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21 DE NOVEMBRO DE 2012

161ª SESSÃO ORDINÁRIA

 

Presidentes: JOOJI HATO, ULYSSES TASSINARI, MARCOS MARTINS e LUIZ CARLOS GONDIM

 

Secretário: CARLOS CEZAR

 

RESUMO

PEQUENO EXPEDIENTE

001 - JOOJI HATO

Assume a Presidência e abre a sessão. Registra a presença de alunos e professores da Faculdade de Direito de Itu - Faditu, acompanhados da Dra. Maria Luiza Buffo, a convite do Deputado Carlos Cezar. Informa o cancelamento da sessão solene, agendada para o dia 30/11, às 20 horas, que comemoraria o "Dia Internacional em Solidariedade ao Povo Palestino", a pedido do Deputado Alencar Santana Braga.

 

002 - WELSON GASPARINI

Dá conhecimento das ações do Governador Geraldo Alckmin para a região de Ribeirão Preto. Destaca a autorização de investimentos para a construção de oito viadutos e alças de acesso na rodovia Castello Branco, melhorias para os hospitais das Clínicas, da Criança, o Centro de Referência da Mulher, o Hospital da Unimed, e caminhão para o combate a incêndio no aeroporto. Comunica o início obras do Parque Tecnológico. Cita movimento para despertar nos jovens a vocação para a política. Repudia os aproveitadores, e aqueles que, mesmo ricos, buscam o poder pela vaidade. Elogia os idealistas que, através da política, buscam mudar a situação do País.

 

003 - CARLOS GIANNAZI

Registra a presença e saúda o Sr. Neyland José Arcain, de Tanabi, bem como dos demais visitantes. Comenta matéria da "Folha de S. Paulo", sobre a falta de infraestrutura para atividades extraclasses. Enfatiza a importância da inserção de alunos, com visitas aos espaços culturais. Destaca, entre eles, o Museu da Língua Portuguesa, o Museu AfroBrasil e a Fundação Bienal. Afirma que a dificuldade para levar alunos às instituições culturais é devido ao custo dos ônibus. Lamenta o patrocínio parlamentar para esses casos. Informa que programa da FDE é reduzido, destinando apenas um ônibus por série. Lembra irregularidades na FDE, cujo dirigente está afastado por improbidade administrativa. Propõe CPI sobre o tema. Pede a convocação do Secretário de Educação e dirigente da FDE para prestar esclarecimentos a esta Casa.

 

004 - ULYSSES TASSINARI

Assume a Presidência.

 

005 - JOOJI HATO

Comenta a exoneração do Secretário de Estado de Segurança Pública Antônio Ferreira Pinto, substituído pelo Procurador Geral Fernando Grella. Lembra os 214 assassinatos em menos de um mês. Enseja votos de sucesso ao novo secretário, em meio à crise do setor. Faz reflexão sobre o processo. Cita os benefícios do esporte, da religião e da cultura de paz, para minimizar a violência. Recorda sua atuação como vereador paulistano, quando criou a "Lei Seca". Enfatiza a importância da blitze do desarmamento e do controle das fronteiras internacionais. Lamenta o veto a projeto, de sua autoria, chamado de "moto sem garupa".

 

006 - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO

Recorda a passagem, em 20/11, do Dia da Consciência Negra. Cita atos e manifestações sobre o evento, que ocorreram em todo o País. Comenta programas de cotas para universidades públicas federais. Cita projeto, de sua lavra, para a implantação do programa de cotas nas universidades públicas paulistas. Acrescenta que a matéria acatou sugestões de entidades afrodescendentes e indígenas. Discorre sobre decisão jurídica sobre a defesa das cotas. Apela à sensibilidade do Governador e deste Legislativo para que o projeto seja deliberado.

 

007 - JOOJI HATO

Assume a Presidência.

 

008 - CARLOS CEZAR

Faz saudação a seus visitantes. Dá conhecimento de ação de procurador, que solicitou que a Justiça Federal tire a expressão "Deus seja louvado" das cédulas brasileiras, com o argumento de que o Estado é laico. Lamenta a decisão do procurador. Lembra a citação de "Deus" na abertura da Carta Federal. Argumenta que não há religião oficial imposta. Adita que a citação não privilegia nenhuma religião. Discorre sobre o tema.

 

009 - LECI BRANDÃO

Elogia a fala dos Deputados Luiz Cláudio Marcolino e Carlos Cezar. Agradece a participação do Deputado Carlos Giannazi, em ato ocorrido em 20/11, em defesa da negritude. Tece considerações sobre o Dia da Consciência Negra. Fala da busca pela igualdade racial, bem como da importância da cidadania, independente da cor da pele. Recorda as lutas e revoltas dos negros no Brasil. Argumenta que o Estado brasileiro precisa compensar as dívidas para com os negros. Destaca algumas medidas já implantadas, como o ensino da cultura africana nas escolas. Parabeniza a Ministra da Cultura pelos editais para produtores culturais e artistas negros. Solicita que ações sejam adotadas também no âmbito privado. Faz a defesa da dramaturgia negra, para que os afrobrasileiros sejam protagonistas e ocupem espaços de poder. Afirma que o exemplo de Zumbi dos Palmares permanece.

 

010 - OLÍMPIO GOMES

Tece considerações sobre a substituição do Secretário Antônio Ferreira Pinto, após o aumento da violência na Grande São Paulo, que gerou a morte de mais de 90 policiais. Argumenta que, apesar da qualidade da biografia do novo ocupante da Pasta, o Procurador Geral Fernando Grella, vê dificuldades no que tange às medidas de segurança pública. Afirma que a preocupação continua, diante dos fatos recentes. Faz projetar vídeo sobre ato, ocorrido em 15/11, em memória dos policiais mortos. Pede ações mais concretas para o setor. Questiona algumas ações dos Governos Federal e Estadual sobre os bloqueadores de celulares em presídios. Questiona declaração do Governador de que não há tecnologia para controlar a telefonia móvel. Afirma que há problemas de gestão na administração de segurança pública. Combate as "conjecturas" sobre os fatos.

 

011 - LUIZ CARLOS GONDIM

Lembra reunião, com psicóloga da Fundação Casa, sobre adolescentes que devem deixar os abrigos ao completar 18 anos, sem destino. Lamenta que esses jovens acabam caindo na criminalidade. Faz exibir reportagem televisiva sobre o processo de adoção.

 

GRANDE EXPEDIENTE

012 - LUIZ CARLOS GONDIM

Pelo art. 82, menciona as crianças da Fundação Casa, que ao completarem 18 anos devem sair. Ressalta a falta de projeto para acompanhamento destas crianças durante os anos seguintes. Cita a necessidade de programas para ajudar os adolescentes a conseguir empregos depois da saída da fundação. Informa proposta de criação de cotas para crianças que vivem em abrigos em cursos técnicos, para que tenham uma profissão ao completarem 18 anos. Destaca a criação de novos marginais nas ruas, se não forem implementados estes programas. Parabeniza o SBT pela matéria exibida sobre o tema. Pede a esta Casa atenção especial aos projetos relacionados a esta causa.

 

013 - VANESSA DAMO

Cita a construção do Viaduto de Capuava, na cidade de Mauá, uma solicitação da população local há mais de 20 anos. Informa que a obra custará mais de 624 milhões de reais e que facilitará o escoamento do trânsito. Ressalta que a cidade de Mauá possui dois polos industriais, mas que ainda precisa esperar a passagem do trem. Agradece ao Governador Geraldo Alckmin por esta obra e ao presidente do Dersa pela construção dos viadutos. Apela ao Governador que inaugure o viaduto ainda esta semana. Menciona que o Viaduto do Capuava ajudará, também, a cidade de Santo André, com uma alça de retorno para esta cidade e que impedirá os atropelamentos frequentes na linha do trem. Exibe o oficio encaminhado pela Parlamentar ao Governo do Estado.

 

014 - MARCOS MARTINS

Assume a Presidência.

 

015 - LUIZ CARLOS GONDIM

Assume a Presidência.

 

016 - MARCOS MARTINS

Pelo art. 82, cita a aprovação de projeto de lei que proíbe uso do amianto em Curitiba. Cumprimenta a Vereadora que apresentou este projeto. Diz que espera a sanção pelo Prefeito da cidade. Destaca que o alto número de mortos em São Paulo atinge crianças, que pedem o fim da violência como presente de Natal. Exibe matéria do jornal "Diário da Região". Menciona a mudança do Secretário de Segurança Pública. Compara o número de policiais mortos com a quantidade de pessoas mortas nos conflitos do Oriente Médio. Pede a aceitação da ajuda da segurança federal no Estado de São Paulo.

 

017 - MARCOS MARTINS

Solicita o levantamento da sessão, com anuência das lideranças.

 

018 - Presidente LUIZ CARLOS GONDIM

Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão ordinária de 22/11, à hora regimental, com ordem do dia. Levanta a sessão.

 

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- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Jooji Hato.

 

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O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Havendo número legal, declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.

Com base nos termos da XIV Consolidação do Regimento Interno, e com a aquiescência dos líderes de bancadas presentes em plenário, está dispensada a leitura da Ata.

Convido o Sr. Deputado Carlos Cezar para, como 1º Secretário “ad hoc”, proceder à leitura da matéria do Expediente.

 

O SR. 1º SECRETÁRIO - CARLOS CEZAR - PSB - Procede à leitura da matéria do Expediente, publicada separadamente da sessão.

 

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- Passa-se ao

 

PEQUENO EXPEDIENTE

 

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O SR PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Sras. Deputadas e Srs. Deputados, esta Presidência tem a grata satisfação de anunciar a presença de ilustres professores e alunos da Faculdade de Direito de Itu - Faditu - S P.

Quero cumprimentar os alunos e a Professora, Dra. Maria Luiza Buffo, Diretora de Direito Constitucional, presentes nesta Casa a convite do Deputado Carlos Cezar.

Sejam bem-vindos a esta Casa! (Palmas.)

Esta Presidência, atendendo a solicitação do nobre Deputado Alencar Santana Braga, cancela a Sessão Solene convocada para o dia 30 de novembro, de 2012, às 20 horas, com a finalidade de comemorar o Dia Internacional em solidariedade ao povo palestino.

Tem a palavra o nobre Deputado Rui Falcão. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Olímpio Gomes. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Pedro Tobias. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Mauro Bragato. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlão Pignatari. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Edson Ferrarini. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado João Caramez. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Welson Gasparini.

 

O SR. WELSON GASPARINI – PSDB - Sr.Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados: tenho o orgulho em estar na linha de frente, como vice-líder da bancada do PSDB na Assembleia Legislativa de São Paulo,  na participação das discussões e das ações administrativas do Governador Geraldo Alckmin. Com a sua capacidade, honestidade e idealismo o Governador Geraldo Alckmin tem ações notáveis no desenvolvimento do nosso Estado de São Paulo.

Fico mais feliz ainda pela atenção dada pelo governador aos meus pedidos, concretizando os justos anseios dos habitantes de Ribeirão Preto e de toda a nossa região. Destaco, entre outras, apenas nos últimos meses, as seguintes conquistas:

Autorização para o investimento de 95 milhões de reais na construção de oito viadutos e alças de acessos para descongestionar o fluxo de carros na rotatória Waldo Silveira, na saída da Rodovia Castelo Branco, em Ribeirão Preto. Neste mês, a Artesp abrirá licitação para contratar a empresa que fará o projeto executivo dessas obras.

Outro atendimento importante: a liberação de verba para o Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto. Quatorze milhões de reais para obras e aquisição de novos equipamentos. Para o Hospital da Criança de Ribeirão Preto, o governador autorizou 40 milhões de reais para o término das obras, possibilitando 231 novos leitos, em grande maioria para o tratamento intensivo. Já objetivando a reforma e ampliação do centro de referência da mulher do Hospital Mater de Ribeirão Preto, o governador liberou 6 milhões de reais. Ainda na área da Saúde outra grande conquista foi a liberação de 30 milhões de reais de financiamento para construção do Hospital Unimed de Ribeirão Preto, que terá a capacidade de 100 leitos.

Outro investimento expressivo do Governa dor Geraldo Alckmin: a entrega de um caminhão de bombeiros no valor de um milhão e 500 mil reais, proporcionando ampla segurança no setor de incêndios do Aeroporto Leite Lopes, da minha cidade.

Quero destacar também o início das obras do Parque Tecnológico de Ribeirão Preto. Lutamos muito para que o parque saísse dos planos e se transformasse numa realidade. Dois prédios, cada um com três andares já estão em construção sendo um deles para abrigar incubadoras de empresas com inovações tecnológicas.

Agradeço ao Governador Geraldo Alckmin pelo atendimento de todos esses importantes pedidos, beneficiando grandemente a cidade de Ribeirão Preto e toda a nossa região.

Gostaria ainda de aproveitar este meu tempo aqui na tribuna para informar: estamos iniciando em Ribeirão Preto e na nossa região um forte movimento para despertar vocações para a vida publica  na juventude e nas pessoas de bem das nossas cidades e do nosso Estado.

            A política está precisando de gente nova, dotada de idealismo e que queira efetivamente colaborar na construção de um Brasil melhor.

Na política, temos hoje três grandes grupos: um, infelizmente muito grande, de aproveitadores que entram na política para ganhar dinheiro e fazer negócios. Vemos, todos os dias, no noticiário de rádio, jornal e televisão bilhões de reais desviados da Educação, da Saúde, de áreas essenciais e para os bolsos de políticos safados, daqueles que entram na política, pura e simplesmente, para fazer negócios.

Esse é um grupo, mas existe um outro:  o dos que entram por vaidade, alguns até têm dinheiro, mas querem estar perto do poder ou ser o poder, querem satisfazer as suas vaidades. Ainda existe um terceiro, infelizmente ainda minoritário em nosso País, formado por pessoas idealistas que acreditam ser possível, através da política, mudar a situação do nosso país, proporcionando mais justiça, mais paz e mais tranquilidade. Esse terceiro grupo de pessoas idealistas, conforme frisei, infelizmente, é pequeno e necessita de novas vocações. 

É o apelo que faço neste instante aos jovens que, quando convidados a ingressar na política, retrucam: “Política, não!.” Por quê? Porque, na opinião de muitos deles, todo político é safado. Isto não é verdade: na política também tem muita gente boa. E se tem safados é porque faltam lideranças para orientar o povo a utilizar o processo eleitoral para escolher pessoas decentes, honestas e idealistas.

Então, eu gostaria de, neste instante, concluir minhas palavras demonstrando meu entusiasmo, principalmente pela juventude do meu partido e dos demais partidos. Que eles ingressem na ação político-partidária para podermos criar uma nova classe de políticos, integrada por pessoas idealistas, honestas e realmente desejosas de dias melhores para o nosso País.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Srs. Deputados e Sras. Deputadas, tem a palavra o nobre Deputado Itamar Borges. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Milton Vieira. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Vinícius Camarinha. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Marcos Martins. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Donisete Braga. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Giannazi.

 

O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, funcionários desta Casa e telespectadores da TV Alesp, primeiramente saúdo a presença do Sr. Neyland José Arcain, do Município de Tanabi, que está aqui nos honrando com a sua presença, visitando a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo trazendo as demandas da sua região, e os alunos que estão acompanhando o nobre Deputado Carlos Cezar, nosso Deputado de Sorocaba.

Além disso, gostaria de dizer da nossa preocupação em relação à notícia publicada hoje no jornal “Folha de S.Paulo”, no caderno Cotidiano, sobre as escolas que excluem alunos de passeios culturais. A matéria é muito interessante e reflete um pouco das denúncias que há muito estamos fazendo aqui Assembleia Legislativa, na Comissão de Educação, em reuniões na Secretaria da Educação que é justamente a falta de infraestrutura para que as escolas estaduais possam oferecer a famosa atividade extraclasse, ou seja, hoje existe toda uma concepção que o aluno aprende também fora da escola, que o projeto pedagógico, político-pedagógico da escola tem que levar em conta também as visitas e a inserção dos alunos em outros espaços, principalmente em espaços culturais da cidade e do Estado. Temos alguns desses espaços que são importantes para contribuir com o processo ensino aprendizagem.

Aqui mesmo em São Paulo temos o Museu da Língua Portuguesa, o Museu Afro- brasileiro, localizado aqui ao lado da Assembleia Legislativa, dentro do Parque do Ibirapuera, um museu muito importante que deve ser visitado por todos os alunos do nosso estado, temos também a Bienal aqui do outro lado da Assembleia Legislativa. Enfim, temos alguns espaços importantes que devem ser visitados pelos alunos de escolas públicas e privadas. E os professores normalmente querem desenvolver esse tipo de atividade, eles têm essa iniciativa, mas tem sempre a muralha o óbice do transporte.

Não há condições de levar esses alunos para esses lugares porque as escolas não têm verbas para financiar o pagamento dos ônibus, tanto é que muitas escolas recorrem a parlamentares, vereadores e deputados, para conseguirem um ônibus para transportar os seus alunos a esses espaços culturais. E em muitas ocasiões e várias circunstâncias, muitos parlamentares instrumentalizam politicamente oferecendo o ônibus em troca de votos, chantageando os alunos, os professores e a própria comunidade escolar, ou seja, assistimos nesse processo o fortalecimento do clientelismo político, o deputado dá um ônibus, mas depois quer os votos de volta como recompensa.

Temos isso aqui na Assembleia Legislativa, parlamentares que instrumentalizam essas visitações; temos também na Câmara Municipal e no Congresso Nacional. Enfim, em vários Parlamentos, em várias cidades e estados do nosso País.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Ulysses Tassinari.

 

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Esse clientelismo, esse fisiologismo político é utilizado com as escolas, principalmente as públicas que não estão equipadas e preparadas do ponto de vista orçamentário, ou seja, as Secretarias de Educação não fornecem as verbas ou os ônibus para que essas atividades ocorram, e aí temos a situação que foi retratada nessa matéria da “Folha de S.Paulo” de hoje, dando conta de que a FDE - Fundação para o Desenvolvimento da Educação - tem um programa extremamente reduzido, precarizado e que fornece apenas um ônibus por série. Por exemplo, todas as quinta séries de uma determinada escola só podem ter direito a um ônibus, ou seja, só uma turma. Se uma determinada escola com nove quintas séries desejar visitar o Museu Afro-brasileiro, só uma vai poder porque terá somente um ônibus para ser dividido, para contemplar as nove séries, Sr. Presidente. Então, há um processo de discriminação e esse programa não atende minimamente a rede estadual de ensino que tem mais de quatro milhões de alunos matriculados.

O que nós defendemos? Eu, como professor de escola pública, como educador que sempre atuei nas redes públicas, tanto na estadual como na municipal, entendo que a escola tem que ter autonomia - verba, independência para contratar os ônibus e levar os seus alunos - independentemente desses programas da Secretaria da Educação. Defendemos aqui a autonomia das escolas, que a escola possa organizar no seu projeto político-pedagógico, que é elaborado no início do ano, as visitações para todas as séries e alunos. Esse programa de FDE é extremamente precarizado. É só para inglês ver.

É inconcebível que um órgão como a FDE esteja sendo investigado. O Sr. José Ortiz, ex-presidente da FDE, foi afastado porque está respondendo a vários processos, sobretudo está sendo acusado pelo Ministério Público de improbidade administrativa com o dinheiro da Educação. Queremos instalar uma CPI para investigar esse órgão, inclusive já protocolamos um pedido de CPI de FDE. Temos várias denúncias contra esse órgão que desvia dinheiro do orçamento público da Educação com superfaturamento de construções e reformas escolares, de compra de material didático escolar. Esse espaço é conhecido como um antro de corrupção com o dinheiro do orçamento da Educação e, no entanto não tem dinheiro para levar os nossos alunos, Deputada Leci Brandão, para o Museu Afro- brasileiro, o Museu da Língua Portuguesa, para a Bienal, dentre tantos outros espaços de cultura e de arte que nós temos aqui no nosso Estado.

Então, é inconcebível que o Estado de São Paulo, o estado mais rico da Federação, viva essa contradição, esse paradoxo: de um lado uma autarquia que é investigada pelo Ministério Público, o seu presidente é afastado e denunciado por improbidade administrativa, responde a vários processos na Justiça, e do outro lado os nossos alunos da rede estadual marginalizados não podendo ter acesso às atividades extraescolares. É um verdadeiro absurdo!

Por isso pedimos a convocação do Secretário da Educação e do ex-presidente da FDE, afastado do cargo pela Justiça. Entramos com requerimento exigindo também a presença dele na Comissão de Educação. Eles terão de explicar não só as denúncias de superfaturamento, como a denúncia que consta da matéria a que fiz referência.

 

O SR. PRESIDENTE - ULYSSES TASSINARI - PV - Tem a palavra a nobre Deputada Maria Lúcia Amary. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Rodrigo Moraes. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Enio Tatto. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado João Antonio. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado José Bittencourt. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Ed Thomas. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Telma de Souza. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Vanessa Damo. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Hamilton Pereira. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado José Zico Prado. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Jooji Hato.

 

O SR. JOOJI HATO - PMDB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, telespectador da TV Alesp, tivemos o pedido de demissão do Secretário de Segurança Pública Dr. Antonio Ferreira Pinto depois de termos em menos de um mês - se contarmos do dia 24 de outubro ao dia de hoje - 214 assassinatos na Cidade de São Paulo e Grande São Paulo. Dr. Antonio Ferreira Pinto será substituído pelo ex-Procurador-Geral de Justiça Fernando Grella, a quem quero desejar muita sorte à frente desta Secretaria tão importante. Conversei muito com o Dr. Ferreira Pinto durante esse período, mas infelizmente a criminalidade fez com que ele pedisse demissão.

Como médico e deputado, quero dizer que segurança não é algo tão difícil de ser alcançada. Se estamos nessa situação, é porque tivemos alguma falha no campo da educação, da cultura, do esporte - a prática do esporte ajuda a combater a violência - da religião, porque quando se tem Deus no coração as pessoas não praticam delito. Alguma coisa falhou para que os nossos jovens estejam sendo assassinados. Jovens de 14, 15, 16 anos estão empunhando metralhadora, como vimos no Jardim Miriam, na Cidade de São Paulo, por exemplo, que deveria exportar “know how” de tecnologia, de cultura de paz.

Quando vereador na capital, por 28 anos, fiz o projeto da lei seca porque entendia que o álcool/drogas é um dos pilares que sustenta a violência, a propósito, quero saudar os estudantes de Itu que nos visitam na tarde de hoje. Basta ir a qualquer cidade do Estado para constatar que os nossos adolescentes estão se embriagando e se drogando. É o crack, é o oxi, o último degrau dessa droga ilícita.

Outro pilar que sustenta a violência são as armas ilegais, roubadas, de numeração raspada, contrabandeada. Quantas vezes desta tribuna, como na Câmara Municipal de São Paulo, pedi blitz pelo desarmamento, cercando assim as fronteiras internacionais para que no País não entrassem drogas vindas da Bolívia, Paraguai, Colômbia. Se ainda assim drogas e armas passarem pelas fronteiras internacionais, que se fizesse policiamento nas fronteiras interestaduais. Se passarem pelas fronteiras interestaduais, que se fizesse blitz não só na Cidade de São Paulo como em outras cidades estratégicas. Já disse isso milhares de vezes, parecendo até um parlamentar teimoso. Mas se o faço é porque acredito nisso e agora é que os governantes estão começando a fazer as blitze nas fronteiras, só que infelizmente não evitou que o Secretário Antonio Ferreira deixasse uma Secretaria tão importante como a da Segurança Pública.

Termino nossa fala dizendo que também aprovamos na Cidade de São Paulo o projeto da moto sem garupa. Infelizmente na terça e quarta-feira mais de 20 pessoas foram vítimas da violência: sete foram assassinadas e o restante foi parar nos hospitais e UTIs.

Se tivéssemos a aplicação dessa lei da moto sem garupa talvez não tivéssemos a queda do Secretário Antonio Ferreira Pinto, talvez não tivéssemos tantos assassinatos, tantos ataques a batalhões da Polícia Militar. Se esta lei que aprovamos no plenário desta Casa tivesse sido sancionada, talvez muitas pessoas estivessem vivas.

A moto é uma arma rápida e o capacete uma máscara. Está aí tudo o que os marginais precisam: esconder sua identidade para assassinar as pessoas.

 

O SR. PRESIDENTE - ULYSSES TASSINARI - PV - Tem a palavra o nobre Deputado Luiz Carlos Gondim. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Pedro Bigardi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Luiz Claudio Marcolino.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Jooji Hato.

 

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O SR. LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, funcionários da Assembleia Legislativa, alunos da faculdade de Itu que acompanham os nossos trabalhos no dia de hoje, ontem, dia 20 de novembro, tivemos a celebração do Dia nacional da Consciência Negra e vários atos e manifestações foram realizados em todo o País. Aqui na Cidade de São Paulo, como já é de costume, vários eventos aconteceram - inclusive hoje à noite teremos a marcha noturna - discutindo a importância do dia da consciência negra. E a gente percebe, nobre Deputada Leci Brandão, que por mais que se façam atos e eventos as pessoas ainda não têm a dimensão da importância dessa reflexão no nosso Estado.

Durante todo o primeiro semestre debatemos aqui na Assembleia Legislativa os PLs 321/12 e o 530/07, que trata justamente da instituição de cotas nas universidades públicas e nas faculdades de tecnologia no Estado de São Paulo. Este é um debate antigo. Avançou-se bastante em Brasília nas cotas para as universidades federais. Havia uma polêmica em torno da questão, mas a partir de uma ação julgada pelo STF, a ADPF nº 186, caracterizada a constitucionalidade das cotas na Universidade do Rio de Janeiro.

Com isso, houve um debate em Brasília que instituiu a cota para todas as universidades públicas e federais em todo o País, mas no Estado de São Paulo, que já tem o projeto nº 530, de 2007, e o Projeto nº 321, de 2012, ainda não foi instituída a Lei das Cotas na USP, na Unesp, na Unicamp e nem nas Fatecs.

Muitas vezes as pessoas falam: “Ah, mas vai instituir apenas a lei das cotas? E as pessoas que hoje estudam em escolas públicas e as pessoas deficientes? Há um projeto ora apresentado, inclusive, dialogando com todos os segmentos que representam as entidades negras no Estado de São Paulo, todas elas fizeram suas sugestões, e a partir destas apresentamos um projeto que dialoga com a população oriunda de escolas públicas, pessoas deficientes e com a população de afrodescedentes e indígenas, no Estado de São Paulo. Mas é a insensibilidade que temos hoje, por parte dos reitores ou do próprio Governo do Estado que está impedindo que seja instituída a lei das cotas.

E existe um parágrafo quando foi aprovada a ADPF, transformando em constitucional a questão das cotas em universidades públicas, e o que diz a ADPF e o relator do projeto? “É importante ressaltar a natureza transitória das políticas de ação afirmativa, já que a desigualdade entre negros e brancos não resulta como é evidente de uma desvalia natural ou genética, mas decorre de uma acentuada inferioridade em que aqueles foram posicionados no plano econômico, social e político em razão de séculos de dominação dos primeiros pelos segundos.”

Assim, na medida em que a distorções históricas forem corrigidas e a representação dos negros e demais excluídos nas esferas públicas e privadas de poder atenda ao que se contém no princípio de constitucional da isonomia, não haverá mais qualquer razão para subsistência dos programas de reservas de vagas em unidades públicas, pois o seu objetivo já terá alcançado a ADPF nº 186, com o voto do relator.

E com isso o projeto também debatido com todo o movimento negro garante que esse período da instituição de cotas seja por um período de dez anos, garantindo a transitoriedade. E garante também, a partir de uma alta regulamentação e do acompanhamento da reitoria, dos alunos, dos professores e da sociedade civil, que a autonomia universitária não será atingida.

Então, todos os problemas ora apresentados pela reitoria, pela USP, pela Unicamp e pela Unesp, já foram resolvidos pelo Projeto nº 321/12. Agora, esperamos que a partir do dia de ontem, após as manifestações e de todo o debate que foi feito no Brasil inteiro que haja uma sensibilidade do Governador, da reitoria da USP, da Unicamp e da Unesp, e que o projeto ora apresentado possa ser discutido pelo Colégio de Líderes, nas Comissões e ser aprovado neste Plenário. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Tem a palavra o nobre Deputado Alencar Santana Braga. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Reinaldo Alguz. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado João Paulo Rillo. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Cezar.

 

O SR. CARLOS CEZAR - PSB - Sr. Presidente em exercício, nobre Deputado Jooji Hato, Srs. Deputados e Sras. Deputadas, quero cumprimentar os meus colegas da Faculdade de Direito de Itu, quero cumprimentar a minha professora de Direito Constitucional, a Doutora Maria Luiza. É uma alegria muito grande recebê-los nesta tarde aqui, no maior Parlamento da América Latina, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.

Sr. Presidente, as minhas palavras nesta tarde são referentes a uma ação da Procuradoria dos Direitos do Cidadão, aqui do Estado de São Paulo, que através do Procurador Jefferson Aparecido Dias solicita que a Justiça Federal determine a retirada da expressão ‘Deus seja louvado’ das cédulas da moeda que temos aqui no País, o Real.

Em todas as nossas cédulas existe a frase “Deus seja louvado”, Deputada Leci Brandão, mas esse procurador acha que essa frase deve ser retirada. Ele se baseia no intuito de que o Estado, que é laico, não pode privilegiar nenhuma religião. Mas eu, Sr. Presidente e Srs. Deputados, na condição de Presidente da Frente Parlamentar Evangélica, só posso lamentar uma atitude como essa, desse procurador. Lamento profundamente porque nós temos uma agenda muito mais extensa de direitos dos cidadãos que são cerceados, com os quais ele deveria se preocupar mais. Por exemplo, com a Saúde e a Educação, ou seja, com coisas extremamente importantes.

A resposta que o Banco Central deu ao próprio procurador, ainda em fase de investigação, afirma aquilo que está escrito no preâmbulo da nossa Constituição Federal que diz ‘Sob a proteção de Deus’ é que fizemos essas leis. Ou seja, a própria Constituição fala disso.

A Constituição de 1988 nos garante o direito à liberdade de expressão, a liberdade religiosa. O fato do País ser laico, não quer dizer que seja ateu, quer dizer, sim, que o País não impõe nenhuma religião oficial aqui. Nós não temos nenhuma religião oficial imposta pelo Estado, muito pelo contrário, o nosso Estado garante a liberdade religiosa.

Ao contrário do que esse procurador afirma, a expressão “Deus seja louvado” não privilegia nenhuma religião, porque está falando apenas de um deus, por exemplo, para o budista, o deus dele é o Buda, sendo assim para ele a expressão pode dizer que o Buda seja louvado; para o mulçumano, o deus dele é Alá, então quando está falando ‘Deus seja louvado’ para ele talvez esteja falando Alá seja louvado. Ou seja, não está se privilegiando nenhuma religião.

Mas ele, equivocadamente, ou achando que descobriu a roda agora quer tirar essa expressão da moeda do Brasil. Nós lamentamos essa afirmação. O Brasil ser um país laico para nós é um avanço que não podemos perder jamais, mas eu como cristão que sou, tenho o nosso Deus como o Senhor absoluto, creio em Jesus Cristo, mas respeito os demais pensamentos.

Nós respeitamos que em cada repartição pública exista um crucifixo, ainda que para nós, evangélicos, o crucifixo não seja um símbolo religioso, mas respeitamos, pois isso faz parte da cultura do País uma vez que fomos colonizados pelo catolicismo e isso está entranhado em nossa cultura. Sabemos que isso é relevante.

Eu penso que talvez se esse procurador fosse grego, ou de outra nação, ele iria querer tirar também a cruz da Bandeira desses países que são democráticos. Mas se voltarmos aqui para o Brasil, nós temos várias coisas que podem estender essa discussão, Deputado Marcolino, e talvez ele queira mudar também o nome de alguns estados, por exemplo, do estado de São Paulo que está privilegiando um santo; Santa Catarina, como a Deputada Leci fala, vai ter que mudar, pois não pode ter nome de santo; Bahia de todos os Santos vai ter que mudar. Vamos mais além, talvez ele queira tirar o Cristo Redentor lá do Rio de Janeiro. Isso é um absurdo, é lamentável e nós queremos aqui repudiar, Sr. Presidente, a ação desse procurador que com certeza envergonha a instituição a qual ele serve.

Eu penso que mudar essas questões que estão intrínsecas em nós é mudar a nossa cultura. Isso é mudar o pensamento que já temos desde a nossa formação e isso não tem nada a ver com a laicidade. Isso não tem nada haver com religião imposta num país.

Nós temos a nossa cultura a qual respeitamos; respeitamos o nosso País, respeitamos a diversidade e todas as pessoas. Eu penso que isso é coisa de gente intolerante, de gente ignorante e de gente que não tem o que fazer.

Nós vivemos aqui onde o modelo judaico-cristão que é encontrado no Ocidente, e penso que essas pessoas querem impor em nós o modelo ateísta e humanista. Mais que isso: penso que isso é uma “cristofobia”, ou seja, é uma fobia, um horror a tudo que se fala de Deus. Isso para nós é lamentável. Sr. Presidente, quero aqui dizer que não vamos jogar fora a cultura de um povo só porque alguns elementos não têm o que fazer.

E quero aqui reafirmar que Deus seja louvado, sim, e que esse procurador vá estudar antropologia, sociologia, história, enfim, qualquer outra coisa. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Tem a palavra o nobre Deputado Roberto Massafera. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Dilmo dos Santos. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Antonio Mentor. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Marcos Neves. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Analice Fernandes. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Roberto Morais. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Regina Gonçalves. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Roberto Engler. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Grana. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Célia Leão. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Antonio Salim Curiati. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Rafael Silva. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Gerson Bittencourt. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Adilson Rossi. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Edinho Silva. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Alex Manente. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Vitor Sapienza. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Milton Leite Filho. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Estevam Galvão. (Pausa.) Tem a palavra a nobre Deputada Beth Sahão. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Sebastião Santos. (Pausa.)

Srs. Deputados, Sras. Deputadas, esgotada a lista de oradores inscritos para falar no Pequeno Expediente, vamos passar à Lista Suplementar. Tem a palavra a nobre Deputada Leci Brandão, pelo tempo regimental,

 

A SRA. LECI BRANDÃO - PCdoB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente em exercício, nobre Deputado Jooji Hato, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, funcionários desta Casa, alunos e professores que hoje nos honram com suas presenças, antes de estar deputada sou uma cidadã e quero dizer que fiquei imensamente feliz com o discurso do nobre Deputado Luiz Claudio Marcolino, do PT, que me contemplou bastante, e também com o Deputado Carlos Cezar, porque temos coisas muito mais importantes para debater no nosso País do que implicar com a frase “Deus seja louvado” nas moedas; isso é um absurdo, mas infelizmente acontece.

Quero agradecer também ao Deputado Carlos Giannazi, do PSOL, em nome do movimento negro, por sua presença na passeata que aconteceu ontem na Avenida Paulista. Nossos assessores parlamentares estavam lá, o Roberto Almeida, Manoel Júlio e falaram da sua presença. Muito obrigada.

Como já disse aqui o nobre Deputado Luiz Claudio Marcolino, ontem nós celebramos o “Dia da Consciência Negra”, o “Dia Nacional de Zumbi”, que é uma data importante não apenas para a população negra do nosso País, mas para todo povo brasileiro, porque simboliza a luta de homens e mulheres em busca da igualdade, Deputado Luiz Carlos Gondim, V. Exa. que é, também, parceiro da nossa luta há muito tempo.

Entendemos que a cidadania é algo muito importante. Cidadania é, também, não implicar com a cor da pele das pessoas. As nossas etnias têm que estar sempre juntas, parceiras, porque temos aqui nesta Casa o ideal que é lutar pelo bem das pessoas, que é buscar, fiscalizar os recursos estaduais, enfim, mas sempre pelo bem dos seres humanos.

A história do povo negro em nosso País sempre foi de lutas e de revoltas. Todas essas lutas não foram e não têm sido em vão. Temos vitórias e conquistas, mas temos ainda muita coisa para ser feita. Digo isso porque o Estado e a sociedade brasileira precisam compensar a dívida que têm com nosso povo.

Na última década várias ações foram implementadas no País para minimizar essa dívida. As cotas nas universidades federais, a criação da Secretaria de políticas de promoção da igualdade racial, a Sepir, a Lei nº 10739, que obriga o ensino da história e da cultura afro-brasileira nas escolas, a aprovação do estatuto da igualdade racial foram algumas delas; e assim deve ser.

Algumas ações concretas que mudem realmente a vida das pessoas e que possamos construir a igualdade. Mas ainda assim é pouco. Ainda continuam as discussões, os debates, as reivindicações; e precisamos de mais.

Por isso é que uso hoje esta tribuna para parabenizar a Ministra da Cultura, Marta Suplicy, que apresentou ontem um pacote de editais de quase dez milhões para produtores culturais e artistas negros, com o objetivo de aumentar as oportunidades de inserção da população negra no mercado cultural, principalmente na área de produção. A nossa cultura, a nossa realidade tem que ser mostrada através do nosso olhar. Muita gente quer fazer lei, quer determinar coisas para a população negra, mas elas não entendem realmente a nossa angustia, a nossa ansiedade; isso precisa mudar.

Vou dar um exemplo bem simples do que estou falando: a teledramaturgia dificilmente oportuniza um diretor, oportuniza um autor negro para que mostre seu trabalho; precisamos mudar isso na mídia brasileira. Ações como essas devem ocorrer em outros ministérios, em todas as esferas do Poder Público, como também na iniciativa privada.

Temos que avançar. Temos que passar do discurso para a prática. Realizar ações que realmente mudem a vida de cada mulher negra e de cada homem negro neste País. Já está mais do que na hora de sermos protagonistas, de ocuparmos os espaços de poder em todas as esferas. O exemplo de Zumbi de Palmares permanece. Inspirados em sua história continuamos nossa luta até que de fato tenhamos o lugar que merecemos na sociedade brasileira e sejamos cidadãos plenos. Valeu Zumbi dos Palmares! Muito obrigada Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Tem a palavra o nobre Deputado Edson Ferrarini. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Dilmo dos Santos. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Hélio Nishimoto. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlos Bezerra Jr. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Simão Pedro. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Carlão Pignatari. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Marcos Martins. (Pausa.) Tem a palavra o nobre Deputado Olímpio Gomes, pelo tempo regimental.

 

O SR. OLÍMPIO GOMES - PDT - Sr. Presidente em exercício, nobre Deputado Jooji Hato, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, funcionários desta Casa, cidadãos que nos acompanham pela TV Assembleia, não é piada pronta, mas em relação à Segurança Pública a notícia, nobre Deputado Luiz Carlos Gondim, é que o Secretário de Segurança Pública Antonio Ferreira Pinto caiu. O secretário pediu demissão da Secretaria de Segurança Pública. Isso era mais ou menos esperado, num momento de crise, numa pasta extremamente desgastante.

O Secretário Ferreira Pinto ficou por mais de três anos à frente da referida Secretaria e como costumo dizer, quando alguém está em perigo lembra-se de Deus e da Polícia. Passado o perigo, esquece-se de Deus e mete a boca na Polícia.

Mas estamos num momento terrível no Estado de São Paulo, com execuções nas vias públicas, quase cem policiais militares executados no ano, quatro policiais civis, 19 agentes penitenciários. O Governo ficou negando a existência de organização criminosa, da força do PCC. Mas chega um momento em que a coisa transborda. E a medida governamental, nesse momento, foi fazer uma substituição que tem mais um aspecto político.

Se não mudar o modelo de gestão, literalmente, só estamos trocando as moscas. Temos um modelo literalmente falido. Estamos substituindo promotor por outro e outro.

Deputado Luiz Carlos Gondim, eu fico imaginando como me sentiria se alguém me nomeasse Secretário da Saúde, V. Exa. que é um homem da Saúde, que tem sua vida dedicada a isso, assim como os Deputados Jooji Hato e Ulysses Tassinari, e eu tivesse que administrar centenas de hospitais. Acho que me daria um desespero imenso de falar “por onde eu começo?”. Eu não sei se essa é a sensação do Dr. Fernando Grella, que foi procurador-geral de Justiça, um operador do direito, um currículo invejável, foi procurador-geral duas vezes, membro do Conselho Nacional do Ministério Público, mas não sei onde nesse currículo há essa passagem pela Administração de Polícia, de Segurança Pública, que é uma coisa muito mais ampla e complexa. Talvez eu pudesse ouvir de meus amigos, mestres: “Olímpio, vai tranquilo, que você vai pegando o jeitão.” Mas não dá para pegar o jeitão numa coisa em que está morrendo tanta gente. Eu fico me imaginando administrando hospitais, a necessidade é para o centro cirúrgico e eu estou investindo nos ambulatórios, porque eu não conheço! Posso ter uma história de vida, posso ter trabalhado no serviço público, mas as coisas são diversas.

Então eu não consigo ficar nem triste, nem satisfeito, porque tenho, sim, preocupações: continuam os marginais mandando dentro dos presídios, continuam policiais sendo executados, continuam corpos amanhecendo nas ruas, sem que se apure efetivamente. Gostaria até que fosse mostrada uma manifestação que a família policial fez no dia 15, durante o feriado. O Deputado Carlos Giannazi lá esteve presente; o meu agradecimento pelo seu posicionamento em relação à família policial como um todo, mas centenas de familiares de policiais mortos este ano lamentando. Fomos com 94 cruzes, que era o número de mortes até aquele momento, até o Mausoléu de Heróis da Polícia Militar para fazer as nossas orações e dizer: “Pelo amor de Deus, vamos tomar medidas.” Tentamos encarecer, realmente, por medidas concretas. Não adianta vir com reuniões mirabolantes entre o Governo Federal e Estadual. A coisa é tão confusa, que numa nota de jornal, escrita com muita propriedade pelo Dr. Rossini, meu amigo, promotor de São Paulo, chefe do Departamento Penitenciário Nacional, lemos: “O Ministério quer colocar superbloqueador de celular para silenciar PCC nas celas.” E esse GI-2 é um equipamento que nós, da área de segurança pública, conhecemos. É uma maleta que custa um milhão de reais. O Governo diz que é um equipamento caro para se investir para evitar marginais mandarem no crime de dentro dos presídios, mandarem executarem policiais, não sei qual o valor de custo.

Mas o mesmo Ministério da Justiça, que vejo dizer que quer colocar, ao custo de um milhão, vejo por outro lado o Ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, dizer, no mesmo dia: “Ministro de Dilma é contra bloqueadores em presídios.” Ele diz que se colocar um bloqueador pode atrapalhar o cidadão que está passando ao lado do presídio, ou mora do lado. Então não pode! O Ministério da Justiça diz que São Paulo tem que investir um milhão para o presídio. O outro Ministro diz que não, que pelo Protocolo de Comunicações não se deve fazer. O Governador, até a semana passada, muito mal informado, dizia à imprensa: “Não temos tecnologia para conter a comunicação por celulares.” E todos nós da área carecas de conhecer o GI-2, que funciona pelo sistema de ERB, Estação rádio-base, faz a triangulação e localiza!

Sabemos muito bem que não se vem fazendo manutenção nos bloqueadores instalados em presídios. Isso é falta de gestão. Sabemos muito bem que não está se apurando os homicídios de autoria desconhecida com a celeridade que deveria. Ficamos fazendo ilações: seria briga de quadrilha? Seriam policiais do caixa 2 matando no horário de folga? Seria queima de arquivo? Seria, seria, seria!!! Não dá para fazer segurança pública no “seria”. Se o novo Secretário vier no mesmo perfil do que têm sido os últimos promotores, homens brilhantes em relação ao Direito, para serem fiscais da lei, mas sem conhecer nada da segurança pública, vai continuar tudo como dantes. Encantam-se, no princípio, porque as Polícias são encantadoras, os deputados sabem disso: dão diploma, medalhinha, bons almoços, reuniões de confraternização. O indivíduo se sente o rei da Etiópia, os súditos lá fora morrendo de fome, mas um entourage fantástico, sem seguranças. A partir de amanhã o Dr. Grella passa a ter mais de cem seguranças. Agora, se for achando que vai administrar a Polícia do jeito que eu administraria hospitais, não vai mudar absolutamente nada.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Tem a palavra o nobre Deputado Luiz Carlos Gondim.

 

O SR. LUIZ CARLOS GONDIM - PPS - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, afirmo que jamais seria Secretário de Segurança Pública. Tenho certeza de que não seria.

Chamou-nos atenção, numa reunião feita na semana passada, quando uma psicóloga da Fundação Casa comentou que as crianças que vivem em abrigos, a partir de seis meses, dois meses, um ano, dois anos de idade, ao completar 18 anos são convidadas a sair do abrigo. E vão para onde? Já adolescentes não têm um emprego, não têm que lhes dê a mão; dentro do abrigo tinham psicóloga, socióloga, assistente social, o carinho da pessoa que toma conta do abrigo e sozinhos não sabem o que fazer. E quem estende as mãos para esses adolescentes? O marginal, e com isso o problema desses adolescentes se agrava muito, ao ponto de se fazer uma reportagem. Peço que se mostre uma reportagem do SBT.

 

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- É feita a exibição.

 

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O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Srs. Deputados, Sras. Deputadas, esgotado o tempo destinado ao Pequeno Expediente, vamos passar ao Grande Expediente.

 

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- Passa-se ao

 

GRANDE EXPEDIENTE

 

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O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Tem a palavra o nobre Deputado Luiz Carlos Gondim, para falar pelo Art. 82, com concessão da nobre Deputada Vanessa Damo.

 

O SR. LUIZ CARLOS GONDIM - PPS - PELO ART. 82 - Sr. Presidente, é um problema sério. Temos esses garotos que vão para essas entidades, e que são recebidos, como vimos há pouco, pelas assistentes sociais, psicólogos, médicos. Quando completam 18 anos, eles são convidados para sair. As próprias crianças fazem que eles saiam dali. E não há um programa, um projeto para o acompanhamento, durante dois, três ou quatro anos.

Existe um projeto chamado República, que está para ser implantado, para fazer que as entidades - Rotary, Lions, Maçonaria - possam ajudar essas crianças, as próprias igrejas, a conseguirem emprego, fazendo que eles possam morar naquela casa, na igreja.

Por exemplo, numa cidade como Mogi das Cruzes, só o Lar Batista recebe essas crianças com 18 anos, mas eles têm somente quatro ou seis vagas. Portanto, a situação é bastante delicada. Estamos propondo ao Governo que haja uma cota para essas crianças que vivem no abrigo, num curso técnico, uma Etec, pois eles poderiam, ao completar 18 anos, pelo menos, ter uma profissão.

Mas abandonar essas crianças, esses adolescentes de 18 anos, que foram amparados, que já têm aquele furo na cabeça pela falta dos pais, e essa criança cair na mão de um marginal, que oferece para que ele venda a droga, o que acontece? Teremos um outro marginal. Vamos ter um garoto viciado em crack, como foram seus pais. A maioria vai para o abrigo porque os pais eram viciados, ou porque os pais estavam presos, ou porque os pais o abandonaram.

O juiz determina então que vá para um abrigo. E aí? Esse acompanhamento é um trabalho social, um trabalho sério que chama a atenção. Parabéns ao SBT por ter apresentado a matéria. Realmente chama a atenção. Eu consegui conviver com esse assunto na semana passada, na quarta-feira pela manhã. A moça da Fundação Casa dizia que esses meninos saem do abrigo e depois os que têm 17 anos e meio vêm parar aqui na Fundação. Isso é muito perigoso. Eles saem de uma vida de qualidade, de um carinho especial, e caem numa vida em que eles têm que aprender em minutos.

Quero que a Assembleia Legislativa dê uma atenção aos projetos que estamos fazendo em cima desse assunto. Apelamos para que o Governo do Estado pense seriamente, a Secretaria da Assistência Social, sobre o que podemos fazer com esses garotos que saem de abrigos e que completam 18 anos. Transformá-lo num marginal, abandoná-lo numa cidade como São Paulo, numa cidade como São José dos Campos, Mogi das Cruzes ou Ribeirão Preto, simplesmente, teremos mais um marginal à disposição da população.

Precisamos corrigir, urgentemente, essa lacuna que existe no acompanhamento dessas crianças que saem das casas de abrigo. Muito obrigado, Sr. Presidente. Obrigado, Deputada Vanessa Damo, pela tolerância.

 

O SR. PRESIDENTE - JOOJI HATO - PMDB - Tem a palavra a nobre Deputada Vanessa Damo, por permuta com o nobre Deputado Carlos Cezar.

 

A SRA. VANESSA DAMO - PMDB - SEM REVISÃO DO ORADOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, público presente, telespectadores da TV Assembleia, vim falar de um assunto extremamente importante para a Cidade de Mauá, o Viaduto de Capuava.

Esse Viaduto não é como qualquer outro. É um Viaduto que há mais de 20 anos a população espera que seja construído. Tivemos uma solicitação atendida pelo Governador Geraldo Alckmin, a quem agradeço pela sensibilidade e pela compreensão da dimensão dessa obra, uma obra de mais de 624 milhões de reais, que vai fazer que a Cidade de Mauá, com quase 500 mil habitantes, possa ter um escoamento do trânsito realmente eficaz e condizente com o tamanho da nossa cidade, uma cidade com dois pólos industriais, que infelizmente tem que esperar o trem passar. Na entrada da cidade existe uma cancela de trem, existe a linha férrea. Os carros ficam aguardando cinco minutos em média. Muitas pessoas, muitas vezes pedestres com pressa, acabam atravessando. Infelizmente têm ocorrido vários casos de morte; as pessoas ao atravessarem a linha férrea são atropeladas pelo trem.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Marcos Martins.

 

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Agradeço, de coração, ao Governador Geraldo Alckmin, pelo atendimento à solicitação. No início deste mandato, já em março de 2011, fiz um encaminhamento a várias Secretarias, em relação à construção do Viaduto de Capuava, interligando a Avenida do Estado com o Complexo JK.

A pavimentação da Avenida Rosa Kasinski e a Avenida Alberto Soares Sampaio foi uma solicitação minha à Secretaria de Desenvolvimento Metropolitano, à Casa Civil, à Secretaria de Logística e Transportes e à Dersa.

 

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- Assume a Presidência o Sr. Luiz Carlos Gondim.

 

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Hoje tive a oportunidade de ler o jornal “Diário do Grande ABC”. O seu caderno “Sete Cidades” diz que o Dersa concluirá Viadutos em 15 dias. Quero parabenizar também o Presidente do Dersa, que está hoje aqui na Casa, na Comissão de Transportes da Assembleia Legislativa, Dr. Laurence. Esse Viaduto certamente ajudará o escoamento de produção da cidade, mas principalmente fará que possamos dar à Cidade de Mauá realmente o reconhecimento que ela merece, possibilitando que os carros não fiquem aguardando para adentrar a cidade, como se Mauá fosse uma pequena cidade do interior.

É uma cidade, como eu disse, com dois grandes pólos industriais instalados na cidade. É uma cidade que realmente precisa desse Viaduto, e era uma solicitação muito forte da população, e por isso me coloquei como porta-voz.

Quero fazer também um apelo ao Governador, para que possa fazer que a inauguração do Viaduto seja ainda nesta semana. A minha sugestão é que seja na sexta-feira próxima. Estive acompanhando as obras do Viaduto. O que o prefeito de Mauá não fez eu fiz. Estive lá, olhando, e está bem avançada realmente. E gostaria muito que, já que está pronto, próximo de finalizar, pudéssemos vê-la sendo inaugurada ainda nesta semana. Acredito que pelo adiantado das obras é possível que seja dado esse presente nesta semana.

É uma solicitação minha, um trabalho do meu mandato parlamentar, que responde, de certa forma, a algumas ofensas que foram feitas a minha pessoa e ao meu mandato. Diziam que eu só cuidava de outras cidades, de cidades do interior, de que cuido também. Um Deputado estadual não é como vereador, que cuida somente do município.

Quero colocar aqui que sou uma pessoa que tem o reconhecimento das necessidades de Mauá, uma pessoa que mora em Mauá, nascida em Mauá, que tem a base político-eleitoral em Mauá. Fizemos esse encaminhamento, que é uma solicitação atendida. Fico muito feliz que o mandato parlamentar, referendado por 93 mil pessoas, dê esses frutos à cidade.

Trata-se de uma obra que beneficia muito Mauá, mas também tem uma alça que liga a Santo André, que faz o retorno. O Viaduto de Capuava vai interligar a Av. do Estado até o Complexo JK, a Av. Papa João XXIII - interligação com o trecho sul do Rodoanel - e também a Av. Jucu-Pêssego. Esperamos que não ocorram mais atropelamentos e mortes na linha do trem, como acontece atualmente. Essa obra também possibilitará a você, que enfrenta congestionamentos gigantescos, principalmente nas horas de “rush”, passar livremente não precisando mais aguardar a abertura da cancela do trem.

Tenho um documento que prova a autoria da solicitação ao Governador, porque quando a criança é bonita tem um monte de pai. É importante que tenhamos documentos. Foram protocolados ofícios nas Secretarias de Desenvolvimento Metropolitano, da Casa Civil, de Logística e Transportes, e na Dersa. Tenho em minhas mãos um ofício de 13 de junho de 2011, encaminhado à Delegada Rosmary Corrêa, Subsecretária de Assuntos Parlamentares, referente a uma reunião que ocorreu na Cidade de Santo André, por meio do Programa “São Paulo, Governo Presente”, feito pelo Governador Geraldo Alckmin. Na oportunidade, vários secretários de Estado estiveram na região ouvindo as principais reivindicações, coletando as principais demandas.

Está aqui o ofício. Gostaria que ele fosse focalizado para que as pessoas que estão nos assistindo em casa verifiquem a data. É importante porque mostra, realmente, que não é simplesmente algo que eu venho aqui dizer, que fui eu que solicitei. Mas é um documento do início do meu segundo mandato nesta Casa, que mostra a nossa atuação parlamentar e o quanto é importante estarmos atentos às necessidades das regiões que representamos.

Quero agradecer pela oportunidade de manifestar esse pleito. Fica o meu agradecimento ao Governador Geraldo Alckmin e ao Presidente do Dersa, Dr. Laurence. Fica o meu agradecimento à população de Mauá. Várias pessoas me procuraram solicitando o encaminhamento desse pleito, que é a construção do Viaduto de Capuava. Fico feliz de ser uma obra feita por solicitação do meu mandato e executada pelo Governo do Estado.

Peço também que, na próxima sexta-feira, seja inaugurada essa importante obra. Assim, os carros poderão passar livre e rapidamente pela via, sem aguardar a cancela do trem, fazendo com que Mauá seja uma cidade que realmente esteja de portas abertas para o desenvolvimento. Isso tem que acontecer principalmente por meio de ações, de obras como essa, de 624 milhões de reais do Governo do Estado. Essa obra certamente fará diferença e será um divisor de águas em Mauá.

Pensamos também no escoamento de produção, já que Mauá é a melhor esquina do desenvolvimento de todo o Estado de São Paulo: temos um porto seco, muito investimento em logística, o trecho sul do Rodoanel. Possamos verificar a importância de obras como essa que valorizam o tempo das pessoas, que visam à melhoria da qualidade de vida e ao crescimento da cidade, possibilitando o escoamento de produção. Fico muito feliz de fazer parte dessa grande conquista para a Cidade de Mauá.

Quero dizer da minha gratidão ao povo do Estado de São Paulo, especialmente de Mauá, que me concedeu 90 mil votos. Continuarei trabalhando aqui, com bastante afinco e com muita responsabilidade. Obrigada.

 

O SR. Marcos Martins - PT - PELO ART. 82 - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, telespectadores da TV Alesp, público que nos acompanha pelo serviço de audiofonia da Casa e nas galerias, gostaríamos de fazer a lembrança de uma atividade importante da Cidade de Curitiba. Trata-se da aprovação de um projeto de lei que proíbe o uso do amianto naquela cidade, capital do Paraná.

Cumprimento a Vereadora Noêmia, que apresentou o projeto que esperamos seja sancionado pelo Prefeito e vire lei nessa luta em defesa da vida, contra produtos que matam e prejudicam o meio ambiente.

Por falar em matar, a questão da matança no Estado de São Paulo está atingindo também a preocupação das crianças. Vejam essa matéria do jornal, em que as crianças estão pedindo ao papai-noel que ajude a pôr fim na violência. Não estão pedindo presentes, mas que ajude a pôr fim à violência que impera no nosso Estado, uma situação difícil, triste, e preocupante que vivemos. Antes só de falava do Rio de Janeiro. Houve mudança do Secretário de Segurança Pública. Sem nenhuma crítica ao Secretário que sai, nem ao que entra, a nossa preocupação principal é o combate à violência, é a implementação de medidas para enfrentarmos esse problema que aflige toda a população, de todas as classes sociais.

Trata-se de uma matança não só à Polícia. O Ministro Gilberto Carvalho fez uma menção de que a matança aqui está maior do que a guerra entre palestinos e judeus, no Oriente Médio. Lá é uma guerra, centenas de mísseis de um lado para o outro. Aqui, sem guerra declarada, morre gente como se fosse uma guerra civil, com vários tipos de armamentos.

Fica a nossa preocupação. Deixamos aqui o nosso registro. Esperamos que agora seja aceito o apoio do Governo Federal na área de Segurança. Não podemos criar embaraços porque o que está em jogo é a vida das pessoas que não se sentem mais seguras no Estado de São Paulo. Rio de Janeiro, com as PPPs, Polícia Pacificadora, deu uma acalmada. São Paulo não necessita disso, mas alguma coisa tem de ser feita para combater essa onda de violência que tem matado tanta gente.

 

O SR. MARCOS MARTINS - PT - Sr. Presidente, havendo acordo entre as lideranças presentes em plenário, solicito o levantamento da presente sessão.

 

O SR. PRESIDENTE - LUIZ CARLOS GONDIM - PPS - Sras. Deputadas, Srs. Deputados, havendo acordo entre as lideranças presentes em plenário, esta Presidência vai levantar a sessão. Antes, porém, convoca V. Exas. para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental, com a mesma Ordem do Dia de hoje.

Está levantada a sessão.

 

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- Levanta-se a sessão às 15 horas e 50 minutos.

 

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