande trabalho. Minha expectativa é essa, minha torcida é essa e o meu desejo e o desejo da Bancada do PSDB desta Casa é esse. Um grande abraço, sucesso e que Deus o abençoe nesse novo desafio.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Tem a palavra o nobre Deputado Vitor Sapienza.

 

O SR. VITOR SAPIENZA - PPS - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, caro amigo Sidney Beraldo, não vou ser repetitivo abordando a competência do Tribunal de Contas. Quero relatar o que aconteceu há aproximadamente 20 meses. Em uma reunião na Prefeitura de São Paulo, estávamos conversando eu e o Padre Rosalvino. V. Exa veio e disse ao Padre Rosalvino: “Padre, esse deputado que hoje faz parte da situação, já me deu grandes dores de cabeça quando eu era presidente da Comissão de Finanças. Houve um dia que ele me pressionou tanto, que fui obrigado a buscar auxílio médico e tomar algumas gotas de Coramina.”

Brincamos e eu me dirigi a Vossa Excelência, hoje nobre Secretário da Casa Civil, e disse-lhe: “Sidney, você tem todas as qualidades para ser Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo. V. Exa. foi prefeito, deputado, presidente da Comissão de Finanças, presidente da Assembleia Legislativa e Secretário Estadual de Gestão Pública.

Vossa Excelência, num ato de desprendimento, abdicou de uma colocação de suplente de senador para continuar servindo ao nosso estado. V. Exa. sempre primou pela lealdade, pela competência e principalmente, por uma coisa que o dignifica cada vez mais: a humildade, o coleguismo, a simplicidade.

Espero, nobre amigo Sidney Beraldo, que V.Exa. continue no Tribunal de Contas dando demonstração do seu caráter e da sua fidelidade. Lembro-me bem da firmeza, da simplicidade, e da competência que V.Exa. demonstrou quando discutimos com o superintendente da Receita Federal sobre um imposto indevido que seria cobrado dos Deputados.

Espero, se Deus quiser e Ele quer, que V.Exa. continue sendo exemplo de homem político competente como sempre foi até nos dias de hoje. Parabéns e que Deus lhe ajude!

 

 O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Cezar.

 

O SR. CARLOS CEZAR - PSB - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, grande Secretário Sidney Beraldo, ex-Presidente desta Casa, quero apenas dizer que as credenciais já apresentadas por V. Exa. e conhecidas pela ampla maioria deste Parlamento e do Estado de São Paulo o levaram a este honroso cargo de Secretário Chefe da Casa Civil e agora o fazem ser indicado para o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado.

Vossa Excelência foi vereador da bonita cidade de São João da Boa Vista, cidade do meu amigo Pastor Edson Eleutério. A primeira igreja do Evangelho Quadrangular no Brasil foi fundada na cidade de São João da Boa Vista no dia 15 de novembro de 1951, portanto, uma cidade que todos nós amamos e onde V. Exa. iniciou sua carreira como vereador, posteriormente como prefeito da cidade e assim foi galgando cargos importantes no Estado como deputado estadual, Presidente da Assembleia Legislativa, Secretário de Gestão Pública e hoje ajudando o Governo Geraldo Alckmin como Secretário Chefe da Casa Civil. Tenho certeza de que essas credenciais vão contribuir e muito para o trabalho no Tribunal de Contas do Estado.

No que diz respeito a eleições, o nosso sistema democrático fala em renovação do pacto e de quatro em quatro anos renova-se o pacto.

Alguém já disse que a mente humana esquece de um benefício que lhe foi feito à medida de 25% ao ano, ou seja, se a pessoa esquece de um bem que alguém lhe fez 25% ao ano, em quatro anos ela não se lembrará mais daquilo. Em compensação o contrário, o mal que alguém fez a ela, este será lembrado pelo resto da vida. Aquele menino que a ofendeu na infância vai se lembrar, mas o bem ele esquece. Talvez seja por isso que o nosso sistema estabeleça que de quatro em quatro tenhamos eleições.

No Tribunal de Contas não é assim, os cargos são vitalícios. Mas penso que a chegada não apenas da nova conselheira, mas, sobretudo a chegada do Deputado Dimas Ramalho e agora a chegada de V. Exa. vai renovar ainda mais este órgão que faz cumprir uma das funções típicas que temos nesta Casa: a de legislar e fiscalizar e V. Exa. colocou os princípios constitucionais que são defendidos no Tribunal de Contas e que assessoram não apenas os parlamentos municipais, sobretudo a Casa de Contas das Câmaras Municipais, as prefeituras e o Estado de São Paulo. Esse órgão pode contribuir muito para essa proximidade com este Parlamento e aqui, Secretário Beraldo, a minha participação é apenas esta: não tenho dúvidas de que V. Exa. vai trazer algo novo para o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, vai contribuir para essa proximidade com o Parlamento, com os prefeitos, vereadores, presidentes de Câmaras para entender que o Tribunal de Contas, uma importante Casa de Contas, é também um órgão de assessoramento deste Parlamento.

Há um versículo na Bíblia que diz que devemos ser bem-aventurados ao entrar e bem-aventurados ao sair.

Vossa Excelência, por toda história de vida já demonstrada aqui desde a década de 70 quando assumiu o primeiro cargo público - quase que na época em que nasci - tem tido uma história de sucesso em todas as saídas por onde passou. Seja em São João da Boa Vista, seja como Secretário, seja neste Parlamento como Presidente, V. Exa. tem sido bem-aventurado ao sair.

Vossa Excelência, se deixar o Governo Geraldo Alckmin na função de Secretário da Casa Civil será um bem-aventurado ao sair.

Mas há um versículo também que diz que melhor é o fim das coisas do que o início delas. Mais do que a arguição quero desejar que Deus o abençoe na sua entrada no Tribunal de Contas, na sua saída como Secretário Chefe da Casa Civil e em toda sua trajetória nesta importante Casa de Contas. Que Deus o abençoe abundantemente.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Giannazi.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, público presente, telespectador da TV Alesp, Secretário Sidney Beraldo, quero fazer considerações um pouco diferenciadas a dos meus colegas e gostaria que o Secretário não levasse para o campo pessoal, mas para o campo político.

Primeiramente gostaria de registrar que nós do PSOL votaremos contrariamente à indicação de V. Exa. para o Tribunal de Contas e gostaria de fundamentar um pouco o nosso voto contrário.

Vossa Excelência, na nossa opinião, não está credenciado para assumir o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas estadual. Vossa Excelência foi Secretário de Gestão Pública no Governo Serra e foi complacente, cúmplice, ajudou a organizar um verdadeiro massacre contra os servidores públicos do Estado de São Paulo, primeiramente desrespeitando a data-base salarial dos nossos servidores, lei aprovada em 2006 aqui pela Assembleia Legislativa. Refiro-me à Lei 12.391/06, que nunca foi respeitada no Estado durante os quatro anos em que V. Exa. esteve à frente de uma secretaria importante e estratégica no Estado de São Paulo.

Vossa Excelência foi responsável também pela aprovação da perversa e danosa Lei 1093/09 que criou a figura no Estado de São Paulo da quarentena para os professores da rede estadual. Aliás, a quarentena não era de 40 dias, mas de 200 dias. Os professores contratados pela Lei 1093, após o vencimento do contrato eram obrigados a se afastar, deixando milhares e milhares de alunos sem aulas. Os professores ficavam afastados praticamente 200 dias letivos da rede estadual. Houve um grande prejuízo para os alunos, sobretudo, para os professores da rede estadual. A lei foi tão perversa que recentemente depois de muita pressão o próprio Governador Geraldo Alckmin percebendo a sua perversidade, uma lei que passou pela Secretaria de V. Exa., apresentou um projeto de lei, que aprovamos imediatamente, encurtando esse tempo de 200 para 40 dias letivos.

Vossa Excelência também foi responsável pela aprovação da Lei 1097, que criou a falsa meritocracia no Estado de São Paulo, no caso específico para os professores da rede estadual. E citaria outras leis aqui aprovadas, iniciativas que passaram pela Secretaria de Gestão Pública e que prejudicaram imensamente os servidores.

Não posso deixar de me referir ao caso do Departamento de Perícias Médicas do Estado, um departamento da Secretaria de Gestão Pública que está totalmente sucateado. Vossa Excelência manteve esse órgão abandonado, sucateado, prejudicando milhares de servidores. Não é à toa que o Departamento de Perícias Médicas do Estado de São Paulo é conhecido como a ‘casa dos horrores’ pelos servidores.

Nós já entramos com algumas representações no Ministério Público contra o que vem acontecendo, porque na gestão de V. Exa. tínhamos ali 40 mil processos paralisados. O Ministério Público abriu um inquérito civil e esses processos ainda estão sendo investigados, pois há um processo de investigação no Departamento de Perícias Médicas do Estado de São Paulo.

Então, por todos esses motivos e sendo aqui um pouco a voz de todos os servidores prejudicados pela gestão de V. Exa. frente a essa Secretaria, eu já declaro e antecipo o meu voto contrário à indicação de Vossa Excelência.

E digo ainda que uma preocupação aqui porque me parece que havia um acordo, aqui na Assembleia Legislativa, em relação à indicação do nome de um deputado que seria o Deputado Jorge Caruso, mas o Governador Geraldo Alckmin rompeu esse acordo e está impondo o nome de V. Exa, a contragosto, criando uma crise na própria base do Governo. Tanto é que está presente aqui só uma parte do Governo, porque a outra parte me parece que está rebelada, mostrando o que escutamos aqui, que realmente o Governo Alckmin não cumpre acordos e que o Governo Alckmin não tem palavra nem com a base aliada, muito menos com a oposição. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Tem a palavra o nobre Deputado Carlão Pignatari. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Rita Passos.

 

A SRA. RITA PASSOS - PSD - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas e público que nos acompanha, é com muita alegria que ocupo a tribuna neste momento, para falar de uma pessoa que temos um carinho muito grande: Sidney Beraldo. Uma pessoa que ocupou muitos cargos políticos. Já foi vereador, prefeito, deputado estadual, líder de Bancada, foi Presidente desta Casa e também foi Secretário de Gestão Pública do Estado de São Paulo e, hoje, ocupa a Secretaria da Casa Civil. É, portanto, uma pessoa que conhece o Poder Legislativo e o Poder Executivo.

Nós sabemos da grande dificuldade das prefeituras com relação ao Tribunal de Contas, pois muitas vezes elas não conseguem atender aos requisitos do Tribunal de Contas por não entenderem o processo.

Neste momento, acreditando que o nobre Secretário Sidney Beraldo, como já citei, ocupou cargos tanto na Assembleia Legislativa como na área executiva, como Secretário do Estado e também como Presidente desta Casa, sabe da grande dificuldade que se tem, especialmente em cidades pequenas, porque elas não entendem o processo que tem que apresentar ao Tribunal de Contas.

Gostaria de sugerir ao nobre Secretário, futuro Conselheiro do Tribunal de Contas, que ele pudesse promover junto às prefeituras uma palestra em conjunto com os outros Conselheiros. Nós já temos o Dimas Ramalho, que também já ocupou cargos no Executivo e no Legislativo, para que vocês possam com os demais Conselheiros ajudar os municípios e também o Estado.

Muitas vezes uma orientação resolve o problema porque, como eu também já fui Secretária de Estado, sei que o intuito dos municípios, das prefeituras e das Secretarias de Estado, sempre é acertar, é fazer o correto e para tanto, nós precisamos estar alinhados ao Tribunal de Contas para não errarmos. Isso porque, muitas vezes, um detalhe, uma coisa que parece ser insignificante pode causar um problema grande. Então, gostaria muito de sugerir ao nosso amigo e colega, Sidney Beraldo, que faça essa ligação das prefeituras junto aos Conselheiros, que possam promover anualmente essas palestras junto às prefeituras.

Quanto a ele, o que posso dizer é que ele ocupa e que tem todos os requisitos necessários para ocupar esse cargo tão importante como o de Conselheiro do Tribunal de Contas. E também desejar e pedir a Deus que o abençoe nesta nova jornada. Parabéns! Parabéns ao Governador, que indicou o seu nome e parabéns pelo seu currículo que é magnífico! Muito obrigada.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Tem a palavra o nobre Deputado Alex Manente.

 

O SR. ALEX MANENTE - PPS - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente Deputado Barros Munhoz, Secretário Sidney Beraldo, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, público que nos acompanha pelas galerias e pela TV Assembleia, é com enorme satisfação que estamos hoje na arguição de um homem extremamente preparado, com uma vida pública ilibada, que conduziu todos os cargos, que esteve à frente, com muita dignidade e que hoje está sendo arguido aqui na Assembleia Legislativa para um cargo muito importante na vida pública, especialmente nos dias de hoje, que é a vaga de Conselheiro do Tribunal de Contas.

Recentemente esta Casa indicou o atual Conselheiro Dimas Ramalho e agora estamos para consolidar esta indicação do Secretário, que já foi deputado e Presidente desta Casa, Sidney Beraldo, que tem uma história de fato digna.

Eu não poderia deixar de trazer aqui os meus cumprimentos e parabenizar a história e vida pública que o Secretário Sidney Beraldo tem. Também quero dizer que nós estamos certos da homologação desta indicação por esta Casa no momento oportuno, será uma indicação que honrará o Estado de São Paulo e certamente nos anos que ali estiver o Secretário a conduzirá com muita firmeza.

O Tribunal de Contas é um órgão importante porque fiscaliza efetivamente as ações que são empenhadas pelo dinheiro público. O dinheiro público que precisa cada vez mais ter muito cuidado, porque é ele que melhora efetivamente a vida das pessoas. Eu tenho certeza que, mais uma vez, a Casa vai acertar ao fazer esta indicação.

Trago aqui os nossos cumprimentos, como Líder da Bancada do PPS, nosso reconhecimento do bom trabalho que foi produzido em toda a sua história e biografia na vida pública. E também colocar à disposição esta Casa, que precisa ter uma sinergia com os órgãos fiscalizadores, através dos nossos mandatos, para conseguirmos fazer com que a sociedade possa ter do Poder Público o resultado efetivo.

O cuidado com o dinheiro público precisa cada vez mais ser acompanhado. O Tribunal tem feito esse papel e são nomes como o do Secretário Sidney Beraldo que vão honrar e se dedicar em fazer um trabalho digno.

Quero, portanto, fazer meus cumprimentos, desejar sorte e no momento oportuno fazermos mais essa grande indicação. Também quero parabenizar a história de vida de Sidney Beraldo.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Encerrando a lista de oradores inscritos, tem a palavra o nobre Deputado Estevam Galvão.

 

O SR. ESTEVAM GALVÃO - DEM - SEM REVISÃO DO ORADOR - Caro Presidente desta Casa Legislativa, Deputado Barros Munhoz, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, público da TV Assembleia, meus bons amigos e meu caro Beraldo, meu grande e ilustre amigo Beraldo, já conversamos muito, já discutimos muito, mas eu tive, durante este ano, problemas assim imensuráveis durante esse período de campanha, dentro do próprio PSDB. E tive um timoneiro, uma âncora, que me ajudou efetivamente - fico emocionado porque a batalha foi dura, viu Beraldo? -, e se eu não tivesse amigo da sua estatura, homem competente, sereno, equilibrado, acho que eu não teria chegado aonde chegamos nessa nossa batalha em Suzano, onde elegemos lá um prefeito do PSDB, Paulo Tokuzumi, a minha esposa Viviane, que foi eleita vice-Prefeita pelo DEM.

Mas por que estou falando também, Beraldo, da minha esposa Viviane? Porque é minha esposa; sou um homem casado há 43 anos. Comecei também a minha vida na política, acho que na mesma época em que V. Exa. começou. Fui eleito vereador em 72; depois prefeito; deputado federal; prefeito; prefeito; prefeito; prefeito por quatro vezes; deputado por três vezes, enfim graças a Deus, naquilo que me propus, considero-me um vencedor. Mas graças a Deus, graças ao povo de Suzano e graças também a minha família, minha esposa, minhas filhas, meus netos. Mas estou falando sobre minha esposa para render minhas homenagens também à Dona Mila, que é sua esposa, que tive o prazer de reconhecê-la em um restaurante, no Dia dos Namorados. Eu estava namorando e o Beraldo também, e nós nos conhecemos. Roosevelt dizia que ao lado de todo grande homem sempre há o vulto de uma mulher. Muita gente diz: não, atrás de todo grande homem sempre há uma mulher. Não é. O correto é: ao lado de todo grande homem sempre há o vulto de uma mulher e ao seu lado há a Mila.

Então quero homenagear a Mila, sua família e dizer que o que está acontecendo hoje aqui é resultado e fruto de trabalho, de determinação, é uma conquista. Isso não está caindo no seu colo por acaso. É uma conquista; é resultado da sua história e da sua vida, vida de um homem, como eu disse, equilibrado, sereno, muito simples, mas muito determinado e muito competente. Vossa Excelência não estaria hoje aqui sendo arguido, sabatinado, não fosse competente. A Assembleia certamente não aceitaria, o Governador certamente também ofereceria resistência, enfim V. Exa. está aqui por merecimento.

Tenho convicção de que assim como V. Exa. foi um bom vereador, prefeito, Presidente desta Casa, deputado, Secretário, será também um excelente conselheiro. O que peço a V. Exa., meu grande amigo Beraldo, é que, muito mais que um auditor, muito mais que um conselheiro do Tribunal de Contas, seja um verdadeiro conselheiro, principalmente para os prefeitos, em especial para aqueles prefeitos mais simples, de cidades menores e mais pobres. Parabéns e sucesso a Vossa Excelência. Muito obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Esta Presidência faz questão de registrar também as honrosas presenças do Dr. Gustavo Ungaro, corregedor executivo, e do Dr. Rubens Cury, nosso permanente embaixador junto à Casa Civil e ao Governo do Estado de São Paulo, amigo desta Casa e de todos os deputados desta Casa, acompanhado da nossa querida amiga Léia. É uma honra recebê-los aqui na Assembleia Legislativa de São Paulo.

Caríssimo Secretário Beraldo, não havendo mais deputados inscritos, V. Exa. tem a palavra para responder os questionamentos formulados, pelo prazo também de até 20 minutos.

 

O SR. SIDNEY BERALDO - Srs. Deputados, Sras. Deputadas, gostaria de ter a oportunidade de agradecer e abraçar cada um pelas manifestações aqui registradas hoje durante esse período em que estamos aqui colocando o nosso nome para avaliação dos Srs. Parlamentares para ocupar uma vaga como conselheiro no Tribunal.

Posso garantir a cada uma de V. Exas., e como disse no meu discurso, colocando toda a minha experiência de vida e principalmente os meus princípios, as minhas convicções de que a função pública deve ser exercida com determinação, com zelo, com afinco, em busca da boa aplicação dos recursos públicos.

Várias manifestações aqui registradas foram no sentido de termos efetivamente um Tribunal de Contas que possa decidir com responsabilidade, com equilíbrio, principalmente levando-se em conta que hoje as atribuições do Tribunal têm consequências e impacto fortes na carreira e na vida de gestores, de agentes públicos e de agentes políticos. O compromisso de exercer, como disse o Bragato, com bastante responsabilidade e equilíbrio, buscando aquilo que em toda a minha vida pública, mais do que uma crença, já disse isso aqui, é uma obsessão na busca de uma gestão pública por resultados, beneficiando o cidadão, especialmente aqueles que mais precisam, através do desenvolvimento de políticas públicas que possam seguir à risca aquilo que determina uma boa gestão para resultados, que é, primeiramente, planejamento. Segundo: o estabelecimento de metas; a criação de indicadores que seja capaz de permitir o acompanhamento, e através desse acompanhamento, verificar se a política está tendo eficiência, eficácia e principalmente, num país como o nosso, de tanta desigualdade, que necessita de políticas que possam compensar esse desequilíbrio, criando um ambiente favorável para que todos possam ter as mesmas oportunidades, é preciso que façamos acompanhamento da efetividade da aplicação desses recursos.

Este é o meu compromisso, e tenho absoluta certeza que ao fazer desta forma estarei atendendo grande parte das colocações, das afirmações, das preocupações manifestadas aqui pelos Srs. Deputados, perseguir a uniformização das decisões através da utilização do pleno e ampliar sempre que necessário as chamadas súmulas para que desta forma possa ter uma uniformidade, uma padronização nessas decisões, gerando menos insegurança aos gestores. Hoje temos ferramentas extraordinárias através da tecnologia da informação, da Internet, o que permite ampliar, e muito, a chamada transparência para que o cidadão, pessoa física, ou pessoa jurídica, através das suas entidades e organizações, possam acompanhar a aplicação dos recursos, a eficiência, a eficácia e a efetivação do desenvolvimento dessas políticas.

O compromisso, e aí a minha experiência como vereador, prefeito, como secretário e principalmente como parlamentar, eu posso, devo e vou me empenhar em cumprir esse papel de contribuir para haja uma integração cada vez maior da Assembleia Legislativa, das Câmaras municipais, através dos seus vereadores, com o nosso Tribunal de Contas. Reconheço, sim, o Tribunal de Contas é um órgão auxiliar da Assembleia Legislativa e dessa forma ele tem que trabalhar integrado, agilizando as suas decisões e informações.

Reconhecemos que já temos hoje, um Tribunal que é reconhecido como um dos melhores tribunais do nosso País, temos avançado muito, mas a vida é assim e o processo é de constante aperfeiçoamento em busca de mecanismos, padrões, métodos para que possamos, cada vez mais, cumprir esse papel de fiscalizar, orientar e também preparar os nossos servidores para que possam cumprir a exigência legal.

A realização de seminários: ouvindo a manifestação dos dois Conselheiros que já foram indicados, todos eles, foram nesse sentido, de buscarmos o treinamento, a capacitação, a orientação, a integração das decisões com este Parlamento, com as Câmaras Municipais junto com os prefeitos é sem dúvida importante organizarmos esses seminários juntos - a Assembleia Legislativa, entidades que representam os vereadores, as Câmaras - e dessa forma tirar uma agenda comum que possa contribuir no aperfeiçoamento dessa instituição tão importante.

Quero dizer ao representante do PSOL, que diferente das suas afirmações que se arvora aqui como representante do funcionário público, não é isso que sinto quando encontro os servidores, através das suas entidades. A minha passagem pela Secretaria de Gestão se caracterizou pelo amplo diálogo permanente com todas as entidades. Temos 238 entidades que representam os servidores públicos, posso dizer que conheço pessoalmente cada representante dessas entidades. Além disso, gostaria de dizer que do período em que estive frente a essa Secretaria durante o Governo Serra, a folha de pagamento dos servidores cresceu 16% acima da inflação, o que significa que não houve essa questão de achatamento. Com relação à questão da lei dos temporários, é exatamente diferente àquilo que se coloca aqui o Deputado. Nós perseguimos, e aqui temos uma equipe nossa da ATL, durante muito tempo uma forma legal que pudéssemos criar um arcabouço jurídico a garantir a continuidade dos professores temporários dando a sua aula. Agora, sempre com a preocupação com o resultado final, aquele que sempre nos interessa, que é a qualidade do serviço que estamos colocando à disposição da população; não apenas a questão meio, mas, sim, o fim.

Com relação ao Departamento de Perícias Médicas, também diferente daquilo que foi colocado, procuramos agilizar, descentralizar os atendimentos. Reduzimos em quase 50% o tempo de espera. Ainda temos muito que fazer, mas isso, sem dúvida, é um processo.

Quero dizer da minha alegria de voltar a esta Casa, de ouvir estas manifestações e me colocar à disposição.

Sr. Presidente Barros Munhoz, Srs. Líderes, Srs. Deputados, agradeço muito a atenção de cada um, as contribuições que anotei e que foram dadas e, mais uma vez, reassumo o compromisso de utilizar toda a minha experiência de vida pública, de vida pessoal para o aperfeiçoamento dessa instituição tão importante para a melhora da eficiência e da qualidade dos gastos públicos do nosso Estado.

Vou aguardar, Sr. Presidente, Srs. Deputados e Sras. Deputadas, com muita serenidade a decisão desta Casa. Muito obrigado a todos.

Agradeço a minha esposa, minha filha, meu genro, minha família que me acompanha sempre, a minha equipe que me acompanhou na Casa Civil. Agradeço de coração toda a dedicação, o trabalho de cada um de vocês, falo também da nossa alegria em tê-los acompanhando a nossa participação aqui nesta Assembleia.

Um grande abraço a todos, especialmente aos funcionários desta Casa por quem tenho um grande respeito, passei aqui grande parte da minha vida e sempre tive um carinho e respeito especiais pelos servidores da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. (Palmas)

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Esta Presidência poderia simplesmente dizer: está cumprido o preceituado no Art. 20, inciso XI, da Constituição do Estado de São Paulo, mas quer dizer que, mais uma vez, teve muito orgulho de presidir esta sessão em que alguém com uma qualificação tão grande, um currículo tão extraordinário, um passado tão digno e com uma atuação tão fantástica na vida pública tenha participado desta arguição com tanta dignidade.

Mais uma vez honrado em presidir esta sessão, quero dizer que vamos continuá-la, mas...

 

O SR. SAMUEL MOREIRA - PSDB - Sr. Presidente, havendo acordo entre as lideranças partidárias com assento nesta Casa, solicito a suspensão dos trabalhos por 20 minutos.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - Srs. Deputados, tendo havido acordo entre as lideranças, a Presidência acolhe o solicitado pelo nobre Deputado Samuel Moreira e suspende a sessão por 20 minutos, para posteriormente definirmos a continuidade deles a partir desta noite até as próximas semanas.

Está suspensa a sessão.

 

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- Suspensa às 16 horas e 37 minutos, a sessão é reaberta às 17 horas e três minutos, sob a Presidência da Sra. Rita Passos.

 

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O SR. ANDRÉ DO PRADO - PR - Sr. Presidente, havendo acordo entre as lideranças partidárias com assento nesta Casa, solicito a suspensão dos trabalhos por mais 15 minutos.

 

A SRA. PRESIDENTE - RITA PASSOS - PSD - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, tendo havido acordo entre as lideranças, a Presidência acolhe o solicitado pelo nobre Deputado André do Prado e suspende a sessão por mais 15 minutos.

Está suspensa a sessão.

 

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- Suspensa às 17 horas e quatro minutos, a sessão é reaberta às 17 horas e 20 minutos, sob a Presidência do Sr. Ed Thomas.

 

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A SRA. RITA PASSOS - PSD - Sr. Presidente, havendo acordo entre as lideranças partidárias com assento nesta Casa, solicito a suspensão dos trabalhos por mais 15 minutos.

 

O SR. PRESIDENTE - ED THOMAS - PSB - Srs. Deputados, tendo havido acordo entre as lideranças, a Presidência acolhe o solicitado pela nobre Deputada Rita Passos e suspende a sessão por mais 15 minutos.

Está suspensa a sessão.

 

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- Suspensa às 17 horas e 20 minutos, a sessão é reaberta às 17 horas e 37 minutos, sob a Presidência do Sr. Barros Munhoz.

 

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O SR. SAMUEL MOREIRA - PSDB - Sr. Presidente, havendo acordo entre os líderes, solicito o levantamento da sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - BARROS MUNHOZ - PSDB - O pedido de V. Exa. é regimental, antes, porém, de dar por levantados os trabalhos, esta Presidência convoca V. Exas. para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental com a mesma Ordem do Dia da sessão de hoje.

Em face do acordo entre as lideranças esta Presidência dá por levantada a sessão.

 

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- Levanta-se a sessão às 17 horas e 38 minutos.

 

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